2 DE FEVEREIRO DE 2024
1ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: MAJOR MECCA e CAPITÃO TELHADA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE MAJOR MECCA
Endossa o pronunciamento do deputado Capitão Telhada
4 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CAPITÃO TELHADA
Assume a Presidência.
6 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
8 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - CAPITÃO TELHADA
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
10 - PRESIDENTE MAJOR MECCA
Defere o pedido. Endossa o pronunciamento do deputado Capitão Telhada. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 05/02, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Major Mecca.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Uma boa-tarde
a todos. Dia dois de fevereiro de 2024, que Deus abençoe os nossos trabalhos e
o ano que se inicia.
Abertura da sessão ordinária: presente
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Lista dos deputados inscritos para o
Pequeno Expediente: Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Deputado Reis. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Rafael
Saraiva. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.)
Deputado Capitão Telhada, tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da
tribuna.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
Excelente tarde, Sr. Presidente, a todos os deputados presentes em plenário, a
quem nos acompanha aqui pela galeria, a todos da TV Alesp e aos funcionários
civis e militares. Um excelente ano de 2024 nesta primeira sessão ordinária,
uma honra estar sendo o primeiro deputado a fazer o uso da palavra oficialmente
neste ano importante para a gente aqui em São Paulo, para a política
brasileira.
Um ano que tem,
inclusive, eleições municipais e muitas discussões para a gente estar
enfrentando aqui na Assembleia Legislativa. Discussões tanto de projetos de
deputados, de autoria dos parlamentares, quanto projetos de origem, projetos
que são oriundos do Poder Executivo, do governo, porque alguns já estão nesta
Casa, já vindos do ano de 2023, porque não houve tempo hábil para entrar em
Pauta, e outros que virão neste primeiro semestre e com certeza terão
protagonismo dentro das discussões da Casa.
Então, eu
desejo um ótimo 2024 para todos nós, que todos tenhamos saúde, sanidade e
respeito para discutirmos aqui em alto nível. Eu queria já, nesta primeira
inserção minha, trazer um assunto que é atual. Nós estamos no dia dois de
fevereiro, e no dia 22 de janeiro agora, de 2024, o exército brasileiro, nosso
exército brasileiro, grandioso, publicou uma portaria pelo COLOG, a Portaria nº
167.
Essa portaria
trazia uma regulamentação para que os policiais militares, bombeiros militares
e membros do GSI, que é o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República, estivessem regulamentados, estivessem regrados para fazer a
aquisição de arma de fogo, compra de arma de fogo.
Esse Decreto nº
167, na verdade, essa Portaria nº 167, de 22 de janeiro, entraria em vigor
ontem, dia um de fevereiro, porém o exército brasileiro publicou uma suspensão
dessa portaria.
Ela não entrou
em vigor no dia primeiro de fevereiro, ela não está produzindo efeitos e todos
ficaram assustados do porque essa portaria foi suspensa, sendo que a nº 164 já
havia sido publicada e já está em vigor, que trata dos CACs.
A nº 166 já
também está em vigor e está produzindo seus efeitos para os membros das Forças
Armadas - os militares federais. E a nº 167, que trata justamente dos policiais
militares, que são os agentes de segurança que estão no dia a dia em combate,
enfrentando a criminalidade nas ruas do Brasil inteiro, porque nós estamos
falando de uma norma federal, do Exército Brasileiro, que vai afetar todas as
Polícias Militares. E chegou ao nosso conhecimento essa suspensão.
Explicação do
Exército Brasileiro: foi suspensa a portaria para aguardar a assunção do
ministro da Justiça, Lewandowski, para ter uma conversa com ele, pressão de
ONG. Por que pressão de ONG?
Porque essa
portaria simplesmente autorizava que policiais militares e bombeiros militares
e membros do GSI pudessem ter até cinco armas de uso restrito, de calibre
restrito, sob a sua posse. Então poderiam adquirir, comprar, receber do mercado
armas de calibre restrito.
