11 DE DEZEMBRO DE 2024
71ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO e ALEX MADUREIRA
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 17h26min. Coloca em discussão o PLC 148/23. Anuncia a presença de Maxwell Vieira no plenário, aprovado para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Deseja-lhe uma boa atuação no desempenho de sua nova função. Cumprimenta o procurador do Ministério Público de Contas do Tribunal de Contas do Estado, Thiago Pinheiro Lima, e o prefeito eleito de São Luiz do Paraitinga, Alex Torres, presentes no plenário.
2 - MAURICI
Discute o PLC 148/23.
3 - DONATO
Discute o PLC 148/23 (aparteado pelo deputado Conte Lopes).
4 - ALEX MADUREIRA
Assume a Presidência. Cumprimenta o vereador eleito de Guaíra, Anderson Aparecido de Lima, presente no plenário.
5 - SIMÃO PEDRO
Discute o PLC 148/23.
6 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência.
7 - CARLOS GIANNAZI
Discute o PLC 148/23.
8 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a discussão do PLC 148/23. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PLC 148/23.
9 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
10 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
11 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Responde ao pronunciamento do deputado Paulo Fiorilo.
13 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
14 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
15 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
16 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
17 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
18 - DELEGADO OLIM
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.
19 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
20 - DR. EDUARDO NÓBREGA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
21 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
22 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que não atinge quórum regimental, restando adiada a votação do requerimento de método de votação ao PLC 148/23. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 855/24, salvo emendas. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas n°s 1 a 5 ao PL 855/24.
23 - CARLOS GIANNAZI
Declara voto favorável às emendas apresentadas pela Federação PSOL REDE, em nome da Federação PSOL REDE.
24 - PAULO FIORILO
Declara voto favorável às emendas apresentadas pela Federação PT/PCdoB/PV, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
25 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a discussão do PL 868/24. Coloca em votação o requerimento de método de votação ao PL 868/24.
26 - PAULO FIORILO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 868/24, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
27 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 868/24, em nome da Federação PSOL REDE.
28 - CAPITÃO TELHADA
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 868/24, em nome do PP.
29 - EDIANE MARIA
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 868/24, em nome da Minoria.
30 - BETH SAHÃO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 868/24, em nome da Minoria.
31 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PL 868/24.
32 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
33 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
34 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
35 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
36 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
37 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
38 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
39 - DELEGADO OLIM
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP
40 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
41 - DR. EDUARDO NÓBREGA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
42 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do requerimento de método de votação ao PL 868/24.
43 - PAULO FIORILO
Declara voto contrário da Federação PT/PCdoB/PV ao requerimento de método de votação ao PL 868/24.
44 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra a manifestação. Coloca em votação e declara aprovado o PL 868/24, salvo emendas. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas nºs 1 a 6 ao PL 868/24.
45 - PAULO FIORILO
Declara voto favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
46 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Declara voto favorável à emenda nº 3 apresentada pela Federação PT/PCdoB/PV e às emendas da Federação PSOL REDE, em nome da Federação PSOL REDE.
47 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Convoca a Comissão de Fiscalização e Controle para uma reunião extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas e 26 minutos. Encerra a sessão às 19h21min.
*
* *
-
Abre a sessão o Sr. André do Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem
do Dia.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Discussão e votação
do Projeto de lei Complementar nº 148, de 2023, de autoria do Sr. Governador.
Em discussão.
Com a palavra, o deputado Maurici, pelo
tempo remanescente da última sessão, de dez minutos e 41 segundos.
Aproveitando aqui, deputado Maurici,
antes de dar início à sua palavra, acabou de chegar entre nós também o próximo
conselheiro aprovado por esta Casa, Maxwell Vieira, juntamente com toda a sua
equipe, com o Dr. Thiago, também, do Ministério Público.
Uma salva de palmas pelas Sras.
Deputadas e Srs. Deputados que assim votaram. (Palmas.) Aprovação do nosso
conselheiro Maxwell. Que Deus te abençoe muito, Maxwell, lá na sua jornada.
Tenho certeza de que você vai continuar
engrandecendo o nosso Tribunal de Contas, pelo conhecimento jurídico,
administrativo, pelo seu conhecimento político, pela sua facilidade de
interação com vereadores, prefeitos, agentes políticos, também com as
organizações sociais.
Hoje, aqui na sua sabatina, sua
arguição, todos puderam perceber o seu preparo, o quanto você está
entusiasmado, preparado para essa nova função na sua vida, nessa Corte de
Contas importante para poder zelar pelo dinheiro público, para orientar, para
que o nosso estado de São Paulo continue avançando.
Tenho certeza de que você, somado aos
demais conselheiros daquele Tribunal, que tem o total respeito aqui desta Casa,
tem o total respeito da sociedade, vai engrandecer ainda mais. E, com isso,
quem vai ganhar é a nossa população. Deus abençoe. Seja muito feliz.
Que Deus possa te dar muita sabedoria,
para que você possa estar lá fazendo julgamentos de maneira justa com todos
aqueles que assim tiverem seus processos em andamento naquele Tribunal. Deus
abençoe.
Mais uma salva de palmas ao nosso novo
conselheiro do Tribunal de Contas. (Palmas.) Está lá o prefeito Alex Torres,
também, na nossa galeria, prefeito eleito de São Luís do Paraitinga, com toda a
sua comitiva de São Luís do Paraitinga.
Fiquem atentos aí, o novo conselheiro
do Tribunal de Contas já está a postos aí para julgar, apreciar as contas,
também, no próximo ano, de São Luís do Paraitinga.
Dando sequência...
Obrigado pela paciência, deputado
Maurici.
Devolvo a palavra a V. Exa. pelo tempo
remanescente.
O
SR. MAURICI - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
cumprimentando aqui o nosso novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e
desejando a ele um excelente mandato. Quero cumprimentar também os mandatários,
aqui, de São Luís do Paraitinga, futuros mandatários, desejando também a eles
uma boa gestão.
Sr. Presidente,
ontem eu me inscrevi e ocupei esta tribuna para falar sobre o Projeto de lei
Complementar nº 148, que versa sobre a Controladoria do Estado. Tive a
oportunidade de discuti-lo, de colocar as minhas impressões a respeito do
projeto e também os meus temores em relação ao que ele pode significar, em
relação ao futuro da fiscalização, do controle da máquina estatal do Estado de
São Paulo.
E também fiz
uma fala, uma analogia sobre a questão da Controladoria e a questão da
autonomia do Banco Central, em boa medida provocado por uma fala de um deputado
que me antecedeu.
Esse deputado
dizia também que o atual presidente do Banco Central, que felizmente vai deixar
esse cargo, foi eleito, por três vezes, o melhor presidente de Banco Central.
Eu dizia que o julgamento depende de quem julga. Dizer que é o melhor depende
para quem é o melhor.
Lembrei,
inclusive, o fato de que o povo hebreu, em uma passagem do Evangelho, foi
escolher entre Jesus e Barrabás. Dadas as circunstâncias, o contexto, o
momento, a emoção, escolheu Barrabás. Então eu dizia que a questão de ser o
melhor presidente de Banco Central é muito relativa.
Certamente, se
quem julgasse isso fossem as pessoas que perderam os seus empregos, em função
da nociva política monetária exercida por Roberto Campos Neto, certamente o
julgamento teria sido outro.
Mas é isso que
me faz ocupar a tribuna: para completar o meu tempo hoje, eu dizia que eu tive
que me conter. Porque eu estou aprendendo a me conter quando eu ouço alegações
como essa. E mais, alegações como aquela de dizer que o ideário econômico da
esquerda não funcionou.
E quem diz isso
desconhece que o Brasil, sob o presidente Lula, cresceu mais de 3% ano passado,
e vai crescer novamente mais de 3% esse ano. Enquanto o nosso vizinho, a
Argentina, que tem, no seu presidente Milei, o ideário liberal, está colocando
o seu povo abaixo da linha de pobreza. Então eu dizia que eu estou aprendendo,
eu tenho feito um esforço para aprender a me conter quando eu ouço esse tipo de
alusão. E citava o exemplo de um texto que eu li recentemente, um poeta cubano.
De novo faço a
ressalva: quando eu falo poeta cubano, não estou me referindo a cubano do
período castrista. Eu estou me referindo a um poeta, Julián del Casal, que
viveu no século XIX, que faleceu em 1893.
Naquele
momento, Cuba sequer era um país independente, ainda era uma colônia da
Espanha. Julián del Casal é um dos maiores poetas e cronistas cubanos. Um dos
maiores escritores do primeiro modernismo latino-americano.
Ele morreu com
29 anos, mas ele morreu deixando um farto legado de literatura. Mas o mais
curioso - e aí é que está o ensinamento dele para mim, o porquê eu procuro me
conter diante de situações, onde eu me seguro para não rir -, é que Julián del
Casal morreu sabe como? Ele morreu de um ataque de riso. Ele sofria de
tuberculose. E, durante um jantar, com outros poetas e cronistas, ele ouviu uma
piada.
Ao ouvir essa
piada, um chiste, como dizem os cubanos, ele desatou a rir. E riu, riu, riu,
que teve uma hemorragia e morreu. Então, diante desse exemplo da literatura
cubana, eu estou me contendo para não rir quando eu ouço sandices como aquela
que eu ouvi do colega deputado na sessão passada.
Era isso que eu
tinha para dizer, Sr. Presidente.
Era mais para
não deixar em suspenso a história do poeta cubano, que eu retomei nesta tribuna
hoje.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Obrigado, deputado Donato. Dando sequência à lista de oradores inscritos para
discutir contra. Com a palavra, deputado Rômulo Fernandes. Desculpa, deputado
Donato primeiro. Me perdoe, deputado Donato. Com óculos e tudo, e eu não
enxerguei aqui.
O
SR. DONATO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
todos que nos acompanham pela Rede Alesp.
Esse PLC se
inscreve em uma política mais geral, do governo Tarcísio, de aparelhamento das
instituições. Eu passo a explicar.
Nós vimos no
ano passado a troca de muitos coronéis da PM por coronéis afinados com o
ideário bolsonarista a que o governador Tarcísio se filia e estamos vendo o
resultado dessa política.
Aqui se trata
de algo parecido. O estado tem, historicamente, um órgão de controle e disciplina,
que é a Procuradoria Geral do Estado, formada por procuradores de carreira, por
um corpo técnico extenso, experiente, e que é o corpo técnico responsável,
principalmente pelos processos disciplinares e administrativos em relação aos
funcionários públicos.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Alex Madureira.
