10 DE ABRIL DE 2024

42ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO, GILMACI SANTOS, REIS e CARLOS GIANNAZI

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão às 14h09min. Informa que fez publicar, no Diário Oficial de 10/04/24, o Ato 27/24, no qual convoca suplente para a vaga de deputado estadual. Informa que atendera a convocação e estava presente o Sr. André Luis Bueno, convocado para tomar posse no cargo de deputado estadual. Informa que recebera do convocado a Declaração de Bens e Direitos, bem como o Diploma da Justiça Eleitoral. Convida-o para que faça o compromisso regimental. Declara empossado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo o Sr. André Luis Bueno. Agradece a presença de autoridades presentes no plenário.

        

2 - ANDRÉ BUENO

Faz pronunciamento.

        

3 - ALTAIR MORAES

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

4 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

5 - CARLOS CEZAR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

6 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou 10 minutos após o término desta sessão.

        

7 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

8 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência.

        

10 - CAIO FRANÇA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

11 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - PAULO MANSUR

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Cumprimenta o vereador de Cotia, Arildo Gomes, presente nas galerias.

        

14 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - VITÃO DO CACHORRÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

16 - REIS

Assume a Presidência.

        

17 - CAIO FRANÇA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

18 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

GRANDE EXPEDIENTE

19 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

20 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI

Endossa o pronunciamento do deputado Eduardo Suplicy.

        

21 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

22 - REIS

Assume a Presidência.

        

23 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

24 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

25 - LETÍCIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

26 - PRESIDENTE REIS

Tece considerações sobre o pronunciamento da deputada Letícia Aguiar.

        

27 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

28 - EDUARDO SUPLICY

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

29 - PRESIDENTE REIS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 11/04, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 30 minutos. Levanta a sessão às 16h01min.

        

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Sras. e Srs. Deputados, comparece agora, nesta Assembleia Legislativa, o Sr. André Luís Bueno, para tomar posse no cargo de deputado estadual.

Sua Excelência apresentou declaração de bens e direitos, bem como diploma da Justiça Eleitoral. Então esta Presidência convoca, neste momento, o senhor suplente para comparecer à mesa afim de prestar o compromisso regimental.

 

O SR. ANDRÉ BUENO - PL - Boa tarde a todos, é uma alegria estar aqui. E o meu compromisso é: eu prometo desempenhar fielmente o meu mandato, promovendo o bem geral do estado de São Paulo, dentro das Normas Constitucionais.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Assim, esta Presidência declara empossado no cargo de deputado estadual o Sr. André Luís Bueno. (Palmas.)

Antes de passar a palavra ao nobre deputado André Bueno, gostaria de agradecer aqui a presença da Dra. Raquel Gallinati, diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil e 1ª suplente também.

Agradecer à Jaqueline Valadares, que é presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo; ao conselheiro, Dr. Eduardo Tuma, que é o presidente do Tribunal de Contas do munícipio de São Paulo; ao Widerson Anzelotti, sempre deputado desta Casa e nosso amigo; à Lorena, que é a nossa vice-prefeita de Franco da Rocha; ao Ricardo Costa, que é o secretário de finanças de Francisco Morato; ao Eduardo Becker, que é o presidente do Sindicato dos Direitos Criminais do Estado de São Paulo; ao Rodrigo Spada, que é o presidente da Associação dos Auditores e Fiscais do Estado de São Paulo; ao Elias Cardoso, que é o presidente da Assembleia de Deus Perus. Seja bem-vindo a esta Casa, Sr. Elias Cardoso, é uma honra muito grande recebe-lo.

Cumprimentar aqui todos os familiares do nobre deputado André Bueno, todos os pastores, todos os amigos aqui presentes, que vieram prestigiar a posse do nobre deputado André Bueno que vem suceder na vaga da deputada Valeria Bolsonaro que assumiu o cargo de secretária da Mulher, no Governo do Estado.

Então, muito nos honra hoje estar aqui recebendo, e tomando posse, o nobre deputado André Bueno, que eu conheço, que tenho certeza que fará um grande mandato aqui nesta Casa, por nós sabermos que ele está preparado, que é uma pessoa do bem, uma pessoa realmente família.

Tenho certeza que irá representá-los com muita dignidade, a todos os seus eleitores, a todos aqueles que confiaram e conduziram ele a esta Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

André Bueno, seja bem-vindo, esta Presidência o recebe de braços abertos e terá aqui todo o nosso apoio para que você possa desempenhar o seu mandato com galhardia e que você possa fazer os seus projetos para atender a população lá na ponta, o povo que merece o nosso respeito, o povo que paga os nossos salários.

E assim nós temos que produzir, esta Casa tem que produzir, para que nós possamos cumprir os anseios da população do estado de São Paulo.

Seja bem-vindo à Assembleia Legislativa e, com a palavra o nobre deputado André Bueno. (Palmas)

 

O SR. ANDRÉ BUENO - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Com muita alegria eu quero agradecer por este dia, agradecer ao nobre deputado André do Prado, nosso presidente. Obrigado por esse tempo e pelas palavras que tanto foram importantes e motivaram as nossas vidas.

Obrigado pelo companheirismo ao querido Eduardo Tuma, presidente do Tribunal de Contas do município de São Paulo, nosso amigo pessoal; a querida Lorena, ela é a vice-prefeita de Franco da Rocha; ao Ricardo Costa, secretário de Finanças da cidade de Francisco Morato.

Quero agradecer ao Widerson Anzelotti, sempre deputado desta Casa e uma pessoa muito especial; ao Rodrigo Spada, o presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Estado de São Paulo; também ao Eduardo Becker, o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo.

A Raquel Gallinati, amiga também do Sindicato Nacional dos Delegados; ao meu presidente, pastor Dr. Elias Cardoso, pela confiança, pelo respeito; a minha missionária Ligia Marins Cardoso, muito obrigado; Aldinho, presidente do MCCP; a Nira, um carinho muito especial; e a minha família que me acompanha. Obrigado, esposa; é uma honra poder ter você do meu lado.

Agradecer a cada amigo, a cada pessoa aqui representada, a cada um que acreditou num projeto que nunca foi meu, mas um projeto de um grupo. Um projeto de grupo que acredita num Estado melhor.

Um projeto de um grupo de pessoas que não quer se calar, mas quer se manifestar em busca daqueles que mais precisam para que as políticas públicas possam, realmente, alcançar aqueles que estão nas franjas das nossas cidades, nas franjas do nosso Estado, pensando num trabalho social sério e de alcance, pensando nas crianças que neste momento estão sendo abusadas de forma irracional, pensando nas crianças que estão sofrendo.

Nós estamos aqui para defender, defender a família, defender a primeira infância e dizer que eu quero me juntar com os nobres companheiros deputados e ser uma voz. Uma voz do bem, uma voz da família, uma voz daqueles que mais precisam para que possamos fazer a diferença.

Nós estamos aqui representando mais de 61 mil pessoas que acreditaram num projeto, que acreditaram na mudança e nós estamos aqui para fortalecer isso. Meu muito obrigado a cada um de vocês pela vinda neste dia tão especial em cima da hora. É uma honra estar aqui e poder dar continuidade ao mandato da querida Valeria Bolsonaro, que agora é a nossa secretária da Mulher e que fez um trabalho muito importante nesta Casa.

Nós queremos dar continuidade com seriedade, com amor, com carinho aos valores e com respeito a todos que estão aqui. Tenho certeza absoluta que os próximos anos serão anos de mudança, aonde nós faremos a diferença para o nosso Estado. Conto com vocês.

Conto com as suas orações. Conto com a sua paciência.

Nós estamos agora indo para novos desafios e tenho certeza que se o Senhor se agradar de nós, nós teremos vitória, em nome de Jesus.

Deus abençoe a vida de cada um de vocês.

Muito obrigado.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente. Para uma breve comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Altair Moraes.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado André Bueno, seja muito bem-vindo a esta Casa. Fico muito feliz de ter o senhor aqui e especialmente saber que nós comungamos da mesma fé, assim como o pastor. Eu tenho certeza que nós não vamos reger só pela Constituição, mas acima de tudo pela nossa confiança de fé.

Então seja muito bem-vindo. Parabéns a todos que trabalharam nessa campanha maravilhosa. Parabéns aos familiares. Que Deus te honre, te abençoe, te guarde, te ilumine. Conte com este Parlamento. Conte com o Partido Republicanos, do qual eu sou líder e seja muito bem-vindo, deputado André.

 

O SR. ANDRÉ BUENO - PL - Muito obrigado, deputado.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Gilmaci Santos.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, também queria aqui saudar e cumprimentar o nobre André Bueno, saudar toda a sua família, sua esposa, que a gente como homens de Deus sabemos da importância da esposa na nossa vida. Então parabéns a esposa e toda a família aqui presente.

Saudar toda o povo da tua igreja, uma membresia que deve estar superfeliz neste momento, que realmente é glorioso. Saudar, seja bem-vindo a esta Casa. Conte com a gente. E uma pessoa que é parceira, amiga da gente já me ligou e falou: “Cuide dele para mim lá”, que é o Cléber, o Bil. Então conte com a gente, nós estamos aqui à sua disposição.

Embora você tenha uma bancada aqui maravilhosa com o líder Carlos Cezar, da bancada de vocês, que é um líder fantástico que tem cuidado muito bem dos seus liderados da bancada. Mas dizer, colocar também o nosso mandato aqui à sua disposição. Comungamos aqui da mesma fé e juntos vamos fazer a diferença, porque se Deus é por nós, quem será contra? Então que Deus te abençoe e seja bem-vindo.

Parabéns a todos.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Cezar, líder do Partido Liberal.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, com muita alegria quero dar as boas-vindas aqui em nome da bancada do Partido Liberal, do PL, ao nosso deputado André Bueno.