E aí várias
ONGs começaram a pressionar o Exército. Como se os policiais militares... Com
aquela narrativa de que todo policial militar agora vai ter cinco fuzis. Pode
ter até cinco fuzis sob a sua posse. Por acaso, senhores e senhoras, sabe
quanto custa um fuzil? Vocês acham sinceramente que um policial militar tem
condição de comprar cinco fuzis?
Cada um custa,
no mínimo, 30 mil reais. Um fuzil simples de uma produção nacional, uma Taurus,
por exemplo, trinta mil reais um fuzil.
Nós estamos
defendendo aqui o direito do policial militar do Brasil adquirir a sua arma
para sua defesa pessoal, o policial comprar uma “9mm”, uma “.40” que ele usou
30 anos enquanto ele esteve na ativa. É ou não é, deputado Meca? Nós não
estamos falando aqui de o cara comprar um “7.62” ou um “5.56”.
O policial militar
quer ter uma arma em condição, calibre 357, um calibre de 9mm para ele andar
com a sua família, para ele sair nas ruas de São Paulo, do Rio de Janeiro, da
Bahia, de Belo Horizonte.
Essa norma é
federal e nós temos que discutir e solicitar para o Exército. Por favor,
converse logo então com o ministro e coloque essa portaria nº 167 em vigor.
Sabe por quê? Porque faz quase um ano que nenhum policial militar consegue
adquirir a arma de fogo de uso restrito, desde julho.
A nossa Polícia
Militar aqui de São Paulo não consegue um certificado de registro, uma CRAF, do
Exército Brasileiro para os nossos policiais veteranos, por exemplo, que estão
aposentando. Têm que entregar a arma que é carga do estado de volta para a polícia,
de volta para a instituição. Ele não pode levar como aposentado. Porém, quando
ele adquire no mercado uma mesma pistola “.40”, uma “9mm”, um calibre de uso
restrito, ele não consegue o registro do Exército, desde julho de 2023.
Olha o tempo
que está parado, acumulando papelada lá e os nossos guerreiros, nossos
policiais da ativa, da inativa, nossos bombeiros militares não conseguem
liberação de arma de fogo simplesmente por burocracia burra ou tendenciosa que
está sofrendo o Exército Brasileiro e agora precisa negociar isso com o novo
ministro da Justiça.
Claro, eu não
tenho muita esperança do que vai vir, porque só tem vindo coisa ruim do governo
federal, só porcaria, só atrapalhada. Fora dívidas, né? De mais de 280 bilhões
de déficit.
Então eu não
espero coisa boa. Mas aqui fica meu repúdio, fica minha solicitação ao nosso
glorioso Exército Brasileiro que resolva esse assunto, porque não tem diferença
entre militar estadual e militar federal. Todos estão combatendo mal.
Se o militar federal
pode ter até cinco armas de uso restrito, nós não estamos falando de cinco
fuzis, nós estamos falando de uma arma de porte, de uso pessoal, uma pistola.
Por que o nosso militar estadual, nosso policial militar, não está tendo isso?
Estarei
enviando esse tema para que nossos deputados federais da bancada de Segurança
Pública, também cobrem isso lá em Brasília. E solicito que todos que tenham uma
voz, também, levem essa importante comunicação, esse importante recado para
que, o mais rápido possível, esse assunto seja regulamentado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito
obrigado, deputado Capitão Telhada. É a vida dos nossos policiais, dos seus
familiares e até dos cidadãos de bem que todos os nossos homens e mulheres
defendem nas ruas de São Paulo e de todo o Brasil.
Dando sequência à relação dos deputados
inscritos, deputado Carlos Gianazzi. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)
Deputado Guto Zacarias. (Pausa.) Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Deputado
Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. Tem V. Exa.
cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro Sr. Presidente, Srs. e Sras. Deputadas,
funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa. Sr. Presidente, ao
contrário do que muitas vezes a gente acaba não vendo aqui, informações
permanentes da base aliada dos investimentos do governo federal no estado de
São Paulo.