* * *
Quando você
retira da Procuradoria e passa para um órgão com controle político, que é a
Controladoria Geral do Estado, você dá margem a que a perseguição política se
estabeleça, em vez de julgamentos técnicos, de processos técnicos que a
Procuradoria Geral do Estado vem fazendo com maestria.
Eu vou dar
alguns números aqui. O balanço geral do Estado apresenta os números relativos à
atuação em 2022. Esses são impressionantes, porque evidenciam a eficácia do
órgão.
Foram
presididos 4.896 procedimentos disciplinares, emitidas 1.138 portarias
instauradoras de processos disciplinares, concluídas 1.284 sindicâncias de
processos disciplinares, além da realização de 3.169 audiências e 6.261 depoimentos.
Esse é o trabalho da Procuradoria Geral do Estado em relação à disciplina e ao
acompanhamento da efetiva atuação dos funcionários públicos no Estado.
Também deve-se
dizer que essa atuação é validada pelos tribunais da Justiça comum, porque um procedimento
administrativo, quando gera uma punição, muito provavelmente pode gerar um
recurso à Justiça comum, e o que acontece aqui é que os procedimentos são bem
feitos, tanto que a taxa de mudança de sentenças pela Justiça comum é mínima,
mostrando que os critérios técnicos utilizados pela Procuradoria-Geral do
Estado são satisfatórios e estão de acordo com o que deve ser feito.
Então não tem o
menor sentido transferir de um órgão que funciona, que tem um corpo estável,
que tem uma carreira definida, uma carreira de estado, que são os procuradores
do estado, transferir para uma controladoria que ainda vai se estruturar, que
vai contratar auditores. Enfim, você politiza uma relação que não deveria ser
politizada.
E nessa quadra
histórica, a gente também tem que estar atento aos atores que fazem parte desse
processo. O atual controlador-geral do Estado foi controlador-geral da União do
governo Bolsonaro e participou das reuniões da trama golpista, que foi revelada
agora pela Polícia Federal.
Então nós estamos
colocando alguém intimamente ligado ao governador, ao bolsonarismo, para julgar
os funcionários públicos. Isso pode ensejar perseguição, ensejar desvios de
processos administrativos que deveriam ser puramente técnicos, pautados apenas
na aplicação da lei e das normas administrativas do estado.
Então isso é
muito perigoso. Não vejo nenhum sentido nessa mudança, nenhum sentido a não ser
essa vontade de ir controlando o estado. Já fez isso na Polícia Militar, faz
isso agora, procura fazer na Procuradoria Geral do Estado, tirando uma
atribuição importante dela, e quando não consegue fazê-lo, asfixia, que é
o que faz com a TV Cultura.
Como a TV
Cultura tem uma administração independente, tem um conselho, e ele não consegue
enquadrar a TV Cultura, ele asfixia financeiramente, todos nós sabemos da
crise que passa a TV Cultura, por falta de recursos que são migalhas
diante dos 372 bilhões de reais do Estado.
Então, não tem
o menor sentido que a gente possa aprovar esse projeto com esse
conteúdo de aparelhamento de espaços públicos do estado que não deveriam
ser aparelhados, ainda mais funções de estado exercidas de forma satisfatória
pela Procuradoria Geral do Estado.
Então, eu
queria lamentar aqui esse tipo de projeto, a gente viu o que deu o
aparelhamento da Polícia Militar, a gente está vendo. Aliás, a gente sabe
qual a filosofia empregada na Polícia Militar hoje, e isso não é culpa dos
policiais, eu quero deixar claro, isso é do comando.
Vamos lembrar,
nós tivemos, semana passada, em Pinheiros, um atirador, um CAC, um
atirador que começou a disparar do alto do prédio, a polícia foi lá, ele
disparou contra a polícia, na porta do seu apartamento, não é isso, Conte
Lopes? Nós tivemos... Os dois policiais estão ali confabulando, eu espero
que vocês possam me ajudar.
Vou repetir...
Não, eu quero elogiar uma ação da polícia aqui. A polícia, nos
Jardins, frise-se nos Jardins, numa cobertura, um CAC, um colecionador de
armas, disparava tiros de fuzil a esmo da sua cobertura, a polícia foi
chamada, foi até lá, ele recebeu a polícia a bala, mas a polícia não
disparou um só tiro, com uma atuação profissional, conseguiu render esse
marginal, esse marginal, sem dar um tapa nele, apenas o cachorro teve que
imobilizá-lo.
Ele teve um
arranhão no braço, ninguém o jogou da cobertura, mas isso foi nos
Jardins, que mostra uma orientação da polícia, que aliás, o coronel Mello,
que hoje é vice-prefeito de São Paulo, expressou há muito tempo atrás na
Rota, que nos Jardins tem que se tratar de um jeito e na periferia de
outro.
Eu espero que a
polícia possa agir assim também no Jardim Ângela, no Capão Redondo, em
Americanópolis e não jogar da ponte, mas a gente viu o procedimento
correto da polícia profissional, conseguiu prender alguém que a violentou,
a atacou a bala, atacou a bala e a polícia não disparou um só tiro, talvez
por ser uma cobertura nos Jardins, com um empresário, que inclusive estava
cheio de armas e com cocaína no prédio, ninguém precisou plantar nada,
estava lá cocaína.
Então, a gente
espera que a polícia possa agir assim em todos os lugares de São Paulo, em
todos os lugares. A gente precisa da polícia, que é uma polícia
profissional, uma polícia que investiga e precisa fortalecer a Polícia
Civil, porque a investigação é fundamental.
É evidente que
tem que combater “biqueira” em favela, isso não se admite, mas a
gente sabe que o tráfico não está aí, o coração do tráfico não está aí, o
coração do tráfico está nos apartamentos de luxo, no Anália Franco, a
gente viu agora onde está o PCC, está lá no Anália Franco, para quem não
conhece, o Anália Franco é conhecido como o Morumbi da zona leste aqui,
grandes apartamentos, luxuosos.
O SR. CONTE LOPES - PL - Um aparte.
O SR. DONATO - PT - Claro, com prazer, eu o
provoquei e eu preciso escutá-lo.
O SR. CONTE LOPES - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Então, a minha colocação é a seguinte, nobre deputado, ex-presidente da Câmara
Municipal de São Paulo, primeiramente, a Polícia Militar tem quase 200
anos, V. Exa. é um homem experiente, historiador, sabe disso, então é uma
polícia muito boa.
O SR. DONATO - PT - Cento e noventa anos.
O SR. CONTE LOPES - PL - Então, houve um problema que
deixou um pouco a esquerda revoltada com a Polícia Militar, porque em 70,
na época do governo militar, da ditadura militar, cada um fala uma coisa, transformar
a Polícia Militar...
A Força
Pública, eu entrei na Força Pública, em 67, soldado, em 70, o governo
militar, na época, transformou em Polícia Militar e até hoje muita
gente da esquerda acha que a Polícia Militar é inimiga deles; a Polícia
Militar é preparada.
Essa ocorrência
que V. Exa. colocou do cara atirando, não é porque ele estava na cobertura. É
que talvez não abriu o campo para se atirar, porque, na verdade, se o cara está
atirando, cabe a lei - V. Exa. conhece -, a legítima defesa.
O policial não
é obrigado a morrer por causa de alguém. E a mordida não foi uma mordidinha,
foi uma grande mordida de um cão bem preparado do canil da Polícia Militar.
O SR. DONATO - PT - Mas não foi um tiro na barriga,
foi uma mordida, né?
O SR. CONTE LOPES - PL - Agora, na verdade, nós não
podemos... A polícia como disse a V. Exa., tem 190 anos. Então, hoje a briga é
em cima de dois anos do Tarcísio, mas não é assim. A polícia trabalha o dia
inteiro, tem várias ocorrências, trabalha diuturnamente defendendo a população.
Vossa
Excelência sabe muito bem que tanto políticos da direita, do centro, da
esquerda, quando ocupam cargos, tem os policiais militares lá - Marta e
Erundina - todos eles dando segurança.
Então, é uma
tropa boa, não resta a menor dúvida. Agora, cada ocorrência é uma ocorrência,
não é que está todo mundo errado. Agora, também é lógico, eu aprendi na polícia
que a tropa é reflexo do chefe, né? Então, é o trabalho da polícia.
O SR. DONATO - PT - Exatamente, é isso que nós estamos
discutindo.
O SR. CONTE LOPES - PL - Então não existe isso de atacar
porque é na periferia, porque é numa área nobre. A polícia tem que agir dentro
da lei.
O SR. DONATO - PT - Exatamente.
O SR. CONTE LOPES - PL - A polícia tem que trabalhar
dentro da lei. Então, isso aí nós sempre defendemos, e defendemos a Polícia
Militar pelo mesmo trabalho. O que eu tenho defendido aqui, tento colocar, é
que o governador teve uma coragem de, pela primeira vez, colocar a segurança
pública nas mãos da polícia. Um secretário que é capitão da Polícia Militar, o
Dr. Arthur, que é delegado-geral, conhece a polícia, e o próprio comandante
Cássio.
Agora, cabe a
todos nós aqui, V. Exa. que é um homem, um expoente no PT, ver qual é a polícia
que a sociedade quer. Inclusive, o nosso presidente Lula, o que que se quer?
Está uma guerra contra a Polícia Militar. Então, eu vejo muita gente gritar
aqui: “Queremos o fim da Polícia Militar”. Aí vai chamar quem?
O SR. DONATO - PT - Você nunca viu eu gritar isso, mas
deixe eu só para completar meu tempo aqui.
O SR. CONTE LOPES - PL - Eu coloco isso a Vossa Excelência.
Estava até comentando com o Reis nessas horas, porque, às vezes, a coisa vai
errada. Não é a polícia que está errada. Se tiver alguém errado, esse alguém
tem que pagar.
O SR. DONATO - PT - Não, mas não estou discutindo a
polícia.
O SR. CONTE LOPES - PL - E o cara que comete erro policial, ele tem que ir para a cadeia. Ele faz porque
ele quer, ele é treinado.
O SR. DONATO - PT - Eu agradeço o aparte de V. Exa. e
concordo com quase tudo que o senhor falou. Eu não tenho problema nenhum. Eu
quis elogiar uma ação da polícia que foi dentro das normas, e não foi letal.