Dizer que nós nos alegramos muito pela sua vinda. Sei que V. Exa. vai desempenhar o mandato com muita galhardia, com muita honradez, e sobretudo defendendo valores e princípios em que nós acreditamos, seja em defesa da vida, em defesa da família, em defesa da liberdade, em defesa dos princípios cristãos em que acreditamos.

Aqui na Assembleia temos a Frente Parlamentar Evangélica, de que fazem parte o deputado Altair Moraes, o deputado Gilmaci, e tantos outros, que fazem parte. Estamos felizes agora em ter V. Exa. fazendo parte dessa frente de pessoas que defendem os mesmos princípios, a mesma fé, que creem no mesmo Deus. É para isso que nós fomos colocados nesta Casa.

E dizer, Sr. Presidente, parabenizar V. Exa. e o governador Tarcísio pela brilhante escolha da deputada Valeria Bolsonaro - que já disse isso a ela -, tenho certeza de que vai desempenhar, no lugar da vereadora Sonaira, um brilhante papel na Secretaria da Mulher.

Agora temos essa bela aquisição. Cumprimentar cada um que vive aquilo que está lá em Romanos 12:15, e aqui está o pastor Eliseu, aqui está o Winderson, aqui está a Raquel, toda a sua igreja, toda a sua família, que se alegra com você.

Nós celebramos esse dia. Seja bem-vindo e que Deus te abençoe abundantemente. Conte com a gente, conte com a Bancada do PL.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Feitas as boas-vindas, os nobres deputados líderes, nobre deputado André Bueno já empossado e deputado desta Casa, já está convidado a passar aqui ao lado, fazer o cadastro de vossa senha e começar a trabalhar, que já começou o seu dia de deputado. Não tem moleza aqui, não.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100.º, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou dez minutos após o término da presente sessão, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no parágrafo III do Art. 100.º do Regimento Interno, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

Item 1 - Projeto de lei n.º 106, de 2022, de autoria do Tribunal de Justiça. Daremos início agora então ao Pequeno Expediente, onde começaremos a chamar os oradores inscritos para o Pequeno Expediente. Delegado Olim. Ausente. Deputado Rafael Saraiva. Ausente. Deputado Jorge Wilson. Ausente. Deputado Luiz Claudio Marcolino. Ausente. Deputado Dr. Jorge do Carmo. Ausente. Deputado Carlos Giannazi.

Deputado Carlos Giannazi, tem o tempo regimental V. Exa. para discursar no Pequeno Expediente.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. Uma breve comunicação enquanto o orador se dirige à tribuna.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim. Com a palavra o deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Cumprimentar aqui, saudar o nobre deputado André Bueno, pastor André Bueno, que hoje toma posse do seu mandato aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O deputado líder já fez a saudação, o Carlos Cezar. Com toda a certeza, presidente André do Prado, vai contribuir com a nossa bancada, vai contribuir com o debate aqui neste Parlamento.

Fico feliz em ver o povo cristão do estado de São Paulo ser representado, ter mais um representante neste Parlamento. Então cumprimento seus amigos, sua família, sua igreja e o nobre deputado por esta posse. Desejar um bom trabalho, um trabalho frutífero para o estado de São Paulo, para todo o povo de São Paulo, mas especificamente para o povo cristão, os que acreditam em nosso senhor Jesus Cristo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta Casa, quero cumprimentar o deputado André Bueno, que está assumindo hoje uma cadeira importante na Assembleia Legislativa.

Quero aqui registrar a honrosa presença do conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Tuma, para nós, Tuminha. Foi vereador, presidente da Câmara Municipal, um parlamentar importante que deu grandes contribuições para a cidade de São Paulo. é uma honra recebê-lo aqui na Assembleia Legislativa.

Sr. Presidente, hoje pela manhã a Rede Globo fez uma matéria importante repercutindo as denúncias que nós fazemos, não só o meu mandato, mas outros mandatos também, em relação ao abandono do Iamspe, do Hospital do Servidor Público do Estado.

O hospital está um verdadeiro caos, abandonado, sucateado, com empresas terceirizadas em vários setores, sobretudo na área do pronto-socorro. Imaginem V. Exas. que no pronto-socorro os médicos são todos terceirizados. As enfermeiras são terceirizadas. A limpeza é terceirizada.

E, na matéria que mostra o caos, o hospital justifica o próprio caos dizendo que a culpa é das terceirizadas que o próprio hospital terceirizou e que nós tanto denunciamos aqui na Assembleia Legislativa.

Inclusive, há uma ação civil pública contra essas terceirizações no Hospital do Servidor Público por conta de uma representação que eu protocolei no Ministério Público Estadual, que foi acolhida. O MP pediu, então, uma ação civil pública. Está lá no TJ sendo analisada.

Eu quero só mostrar uma parte dessa matéria, que mostra, ilustra, é uma radiografia do caos, do abandono desse governo estadual com a saúde dos servidores públicos. Na verdade, de toda a população, porque o que acontece no Iamspe acontece em vários hospitais do estado de São Paulo.

Sr. Presidente, eu quero só mostrar aqui.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Vamos tirar a matéria, porque, Srs. Deputados, é uma matéria longa, tem 16 minutos no SPTV1 da Rede Globo. Então, é muito sério o que está acontecendo nesse hospital.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gilmaci Santos.

 

* * *

 

Mas eu quero aqui me deter nas causas. Por que isso está acontecendo? Porque o governo estadual, o governo Tarcísio de Freitas, abandonou o financiamento do Iamspe. Vejam só: hoje, o orçamento do Iamspe é de dois bilhões e 400 milhões de reais. Essa é a parte das contribuições dos servidores públicos. O governo só entrou com, aproximadamente, 102 milhões de reais.

No entanto, Sr. Presidente, para concluir, olhe só a gravidade da situação: até agora, desses 102 milhões do governo, ele só executou - até a data de ontem, que nós analisamos - 600 mil reais. Então, não dá.

O governo tem que financiar, tem que dar a contrapartida, investir no Hospital do Servidor Público e acabar com as terceirizações. Sobretudo, Sr. Presidente, demitir imediatamente o diretor técnico do hospital, esse Marcelo Takano, que está destruindo o hospital. Tem várias denúncias contra a gestão dele nesse hospital.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para conclusão, deputado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Então, além da falta de recursos, tem um problema gravíssimo de gestão. É um cargo político. Foi indicado, me parece, pelo Kassab. Está queimando a imagem do Gilberto Kassab. Então, demissão já, exoneração já desse Marcelo Takano, que inclusive ajudou a prejudicar o Samu aqui na prefeitura de São Paulo, porque ele passou por lá também, Sr. Presidente.

Voltarei à tribuna para continuar denunciando o descaso com o Iamspe.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. É possível uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Caio França. É possível, sim, senhor.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, queria apenas saudar o nosso parlamentar, pastor André Bueno. Em nome de quem cumprimento também toda a comunidade da Assembleia de Deus de Perus, em nome do pastor presidente, pastor Elias.

Deputado André, que já foi do nosso partido, do PSB. Em 2018 disputou a eleição conosco. Se eu não me engano, ficou na segunda suplência. Ele tem um trabalho muito sério, além de espiritual, social também em toda a comunidade de Perus, bairros adjacentes, cidades ali, Caieiras, Morato, Franco da Rocha e assim vai.

Então, desejar aqui um excelente mandato. Sei que ele está preparado e obstinado. Que ele possa estar iluminado para exercer esse mandato durante o tempo que a deputada Valeria estiver na secretaria, a quem também desejo um bom trabalho.

Só isso, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Caio. Com a palavra, deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Reis.

 

O SR. REIS - PT – Quero cumprimentar o presidente Gilmaci, que está presidindo os trabalhos na data de hoje. É o nosso “designated candidate”, ou candidato designado, os nossos deputados e deputadas, o público presente, os integrantes da Polícia Penal, da Polícia Civil, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Militar e também todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pela rede Alesp.

Quero dizer para o deputado Carlos Giannazi que, no dia 22, às 17 horas e 30 minutos, nós vamos fazer uma grande audiência por meio da Frente Parlamentar em Defesa do Iamspe, do Hospital do Servidor Público, no auditório Paulo Kobayashi.

Quero contar com a presença de V. Exa. e dos meus nobres pares, para debatermos essa questão do Hospital do Servidor, que o corretor do estado, nosso corretor de plantão, Tarcísio de Freitas, dilapidador do patrimônio público, abandonou. O Hospital do Servidor está abandonado.

Além de que, ele ainda quer vender o prédio da administração, conforme V. Exa. noticiou na data de ontem, de que o prédio do Iamspe, onde está a administração do Iamspe, está à venda pelo corretor geral do estado, o corretor de plantão. Eu não sei se o número do Creci dele é 22171. Deve ser, o número do Creci desse corretor que quer vender tudo.

Aliás, até a Assembleia Legislativa está na relação para ser vendida. É, V. Exas. muito em breve serão despejadas caso este prédio seja vendido. Está lá na relação de imóveis, dos imóveis... Inclusive, deputado Major Mecca, o Batalhão da Rota. Se o senhor pegar e entrar nos imóveis à venda, o senhor vai encontrar o prédio da Rota.

Eu não sei quem é o louco que está colocando no site esses prédios tão importantes do Estado, para serem vendidos. Inclusive, está lá, V. Exa. pode pedir informações para o governo dizer porque o Batalhão Tobias de Aguiar, também está na relação para ser vendido.

A outra questão que eu venho cobrar aqui, presidente, nosso presidente Gilmaci Santos, é sobre os candidatos da Polícia Civil, os remanescentes que passaram no concurso público. Já estão todos em condição de serem nomeados e ainda não foram.