Quero dizer a
V. Exa., Sr. Presidente, que acabei de chegar agora de Santos. Hoje o Porto de
Santos faz 132 anos e hoje, lá, o presidente Lula anunciou o recurso para o
investimento da obra Santos e Guarujá, que a gente já vê há mais de 20 anos
este debate acontecendo no estado de São Paulo.
E, agora, foi
anunciado no dia de hoje, lá em Santos, no Porto de Santos, o investimento de
mais de seis bilhões de reais. Inclusive, o governador Tarcísio esteve presente
nesse ato de lançamento, porque vai ser uma obra conjunta entre o governo
federal e o governo do estado de São Paulo.
Então, o
governo federal, do presidente Lula, investindo recursos, não só para o
investimento do túnel entre Santos e Guarujá, mas também terá um investimento
na perimetral de Santos, e essa perimetral garantirá a melhoria da fluidez do
trânsito da Baixada Santista, principalmente da cidade de Santos.
Foi anunciado
também, nesse mesmo ato, inclusive com a presença também do governador Tarcísio,
mais quase dois bilhões de reais para concluir o trecho norte do Rodoanel.
Então, é o governo federal investindo no Estado de São Paulo para o nosso
desenvolvimento.
Agora, nós não
podemos falar a mesma coisa em relação ao estado de São Paulo. Eu queria,
Machado, que pudesse colocar aqui alguns vídeos. Acho que boa parte do pessoal
acompanhou, entre ontem à noite e hoje de manhã, o caos que nós tivemos na
linha vermelha no metrô.
Então, a gente
já tinha visto, durante todo o ano de 2023, um caos na Via Mobilidade, um caos
no monotrilho. E agora uma linha que nunca deu problema na Grande São Paulo
começa a dar problema já no início do governo do Tarcísio, em 2024. Poderia
passar aqui o vídeo, Machado?
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Aqui são os
trabalhadores nos trilhos, na volta para casa ontem, no horário do rush. Pode
passar o próximo vídeo.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Aqui são as
estações do metrô fechadas ontem, no horário do rush. Inclusive aqui um
protesto dos trabalhadores e descaso do Metrô. E lembrando que o metrô teve
agora a tarifa aumentada, majorada, agora no começo do ano. E aí nós tivemos
aqui o ar condicionado desligado, o aumento da tarifa no começo deste ano, a
falta de trabalhadores e trabalhadoras no metrô, o que foi já constatado e
denunciado pelo Sindicato dos Metroviários. E ontem, em todas as estações,
faltavam funcionários para fazer uma orientação aos trabalhadores na volta ao
trabalho.
E aqui são
informações... Acho que boa parte de quem está nos acompanhando viu nos
telejornais, viu na grande imprensa no dia de hoje. É importante que o governo
do estado de São Paulo, junto com as companhias do Metrô, da CPTM, da EMTU...
Que a gente
possa, durante o ano de 2024, ter investimento também do governo do estado de
São Paulo na estrutura de transporte de massa, para que o trabalhador e a
trabalhadora não possam sofrer o que sofreram no dia de ontem.
No ano de 2023,
muitas denúncias em relação à Via Mobilidade, em relação a algumas linhas da
CPTM, e este ano a questão do metrô.
Então, a nossa
sugestão ao governo do estado de São Paulo é um olhar melhor estruturado para o
transporte de massa no estado de São Paulo para o ano de dois mil e vinte e
quatro.
Então, foi
muito importante hoje o governador Tarcísio, junto com o presidente Lula,
discutindo a melhoria para a Baixada Santista, mas é importante que na Grande
São Paulo também tenha um olhar por parte do governador, que é a sua
responsabilidade pelo transporte de massa, Metrô, CPTM e EMTU.
