1 DE MARÇO DE 2024

3ª SESSÃO SOLENE PARA ENTREGA DA 7ª EDIÇÃO DO PRÊMIO INEZITA BARROSO

        

Presidência: PROFESSORA BEBEL

        

RESUMO

        

1 - PROFESSORA BEBEL

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia a Mesa e demais autoridades presentes.

        

3 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente solenidade para a "Entrega do Prêmio Inezita Barroso", por solicitação desta deputada.

        

4 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

5 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL

Tece considerações sobre a solenidade.

        

6 - LUCAS BOVE

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

7 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL

Informa que o ex-deputado Marcos Martins fora o idealizador da entrega do prêmio Inezita Barroso.

        

8 - MARCOS MARTINS

Ex-deputado estadual, faz pronunciamento.

        

9 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia apresentação musical da dupla sertaneja Claudemir e Moisés. Lê currículo e informa a entrega de certificado ao ator Jackson Antunes.

        

10 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL

Valoriza a Educação e a Cultura.

        

11 - DANIEL ANTÔNIO PEREIRA

Representante da Oscip Sentimento Sertanejo, faz pronunciamento.

        

12 - JACKSON ANTUNES

Mestre de cerimônias e ator, faz apresentação musical. Discorre sobre as Cavalhadas da Franca. Anuncia a entrega de certificado a Marcos Faleiros.

        

13 - LUCAS BOVE

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

14 - MARCOS FALEIROS

A representar as Cavalhadas da Franca, faz pronunciamento.

        

15 - JACKSON ANTUNES

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificado ao cantor Francis Amaraí, filho de Amaraí, da saudosa dupla Belmonte e Amaraí. Faz apresentação musical.

        

16 - FRANCIS AMARAÍ

Cantor, faz pronunciamento.

        

17 - JACKSON ANTUNES

Mestre de cerimônias, faz pronunciamento. Lê currículo e anuncia a entrega de certificado ao cantor Luís Cláudio Soares Lacerda.

        

18 - LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA

Cantor, faz pronunciamento.

        

19 - ADEMAR DE GASPERI

Empresário, faz pronunciamento.

        

20 - JACKSON ANTUNES

Mestre de cerimônias, lê currículo e anuncia a entrega de certificado ao grupo Seresteiros da Viola.

        

21 - ORADORA DO GRUPO SERESTEIROS DA VIOLA

Faz pronunciamento.

        

22 - ORADOR DO GRUPO SERESTEIROS DA VIOLA

Faz pronunciamento.

        

23 - JACKSON ANTUNES

Mestre de cerimônias, lê currículo e anuncia a entrega de certificado ao comunicador João Carlos Martinez de Araújo.

        

24 - JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO

Comunicador, faz pronunciamento.

        

25 - JACKSON ANTUNES

Mestre de cerimônias, lê currículo e anuncia a entrega de certificado a Cícero Almeida, "Ciceronni".

        

26 - DONATO

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

27 - CÍCERO ALMEIDA, "CICERONNI"

Educador, faz pronunciamento.

        

28 - JACKSON ANTUNES

Mestre de cerimônias, lê currículo e anuncia a entrega de certificado a representante da dupla Dois Girassóis.

        

29 - CARLOS GIANNAZI

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

30 - GEANE

Professora, a representar a dupla Dois Girassóis, faz pronunciamento.

        

31 - NEUSA

Mãe de Aloísio Cesar Batista de Oliveira, componente da dupla Dois Girassóis, faz pronunciamento.

        

32 - AÉCIO

Irmão de Aloísio Cesar Batista de Oliveira, componente da dupla Dois Girassóis, faz pronunciamento.

        

33 - JACKSON ANTUNES

Mestre de cerimônias, lê currículo e anuncia a entrega de certificado ao artista Jocelino Soares

        

34 - ROGÉRIO CASTRO

Assessor do deputado Itamar Borges, faz pronunciamento.

        

35 - JOCELINO SOARES

Artista, faz pronunciamento.

        

36 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, lê currículo e anuncia a entrega de certificado ao Trio do Projeto Caipira.

        

37 - SUZANA SALLES

Integrante do Trio do Projeto Caipira, faz pronunciamento.

        

38 - LENINE SANTOS

Integrante do Trio do Projeto Caipira, faz pronunciamento.

        

39 - SIMÃO PEDRO

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

40 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificado à dupla Juninho Lima e Marcel.

        

41 - REIS

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

42 - JUNINHO LIMA

Cantor, faz pronunciamento.

        

43 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificado à dupla Wagner e Walmir.

        

44 - DR. EDUARDO NÓBREGA

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

45 - WAGNER

Cantor, faz pronunciamento.

        

46 - JACKSON ANTUNES

Ator, faz pronunciamento.

        

47 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificado à dupla Célio e Serginho.

        

48 - LEILA MOREIRA

Faz pronunciamento.

        

49 - SÍLVIO ALBUQUERQUE

Assessor do deputado Mauro Bragato, faz pronunciamento.

        

50 - CÉLIO

Cantor, faz pronunciamento.

        

51 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificado a José Ângelo.

        

52 - MÁRCIA LIA

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

53 - JOSÉ ÂNGELO

Apresentador, faz pronunciamento.

        

54 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificado a Leandro de Abreu.

        

55 - LEANDRO DE ABREU

Músico, faz pronunciamento.

        

56 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificado à Orquestra de Violas de São João da Boa Vista.

        

57 - HELDREIZ GIANNINI MUNIZ

Vereador à Câmara Municipal de São João da Boa Vista, faz pronunciamento.

        

58 - ORADOR

Integrante da Orquestra de Violas de São João da Boa Vista, faz pronunciamento.

        

59 - GUGA MENDONÇA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificado a Alex Marli Dias.

        

60 - ALEX MARLI DIAS

Filha de Tião Carreiro, faz pronunciamento.

        

61 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

        

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Professora Bebel.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔMIAS - GUGA MENDONÇA - Senhoras e senhores, muito bom dia. Sejam todas e todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Esta sessão solene tem a finalidade de “Realizar a Entrega da Sétima Edição do Prêmio Inezita Barroso”, instituído pela Resolução nº 910, de 2016, regulamentada pelo Ato da Mesa nº 42, de 2016, e alterada pela Resolução nº 931, de 2021.

Comunicamos a todos os presentes que esta sessão solene é transmitida pela TV Alesp e também no canal do Youtube da Rede Alesp, além das redes sociais da deputada Professora Bebel.

Neste momento, vamos formar a Mesa que presidirá os trabalhos nesta sessão solene. Convidamos a compor a Mesa a deputada estadual Professora Bebel, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas.) Gostaria de convidar agora o deputado Eduardo Nóbrega. (Palmas.)

Neste momento, eu convido o deputado Gil Diniz. (Palmas.) Convido agora o deputado Lucas Bove. (Palmas.) Neste momento, convidamos a deputada Márcia Lia. (Palmas.) Convido a compor a Mesa o deputado Reis (Palmas.)

E neste momento faz uso da palavra a deputada estadual Professora Bebel, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

 A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Pessoal, bom dia. Vamos esquentar um pouco o ambiente. Paz nesta Casa, não é isso? Nós saímos para curtir o quê? Cultura, um prêmio, para ser alegre, para ser feliz. (Palmas.) A gente fez isso, está bom? A gente vai garantir que esta festa aconteça da melhor forma possível.

Vocês foram chamados, atenderam ao nosso pedido, e eu acho que é bom que a gente se respeite e tenha muito amor no coração, porque o ódio não constrói nada, por isso a música faz bem para a gente. (Palmas.)

Só vou pedir para que a gente faça deste momento o que eu pedir: um momento de alegria, de amor, de troca de... Enfim, relações positivas. Tudo que é negativo a gente entrega na mão de Deus e toca a vida, beleza?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Convido a todas e a todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pelo grupo Seresteiros da Viola.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Agradecemos ao grupo Seresteiros da Viola. Aproveitando o momento, antes, gostaria de chamar os deputados Simão Pedro e o sempre deputado Marcos Martins, idealizador do Prêmio Inezita Barroso, para comporem a Mesa.

Aproveitamos o momento para registrar e agradecer a presença das seguintes personalidades: Sra. Mirian Ponzio, vereadora em Taquaritinga; Sr. Heldreiz Muniz, vereador em São João da Boa Vista; Sr. Luiz Paraki, vereador em São João da Boa Vista.

Neste momento, eu convido para fazer o uso da palavra a presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, responsável por esta solenidade, a deputada estadual Professora Bebel. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Bom dia. (Fala fora do microfone.) Poxa, a cultura costuma ser mais “caliente” que nós. Vamos lá: bom dia! (Fala fora do microfone.) Muito obrigada, gente.

Olha, é uma satisfação muito boa recepcioná-los mais uma vez nesta Casa de Leis, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, cumprindo - não é um rito, na verdade -, eu acho, que mais uma etapa, para demonstrar que a cultura tem um papel fundamental nas nossas vidas.

Não tem quem não curta nada. Tem um que curte rock, tem um que curte funk, tem um que curte... Enfim, eu sou da era sertaneja, mas também curto rock, eu gosto de rock. Quem não foi dos Beatles, que é o soft, o mais leve? Mas teve gente que foi Iron Maiden e por aí vai.