Na reunião presidida pelo deputado Major Mecca, foi questionado ao secretário da Segurança Pública, Sr. Guilherme Derrite, e ele afirmou que o governador teria autorizado o chamamento de todos os remanescentes. V. Exa. estava presente quando ele afirmou isso sobre o concurso. Porém, de uma hora para outra tudo mudou.

Agora está aprovada apenas uma pequena parte, o que não dá para entender, pois o déficit da Polícia Civil é em torno de 17 mil cargos vagos, não é? Há uma falta de funcionários na Polícia Civil. Delegacias fechadas, delegacias que só trabalham no horário de expediente, que funcionam apenas durante o dia, fechando à noite, aos sábados, aos domingos e aos feriados.

Então, é urgente que esses policiais que prestaram concurso sejam nomeados. O secretário se comprometeu em chamar mais de quatro mil candidatos, e isso agora mudou.

Citando um exemplo de investigador de polícia, onde o total de candidatos aptos é de 1.212, o concurso previa a quantidade de 900 candidatos, e foram autorizados mais 166. Fazendo as contas, vão chamar 1.066 candidatos. Em tese, seriam os remanescentes, mas agora mudou.

Vale lembrar que esses candidatos já foram chamados para entregar documentos, fizeram exames admissionais, assinaram termos de não acúmulo de cargos. Advogados precisaram cancelar a OAB, entregaram declarações solicitando abertura de conta em banco.

Agora eles vão ter que aguardar, porque o governo está voltando atrás na totalidade dos remanescentes, e o próprio secretário, presente na Comissão de Segurança Pública, teria afirmado que seriam todos chamados.

 Diante disso, nós precisamos cobrar do governo, porque há vagas. Nós temos as pessoas aprovadas no concurso e essas vagas precisam ser preenchidas urgentemente. Precisa dar resposta para a sociedade, para a população, para os servidores policiais que sofrem com a falta de funcionários, porque muitas vezes têm que trabalhar por dois, três, quatro, fazer plantões de 24 horas, plantões ininterruptos. Pegam ocorrência e continuam trabalhando em horas de folga.

É urgente que o governo olhe mais para a Polícia Civil e que, pelo menos isso, preencha todas as vagas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra o deputado Marcio Nakashima. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Caio França. Não vai falar.  Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. PAULO MANSUR - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde, presidente. Uma boa tarde a todos vocês. É engraçado que o deputado Reis, do PT, fala aqui em cobrar o governo do Estado, o governador Tarcísio, mas, com um pouco mais de um ano de governo do Lula, ele vem de mal a pior, acabando com nosso País.

É imposto em cima de imposto, é rombo nas contas públicas, 38 ministérios, sendo que o governo Bolsonaro deixou com 22 ministros o governo. É um inchaço da máquina pública, deputado Reis, e tem um detalhe agora.

Saiu uma notícia hoje de que o governo Lula pautou para a Câmara dos Deputados voltar o imposto DPVAT, que agora alteraram para SPVAT. É um seguro obrigatório que você precisa colocar no seu carro, mais um imposto para nós, cidadãos brasileiros.

Existiu um economista, muitos anos atrás, nos Estados Unidos, que inventou a curva de Laffer. Nisso ele explicava que, quanto menos imposto você cobra, você tem mais arrecadação.

Países de primeiro mundo seguem essa linha, como os Estados Unidos, só que no Brasil a gente vai ao contrário do que esse economista propôs lá atrás. É aumento de imposto, e aí gera sonegação, porque as pessoas não aguentam mais pagar impostos e receber uma notícia dessa.

Receber uma notícia dessa, Major Mecca, de um aumento de imposto... Nós temos desemprego no País, lojas fechando, criminalidade aumentando, o governo Lula propõe um aumento do DPVAT, e deputados votam a favor.

É importante a gente citar dentro das nossas redes sociais esses deputados que estão votando a favor de um aumento de imposto. Não é possível que a gente já pague tanto imposto no nosso País e tenha que se deparar com uma situação dessa.

Então, quando eu vejo deputados aqui subindo neste parlamento para mostrar a Rede Globo, que é aliada deles aqui dentro do parlamento, aliada do Lula, colocando matérias falando que a Saúde pública não está indo bem em São Paulo, falando da insegurança...

A gente precisa se aprofundar no tema do que o governador Tarcísio está fazendo em pouco tempo para o nosso estado de São Paulo, que é um combate à criminalidade como nunca se viu no Estado, trazendo empresas para o nosso Estado que não existiam, com o aumento da arrecadação de imposto.

Então, precisamos olhar o que o governador Tarcísio tem feito para o nosso Estado versus o que a gente tem assistido, a palhaçada que o governo federal tem feito no nosso País, porque parece um circo. Como que uma administração recebe o país com 22 ministros e hoje tem 38 ministérios?

Como que recebe o país, do governo Bolsonaro, com um superávit de 55 bilhões de reais e agora, no final deste ano passado, entrega o país com 250 bilhões de reais no déficit, no negativo?

Como que a gente pode entender algo assim? Como que a gente pode ter um presidente que não consegue sair na rua, que não consegue ir a um restaurante, e nós temos um ex-presidente mais amado do Brasil, que chega no restaurante, e até o dono do restaurante vai tirar foto com ele, nem deixa ele pagar a conta?

Nós vivemos em um país que realmente tem as suas bases invertidas. A gente vive em um país que realmente está passando por cima das constituições. Agora com depoimento de um bilionário, Elon Musk, denunciando, falando o que ele acha para o nosso País, isso é aquele ponto que nós temos de esperança no que vai acontecer.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra o deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Enquanto, V. Exa. se dirige à tribuna, quero anunciar e agradecer a presença, ali na galeria, escondidinho, o nobre deputado Arildo, lá de Cotia. Arildo, seja bem-vindo, é uma honra, um prazer receber V. Exa. aqui na nossa Casa. Prazer, Arildo, bem-vindo, vai tomar um café depois no gabinete, Arildo Gomes.

 

 O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nossos policiais e funcionários que aqui estão, todos que nos acompanham pela rede social.

Hoje, no dia dez de abril, pela manhã, eu estive na cidade de Suzano, região do Alto Tietê, onde, Vitão, foi inaugurada a Companhia de Ações Especiais de Polícia do CPA/M-12, responsável por proteger o cidadãos de toda a região do Alto Tietê: Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, Guararema e toda aquela região.

Eu fui até lá para apertar as mãos dos heróis policiais militares, que defendem o povo do estado de São Paulo. Nesta semana, os nossos irmãos policiais militares, policiais civis deram uma resposta à altura a integrantes do crime organizado, que estouraram um caixa eletrônico na cidade de São Pedro, próxima à cidade de Piracicaba, abordaram, explodiram um carro-forte e tiveram a pronta resposta da nossa polícia, da Polícia Militar, da Polícia Civil.

Criminosos foram presos. O bandido que não quis se entregar e resolveu trocar tiro com a polícia foi abatido, foi para o cemitério, porque escolheu esse resultado. Foram três fuzis apreendidos, Vitão, mais de R$ 100 mil recuperados, que haviam sido subtraídos do caixa eletrônico. Os nossos homens e as nossas mulheres policiais estão firmes no combate ao crime organizado.

Hoje, nessa inauguração, estava o secretário de Segurança Pública, o capitão Derrite, estava o nosso presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado. Nós fizemos questão de apertar as mãos dos nossos policiais militares que lá estavam, do Caep, e dizer a eles que nós estamos firmes nesta Casa Legislativa buscando junto ao governador a continuidade da recomposição salarial.

Estamos todos os dias cobrando do governador. “Governador, os nossos policiais estão arriscando as suas vidas, precisam que a bonificação para o resultado seja paga, pois está há um bom tempo atrasado e os nossos policiais e os seus familiares estão ansiosos pelo pagamento dessa bonificação. O projeto de retorno da insalubridade na licença-prêmio.

Saibam todos os senhores que todos esses projetos estão no Palácio dos Bandeirantes e o governador Tarcísio de Freitas, homem íntegro, que respeita os policiais, está trabalhando intensamente ao nosso lado pela reconstrução da dignidade de todos nós, policiais do nosso Estado, e está imbuído nessa reconstrução.

Esses projetos estarão muito em breve aqui, nossos irmãos policiais civis e militares que estão aqui neste plenário zelando pelo bom andamento do nosso trabalho, que eu sempre saliento nesta Casa.

Não é somente aqui, se não houvesse um soldado como sentinela, nenhum de nós teríamos saído de casa hoje para trabalhar, seja parlamentar, seja comerciante, seja juiz, promotor, motorista de táxi. Se um soldado não estiver na rua zelando pela nossa cidade, nenhum dos trabalhadores sai de manhã de casa para o seu serviço.

E falo porque conheço esse fenômeno por constatação, pois o PSDB, nos últimos 30 anos, permitiu que o crime organizado se estabelecesse em São Paulo e em todo o Brasil, quando foi omisso. Nós assistimos aqui, no nosso estado, ações do crime organizado que fizeram com que a nossa cidade fosse fechada.

E hoje, com as bênçãos do Senhor Jesus, nós temos um governador, um secretário, um comandante-geral, um delegado-geral e milhares de homens e mulheres que estão unidos para combater o crime organizado e fazer das nossas ruas, das nossas cidades e do nosso Estado um espaço para o cidadão de bem.

Nunca desistiremos da batalha. Falei para os nossos policiais hoje, enquanto nós formos amados pelas crianças, respeitados pelos cidadãos de bem e temidos pelos bandidos, é sinal que nós estamos no caminho certo.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra o deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Felipe Franco. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa tarde a todos, boa tarde àqueles que nos assistem em casa pela TV. Obrigado, Major Mecca, por ter ficado aqui. Estou falando com um amigo meu de Itu, coronel Drague; estou mandando um abraço pelo excelente trabalho que ele faz ali no batalhão em Itu.