E, retomando
agora em 2024, esperamos que seja um ano melhor do que foi em 2023, com bons
debates, com boas discussões, com projetos de lei debatidos tanto no
Legislativo quanto no Executivo, e esperamos que tenhamos um ano bom para que
todos os trabalhadores e trabalhadoras da Assembleia Legislativa e os deputados
possamos fazer o nosso papel, que é legislar pela população do estado de São
Paulo.
Então, um bom
ano novo para todos os funcionários e as funcionárias da Assembleia Legislativa
e para a população que nos acompanha também de casa, no nosso trabalho, não só
o nosso aqui como deputado estadual, mas o conjunto dos deputados dessa casa.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Capitão Telhada
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito obrigado,
Exmo. Deputado. Dando sequência à lista de oradores, convidamos para fazer uso
da palavra no tempo regimental, o Exmo. Deputado estadual, Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente Capitão Telhada. A todos que nos
acompanham pela rede social, todos os funcionários da Assembleia que aqui estão
nos dando suporte ao nosso trabalho, os nossos policiais militares e civis que
aqui estão, um ótimo início de ano, de batalha, a todos os senhores.
Presidente, eu
chamo a atenção aqui a algo que nós sempre tivemos como comportamento quando
junto à tropa, nos últimos 30 anos. Foram ouvidos os policiais em São Paulo -
muitas vezes o desânimo, o cansaço -, e os policiais sempre falaram: “Chefe, na
verdade nós estamos enxugando gelo, porque por mais que nós façamos, parece que
o crime só faz aumentar, só faz crescer. E é uma verdade isso daí.
E a nossa
postura foi sempre no sentido de motivar, de manter a autoestima dos nossos
policiais elevada e sempre dizendo: se nós não enxugarmos esse gelo, todos nós
morreremos afogados nessa água. Então nós temos que persistir, e nós sempre
persistimos. Os nossos valentes policiais no estado de São Paulo sempre
persistiram no combate ao crime arriscando sua vida, se ausentando do convívio
familiar, trabalhando nos horários de folga, fazendo bico. Mas nunca deixaram o
povo de São Paulo abandonado, e continuam com essa mesma postura.
E mesmo com os
enormes esforços do governador Tarcísio de Freitas, do secretário de Segurança
Pública, o capitão Derrite, comandante-geral Coronel Cássio, doutor Arthur
Dian, o delegado-geral, nós vemos a dificuldade que os nossos policiais têm em
trabalhar no seu dia a dia.
Nesse mês de
janeiro, eu, a minha equipe, todos nós nos dedicamos em fazer contato, em
articular, junto com todos os presidentes de comissão de Segurança Pública,
Telhada, de todos os estados da Federação, no sentido de que todos nós possamos
cobrar o presidente do Senado Federal para que leve a plenário, e coloque em
votação, o Projeto de lei nº 2.253, que acaba com a saída temporária.
Esse absurdo,
que é um dos principais fatores que faz com que a sensação de segurança não
seja alcançada pelo povo de nosso estado e de todos os estados do Brasil. Por
mais que os policiais saiam às ruas, arrisquem suas vidas, estejam firmes
combatendo o crime, nós vemos que a impunidade é maior a cada dia. É maior a
cada dia a ousadia dos criminosos.
Isso faz com
que nós não tenhamos sensação de segurança aqui no estado de São Paulo. É uma
realidade. Nós vamos ao centro da capital, é totalmente perceptível as mudanças
de janeiro do ano passado para cá, no entanto, a sensação de insegurança
incomoda e assola o povo, não só da capital de São Paulo, como de todo o
estado.
Nós vemos que o
que gera esse problema maior, é a questão do código penal, que precisa ser
reformulado, o Código de Processo Penal, a Lei de Execução Penal. Projetos já
existem no Congresso Nacional.
Os deputados
federais, os senadores, precisam tomar a iniciativa de modificar essas leis,
porque o bandido não pode continuar impune como continua em todas as principais
cidades do estado, aqui no estado de São Paulo, como em todo o Brasil.
