25 DE NOVEMBRO DE 2025

55ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

        

Presidência: CARLOS CEZAR, ANDRÉ DO PRADO e ALEX MADUREIRA

        

RESUMO

        

ORDEM DO DIA

1 - CARLOS CEZAR

Assume a Presidência e abre a sessão às 17h30min. Coloca em votação requerimento de método de votação ao PL 1048/25.

        

2 - EDUARDO SUPLICY

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1048/25, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

3 - PROFESSORA BEBEL

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1048/25, em nome da Minoria.

        

4 - DR. JORGE DO CARMO

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1048/25, em nome da Minoria.

        

5 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1048/25, em nome da Federação PSOL REDE.

        

6 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR

Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PL 1048/25.

        

7 - DONATO

Solicita verificação de votação.

        

8 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

9 - CARLA MORANDO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

10 - DONATO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

11 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

12 - OSEIAS DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

13 - MARCELO AGUIAR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

14 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência.

        

15 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

16 - ITAMAR BORGES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

17 - ALEX MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

18 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

19 - GILMACI SANTOS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Responde o deputado Gilmaci Santos. Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação o PL 1048/25, salvo substitutivos, subemendas e emendas, com parecer favorável da reunião conjunta de comissões.

        

21 - BETH SAHÃO

Encaminha a votação do PL 1048/25, salvo substitutivos, subemendas e emendas, com parecer favorável da reunião conjunta de comissões, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

22 - ALEX MADUREIRA

Assume a Presidência.

        

23 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Encaminha a votação do PL 1048/25, salvo substitutivos, subemendas e emendas, com parecer favorável da reunião conjunta de comissões, em nome da Minoria.

        

24 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA

Anuncia a presença no plenário do conselheiro do TCE-SP, Dimas Ramalho.

        

25 - PAULO CORREA JR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

26 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA

Anuncia a presença no plenário de autoridades de São Lourenço da Serra e de Pariquera-Açu.

        

27 - GUILHERME CORTEZ

Encaminha a votação do PL 1048/25, salvo substitutivos, subemendas e emendas, com parecer favorável da reunião conjunta de comissões, em nome da Federação PSOL REDE.

        

28 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA

Solicita que o orador na tribuna se atenha ao tema do PL 1048/25.

        

29 - FABIANA BOLSONARO

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

30 - PROFESSORA BEBEL

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

31 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA

Coloca em votação e declara aprovado o PL 1048/25, salvo substitutivos, subemendas e emendas, com parecer favorável da reunião conjunta de comissões, restando prejudicados os substitutivos nºs 1 e 2 (itens 2 e 3 do Método de Votação).

        

32 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Solicita verificação de votação.

        

33 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

34 - DONATO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

35 - CARLA MORANDO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

36 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

37 - RICARDO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

38 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência.

        

39 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

40 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

41 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Anuncia a presença em plenário do atual presidente do TJ-SP, Fernando Torres Garcia, e do presidente eleito, Francisco Eduardo Loureiro.

        

42 - ALEX MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

43 - OSEIAS DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

44 - ITAMAR BORGES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

45 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

46 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação e declara aprovadas, englobadamente, a emenda apresentada no parecer da reunião conjunta de comissões e as subemendas de "A" a "H", também apresentadas no parecer da reunião conjunta de comissões. Coloca em votação e declara rejeitadas as demais emendas, englobadamente, com parecer contrário da reunião conjunta de comissões.

        

47 - DONATO

Declara voto favorável às emendas rejeitadas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

48 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara voto favorável às emendas da bancada do PSOL, em nome da Federação PSOL REDE.

        

49 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se hoje, cinco minutos após o encerramento da presente sessão.

        

50 - TOMÉ ABDUCH

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

51 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

52 - GILMACI SANTOS

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

53 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Anota o pedido. Coloca em discussão o PL 1055/25.

        

54 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

55 - CARLA MORANDO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

56 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido do deputado Gilmaci Santos. Levanta a sessão às 19h10min.

        

* * *

 

ÍNTEGRA

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Cezar.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Item 1, votação do Projeto de lei nº 1.048, de 2025, de autoria do Sr. Governador.

Há sobre a mesa requerimento de método de votação apresentado pelo deputado Gilmaci Santos.

Em votação o requerimento de método de votação.

 

O SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela bancada da Federação PT/PCdoB/PV, o deputado Suplicy.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É regimental. Para encaminhar pela Federação PT/PCdoB/PV, deputado Suplicy. Tem V. Exa. o tempo regimental de dez minutos, para o encaminhamento.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Carlos Cezar, queridos Srs. Deputados, queridas Sras. Deputadas, estamos apreciando o Projeto de lei nº 1.048, que fala sobre a política de Assistência Social no estado de São Paulo.

Gostaria de iniciar meu pronunciamento parabenizando o governador Tarcísio de Freitas pela iniciativa de legislar a respeito da política de Assistência Social no estado de São Paulo. Considero que todas as ações que tenham, por fim, a garantia de uma condição de vida com liberdade e dignidade real para todos os paulistas devam ser valorizadas.

Nesse sentido, é inevitável reconhecer o valor da proteção social por meio de programas públicos não contributivos, como os previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Loas, e que são, de alguma forma, regulados também por esta proposição que discutimos.

No entanto, se vamos instituir formalmente o Sistema Único de Assistência Social, a Suas, em São Paulo, deveríamos iniciar não pela aprovação desta lei, mas pela segunda votação da PEC nº 4, de 2014, de autoria da deputada Telma de Souza, já aprovada em primeira votação, que ajusta a redação da Constituição Estadual à Constituição Federal em relação à Assistência Social. A partir desse momento, teríamos condições de fato de nos debruçarmos sobre o PL 1048 com maior profundidade.

Em todo caso, analisando o PL, gostaria de destacar algo que ficou claro no decorrer da audiência pública de 22 de outubro. A redação encaminhada pelo Executivo deixa muito a desejar por vários motivos. Um deles, por exemplo, é a falta de aderência aos princípios contidos na Loas, que versam sobre uma política pública alicerçada na primazia da Assistência Social como um direito fundamental e universal.

Pelo contrário, vemos que, em alguns trechos, a proposição adota um tom já ultrapassado, que associa caridade à ação do Estado e que o exime do papel de provedor direto de serviços públicos. O PL foca, sobretudo, no cofinanciamento dos municípios, o que é importante, mas não podemos deixar de lado o fato de que o estado deve atuar efetivamente ao lado dos demais entes federativos, seja em caráter de emergência ou em razão da necessidade de se criar uma rede regional de proteção social.

Por essa razão, protocolei dez emendas de pauta versando sobre os mais diversos temas, e fico feliz de saber que uma delas foi contemplada. A emenda 36 adiciona, na seção 2, do capítulo 2, do Art. 13, que regula e institui o Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua.

Os centros POP, como são conhecidos, são as unidades de atendimento destinadas a promover a articulação intersetorial da rede socioassistencial do município, tendo em conta as necessidades especiais de proteção social das pessoas com trajetória ou em situação de rua, o grupo mais vulnerável de nossa sociedade.

Portanto, é valorosa a inclusão dessa previsão, e agradeço a todos os deputados que concordaram com esta inclusão, infelizmente esta nova disposição não é o suficiente para que possamos aprovar este projeto de lei sem críticas, principalmente pelo fato de que não tivemos tempo hábil suficiente para construirmos um diálogo amplo com a sociedade civil, com o Conselho Estadual de Assistência Social e com o SEAS sobre o texto.

A própria audiência que foi realizada na Assembleia Legislativa foi esvaziada, pois foi marcada no mesmo dia e mesmo horário da Conferência Regional de Assistência Social da Macro Região de São Paulo, de um modo que muitos dos maiores profissionais e conhecedores de Suas não poderão estar presentes e nos dar suas observações acerca do PL, já que a participação da população é uma diretriz das ações de assistência social definidas no Art. 204, da Constituição Federal, e é muito prejudicial que não tenhamos tido um processo participativo mais bem estruturado.

No mesmo sentido, outra crítica que considero das mais importantes está relacionada, justamente, à participação da sociedade civil na execução desta área de política pública.