Ele também é seu amigo, transfere outro abraço. Eu vou visitar a cidade de Itu e vou passar para tomar um café lá junto com o coronel, que faz um excelente trabalho e é querido ali em Sorocaba e em todo o interior.

Quero aqui falar dos nossos heróis das estradas. E heroínas também, as mulheres. Os caminhoneiros e as caminhoneiras. Ontem, praticamente o dia todo, deputada Letícia Aguiar, a estrada ficou parada: mais um caminhoneiro, provavelmente com sono, porque trabalhou muito, tombou o caminhão.

E teve um acidente antes de ontem, também, que ouvi, num “guard rail”. E eu fiz um projeto de lei aqui, quero agradecer a todos os deputados e deputadas, agradecer ao governador também, apesar de ele ter vetado a lei, mas ele conversou comigo e prometeu que vai melhorar.

Eu perguntei por que ele vetou. É o ponto de apoio dos caminhoneiros. Veja bem: esses heróis, muitas das vezes... A gente não pode se lembrar do caminhoneiro só na época da greve. O caminhoneiro transporta soja, feijão, madeira. Tudo gira em torno do caminhoneiro, até mesmo quando ele vai ao Porto de Santos; tem que ter o caminhão para retirar.

Então, sem os caminhoneiros, o País para. E a gente pediu, entrou com esse projeto de lei para que tenha um ponto de descanso, de apoio, que é com sofá, para descanso, ainda mais que tem muitas mulheres caminhoneiras, acho que mais de 80 mil no estado de São Paulo.

E a Sula Miranda me ajudou nesse projeto por esses verdadeiros heróis, que carregam o País nas costas, para que tenha, de 50 a 60 km, um ponto de descanso, com chuveiro, com wi-fi para conversar com a família, para que ele não tenha que gastar no posto de gasolina, porque senão ele não pode tomar banho, não pode descansar.

Então, tenho a certeza de que o governador Tarcísio de Freitas, que já fez muito, nesse um ano de trabalho, pela Polícia Militar, reconhecendo, Major Mecca... Gosto muito do trabalho de V. Exa., de outros policiais aqui da Casa também. Já aumentou o salário da Polícia Militar. O salário mínimo aqui do estado de São Paulo é maior do que em todos os lugares.

Mas não podemos nos esquecer - e foi promessa, que ele vai cumprir, eu quero que o governador cumpra, eu tenho a certeza - do ponto de apoio para os caminhoneiros e caminhoneiras.

Porque tem lugar aí em que você tem que gastar no posto, aí o caminhoneiro tem uma colega caminhoneira, ele tem que segurar a porta do banheiro, e o ajudante é proibido de entrar.

Às vezes, eles ficam 15 horas na estrada, mais 15 horas para carregar o caminhão, aí não tem um banheiro, é obrigado a gastar, não tem um ponto de descanso, e infelizmente muitas vidas têm sido ceifadas pelo cansaço. Então, eu imploro pelo ponto de apoio para os caminhoneiros nas estradas aqui do estado de São Paulo.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

* * *

 

Outra coisa também, que é muito importante, que eu falei aqui ontem. E eu tenho a certeza... A gente tem que ter um programa de governo, alguma coisa que resolva, não pode ficar do jeito como está. Muita reclamação, deputado Caio França, da vaga Cross no estado.

As pessoas ficam esperando - às vezes quem tem hemodiálise - entrar numa vaga Cross. Você não pode ficar sem fazer hemodiálise. Você tem que fazer às vezes segunda, quarta e sexta; ou terça, quinta e sábado, três vezes por semana, senão você morre. Agora, você ficar numa vaga Cross... Secretário Eleuses, tenho a certeza de que muito competente, tem que fazer alguma coisa.

Entra governo e sai governo, não pode ficar desse jeito. E a gente não tem acesso. Agora, uma pessoa que faz hemodiálise, uma pessoa que tem câncer, que tem que fazer uma cirurgia, que tem que fazer o tratamento de radioterapia, quimioterapia, como é que a pessoa vai entrar na vaga Cross?

 Uma pessoa que é do interior, que tem que ir para a cidade vizinha. Por exemplo, às vezes a pessoa mora em Itapeva, mora em Araçoiaba, só tem que ir ao regional em Sorocaba. Como é que ela vai fazer um tratamento de câncer?

Às vezes ela não tem nem na cidade dela, tem que ir lá para Jaú, tem que ir para depois de São José do Rio Preto, que é Barretos, e tem que entrar na vaga Cross. A vida não espera. Eu tenho certeza de que todos os colegas têm recebido cobrança sobre a vaga Cross. Então tem que ter uma solução.

Eu entrei aqui, deputado Reis, junto com V. Exa., mesmo sendo do partido do governador, para não ficar calado. Para falar pelo povo que votou na gente, pelo povo que sofre, pelo povo que não tem condições de pagar um convênio, que é muito caro no nosso País, e que não pode ficar aguardando na vaga Cross. Ainda mais quem tem câncer, quem precisa de hemodiálise, quem precisa de cirurgia.

Eu estou aqui, enquanto Deus me der saúde, enquanto estiver nesta Casa, eu vou lutar por aqueles que mais precisam.

Deus abençoe a todos, deputado Reis.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo na lista de oradores. É regimental. Eu vou chamar para o Pequeno Expediente ainda, que eu acho que tem, e aí V. Exa. faz a comunicação. Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. Vossa Excelência terá o tempo remanescente do Pequeno Expediente.

Deputado Caio França tem dois minutos de comunicação.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu quero reforçar a cobrança do deputado Vitão que, com razão, trata de um tema que preocupa muito esta Assembleia, mas principalmente os cidadãos, que é a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde, que é a Cross.

Deputado Vitão, eu consegui aprovar aqui, na legislatura passada, um projeto de lei que garantia a transparência na Cross. O então governador Doria, à época, vetou. Nós, eu, deputada Clarice Ganem, e o deputado Ricardo França, aprovamos um novo projeto, nesta legislatura, nesta Casa, por unanimidade, garantindo transparência na Cross. O governador Tarcísio sancionou o projeto.

Desde o dia 12 de setembro, esse projeto agora é lei, e falta regulamentar. O secretário Eleuses esteve aqui na Assembleia ontem. Eu cobrei dele isso. Falei: “Secretário Eleuses, já passou da hora. Eram 120 dias. Em fevereiro já deu 120 dias, e até o momento não temos ainda como é que será feita a regulamentação’.

Ele explicou que está em um processo de regionalização das vagas. Mas eu quero explicar que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. A transparência independe de se a Cross é regionalizada, se é unificada na Capital. O que nós queremos é que o sistema esteja acessível, para o cidadão que aguarda uma cirurgia ou um exame, como V. Exa. falou.

Eu sei muito bem que essa questão não vai solucionar o problema das vagas que faltam. Mas o que não é justo é que a gente fique na dúvida se esse sistema tem dedo político, de facilitar a vida para uma pessoa que conhece esse ou conhece aquele, ou não.

O cidadão tem direito a uma vaga, independente de conhecer algum político. Então eu quero e exijo que a lei, que foi aprovada e está sancionada, possa ser regulamentada pelo governo. Então eu reforço a sua fala. Pois é, não precisamos nem falar das patologias, das dificuldades que o povo passa. Queremos que a Cross seja transparente.

Muito obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

* * *

 

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputado Caio França. Só encerrando agora o Pequeno Expediente. O deputado Suplicy vai falar pela comunicação, porque já encerrou o Pequeno Expediente e nós vamos entrar no Grande Expediente.

Mas esta Presidência cede a palavra para que V. Exa. fale por uma comunicação, por dois minutos.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente Carlos Giannazi. Eu gostaria de registrar essa importante notícia que diversas formas da imprensa hoje, como a “Folha” e “O Globo” informam, que o canabidiol deve chegar ao SUS em maio, no estado de São Paulo.

“A distribuição de extrato de canabidiol, pelo Sistema Único de Saúde em São Paulo, deve ter início em maio, de acordo com a previsão do governo estadual. O medicamento feito a partir da Cannabis sativa deve ser destinado a pacientes de três condições de saúde raras, marcadas por graves crises epilépticas, resistentes aos tratamentos convencionais: Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-Gastaut e complexo da esclerose tuberosa.”

Mas o deputado Caio França, que foi o autor do projeto que justamente está permitindo a utilização da cannabis para esses três tipos de doença, acaba de me informar que, na Secretaria da Saúde, há como que um comitê que está examinando passo a passo quais os efeitos da cannabis para aqueles que estão utilizando para outras finalidades, como o Alzheimer, o Parkinson, o autismo e tantas doenças.

Ainda ontem, fiz uma visita à AACD, Associação para Crianças com Deficiência, ali onde o padre Ticão estimulava tanto. E pude notar que havia lá inúmeras mães, dezenas de mães com suas crianças e alguns pais com suas crianças para justamente obterem a cannabis medicinal para o tratamento. Então, quero saudar essas notícias.

“Os pedidos serão feitos nas unidades básicas de saúde. Os médicos também terão acesso aos formulários por diferentes vias’, conforme explica José Luiz Gomes do Amaral, coordenador do grupo de governo. ‘Esperamos que no mês que vem esteja em andamento a dispensação nas farmácias de alto custo’, acrescenta.

O protocolo prevê a distribuição do canabidiol apenas para pacientes com resistência comprovada aos demais tratamentos. Por isso, uma série de documentos deverá ser apresentada no momento da solicitação.