No mês de
janeiro eu acompanhei uma ocorrência em que um jovem de 12 anos - um criminoso,
12 anos de idade - era a quinta vez que estava sendo preso roubando aparelho
celular. Sabe qual é o discurso dessa criança, desse criminoso? “Senhor, a
gente rouba um celular, leva na guaia, são quatro mil que vem para o bolso”.
Guaia é a rua Guaianases.
Você pega a mãe
dessa criança, zero de preocupação. Pelo contrário, ele ainda repassa parte
desse dinheiro para a mãe. Nós vemos Defensoria Pública, Ministério Público,
tem que ir para cima dos pais que não estão educando e cuidando desses
criminosos. A gente fala uma criança de doze anos, mas olha na página dele no
Instagram, que está lá para todo mundo ver, empinando moto. Com 12 anos já empina
moto, moto roubada.
Nós vemos os
partidos de esquerda passar a mão e proteger esses bandidos. Ou nós tomamos
consciência do que verdadeiramente assola o povo do estado de São Paulo e todo
o Brasil, ou o nosso País continuará nas mãos de bandidos, por mais que os
nossos policiais se esforcem e derramem o seu sangue em solo defendendo o nosso
povo. É uma luta inglória.
Nós precisamos,
estamos unidos, no sentido de que a legislação seja alterada no Congresso
Nacional e bandido comece a ir para a cadeia sem privilégio, sem visita intima.
Vai permanecer preso trabalhando, fazer o que ele não fazia na rua. Vai
aprender a fazer dentro da cadeia, a trabalhar e se sustentar, não viver do
dinheiro dos trabalhadores, os quais eles subjugam nas ruas do nosso estado.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito
obrigado, excelentíssimo deputado Mecca. Solicito que façamos a rendição da
Presidência, para fazer uso mais uma vez da palavra, por gentileza.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando
sequência à lista de oradores, deputado Capitão Telhada retorna a esta tribuna,
nesta data, para fazer o uso regimental.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP
- Muito obrigado, Sr. Presidente. Mais uma vez retornamos aqui. Eu gostaria de
abordar um assunto diferente.
Hoje, no dia 2
de fevereiro, nós tivemos, no litoral, na Baixada Santista, no litoral de São
Paulo, na cidade de Santos especificamente, um anúncio, um evento onde foi
anunciado o início das obras, o investimento bilionário, meio a meio, governo
federal e governo estadual, no novo túnel. É um túnel subaquático que fará o
deslocamento de trânsito entre Santos e Guarujá, diminuindo tempo. É um projeto
muito antigo.
Porém, não se
enganem. Não é porque o nosso governador Tarcísio de Freitas é uma pessoa
diplomática, um democrata, um estadista, que ele corrobora com qualquer prática
obscura da esquerda, ou do presidente que hoje está empossado no Brasil,
infelizmente, que é o presidente Lula.
Muito
rapidamente, eu quero colocar duas falas, dessas duas personagens, do
presidente Lula e do nosso governador Tarcísio. Quero colocar duas falas aqui,
recentes, dessa semana, sobre a visão que cada um tem de crime, a visão
criminal que eles expõem nas suas falas. Por gentileza, Machado, coloca o vídeo
para a gente passar para a Rede Alesp.
* * *
- É
exibido o vídeo.
* * *
Então, senhores
e senhoras, todos que nos acompanham pela Rede Alesp, pelas redes sociais,
todos os amigos que acompanham política, e se preocupam com o bem-estar próprio
da sua família: olha a diferença entre duas lideranças políticas. Uma que
representa a esquerda, e hoje está na Presidência, e outra que representa a
direita brasileira, o nosso governador Tarcísio.
O presidente
Lula, junto com o ministro do STF, o Dino, já recém-escolhido, recém-indicado
ministro do STF - até pouco tempo, até ontem, ministro da Justiça - defendem
desencarceramento, defendem o desarmamento da população, defendem que o
indivíduo que rouba para tomar uma cervejinha não pode ser preso.