Então é o gosto pela cultura que interessa para nós, e não se é disso ou daquilo. Acho que a cultura tem um papel lindo, porque ela não divide, pelo contrário, ela incorpora todas as formas de expressão em uma música.

Isso que é a riqueza deste momento, essa é a riqueza deste momento. Mas há momento em que a gente tem que dar visibilidade para um determinado segmento da cultura, que é a cultura popular, caipira, sertaneja, aquela que o radinho toca, o pai da gente está fazendo o café e a gente está ouvindo e aprende a gostar.

Então ela enraíza nos nossos corações; é isso que faz a cultura sertaneja, enraíza. É impossível você não lembrar de nenhuma música que fez parte da sua infância e que foi sertaneja.

Eu quero aqui cumprimentar o nobre deputado Gil Diniz, a nobre deputada Márcia Lia - não estou falando partido, porque nós estamos falando de cultura, aqui não tem... O nobre deputado vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura comigo, Lucas Bove, o nobre...

Eu vou falar de nobre deputado... Por uma vez ele é, senão é importante... O nobre deputado Marcos Martins foi o autor da propositura em 2000. Propositura para que pudermos fazer com que isso acontecesse em 2016, não é, Marcos Martins?

Criou uma PR, uma lei, está aqui, peço aplauso para ele e acho importante. Depois ele vai fazer uso da palavra e, para nós, vai ser muito importante ele não só saudar, mas ter aí seus três minutos para poder falar alguma coisa também neste momento.

Cumprimento também o nobre deputado Dr. Eduardo Braga e o nobre deputado Reis, assim como o nobre deputado Simão, que depois ele vai pôr a carinha na frente também, que está ali. Levante, Simão.

Levante positivamente, viu, Simão? Positivamente. E que também é suplente na Comissão de Educação e Cultura. Então é muito importante este momento. Eu só quero fazer alguns destaques do porquê Inezita Barroso e algumas coisas que eu acho que, para o tempo, ela era uma grande revolucionária - já foi.

Então a Inês Madalena Aranha de Lima, conhecida pelo grande público como Inezita Barroso - porque ela casou com o marido que tinha o nome Barroso - foi uma importante cantora, atriz, pesquisadora - rádio, televisão. E agora, o que que ela foi também? Professora e pesquisadora da cultura caipira brasileira, por isso o peso da Inezita Barroso para nós.

Inezita nasceu em São Paulo, Capital, no dia 4 de março de 1925. Como pesquisadora, Inezita se formou em Biblioteconomia no ano de 1947, na USP, onde deu os seus primeiros passos como artista, lendo obras folclóricas de Mário de Andrade.

Aliás, o Mário de Andrade foi homenageado no Carnaval agora, em 2004, com o samba enredo “Brasiléia desvairada, a busca de Mário de Andrade por um país”, e a escola campeã foi a Mocidade Alegre. Então às vezes eu fico muito contente quando todos os segmentos começam pegar a cultura para até trabalhar, seja o samba-enredo, enfim, toda a alegoria que tem uma escola de samba.

Pioneira, foi a primeira mulher - olhe que gostoso, nada contra os homens -, mas foi a primeira mulher a ser contratada no início dos anos 50 por uma emissora, a Rádio Bandeirantes.

Logo após, foi contratada pela então Rádio Record. A jovem fez uma série de recitais e gravou algumas músicas que a consagraram, como: “Moda de Pinga, em 1953; “Ronda”, 1954; “Estatutos da Gafieira”, 1954; “Viola Quebrada”, 1955; e “Azulão”, 1958.

Ela tem vários longas metragens: “Ângela”, em 50; “O craque”, em 1953; “Destino em apuros”, 1953; “Mulher de verdade”, 1953; “É proibido beijar”, 1953 - está bom para o Lucas, isso; “Carnaval em Lá Maior”, 1955.

Mas o ato revolucionário da Inezita foi certamente as viagens que ela fez pelo interior do Brasil. Então, a Inezita não é uma pessoa... Ela tinha rodinha nos pés. Durante os anos 70, ela realizou uma série de excursões. Nós estamos precisando fazer isso, fazer a cultura chegar onde tem que chegar. E ela gravou recitais.

Está escrito “bebeu”, mas eu acho que ela se inspirou na cultura local, apresentando o nosso País a nós próprios e ao mundo com repercussão muito grande. Suas incursões lhe renderam fama revolucionária e feminista e seus programas foram exibidos pelo mundo, especialmente nos Estados Unidos, na União Soviética e na América Latina.

Já muito anos mais tarde, Inezita voltou a fazer outra grande excursão pelo Brasil com o projeto “Pixinguinha”, da Funarte. Mas foi o programa de televisão, aquele da TV Cultura, “Viola, Minha Viola”, que marcou sua carreira.

A partir de 25 de maio de 1980, Inezita começa a apresentar o programa “Viola, Minha Viola, na TV Cultura, ao lado de Moraes Sarmento. Inezita comandou a atração até 2015, que foi quando ela se foi.

A partir de então, Adriana Farias se tornou a apresentadora oficial e até 2019 a produção esteve no ar com programas inéditos. Foram 39 anos de transmissão; “Viola, Minha Viola” foi o programa mais longevo do canal.

A ela foram concedidos prêmios. Como atriz, Inezita recebeu o “Prêmio Saci” pelo trabalho no filme “Mulher de Verdade”, em 1953. Em 1954, foi laureada com o troféu Roquette-Pinto como melhor cantora da música popular brasileira. Em 1997, recebeu o “Prêmio Sharp” de melhor cantora regional.

Além de interpretar, pesquisar e cantar, Inezita era professora e lecionou - desconfio que ela era de Literatura - a disciplina de Folclore, na Universidade de Mogi das Cruzes, e também fez parte do corpo docente do curso de Turismo da Faculdade Capital. Recebeu o título de doutora “honoris-causa” em Folclore e Arte Digital pela Universidade de Lisboa.

Inezita se casou com Adolfo Cabral Barroso, em 1947, e com ele permaneceu até o final da vida. O casal teve uma filha chamada Marta Barroso. Nós já a trouxemos em uma das edições do Inezita, criado em 2016. A sua partida foi em 8 de março de 2015, em São Paulo, por isso que a gente comemora no mês de março.

Nosso prêmio marca essa trajetória e imortaliza Inezita Barroso. Criado em 2016 pela Resolução nº 910, a propositura do então deputado Marcos Martins foi reeditada por mim com o intuito de dobrar o número de homenageados, incluindo indicações da sociedade civil, porque antes eram dez pelos deputados e a gente ampliou para que a sociedade civil também pudesse... Nós transformamos em vinte.

E vamos cada vez aprimorando - não é, Marcos? -, porque cada vez... A Inezita, de onde ela estiver, exige mais de nós. Esta homenagem, nossa homenagem, procura acima de tudo, por meio de memória de Inezita Barroso, a valorização da música caipira de raiz.

Um bom dia para nós, bom trabalho. Agradeço os deputados, a deputada presente. Agradeço a todo o público presente, aos homenageados, às homenageadas, enfim, a todos que falaram. Olha, hoje nós vamos curtir cultura popular caipira brasileira, e é isso que nós estamos precisando.

Um beijo.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - E neste momento eu gostaria de convidar para fazer uso da palavra o vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado Lucas Bove. (Palmas.)

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Bom dia a todos. Muita alegria de estar aqui hoje vendo este plenário cheio e com um ambiente totalmente diferente do que estamos acostumados.

De fato, aqui nós debatemos ideias, debatemos ideologias, mas hoje é dia de festa, então eu queria abrir minha fala parabenizando a deputada Professora Bebel, que apesar de politicamente estar em um espectro totalmente oposto ao meu, ainda que discordemos do ponto de vista técnico, traz os temas da educação sempre de maneira muito democrática, muito atenciosa.

Hoje ela junta sua equipe. Viu, Bebel, então não queria parabenizar só a senhora, mas também toda a sua equipe, porque eu sei o trabalho que dá para organizar isso tudo aqui. E, de fato, a sessão está linda. (Palmas.) Parabéns à Bebel e à equipe dela. A sessão está muito bonita.

Como ela disse aqui, é uma sessão apartidária, então tem indicados aqui de deputados de diversos partidos, e a Professora Bebel foi muito democrática nesse sentido, abriu, como sempre abre, espaço a todos, não podemos negar.

Então, parabéns, Professora Bebel. Aproveito também para cumprimentar o deputado Reis, o deputado Eduardo Nóbrega, o sempre deputado Marcos Martins - o autor dessa lei que institui o Prêmio Inezita Barroso -, deputada Márcia Lia - lá de Araraquara, que ouviu muita música caipira lá no radiozinho -, deputado Gil Diniz - meu amigo deputado Gil Diniz, já fomos a alguns rodeios juntos, sempre ouvindo música caipira também -, e o meu amigo deputado Simão Pedro.

Muito bom dia a todos. Fico muito contente mesmo, eu, que tive voto em 616 municípios, portanto, apesar de paulistano, tenho uma ligação muito grande com o interior de São Paulo, ouço música caipira desde que era moleque, porque sempre frequentei o interior. E os meus amigos aqui na Capital não conheciam tanto até ali os anos 90, início dos anos 2000, quando a música sertaneja começou a ser mais difundida.