A relação inclui um termo de responsabilidade, relatório médico descrevendo o quadro clínico, esquema terapêutico adotado, frequência das crises convulsivas, além de exames de imagem, como eletroencefalograma, em casos de Dravet, Síndrome de Lennox-Gastaut, e tomografia ou ressonância magnética cerebral em casos de esclerose múltipla.

Serão exigidos exames complementares atualizados sobre o funcionamento do fígado, hemograma, níveis de creatinina, eletrólitos no sangue do paciente. Deverão ser feitos, no máximo, 30 dias antes do pedido, esses exames. ‘São condições que, se alteradas, podem justificar piora do quadro. Serve de controle para termos certeza de que a medicação não está produzindo efeitos adversos’, justifica Amaral.

O acesso não será permitido a crianças menores de dois anos, conforme resolução da Anvisa que autorizou os produtos de cannabis no Brasil. A restrição motivou questionamentos das associações de pacientes, já que muitos bebês apresentam epilepsia de difícil controle antes de atingirem essa idade.

As solicitações serão analisadas por uma comissão da Secretaria de Estado da Saúde responsável por fazer o monitoramento dos pacientes ao longo do tratamento. Caso a frequência das crises epilépticas não diminua em pelo menos 30% a cada seis meses, a oferta do medicamento será interrompida.

‘Isso vai ser muito importante, porque vamos poder acompanhar os resultados com um produto uniformizado em um grupo controlado’, diz Amaral. ‘O que vemos em várias publicações sobre os efeitos terapêuticos de canabinoides é que cada paciente se trata com um produto diferente, com teores variados do canabidiol e de outras substâncias. Essa é a grande limitação dos estudos existentes.’

O produto oferecido será o extrato de CBD isolado da farmacêutica mineira Ease Labs, vencedora de licitação recém-concluída. O presidente Gustavo Palhares disse que a empresa já tem medicamento em estoque e aguarda a demanda pela Secretaria da Saúde. Cada frasco de 30 milímetros do óleo vai custar aproximadamente 135 reais ao Poder Público. Nas farmácias, o mesmo remédio chega a custar mil reais.

Assim o governo deve continuar tendo gastos elevados com a compra de produtos de Cannabis após determinações judiciais, em sua maioria motivadas por condições clínicas que não foram incluídas na lei.

Quando é obrigado a comprar os remédios dessa forma, o estado acaba pagando o valor praticado no mercado. Essa conta atingiu o valor recorde no ano passado. De janeiro a outubro, 25,6 milhões de reais foram destinados para atendimento de 843 ações movidas por pacientes.

O governo ainda não tem dimensão real da demanda pelos medicamentos, mas estima em torno de seis mil pessoas que vivem em condições contempladas inicialmente pela política no Estado, em grande parte crianças pequenas.

A lei paulista que prevê a distribuição gratuita de medicamentos à base de Cannabis foi sancionada em janeiro do ano passado pelo governador Tarcísio de Freitas”. Tendo a iniciativa sido do nosso companheiro, deputado Caio França.

“A legislação prevê a atuação contínua do grupo de trabalho formado por especialistas, médicos, pesquisadores e associações de pacientes, com o objetivo de aprimorar a política à luz de novas evidências científicas sobre as propriedades medicinais da planta.”

Eu cumprimento o deputado Caio França, mais uma vez, pela autoria desse projeto, que vai facilitar em muito o acesso a medicamentos de Cannabis pela população em São Paulo.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Parabéns pela sua luta em torno desse importante tema. Agora no Grande Expediente com a palavra o deputado Reis, por permuta de tempo com o deputado Paulo Fiorilo. Vossa Excelência fará uso regimental da tribuna por até dez minutos.

 

O SR. REIS - PT – Quero saudar o presidente, Carlos Giannazi, o deputado Suplicy, a deputada Letícia Aguiar e público presente. Eu quero continuar o assunto que início no Pequeno Expediente, que é a questão dos negócios do estado.

“O governador deixa Palácio, hospitais e quartel da Rota em site de venda”. Isso está no jornal, no site do “Metrópoles”. “Catálogo de edifícios públicos que podem ir a leilão tem prédios como o Palácio dos Bandeirantes”.

Governo diz que o site está em desenvolvimento. “O governo Tarcísio de Freitas está repaginando um site oficial para anunciar imóveis públicos do estado que serão colocados à venda por meio de leilão, no catálogo exposto no portal de imóveis”, que foi aquele catálogo que V. Exa. mostrou na data de ontem.

Eu fui pesquisar, porque eu falei: “não estou entendendo o que está acontecendo no estado de São Paulo”. “O governo lista, entre inúmeros terrenos e casas espalhados por todo o estado, uma série de prédios que abrigam instituições e equipamentos estaduais em uso, como o Palácio dos Bandeirantes, onde fica o gabinete e a residência do governador, o quartel da Rota, a tropa de elite da Polícia Militar e o Hospital das Clínicas, o maior da América Latina.

O site atual foi desenvolvido pela Secretaria de Gestão e Governo Digital, pasta que abarca a coordenadoria de patrimônio do estado, visando a divulgação das propriedades da Fazenda do Estado de São Paulo disponibilizadas para a venda”.

O objetivo, ainda segundo o portal, é “atingir tanto aquele que quer adquirir seu primeiro imóvel, como quem busca imóveis para investir, tornando acessíveis e transparentes as transações realizadas, facilitando a comunicação entre a Administração Pública estadual e os prováveis interessados.

O portal permite que os compradores verifiquem informações como a metragem dos terrenos e o preço mínimo do leilão ao clicar nos endereços. Os interessados também podem fazer um cadastro para receber mais detalhes sobre a oferta.

O objetivo, segundo o portal, é atingir tanto aquele que quer adquirir seu primeiro imóvel, como quem busca imóveis para investir, tornando acessível e transparente as transações realizadas, facilitando a comunicação entre a administração pública e aqueles que provavelmente se interessam por esses imóveis. Na tarde dessa terça-feira, o “Metrópoles” acessou o site e encontrou na relação os prédios da Assembleia Legislativa.

Então é verdade aquilo que V. Exa. falou ontem, deputado Carlos Giannazi, que até o prédio da Assembleia Legislativa está lá no site de venda de imóveis e também o prédio do Tribunal de Justiça.

Eu acho que tem alguma coisa errada, não é possível. Como é que vai vender o prédio do Tribunal de Justiça, um prédio centenário? Eu acho que é impossível, né? O prédio do Ministério Público... Nenhum deles tem valor atrelado.

Já o prédio do Hospital do Servidor Estadual, na zona sul paulistana, consta no catálogo com um preço mínimo de venda de R$ 25 milhões. Outro edifício que aparece no portal acompanhado de um lance mínimo de venda é o Casarão Franco de Mello, na Avenida Paulista, com custo a partir de R$ 20 milhões. Em 2023, Tarcísio disse que estudava a criação de um museu no local, com foco no público LGBTQIA+.

Também na Avenida Paulista, um dos cartões postais da cidade, constam à venda o Instituto Pasteur, a Casa das Rosas e a Escola Estadual Rodrigues Alves. Em nenhum dos endereços foi fornecido valor mínimo de compra.

Em nota, o governo afirma que o portal ainda está em desenvolvimento e que reúne informações de todos os prédios públicos que integram o patrimônio do estado, com o objetivo de garantir transparência aos cidadãos que buscam informações acerca dos imóveis estaduais.

De acordo com a gestão Tarcísio, os imóveis que eventualmente forem objeto de concessão ou leilão por parte do governo de São Paulo serão devidamente identificados no site.

O Portal de Imóveis de São Paulo é semelhante à plataforma online de venda de imóveis públicos da União criada pelo governo federal em 2020, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O sistema foi desenvolvido em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados, o Serpro, comandado à época por Caio Paes de Andrade, atual secretário estadual de Gestão e Governo Digital.

O domínio imoveis.sp.gov.br existe desde 2016 e foi criado durante a gestão do então governador, hoje atual vice-presidente, Geraldo Alckmin para abrigar o Fundo Imobiliário de São Paulo.

Na última sexta-feira, o nosso deputado estadual Carlos Giannazi acionou o Ministério Público de São Paulo e acionou também o Tribunal de Contas - é o que está dizendo a matéria - solicitando que a inclusão de todos os prédios públicos no site de venda do governo seja investigada.

Essa questão das vendas de imóveis e de prédios históricos... O que mais está chamando atenção, deputado Carlos Giannazi, é a questão do Iamspe. Inclusive nós vamos fazer no dia 22, a audiência pública aqui na Assembleia Legislativa para debater.

Em tese o tema do debate da audiência é o atendimento, é a situação do Iamspe que todos os funcionários públicos estão reclamando. O governo abandonou o Iamspe, abandonou o Hospital do Servidor Público.

E nos últimos dias eu andei por várias cidades como São Carlos, Ribeirão Preto, Riolândia, Votuporanga, Cardoso, e me deparei com vários funcionários públicos - não só da Segurança Pública, porque visitei várias delegacias, seccionais, departamentos de Polícia Judiciária, mas como da Educação - reclamando do atendimento do Iamspe, da dificuldade que eles estão encontrando para ter o atendimento, principalmente quem está no interior.

Quem está aqui na cidade de São Paulo ainda corre ali no Hospital do Servidor e mesmo com toda aquela dificuldade, conforme foi a matéria que o deputado Carlos Giannazi mostrou na data de hoje, mesmo com toda aquela dificuldade, que eu mesmo na semana passada enfrentei lá, pois meu filho teve a suspeita de dengue, eu o levei ao Servidor, e vi que estava lotado.

Estava lotado de pessoas, é claro, por conta dessa questão da dengue, da questão da Covid, e o governo, como é o caso também do sistema municipal de saúde, eu visitei o AMA Capão Redondo, a UPA Jardim Ângela, o Pronto-Socorro do Butantã. Lá no Pronto-Socorro do Butantã tinham 300 pessoas aguardando atendimento.