Ele tem que ter
o tratamento humanizado. Pequeno delito, como ele fala ali, aquele que não tem
violência, como falou o Dino, aquele crime que não tem violência, o furto de
celular, o roubo de celular, ele não tem que ser penalizado com prisão. Ele não
tem que ser nem crime. Ou seja, daqui a pouco nós vamos estar igual a algumas
cenas lá dos Estados Unidos, onde se pode praticar o furto, o “pequeno delito”,
entre aspas.
Invade a sua
loja, você que é comerciante. Vai roubar o seu celular, o seu tênis. Vai roubar
a sua moto, vai pegar o seu carro. Porque, o que é pequeno delito, para esses
caras aí, que até pouco tempo atrás, inclusive estavam presos? Porque roubou,
roubou, se corrompeu, e bilhões de reais, e delações, e agora está indo tudo
por água abaixo.
Mas, o que é um
pequeno delito. É só uma moto. “Uma moto, para mim, eu sou um entregador, eu
trabalho de Uber, eu trabalho de entregador. Uma moto, para mim, talvez seja o
meu maior patrimônio”.
É o que
sustenta a minha família, uma 150 cilindradas, uma CG. Agora, para um corrupto,
de repente, para um empresário, um megaempresário, pode ser um nada. Um objeto,
um patrimônio que custe 10 ou 15 mil reais pode ser um nada.
O que é pequeno
delito? Nós vamos nesse caminho no Brasil? É o que está parecendo com esse
governo federal. Está parecendo que a gente vai para esse caminho, mas o quanto
a gente puder brigar, fazendo força contrária aqui em São Paulo...
E eu tenho
certeza de que nós temos eco em todas as assembleias, em toda a população
brasileira, em diversos estados, em Brasília. Temos políticos sérios,
secretários, governadores, prefeitos que não compactuam com esse tipo de ideia
colocada pelo presidente Lula.
Enquanto
tivermos voz, liberdade... Porque está difícil também, né? Está difícil ter
liberdade, presidente. O que a gente vê em Brasília é busca em gabinete de
deputado federal da oposição por nada, absolutamente por nada. A gente vê busca
e apreensão em residência de vereador de direita, como foi o caso do Carlos
Bolsonaro, por nada. E ainda fake news na televisão a torto e a direito. É tudo
para uns, nada para os outros.
Vamos nesse
caminho até quando? O quanto a gente puder fazer força aqui, a gente vai fazer,
vai falar, vai ecoar e vai brigar. Vamos até o extremo, porque não vai ser a
primeira vez que a gente vai para o tudo ou nada. Se tiver que ir de novo, nós
vamos. Não tem problema nenhum, mas o Brasil não pode ficar entregue à
criminalidade, muito menos São Paulo. É por isso que o governador fez aquela
fala ali.
Ontem, o
Governo de São Paulo, na figura do secretário de Segurança, Guilherme Derrite,
inaugurou a Companhia de Força Tática do 7º Batalhão, que faz a área central de
São Paulo, exatamente no coração da cidade, na Rua Vitória, próximo da Av. Rio
Branco. Para quem conhece, é um local que já foi dominado por tráfico de
drogas, por indivíduos entregues, doentes, usuários de drogas tomando as ruas;
inclusive, foi cena de diversos furtos, diversas invasões a comércios,
arrastões.
Ontem foi
inaugurada uma companhia de um policiamento pesado, um policiamento que faz um
combate duro e enérgico ao crime, que é o policiamento de Força Tática, um
patrulhamento diferenciado, reforçado com armamento e treinamento, viaturas e
homens prontos para enfrentarem as piores ocorrências, bem no coração de São
Paulo.
Vai muito ao
encontro do que a secretaria tem trabalhado. O governador tem feito muito
esforço, junto inclusive com a prefeitura, para recuperar o centro de São
Paulo. O centro de São Paulo tem que estar de volta às mãos dos moradores, da
sociedade civil organizada, dos comerciantes, dos empresários, dos
empreendedores, da rede hoteleira, da rede gastronômica.
