29 DE MAIO DE 2025
73ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI e GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h02min. Cumprimenta professores e alunos do UniSALESIANO de Araçatuba, presentes nas galerias.
2 - GIL DINIZ
Assume a Presidência. Cumprimenta professores e alunos do UniSALESIANO de Araçatuba, presentes nas galerias.
3 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
5 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
7 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
9 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Defere o pedido. Repudia o processo judicial movido por Mizael Bispo contra o deputado Marcio Nakashima. Pede apoio político e humanitário dos demais deputados desta Casa ao deputado Marcio Nakashima e à sua família. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 30/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h24min.
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- Assume
a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
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- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
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O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Eu quero aqui, antes de iniciar a lista
do Pequeno Expediente, eu gostaria de anunciar a honrosa presença dos alunos e
professores do UniSALESIANO, de Araçatuba. Sejam bem-vindos e bem-vindas à
Assembleia Legislativa de São Paulo, para conhecer o funcionamento do
parlamento paulista.
Dando início à lista de oradores
inscritos, com a palavra o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Com a palavra a
deputada Márcia Lia. (Pausa.) Com a palavra o deputado Agente Federal Danilo
Balas. (Pausa.) Com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra
o deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Luiz Claudio
Marcolino. (Pausa.) Com a palavra o deputado Reis. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Com a palavra a deputada Dani Alonso.
(Pausa.) Com a palavra a deputada Andréa Werner. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Com a palavra a deputada Thainara Faria.
(Pausa.)
Com a palavra o deputado Enio Tatto. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Rafael Silva. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Com a palavra a deputada Leci Brandão. (Pausa.) Com
a palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major
Mecca. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Atila
Jacomussi. (Pausa.) Com a palavra a deputada Marina Helou. (Pausa.) Com a palavra
a deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Fernando
Ferreira. (Pausa.) Com a palavra a deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Capitão Telhada. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Caio França.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Felipe Franco. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Marcelo Aguiar. (Pausa.)
Com a palavra a deputada Paula da
Bancada Feminista. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Com
a palavra o deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Guilherme Cortez. (Pausa.) Com a palavra a deputada Ana Perugini. (Pausa.) Com
a palavra o deputado Marcos Damasio. (Pausa.)
E passo a Presidência para o deputado
Gil Diniz presidir esta sessão.
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* *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
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* *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Carlos Giannazi.
Então, dando prosseguimento aqui na
lista de oradores inscritos do Pequeno Expediente, convido V. Exa. a fazer uso
da tribuna pelo tempo regimental.
Cumprimentamos os alunos aqui, de
Araçatuba, terra do Zanatta, da Sol do Autismo, nossa vereadora lá em
Araçatuba. Sejam todos bem-vindos aqui. Se quiserem, no final, podem passar no
meu gabinete 401, no 4º andar.
Com a palavra o nobre deputado Carlos
Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gil Diniz, alunos,
professores, telespectador da TV Assembleia.
Sr. Presidente,
venho mais uma vez à tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar a
imposição autoritária e eleitoreira que a Secretaria da Educação, através do
seu secretário Renato Feder, vem fazendo na rede estadual de ensino, impondo na
marra, com fraudes, forçando, assediando, constrangendo escolas a aderirem à
farsa da escola, do programa de tempo integral, conhecido como a escola PEI da
rede estadual.
As escolas
estão sendo forçadas, Sr. Presidente, a aderir este tipo de programa, que, eu
repito, é uma farsa por vários motivos. É um projeto excludente, que exclui
alunos, exclui professores, que não oferece infraestrutura para ser, de fato,
uma escola integral e de tempo integral.
E nós estamos
recebendo centenas de reclamações, de denúncias de todo o estado, desta
imposição das diretorias de ensino, que ficam assediando, inclusive, cometendo
fraudes, fazendo consulta fake para dar a impressão de que houve uma consulta
democrática.
Eu me refiro
aqui hoje a mais uma escola passando por este processo, Sr. Presidente. Está
aqui, inclusive, um abaixo-assinado contra a transformação da Escola José Ephim
Mindlin, em escola de tempo integral. Uma escola da Diretoria Sul 3, lá da
região da Capela do Socorro, Grajaú, Parelheiros, que a Sul 3 cuida de toda
aquela área.
Essa escola
está localizada lá. É uma escola que, se virar PEI, vai excluir centenas de
alunos que não poderão estudar naquela escola. Eu tenho dado um exemplo,
deputado Gil Diniz: se uma escola tem mil alunos em três turnos, a partir do
momento que ela é transformada de forma autoritária em uma escola de tempo
integral, ela só vai atender 300 alunos. E os outros 700 alunos? O que vai
acontecer com eles?