Então até lá o único, talvez, local onde a gente tinha a possibilidade, aqui na Capital, de ver, ouvir e aprender música sertaneja de qualidade, era no “Viola, Minha Viola”, da Inezita Barroso, na TV Cultura. Era um programa gostoso de assistir, para quem se lembra, era sempre aquele bate-papo, aquele dedinho de prosa, como a gente fala.

Então realmente foi algo totalmente revolucionário do ponto de vista da cultura. Por isso eu aplaudo o deputado Martins, por ter proposto este prêmio com o nome da Inezita Barroso.

E a Professora Bebel falou assim: “É uma mulher, nada contra os homens”. Sem dúvida nada contra os homens, mas as mulheres estão dando um show na música sertaneja também. Uma salva de palmas para as mulheres do sertanejo. (Palmas.)

Eu vou falar do sertanejo mais comercial: até alguns anos atrás, nós só tínhamos homens, duplas, homens, duplas caipiras, homens. E aí veio essa mulherada aí e hoje faz um sucesso.

Temos a finada Marília Mendonça, que talvez mereça aqui uma homenagem póstuma um dia, assim como Inezita Barroso, e várias outras duplas sertanejas e cantoras mulheres.

Então a mulherada está provando aí, com respeito aos homens, mas, como disse a Bebel, a mulherada está provando aí que a mulherada é melhor do que a gente em tudo, inclusive na música sertaneja.

Então parabéns a todos, parabéns à turma da viola caipira aí. Hoje vai ser um evento lindo.

Um bom dia, uma boa sexta-feira a todos vocês.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Obrigada, deputado Lucas Bove. Eu vou passar para o deputado Marcos Martins, e a gente vai ter a seguinte dinâmica: são chamados quem vai homenagear e o homenageado, e neste momento faz a fala par ser homenageado, está bom?

Vai ali, faz a entrega e faz a fala. Então é assim, se eu entendi direito - Karen, cadê você? - o mestre de cerimônias chama, você homenageia e faz a fala, e em seguida chama os demais. Ok?

Até para dar uma dinâmica, para não ficar uma coisa muito quadrada, até a música sertaneja é agitação. Então passo agora para o sempre deputado Marcos Martins.

Agradeço a sua presença, Marcos, e acho que é muito importante, você foi o proponente deste prêmio, e que nós estamos honrando o seu legado, está bom? E, é claro, sempre que puder, buscando aprimorar, mas nunca saindo do princípio central.

Por favor, Marcos.

 

O SR. MARCOS MARTINS - Gostaria de cumprimentar a Mesa, Bebel, o Lucas, Márcia Lia, Gil, Eduardo Nóbrega, Reis e Simão Pedro. Eu fui deputado por três mandatos.

Como eu não sou deputado, então tem deputados aqui mais recentes, a quem estou conhecendo agora, mas deixar um abraço fraterno a todos. E também um abraço, no varejo e no atacado, todos sintam-se cumprimentados, todos defendendo o mesmo lado. (Palmas.)

Cumprimento também a todos os que foram ou que serão homenageados, foram indicados. Parabéns a todos por estarem resistindo à música caipira, à música sertaneja, e valorizando esta premiação de Inezita Barroso.

Inezita Barroso representa a nossa história sertaneja, de camponeses, de trabalhadores do campo, do interior e de toda a cultura brasileira.

Parabéns a todos os que estão resistindo e continuando esse trabalho tão importante de Inezita e da cultura brasileira.

Um grande abraço a todos. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Passo agora a palavra ao Cerimonial.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Neste momento, vamos convidar a dupla piracicabana de viola caipira Claudemir e Moisés, que cantam Rio de Piracicaba. (Palmas.)

 

* * *

 

-É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. CLAUDEMIR - Bom dia a todos. Como se fala lá em Piracicaba, bom dia, pessoal.

Que satisfação enorme poder participar deste momento especial para a música sertaneja, a música raiz, a cultura brasileira, em especial o convite que foi feito para nós de participar e encontrando - o mais importante -, encontrando grandes nomes da música sertaneja aqui presentes.

Desde já muito obrigado.

Claudemir e Moisés. E hoje nós estamos aqui colaborando com a gente esses dois grandes violeiros do Brasil: Júnior, André. Muito obrigado.

Quem souber, por gentileza, canta com a gente. (Palmas.) 

 

* * *

 

- É feita apresentação musical. (Palmas.)

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Saudades do meu pai, que amava essa música. Muitas saudades, muitas.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - E neste momento eu gostaria de convidar a deputada Professora Bebel para fazer a entrega de certificado à dupla Claudemir e Moisés.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem. (Palmas.)

 

* * *

 

O SR. - Parabéns, muito bem. (Palmas.) Viva Piracicaba.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Quero agradecer a presença do deputado Donato, que compõe a Mesa aqui no Plenário Juscelino Kubitschek. (Palmas.)

E neste momento eu convido a deputada Professora Bebel para desfazer a Mesa e dar início à premiação. (Palmas.)

Gostaria de convidar a deputada Professora Bebel para dar início à premiação. A deputada Professora Bebel vai homenagear o ator Jackson Antunes, também compositor e músico, defensor da música caipira de raiz. (Palmas.)

Natural de Janaúba, Minas Gerias, ele começou a sua carreira no teatro e participou de diversas peças antes de estrear na televisão em 1991 com o personagem que lhe rendeu o prêmio Apca de revelação. Entre novelas, minisséries e especiais de TV, foram quase 40 anos. Nos cinemas, fez mais de 20 filmes, incluindo campeões de bilheteria, como “2 Filhos de Francisco”, “O Palhaço” e “Getúlio”.

Jackson também gravou diversos álbuns, com destaque para “Quanta Saudade Dá”, um tributo ao célebre ator Mazzaropi, e “Canções para as Caboclas que Amei”, que faz uma linda homenagem à mulher brasileira através das obras de poetas populares.

Com vocês, Jackson Antunes. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Agora, sim, para mim é uma satisfação muito grande ter o Jackson Antunes aqui conosco. Vocês veem, ele é, para além de cantor, é muito difícil ser cantor e não ser ator também, porque o cantor expressa e o ator também expressa uma arte.

Jacks, para mim, eu te vejo pela televisão e falo: “Nossa, que ator”. Ele não perde a característica dele de popular, do caipira, do bonzinho ou do ruim, ele tem essa característica. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo se sente muito honrada com a sua presença. (Palmas.)

Em nome dos deputados e das deputadas, eu quero dizer para vocês que às vezes é importante a gente trazer a arte para perto de nós, porque aí a gente sabe exatamente qual é a importância dela e ao que nós somos movidos.

A cada momento, nós estamos tendo cultura e arte e não refletimos. Que saímos daqui com a forte convicção de que a cultura, a arte e a educação têm papéis fundamentais na vida de todo cidadão e cidadã, seja que país for, seja que estado for. Essa é a vértebra: educação, cultura e arte - dentro da cultura, temos a arte. Isso é o que nos move, para nos pôr de pé e aguentar tudo que nós aguentamos.

Alguém aguentou a pandemia... Aguentaria a pandemia se não tivéssemos cultura? Não, não aguentaria. (Palmas.) Então, acredito que a cultura curou e ajudou, até de certa maneira, a tirar as dores, porque convivemos com a morte, mas através da cultura também podemos suportar dores, que a música, os streamings... seja na forma de streaming, seja no teatro, no cinema, nós podemos curtir, tá bom?

Beijo, gente.

Jacks, é com você, meu amigo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Obrigado. Obrigado, professora.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Gostaria, neste momento, também de convidar a Oscip Sentimento Sertanejo, através do Sr. Daniel Antônio Pereira, para se posicionar no cenário onde entregará o Prêmio Inezita Barroso ao apresentador Jackson Antunes junto da deputada Professora Bebel. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eu quem vou entregar, mas eu fui saudar ali. Eita programa que eu gosto. Era o bordão da dona Inezita. (Palmas.)

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

Muito obrigado, muito obrigado. Eita. (Palmas.)

Muito obrigado. Muito honrado. Eu...

 

O SR. DANIEL ANTÔNIO PEREIRA - Queria só dizer que o Jackson representa, efetivamente, a essência da obra da Inezita Barroso pela sua trajetória. Falar dele como o papel dele na dramaturgia brasileira, é redundância, mas ressaltar a postura dele com relação às suas origens e aos seus valores culturais.

Ele traz isso expressado em tudo aquilo que faz pelo interior do Brasil, e percorre, independente do trabalho dele global, que todos conhecem, mas na defesa intransigente da cultura de raiz caipira. Esse é o motivo fundamental pelo qual hoje aqui estamos reunidos. (Palmas.)

   

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Jackson Antunes, agradecemos a você por sua brilhante carreira na valorização da cultura caipira de raiz. A partir de agora, o comando da premiação é seu.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Só se você me emprestar essa voz bonita. Eu vou sentar aqui. Posso fazer um convite para a professora sentar “mais eu” aqui? Eu disse ali para o Daniel que eu estou apaixonado pela Professora Bebel. (Palmas.)