Os governos não se prepararam para esses surtos que estamos vivendo, tanto de dengue, como de Covid, e os hospitais estão abarrotados. Temos um apagão na Saúde.

Assim como digo que há um apagão na Segurança Pública, que as delegacias, muitas vezes fechadas, sem funcionários para atender, estamos vivendo também um apagão na Saúde. O Sindsaúde entrou nessa guerra, ele está convocando as pessoas para um ato no dia vinte e cinco. Vão fazer um ato em frente ao Iamspe no dia 25, quinta-feira.

Teremos nossa audiência pública na segunda-feira, dia 22, às 17 horas e 30 minutos, uma audiência pública da Frente em Defesa do Hospital do Servidor Público e do Iamspe. E o Sindsaúde está chamando um ato para o dia 25, chamando todas as entidades, todos os funcionários públicos, a comissão constitutiva mista, todos estão convocados para um grande ato contra a venda do prédio do Iamspe, no dia 25, quinta-feira, às nove da manhã. Esse ato vai ser feito em frente ao prédio que o governo colocou à venda, o prédio do Iamspe, é onde fica a administração do Iamspe.

É muito importante que todos possam se movimentar, todos possam estar presentes, tanto na audiência pública que será feita na segunda-feira, como nesse ato em defesa do Iamspe, em defesa do patrimônio público do Hospital do Servidor, cobrando também serviços de qualidade, porque os nossos servidores têm direito a serviços de qualidade, a serviços de saúde de qualidade, cobrando que o governo não entregue aquilo que é patrimônio do Iamspe.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputado Reis. Chamo V. Exa. para continuar presidindo esta sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Assumindo a Presidência, chamo para fazer uso da palavra o deputado Carlos Giannazi, por cessão da deputada Monica Seixas, do Movimento Pretas.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta Casa, quero retomar no meu pronunciamento a denúncia que eu estava fazendo até agora por conta da matéria, uma matéria da Rede Globo de Televisão, do “SPTV1”, de 16 minutos sobre a tragédia do Iamspe, sobre o abandono do Iamspe, sobre a falta de financiamento do governo Tarcísio em relação ao Hospital do Servidor Público e em relação ao Iamspe como um todo.

Sr. Presidente, uma matéria de 16 minutos mostrando a situação de calamidade pública, que tem causas. É isso que eu quero explicar, porque a gente mostra a tragédia, as consequências, mas a gente não entra nas causas do abandono do Iamspe. É isso que eu quero mostrar.

Uma matéria que foi exibida hoje, que está repercutindo em todo o estado de São Paulo. Quero até mostrar só uma parte dela de novo, Machado. Vamos voltar à matéria da Rede Globo sobre a situação do Iamspe, que repercute, na verdade, as denúncias que há muito tempo nós estamos fazendo aqui na Assembleia Legislativa, seja na comissão pertinente ao caso, seja na tribuna, seja na Frente Parlamentar, seja em outros espaços, em redes sociais, acionando o Tribunal de Contas, acionando o Ministério Público.

Então essas denúncias agora estão tendo uma repercussão maior e estão sendo confirmadas pela grande imprensa. Eu queria colocar um trecho agora, com mais calma.

 

* * *

 

- É exibido vídeo.

 

* * *

 

Então, Sr. Presidente, essa é a situação do Iamspe, uma situação de calamidade pública. É um ataque à dignidade humana dos nossos servidores e das nossas servidoras. Mas essas são as consequências, vamos às causas, Sr. Presidente.

Uma das principais causas é o processo de terceirização, que o próprio hospital reconhece quando ele é cobrado em relação ao pronto-socorro. O que diz na matéria - como o hospital responde à reportagem -, que a empresa é terceirizada, a empresa do pronto-socorro, os médicos são terceirizados, as enfermeiras são terceirizadas e a empresa de limpeza é terceirizada.

Então, o próprio hospital que terceirizou joga a culpa nas empresas terceirizadas. Ele lava as mãos, mas nós alertamos: nós somos contra esse tipo de terceirização, sobretudo num hospital. Terceirizar médico, terceirizar enfermeiro; isso é um absurdo, isso é um crime contra a Saúde pública.

E Sr. Presidente, eu entrei com uma representação no Ministério Público, já há algum tempo. O MP acolheu a minha representação e abriu uma ação civil pública no Tribunal de Justiça para investigar as terceirizações do Iamspe, do Hospital do Servidor Público, que tem que abrir concurso público para médico, para os profissionais da enfermagem, e não ficar terceirizando, porque as terceirizadas criam esse tipo de caos dentro do Iamspe.

Então, esse é um dos motivos. Mas espero que a nossa ação civil pública, que o MP que ingressou por conta da minha representação, tenha êxito e obrigue o Hospital do Servidor do Público a fazer concurso público.

Um outro ponto importante, que é talvez a principal causa, Sr. Presidente, desse caos, é a questão do financiamento do Iamspe. Infelizmente, a base do Governo aqui, os deputados da base do Governo aprovaram um Orçamento que prejudicou o Iamspe.

E eu avisei, Sr. Presidente, eu vim à tribuna, eu apresentei várias emendas aumentando esse Orçamento, para que o governo desse a sua quota-parte por servidor público. E o governo não faz isso.

Quem está financiando hoje - V. Exa. sabe - o hospital é só o servidor público, praticamente, com a contribuição de 2% ou 3%, e nada mais. Porque na aprovação do Orçamento aqui, o governo entrou, Sr. Presidente, olha que absurdo, com apenas aproximadamente....

Hoje, o orçamento do Iamspe gira em torno de dois bilhões e 400 milhões de reais, um pouquinho mais que isso. Mas a parte dessas contribuições, que eu citei, dos servidores, representa esse valor, está aqui no telão, olha: aproximadamente dois bilhões e 400 milhões. É o principal... O governo só entra com 102 milhões. Isso representa apenas 3,96% do financiamento. Ou seja, o governo lavou as mãos.

Mas, como se não bastasse esse quase não investimento, até agora - nós estamos no mês de abril, dia dez de abril - o governo só investiu 600 mil da parte dele, dos 102 milhões.

Então, tem uma questão gravíssima de financiamento, tem que aumentar o financiamento do Iamspe, não cobrando do servidor, porque ele já contribuiu, olha o valor. O montante é de dois bilhões e 400 milhões. O problema não é o servidor público; é o governo que lavou as mãos e abandonou o Iamspe, Sr. Presidente.

Então, essa denúncia da TV Globo, de sujeira, de demora no atendimento, tem a ver com as terceirizações, que o próprio hospital insiste em fazer, historicamente falando, que nós já denunciamos.

Então, as terceirizações, mas nós temos a nossa ação civil pública, que eu acredito que terá êxito. Tem denúncias, a ouvidoria não funciona, Sr. Presidente. Eles mandam a pessoa ir lá reclamar à ouvidora; a ouvidoria é só para inglês ver, não resolve absolutamente nada.

As pessoas não conseguem marcar consulta, nem pelo aplicativo, nem pelo telefone e nem presencialmente. Elas ficam numa lista de espera, esperando eternamente uma consulta.

E por fim, Sr. Presidente, nós recebemos várias reclamações do diretor técnico do hospital, que foi nomeado nessa gestão... Só para concluir, Sr. Presidente. Um tal de Marcelo Takano, que, inclusive, V. Exa. era vereador, e parece que ele estava envolvido também no desmonte do Samu, na Prefeitura de São Paulo.

E foi nomeado agora como diretor técnico do Iamspe. E tem muitas denúncias contra ele, contra a má gestão que ele faz. Nada contra a superintendente, que faz o que pode, a Dra. Maria das Graças. Mas a questão é embaixo, Sr. Presidente: a gestão interna do hospital.

Então, ele tem que ser retirado desse cargo, ele não tem condições de estar à frente de um cargo tão importante, na administração, na gestão técnica desse hospital. E me parece que ele é ligado ao Kassab, uma indicação do Kassab.

Então, se for isso, Gilberto Kassab, V. Exa. está sendo queimado, porque ele está prejudicando milhares e milhares de servidores do estado de São Paulo. Então, que ele seja retirado imediatamente desse cargo, Sr. Presidente.

Nós vamos continuar denunciando. Estaremos, no dia 25, na manifestação em frente ao Iamspe. Já acionamos o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas. E vamos continuar tomando medidas contra esse abandono do Iamspe.

O Hospital do Servidor Público tem que receber investimento do governo, e os servidores devem ser tratados com dignidade humana e atendimento humanizado no Iamspe. O Iamspe é do servidor público.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Deputado Carlos Giannazi, v. Exa. pode permanecer lá, porque eu vou continuar chamando os parlamentares e eles não estão presentes. Próxima oradora, deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi em permuta com o deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, eu faço questão de voltar à tribuna, no dia de hoje, porque nesses dias eu fiz uma gravíssima denúncia em relação ao portal oficial do governo estadual, do governo Tarcísio, que colocou à venda o patrimônio público do Estado do São Paulo.

Um site oficial coloca praticamente milhares e milhares de terrenos, de prédios, de imóveis, até mesmo áreas ambientais aparecem nesse site. Eu já fiz pronunciamentos, levei esse caso para a imprensa, acionei o Tribunal de Contas, acionei o Ministério Público em relação a esse portal.

Mas antes disso eu quero destacar que o governo bolsotucano é um governo privatista, ele está privatizando tudo. Está privatizando o Metrô e anunciou ontem que vai privatizar aa principal linha de metrô do Estado de São Paulo, a Linha Azul, linha histórica, que foi criada em 1974, que é a melhor de todas, porque ela é estatal, ela funciona.