Desde 1995 temos no estado o Conseas, de composição formada por 12 representantes do Poder Público e 12 representantes civis, incluindo representações de categorias relevantes como os profissionais do Suas, as universidades, as pessoas em situação de rua, as entidades de assistência social, os idosos e as pessoas com deficiência.

Ocorre que o PL nº 1.048 irá alterar essa formação substancialmente, diminuindo o número de cadeiras da sociedade civil para apenas nove, sendo três de organizações da sociedade civil, três de organização de usuários e três de organizações de trabalhadores, dessa forma perdemos representações muito importantes, como as que eu mencionei há pouco.

Enquanto deputados, o nosso trabalho deve ser sempre no sentido de expandir a democracia e a responsabilidade do estado às demandas populares por meio de canais de participação, e não os restringir como deseja o texto proposto.

Mais um ponto que considero preocupante é que não podemos construir uma política pública apenas pela ótica despolitizada de escassez individual de recursos financeiros, como a proposta, antes disso precisamos centrar nossos esforços legislativos em políticas de enfrentamento, desigualdade social e territorial.

Isso significa transformar as condições que produzem e reproduzem a pobreza como a concentração da riqueza, as desigualdades de oportunidades e as diferenças tão gritantes entre as regiões do nosso estado. Assim devemos buscar neutralizar condições históricas e estruturais de exclusão, incluindo várias dimensões da vida social, não só a renda, mas também o acesso à saúde, à educação, à moradia, ao transporte, à cultura e à participação política.

É nesse mesmo sentido que gostaria de apontar outra ausência marcante no texto, a falta de qualquer previsão quanto à implementação de práticas intersetoriais no setor de abrangência dos Cras e Cress. Já não podemos mais acreditar que assistente social, isoladamente, poderá ser suficiente para abarcar todas as necessidades das pessoas em níveis mais elevados de vulnerabilidade. A intersetorialidade deve ser um paradigma do estado em todas as suas ações sociais, assim gostaria que isso tivesse sido incluído com uma maior atenção no PL.

Por fim, vejo que o PL 1048 também poderia ser aprimorado pela perspectiva deste que considero o melhor instrumento para nosso problema socioeconômico, a renda básica de cidadania universal e incondicional. Como sabem, acredito que nosso sistema de proteção social deve garantir a todos os indivíduos de uma sociedade as condições mínimas para existência com liberdade e dignidade reais.

Em nosso sistema econômico, a garantia de uma renda é central para a inclusão social, logo todos deveriam ter acesso àquilo que já é garantido por lei desde 2004, um benefício monetário suficiente para atender as despesas mínimas de cada pessoa com alimentação, educação e saúde.

Realmente, a própria Constituição Federal, no parágrafo único do Art. 6º, estabelece que todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar garantida pelo Poder Público em programa permanente de transferência de renda.

Ao implementarmos a renda básica de cidadania, daríamos um enorme passo na proteção social dos paulistas, de modo a complementar a assistência social. Relembro que tramita nesta Casa o PL 991, de 2025, de minha autoria ao lado dos deputados Marina Helou e Guilherme Cortez, que busca criar a política estadual da renda básica de cidadania em São Paulo.

Convido todos a lerem a proposta para que assim possamos discuti-la com seriedade e compromisso com a dignidade dos paulistas. O Projeto de lei nº 991, de 2025, é uma das minhas prioridades nesta Casa.

Retornando ao PL 1048, não poderia deixar de assinalar o substitutivo que foi protocolado pela liderança do PT, que estipula no Art. 2º que a Política Estadual de Assistência Social tem como objetivo assegurar a disponibilidade dos mínimos vitais para todos os cidadãos no estado de São Paulo, inclusive por meio de mecanismos adicionais de transferência de renda que sejam progressivamente transformados em renda básica de cidadania universal e sem qualquer requisito.

Por todos esses motivos que exponho, diante da importância social da proposta, considerando o conteúdo limitado do texto, a ausência de um debate mais amplo em sua elaboração, a necessidade de uma assistência social que vá além do assistencialismo de cunho qualitativo e o acolhimento apenas superficial de pontos específicos nas sugestões de aprimoramento, encaminho o voto contrário ao PL 1048, de 2025, ainda que respeitando os propósitos de todos aqueles que querem assegurar uma melhor qualidade de vida a todos os paulistas. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Obrigado.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem pela ordem, deputada Thainara Faria.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Para indicar a nobre deputada Professora Bebel para encaminhar pela Minoria, e que dividirá o tempo com o nobre deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É regimental. Deputada Professora Bebel e o deputado Dr. Jorge do Carmo farão o encaminhamento pela Minoria.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Cumprimento também a Mesa Diretora de trabalho, assessores à minha esquerda, à minha direita, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público presente e todos os que nos veem e assistem através da Rede Alesp.

Nós estamos diante, eu diria, da maior farsa que a gente pode pensar na implantação de uma lei que é muito séria, que é o Sistema Único da Assistência Social, e como deve, enfim, ter a sua formalização como política estadual de assistência.

A gente fez alguns pontos chamando a atenção para o quê? Primeiro, centralização, que é o PL 1048, de 2025, tem uma forte centralização e risco ao controle social, não é? Por quê? Porque o maior risco do PL reside na fragilização do controle social e na centralização da tomada de decisão, fragilidade no Conseas, que é o Conselho Estadual de Assistência Social. Embora o conselho seja um órgão de deliberação, o projeto não garante a paridade efetiva na sua composição no Art. 17. Isso cria um desequilíbrio de forças em favor do Poder Executivo.

É o que a gente vive passando aí, quando tem os conselhos e o governo é maioria e a gente é minoria e nunca consegue avançar nas políticas públicas. Para corrigir isso, nós fizemos uma emenda modificativa que aumenta o número de membros, assegurando a paridade real entre poder público, usuários, trabalhadores e sociedade civil.

Ameaça a autonomia dos conselheiros, disso a gente sabe perfeitamente, que é preocupante e o texto prevê - pode ir passando, querido - que o mandato dos conselheiros da sociedade civil possa ser interrompido a qualquer tempo, a critério da sua representação.

Esse dispositivo, também no Art. 3º, abre uma perigosa - aliás, 17 - brecha para pressões políticas, permitindo que vozes críticas sejam silenciadas. Por isso, propusemos uma emenda supressiva para remover essa cláusula e proteger a independência dos conselheiros.

Exclusão da participação na base e na gestão do trabalho, o projeto limita a citar o princípio da participação popular, mas omite-se em criar mecanismos práticos para que usuários e comunidade... Uma coisa que a gente quer no Iamspe: usuários, governo e comunidade participem.

Aqui também tem o mesmo problema, só o governo vai centralizar e tratar das políticas. Com isso, a gente poderia influenciar as ações dos centros de referência, Cras e Creas, para garantir que a gestão não seja verticalizada.

Nosso mandato apresentou uma emenda aditiva, que institui a criação de fóruns ou comitês locais. Diretrizes de formação desalinhadas, e a gente entende que tem que ter a formação permanente. E dizer que a defesa da assistência, como direito inalienável, exige que os mecanismos de controle democrático e a voz dos usuários trabalhadores sejam garantidos na lei.

Por isso, a bancada do Partido dos Trabalhadores se posiciona contra esta lei que implanta o Suas.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputado Jorge do Carmo, V. Exa. tem o tempo...

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - A nossa líder da Minoria encaminhou, porque era metade o tempo, tá?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Beleza.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado, Sr. Presidente.

Boa tarde, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público da TV Alesp. Eu, na mesma toada que a deputada Professora Bebel veio aqui, venho encaminhar esse Projeto de lei nº 1.048, de 2025, contrário pelas razões que já foram aqui mencionadas, que eu vou reiterá-las.

Isso é um projeto, a gente analisando-o... Lógico que nossa bancada seria favorável a qualquer projeto que seja para a área social. No entanto, esse projeto tem muitas contradições, que é exatamente por isso que as pessoas vêm aqui nessa galeria, exatamente para observar como é que os deputados aqui, as deputadas se comportam.