O que ela fala é bonito, não é? Quando ela fala parece um jardim, ela fala... E fala da democracia, não é? Não, isso não. Eu gosto da música toda, eu gosto de rock, gosto de Sepultura, gosto da viola, gosto...

Isso é música brasileira, não é? Chegou a época da gente de ajuntamento, não é mais de separação. (Palmas.) Vem professora, fica mais eu aqui, por favor. Junta, professora, que eu vou ficar mais aqui.

E vai me ajudando aí... “Lampião de gás, lampião de gás, quanta saudade Inezita nos traz. Lampião de gás, lampião de gás, quanta saudade Inezita nos traz. Negrinho do pastoreio, acendo essa vela para ti e peço que me devolvas a querência que eu perdi”. (Palmas.)

Ê, comadre. Eu estou enxergando comadre sentada ali, comadre está com um sorrisão. A comadre está ali, a comadre está aqui entre... Comadre. A comadre está aqui entre a gente. A comadre está aqui “mais nós”, porque toda vez que nós temos o ajuntamento de um, três... Estou com o rabo, Cris? Três, quatro ou cinco pessoas em nome da Cultura brasileira nós nos tornamos milhões.

A música caipira me salvou, quando a gente, lá no sertão, Terezinha, minha irmã, comprou um radinho de mesa com o primeiro salário dela, e juntava a família inteira, que não era curta - muito obrigado, meu amor. Não era curta.

A gente escutava Edgar de Sousa na “Record”, de São Paulo. Era maravilhoso, desfilava ali Os Gargantas de Ouro, Milionário & José Rico, Liu & Léo, Cacique & Pajé, Dona Inezita. Que lindeza. Aquilo nos aproximava de Deus.

Quando faltava pão, a música nos alimentava. A esperança cantada através da música nos alimentava e, às vezes, a mãe fazia, que era muito difícil, mãe fazia um quiabinho, ela colocava em pratos diferentes, dizendo “está aqui a carne, meninos, agora isto aqui é o feijão, esta é a mistura”.

Nós só comíamos, na verdade, maxixe, mas minha mãezinha, com aquela maneira de nos transportar, a gente não invejava nem um prato das mesas grã-finas deste Brasil, nem lá do Interior, dos coronéis, dos fazendeiros, porque isso nós tínhamos, no fundo, um radinho sempre tocando dona Inezita Barroso, nos trazendo esperança. Amém. (Palmas.)

Cavalhadas da Franca. As Cavalhadas da Franca, um teatro sobre cavalos, ensinado ao ar livre e que enaltece as raízes folclóricas, a cultura, a história e a fé religiosa.

Existem há quase 200 anos e corre todo o mês de agosto, mês do meu nascimento, sou de 28 de agosto. No Parque de Exposições Fernando Costa, na cidade de Franca, a linda cidade de Franca, as apresentações retratam as batalhas entre mouros e cristãos protagonizadas na Europa durante o século... século VII mesmo, não é? Um “V” mais “II” é o quê?

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Sete.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Ah, então eu acertei. Na Europa, durante o século, já falei aqui, história em Franca.

As Cavalhadas da Franca são a terceira mais antiga do País. Bota um capiau para ler esse trem, aí fica difícil. Antiga do País. Na cidade, o fogueiro teve início no ano de 1831, ou então, Vila Franca do Imperador, e foi organizado pelo morador Hilário Dias Campos. Dedicação de várias gerações mantém vivo esse patrimônio histórico de 192 anos na cidade.

Muitos e muitos anos depois da primeira dramatização na cidade, surgiu, em 1998, o Clube das Cavalhadas da Franca, que passou a ser responsável pelas apresentações. Patrimônio histórico e cultural, as Cavalhadas da Franca são patrimônio histórico tombado desde 1996, Lei Complementar nº 9, de 26 de novembro de 1996, e fazem parte do calendário oficial de eventos do município.

Vou me levantar, então, e chamamos o deputado Lucas Bove - estou certa, professora? - para a entrega do prêmio. É, nós já conversamos, agora falta um abraço, não é? (Palmas.)

Você quer se sentar aqui? Daqui a pouco vem a cachaça, daqui a pouco vem um queijinho. Pode sentar. Vocês não querem uma prosinha, não? Quem vem aqui tem que falar um negocinho. Não pode sair sem conversar, jogar uma conversinha fora. (Palmas.)

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Meus amigos, vou ser breve aqui. Passar - pelo que eu entendi do Cerimonial, é isso - rapidamente passo para o representante Marcos Faleiros, barão, futuro papai. Marcos Faleiros vai ser papai, pessoal. Uma salva de palmas. (Palmas.)

Vem aí o herdeiro ou a herdeira das Cavalhadas da Franca. É uma festa linda, quem não conhece sugiro que pesquise na internet e em agosto deste ano vá visitar, porque é tudo junto, viu, Bebel?

Teatro, música, cultura, em cima do cavalo, então tem o nosso agro junto, tem essa raiz sertaneja, Jackson, é realmente uma festa linda, com figurino incrível, que vale a pena conhecer.

E Franca, para quem não sabe, é uma cidade um pouquinho mais fresca do que as outras do interior, então o clima é até mais ameno do que está aqui dentro hoje. Vale a pena conhecer em agosto. Visitem Franca, conheçam as cavalhadas, porque realmente é um evento maravilhoso.

Parabéns, meu amigo. (Palmas.)

 

O SR. MARCOS FALEIROS - Muito obrigado. Bom dia a todos, Professora Bebel; meu amigo, deputado Lucas Bove; Pedro, nosso vice-presidente; Jackson. Que alegria. É uma alegria receber este prêmio em nome das cavalhadas, patrimônio do nosso estado, patrimônio da nossa gente, patrimônio da nossa cidade.

E eu queria dizer que as cavalhadas, além de um folguedo, um teatro a cavalo, uma festa cultural, folclórica, que surgiu naqueles idos do século XIX, a cavalhada surgiu como um festejo, inserida no festejo do Divino Espírito Santo naquele tempo. Então, isso persistiu por gerações, por quase 200 anos, e queremos levar isso ainda por mais 200 anos. Que assim seja.

Quero destacar, ainda, para encerrar e ser breve, que as cavalhadas são utilidade pública estadual, aprovada por lei nesta Casa, de autoria do nosso sempre deputado, meu amigo, Welson Gasparini, pessoa a quem muito bem quero e sempre agradeço.

Muito obrigado.

Obrigado, Lucas.

Obrigado, professora.

Um grande abraço a todos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Parabéns, viu? Opa, agora é um assunto importante. Parabéns, parabéns, meus amigos. Eu vou ficar em pé aqui, vou tirar o chapéu, mostrar meus cabelos brancos. Comadre Inezita, ela...

Eu fui umas 15 vezes lá no programa dela. Ela sempre falava comigo assim, depois que ela tomava o uísque dela, assim, um dedinho assim, ela colocava mais uns dez dedinhos de água, era só para fingir que estava bebendo, ela falava assim: “meu compadre, faça igual, mas faça diferente”. (Palmas.)

Então, para receber a homenagem em memória ao cantor Amaraí - que voz linda, Santíssima Trindade -, vamos chamar o seu rebento, seu filho, que é também cantor, o Francis Amaraí.

Chamo a Sra. Iara Aparecida Benedetti para entregar o prêmio da dupla Belmonte e Amaraí. (Palmas.) Domingos Santos da Cunha. Podem vir chegando aqui, no botequim. Domingos Santos da Cunha, ajude-me aqui. Quem mais tem que chamar? Domingos Santos da Cunha.

 

O SR. FRANCIS AMARAÍ - Domingos Sabino da Cunha.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Exato.

 

O SR. FRANCIS AMARAÍ - Meu saudoso pai. Que presente poder estar aqui ao seu lado. Eu estou muito feliz e muito emocionado. Que emoção.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Olha, para você vir aqui, falar um pouquinho do seu paizinho. A dupla Belmonte e Amaraí ficou conhecida pela música “Saudade de Minha Terra”.

 Olha, eu vou ser meio atrevido agora e vou dizer para vocês, com todo o respeito à deputada aqui, que não quer qualificar uma coisa diferente de tudo, que tudo é música, mas eu vou me arriscar a dar um cheque, que eu sou daquele tempo do cheque, de três mil reais para quem cantar o atual sucesso do Leonardo. É o atual, que está tocando agora. Canta para mim? Eu passo para quatro. Cinco.

Agora eu vou dar um abraço maravilhoso em quem cantar um pedacinho de “Saudade de Minha Terra”.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. FRANCIS AMARAÍ - Eu não tenho palavras de gratidão. Cinco anos e sete meses atrás perdi meu pai, meu saudoso pai, com quem trabalhei por quase 18 anos, com o Belmonte ao lado dele.

Nosso inesquecível Pascoal Todarello partiu em 1972, e por mais de 58 anos essa canção rende alegria ao nosso País. E parabéns a esta Mesa maravilhosa, Professora Bebel, por este projeto lindo da música raiz; à nossa rainha, inesquecível madrinha, Inezita Barroso.