Então o governo Tarcísio anunciou a sua privatização, para que ela fique sem qualidade de atendimento, como as outras privatizadas, que quebram o tempo todo, sobretudo aquela da CPTM.

Mas, além disso, a privatização da Sabesp, que vai aumentar a conta de água, vai piorar os serviços, como a Enel. O anúncio da privatização da Fundação Casa, das zeladorias das escolas estaduais, da instalação de mais pedágios, agora eletrônicos, no estado de São Paulo, todos esses anúncios e essas privatizações.

O governo, na semana passada, anunciou, aí sim, o leilão. E quem anunciou foi o Guilherme Afif Domingos, secretário de Estado do governo Tarcísio. Ele anunciou o leilão de 30 prédios aqui na Capital, O Centro da cidade.

Entre eles, o prédio da administração do Iamspe, que ele disse que vai vender por 350 milhões de reais, um prédio de 14 mil metros quadrados, que fica ao lado do Hospital do Servidor Público Estadual.

Está lá, anunciou que vai vender. Isso aí já está anunciado. Mas, como se não bastasse tudo isso que eu falei, nós tivemos acesso ao site de imóveis do governo estadual, do governo Tarcísio, do governo bolsotucano. É uma mistura de tucanato, a privataria tucana, com o bolsonarismo.

Então nós ficamos perplexos, estarrecidos, porque ali o governo dá o tom. Ele diz que o que ele pretende: é vender São Paulo, transformar São Paulo em uma grande imobiliária. Ou seja, o governador Tarcísio virou um verdadeiro corretor de imóveis.

Eu fiz várias denúncias, como eu disse. Acionamos o MP e o Tribunal de Contas. E o governo, agora que repercutiu, ele mudou. Ele alterou, acabou de fazer uma alteração, por conta das nossas denúncias. Eu quero mostrar as alterações feitas. O governo foi desmascarado, então ele deu agora uma disfarçada. Então vamos colocar aqui o primeiro quadro, só para eu poder explicar o que está acontecendo.

Esse não, é o primeiro deles, que fala do portal de imóveis. Eu quero o primeiro, vamos voltar. Só para eu explicar melhor, para as pessoas entenderem o que está acontecendo. Não está, Machado? Próximo texto, também não. Também não. É esse daqui, que estava antes e depois.

Não sei o pessoal da nossa assessoria entregou corretamente o material. Eu peço para alguém ler isso, que é importante, mas eu vou explicando aqui. Não está... Material, antes e depois... É de hoje, o que passaram hoje, Machado, para você.

Olha, eu vou explicar aqui. O que estava no portal antes? Estava o seguinte: “O que é o portal de imóveis?”. Até ontem, estava assim: “O Portal de Imóveis foi desenvolvido visando a divulgação das propriedades da Fazenda do Estado de São Paulo disponibilizados para venda”. Estava assim: “à venda”.

Agora, a partir de hoje, mudou por conta da nossa denúncia. Como que está hoje? “O Portal serve para duas funções: organizar e dar publicidade a todos os imóveis do estado e, em um segundo momento, dar publicidade aos imóveis que estão disponibilizados para venda.” Vai continuar vendendo.

Então, veja bem, ele mudou esse tópico, só que o que está acontecendo? Aí sim a gente pode colocar os outros quadros, Machado, de como estava antes. Olha os prédios que estavam disponibilizados no site: o prédio do Iamspe, o Jardim Botânico, a Etec do Bom Retiro, o Hospital das Clínicas, o prédio da Rota - da Rota, minha gente -, o prédio do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Assembleia Legislativa, da Escola Rodrigues Alves, aqui na Avenida Paulista, e de várias escolas, inclusive, que eu citei ontem. O Instituto Butantan aparece na lista para venda.

É um escândalo total, Sr. Presidente.

Aqui apareceu o que eu queria. Está aqui: “O que é o portal de imóveis”, antes, e agora, depois da denúncia que nós fizemos. Então teve já uma alteração. Voltando aos outros quadros, então, Machado: Instituto Emílio Ribas, Hospital das Clínicas. Até a Pinacoteca do Estado de São Paulo estava sendo vendida aqui no site do governo estadual. Pode passar para o próximo quadro. Jardim Botânico.

Agora, isso aqui, olha: “Diferencie os imóveis pela vocação”. A pessoa iria escolher se queria comprar um imóvel para produção rural, para residência, para comércio, para logística, para a área industrial. Estava assim. Após a nossa denúncia, Sr. Presidente, agora isso não aparece mais.

Eles retiraram e hoje, quando a pessoa entra na capa do site, que é a entrada do site - vamos colocar na entrada do site -, em que a pessoa procurava o imóvel, agora a pessoa não consegue acessar mais nada. Desapareceu.

O governo saiu envergonhado, desmoralizado. Agora, qualquer pessoa pode, de sua casa, entrar nesse site. Até ontem a gente conseguia acessar todos os imóveis. Agora, ninguém consegue acessar mais nada, por conta da denúncia que levamos ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à imprensa também. O pessoal acessa e não aparece mais nada. Esses imóveis desapareceram, porque desmascaramos o governo em relação a essa privataria.

O fato é que o governo vai vender vários prédios, não há dúvidas em relação a isso, mas foi tão escandaloso que ninguém acreditava. Até o prédio do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que tem a função de investigar o governo, de aprovar as contas, e do Ministério Público, o prédio da Rua Riachuelo, nº 115, apareciam. Aparece agora assim, qualquer pessoa que acessar o site de imóveis, vai aparecer isso: “Nenhum imóvel encontrado”.

Então, eles correram agora atrás do prejuízo, porque foi um escândalo, um escárnio total, o que só demonstra a intenção do governo. Esse governo transformou São Paulo em uma grande imobiliária.

O governo Tarcísio se tornou um corretor de imóveis, está privatizando tudo, vendendo São Paulo, até porque ele não tem compromisso nenhum com São Paulo. Ele não é daqui, é de outro estado. Nada contra ele ser de outro estado, mas que tivesse compromisso com nosso estado. Está vendendo todo o nosso patrimônio público, Sr. Presidente.

E tem mais: em relação à Sabesp, saiu uma matéria, V. Exa. viu, nesta semana, falando que o Paulo Guedes, ex-ministro do Bolsonaro, tem uma empresa que vai se associar a uma outra empresa, que é do mercado financeiro, para comprar cotas da Sabesp, olha só, juntamente com outros grupos econômicos. Eles estão privatizando para beneficiar grupos econômicos, riquíssimos, milionários, Sr. Presidente, para investimento.

Então, estão todos de olho. Não tem nada a ver com o interesse do povo, é para beneficiar os grandes grupos econômicos que esse governo está privatizando e vendendo tudo. Mas haverá luta e resistência nas ruas, sobretudo aqui na Assembleia Legislativa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem. Seguindo a lista de oradores no Grande Expediente, chamo para fazer o uso da palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.)

Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. Deputada Letícia Aguiar.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento Vossa Excelência. Cumprimento os novos colegas aqui, todos que nos assistem também pela Rede Alesp. Venho hoje a essa tribuna falar, e quero falar de forma especial para você, que é concurseiro, e quer fazer parte da instituição da Polícia Civil do nosso estado de São Paulo.

Não sei se é de conhecimento de todos, e eu quero trazer esse assunto aqui para o Parlamento, para os deputados, que o estado de São Paulo é o único do país que ainda exige a prova oral para os cargos de investigador, escrivão, médico-legista e perito criminal.

Então, o que isso quer dizer? Quer dizer que já está ultrapassado, quer dizer que não tem mais necessidade e claro que isso acaba encarecendo a máquina pública e atrasa as nomeações dos concurseiros, dos concursados. Além disso, o “defasômetro” da Polícia Civil indica que nós temos um déficit de policiais civis de 17 mil. Ou seja, é urgente que a gente consiga acelerar esses concursos e acelerar as nomeações.

Existe aqui na Casa o PLC nº 7, de 2024, que acaba com a prova oral dos concursos de nível de superior da Polícia Civil, com exceção do cargo de delegado. Eu estive em uma reunião muito importante com o meu amigo, parceiro de trabalho, professor de direito, professor Diego Pureza, onde nós relacionamos alguns argumentos que vão basear a minha defesa por esse PLC nº 7 e pela urgência que ele tem aqui nesta Casa.

Quais são esses pontos positivos? Já existe um concurso em andamento. Se esse concurso em andamento passar já, se a gente conseguir aprovar e isso já acontecer nos próximos meses - por isso eu estou falando tanto da celeridade do PLC nº 7 -, será possível a gente fazer uma retificação no edital do concurso já com a retirada da prova oral desse edital.

Com isso, a gente vai reduzir - muito menos -, vai tirar os cursos aos cofres públicos, também vai ser possível a nomeação e colocação de novos policiais integrantes da Polícia Civil, já que a gente tem um déficit tão grande e é urgente que a gente consiga trazer novos policiais para a Polícia Civil.

Além de que é importante destacar: a prova oral, na verdade, não diz se o candidato está apto ou não, ele passa por outras seleções que são de fato importantes. Então, a gente, além de reduzir a questão dos custos, dar mais celeridade, aumentar o número de pessoas chamadas para o déficit da Polícia Civil, também vamos acabar com os números de reprovações injustas que acontecem muito nessas provas orais.

Eu peço aos nobres colegas aqui - e esse projeto vai passar por algumas comissões, já está com o parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça - que eles entendam que a gente tem que conseguir aprovar um requerimento de urgência para tratar desse tema.

Porque a gente trabalha com a questão da pressa porque a gente trabalha com a questão da pressa que a Segurança Pública e a Polícia Civil do Estado de São Paulo têm, e a gente trabalha também com a questão da geração de emprego.