Serão todos
matriculados em outras escolas distantes de suas casas, de suas residências, de
seus bairros, de suas comunidades. Vão superlotar outras escolas. E escola PEI,
normalmente, não tem o curso noturno.
Então, aquele
aluno que trabalha, que precisa trabalhar ou fazer um outro curso durante o
dia, não terá mais a oportunidade de estudar no ensino médio noturno. Ele
ficará excluído, sobretudo se for na área de Educação de Jovens e Adultos.
Daí é pior
ainda: ele não terá mais vaga nem nas escolas mais distantes, porque o estado
está acabando com a EJA, com a Educação de Jovens e Adultos. Então essa escola,
Sr. Presidente, está mobilizada. A comunidade escolar é contra a implantação
deste programa. Está aqui o abaixo-assinado. A comunidade está mobilizada, os
pais de alunos, os alunos, os educadores, todos são contra.
No entanto, a
Secretaria da Educação insiste em passar goela abaixo este projeto, mas nós não
vamos permitir, Sr. Presidente, porque existe o princípio da gestão democrática
da escola pública, que está escrito na Constituição Federal, na LDB - Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional -, na Constituição Estadual, nos planos
de educação, no plano estadual, no Plano Nacional de Educação.
Toda a
legislação de ensino é eivada por este princípio da gestão democrática da
escola pública, em que quem manda na escola, quem decide, é a comunidade
escolar, não é a burocracia da Secretaria da Educação, que impõe um projeto
como este, como está impondo também a escola militarizada, que está vindo de
cima para baixo.
Então eu queria
fazer, Sr. Presidente, essa gravíssima denúncia também contra esse assédio,
contra essa consulta fake que está ocorrendo em várias escolas da rede estadual
de ensino.
E quero exigir
aqui, da tribuna da Assembleia Legislativa, que a Diretoria de Ensino Sul 3
respeite, de fato, a decisão da comunidade escolar. Tanto é que está aqui o
abaixo-assinado contrário. A comunidade já decidiu que não quer esse modelo
excludente e autoritário de escola na sua comunidade escolar, Sr. Presidente.
Então nós vamos
continuar aqui denunciando todas as escolas que estão passando por esse
processo de assédio, de perseguição, de consulta fake, de forçação de barra das
diretorias de ensino, tanto para implantar a escola PEI, como também para
implantar, como já aconteceu, a Escola Cívico-Militar, que é uma outra erva
daninha para a rede estadual de ensino.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi.
Seguindo aqui a lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, convido a fazer o uso da tribuna o nobre
deputado Alex Madureira. (Pausa.) O nobre deputado Rogério Santos. (Pausa.)
Convido o nobre deputado Teonilio Barba. (Pausa.)
O nobre deputado Conte Lopes. (Pausa.)
O nobre deputado Thiago Auricchio. (Pausa.) O nobre deputado Dr. Elton.
(Pausa.) A nobre deputada Fabiana Bolsonaro. (Pausa.) O nobre deputado Tomé
Abduch. (Pausa.)
Encerrando a lista de oradores
inscritos, começando a Lista Suplementar, convido para fazer o uso da tribuna a
nobre deputada Beth Sahão. (Pausa.) E passo aqui a Presidência para o nobre
deputado Carlos Giannazi, para este deputado fazer o uso da tribuna.
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* *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos
Giannazi.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos, agora na Lista Suplementar do Pequeno
Expediente, com a palavra o deputado Gil Diniz, que fará o uso regimental da
tribuna.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, nobre deputado Carlos Giannazi.
Cumprimento aqui os nossos assessores, os policiais militares e civis, o
público aqui na galeria e quem nos assiste pela rede Alesp.
Só fazendo aqui
uma correção, deputado Carlos Giannazi, é o Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium. É isso? Justamente, esquecemos esse detalhe, salesianos que
tem o carisma de Dom Bosco, um grande educador. Então, sejam bem-vindos aqui à
Assembleia Legislativa, a Casa do povo paulista.
Deputado Carlos
Giannazi, um deputado bem atuante aqui no Plenário, aqui na Assembleia
Legislativa. Obviamente, deputado Carlos Giannazi, nós estamos dentro do
espectro político oposto, mas sempre fazemos aqui as nossas manifestações e nos
respeitamos, obviamente, e defendemos aqui a nossa perspectiva, o nosso modo de
enxergar o mundo.
Deputado Carlos
Giannazi, subo aqui a esta tribuna, hoje, para registrar a presença do Sr.
Geraldo, lá da Fazenda da Juta, no meu gabinete. Hoje ele veio com a sua
esposa, a dona Joelma. Eles, que são líderes ali na zona leste de São Paulo,
criaram uma associação de moradia e nos trouxeram uma demanda justamente no
quesito de regularização fundiária.