E hoje é um presente ainda maior estar ao lado do Jackson, porque eu assistia ele desde menino, e falei: “Meu Deus, é um sonho realmente realizado de uma forma...”. Pena que o pai viajou antes do combinado, mas estamos aqui para poder dar continuidade ao legado dele.

Sabe de onde surgiu esse presente? O finado, saudoso esposo da Iara Benedetti, é o Dorinho, da dupla Nenete e Dorinho, e foi o Nenete quem levou meu saudoso pai, com o Belmonte à RCA Victor, de onde surgiu uma “Morena Cheirosa” e “Saudade de Minha Terra”, com mais duas milhões de cópias em 1966.

Obrigado, Brasil.

Obrigado a todos. É muita emoção.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

Bom, eu tenho que continuar aqui, não é? Mas eu só queria dizer uma coisa, professora. Parabenizar esta Casa também, esta bancada, porque certa vez o Sr. Tião foi chamado pelo Sr. Juscelino, então na época presidente, para tocar viola.

Aí o Sr. Juscelino ficou apaixonado. Apaixonado, foi lá e o Sr. Tião, “de boinha” ali na viola, cantando aquelas modas lindas. Terminou e ele não conseguia tirar os olhos do Sr. Tião. Ele falou: “é muito difícil isso, não é, Sr. Tião? É muito difícil, é um dom divino. Nossa, eu acho que além de ser presidente eu queria tocar viola. É muito difícil isso que o senhor faz”.

Aí o Sr. Tião pegou na mão do Sr. Juscelino e falou assim: “é muito difícil mesmo, presidente. Agora, é mais difícil encontrar pessoas para apreciar”. E esta Casa e esta bancada estão fazendo isso.

Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - E para receber o prêmio “Melhor Intérprete”, nós chamamos Luís Cláudio Soares Lacerda. Que nome bonito, não é? Eu vou repetir. Luís Cláudio Soares Lacerda. Eita, meu amigo. Tem que falar um tiquinho de você.

 

O SR. LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA - É só Cláudio Lacerda, na verdade. Economiza um pouco.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Mas eu achei bonito seu nome. Nome comprido é nome de gente talentosa.

 

O SR. LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA - É um dos maiores nomes da música caipira.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Deixa eu dizer aqui que você nasceu na Capital paulista, em 19 de maio de 1969. Eu acho que isso é mentira. Você é mais novo.

 

O SR. LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA - Foi por aí mesmo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Ainda jovem, mudou-se para Botucatu, onde fez a faculdade de Zootecnia. Por que essa paixão pela Zootecnia?

 

O SR. LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA - Eu queria era sair de São Paulo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Qualquer coisa?

 

O SR. LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA - Eu queria sair daqui. E aí eu gostava muito de bicho, de fazenda, e aí fui fazer Zootecnia em Botucatu, e é uma cidade linda. Moro lá até hoje.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É, mas como a professora disse que o sertanejo é um negócio dinâmico, vamos trazer o prêmio aqui para o moço. É um negócio dinâmico. É festa.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

Fale no microfone. Essas coisas a gente conversa para todo mundo ouvir. Se for dívida nós não falamos, não.

 

O SR. LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA - A gente trocou uma mensagem uma vez, porque eu musiquei uma poesia, um dos últimos versos do “Palmeira”, do Diogo Moleiro, e a Cláudia Fleming, filha dele, me passou o teu contato.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eu falei direitinho com você?

 

O SR. LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA - Foi. O senhor foi muito educadinho. Aí ela falou: “Mostra para o Jackson, porque se ele aprovar é porque ficou linda”. E aí você mandou uma mensagem toda linda, falando: “Ah, está bonito demais”.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Você sabe que a vida foi me tangendo naturalmente. Eu não conheço Caetano, que eu tenho um respeito. Doido para conhecer. Tenho uma paixão pelo Roberto. Qual cabra da roça que não acha bonitas as canções do Roberto?

Mas a vida foi me assoprando para outros lados. Conheci o Sr. Boldrin. Conheci o Sr. Tião. Enfim, fui conhecendo a caipirada toda, Dona Inezita, Sr. Boldrin, foram me empurrando para o meu lado.

 

O SR. LUÍS CLÁUDIO SOARES LACERDA - O Tinoco participou de um disco meu. Tinoco, Pena Branca, o Boldrin também. Eu queria agradecer a Professora Bebel pela proposta de fazer esta linda homenagem, merecida. Ano que vem a Inezita completaria 100 anos, e certamente haverá muitas homenagens a ela, e certamente não serão suficientes para homenagear uma mulher daquele tamanho, que fez tanto por nós, tanto pela cultura caipira.

Então, obrigado por esse lindo movimento, esta premiação que já acontece há algum tempo, claro.

Obrigado, Jackson, por nos representar aqui. Que coisa linda você, prazer meu em conhecer.

Muito obrigado pelo prêmio.

Obrigado Ademar, pela indicação. Leda, a caravana de Diadema.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Caravana de Diadema. Abraço caipira. Vamos tirar um retrato.

 

O SR. ADEMAR DE GASPERI - Eu me sinto muito honrado de estar aqui, neste momento, para fazer a entrega da homenagem ao Luís Cláudio Lacerda Soares Lacerda, porque é um grande pesquisador.

Há mais de 20 anos, ele pesquisa a música caipira, a música de raiz. Ele é pesquisador, é divulgador e promotor da música caipira, compositor de várias músicas também.

A gente tem tido a oportunidade, o nosso grupo, especialmente na divisa entre São Paulo e Diadema, nós temos tido a graça, a oportunidade de vê-lo junto de nós, de apresentar suas músicas autorais também.

Quando soubemos, o nosso grupo lá, a nossa associação indicou o Cláudio, e quando nós soubemos que ele foi contemplado ficamos imensamente felizes, porque a gente acredita nessa batalha de resistência para divulgar essa música de raiz, que, como a Bebel disse, desde a nossa infância lá no alto-falante da igreja, a gente ouvia a música logo da manhã. Você ouvia aquelas músicas, que ainda trazem bastante saudade.

E é por isso que a gente está muito alegre, bastante felizes aqui de poder participar desta cerimônia.

Obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Agora a Mesa ficou florida. Grupo Seresteiros da Viola. Que gostoso de falar, não é? Seresteiros da Viola. É lindo, não é? Seresteiros da Viola. Ao invés de ficar comprando calmante para dormir, pega o LP dos Seresteiros da Viola e vai ouvir, que não tem contraindicação.

Um grupo formado por professores, alunos da Escola Técnica de Arte “Santa Cecília”, de Taquaritinga-SP, de pessoas da comunidade amantes da música sertaneja de raiz. Só por isso, já merece o nosso aplauso. (Palmas.)

E o que é que eu faço aqui agora, Cris? Aquele “tpzinho” parou, está vendo? Aquela coisa que o William Bonner lê tão bem, se bota um matuto para ler aquilo ali, é um trava-língua, não é? Mas é tanta coisa sobre você, Lalau, que só para falar isso aqui, eu demoraria. Só para falar da qualidade de você, eu... Como diz no Sertão: “não fale muito do cabra, deixe ele mostrar o que sabe”.

E para entregar o prêmio, a Professora Bebel, que já tem um fã aqui, entre vários que ela tem e o Sr. Renato... Me ajude. Renato...?

 

O SR. ADILSON - Scardoelli.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Repete que foi bonito.

 

O SR. ADILSON - Renato Scardoelli.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Renato Scardoelli. Eu vou te contar uma coisa, que nome bonito. Vem cá, meu amigo. (Palmas.)

A interpretação do Hino Nacional do Rio Piracicaba, olha que bonito. Eita, meu amigo. Não, eu vou tomar de você e eu faço questão de lhe dar. Faz de conta que você não ficou sabendo de nada e eu vou chamar você. Vai, volte para lá. Vamos fazer tudo de novo. (Voz fora do microfone.) (Palmas.)

Mirian, nossa diretora, por favor, fique à vontade.

A nossa vereadora, desculpe.

 

A SRA. ROSELI JANUNZZI DE SALLES - É uma honra para nós, dos Seresteiros da Viola, estarmos recebendo este prêmio, sendo a Inezita um ícone da música sertaneja de raiz, para nós é uma grande emoção. Esse grupo, que é composto por alunos, professores e pessoas da comunidade que amam a música de raiz. Este ano a gente completa dez anos de existência e a gente não vai deixar isso morrer.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eu sei que não. Deus abençoe. (Palmas.) Fique à vontade quem quiser. Fique à vontade, meu amigo.

 

O SR. RENATO SCARDOELLI - Muito obrigado, a gente agradece à Comissão de Educação e Cultura aqui da Alesp, em nome da Professora Bebel, Sra. Presidente, que acatou a nossa indicação do Seresteiros, que é um grupo - acho que com 20 integrantes - lá de Taquaritinga, e hoje vieram cerca de dez, doze.

E é um grupo ligado à nossa Escola Técnica, de música e artes, o Etam lá de Taquaritinga. E... É isso.

Muito obrigado por acatar a nossa indicação. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Muito obrigado. Vamos fazer o retrato, não é? Muito obrigado, parabéns, Deus abençoe. (Palmas.) Muito obrigado.