Então, eu acho
que o problema da polícia, como o senhor disse, é o comando, não são os
policiais. São trabalhadores que estão ali se expondo todo dia, têm risco, e
têm que ser valorizados e prestigiados, diferente do Exército. Isso é uma
convicção que eu tenho.
O policial
militar sai todo dia correndo o risco de ser morto. O Exército não tem guerra
desde 1945, há 80 anos. Qual o risco que ele tem? Agora, quais os privilégios
que o Exército tem e como é tratada a Polícia Militar? A gente precisa tratar
muito melhor o policial militar, porque, de fato, ele corre risco.
Mas o comando
da polícia tem que dar o exemplo, porque o senhor disse aqui, muito bem-dito, a
tropa é reflexo do chefe, da voz de comando. E quando a tropa se destempera,
perde o comando, é porque teve orientação de cima. Aliás, o próprio governador
reconheceu isso.
Ele
disse: “As palavras nossas têm poder e eu errei”. Ele falou isso, não sou eu
que estou falando, ele falou. Então, eu queria dizer o seguinte, a gente tem
que ter um órgão de Estado, como a polícia é um órgão de Estado. Ele não é de
um governo ou de outro.
Ele não é da
direita, da esquerda, do centro, ele é de Estado. Ele é necessário para a
sociedade. Ele tem o monopólio da força delegada pela sociedade. Ele que pode
usar a força em defesa da sociedade. Mas ele não pode abusar dessa autoridade e
desse poder. Ele tem que ser bem remunerado, tem que ser bem treinado, tem que
ter as condições de atuação.
Mas a gente tem
que ter órgãos de Estado. Então, a polícia é um órgão de Estado, e a
Procuradoria Geral é um órgão de Estado. E a gente não pode atribuir funções de
Estado para um órgão, como a Controladoria, que será controlada politicamente
por um amigo do governador bolsonarista, que já fez tanto mal ao País, na
Controladoria Geral da União, participando da trama de um golpe.
Por isso que
nós somos contra esse projeto.
O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL -
Seguindo aqui a ordem dos oradores inscritos, chamo o deputado Rômulo
Fernandes. Ausente. Deputada Márcia Lia. Ausente. Deputada Beth Sahão. Ausente.
Deputado Simão Pedro.
Enquanto o deputado Simão Pedro se
dirige ao plenário, queria apresentar aos nobres deputados e deputadas o
vereador Anderson Enfermeiro, da cidade de Guaíra, o vereador mais votado na
cidade de Guaíra. Anderson, muito obrigado por estar visitando hoje a
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Seja muito bem-vindo.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde, Sr. Presidente, Srs. e Sras. Deputadas
e público que nos acompanha aqui nos debates desta tarde de quarta-feira, 11 de
dezembro.
Sr. Presidente,
me inscrevi também para comentar esse Projeto de lei Complementar nº 148, de
2023, que o governador enviou para cá e pediu para que seja tramitado - como
sempre quando vem do governo - em regime de urgência, o que limita muito a
possibilidade de a gente discutir melhor e debater as emendas que nós fazemos
aos projetos.
Ele acaba vindo
direto aqui, então é nossa obrigação fazer os reparos, as críticas e tentar
verificar se a gente consegue não permitir, no nosso caso, que esse projeto
siga em frente.
Por isso, me
inscrevi para falar contra esse projeto do governador Tarcísio, porque me
parece, Sr. Presidente, que esse projeto foi feito para moldar o estado a uma
figura, uma pessoa, uma personalidade que o governador Tarcísio trouxe para o
governo.
No caso, essa
pessoa hoje é o controlador geral, que foi membro do governo anterior, o Sr.
Wagner Rosário, que, como apontou bem o deputado Donato, faz parte,
provavelmente, da cota bolsonarista.
A gente sabe,
por exemplo, que o secretário de Segurança Pública, o Derrite, é indicação do
Bolsonaro para o governo Tarcísio. Provavelmente o Wagner está dentro dessa
cota do ex-presidente Bolsonaro para o Governo do Estado.
Então, o que
acontece? Você nomeia uma pessoa em um cargo. Ao invés dessa pessoa desempenhar
as funções de acordo com o objetivo daquela estrutura, daquela instituição,
daquela autarquia, daquela empresa, não, você tem que moldar a empresa e
modificá-la aos objetivos daquele personagem, como é o caso do Wagner Rosário.
Então, o que o
governo pretende? Fazer mudanças na Controladoria colocando mais atribuições,
tirando inclusive atribuições da Procuradoria Geral e colocando mais funções
para que o Sr. Wagner tenha centralizado na sua mesa mais poder.
A gente sabe
que hoje a Controladoria não tem dado conta de todos os milhares de processos
que chegam até ela e que ela tem que dar conta. Mais de quatro mil por ano.
Então, essa é a
primeira crítica que nós fazemos. É um receio, uma temeridade jogar para a
Controladoria mais funções além daquelas que ela já não dá conta, e que são
muitas. Então, esse é um primeiro ponto.
O segundo é
esse, você mudar, criar uma lei, fazer uma emenda à Constituição, encaminhar
para cá um projeto, tirar o tempo da Assembleia Legislativa para moldar a
estrutura àquela figura que quer centralizar mais funções, quer centralizar
mais poder. Para quê? Provavelmente para perseguir funcionários públicos, ser
mais rigoroso com a desculpa de combater a corrupção, que é uma das funções da
Controladoria.
Mas nosso
receio aqui é que, pelo histórico desse Sr. Wagner no governo do presidente
Bolsonaro, ele venha acumular mais poderes em uma figura só. Isso é uma
temeridade. Eu acho que a administração pública precisa ser decentralizada,
precisa ter muito mais eficiência, e a centralização a gente sabe que não é um
bom caminho para a Administração Pública. Neste caso, eu tenho esta visão, por
isso a minha crítica a esse projeto.
E
provavelmente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, esse projeto também está
dentro de um conjunto de iniciativas do governador Tarcísio. Ele, como não é
daqui do estado de São Paulo, nunca teve convivência com o povo de São Paulo,
com as figuras políticas, públicas, não tem vida social aqui em São Paulo, não
criou relações afetivas com o estado.
Ou seja, toda
vida foi em um outro território, em outras funções fora daqui. Ele tem mostrado
uma ousadia até em ações, por exemplo, de entregar empresas públicas, como a
Sabesp, para a iniciativa privada, desfazendo de uma empresa que foi construída
ao longo de mais de 50 anos eficiente, que atende mais da metade dos municípios
paulista, entre eles grandes cidades e metrópoles, como São Paulo.
E ele se desfez
da empresa, assim: “O Estado não precisa mais, vamos jogar para a iniciativa
privada”. Quais são as consequências disso? Agrada o mercado, evidentemente.
Então a minha
impressão é de que o Tarcísio não quer agradar o povo paulista, ele quer
agradar o mercado, que é o grande capital financeiro, que quer ganhar cada vez
mais, entrar em atividades lucrativas cada vez maiores.
E a
consequência disso é o que a gente vê na imprensa hoje, o diretor-presidente da
Sabesp, dizendo que vai cortar benefícios de tarifa de grandes consumidores,
como hospitais públicos, como as grandes empresas estratégicas.
Provavelmente
agora, daqui a pouco eles vão entrar também na questão da tarifa social: “O que
o presidente da Sabesp disse?”. “Política social é o Estado que faz. A empresa
agora é privatizada, ela tem outros objetivos”.
Então assim, é
uma coisa absurda e a gente alertava que isso poderia acontecer, mas não
imaginava sinceramente que fosse tão rápido. A Sabesp foi privatizada este ano
e as consequências já estão vindo aí, não é? As empresas, as instituições
públicas já estão sentindo a diferença, não é?
Outro exemplo
que eu poderia citar aqui desta falta de empatia com o povo de São Paulo, o
setor produtivo, foi essa decisão também de cortar benefícios tributários de
alguns setores.
Nós somos
críticos a essa coisa da isenção tributária sem transparência, sem muito
critério. Mas tem algumas isenções que já fazem parte da estruturação, por
exemplo, daquele setor nível nacional.
Todos os
estados, por exemplo, do Brasil, cobram uma alíquota de três a quatro por
cento, às vezes dois, de um setor que gera muito emprego, é muito importante
para a economia, por exemplo, os bares, os restaurantes e os hotéis.
O estado de São
Paulo é um estado que tem dezenas, quem sabe centenas de estâncias turísticas.
Atraímos para cá turistas do mundo inteiro, do Brasil inteiro, que vêm para cá
fazer compras, desfrutar da nossa cidade, dos eventos, aí o que o governo
Tarcísio fez? Mandou agora um projeto para cá, tirando esse benefício
tributário.
Ou seja, os
custos desses serviços, dos restaurantes, dos bares, dos hotéis, vão subir
imediatamente, em janeiro, sete por cento. Esse setor vai perder nove por
cento, deputado Valdomiro, o senhor que é de uma importante cidade do interior
de São Paulo, como São José do Rio Preto.
Um setor que
emprega um milhão e quatrocentos mil trabalhadores, a maioria formais, alguns
informais e mais de 500 mil estabelecimentos. Por que eu estou citando isso
aqui? Porque é um pouco desse comportamento do governador, como é esse caso,
como ele trata a Assembleia.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. André do Prado.
* * *
O setor quando
se sentiu atingido por um benefício que recebe há mais de 30 anos, desde o
governo Fleury, pediu uma conversa e ele falou: “Não tem conversa, tomei a
decisão e pronto, não importam as consequências.”
Vai aumentar o
custo para aqueles trabalhadores que almoçam fora, para aquelas pessoas que vão
com as suas famílias ter uma atividade fora, que vão fazer um passeio, um custo
imediato com a sanha de arrecadar.
E tem deputados
que vêm aqui na tribuna ou vêm aqui no microfone para dizer que nós do PT só
pensamos em aumentar impostos. Parece que o governador Tarcísio não pensa em
outra coisa a não ser em aumentar arrecadação, aumentando impostos e tirando
benefícios de setores produtivos importantes, como é o caso desse que eu estou
citando aqui.
Vi a entrevista
do Sr. Edson Pinto, que é secretário geral, presidente do sindicato, ontem e me
chamou a atenção e fui olhar, de fato, essa notícia está espalhada pela grande
mídia hoje. O setor está gritando e pedindo pelo amor de Deus para que o governo
pelo menos escute, negocie essa retirada desse benefício.