Então esse projeto carece de profunda transparência e, também, é contrário ao que o Sistema Único de Assistência Social, o Suas, e a Lei Orgânica da Assistência Social, a Loas, preconizam, porque ele tem essa falta de integração com o Sistema Nacional de Assistência Social. Ou seja, o projeto ignora plena articulação da Lei nº 8.742, de 1993, que é a Loas, bem como a Lei nº 12.435, de 2011, que atualizou a Lei do Suas.

Nós entendemos que esse projeto é um retrocesso à Assistência Social, porque ele, na verdade, não propõe política pública de Assistência Social. Ele propõe assistencialismo e caridade, da mesma forma que aquele projeto “SuperAção”, que veio a este plenário para a gente discutir e votar e, pela primeira vez, a nossa bancada votou contra uma coisa que...

Parece contradição da nossa parte votar contra uma ação social ou um programa social, porque na verdade não é um programa social, uma política pública. É um programa que, assim como esse, depende da vontade do governador.

O governador vai mandar para onde? Vai fortalecer o Suas onde? Na verdade, também, ele fragiliza o controle social. Os conselheiros são prejudicados. O controle externo, o controle da sociedade deixa de existir, deixa de se fortalecer.

Então, o nosso trabalho, a nossa bancada, o PT, a esquerda, nós defendemos que, cada vez mais, tenham programas sociais que... Um exemplo disso é o “Bolsa Família”. O “Bolsa Família” é um programa inclusivo, um programa que incentiva que a criança esteja na escola, um programa que é criado para todo o Brasil, e quem define, na sua cidade, é o prefeito. Não é o governador que diz: “Esse prefeito está do meu lado, eu vou atendê-lo”, e não importa se a cidade tem vulnerabilidades ou não. “Aquele outro prefeito é de um partido contrário, não está comigo, então não vou atender.” Isso não é política pública.

Então, nossas contrariedades, nossas divergências com esse projeto, que tem uma ideia importante, uma ideia bonita, mas como ele não tem a lógica de um programa social que fortaleça a Assistência Social, nós temos divergências e, por isso, nós vamos votar contrariamente.

Como eu disse, ele também fragiliza a institucionalidade e o controle social. Falta compromisso financeiro e planejamento estrutural, ou seja, ele é um contrassenso àquilo que defendemos para um programa que venha melhorar a vida das pessoas, porque o Suas, Assistência Social, benefício para os vulneráveis...

Ele não leva em conta também os bolsões de pobreza ou de falta de renda ou de falta de condições, falta de renda para as pessoas nas regiões, principalmente nos grandes centros. Não pode ser uma política que não tem diretriz, que não define aqueles que mais precisam.

Como eu disse e repito: não pode ser uma política que tenha só a vontade do governador. Que ela tenha critérios. E critérios devem ser critérios técnicos, critérios de necessidade da comunidade, da necessidade da cidade, da necessidade dos bolsões em que as pessoas têm vulnerabilidade social.

Então, essas críticas nós fizemos e por essas e tantas outras razões é que nós não concordamos com um programa que seja simplesmente eleitoreiro, como foi o programa “SuperAção”, que na verdade não era de superação da desigualdade, era de superação do governador, para que ele definisse a sua plataforma de campanha para o próximo ano.

Por isso, vamos votar contrários ao PL 1048, de 2025, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Obrigado, Dr. Jorge do Carmo.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Vou encaminhar pela Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É regimental. Tem V. Exa. o tempo de dez minutos para encaminhar pela Federação PSOL REDE.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos que acompanham. Quero saudar os trabalhadores da Assistência Social que estão acompanhando a votação aqui em plenário, mas também sei que de forma remota.

Hoje era para ser um dia feliz. Não deixam a gente ser feliz? Não deixam a gente vivenciar esse marco histórico que é: transitada em julgado a sentença do Bolsonaro. Vinte e sete anos e três meses de prisão. Sem saidinha no Natal para o Bolsonaro. Banco dos réus também, condenados pela primeira vez na história do Brasil, os militares.

O Carlos Cezar, que não quer brigar comigo porque a gente já está se despedindo, vai me mandar voltar para a pauta. Eu vou voltar para a pauta, mas um minuto só para dizer dessa celebração democrática.

E agora vou reivindicar as palavras do Lucas Bove que, de fato, o Partido dos Trabalhadores é demasiadamente democrático e talvez a gente tenha que aprender com a paciência histórica por ter assistido a esse momento que permitiu que o Gil Diniz vá visitar o réu Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Verifiquei, votei “não”, porque eu quero convidar o Eduardo Bolsonaro a visitar o Brasil, a trabalhar na Câmara Federal, onde ele deveria estar.

Agora, presidente, indo ao tema. Suas, um sonho que a gente ainda não vai alcançar nesse projeto. O Sistema Único de Assistência Social é uma luta cara dos usuários, dos trabalhadores da Assistência Social, porque ele fala da integração estado-município e governo federal para a Assistência Social. Uma ciência cara à pessoa em situação de vulnerabilidade, mas, antes de mais nada, há uma ciência.

Cientistas sociais, sociólogos, assistentes sociais se dedicam a essa ciência para ajudar as pessoas a se emanciparem e saírem das mais diversas situações de vulnerabilidade social. Eu disse isso semana passada e vou repetir. Ainda que a pobreza seja um marco importante de vulnerabilidade social e que o sonho da gente é ver nenhuma outra pessoa em situação de miséria, esse não é o único marcador de vulnerabilidade social.

E existem vários erros conceituais. Primeiro que o Suas, para se adequar ao padrão nacional - e o estado de São Paulo vai continuar de fora - deveria ser uma mudança constitucional. Segundo, que o projeto passa ao largo, não fala de como vai desenvolver a parceria entre municípios e o sistema federal do Suas.

Terceiro, que ele erra o conceito de trazer como vulnerabilidade social apenas a falta de acesso a emprego. Já falei muitas vezes do Superação da Pobreza, esse nome lamentável, porque nem com muita terapia você supera a pobreza.

E eu falo disso como uma criança miserável que trago na minha formação psicológica as marcas de ter sido uma menina negra que as pessoas não gostavam de ver, que davam uma comida, que davam um prato de refeição ou um trocado e falavam: “Sai da minha frente”.

Isso marca a pessoa para o resto da vida, isso molda a sua personalidade. E isso, ainda bem, me trouxe revolta que me levou à organização política, mas não supera, não supera.

Você ter acesso a emprego e renda é um programa importante que deveria estar na gestão do Trabalho e não pode ser confundido com todo o trabalho da Assistência Social, o que a Assistência Social já desenvolve com as inúmeras rubricas e programas que temos na Assistência Social e que esse programa não especifica para nós se terão continuidade, como vai acontecer, tampouco como se desenrolará a participação dos municípios em relação ao estado para o desenvolvimento do famigerado Superação da Pobreza.

O novo Suas ignora todos os demais marcadores. Já citei aqui o exemplo. Mulheres mães solo estão em situação de vulnerabilidade. Pessoas com deficiência estão em situação de vulnerabilidade. Pessoas travestis e transexuais estão em situação de vulnerabilidade.

Crianças estão em situação de vulnerabilidade. Idosos estão em situação de vulnerabilidade para muito além da sua renda. E todos esses projetos que temos que desenvolver na Assistência Social passam ao largo desse projeto.

Outra questão problemática do projeto tem a ver com a participação popular. A participação popular na Assistência Social não é acessória. Não é caso, quem sabe, o governo queira dar.

Ela é constitucional. A Constituição brasileira diz que a Assistência Social deve ser amplamente amparada e fiscalizada na participação social. O projeto já nasce ruim sem participação dos autores e atores que pensam e fazem a Assistência Social.

Depois teve uma famigerada audiência pública aqui na Assembleia Legislativa que aconteceu no mesmo dia que a Conferência Estadual da Assistência Social, evitando que os trabalhadores pudessem participar, porque, afinal, participa de um ou participa de outro.

E aí a gente ficou com um projeto final que não representa as necessidades e a integral capacidade dos trabalhadores da Assistência Social do estado de São Paulo de participarem da determinação, mas a participação também foi golpeada no texto, ao alterar o Conselho.