João Carlos Martinez, comunicador. João Carlos Martinez de Araújo, nascido na cidade de Itu, São Paulo. “Eita”, falei como se eu não conhecesse você, teve até um “desprezozinho”, porque nós somos amigos; porque nós somos amigos, meu amigo. (Voz fora do microfone.)

Parabéns.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Eu agradeço de coração a todos vocês porque, para mim, isto aqui é um Oscar da música raiz.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Mas é.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Sem dúvida nenhuma, não é? O Pedro Bento, Joel Antunes Leme, o Pedro Bento, que ia muito no programa da Inezita Barroso. Joel Antunes Leme é de Porto Feliz, estado de São Paulo, nascido em Sete Fogões. Herói Sem Medalha...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - E eu me lembro do Celinho ainda...

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Celinho junto, também.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Que ele fazia umas brincadeiras e dizia assim: “Pedro Bento pela estrada...”, e ele falava assim: “E Celinho”.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - É. E ele, antes de falecer, falou...

Eu encontrei com ele lá Porto feliz e ele falou assim: “João, não pare de divulgar a música raiz, porque vai acabar”. Então, a gente que é do interior - pessoal de Porto de Feliz, terra de Bandeirantes -, de lá que partiram os bandeirantes rumo à Cuiabá, para desbravar este Brasil “velho sem porteira”.

Eu mando um abraço a todos que estão nos assistindo e, representando Porto Feliz - eu sou nascido em Itu também, vizinho -, mas eu sou porto-felizense, então eu...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Tem alguém aqui de lá?

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Meu amigo, Cássio Carlota. Ali, olha.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - “Eita” caboclo.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - O senhor já ouviu falar de “Cururu” ou não?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Claro.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Ele é um grande repentista cururu.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Cururu. Eu levei cinco anos para aprender a batida de um cururu.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - É. E a Inezita gravou a música tema de “Cururu”. A Inezita gravou essa música, inclusive é tema de abertura do “Meu Cururu”.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Amora da Pinga é um cururu.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Amora de Pinga é. E eu faço esse trabalho do cururu e da moda sertaneja de raiz em uma rádio lá em Porto Feliz, estado de São Paulo.

Então, como eu disse, é uma honra, é um prazer muito grande estar aqui hoje recebendo este prêmio. Isso aí, para mim, não tem preço que pague, porque o trabalho de formiguinha para não deixar a música raiz terminar...

Porque a música nova, a gente respeita, mas se não fosse Pedro Bento, Liu e Léo, Silveira e Barrinha, quem mais? Belmonte e Amaraí, Nenete e Dorinho, Craveiro e Cravinho. Quer mais? Não, tem bastante. Se não fossem eles, hoje esse pessoal novo não estaria colhendo fruto.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Não estariam, não.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Muito obrigado, gente, de coração. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Em homenagem a você, eu vou contar aqui.

Eu fui ao Prêmio da Música Brasileira, lá no Theatro Municipal, todo mundo de “black tie”. Zé Mulato e Cassiano com as camisas listradas, parecendo um barril amarrado pelo meio, entraram.

E no final... Acho que era não sei o quê “show”... “Multishow” filmou aquilo para passar depois do “Fantástico”. Aí a moça perguntou para ele, falou assim: “Zé, como é que você está se sentindo em ganhar o prêmio?”.

Ele falou: “Na verdade, eu estou muito satisfeito. Eu mais Cassiano e a viola nas costas, lutando pela bandeira da verdadeira música raiz. E você sabe que, no fundo, nós usamos metralhadora... Não, e na verdade, seguinte: ‘nós usa’ estilingue contra quem sua metralhadora”.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - É, Zé Mulato e Cassiano têm a música “O homem e a espingarda” também, não é? Tem.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Aí depois diz: “Se me chamam de caipira, eu fico até agradecido, pois falando sertanejo, eu posso ser confundido”.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - E é exatamente assim que ele fala, o Zé Mulato e Cassiano. Foi um prazer, Jackson Antunes, muito obrigado. Obrigado, Bebel, obrigado. (Palmas.)

O deputado Jorge Caruso também, eu gostaria de agradecer, ele que fez a indicação; ao pessoal de Porto Feliz. Muito obrigado mesmo a todos aqui que estão presentes neste evento maravilho, uma coisa que vai ficar por toda a minha vida.

Muito obrigado.

Deus abençoe.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Muito obrigado, viu?

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Eu que agradeço, meu amigo. Você sabe que eu toquei outro dia, lá na Rádio, a sua declamação da “Cabocla Tereza” com As Galvão. Eu falei: “eu vou estar com esse cara aí”. Você lembra dessa gravação?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eu gravei com elas...

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Está vendo? As Galvão...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É, As Galvão.

 

O SR. JOÃO CARLOS MARTINEZ DE ARAÚJO - Um abraço, muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Mário Campanha, eita... (Voz fora do microfone.) (Palmas.)

E nós chamamos para a entrega do prêmio... (Voz fora do microfone.) Peço desculpas.

Defensor da música raiz, Cícero Almeida, mas que ele gosta de ser chamado mesmo, professora, de...

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Ciceronni?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É isso mesmo. Dizem que quando chama ele de Cícero, ele fica meio assim, mas se chamar de Ciceronni ele faz...

Robertinho, que tocava com dona Inezita. Bebel, é lindo, não é? É carinhoso, é fofo, não é? O Robertinho sanfoneiro, se dona Inezita o chamasse de sanfoneiro, ele ficava muito bravo. Se chamasse ele para tocar forró, ele ficava muito bravo.

Eu, só para atentar ele, porque nós éramos muito amigos, falava: “Sanfoneiro, toque um forrozinho para nós”. Ele falava: “Não, eu sou acordeonista”. Mas depois que ele bebia umas cachaças... Estou demorando? Como é que é? Falta o Donato? Desculpe.

Deixa eu olhar, porque eu dei uma perdida aqui, fico contando causo no meio das coisas. Quem é que eu tenho que chamar, professora? Donato. Agora eu vou fingir que não escutei, corta. O pessoal vai cortar isso na edição, eu vou sair lá tudo bonitinho. Não vou sair, porque é ao vivo.

Donato, deputado estadual. (Palmas.) Cabelo prateado lindo. Mas vocês estão lindos também. Dona Fernanda assumiu o cabelo dela, que coisa linda, não é?

 

O SR. DONATO - PT - Obrigado, Jackson. Professora Bebel, deputado Reis, deputada Márcia Lia, deputado Simão Pedro, deputado Eduardo Nóbrega, querido Marcos Martins, sempre deputado, deputado Giannazi também aqui presente. Eu queria convidar o Ciceronni.

O Ciceronni é um ativista cultural e um grande incentivador da música raiz. Ele que me falou deste prêmio, quando eu ainda não era deputado. Atua lá em Mairiporã, promove a música caipira raiz e participou da elaboração deste prêmio quando trabalhou aqui na Assembleia também.

Então eu acho que ele pode contar um pouco disso, não é isso?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - A gente quer ouvir. Por favor, meu amigo.

 

O SR. CÍCERO ALMEIDA - Boa tarde, pessoal. Bom, em 2015 nós recebemos aqui nesta Casa a despedida da Inezita Barroso. Aqui atrás nós temos o Hall Monumental, e foi feito o velório da Inezita aqui.

Foi a nossa última despedida dessa mulher heroína da nossa música. E aí eu subi indignado para o gabinete do deputado Marcos Martins, de tamanha obra que essa mulher sempre representou e ainda representa no nosso estado e no nosso País.

Pouquíssimas mulheres fizeram esse transporte tão duro que a Inezita fez em uma sociedade ainda bastante machista. E coloquei, conversando com Marcos Martins, a ideia de a gente fazer o Prêmio Estadual Inezita Barroso aqui nesta Casa.

Imediatamente, o deputado abraçou a causa e fui conversar com a família da Inezita, a Marta Barroso, a única filha que ela teve. Ela achou muito boa e honrosa esta propositura. Logo esta Casa aprovou cem por cento.

Hoje, se aqui existe, graças a Deus, por causa do mandato do deputado Marcos Martins, o entendimento dos artistas quanto ao valor da Inezita Barroso e todos os parlamentares como esses que hoje estão aqui nesta sétima edição já promovendo...

Isso aqui que está fazendo é o que a Inezita fazia. Buscava, lá dos fundões, os grandes artistas que eram desconhecidos e trazia à luz das câmeras pelo programa dela. Isto é Inezita Barroso. Então, quero agradecer imensamente.

Eu só vou quebrar um pouquinho o protocolo, porque tem duas pessoas que vieram - assim elas dizem - para me homenagear, mas quando viram o Jackson e são muito fãs do Jackson, eu quero estar ao lado do Jackson.

Então eu queria convidar o pessoal de Mairiporã, que é a cidade que eu tenho de coração, e a dona Genilde e a dona Geci para comparecerem, para a gente fazer esse registro geral. Prometo que eu não tenho mais nada a dizer, a não ser: a cultura popular é a maior resistência de uma nação.

Viva Inezita, viva nossa cultura popular brasileira. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Viva, viva.

 

O SR. DONATO - PT - Vou aproveitar e vou entregar.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Por favor. Vamos fazer o retrato.

 

O SR. DONATO - PT - Pode se aproximar. Vamos tirar a foto aqui todo mundo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Muito obrigado, meu amigo. Elas vão ficar aqui perto da professora.