Não sou a favor
de privilégios, mas tem alguns setores que nós precisamos incentivar, tem
outros que nós temos que dizer: “Olha, esse setor aqui já ganha muito, não gera
tanto emprego, então não precisa desse benefício.”
Mas não se tem
transparência. Por que o governo resolveu manter a isenção tributária para
alguns, benefício tributário para alguns e para outros ele retira? Isso tem que
ser debatido, inclusive aqui nesta Assembleia, mas não, isso aqui passa, sim,
correndo.
Então, Sr.
Presidente, esse projeto aqui tem esse mesmo condão, ou seja, muda a estrutura
do Estado, estrutura importante como a Controladoria, tira funções da
Procuradoria. Reforça o poder de uma figura que é do grupo político mais
próximo do governador, como já foi citado aqui.
Uma figura que
foi trazida para cá por indicação de Bolsonaro, mas estava no governo Bolsonaro
até pouco tempo atrás, participou da trama golpista e o governo tenta passar
essa ideia moderada, não é? Que ele é moderado, mas de vez em quando tem uma
recaída como essa e quer aumentar o poder de uma figura em uma área
importantíssima.
Qual o objetivo
dele? Perseguir funcionários com a desculpa de que está combatendo a corrupção?
Aumentar o poder? Provavelmente tudo isso contido aqui nesse projeto.
Sr. Presidente,
queria por último aproveitar aqui, já que nós estamos falando da Controladoria,
da Procuradoria, de concurso, fazer uma saudação a todos os engenheiros. Hoje é
Dia Nacional dos Engenheiros, da Engenharia. Queria mandar um abraço para o
nosso presidente Murilo Celso, presidente do Sindicato e da Federação dos
Engenheiros de São Paulo.
Já me desculpar
por não atender o pedido de estar lá com ele em uma celebração, agora cinco
horas, por conta da responsabilidade nossa aqui no debate do plenário, mas
desejar sucesso nos trabalhos do sindicato e deixar um abraço. Dizer do meu
apreço a essa categoria fundamental para pensar o desenvolvimento, o
crescimento através dessa que é uma das profissões mais antigas, mais
estratégias.
Eu não sou
engenheiro, queria ter sido na minha adolescência, mas tenho um filho
engenheiro. Eu quero então dar um abraço no Murilo Celso e desejar sucesso nas
atividades, como a de hoje, lá no Sindicato dos Engenheiros.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Simão Pedro. Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a
palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. Ausente. Deputada Professora Bebel.
Ausente. Deputado Carlos Giannazi, com a palavra para discutir contra.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV
Assembleia, venho à tribuna discutir contrariamente a esse projeto que cria a
Controladoria do Estado.
Em primeiro
lugar, porque essa Controladoria vai substituir o trabalho feito pela PGE, pela
Procuradoria-Geral do Estado, no que tange a questão dos processos
administrativos.
Isso nos
preocupa bastante, porque, se nós já temos pesadas e sérias críticas em relação
aos procedimentos da PGE, em relação às punições exageradas aos servidores
públicos do estado de São Paulo, que muitas vezes são injustiçados e
perseguidos nas suas respectivas secretarias... E muitas vezes essas
perseguições são também referendadas pela PGE.
Em outros
momentos não, em outros momentos a PGE faz justiça, porque lá nós temos
procuradores de carreira, que não têm interesse político, que têm uma visão
mais técnica, estão distantes da realidade, das unidades administrativas, seja
de uma escola, de um hospital, enfim, de uma repartição pública.
No caso da
Educação, que eu acompanho bastante, nós presenciamos muitas injustiças de
servidores e servidoras que são vítimas do assédio, da perseguição, porque se
manifestaram criticamente em relação aos atos administrativos e muitas vezes
são punidos de uma forma injusta.
Respondem
processos administrativos, são punidos, inclusive com a pena máxima, que é a
exoneração do cargo. Eles recorrem, e muitas vezes a PGE, por conta dos
procuradores que são concursados, que têm uma carreira de estado, não referenda
essas perseguições. Agora fico imaginando uma controladoria que vai cumprir
esse papel, mas tendo uma função política também.
Então isso é
altamente preocupante. Isso pode fragilizar ainda mais esses procedimentos
administrativos, os processos administrativos. Então nós entendemos que ela é
prejudicial - essa controladoria - aos servidores públicos do estado de São
Paulo.
Esse é um dos
motivos que nos leva, pelo menos a bancada do PSOL, a votar contrariamente a
esse projeto, porque nós não aguentamos mais presenciar ataques aos servidores
públicos do estado de São Paulo que, por exemplo, neste ano, não tiveram nenhum
tipo de reposição salarial.
A data-base do
funcionalismo estadual, que foi aprovada aqui na Assembleia Legislativa em
2006, não está sendo cumprida até agora. O governo não deu nem um por cento,
nem 000,1% de reajuste salarial ou de reposição das perdas inflacionárias.
Os nossos
servidores e as nossas servidoras continuam com os salários arrochados e
defasados, com um vale-refeição de apenas 12 reais que é conhecido como o
vale-coxinha dos servidores públicos do estado de São Paulo, não só para os
servidores da Educação, mas para outros setores importantes do funcionalismo
público.
Então, olha,
não tem data-base, não é respeitada, vale-refeição, vale-coxinha de 12 reais
para os nossos servidores. O estado não está também cumprindo a lei do piso
nacional do Magistério. Servidores da Educação, o Magistério estadual, estão
sendo penalizados, porque o estado mais rico da Federação não paga corretamente
o piso nacional, usa o artifício do abono complementar.
São vários os
ataques aos servidores que foram penalizados com a reforma da Previdência, que
dificultou ainda mais o acesso à aposentadoria, elevando a idade mínima,
elevando também o tempo de contribuição.
E, no final,
nós tivemos até a aprovação aqui de uma lei que propiciou o confisco das
aposentadorias e pensões pelo governo anterior, pelo governo Doria. Mas,
felizmente, a partir de uma ampla mobilização, nós conseguimos derrubar aqui na
Assembleia Legislativa esse confisco.
A nossa luta
agora é para fazer justiça com esses aposentados e pensionistas, no sentido de
que o governo devolva o que confiscou, o dinheiro confiscado das
aposentadorias. Esse dinheiro tem que ser devolvido para todos os aposentados e
pensionistas que foram vítimas desse ato criminoso do ex-governador João Doria.
Tem mais. Nós
tivemos uma reforma administrativa que prejudicou imensamente os servidores.
Por exemplo, o fim da falta abonada. A Assembleia Legislativa de São Paulo
aprovou, através da base governista, a famosa reforma administrativa que, por
exemplo, colocou fim a uma conquista histórica dos servidores e servidoras do
estado de São Paulo, que eram aquelas seis faltas abonadas. Até isso foi
retirado dos servidores públicos, a falta abonada, pelo ex-governador João
Doria e com o apoio aqui dos deputados da base do Governo.
Mas nós temos
projeto de lei tramitando. Eu elaborei um projeto que já foi aprovado em duas
comissões e devolve as seis faltas abonadas, que é um direito que foi
conquistado em 1968 no Estatuto do Funcionalismo Público Estadual. Houve outras
perdas também, outros ataques na reforma administrativa que prejudicaram
imensamente amplos setores do funcionalismo público.
Agora, esse
projeto de Controladoria, isso é um absurdo. Nós somos contra. Vamos obstruir,
vamos votar contrariamente a esse projeto, Sr. Presidente, Srs. Deputados e
Sras. Deputadas. Nós temos que reagir a esses ataques.
Tem mais ainda.
Esse projeto de lei tem a ver com a instrumentalização do aparato do estado,
como está fazendo também o governador Tarcísio, criando... Vejam bem, o
governador anunciou a criação de uma Ouvidoria da Polícia. É uma ouvidoria do
próprio estado para neutralizar a Ouvidoria que faz o controle social das
forças de Segurança do estado de São Paulo.
Então, isso
mostra claramente que o governador quer instrumentalizar a máquina pública.
Controladoria para neutralizar a PGE. Ouvidoria da Secretaria da Segurança
Pública para neutralizar a Ouvidoria que realmente fiscaliza os excessos, a
violência policial.
O governo tenta
fazer o mesmo, mas não está conseguindo, com a TV Cultura. Nós tivemos uma
audiência pública recentemente, que nós organizamos, e o governo tenta
instrumentalizar a TV Cultura, a Rádio Cultura, mas não consegue, porque ela
tem um estatuto próprio, tem uma independência.
A TV Cultura é
uma TV pública, uma TV do estado e não uma TV do governo. Como o governo não
consegue controlar a TV Cultura do jeito que ele pretende, ele começa a
asfixiar do ponto de vista orçamentário, o orçamento, os recursos da TV
Cultura, tanto é que, recentemente, foram demitidos 116 servidores e servidoras
e vários programas foram tirados do ar porque a TV Cultura está ficando sem
recursos. O governador tenta asfixiar essa importante emissora.
Ele está
fazendo isso com a Polícia Militar, tentando miliciar a Polícia Militar, como o
Bolsonaro fez exatamente com a Polícia Rodoviária Federal. Nós temos que tomar
cuidado com isso, com esse aparelhamento, seja da Polícia, seja de vários
órgãos da administração pública.
Lembrando,
ainda, como disse o deputado Simão Pedro... Ele lembrou muito bem que o
controlador geral do estado, que foi nomeado pelo Tarcísio, é um bolsonarista,
foi do governo Bolsonaro, esteve com ele naquela reunião preparatória para o
golpe do dia 08 de janeiro.
Nós temos um
golpista na Controladoria. Isso é um absurdo. O estado de São Paulo não pode
compactuar com esse tipo de nomeação em um cargo importante como esse. Então,
por todos esses motivos é que nós não podemos votar nesse projeto, Sr.
Presidente.
Por fim,
gostaria de lembrar aqui, Sr. Presidente, da nossa liminar. Nós conseguimos uma
liminar contra a Resolução nº 77, de 2024, da Secretaria da Educação, do Renato
Feder, que impôs um verdadeiro autoritarismo dentro da rede estadual de ensino,
dando poderes imperiais para que os diretores das escolas estaduais, diretoras e
diretores, possam decidir quem fica e quem sai da escola no final do ano. Isso
criou uma grande revolta, uma grande insatisfação, e com razão, em toda a Rede
Estadual de Ensino.