O Conselho Deliberativo, que tinha 24 cadeiras, e olha, já falei isso mil vezes, quem tem trajetória de participação social em conselho sabe que os números de cadeiras são sempre muito difíceis apertar para caber, porque eles representam os segmentos da sociedade e, às vezes, 24 meio paritários, 12 lugares, não são o suficiente. E agora vai cair esse número, ou seja, vai ter que ficar a representação da sociedade que agora está representada de fora do conselho.

O seu caráter deliberativo também fica mambembe no texto, além de outras tantas formas de participação que ficam alteradas. E, por fim, e não menos preocupante, esses dias estou preocupada com a minha formação, quero avançar a partir daqui, e estou recebendo pelas redes sociais diversas sugestões de curso.

E agora recebi da FGV a possibilidade de formação em Agente de Desenvolvimento Social ou outras formações correlatas que estão aparecendo para atender a nova modalidade da assistência social do estado de São Paulo.

Se antes a gente tinha o sociólogo e o assistente social de formação, agora, com o Superação da Pobreza, os coachs, a partir do terceiro setor, porque a privatização da assistência social também está presente nesse projeto, que é usar dinheiro público para financiar entidades terceiras que vão trazer pessoas de formação diversa, a gente pode ter coachs, como diz o governador, te ensinando uma jornada até o emprego, e que você é punido quando está desempregado, recebendo uma bolsa baixíssima para ser premiado quando você já conquistou o seu salário. E enquanto está em situação de fome, fica com fome mesmo.

É essa formação que o Governo do Estado de São Paulo entende como desenvolvedor de Assistente Social. Portanto, encaramos esse projeto, um projeto bastante problemático. A boa notícia é que o governador não quis fazer uma PEC. Portanto, no futuro, pode ficar mais fácil de alterarmos. Mas, ainda assim, esse projeto golpeia a Assistência Social de morte no estado de São Paulo, em um momento de dezenas de vulnerabilidades.

A crise climática empurra as pessoas para a falta de teto, de segurança; altera o valor dos alimentos, temos desemprego, e as pessoas precisam, mais do que nunca, que reorganizemos o pacto social para um estado de bem-estar. E não tem quem possa nos ajudar a conduzir esse estado de bem-estar social melhor do que os assistentes sociais. E eles fizeram muita falta no desenvolvimento desse projeto.

Por isso, hoje, mais uma vez, como sempre, a bancada do PSOL vota contra. Espero que não aprovemos esse projeto, mas que reflitamos, chamando o setor ao debate, para que possamos, de fato, assistir às pessoas em situação de vulnerabilidade que tanto precisam do estado de São Paulo forte e presente nesse momento.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Em votação o requerimento de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao requerimento, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Aprovado. Tem pela ordem, deputado Donato, verificação de votação. É regimental o pedido de Vossa Excelência.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nós vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir desse momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados, que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Gostaria de colocar o PSDB/Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputada Carla Morando colocando a Federação PSDB/Cidadania em obstrução.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - PSD em obstrução.

 

O SR. MARCELO AGUIAR - PODE - O Partido Podemos está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Partido Podemos em obstrução.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar a bancada do PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em obstrução.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o MDB em obstrução, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em obstrução.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PL em obstrução.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Republicanos em obstrução, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em obstrução.

Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem abstenção nos terminais dispostos em suas mesas.

Não havendo mais... Encerrado? Não havendo mais deputados interessados para fazer o seu voto no sistema eletrônico, abriremos então os microfones de apartes para que os deputados que não conseguiram fazer o seu voto pelo sistema eletrônico possam assim fazer pelos microfones.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, antes de votar, eu queria fazer uma questão de ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não, deputado Gilmaci Santos?

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, nós estamos votando agora o método de votação? Após... Uma vez sendo aprovado o método, nós teremos mais quantas votações ainda, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Isso é o Item nº 1, que é o método de votação. Teremos ainda o Item nº 1, que é o projeto; depois o Item nº 4, que são as subemendas; e depois o Item nº 5, que são as demais emendas, com parecer contrário.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Então, além da votação do método, nós teremos mais três votações ainda hoje nessa sessão?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Três itens ainda, exatamente.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Mais alguém das Sras. Deputadas e dos Srs. deputados gostaria de consignar o seu voto?

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo deputados interessados em consignar mais o seu voto, pergunto às senhoras e aos senhores se gostariam de alterar os seus votos? (Pausa.)

Não havendo deputados interessados em alterar o voto, passaremos à proclamação do resultado: votaram “sim” 53 deputados, “não” 12 deputados, mais este presidente, total de 66 votos, quórum que aprova o método de votação.

Item nº 1 - Em votação o projeto, salvo substitutivos, subemendas e emendas, com parecer favorável da reunião conjunta das comissões.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem... Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Para discutir pela bancada da Federação PT/PCdoB/PV, deputada Beth Sahão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para encaminhar...

 

O SR. DONATO - PT - É, para encaminhar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela Federação PT/PCdoB/PV, com a palavra a deputada Beth Sahão.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputadas e deputados desta Casa, público que está na galeria, telespectadores que acompanham a sessão da TV Alesp.

Esse projeto, na verdade, já é um projeto que deveria ter sido observado em uma PEC. É um Projeto de Emenda Constitucional da ex-deputada Telma de Souza que, aliás, é uma PEC muito bem elaborada, discutida com o segmento, discutida com o Conselho Regional de Assistentes Sociais, discutida, na época, com o Fórum de Assistentes Sociais, aqui do estado de São Paulo.

Mas, infelizmente, essa PEC vem sendo deixada de lado, vem sendo preterida e agora o governador manda, sempre em regime de urgência. Na verdade, tudo que tem chegado aqui na Assembleia tem chegado em regime de urgência, o que dificulta muito o nosso debate, a nossa discussão e dificulta ainda mais a intervenção que nós podemos fazer nesses projetos que chegam dessa forma.

Mas eu gostaria aqui, primeiro, de dizer que o projeto reduz, de forma expressiva, a participação popular. E a assistência social é uma área onde a participação popular é fundamental.

A sociedade precisa discutir esses caminhos, seja através das conferências estaduais, das conferências municipais, das conferências regionais, das conferências estaduais, que debatem questões que são fundamentais para depois serem levadas para a Conferência Nacional de Assistência Social para serem transformadas em políticas públicas.

Mas o estado de São Paulo não considera a assistência social uma política pública. Pelo contrário, o que o governo demonstra aqui nesse projeto é que o Sistema Único de Assistência Social vai ser um sistema que vai privilegiar o assistencialismo.

Ao invés de privilegiar a promoção da cidadania, a promoção do bem-estar social, a redução das vulnerabilidades e das desigualdades nesses setores extremamente vulneráveis da população, não é isso que este projeto apresenta, infelizmente. Apenas a participação no Conseas, que é o Conselho de Assistentes Sociais do Estado de São Paulo, já foi reduzida de 24 membros para 18 membros. É uma redução bastante importante, infelizmente.

E esse projeto que chegou na Assembleia nem foi discutido com a categoria, o que é uma aberração, porque, afinal de contas, quem desenvolve as tarefas de Assistência Social no dia a dia são os assistentes sociais, seja nos municípios, através das secretarias, através do Cras, através do Creas, de tantos outros equipamentos que permitem o debate, a discussão, o atendimento e os encaminhamentos da população mais fragilizada, da população mais vulnerabilizada. Eles simplesmente foram deixados de lado, o que é uma pena e reflete, inclusive, na ineficiência que esse projeto apresenta.

Um aspecto que não pode deixar de ser abordado trata-se da questão do financiamento. Não se faz política pública se não houver investimentos. Olha, eu estou já há alguns anos nesta Assembleia e sempre, seja na LDO, seja na Lei Orçamentária Anual, sempre ampliando o percentual de investimentos para a Secretaria de Desenvolvimento Social, que parou ali no 0,5%, e não avança, Dr. Jorge. Não avança.

E é muito difícil. Mais do que isso, às vezes o 0,5%, se você transformar isso em números absolutos, você vai ver que o governo não realiza nem metade do que está destinado para aquela secretaria, o que é lamentável, em um segmento em que o que não faltam são necessidades, o que não faltam são demandas da população.

E isso é tão verdadeiro que o governo apresentou um projeto, que depois foi votado e infelizmente aprovado, da forma como foi aprovado nesta Casa, que é o “SuperAção”, sendo que tem uma avaliação de mais de três milhões de pessoas que vivem em estado de pobreza aqui no estado de São Paulo, para atender 105 mil. Então é uma contradição.