Temos que
voltar a frequentar o centro de São Paulo sem medo de ir para o centro. Hoje,
infelizmente, até pouco tempo atrás, quando a esposa, quando um filho vai para
o centro, vai fazer uma compra na Santa Ifigênia ou na 25 de Março, qual é a
orientação que recebe do pai e da mãe? “Tome cuidado, não vá sozinho, eu vou
com você.” “Minha esposa, não vá sozinha, não, porque pode dar ‘ruim’, estouram
o vidro”.
Infelizmente,
isso é uma realidade dos últimos anos aqui em São Paulo, mas tem melhorado
muito. A prova é o esforço gigantesco que a Secretaria de Segurança Pública tem
feito para colocar efetivos; tem feito “Operação Impacto” lá na região, tem
feito “Operação Resgate”.
O que a Polícia
Civil, presidente... Já deixo os meus parabéns aqui ao Dr. Artur Dian,
delegado-geral da Polícia Civil. O que eles têm feito... Está aqui o Maurício,
meu amigo, policial civil também, investigador de polícia.
O que a Polícia
Civil tem feito de apreensões, de prisões, de contribuição para a sociedade,
principalmente na região central - no estado todo, mas na região central, que
estou falando em pauta agora -, é uma coisa impressionante.
Na última
semana agora, com essa “Operação Resgate”, foram dezenas de indivíduos presos,
mais de 30 indivíduos detidos, inclusive diversos procurados pela Justiça,
muitos reincidentes criminais. Há pouco o deputado Mecca falou da reincidência,
dos benefícios que o marginal tem no Brasil ainda.
O que a Polícia
Civil tem feito com a Seccional Centro - e aqui eu deixo os parabéns também aos
representantes da Polícia Civil aqui na Assembleia, ao Delegado Olim, à
Delegada Graciela - é uma coisa impressionante.
Está de
parabéns o potencial de investigação e de execução nas prisões, e pegar na rua
o indivíduo e levar para o cárcere da Polícia Civil, ela tem contribuído muito
para a sensação de segurança no centro. Bem como a Polícia Militar, também
sempre presente, e a Guarda Civil Metropolitana.
Nós estivemos
juntos lá na rua Vitória inaugurando a Companhia de Força Tática do 7º
Batalhão. Parabenizo a coronel Rosemeire, que é a comandante do sétimo, o
coronel Cássio, delegado Arthur, o secretário Guilherme Derrite, o governador
Tarcísio por toda essa atuação.
Podem ter
certeza absoluta que todas as suas ações governamentais para o bem da
sociedade, para o bem da nossa população terão o respaldo aqui dentro da Assembleia pela bancada de Segurança Pública.
Nós estamos aqui para representar o agente de Segurança Pública, os policiais -
civis, militares, técnicos-científicos, penais e agentes da Fundação Casa.
E também
estamos aqui para representar a sensação do cidadão de bem, a voz do cidadão de
bem, porque a segurança que a gente prestou a nossa carreira toda - eu com 20
anos, Mecca com 30, coronel Telhada, meu pai, com 33 na ativa -, o que a gente
fez na ativa nós procuramos fazer hoje como deputados, que é representar o policial e defender o cidadão de
bem nas suas angústias, representá-lo nos seus anseios.
O que o governo
tiver de iniciativa nós daremos base e faremos acontecer tudo que for positivo
para a sociedade paulista. Então, eu desejo um ótimo final de semana a todos.
Aproveitando, Sr. Presidente, que tem acordo entre
as lideranças, eu solicito o levantamento da sessão.
Deus abençoe.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito
obrigado, deputado Capitão Telhada. Realmente nós não podemos nos calar diante
de todo o autoritarismo que vem demonstrando o governo federal nas suas últimas
investidas contra parlamentares e cidadãos de bem.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantado os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora
regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 37
minutos.
* * *