Nós fomos ao
Tribunal de Justiça, entramos com uma ação popular recentemente, o nosso
coletivo Educação em Primeiro Lugar, que é formado pelo mandato da deputada
federal Luciene Cavalcante, pelo vereador Celso Giannazi, aqui da Câmara
Municipal, e pelo meu mandato aqui na Assembleia Legislativa.
Nós ganhamos,
nós tivemos aqui uma liminar que saiu, revogando, na verdade, os Artigos 25 e
26 dessa autoritária, perversa e danosa Resolução nº 77. E o governo tem que
cumprir.
Ontem,
inclusive, eu levei para o secretário, ele esteve aqui, mas fugiu. Ontem ele
saiu com o apelido do secretário fujão, não quis fazer o debate. E eu dei a ele
a liminar, para que ele cumpra a liminar, porque a Secretaria disse que não
recebeu ainda, não foi notificada, mas ontem ele foi notificado por mim. Eu não
sou oficial de Justiça, mas eu dei publicidade a ele lá na Comissão de
Educação.
E ele tem que
cumprir a sentença judicial, senão ele será processado. E buscar, tomar
providências para reparar esse gravíssimo ataque aos professores, ao magistério
estadual, porque ele ali reforçou um autoritarismo na rede estadual, um
autoritarismo jamais visto. Mas foi uma vitória importante.
O Ministério
Público Estadual, inclusive, apresentou um parecer para o Tribunal de Justiça
em relação a nossa ação popular, também pedindo a revogação desses dois
artigos. E o CPP, o Centro do Professorado Paulista, também, através de um
mandato de segurança, conseguiu para os seus sindicalizados, os seus
associados, o mesmo direito de revogar essa decisão, essa Resolução nº 77,
porque não dá mais para continuar com esse secretário, o Renato Feder, da
Educação. Ele hoje é considerado o Derrite da Educação.
Nós temos o
secretário da Segurança Pública, o Guilherme Derrite, que está destruindo a
Segurança Pública, estimulando a violência no estado de São Paulo, estimulando
a violência policial. Deu carta branca para a matança, para o genocídio, na
periferia de São Paulo, do Estado, das cidades de São Paulo.
Todo dia tem
uma denúncia, tem um vídeo. Nem está precisando mais, parece-me, de câmera nos
uniformes, porque o povo está filmando a violência, os excessos praticados
pelos maus policiais.
Aqui eu não
critico toda a Polícia, não. Estou criticando esses crimes que são praticados
por essas pessoas que usam farda. Essas pessoas devem ser punidas. Todos os
dias tem um vídeo de uma pessoa sendo morta, espancada, por esses policiais.
Ontem mesmo já
teve mais um, um menino negro foi executado na frente da mãe dele, aqui na
Baixada Santista. Então, por isso que o governador agora disse que vai instalar
as câmeras, que ele errou, porque ele sabe que o povo está filmando, a
população está filmando a violência.
Então, nesse
sentido, como nós temos o Derrite destruindo a Segurança Pública, a mesma coisa
está acontecendo com a Educação. Renato Feder está destruindo a Educação do
estado de São Paulo em todos os níveis, do ponto de vista financeiro, do ponto
de vista pedagógico, do ponto de vista dos ataques aos profissionais da
Educação.
E nós estamos
denunciando isso exaustivamente no Ministério Público, no Tribunal de Contas,
na Defensoria Pública, no Tribunal de Justiça, aqui na Assembleia Legislativa,
na tribuna, na imprensa, e fazendo a luta com a comunidade escolar. Inclusive,
lutando contra o fechamento de escolas, de turnos e de salas, porque o
governador pretende, na verdade, enxugar a rede estadual por conta do projeto
que ele aprovou aqui, da PEC que reduz drasticamente o orçamento da Educação.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Carlos Giannazi.
Dando sequência à lista de oradores inscritos,
para discutir contra, com a palavra o deputado Reis.
Não havendo mais deputados para fazer a
discussão, nem oradores mais inscritos, está encerrada a discussão.
Há sobre a mesa o requerimento de
método de votação apresentado pelo líder do Governo. Em votação o requerimento
de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem
favoráveis ao requerimento permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o
requerimento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Solicito uma
verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Vamos fazer uma verificação de votação. Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo
sistema eletrônico.
A partir deste momento estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação
que se realizará.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - O
senhor registrou o horário que começou, Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dezoito
horas, vinte minutos e 18 segundos.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Como nós não temos
ali o cronômetro, eu pedi a informação para o senhor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Paulo Fiorilo. Estamos atentos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a Federação PSOL/Rede em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PSOL/Rede em obstrução.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução, a pedido do deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Colocar o Republicanos em obstrução, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O
Republicanos também está em obstrução.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, Sr.
Presidente. União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A pedido do
deputado Milton Leite Filho, o líder do União coloca o seu partido em
obstrução.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o Progressistas em obstrução. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A pedido do
deputado Dr. Olim, Progressistas em obstrução.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a Bancada do PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O
SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Podemos em
obstrução, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A pedido do
deputado Dr. Eduardo Nóbrega, Podemos em obstrução.
Tendo
transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico agora ficará aberto para
que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção”
nos terminais dispostos em suas mesas.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Vou colocar a nossa Federação, nosso querido PSDB e Cidadania, em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A pedido de V.
Exa., deputado Barros Munhoz, Cidadania e PSDB em obstrução.
*
* *
- Verificação de votação pelo sistema
eletrônico.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Mais algum dos Srs. Deputados ou das Sras. Deputadas gostaria de consignar o
seu voto? Não havendo mais deputados interessados em fazer o seu voto,
passaremos então à pergunta: algum dos Srs. Deputados ou das Sras. Deputadas
gostaria de alterar o seu voto?
Não havendo
deputados interessados em alterar o seu voto, passaremos à proclamação do
resultado: votaram “sim”, 46 deputados, mais este presidente, total de 47
votos, quórum insuficiente para aprovação do método de votação, ficando,
portanto, o projeto com votação adiada.
Item 2 - Discussão e votação do Projeto
de lei nº 855, de 2024, de autoria do Sr. Governador. Em discussão. Não havendo
oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto salvo
emendas.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, para
encaminhar o projeto... É o projeto do Fundo? Qual é esse projeto, Sr.
Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Esse projeto é
o 855, de autoria do Sr. Governador, que é a operação de crédito.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Ah, operação de...
Desculpe, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então retira o
encaminhamento?
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Retiro. Eu achei que
fosse o do Fundo.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então, não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto
salvo emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo,
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para manifestar apoio
às emendas apresentadas pelo PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência.
Em votação...
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Só para registrar voto favorável às emendas.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação as
emendas nºs 01 a 05, com parecer contrário do congresso de comissões. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários, queiram conservar-se como
se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para manifestar
novamente apoio às emendas apresentadas pelo PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o pedido de Vossa Excelência.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Registrar também voto
favorável da Federação às emendas apresentadas pelo PT e pela Federação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Também está
registrado o pedido de Vossa Excelência.
Item 3 - Discussão e votação do Projeto
de lei nº 868, de 2024, de autoria do Sr. Governador. Um minutinho...
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Enquanto o senhor
organiza aí, esse projeto é o do Fundo da Defesa Civil, perfeito?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Isso.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Há sobre a mesa um
método de votação, perfeito?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Perfeito.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Então eu vou encaminhar
o método.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Ok.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Há sobre a mesa o método de votação
apresentado pelo líder do Governo. Em votação o requerimento do método de votação.
As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis...
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar o
método.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Tem o tempo regimental para fazer o encaminhamento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, o líder do Governo, deputado Gilmaci,
apresentou um método diferente daquele apresentado por esse líder, que
apresenta um destaque. Nós apresentamos uma emenda, que eu dialoguei com o
deputado tenente Telhada... Capitão, coronel Telhada... E com o líder do
Governo, o deputado Gilmaci.
A emenda, Sr.
Presidente, propõe destinar ao Fundo da Defesa Civil, um dos fundos mais
importantes do Estado neste momento, 0,5% do superávit, o que daria em torno de
uns 100 milhões, 116 milhões.
Eu tenho
certeza de que os deputados, mesmo os deputados da base, como o tenente...
Agora eu vou consertar: como o Capitão Telhada, como o deputado Lucas Bove,
como a deputada Dani Alonso, como o deputado Carlão Pignatari, como muitos
outros deputados, no debate que fizemos agora no congresso de comissões, se
mostraram favoráveis. Deputado Campetti, a mesma coisa e tal.
Bom, nós
insistimos nisso. Achávamos que podia ser uma ajuda importante. Até porque,
deputado Carlão, o orçamento do ano que vem, da Defesa Civil, é de 55 milhões.
Esse ano, dezesseis. Nós estamos vivendo momentos trágicos no País e vamos
viver no Estado. Aliás, nós estamos vivendo.
A deputada
Monica, no debate que fizemos lá, trouxe a situação de Jundiaí e Itu. A gente
podia falar do que ocorreu na seca e nos incêndios que atingiram várias regiões
do Estado, em função da ausência de políticas e de recursos para o combate aos
incêndios. E aqui eu tenho certeza de que muitos assistiram a isso,
principalmente aqueles que viajam para o interior, aqueles que são deputados que
atuam, ou que moram no interior.
Pois bem. O
governador é contra. Aliás, é contra a concepção de fundos. Vejam o que eles
estão propondo: criar um fundo para receber doações. É muito pouco. Eu disse e
vou repetir, no congresso de comissões.
Espero
sinceramente que o governador seja acometido, mais uma vez, da sua sinceridade
de dizer: “Errei, eu achei que as câmeras não funcionavam. Agora elas
funcionam”. O governador devia dizer: “Estou errado. O fundo pode ser, de fato,
uma alternativa. Uma alternativa que vá ter recursos públicos e privados.”
Aliás, eu queria aproveitar para trazer um outro debate.
O projeto que a
gente não vai votar hoje, que é de outro fundo, o Fundo da Pecuária, no debate
que nós fizemos, eu perguntei ao deputado Lucas Bove, que era o relator, se o
secretário tinha pedido, ao governador, recurso público.
O deputado Bove
falou: “Eu não sei, porque eu não participei desse debate. Estou relatando o
que aconteceu lá, depois a gente pode até pegar o vídeo.” E disse mais: nesse
fundo não tem recurso público. Estou correto? Só teremos recursos privados.
Os recursos
privados que a gente vai ter nesse fundo são aqueles recursos advindos de uma
taxa, que o pecuarista, o produtor, vai pagar para o Estado, que vai transferir
para o fundo. Então repare. No da Pecuária, tem um artigo que diz exatamente
isso: os recursos advirão dessa taxa. No da Defesa Civil, nem essa
possibilidade existe.