Quantas pessoas estão desempregadas? Quantas pessoas, concurseiros, estão vocacionadas a integrar a Polícia Civil, querem fazer parte da Polícia Civil, mas muitas vezes não têm oportunidade, ou passam por reprovações injustas, como a gente vê com certa frequência?

Então, peço aos nobres colegas que a gente possa fazer esse movimento. Eu, deputada estadual Leticia. Aguiar, estou fazendo a defesa desse projeto, sim, vou trabalhar pela construção e aprovação desse projeto, sim, nesta Casa, nas comissões, com os outros deputados, de todos os partidos, com as lideranças.  

Eu tenho certeza de que nenhum deputado vai se opor à convocação mais rápida, mais eficaz, com redução dos custos aos cofres públicos e o chamamento dessas pessoas que estão estudando, se preparando, que estão aptas a fazer parte desse concurso.

Por fim, eu preciso dizer que existe um ponto negativo muito grande se esse PLC não for aprovado, e de forma rápida, nos próximos meses, porque aí não vai ser possível fazer essa retificação no edital que está em andamento, desse próximo concurso, e aí a gente pode ainda demorar pelo menos uns três ou quatro anos para ter um novo concurso.

Então, se nós temos a oportunidade de mudar essa realidade e esta Casa pode fazer isso, vamos fazer, vamos dar essa oportunidade e aprovar o PLC 7, de 2024, aqui nesta Casa, acabar com a prova oral dos concursos de nível superior para a Polícia Civil, obviamente, sem exceção do cargo de delegado, mas todos os outros cargos.

Então, vocês, concurseiros, as pessoas que estão conosco nesse trabalho, nessa missão, saibam que nós estamos atentos, que esta deputada está trabalhando em conjunto com outros parlamentares nesta Casa, para a gente ver o resultado disso acontecendo.

A gente sabe que quando alguém prestar um concurso público, quando alguém quer fazer parte da Polícia, existe um sonho por detrás disso, existe uma vontade, um propósito por detrás disso, e nós, políticos, não podemos fechar as portas e nem atrapalhar o sonho das pessoas vocacionadas a liderar e fazer parte de uma missão tão grandiosa, como é ser policial civil do estado de São Paulo, e a nossa Polícia Civil carece de pessoas assim, que estejam realmente motivadas e que querem fazer parte dessa instituição.

Contem comigo, obrigada.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Deputada Leticia Aguiar, só para corroborar com o seu discurso, com a sua fala, ele já foi aprovado a urgência aqui. É só o presidente agora pôr na pauta e a gente votar, mas ele já está bem adiantado, o PLC 7.

Seguindo a lista de oradores, a próxima oradora é a deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, em permuta com o deputado Enio Tatto.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Reis, o artigo da revista “Exame” de nove de abril - de agora, portanto -, diz que a população de rua na Capital paulista equivale a 31.884 pessoas, de acordo com o último censo, de 2021, mas em números essa quantidade é maior do que o total de habitantes em 89% dos municípios do Brasil. Se fossem unidos, seria a 189ª maior cidade do estado de São Paulo.

Só que os dados não mostram como vive essa população, sem voz ou documentos, ignorada pelos cidadãos e tomadores de decisão.

Pelo menos esse foi o pensamento de André Soler, fundador da SP Invisível, uma ONG-Organização não Governamental que atua há dez anos no acolhimento da população em situação de rua, quando idealizou o projeto “Terra dos Invisíveis”, criado em parceria com a Agência de Dados iD\TBWA.

A campanha considera que essas pessoas tão inviabilizadas, nas ruas, têm uma cidade própria, escondida, em todas as regiões de São Paulo. Além do total expressivo de pessoas, que na verdade, segundo estimativas recentes, inclusive da Universidade Federal de Minas Gerais, já são mais de 60 mil os que habitam as ruas de São Paulo.

Mas a população de rua tem características de idade, sexo, raça, formas de ocupação e uma economia própria, pontos que caracterizam uma cidade, como aponta o diretor criativo da iD\TBWA, Sthefan Ko. A campanha surgiu como uma forma de levar atenção dos paulistanos para essa situação.

Dentre os 12 milhões de habitantes que moram em São Paulo, 32 mil seriam uma minoria. Dá para fechar os olhos para uma minoria, mas não dá para inviabilizar uma cidade inteira, e assim surge a “Terra dos Invisíveis”.

A partir do site, é possível ver alguns dos principais pontos da capital paulistana apontados pela ONG como pertencentes a essa cidade inviabilizada: o Museu de Arte de São Paulo, o Largo do Paissandu, o Pátio do Colégio, ao redor das estações de metrô, próximos a condomínios de luxo, debaixo de pontes e escondidos em praças de todas as regiões.

A SP Invisível e a iD\TBWA levantaram dados do Censo para trazer indicadores dessa população, como moradia, trabalho, saúde, alimentação e segurança, além de colher depoimentos de moradores de rua na região do Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão.

Esses depoimentos serviram para ouvir suas realidades de forma diferente, a partir da necessidade de cada uma dessas pessoas. Entendemos melhor como a população enxerga o que pode melhorar no dia a dia, em cada área de sua vida e sua cidadania.

A união dos dados e depoimentos foi transformada em um plano de ação para a próxima Prefeitura de São Paulo. A ONG tem se encontrado com os pré-candidatos da cidade e criado um diálogo sobre as necessidades encontradas em comum entre a população de rua.

Esse plano de ação vem da vontade de dar espaço para a população dizer o que precisa, qual a opinião política de cada um deles e levar isso para os tomadores de decisão.

Já que muitos não tem condições de votar, pela falta de documentos, e não conseguem acessar os espaços políticos, essa é a oportunidade de colocar sua opinião sobre o que São Paulo deve fazer por elas, conta Soler.

O fundador da SP Invisível conta que chegar até os tomadores de decisão tem sido um processo desafiador: “Alguns dos pré-candidatos não querem receber a gente, outros não querem nem escutar. A gente gostaria de que eles ouvissem o plano de ação e incorporassem isso em seus planos de governo.

Seria uma quebra de paradigmas, porque nós conseguimos aproximar os dados das histórias, aproximar a realidade e a verdade sobre estar na rua, uma experiência que nem todos os candidatos conhecem e que é muito importante conhecer, diz Soler.

O plano de ação está disponível no site da SP Invisível e qualquer pessoa pode ler e baixar. De acordo com Soler, o objetivo é que o plano se torne um espaço de conhecimento para toda a sociedade civil que quer se aprofundar na causa da população da rua em São Paulo, principalmente após os anos da pandemia, que levaram ainda mais pessoas a situações de vulnerabilidade social e econômica. O plano ainda serve para diminuir o preconceito social que muitos ainda têm com a população de rua.

 É um mergulho na necessidade dessas pessoas, e quem acessa pode entender politicamente a opinião de alguns deles, conta. “A gente acha que sabe a opinião dos moradores de rua sobre saúde, moradia, trabalho, mas quando colocamos eles para responderem nas próprias palavras, a realidade é outra”, aponta Ko. “Para os políticos que receberem o plano de ação, é natural que vejam do ponto de vista de quem está sentado em uma cadeira em escritório, não em cima de um papelão na rua.

A campanha começou a ser formulada em agosto de 2023, mas foi alterada ao longo dos meses para ressaltar a questão política com a aproximação das eleições municipais, que acontecem em outubro deste ano.

O levantamento aponta que 83% da população na rua são homens e 16% são mulheres. Em sua maioria, são pardos (47%), seguido por brancos (25%) e pretos (23%). A média da idade é de 42 anos.

Quase 55% deste grupo em São Paulo chama de casa as moradias improvisadas, feitas de papel e papelão ou as barracas, que não protegem do frio intenso no inverno, das chuvas cada vez mais perigosas e da violência.

A maioria trabalha, seja coletando material reciclável, seja pedindo dinheiro nas ruas, com a venda de material ou em bicos de limpeza, construção, carga e descarga. Um quarto deles recebe comida a partir de organizações que distribuem esses alimentos. Setenta e seis por cento já dormiram nos centros de acolhida e albergues.

Os problemas de saúde são comuns: 50% deles enfrentam doenças frequentes. A insegurança é relatada por 52 por cento. A gritante maioria, de 92%, quer sair da rua. A SP Invisível segue arrecadando doações para ações de alimentação, capacitação e combate ao frio que todos os anos mata moradores de rua. “A gente quer buscar o impacto. Muitas pessoas passam pela rua, cruzam a calçada e não param para pensar o que a pessoa dormindo ali, no chão, está passando”, conta Ko. Então para saber mais a respeito pode se buscar: população brasileira, habitação no Brasil, ONGs, segundo a matéria de Letícia Osório.

Gostaria aqui de concluir, presidente Reis, informando que era 2019 ainda e, certo dia, o presidente do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Darcy Costa, me convidou para fazer uma palestra ali no Cisarte, onde ali essa organização recebe muitos moradores em situação de rua. E então ele me pediu que eu fizesse uma palestra a respeito da renda básica de cidadania até um dia quando se torne universal e incondicional.

Eis que após uma hora e meia de diálogo com os moradores em situação de rua, eram dezenas, pelo menos 60, então eles me disseram, “nós queremos escrever uma carta à Presidência da República e ao Congresso Nacional para que logo seja implementada a renda básica de cidadania”.

E com esta informação eu vou transmitir aos diretores desta organização São Paulo Invisível. Mas meus cumprimentos pela solidariedade que presta à população em situação de rua.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Sr. Presidente, havendo acordo das lideranças, peço que seja feito o levantamento da sessão, agradecendo muito que tenha presidido para que eu pudesse falar a respeito da pop rua.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem. É regimental o requerimento de Vossa Excelência. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia; lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos.

Está levantada a sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 16 horas e um minuto.

 

* * *