E foi
engraçado, eu conheci o Sr. Geraldo em uma entrega de moradias populares no
extremo leste de São Paulo, próximo ali de Sapopemba, onde eles moram, e foi a
região onde eu entreguei cartas por muito tempo.
Inclusive,
falava para o Sr. Geraldo que a rua onde ele morou por muito tempo, foi a rua
onde eu aprendi a entregar cartas, que é a Roberto Park, na Fazenda da Juta.
Uma rua difícil, deputado Carlos Giannazi, de entregar cartas, porque a
numeração é totalmente irregular.
E hoje, Deus me
deu esse privilégio, essa graça de estar aqui na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo, por meio, obviamente, do voto do povo paulista. E posso
ajudá-los, não o Sr. Geraldo, a dona Joelma, mas ajudar essas famílias, ali da
Fazenda da Juta, na questão da regularização fundiária.
Então,
obviamente, nós recebemos as demandas, vamos passar à Secretaria de Habitação,
à CDHU. Eles estão indo hoje na Secretaria de Habitação levar também essas
demandas, e o nosso mandato vai acompanhar, porque é do nosso interesse,
obviamente, ajudar aquela região. E é justo, deputado Carlos Giannazi. E é um
direito humano a questão da moradia.
Explicaram-nos
a questão daquela ocupação anteriormente, uma invasão, eles fazendo esse
trabalho junto às famílias, de maneira associativa, o Sr. Geraldo me explicando
a maneira como construíram essa entidade. E, agora, trazendo aqui para a
Assembleia, para que nós possamos dar andamento nessa regularização fundiária.
Então fico
muito feliz de ter a confiança do Sr. Geraldo, da dona Joelma, e, obviamente,
conseguir ajudar essas famílias no extremo leste de São Paulo, região onde
cresci, região onde trabalhei, e, obviamente, também podendo devolver um pouco
dessa confiança da população do estado de São Paulo, especificamente do extremo
leste da capital paulista, com trabalho, deputado Giannazi. E, se conseguirmos
regularizar essas propriedades, dar o título a essas famílias, nosso mandato já
valeu a pena.
Então, fica
aqui o registro dessa visita que tive hoje, Sr. Geraldo e dona Joelma, e falar
aí a essas famílias que nós estamos empenhados não só ali nesse terreno, mas em
toda a Capital, em todo o estado de São Paulo.
Nós, que já aprovamos
aqui, neste Plenário, a questão da regularização fundiária, na questão das
terras devolutas, principalmente ali no Pontal. O governador tem feito esse
trabalho, tem andado pelo estado, entregando também títulos a essas famílias,
principalmente famílias carentes.
Então, a gente
fica muito feliz de participar dessa história, deste mandato e, com muito
trabalho, ajudando a impactar lá na ponta famílias, principalmente as famílias
que mais necessitam no nosso estado de São Paulo.
Então,
obrigado, Sr. Geraldo, obrigado, dona Joelma. Agradeço aqui, obviamente, o
nosso secretário, Marcelo Branco, e vou, obviamente, levar essa demanda, porque
é do nosso interesse ajudar essas famílias no extremo leste paulista.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Agora eu
chamo V. Exa. para continuar presidindo a sessão de hoje, no Pequeno
Expediente, já na Lista Suplementar. Então, eu chamo o deputado Gil Diniz.
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* *
-
Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
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O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Mais uma vez,
assumindo aqui os trabalhos da Presidência desta sessão, convido a fazer da
tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi, pela Lista Suplementar de oradores.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, deputado Gil Diniz, de volta à tribuna no dia de hoje. Quero aqui,
Sr. presidente, denunciar o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes. A
sua gestão está destruindo a cidade de São Paulo em várias áreas, na Educação,
que eu tenho denunciado exaustivamente, agora afastando diretores efetivos da
rede estadual, porque ele pretende privatizar a rede municipal, como ele mesmo
já disse que pretende privatizar 50 escolas.
Mas essa
denúncia aqui, Sr. Presidente, é gravíssima. Ele está agora tentando fechar o
Teatro de Contêiner Munguzá, que é um teatro que fica lá na Rua Gusmão, um
teatro que cumpre uma função pública importante na região da Luz, ali na região
da Cracolândia, atendendo a população que vive no maior processo de exclusão
aqui na nossa cidade de São Paulo.
Saiu ontem a
matéria na “Folha de São Paulo”. “A Prefeitura de São Paulo dá 15 dias para o
teatro de contêineres desocupar terreno na região da Luz”. O espaço já recebeu
mais de quatro mil atividades culturais. A gestão municipal diz que precisa do
terreno para um hub de moradia social, Sr. Presidente.
É um terreno
pequeno, mal dá para construir ali casas populares ou qualquer outro tipo de
espaço de habitação popular, sendo que naquela região tem vários espaços que
podem ser disponibilizados exatamente para esse possível projeto da Prefeitura.