O que nós
estamos querendo aqui é que o método pudesse destacar a Emenda nº 3, que é essa
que propõe 0,5%, para que pudesse, no mínimo, o fundo ter um recurso próprio,
para utilizar para obras, para utilizar para equipamentos, para utilizar para
aquilo que a gente mais precisa. A gente já falou disso aqui, e vamos falar de
novo. Nós estamos vivendo situações difíceis. As mudanças climáticas têm
atingido todo o Estado, todo o País.
O deputado
Barros Munhoz, que eu tenho certeza de que é um defensor do fundo com recurso,
sabe o que eu estou dizendo, porque já foi, inclusive, secretário da
Agricultura deste Estado.
Da época em que
o deputado Barros foi, a agora, as mudanças são gritantes. Nós estamos
enfrentando situações dificílimas. Agora, como nós queremos um fundo, para a
Defesa Civil, só para receber doação.
O deputado
Telhada tem uma PEC, que ele propõe uma saída, e eu vou dizer qual é. A saída
da PEC, apresentada pelo deputado Telhada, é tirar das emendas impositivas dos
deputados. Eu disse ao deputado Telhada, com a maior transparência e
tranquilidade. O Estado tem um Orçamento de mais de 350 milhões. Cada deputado
tem, de emenda impositiva, no máximo 11 milhões. Não está errado?
Deputado
Sebastião, o senhor, que anda pelo interior, o senhor, que conhece o interior,
que precisa destinar suas emendas para o interior, como é possível a gente
pegar um naco das emendas dos deputados, que já é pouco, e colocar em um fundo
tão importante? O Governo do Estado tem que colocar vergonha na cara. Tem que
dizer: “Não, espera aí, 0,5% do superávit dá para pôr.” São 116 milhões, não
bilhões.
Então nós
estamos fazendo um gesto concreto, para dizer para o Estado: Nós queremos ter
uma Defesa Civil forte.” Nós queremos ter um fundo para poder investir na
Defesa Civil. Eu tenho acompanhado a região, por exemplo, do Vale do Ribeira.
Muitos deputados aqui conhecem, o presidente conhece muito mais do que eu.
Por exemplo, a
região de Iporanga. Toda vez que chove, a gente tem a interdição da estrada que
liga Iporanga a Apiaí. Toda vez que chove, nós temos uma dificuldade enorme,
para os quilombolas que moram em Bombas, para poder chegar no quilombo. Tem
animais que não conseguem levar a produção, e acabam tendo que ser
sacrificados, porque caem nos buracos, nos deslizamentos que tem lá.
Hoje pela manhã
eu recebi uma foto de uma mula que vai ser sacrificada porque quebrou a perna
ao deslizar no barro preto. Então, o que nós estamos pedindo? Absolutamente
nada demais. O que a oposição tem insistido é 0,5% do superávit do Estado, o
que vai dar pouco mais de 110, 116 milhões.
Essa
podia ser uma alternativa para a gente ajudar o governo, mas nem isso o governo
quer, por isso propôs um método que não destaca emendas, e que vai ser um
método para enterrar essa possibilidade de a gente ter um pouco mais de
recursos.
Então, deputado
Telhada, que eu tenho o maior respeito, acho que a PEC tem que continuar
andando. Nós até assinaríamos a PEC, e eu queria sugerir ao senhor que a gente
pudesse incluir essa Emenda nº 3 na PEC que o senhor apresentou.
Isso ajudaria
muito o Estado, e eu tenho certeza de que o senhor, que já dialogou com o
coronel Engel, sabe que ele tem interesse em ajudar, mas, infelizmente, o
governador tem uma visão míope, mais uma. E eu espero que, quem sabe, ele
compre óculos para miopia e diga: “errei, acho que tinha que ter fundo, como eu
errei, acho que tinha que ter câmeras”.
Agora, não pode
ser só da boca para fora, precisa ser para valer, porque assim não dá. A gente
aqui não está para discutir, só para homologar o que o governo quer. Então é
preciso deixar claro, e nós vamos votar contra o método e a favor do nosso
método que destaca a Emenda nº 3.
Então eu queria
pedir aos deputados e deputadas que concordaram com o debate que nós fizemos no
Colégio de Líderes, e eu não vou nominar porque quem estava lá acompanhou, e
para aqueles que não estavam, que pudessem refletir sobre essa possibilidade.
Vamos votar
“não” ao método do governo, com a possibilidade de a gente ter o destaque da Emenda
nº 3. E aí a gente derrota a Emenda nº 3 ou aprova e dá mais de 100 milhões
para a Defesa Civil, que precisa.
O deputado
Telhada tem sido um militante dessa área, sabe do que eu estou falando, e eu
não atuo nessa área, deputado, o senhor sabe disso. Minha atuação é em outra
área, mas eu acompanho os órgãos importantes, os instrumentos necessários que o
governo precisa fortalecer e, infelizmente, esse governador não fortalece os
fundos, não fortalece o da Pecuária, não fortalece o da Defesa Civil, não
fortalece nenhum, é contra fundos, é impressionante, é contraproducente.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Quero indicar a
deputada Monica Seixas para encaminhar pela liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi. É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Tem a palavra a deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom, eu vou repetir o que disse hoje
durante o debate no congresso de comissões, da importância da criação de um
fundo e qualquer instrumento que leve mais recursos e capacidade de atuação
para a Defesa Civil.
Ontem, como o
deputado Paulo falava, a minha cidade, Itu, a cidade vizinha Sorocaba, estavam
debaixo d'água. Choveu quase 100 milímetros naquela região, famílias perderam
móveis, perderam carros, casas destelharam, e a gente teve sorte de não perder
vidas, como perdemos semana passada aqui na cidade de São Paulo, de uma pessoa
que se afogou.
Em outubro, uma
família, incluindo uma criança, inteira, morreu com um muro que caiu na cabeça
durante um vendaval. Quando os incêndios dominaram o estado de São Paulo, boa
parte das cidades ficaram cobertas por fumaça, fuligem, difícil de respirar.
Infelizmente,
cada vez mais fenômenos extremos farão parte do nosso dia a dia. Todo mundo
sabe. Estava muito calor ontem à tarde, à noite estava muito frio, hoje de
manhã estava muito calor, agora já está muito frio lá à tarde, e a gente não
sabe se amanhã vai chover, quando será o próximo vendaval, quando será a
próxima chuva intensa, quando será a próxima seca extrema, quando vai faltar
água, quando os incêndios vão de novo pegar toda a safra ou a casa das pessoas.
Nesse cenário,
a gente tem um órgão muito importante, uma organização que é capaz de salvar
vidas, porque a Defesa Civil não age só depois do fenômeno extremo, só depois
que desmorona, só depois que alaga, só depois que desbarranca. A Defesa Civil,
ela age no pré, ela é capaz de identificar.
Inclusive eu
quero saudar o esforço, uma batalha antiga do nosso mandato junto com a Defesa
Civil, que é pelos alertas, e a Defesa Civil do Estado anunciou essa semana que
vai passar a emitir alertas por geolocalização, não mais por SMS de fenômenos
extremos. É importante para que as pessoas se protejam e não estejam debaixo de
muro no próximo vendaval, como aconteceu em Bauru.
Mas tem uma
questão, presente em quase todas as cidades do estado de São Paulo, a Defesa
Civil não tem profissionais capacitados, não tem equipamento, não tem
carro e, na grande maioria das vezes, quando você solicita contato com a
Defesa Civil diante de um alerta ou da possibilidade da chegada de um
fenômeno extremo, ela não tem condições de atuar.
Sei que muitos
deputados aqui sustentam defesas civis de suas cidades com emendas
parlamentares. Sabe da dificuldade de ter uma “pick-upinha”, uma serra
elétrica, um assoprador, um equipamento necessário para atuar diante de
fenômenos extremos.
Eu acho isso
uma barbárie, uma barbárie, que num cenário como esse a gente não
esteja fortalecendo a Defesa Civil. Então, qual é o problema do
projeto de criação de um fundo da Defesa Civil? É que o fundo não prevê
com dinheiro ordinário do governo estadual. É importante que pessoas e a
iniciativa privada possam doar.
Diante de tragédias
gigantes, a solidariedade do povo brasileiro tem se mostrado enorme. A
gente viu em São Sebastião quantas pessoas quiseram doar. Que importante
que as pessoas possam doar para o fundo da Defesa Civil. Mas é preciso que o
estado de São Paulo cumpra a sua responsabilidade e provenha recursos
dignos para que a Defesa Civil possa atuar de uma vez por todas.
Para que na
próxima chuva, e está chegando janeiro, né, gente? Janeiro chove
bastante. Janeiro é um mês em que as pessoas que estão em áreas de risco
vão perder as vidas. E para salvar a vida das pessoas, é importante que a gente
consiga ter um plano para que a Defesa Civil, repito, presente em quase
todas, ainda não em todas as cidades do estado de São Paulo, possa
trabalhar.
Por isso, é
importante que a exemplo dos demais fundos, a gente tenha recursos
ordinários do Estado reservados para esse fundo. Para que a Defesa Civil
possa agir. Nesse sentido, é importante a emenda que apresenta a bancada do
Partido dos Trabalhadores. Está falando de superávit, não está falando nem
do previsto, nem do já comprometido.
Nós estamos
falando de superávit, 0,05%, para dar a capacidade que a Defesa Civil forme os
seus trabalhadores, para dar a capacidade para que a Defesa Civil compre
equipamentos, para dar a capacidade para que a Defesa Civil abra
concursos e tenha mais servidores aptos para o exercício do
trabalho, para que a gente possa antecipar fenômenos extremos e salvar a
vida das pessoas.
Eu sei que todo
mundo aqui sabe da importância. Não tem por que a gente continuar contando
moeda, fazendo vaquinha, socorrendo uma enquanto outra fica à míngua. O
Governo do Estado deve distribuir e garantir recursos igualmente para
todas as regiões do Estado, ontem ou hoje.
Se qualquer um
de nós aqui ligarmos na Defesa Civil de Sorocaba ou de Itu e pedirmos para
eles apresentarem se há hoje pessoas sobre área de risco de
deslizamento devido às fortes chuvas de hoje, de ontem, eu tenho
certeza de que essas defesas civis vão responder para o senhor a mesma
coisa que respondeu para mim: “Me manda emenda para equipamento,
deputada? Não temos condições de trabalhar”.