Agora ele manda mais um projeto para afunilar ainda mais o serviço de Assistência Social no estado de São Paulo, para reduzir o financiamento, o cofinanciamento, para diminuir a participação dos entes, que são os municípios, o estado e a própria União, que deveriam, como o Sistema Único de Saúde, como o SUS, deveriam funcionar em sistema tripartite, em que as políticas fossem discutidas pelos três entes federativos, seja município, seja estado, seja União.

Por isso que o SUS tem funcionado tão bem, porque ele consegue aglutinar esses agentes, esses atores, para poder decidir aquilo que é melhor para a saúde da população.

E a Assistência Social, infelizmente, que é um segmento que deveria, por obrigação e por ofício, trabalhar em rede, não consegue fazer isso. Pelo contrário, o que o governo tem provocado e tem estimulado, na verdade, é a desintegração dessa rede, que poderia ser tão eficiente e promover resultados tão positivos para a população se fosse colocada dessa forma. Mas não é.

Assim, o que acontece é exatamente essa fragilização desses arranjos institucionais, demonstrando que o governo Tarcísio não tem qualquer compromisso com os setores mais vulneráveis da população. A gente sente isso há muitos anos, a falta de políticas que a Secretaria de Desenvolvimento Social tem em relação às comunidades carentes no estado de São Paulo, em relação aos municípios do estado de São Paulo.

Às vezes, as pessoas ficam... Às vezes, não. Ficam comumente de chapéu na mão, de pires na mão, pedindo pelo amor de Deus, às vezes, uma emenda para se colocar em uma entidade assistencial, em uma instituição de longa permanência, em um abrigo, em uma Apae, em tantas outras entidades que trabalham com esses segmentos para poderem receber uma emenda, para poderem melhorar o seu funcionamento, quando, na verdade, deveria ser obrigação do governo do estado poder prover essas instituições de recursos suficientes que lhes permitissem dar um atendimento digno para essas pessoas que vivem, muitas vezes...

Sejam em instituições, sejam em outras instituições que entram de manhã, que recebem atendimento, que saem no horário do almoço ou que saem no final da tarde.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Alex Madureira.

 

* * *

 

E o Suas desintegra e precariza essas condições de atendimento, precariza essas condições de trabalho. Infelizmente, esse conhecimento deveria ser socializado entre a população, porque quem vai receber os efeitos nefastos deste projeto, ruins, vai ser a população mais pobre, que não tem a quem socorrer, não tem para onde ir e isso é muito ruim.

O governo Tarcísio deveria entender que o Suas não é assistencial. A Assistência Social não é você dar as coisas, a Assistência Social é um direito da população. É assim que tem que ser encarada, como um direito da população. Este projeto de lei que nós estamos encaminhando hoje é um projeto que vai na contramão disso tudo que a gente defende, não só nós aqui da nossa bancada, da bancada do Partido dos Trabalhadores, mas também os profissionais que atuam diariamente nesta área tão importante para a população, que é a área do Serviço Social.

É uma pena, mas a gente vai continuar aqui batalhando, lutando e dizendo que nós vamos encaminhar contrários a este projeto. Vamos votar contra, esperando, quem sabe, que os nossos outros pares aqui desta Assembleia Legislativa possam ter o mesmo compromisso, a mesma sensibilidade e derrotar este projeto que não atende de nenhuma forma a população mais vulnerável do nosso estado.

É isso, Sr. Presidente.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, deputada Thainara Faria.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Para indicar o nobre deputado Marcolino para encaminhar pela Minoria. Já agradecendo a gentileza da Monica e do Guilherme que cederam a vez.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Tem a palavra o nobre deputado Luiz Claudio Marcolino para encaminhar pela Minoria.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, quando se apresenta um projeto como este para a Assembleia Legislativa, a primeira reflexão que temos que fazer é se esse projeto vai dar conta das políticas públicas que são estruturadas - e parece que esse projeto não -, e se o financiamento para esse projeto está à altura das políticas públicas, que serão estruturadas a partir de um projeto de lei como esse.

Mas eu quero dar uma referência... Deputada Beth comentou um pouco sobre a questão do Suas, mas eu vou falar um pouco de quando se construiu o SUS no Brasil, e se construiu também a política do Suas. Foi no período da Constituição de 1988, quando um dos pilares, construído na política pública federal, foi a da política da seguridade social.

Quando você olha a lógica ou a estrutura da seguridade social no nosso país, nós temos uma proteção aos trabalhadores e às trabalhadoras que, por ventura, venham ter algum problema durante a sua gestão econômica, do cuidar da sua família.

E se por algum motivo faltar ao trabalhador uma renda mensal, a estrutura da seguridade social garante àquele trabalhador, na sua composição, o direito à Previdência Social - o seu direito à aposentadoria -, e o seu direito depois, dentro da estrutura da seguridade social, deputado Jorge do Carmo, à assistência social.

Hoje, dentro da estrutura da Assistência Social, do princípio da seguridade social, você tem algumas ações importantes. O trabalhador tem direito a quando ele se afasta do ambiente de trabalho, tem lá uma garantia mensal. Se o trabalhador se afasta por auxílio-doença, ele tem uma garantia de uma remuneração. Se o trabalhador é demitido, ele tem direito ao seguro-desemprego.

Hoje você tem o “Bolsa Família”, que está estruturado dentro de uma política de seguridade social em uma lei aprovada em 1988, no complexo da Seguridade Social. Você tem hoje o Loas, que é importante para muitas pessoas que hoje dependem desse único recurso mensal para garantir o acompanhamento de alguém de sua família, que (Inaudível.) de poder ter as suas funções normais, de forma isolada e precisa dar apoio a alguém da família, tem lá o direito ao Loas.

Então essa parte que nós temos hoje do acidente de trabalho, do auxílio-doença, do seguro-desemprego, do Loas, do BPC, da própria estrutura que nós temos hoje que o trabalhador recebe a licença-maternidade, está estruturada nesse princípio da Seguridade Social.

Só que do mesmo jeito que aprovamos em 1988 a Seguridade Social, nós colocamos de onde vinha o financiamento, hoje nós temos o Cofins e o Cofins muitas vezes as pessoas não tem dimensão do que representa...

Dialogar com os companheiros, Beth, o pessoal está atrapalhando um pouco aqui, só para a gente conseguir concluir o nosso raciocínio.

Quando foi construída a estrutura da Seguridade Social, do mesmo jeito que veio, o que ia ser garantido pela construção da Seguridade Social, veio de onde viriam os recursos, a primeira parte do recurso vem do Cofins. E o que é o Cofins? O Cofins é a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Olha o nome da contribuição que nós pagamos no dia de hoje, todos nós.

Nós vamos ali comprar algum produto no mercado, está lá o Cofins, vamos comprar uma televisão, está lá o Cofins, vai comprar um carro, está lá o Cofins, tudo que nós compramos hoje tem ali o financiamento ou o imposto que nós pagamos que chama Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, que garante a população hoje do nosso País, garante o seguro-desemprego, o acidente de trabalho, o “Bolsa Família”, garante a licença-maternidade.

Então são hoje direitos que quando um trabalhador perde o seu emprego ou perde o seu direito a um trabalho, está afastado do seu trabalho, é necessário que ele tenha renda, porque ele sustenta sua família, tem o gasto com a sua alimentação, tem o gasto com a luz, tem o gasto com a água, então tem as despesas normais e é garantido na Constituição Federal, no momento da perda do emprego, na perda de sua renda mensal, ele ter uma assistência do Estado.

Isso é um programa e é um projeto que foi aprovado em 1988, na estruturação do SUS, na estruturação da Seguridade Social que garante aposentadoria, que garante a Saúde e garante assistência.

É esse debate que estamos fazendo aqui no estado de São Paulo, aí o governador apresenta um projeto de lei que em vez de ajudar a fortalecer a estrutura da Seguridade Social no nosso país, em vez de ajudar a fortalecer a (Inaudível.) social vai desmontando parte daquilo que foi construído e vem sendo trabalhado e fortalecido ao longo dos últimos anos.