 

O SR. DONATO - PT - Mas, no fim, o Jackson vai fazer uma fila aqui para tirar foto com todo mundo, não é, Bebel?

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Viva a cultura popular.

 

O SR. DONATO - PT - Bom, Bebel. Ela me pediu para fazer um agradecimento, mas vou fazer um desafio. O ano que vem é o centenário de nascimento da Inezita. A festa está linda aqui, mas nós temos o desafio de fazer uma festa ainda mais bonita que essa. É isso, e eu tenho certeza que a Comissão de Educação e Cultura presidida pela Bebel vai cuidar disso com muito carinho, não é isso?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Sempre começa um ano antes a organizar e atende a demanda de todos. Muito obrigada, Donato. Parabéns aqui.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Muito obrigado, viu. Deus abençoe. Parabéns, poeta. Até o Azevedo estava aqui. Eita, meu amigo.

Obrigado, viu.

 

O SR. - Depois eu tenho que ter uma foto.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Com muito carinho.

 

O SR. - Você é a favor do casamento?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Mas você vai tirar o retrato? Eu sou a favor do casamento. Muito obrigado. Olhe, eu falei dos seresteiros da lua, agora vem dois girassóis. Se um girassol já é bonito, eu fico imaginando dois girassóis.

A dupla “Dois Girassóis” é formada pela cantora, letrista e percussionista Luiza Helena Novaes e pelo acordeonista - está vendo, Albertinho? Acordeonista -, violeiro e compositor Aloisio Cesar Batista de Oliveira. Cadê meus compadres? Minha comadre. Não é você? Mas não tem problema, não. Quem representa é a alma e a essência. Por favor.

Deputado, desculpe. Nós vamos botar a culpa no (Inaudível.)

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Posso falar?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Claro que pode falar.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Então vamos lá. Bom dia a todos e a todas. Quero saudar todos os artistas, músicos. É uma honra estar participando aqui, mais uma vez, da entrega deste prêmio importante, aprovado aqui na Assembleia Legislativa, da Comissão de Educação e Cultura, Inezita Barroso. Saudar aqui o autor da lei, o nosso colega Marcos Martins. Uma salva de palmas ali para ele. (Palmas.)

Lembro-me que não foi fácil aprovar essa lei, ele estava me dizendo aqui, em 2015. Mas nós aprovamos a lei, ela é uma realidade e a intenção dessa lei é homenagear a música popular brasileira, que é a melhor do mundo, é a melhor do planeta.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É a melhor do mundo.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - É cultuada em todo o mundo, sobretudo a música raiz, a música sertaneja, a música caipira, sobretudo do nosso estado, do interior paulista.

O grupo musical “Dois Girassóis” é um grupo importante que eu conheço já há muito tempo; faz esse resgate da música brasileira, da música de raiz, da música nordestina também.

Eles estão divulgando a música no mundo inteiro, Bebel, tanto é que eles não estão presentes hoje aqui. Eles estão voltando hoje dos Estados Unidos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Deus abençoe.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Estavam fazendo apresentação fora do Brasil, em uma turnê internacional, promovendo a nossa música. Então, a Geane, que é irmã do Aloisio, está aqui, mas eu queria chamar a mãe, também, do Aloisio e o filho.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Por favor.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dona Neusa, e também o Aécio, que é o irmão, que vieram aqui representar a dupla “Dois Girassóis”. Por favor.

E eles têm um trabalho muito importante de resgate da música. São dois grandes artistas, compositores, instrumentistas, que se associaram a esse movimento do resgate da Música Popular Brasileira, sobretudo da música regional. Isso tem dado uma grande contribuição.

Então, dona Neusa, vamos chegar.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Dona Neusa, fique à vontade, viu.

 

A SRA. NEUSA - Parabéns, aí, para o senhor, viu?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Imagine. Ah, dona Neusa...

 

A SRA. NEUSA - Muito sucesso. Eu tenho certeza que o meu filho conhece o senhor, porque ele é um músico também...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Ah, com certeza, a gente se conhece.

 

A SRA. NEUSA - Que está em todas as categorias por aí...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Ah, eu sei...

 

A SRA. NEUSA - É que eles não puderam vir, porque eles estão nos Estados Unidos. Estão chegando amanhã.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Estão trazendo divisas para a gente... (Vozes sobrepostas.)

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Muito prazer.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Prazer, meu amigo. Muito obrigado. Fique à vontade. Muito obrigado.

Muito obrigado. (Vozes sobrepostas.)

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Bebel, ela é professora. Ela é professora. E vai dar uma palavrinha também.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Por favor, professora.

 

A SRA. GEANE - Bom dia a todos. É um prazer enorme estar aqui nesta Casa. Estou muito emocionada por estar representando o meu irmão, Aloísio Cesar, e a minha cunhada, Luiza Novaes. Se vocês não conhecem o trabalho deles, visitem lá no YouTube “Dois Girassóis”.

E só para contar rapidinho aqui, Jackson. O Aloísio foi o único que meu pai não apostou em música. Ele apostou em mim, ele apostou na outra irmã, ele apostou no outro irmão. E aí ele não apostou no Aloísio. O Aloísio foi o único que deu fruto. E ele toca sanfona. Sanfona, porque a gente conhecia como sanfona. E toca muito bem. E eu sou fã. Não tem como.

Então, só agradecer à Casa, à Bebel. Agradecer também ao Carlos Giannazi, que a gente conhece também, que é lá do bairro, - desde pequenininha a gente conhece - e tem um papel muito importante na Educação.

Sou professora. Estou aqui representando os professores... (Palmas.) Muito importante, não é? Quem não passou na mão de um professor aqui, não é? Vai passar, já passou. Então, os professores são muito importantes na nossa sociedade. E a gente tem uma luta aí muito grande. E é isso.

Agradecer de coração.

 

A SRA. NEUSA - Deixe-me falar um pouquinho só depois...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Claro que sim...

 

A SRA. GEANE - E só falar uma...

 

A SRA. NEUSA - Falar o resto...

 

A SRA. GEANE - É, agradecer mesmo. E agradecer, claro, à Inezita Barroso. Aloísio esteve no programa dela algumas vezes. E agradecer a vocês todos que estão aqui.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Muito obrigado. Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Por favor.

 

A SRA. NEUSA - Oi, gente. Bom dia. Não sei se é bom dia ainda. Olhe, eu estou muito feliz de estar aqui hoje, embora o meu filho, o Aloísio, não esteja aqui para receber o troféu dele, o prêmio.

Mas eu agradeço também ao grupo de viola, que ele já se apresentou junto, no mesmo programa da Inezita, há muitos anos. Eu tenho foto de vocês, hein? Os coletes marronzinhos guardados em casa. E eu acho isso aqui muito bacana. Nossa, muito lindo, gente.

Parabéns a todos os músicos e ao Carlos Giannazi, que os conhece desde quando eram crianças. Estudou no colégio, não é, Carlos? Então eu agradeço ao Toninho e também a todos vocês que estão aqui hoje.

Parabéns aos músicos, viu? (Palmas.)

Quer falar alguma coisa, Aécio?

 

O SR. AÉCIO - Viva a cultura caipira! Viva a cultura popular brasileira! E viva Inezita Barroso!

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Viva, viva, viva, viva! (Palmas.) (Vozes fora do microfone.) Está bom, meu amor. Está certo.

Obrigado. Obrigado, amor.

Obrigado.

 

A SRA. NEUSA - Parabéns, viu?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - Obrigada, viu, querida.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Minha amiga, muito obrigado, viu? (Vozes fora do microfone.) Você trouxe meus óculos também? Alguém tem óculos aí? Dois e meio, três, para me emprestar? (Vozes fora do microfone.) Rogério, não é? É o seu Rogério que vai entregar o prêmio, não é?

Jocelino Soares, em quase cinco décadas de consistente produção, o pintor, o escritor... Agora que a gente está chegando mais... Eu vou falar mais um pouco das pessoas, dos premiados.

Jocelino Soares é considerado pelos seus críticos mais acurados - quer dizer, mais exigentes - o artista do povo da roça, que pinta o campo, o interior do mundo ou ainda, que transforma em arte a criação maior que nasce da terra, que brota de almas simples e genuínas, que transborda nos ribeirões e salta dos olhares prenhes de sonhos.

Aos 65 anos, Jocelino tem extenso currículo Brasil afora e mesmo no exterior, com mostras na Itália e nos Estados Unidos. Além da pintura, o artista também se aventura como escritor. Eu acho que vai mais além da aventura.

É autor de livros e cronista no “Diário da Região”, principal jornal de São José do Rio Preto, a cidade onde mora desde menino. Assim como seus quadros, seus escritos tematizam a vida no campo que ele procura captar já a partir da linguagem que emprega nos seus textos.

Desde 2017, mantém programa radiofônico na Rádio Educativa FM 106.7: “Café com Viola”. Olha que título maravilhoso, Café com Viola, das seis às sete da manhã, levando a cultura caipira. A emissora é da Prefeitura de Rio Preto. E a entrega do prêmio será feita pelo deputado Rogério Castro. (Palmas.)

Que lindo esse texto, que coisa bonita!