Por isso, para
efetivar e terminar essa importante iniciativa, que é o fundo da Defesa
Civil, a gente precisa adicionar a ela a responsabilidade do Estado para
manter a Defesa Civil funcionando e a sua capacidade de resposta diante de
fenômenos extremos. É muito importante um canal para gerir a doação da
população. E eu repito, eu sei que a população doa quando acontece alguma
tragédia.
Doa para
recuperar uma região, para ajudar uma família, para reconstruir uma
casa. Só que essa não é a tarefa da Defesa Civil. A Defesa Civil deve
agir antes, na prevenção. Por isso, é importante que tenha recursos
ordinários. Por isso, é importante que a gente pare de chorar ano após ano
no orçamento, suplementação, para conseguir ter, de fato, uma Defesa Civil
atuante.
Eu estou com a
bancada do PT. Eu acho que no rito de votação não custa nada a gente trazer o
destaque da Emenda nº 3 e a gente conseguir aqui aprovar uma parcela do superávit
do Orçamento estadual para a Defesa Civil.
Obrigada,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputada Monica Seixas.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr.
Presidente,
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Olim.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Para encaminhar pelo
Progressistas, o Capitão Telhada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Desculpe ter
atropelado o deputado Paulo Fiorilo. Com a palavra o deputado Capitão Telhada.
O deputado Olim retirou já, mil desculpas porque...
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Eu quebrei o galho,
ele ia perder o encaminhamento.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Você é
parceiro. Está tudo resolvido. O deputado Capitão Telhada com a palavra, para
encaminhar pelo Progressistas.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
Obrigado, presidente. Uma excelente noite a todos os nobres parlamentares aqui
presentes, a galeria que nos acompanha, a todos os funcionários civis e
militares da Casa, que nos acompanham pelas redes sociais e pela TV Alesp.
Primeiramente,
eu gostaria de externar minha gratidão a todos que, de alguma maneira, direta
ou indireta, participaram da construção desse importante projeto, projeto de
lei que cria o Fundo Estadual de Proteção e Defesa Civil, e fazendo coro, dando
continuidade a algo que começou lá em Brasília.
Nós já temos no
nosso País um Fundo Nacional da Defesa Civil, e nós estávamos impedidos até
hoje de recepcionar recursos, de receber recurso, receber dinheiro desse fundo
nacional, porque, simplesmente, em São Paulo, nós não tínhamos um Fundo
Estadual de Proteção e Defesa Civil. E todos nós aqui, todos os deputados,
foram testemunhas ou assistiram pela televisão ou foram lá, como eu fui e
outros deputados aqui fizeram.
Foram a São
Sebastião, foram ao Rio Grande do Sul, foram ao interior de São Paulo ou
residem no interior de São Paulo, passando por estiagens, enchentes, período de
chuvas que adentramos agora.
E o nosso
governo, inclusive, já lançou o “São Paulo contra as Chuvas”, mais uma operação
que visa prevenir, que visa mitigar os riscos, que visa ter recurso, ter
equipamento, ter, inclusive, pessoal para responder, para dar a resposta e
recuperar diante das crises que podem acontecer. E nos dias atuais, de fato,
nós estamos diante de dias onde há um desequilíbrio natural.
E a Assembleia
Legislativa, junto com o Governo de São Paulo, sai na frente, criando um fundo
estadual. Quero agradecer ao presidente da Casa, o deputado André do Prado, por
todo o esforço, junto com a nossa frente parlamentar, junto comigo, lá,
diretamente, no Palácio, durante todo o ano, construindo esse projeto,
conversando, verificando a viabilidade, como poder fazer mais. Nós sabemos que
o povo brasileiro, o paulista, o povo do sul, do nordeste, quanto não querem doar
diante dos desastres.
As pessoas
procuram: “aonde que eu doo? Qual que é a conta? Como é que eu faço? Eu quero
levar roupa, eu quero levar mantimento, eu quero levar produto de higiene, eu
quero doar no Pix”. E nós éramos impedidos, nós tínhamos poucos recursos para
fazer isso, ou era o fundo social, ou eram associações, organizações não
governamentais.
Então nós
conhecemos esse problema a partir do ano passado, na minha frente parlamentar,
conversando com prefeitos, com vereadores, com coordenadores da Defesa Civil,
dialogando diariamente com o Coronel Henguel, como bem citou aqui o Exmo.
Deputado Paulo Fiorilo, uma pessoa que conhece, que está há anos de frente ao
Bombeiro e à Defesa Civil, e sabe qual é a real dificuldade, conversando com a
major Tatiana, com o capitão Farina, e conseguimos chegar em um produto que a
gente entrega para a sociedade, algo que vai fazer a diferença.
Nós vamos
captar aqui recursos do Fundo Nacional, nós vamos captar recursos de doações,
de legado, nós vamos captar recursos que não são da dotação orçamentária do
Estado, que inclusive, também citou aqui o deputado anterior a mim, saímos de
16 milhões de reais para a Defesa Civil, de 2024, para 55 milhões de reais, em
2025.
Isso já é obra,
já é reflexo de um trabalho que todos nós aqui, deputados, temos feito aqui na
Assembleia Legislativa, convencendo, demonstrando a importância dessa pasta, a
importância e a visibilidade que ela tem no nosso estado de São Paulo.
Dos 645
municípios que temos aqui São Paulo, hoje, 633 já têm Defesa Civil. A Defesa Civil está presente em quase todos
os municípios do estado. Ela trabalha dentro das escolas ensinando princípios,
ensinando valores, ensinando as crianças, os adolescentes a como identificarem uma
construção que, de fato, está na iminência de desabar, uma rachadura na parede,
um solo que está escorregando, trazendo umidade. E as crianças ensinam os
adultos. A gente tem que atuar de fato
não só na recuperação. Temos que atuar na prevenção.
Então, esse
projeto de lei é importantíssimo. É um salto - não vou nem falar que é um passo
- para a gente não ficar na dependência de entidades privadas, de entidades não
governamentais, mas para a população ter a segurança de, eventualmente, em um
momento de necessidade, ter uma conta, ter um fundo do estado seguro para
alocar a sua doação, para empresa, pessoa jurídica, ou pessoa física poder
fazer a sua doação. E vai chegar lá na ponta de maneira célere, com a
participação de entes estaduais, de entes públicos e da sociedade civil dentro
do seu conselho gestor.
Então, eu tenho
que agradecer muito a todos aqui, não só pelo entendimento, pela consciência,
mas também a cada um aqui que, na sua emenda impositiva, também faz a sua
parte. Eu sei disso, os deputados em suas regiões fazem os seus aportes de
recursos nas defesas civis, doando veículos, doando equipamentos, doando
uniformes, doando assopradores para combate, porque são essas pessoas que
precisam de equipamento, precisam de treinamento, de capacitação para enfrentar
esses males no dia a dia.
Então,
presidente, é com muita felicidade que a gente hoje está próximo de entrar na
votação e de chegar a uma votação histórica, fazendo a diferença no nosso
estado de São Paulo.
Eu também quero
lembrar que a Defesa Civil, com recurso do governo, tem feito muitas obras nos
municípios: pontes, passarelas, obras de encanamentos, obras de drenagem e tem
avançado na questão de tecnologia.
Hoje, São Paulo
é a vanguarda na tecnologia de proteção e de prevenção. Temos já em
funcionamento o modelo do “cell broadcast”, que é o modelo de acionamento de
alertas nos celulares das pessoas em uma área territorial. Não importa qual sua
operadora, não importa qual seu aparelho telefônico. Hoje, em um acionamento,
todos recebem um alerta de uma chamada de que pode acontecer um evento crítico.
Temos radares.
Acabou de ser instalado um em São José dos Campos, um novo radar que vai cobrir
todo o Vale do Paraíba, litoral norte, Alto Tietê, Grande São Paulo e circuito
das águas.
Nós temos hoje
sirenes posicionadas em locais estratégicos que historicamente já tiveram
tragédias para avisar a população a qualquer momento do dia ou da noite sobre
um eventual desastre. Temos avanços também, não só nessa área, mas também com a
parte das sirenes. Essas sirenes emitem anúncios vocais, anúncios sonoros e
treinamento.
A população
hoje está treinada em muitos locais. São Sebastião é sempre o exemplo. Hoje, se
você vai até a Vila Sahy, até a Barra do Sahy, a população reconhece cada toque
da sirene, o que significa, para onde tem que ir. Tudo isso é treinamento, é
investimento.
Então, para
encerrar, presidente, eu agradeço a presença dos deputados nesta noite e
estamos prestes a fazer, mais uma vez, história no nosso estado de São Paulo.
Com certeza esse projeto irá evitar a perda de vidas inocentes, irá evitar
tragédias e irá proteger aqueles que mais precisam, que são as pessoas em
estado de vulnerabilidade, muitas vezes numa habitação em local de risco, para
onde ela não tem para onde ir. E com essa aprovação, a gente faz história e
pensa na vida dos nossos brasileiros e dos nossos cidadãos.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Capitão Telhada.
Pela ordem o deputado Enio Tatto.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Quero indicar para
falar pela Minoria a deputada Ediane Maria, que vai dividir o tempo com a
deputada Beth Sahão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.
Com a palavra, então, para encaminhar pela Minoria, a deputada Ediane Maria,
que vai compartilhar o seu tempo com a deputada Beth Sahão.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente.
Quero saudar
todos os parlamentares aqui presentes, todos os funcionários desta Casa; e
assim, eu estou estarrecida. E é assim que tem que estar o estado de São Paulo
nesse exato momento.
Bom, hoje
Tarcísio está criando um fundo sem investimento. Olha, mas que grande ideia que
o governador teve dessa vez. É um fundo furado. É aquele famoso fundo que não
tem dinheiro. Você coloca uma moeda, cai. Gente, pelo amor de Deus.
Vocês sabem o
que é, deputados, dormir ou não dormir numa casa que corre sérios riscos de
deslizamento de terra numa noite de chuva? Vocês sabem o que é tentar dormir
numa casa com telhado prestes a voar quando vem aquele vendaval? A gente está
falando de chuva. A gente está falando de tempestade.
A gente está
falando de trabalhadores que não conseguem trabalhar quando tem uma chuva,
porque vem logo uma enchente. A gente vê pessoas morrendo a cada verão novo. E
agora, na terra da garoa, não pode mais garoar, muito menos chover.