É esse debate que nós estamos fazendo na Assembleia Legislativa no dia de hoje, não é só um mero projeto de uma adequação de uma legislação que hoje é federal e tem que ser feita no Estado. Só o estado de São Paulo e mais um estado no Brasil que não tem uma política de Assistência Social no estado, todo mundo já foi se adequando, todo mundo foi aperfeiçoando.

E não é por parte do governador Tarcísio uma preocupação pelo fortalecimento da Seguridade Social do Suas no nosso estado. Porque a gente olha no Orçamento e no Orçamento tem alguns elementos importantes que são importantes discutir. Quando penso em fortalecimento, comentei do Cofins, comentei aqui que é Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

Além disso, tem parte do PIS/Pasep que compõe essa receita da Seguridade Social, tem a parcela que nós contribuímos com o próprio recurso do INSS. Então tem uma contribuição e uma receita que é estruturada para garantir a Seguridade Social.

Aí a gente olha para o Governo do Estado de São Paulo, aqui tem o Orçamento de 2025 e o Orçamento de 2026, vamos pegar a parte que trata de Desenvolvimento Social. Nós estamos falando do Orçamento de 370 bilhões de reais, que foi o Orçamento de 2025 e vai chegar a 385 bilhões, em 2026.

O Orçamento apresentado do Desenvolvimento Social é de um bilhão e 287 milhões de reais. Nós estamos falando que apenas 0.35% do Orçamento. Desse um bilhão e 200 milhões, foi contingenciado quase 200 milhões de reais, a gente usou apenas um bilhão de reais no ano passado.

Se a gente pegar a estrutura de custeio dessa Secretaria, de Desenvolvimento Social, nós vamos perceber que boa parte desse recurso que foi destinado para custeio não foi destinado para política pública, não foi destinado para ação de Assistência Social no nosso Estado. E não é diferente quando a gente olha para Desenvolvimento Social.

Se a gente olhar para outras áreas, como é a área do Direito da Pessoa com Deficiência, o governo apresentou apenas 0,02% do Orçamento em 2025 e agora é 0,2%, novamente em 2026, um recuo de apenas 72 milhões de reais foi destinado para a Secretaria de Pessoa com Deficiência no ano passado e esse ano, o governo reduz ainda, é 66 milhões que o governo apresenta.

Aí manda para a Assembleia Legislativa um projeto para fazer uma adequação ao Suas Nacional, projetos sem pé nem cabeça, um projeto que quando você olha para o financiamento desse projeto, não para em pé, não para em pé.

Se o governo estadual quer apenas um repasse do governo do estado de São Paulo, deveria olhar, pelo menos, a PEC que foi apresentada aqui pela deputada Telma de Souza, que ela discute, sim, o arcabouço da Assistência Social para o estado de São Paulo.

Não é, governador Tarcísio, apenas querer receber o recurso que vem do governo federal para o estado de São Paulo. Nós queremos o recurso da Assistência do governo federal para o estado de São Paulo, mas nós queremos que tenha um financiamento, uma estrutura própria, uma gestão tripartite, um envolvimento da população que de fato atua na Assistência Social no Estado envolvida nesse projeto, coisa que não fez.

E é por isso que a bancada do Partido dos Trabalhadores vai votar contrariamente ao projeto ora apresentado, porque não é um projeto que agrega à Assistência Social, não é um projeto de política pública, é um projeto que o governador Tarcísio quer apresentar, mas, no próprio Orçamento para 2026, não apresenta uma melhoria em relação aos planos que podia apresentar à população.

Por isso, nós vamos votar contrariamente, porque podia ser um projeto muito melhor, que já tem a PEC que foi estruturada e apresentada pela Telma de Souza, que podia ter sido votada no dia de hoje.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Nós votamos contrário ao projeto.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Só registrar a presença, Paulo, e já dou a palavra ao senhor. O senhor ia fazer isso?

 

O SR. PAULO CORREA JR - PSD - Isso.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Então tem a palavra para uma comunicação.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PSD - Não sei se é a mesma pessoa, acredito que sim, mas o senhor tem a prerrogativa, o senhor está presidindo.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Registrar a presença do nosso ilustre conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Dimas Ramalho, um ex-deputado estadual, ex-deputado federal, que muito nos alegra nesta noite com a sua presença aqui.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PSD - PARA UMA COMUNICAÇÃO - Ia fazer isso também, presidente, mas já que o senhor já fez, vou encurtar a fala. Gostaria de registrar a presença também do prefeito da nossa querida Pariquera-Açu, presidente do Codivar, do consórcio dos prefeitos ali do Vale do Ribeira, cidade essa que eu tive a honra de ser o mais votado ali na cidade, cidade que ali nasceu o nosso famoso buraco quente. Quem passa por ali tem que experimentar realmente.

Wagner, seja bem-vindo você, parte da sua diretoria, é um prazer recebê-lo aqui na Assembleia Legislativa.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Para indicar o deputado Guilherme Cortez para encaminhar pela Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - É regimental, deputado Guilherme Cortez tem a palavra. Deixe-me também fazer aqui uma apresentação. A comitiva de São Lourenço da Serra também, vice-prefeito Vanderley, os vereadores Fernandinho, Wagner e Gerson da Bota, sejam muito bem-vindos aqui à Assembleia Legislativa de São Paulo. E também na fala do deputado Paulo Correa, agradecer a presença do nosso prefeito de Pariquera-Açu, o Wagner. Deus abençoe vocês. (Palmas.)

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa noite, Sr. Presidente, meus colegas deputados e deputadas, nossos convidados, que são muito bem-vindos aqui na Assembleia Legislativa, e os servidores desta Casa, além de quem acompanha a gente na galeria ou através da Rede Alesp.

Presidente, antes de discutir esse projeto, eu não poderia deixar de registrar a historicidade do dia de hoje. O Brasil já teve 17 golpes de Estado, ou tentativas de golpe de Estado, mas hoje, pela primeira vez, os mandantes de tentativa de golpe de Estado no nosso País estão sendo condenados à cadeia e indo para trás das grades, não importando se são ex-presidentes ou generais de alta patente.

Isso é histórico, isso é, no mínimo, uma vingança por todas aquelas pessoas que dedicaram a sua vida à luta pela democracia, que muitas delas perderam a vida, perderam seus empregos, foram torturadas por lutar pelo nosso bem mais precioso, que é a democracia brasileira.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Deputado Guilherme, só pedir a V. Exa....

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Com certeza. Eu só não poderia deixar de registrar.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Estou percebendo que o senhor está fugindo do tema. Nós temos um tema aqui.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Não, pode ficar tranquilo, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Nós temos um projeto de lei que está sendo votado, então vou pedir a V. Exa. que se atenha ao tema do projeto em discussão, por favor.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pode ficar tranquilo, presidente, mas eu não poderia deixar de registrar, porque a democracia brasileira, que elegeu cada um que está aqui, inclusive o senhor, é um bem a ser preservado todos os dias, a todos os momentos, e essa democracia não pode transigir com qualquer um que tente afrontá-la.

Então, nada mais justo do que a gente comemorar quando a justiça é feita. E que paguem pelos crimes que cometeram. Este é um dia histórico para a democracia brasileira.

Mas, entrando no projeto, Sr. Presidente...

 

A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Questão de ordem, presidente. Com todo o respeito ao deputado Guilherme, eu também posso então falar sobre o crime que fizeram com o presidente Jair Bolsonaro, que foi a prisão dele, que não, não teve golpe nenhum. Já que pode agora sair do tema, então vamos defender o que tem que defender.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Voltando ao tema.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Deputado Guilherme, obrigado. Se o senhor puder reatar o tema para a gente não atrapalhar a sessão. O senhor está atrapalhando a sessão.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Questão de ordem, presidente. Veja...