Esse grupo de
teatro, Sr. Presidente, cumpre um papel importante, como eu disse, naquela
região, atendendo a população excluída. É um grupo que chega com equipamento de
cultura que o próprio grupo construiu, viabilizou, que são contêineres
marítimos. É um projeto bem alternativo.
Eu conheço, já
fui lá várias vezes, vários artistas se apresentam lá, como o Chico César, Zeca
Baleiro e tantos outros, o Renato Braz, com peças de teatro, com shows, com
escolas públicas, sobretudo, frequentando esses espetáculos, interagindo com o
teatro.
E, no entanto,
esse teatro que já existe, esse equipamento desde 2016, são quase dez anos de
atividade cultural, repito, com pessoas excluídas, e onde nós não temos nenhum
equipamento de Cultura fazendo esse trabalho... Então, o teatro, esse grupo de
teatro, ao invés de ser condecorado, homenageado, financiado pela Prefeitura, o
que ele recebe em troca é a expulsão.
Então, houve
ali uma notificação extrajudicial da subprefeitura da Sé, dando um prazo, isso
agora, no dia 28, dando um prazo de 15 dias para que o espaço seja desocupado.
É assim, Sr.
Presidente. Do nada, um trabalho de quase 10 anos, que já recebeu mais de
quatro mil atividades, um espaço que já foi premiado nacionalmente e
internacionalmente, que recebeu vários prêmios nessa área e foi indicado também
para outros prêmios internacionais, inclusive, do nada recebe essa notificação.
Então, isso é
um escárnio total, Sr. Presidente. É um grupo que tem ajudado a cidade de São
Paulo, que tem um trabalho de excelência reconhecido pela classe artística,
pela Educação. Ele está sendo expulso.
Então, faço
aqui um apelo ao prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, à Secretaria
da Cultura, à Subprefeitura da Sé, para que revejam imediatamente essa perversa
e desumana decisão de retirar o Teatro de Contêiner da Rua Gusmão.
Temos que
respeitar e, sobretudo, homenagear esse projeto, esse grupo. Inclusive, é
obrigação da prefeitura financiar, porque eles estão cumprindo ali uma função
social importante, função social que é omitida pela Prefeitura de São Paulo e
pelo estado também. Não tem nenhum equipamento de cultura atendendo aquela
região.
Então, Sr.
Presidente, eu faço aqui esse apelo à Prefeitura de São Paulo para que reveja
essa perversa decisão de retirar o teatro. Ele tem todo o nosso apoio. Nós
vamos tomar várias medidas contra esse procedimento e espero que a prefeitura
faça esse recuo e reconheça a importância desse grupo de teatro e desse
equipamento lá na região da Luz.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, não
havendo mais nenhum orador inscrito e havendo acordo entre as lideranças, eu
solicito o levantamento desta sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência.
Antes, porém, só deixar registrado aqui
desta tribuna: esta semana, especificamente no dia 20, o deputado Marcio
Nakashima recebeu um oficial de justiça aqui neste Parlamento para oficiá-lo de
que ele está sendo processado por um cidadão, se é que posso chamá-lo assim,
chamado Mizael Bispo.
Para quem não conhece, Mizael Bispo é o
assassino de Mércia Nakashima, irmã do nobre deputado Marcio Nakashima. O assassino
Mizael Bispo está processando o deputado, que, vejam, tem imunidade parlamentar
material. Ele está processando o
deputado Marcio Nakashima por calúnia, injúria e difamação. O deputado
Marcio Nakashima chamou Mizael Bispo do que ele é, um assassino, e está sendo
processado.
Então, eu peço aqui aos nobres
deputados, falo aqui à Casa - muitos talvez não saibam dessa situação que
ocorreu aqui no Parlamento -, porque o deputado Marcio Nakashima - chega aqui o
nobre deputado Barros Munhoz neste plenário neste momento -, ele precisa de
todo o nosso apoio, não apoio simplesmente político, mas o apoio como pessoa
humana, ele e sua família, porque já passaram por essa tragédia, sofrem até
hoje as consequências desse crime brutal e ele recebeu um oficial de justiça
nesta Casa porque um assassino o está
processando pelo deputado chamá-lo do que é. Mizael Bispo é um assassino
condenado em três instâncias. Isso é um acinte a este Parlamento e a essa
família enlutada por esse crime brutal.
Então, fica aqui, desta Presidência,
neste momento, o registro, o repúdio a esse assassino que é Mizael Bispo e toda
a nossa solidariedade ao deputado Marcio Nakashima e a sua família neste
momento.
Srs. Deputados, havendo acordo de
lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca
V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do
dia.
Está levantada a presente sessão.
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* *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 24
minutos.
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