Bom, mas o
Tarcísio de Freitas, no estado com maior investimento e com muita grana, tem
muito dinheiro. Nós batemos, desde o ano passado, a questão das câmeras
corporais, onde não existia nenhum debate que colocasse isso como importância.
Bom, semana
passada, o Tarcísio mudou de ideia e aí ele olhou e falou: “Não, é necessário
que se haja, sim, câmeras corporais”. Agora ele lança um fundo sem fundo, sem
dinheiro, sem nada. E novamente esta Casa vai votar favorável?
É muito triste.
Não com a minha participação, e com certeza com os meus companheiros. Estou
aqui muito feliz por estar aqui com a Emenda nº 3, a emenda do PT. Mas também
temos aqui um complemento.
Bom, já que
vamos ter emenda, a gente viu. Nós vimos, gente, São Sebastião. São Sebastião,
aquela catástrofe, aquela tragédia anunciada. Anunciada, mas não para os
moradores.
Não para
aqueles que tinham que morar naqueles espaços. Não pensaram em nada. Pensar em
uma política de habitação para combater deslizamento de terra é fundamental.
Olhar para a questão climática é fundamental.
Nós estamos
vendo, gente, não pode mais chover no estado de São Paulo. Não pode mais
chover. Até quando uma mãe, um pai, um adolescente, até quando a sociedade vai
esperar que não chova, sendo que a chuva deveria ser uma bênção para nós, mas
que no final do dia nos impede de trabalhar e vários de nós perde a vida.
Bom, espero que
tenha sensibilidade aqui dos deputados. Espero que mais uma vez essa proposta
do governador Tarcísio de Freitas não encontre apoio aqui nesse espaço. É
importante debater com o governador, gente. Acho que aqui o que abre o diálogo
é que esta Casa precisa dialogar e fazer a sua função, o seu papel, que é
parlar, que é articular, que é falar, que é trazer o seu ponto de vista.
Enquanto forem
mulheres negras, enquanto for a periferia, enquanto for a trabalhadora
doméstica, a diarista, a babá, o pedreiro que constrói o centro, mas não
consegue construir a sua casa, enquanto formos nós os massacrados, aquele que
vai ser o caso isolado, é mais um caso, é mais uma vez, é mais uma vítima, não
haverá mudança.
A mudança se
faz com consciência. E eu espero muito que esta Casa tenha consciência diante
das doações que a gente viu várias que vêm, porque nós queremos que a Defesa
Civil consiga atuar firmemente. Inclusive uma comissão desta Casa que foi atuar
lá em São Sebastião, que lutou bravamente, mas que, infelizmente, eu vejo que
não mudou a sua mentalidade.
Bom, eu também
coloquei aqui uma emenda, a Emenda nº 1, que garante a transparência de todos
os contratos referentes aos recursos mencionados nessa lei. Mas espero muito
que o governador Tarcísio não passe esse projeto sem um fundo, sem dinheiro,
mas sim que coloque muita grana, porque o estado de São Paulo tem dinheiro, e
não é pouco. Vou dividir aqui minha fala com a minha companheira Beth Sahão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a
palavra a deputada Beth Sahão, para compartilhar o restante do tempo deixado
pela deputada Ediane Maria.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, deputada Ediane. Sr. Presidente, deputadas
e deputados, quero fazer coro com a fala da deputada Ediane porque todos
sabemos que a Defesa Civil é um importante órgão.
A gente não
está questionando aqui a importância da Defesa Civil, sobretudo num momento
como este que nós estamos vivendo, que é um momento de grandes tragédias
ambientais, onde a Defesa Civil, com essas mudanças climáticas que nós estamos
enfrentando, ela adquire ainda mais importância.
Agora, quando o
governador manda um projeto como este, criando um fundo que não tem dinheiro:
mas que raio de fundo que é esse? Eu me pergunto, como é que se cria um fundo
esperando que esse aporte de recursos seja feito por quem?
Seja feito pelo
setor privado, mas é obrigação do estado, é obrigação do estado fazer esse
combate, esse enfrentamento, esse cuidado, a prevenção, inclusive, das
possíveis tragédias que podem acontecer, como aconteceu em São Sebastião, no
verão de 2024. E até hoje tem mais de três mil famílias em São Sebastião que
vivem em área de risco porque o caso delas não foi atendido.
Então as
dezenas de barragens, centenas de milhares de barragens que temos espalhadas
por este Estado, mais de sete mil, que podem, de uma hora para outra, tem
barragens de grau de risco pequeno, tem barragens de risco moderado e tem
barragens de risco grande, em que pode acontecer uma fatalidade, um acidente,
fatalidade não, um acidente, deputado Caio França.
E a gente não
tem a Defesa Civil para poder fazer um trabalho preventivo. Ela pode,
inclusive, fazer parcerias com as universidades que tratam sobre esses
assuntos, as universidades públicas, com entidades não governamentais que
tratam deste assunto, entidades que cuidam da questão ambiental, que se
preocupam com essas mudanças climáticas por que podemos passar, por que o mundo
vai passar e que o Brasil, infelizmente, não vai ficar fora disso.
Agora o que faz
o governador? Manda um projeto para esta Casa, desconsidera as emendas que
foram colocadas pelo Partido dos Trabalhadores e outros partidos também que
colocaram emendas.
Aliás, esta tem
sido uma prática do atual governo. Olha, eu estou nesta Casa já há algum tempo,
e já passamos por vários governadores; mas a falta de diálogo que o atual
ocupante do Palácio dos Bandeirantes tem é de doer o coração, porque ele não
senta ou manda os seus prepostos conversarem para podermos chegar a um acordo,
para poder fazer com que o projeto seja menos ruim do que o original enviado
por ele aqui para esta Casa.
Então, não é
possível que a Defesa Civil fique passando o chapéu, pedindo emendas, aliás,
algo que tem sido feito por várias secretarias do Estado. Pela primeira vez, eu
vejo secretarias andando aqui por esta Casa, representantes das secretarias ou
ofícios, eu mesma no meu gabinete recebi vários, para que fossem destinados
recursos das nossas emendas impositivas para poder custear despesas dessas
secretarias, e a obrigação de provê-las é do Governo do Estado.
Agora, eu
gostaria de saber para onde vão os recursos do governo. Aonde que vão? A
Sabesp, por exemplo, foi vendida. Não encheu o caixa do governo? O governo toda
hora não fica falando que vai vender, que vai vender, que vai privatizar, que
vai acabar, que são...
Agora mesmo,
anteontem, foi anunciado que ele quer vender centenas de imóveis que ele diz
que não têm uso e que vai arrecadar mais de 500 milhões de reais na primeira
fase da venda de imóveis. Coloca em risco, inclusive, áreas importantes, como a
Fazenda Santa Elisa, em Campinas, que ele quer também vender.
Eu não entendo
quanta venda, eu não entendo para onde vão esses recursos, se não vão para
aquilo que é básico, se não vão para aquilo que é fundamental. Tira recursos da
Educação, como fez semana passada, retirando dez bilhões da Educação, não
fazendo os investimentos necessários que precisam ser feitos.
Sabe o que
acontece? Para concluir, Sr. Presidente. É uma falta de responsabilidade, é uma
falta de compromisso com áreas que são tão importantes para a população, como
essa agora que nós estamos discutindo, que é a Defesa Civil do estado de São
Paulo.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o requerimento
de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem
favoráveis ao requerimento permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o
requerimento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Solicito uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Então vamos fazer uma verificação de votação. Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo
sistema eletrônico. A partir deste momento estamos fazendo soar o sinal
intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se
realizará.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - E solicitar o horário
que o senhor começou aí a...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Já está
registrado: 19 horas e 45 segundos.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Pela ordem, presidente. PSOL Rede em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL Rede em
obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente. Colocar os Republicanos em obstrução, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
presidente. Colocar a bancada do Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido Liberal
em obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB
Cidadania também em obstrução.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o Progressistas em obstrução. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Progressistas
em obstrução, a pedido do deputado Dr. Olim.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem,
presidente. Para colocar a bancada do PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente. Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
Tendo transcorrido os quatro minutos, o
sistema eletrônico agora ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs.
Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos
em suas mesas.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Só para aproveitar...
Acabaram de tirar o que eu ia falar, não vou falar mais.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Estão entrando
votos ainda, deputado. Estou atento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Não, é outra coisa. O
senhor não viu ali o registro do tempo, o cronômetro. (Fala fora do microfone.)
Você percebeu que é possível pôr o nosso cronômetro ali e a gente acompanhar
sem ter que perguntar para o presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputados para fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, abriremos agora
os microfones de aparte para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não
conseguiram pelo sistema eletrônico possam assim fazer pelos microfones de
aparte.
Mais algum das Sras. Deputadas e Srs.
Deputados gostaria de consignar o seu voto?
*
* *
- Verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputados interessados em consignar o seu voto, passaremos agora a
perguntar às Sras. Deputadas e Srs. Deputados se algum dos senhores gostaria de
alterar o seu voto. (Pausa.)
Não havendo deputados interessados em
alterar o voto, passaremos à proclamação do resultado. Votaram 47 deputados,
mais este presidente, total de 48 votos, quórum qualificado para aprovar o
requerimento de método de votação.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Registro voto contrário da bancada da Federação PT-PCdoB-PV.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está
registrado o voto contrário da Federação PT-PCdoB-PV.
Em votação o projeto, salvo emendas. As
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo, queiram
conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
Em votação as emendas 1 a 6, com
parecer contrário do congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que forem contrários, queiram conservar-se como se encontram.
(Pausa.) Rejeitadas.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Registro voto favorável da Federação PT-PCdoB-PV às emendas
apresentadas pela Federação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está
registrado o pedido de V. Exa., deputado Paulo Fiorilo.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem,
Sr. Presidente. Declaro voto favorável da bancada do PSOL à Emenda nº 3, da
bancada do Partido dos Trabalhadores, e às emendas do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está
registrado o pedido de V. Exa. também, deputada Monica Seixas.
Convocação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso 3º, alínea “d”, combinado
com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco uma reunião
extraordinária da Comissão de Fiscalização e Controle, a realizar-se hoje, às
19 horas e 26 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de
apreciar o Projeto de Decreto-Legislativo nº 49, de 2024, de autoria da
Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento.
Nada mais havendo a tratar, está
encerrada a sessão.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 19 horas e 21
minutos.
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* *