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Deputada Bebel, qual é a questão de ordem de Vossa Excelência?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Eu tenho o direito.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Qual é a questão de ordem?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Não, o senhor não fez a mesma pressão para minha colega deputada.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Não estou fazendo pressão, estou pedindo só...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Então não faça pressão para cima de mim, que eu não gosto. Espere que eu formule minha questão de ordem, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Por favor.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Por favor, com todo o respeito que tenho por Vossa Excelência. Eu entendo o seguinte, a minha questão de ordem é: como é que eu separo o mundo da política se nós estamos em um espaço estritamente político? É só isso que eu quero que o senhor me responda.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Eu também tenho essa curiosidade, Professora Bebel. É estranho que, em um espaço, em uma Assembleia Legislativa em que todos nós fomos eleitos pela democracia, que cause tanto estranhamento a defesa dessa mesma democracia. Mas vamos ao debate do projeto de lei em questão.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Deputado Guilherme, nós temos o Pequeno Expediente e o Grande Expediente que são utilizados para essa finalidade. Estamos em uma sessão que tem uma Ordem do Dia que foi colocada. Temos projetos para serem votados e o Regimento Interno desta Casa exige que nós façamos a discussão dentro do tema de cada projeto. Então o senhor se atenha ao tema, por favor.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Maravilha. Então, se me permite... Muito obrigado.

Sr. Presidente, a gente está aqui discutindo um projeto sobre a Assistência Social do estado de São Paulo. Não sei se meus colegas todos estão familiarizados com o importantíssimo trabalho que o serviço social de São Paulo realiza. A Assistência Social, o serviço social, em primeiro lugar, não é assistencialismo, como alguns pensam.

Algumas pessoas - como, eu acredito, o governador - pensam que o serviço social é só um instrumento eleitoral para, na época da eleição, na véspera da eleição, como ele fez no caso “SuperAção”, você ter uma política eleitoreira para falar que você está olhando para a população mais vulnerável. O serviço social não é isso.

O serviço social é um serviço importantíssimo para a garantia de direitos, para a efetivação dos direitos, sobretudo da população que mais precisa, que é a população mais vulnerável.

Dito isso, esse projeto tem um intuito positivo, que é corrigir uma falha histórica, desde a Constituinte, lá atrás, que tornou o estado de São Paulo um dos únicos estados do país a não recepcionar e não regulamentar o Sistema Único de Assistência Social, o Suas, e a Política Nacional da Assistência Social.

Poderia fazer isso de uma maneira muito melhor, se aprovasse a PEC da ex-deputada Telma de Souza, que, de maneira muito mais qualificada, lá atrás, em diálogo com toda a categoria do serviço social, propôs a recepção do Suas, propôs a regulamentação da Política Nacional da Assistência Social.

Então, em primeiro lugar, nós somos favoráveis a que o estado de São Paulo reconheça, receba e regulamente o Sistema Único da Assistência Social, que é uma política importantíssima para a gente uniformizar, no Brasil, o serviço social. Em primeiro lugar. Isso corrige uma lacuna, não da maneira correta - seria melhor ser feito pela PEC da deputada Telma -, mas corrige uma lacuna.

Agora, a maneira como esse projeto pretende fazer isso não nos parece a mais correta, presidente, porque, sob a premissa de regulamentar a Política Nacional de Assistência Social, ele prevê coisas que são negativas para a categoria.

Por exemplo, nós temos no estado de São Paulo o Conselho Estadual de Assistência Social. Hoje, esse conselho conta com 24 membros: 12 deles são do poder público, 12 são da sociedade civil.

Esse projeto quer diminuir o Conselho Estadual de Assistência Social para 18 membros. Não apenas, ele quer reduzir o mandato desse conselho, que hoje é de três anos.

Esse projeto quer reduzir para apenas dois anos, o que não seria tão ruim se ele também não quisesse reduzir a competência do conselho, que vai se tornar apenas um órgão consultivo subordinado à Secretaria de Desenvolvimento Social.

Até mesmo o Fundo Estadual de Assistência Social, o Feas, que vai passar a ser subordinado, dirigido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, reduzindo o papel do conselho.

Ou seja, é um projeto que poderia ser muito positivo. É um projeto que a gente poderia estar aqui votando a favor para ser um projeto para ajudar a regulamentar, para ajudar a organizar melhor o serviço social no nosso estado. Mas, como tudo o que esse governo faz é cheio de jabuti escondido por trás de uma intenção importante, que é corrigir essa lacuna da Constituição do Estado de São Paulo...

É um projeto que aproveita para você reduzir o espaço da sociedade civil, da carreira dos assistentes sociais na formulação dessa política pública, e por isso reduz o mandato, por isso reduz o conselho, por isso reduz a competência dos órgãos colegiados da sociedade civil para decidir e para influenciar a política da Assistência Social. E apenas por isso, Sr. Presidente, nós não podemos ser favoráveis a esse projeto.

Nós queremos sim votar um projeto que recepcione na Constituição do Estado de São Paulo - e para isso deveria ser uma PEC, não um projeto de lei ordinária - o Sistema Único de Assistência Social.

Nós queremos sim aprovar um projeto para regulamentar a Política Nacional de Assistência Social aqui do estado de São Paulo, mas nós não podemos fazer isso passando por cima dos poucos espaços de democracia da categoria do estado da Assistência Social.

Eu tive a oportunidade, presidente, de me formar na Unesp de Franca, no curso de Direito, mas na Unesp de Franca tem um curso de Serviço Social que é um dos melhores do Brasil, e é um grande orgulho para a Unesp, para o estado de São Paulo, o curso de Serviço Social da Unesp de Franca.

E nesse curso eu pude aprender um pouco da riquíssima trajetória de luta do Serviço Social, que é uma categoria que tem, no seu DNA, a luta, o combate às desigualdades.

É a única categoria que eu conheço que, se você não está combatendo a desigualdade, o racismo, o machismo e a LGBTfobia, você está contrariando o código de ética da sua categoria.

Porque, desde o Congresso de Virada do Serviço Social, lá em 1979, que foi protagonizado pela nossa sempre deputada estadual, Luiza Erundina, que eu tenho muito orgulho de ser colega de partido e que foi histórica nesse momento, desde o Congresso de Virada o Serviço Social se identificou com uma vocação, que não era ser uma carreira e uma profissão assistencialista, não era enxugar o gelo das desigualdades, mas era combater, desde a raiz, a causa dessas desigualdades.

Por isso eu tenho o maior respeito do mundo pelos assistentes sociais do estado de São Paulo e do Brasil. E por isso que quem quer preservar as desigualdades não valoriza o Serviço Social, não valoriza o trabalho do assistente social, porque esse trabalho, justamente, a finalidade dele é erradicar a desigualdade, é erradicar o preconceito, é erradicar a intolerância.

Eu tenho muito orgulho, presidente, de ser autor de um projeto de lei para a gente instituir em todo o estado de São Paulo, de uma vez por todas, o Piso Salarial da Assistência Social de R$ 5.500,00, que não é muito, não é muito se você pensar numa categoria cuja matéria-prima, o objeto de trabalho, são as vulnerabilidades das pessoas que mais precisam, pessoas em situação de dependência química, em situação de violência doméstica, em situação de desemprego, em situação de rua.

Quando não sobra nada, essas pessoas recorrem e são muito bem atendidas por assistentes sociais, que não têm sequer a garantia do piso salarial, que deveria ser direito, que é direito desses trabalhadores, mas que, infelizmente, não é pago, e esse direito é desrespeitado.

Então, presidente, se os deputados querem valorizar o Serviço Social e a Assistência Social, como dizem querer, que aprovem as nossas emendas, porque nós apresentamos uma emenda para esse projeto de lei garantir o piso salarial de R$ 5.500,00 para os trabalhadores da Assistência Social.

Nós apresentamos uma série de emendas nesse projeto para que o Conselho Estadual de Assistência Social não seja alterado, para ele não ter a sua competência reduzida, para que ele não seja diminuído, mas que ele continue sendo uma instituição fundamental para definir as diretrizes da política de Assistência Social do Estado de São Paulo, melhor dizendo, do Serviço Social do Estado de São Paulo, que é um serviço público fundamental para combater as desigualdades e as vulnerabilidades de quem mais precisa.

Quero declarar aqui todo o nosso respeito e o nosso apoio e admiração a toda a categoria dos assistentes sociais do estado de São Paulo, ao Cress, que é o Conselho Regional de Serviço Social do nosso Estado, e a nossa luta pelo piso salarial da categoria.

Mas nós vamos ser levados a votar contra esse projeto, porque, como a própria categoria sabe, esse projeto não fortalece, mas enfraquece o importantíssimo trabalho das assistências sociais do estado de São Paulo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Em votação o projeto salvos substitutivos, subemendas e emendas, com parecer favorável da reunião conjunta de comissões.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto e prejudicados os substitutivos nºs 1 e 2, ou seja, os itens nºs 2 e 3 do método de votação.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas. É regimental o pedido de Vossa Excelência, procederemos à verificação de votação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir desse momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as senhoras deputadas e os senhores deputados que não se encontram em plenário, tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, deputado Donato. Federação PT/ PCdoB/PV em obstrução.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pela ordem, presidente. Para colocar o PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. Colocar a bancada do PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, deputado Caio França. Bancada do PSB em obstrução.

 

O SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Podemos em obstrução.

 

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- Assume a Presidência o Sr. André do Prado.

 

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O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar a nossa Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obstrução do Republicanos.

Gostaria de comunicar a todo o plenário desta Casa, a todas as Sras. Deputadas e Srs. Deputados, que estamos tendo a honra de receber na nossa Casa hoje o presidente do Tribunal de Justiça, Dr. Fernando Torres Garcia, que está presente conosco, acompanhado do próximo presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o Dr. Loureiro, que foi eleito, que assume a partir do dia primeiro de janeiro de 2026.

É uma honra muito grande receber o nosso presidente do tribunal e o próximo presidente nessa relação harmoniosa que existe entre os poderes Legislativo e o Judiciário.

Sempre esta Casa é atenta às necessidades e às condições que o nosso Tribunal de Justiça tem, esta Casa sempre esteve ao lado do Tribunal de Justiça, que agora, tenho certeza, com o brilhante trabalho que o Dr. Fernando Torres Garcia fez à frente do seu mandato como presidente do Tribunal de Justiça, não será diferente com o atual corregedor, o Dr. Loureiro, que foi eleito o próximo presidente do Tribunal de Justiça.

Da parte desta Presidência, Dr. Fernando e Dr. Loureiro, e dos demais deputados desta Casa, quero deixar registrado que as portas continuam abertas, e a harmonia desta Casa de Leis, juntamente com o Tribunal de Justiça, vai permanecer a mesma, com a mesma responsabilidade que esta Casa sempre teve para com o Tribunal de Justiça, que nós sabemos que é o maior tribunal da América Latina e que faz um grande trabalho em prol da nossa sociedade do estado de São Paulo. Muito obrigado.

Sejam sempre bem-vindos a esta Casa. É uma honra muito grande e um respeito muito grande por parte de vocês também, atual presidente e o próximo, estarem aqui nos prestigiando com sua presença e falando dessa harmonia que tem que existir entre os poderes.

Muito obrigado, sejam sempre bem-vindos a esta Casa. (Palmas.)

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PL em obstrução.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução.

Transcorridos os quatro minutos, está agora aberto o sistema eletrônico para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o MDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em obstrução.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL REDE em obstrução.

Não havendo mais deputados que queiram fazer seu voto pelo sistema eletrônico, passaremos agora a abrir os microfones de apartes para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não conseguiram fazer o seu voto nos microfones de apartes possam assim fazer neste momento.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Lucas Bove.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Para votar “sim”, pela diminuição do Estado, como nosso presidente Bolsonaro ensinou e o governador Tarcísio está seguindo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Lucas Bove vota “sim”. Mais algumas das Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados gostariam de fazer o seu voto?

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Sr. Presidente, para votar “não” para comemorar a prisão do Bolsonaro.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Paulo Fiorilo vota “não”.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Em defesa do Serviço Social do estado de São Paulo, eu quero votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Guilherme Cortez vota “não”.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Viva os trabalhadores do SUS e da Assistência Social, eu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Monica Seixas vota “não”. Mais alguém das Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados gostaria de consignar o seu voto?

 

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- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo deputados interessados em consignar o seu voto, pergunto às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados se gostariam de alterar os seus votos? (Pausa)

Não havendo deputados interessados em alterar o voto, passaremos à proclamação do resultado: votaram “sim” 50 deputados, votaram “não” 13 deputados, mais este presidente, quórum de 64 votos, quórum que aprova o Item nº 1 - o projeto, salvo emendas, subemendas e emendas, com parecer favorável da reunião conjunta das comissões.

Item nº 4 - Em votação, englobadamente, a emenda apresentada no parecer da reunião conjunta das comissões e as subemendas de “A” a “H”, também apresentadas no parecer da reunião conjunta das comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Só para registrar o nosso voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

Então ficam aprovadas as emendas e as subemendas de “A” a “H”.

Item nº 5 - Em votação as demais emendas, englobadamente, com parecer contrário da reunião conjunta das comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas as emendas.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Só para corrigir aqui. Nós votamos “sim” às nossas emendas rejeitadas e votamos a favor das nossas emendas acolhidas no item anterior.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de V. Exa., deputado Donato.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Declarar voto favorável às emendas da bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está também registrado o pedido de Vossa Excelência.

 

O SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Convocação. Um minutinho só, deputado Tomé. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo 5º, ambos do Regimento Interno convocam uma reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se hoje, cinco minutos após o encerramento da presente sessão, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de ser apreciada a redação final ao Projeto de lei nº 1.048, de 2025, de autoria do Sr. Governador.

Pela ordem, deputado Tomé Abduch.

 

O SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria só de fazer uma citação ao nosso querido presidente do Tribunal de Justiça, Dr. Fernando Torres Garcia.

Dr. Fernando, eu gostaria de citar e falar algumas palavras em relação ao senhor. O senhor é um grande orgulho para o estado de São Paulo. O senhor foi um grande presidente do Tribunal de Justiça, ainda é um grande presidente. A sua integridade, a sua honra, a sua ética orgulha a todos nós do estado de São Paulo. Muito obrigado por todos os serviços que o senhor prestou pelo nosso Estado.

E também aproveitar e dar as boas-vindas para o Dr. Francisco Eduardo Loureiro. Dr. Francisco, o senhor também é uma pessoa muito bem indicada. Também sabemos dos seus princípios e valores.

Nós temos, eu acho que hoje, uma oportunidade muito grande, que é a nossa harmonia no estado de São Paulo, entre o governador do estado, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público. A gente deseja que o senhor tenha um mandato de muita sorte. Pode contar com os seus amigos dentro da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Muito obrigado.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Gilmaci Santos.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Em primeiro lugar, presidente, eu queria agradecer aqui a todos os deputados e deputadas pela votação de mais um projeto importantíssimo para o estado de São Paulo. Agradecer aos deputados da base, aos deputados da oposição também que fizeram aqui a discussão de alto nível.

Agradecer... Conseguimos aqui aprovar algumas emendas nesse projeto. Eu acho que ficou muito bom para o sistema, para a nossa Assistência Social e também para o estado de São Paulo. Então eu queria agradecer a todos os Srs. Deputados e Sras. Deputadas, mais uma vez, pelo empenho, pela dedicação, para fazer história aqui.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - E, Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, eu quero solicitar a V. Exa. o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Antes, porém, deputado Gilmaci, eu tenho que entrar no Item nº 2, que é a discussão e a votação do Projeto de lei nº 1.055, de 2025, de autoria do Sr. Governador.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Agora sim, Sr. Presidente, havendo acordo, queria pedir o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Qual acordo existiu para... Só para ficar registrado.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Nós fizemos um acordo aqui, presidente, com os deputados que estão no plenário, com as lideranças, que amanhã V. Exa. não convocaria nenhuma sessão e que estaríamos aqui com uma hora discutido o presente projeto que V. Exa. anunciou agora.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então está registrado o acordo entre as lideranças.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pela ordem, presidente, antes de finalizar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra a deputada Carla Morando.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Só para também parabenizar a todos os deputados que votaram favoráveis ao projeto, porque a área Social é muito importante e esse projeto veio para melhorar, para modernizar. E parabenizar também a secretária Rosalém e todo o pessoal lá do Social, que fez esse trabalho e esse projeto.

Parabéns.

Muito obrigada, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada Carla Morando.

Então, havendo acordo entre as lideranças, nada mais havendo a tratar, está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 19 horas e dez minutos.

 

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