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Muito bonito!

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Não só o texto, mas a vida dessa pessoa que se dedica às coisas da roça. Na verdade, às nossas verdadeiras raízes. Por favor. Por favor. Por favor.

Bem-vindo.

 

O SR. ROGÉRIO CASTRO - Eu sou o jornalista Rogério Castro. Na verdade, sou assessor do deputado Itamar Borges, Jackson. Só para pontuar.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Tudo bem. Está certo, meu amigo.

 

O SR. ROGÉRIO CASTRO - E eu queria ser breve. São José do Rio Preto é um celeiro, porque a gente fala...

Quando a gente pensa na cultura caipira, a gente pensa logo na música, mas a cultura caipira é muito ampla. Nós temos a culinária, nós temos o catira, a dança. E uma expressão menos conhecida é a pintura. E Rio Preto é um celeiro de pintores - que alguns falam primitivistas; outros, Naïf; arte espontânea.

É de São José do Rio Preto, José Antônio da Silva. Um senhor simples que veio da roça e que hoje tem quadros no Masp e no mundo inteiro. E é considerado um dos maiores pintores da arte primitivista. E o Jocelino é um dos grandes nomes dessa escola. Ele está completando 50 anos de carreira, e é um prêmio mais do que merecido.

E o Itamar teve esta boa ideia de homenageá-lo.

Parabéns. (Palmas.)

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Jocelino, quer dar uma palavrinha?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Fique inteiramente à vontade. Esta roça é sua.

 

O SR. JOCELINO SOARES - Eu quero dizer, igual a todo mundo... Agradecer, só agradecer. Está aqui o Daniel Pereira, de Poloni, que você esteve lá...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Nós nos encontramos...

 

O SR. JOCELINO SOARES - Nós estivemos lá em Poloni...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Sim, sim. Sentimento Sertanejo.

 

O SR. JOCELINO SOARES - No Sentimento Sertanejo. Agradecer à nobre deputada. Enfim, agradecer a todos os presentes e principalmente ao nosso querido deputado Itamar, que nos indicou para este prêmio. Se eu tivesse mais um tempo, eu até faria uma declamação, mas o tempo está curto.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Poeta.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Uma declamação curtinha... Não é curtinha? Não é curtinha?

 

O SR. JOCELINO SOARES - Mais ou menos...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Ah, então faz ela curtinha...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Ah, por favor. É a deputada é que manda aqui. A professora é que manda aqui.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Vou mudar um pouco o script, senão fica muito retinho. Não é?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Isso. É verdade. É verdade.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - É coisa de professora.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eu sei, eu sei.

 

O SR. JOCELINO SOARES - “Lenço Preto”.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Por favor.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

Oh, que beleza!

 

O SR. JOCELINO SOARES - Obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Nos encontramos lá no Sentimento Sertanejo, do nosso compadre, lá em Polônia. Com isso tudo que a gente ouve, eu tenho cá por mim e me atrevo a dizer que nós já somos primeiro mundo há muito tempo, e alguém esqueceu de nos dizer. Como é que vai ser? (Vozes fora do microfone.)

Ah, por favor, ajude, porque caipira, se deixar, ele fala dia e noite. E eu sei que tem um protocolo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMONIAS - GUGA MENDONÇA - Então, continuando aqui, eu chamo agora o Trio Projeto Caipira, formado pelos músicos Suzana Salles, Lenine Santos e Ivan Vilela, para a entrega do prêmio...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eita!

 

O SR. MESTRE DE CERIMONIAS - GUGA MENDONÇA - Do deputado Simão Pedro. (Palmas.) Eu peço que o deputado Reis e a dupla Juninho Lima e Marcel já fiquem ao lado para a entrega da próxima homenagem.

Os talentosos artistas Suzana Salles, Lenine Santos e Ivan Vilela uniram suas vozes e talentos... (Vozes fora do microfone.)

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Estamos te acompanhando na TV.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - (Vozes fora do microfone.) Tudo bom, querida. Tudo bom. (Vozes fora do microfone.) Eita. Prazer enorme, viu? Prazer enorme. (Vozes fora do microfone.)

Sim, meu amigo, vem.

 

O SR. MESTRE DE CERIMONIAS - GUGA MENDONÇA - Os talentosos artistas Suzana Salles, Lenine Santos e Ivan Vilela uniram suas vozes e talentos para apresentar um rico repertório da música caipira brasileira... (Vozes sobrepostas.)

Nos projetos “Caipira”, de 2004; “Mais Caipira”, de 2009... (Vozes sobrepostas.) E “Ainda Mais Caipira”, que está em produção. Canções como “Boi Soberano”, “Beijinho Doce” e “Índia” ganham uma abordagem simples, direta e contemporânea... (Vozes sobrepostas.)

Refletindo a pesquisa e a referência individual de cada músico ao longo de suas carreiras, o projeto teve início em 2002, quando Suzana e Lenine se uniram durante a turnê sobre a Semana de Arte Moderna de vinte e dois.

Percebendo seu vasto repertório em comum da cultura caipira, convidaram Ivan Vilela para completar o trio, reconhecendo a sua singularidade e contribuição vital para a autenticidade do projeto.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Quem entrega o prêmio? (Vozes fora do microfone.) Claro que pode.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Pode, meu amigo. Você pode falar, meu amigo. (Vozes sobrepostas.) Ah, tá vendo como é que a professora é importante? Não, calma. Calma. Calma. Ela me pediu, eu vou ter que falar que o meu amigo Simão Pedro, carinhosamente, vai entregar o prêmio aqui. Meu amigo.

Muito obrigado, muito obrigado, Simão. Muito obrigado.

O microfone está aqui à sua disposição.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

A SRA. SUZANA SALLES - Muito obrigada. É um prazer, deputado Simão Pedro. (Palmas.) É um prazer estarmos aqui, principalmente porque a Inezita habita cada um de nós. Então, isso é cultura.

Obrigada, gente. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMONIAS - GUGA MENDONÇA - E, neste momento...

 

O SR. LENINE SANTOS - Obrigado. Viva Inezita! Quero lembrar nosso parceiro, violeiro, arranjador dos nossos CDs, Ivan Vilela, que está doente, não pôde vir agora pela manhã.

Muitíssimo obrigado a todos pelo prêmio. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Muito obrigado. Se bem que o Ivan Vilela, para estar doente, ele deve estar produzindo.

 

O SR. LENINE SANTOS - É.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Bom dia, pessoal. Que alegria. Salve, Inezita Barroso! Eu conheci a Suzana já como música, como cantora, compositora, quando ela cantava com Itamar Assunção, quando cantava com Arrigo.

Mas eu tive a sorte de conhecer a Lúcia, que é minha assessora, que é irmã da Suzana, e ela me apresentou esse trio maravilhoso, que é o Trio Caipira. (Vozes sobrepostas.) Primeiro eu conheci no primeiro CD de 2004, “Mais Caipira”? Depois veio mais...

Vai chegar o “Mais Caipira Ainda”, não é? Então, assim, uma coisa maravilhosa, pessoal. Vocês vão ter oportunidade de assistir daqui a pouco, ali no Hall Monumental, a voz maravilhosa da Suzana e desse tenor maravilhoso que é o Lenine.

Essa junção com a viola caipira do Ivan, então, ficou uma coisa maravilhosa. Eu queria convidar vocês para conhecer essa coisa fantástica. É um prazer poder sugerir e entregar este prêmio da Comissão de Educação e Cultura, que homenageia a nossa querida rainha Inezita Barroso.

Salve a música caipira!

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Salve, salve!

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

Viva! Mais uma vez, eu vejo a dona Inezita sorrindo ali, ali e ali. E sinto a presença dela com aquele sorriso de luz.

 

O SR. MESTRE DE CERIMONIAS - GUGA MENDONÇA - Vamos dar continuidade à homenagem. Agora eu chamo Juninho Lima e Marcel, que serão homenageados pelo deputado Reis. (Vozes sobrepostas.)

Eu peço também que Wagner e Walmir, que serão homenageados pelo deputado Eduardo Nóbrega, já fiquem ao lado para receber o prêmio posteriormente. (Vozes sobrepostas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Satisfação.

 

O SR. REIS - PT - Juninho Lima, Marcel.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eita, bitelo de “chapeuzão” bonito da gota. Rapaz, mas esse chapéu está bonito, hein? É isso mesmo, um bocado. (Vozes fora do microfone.)

Eita, meu amigo, que satisfação. Oh, meu compadre. Meu “compadrão”, satisfação, viu? Oh, rapaz. Seu fã. Microfone aqui. Só querendo dizer, deixo uma sugestãozinha de caipira, que, na próxima vez - eu sei que a professora não gosta muito dos protocolos, ela vai quebrando, pediu para cantar “Índia” - na próxima vez, ela deixa um tempinho mais para nós, caipiras, podermos...

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Claro.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Agradecer.

 

O SR. REIS - PT - Nós estamos carentes. Nós estamos carentes. (Vozes fora do microfone.) Estamos carentes.

Bom, eu quero cumprimentar a todos os presentes e também os meus colegas, que não posso deixar de falar deles, a deputada Marcia Lia, o deputado Simão Pedro, deputado Donato e o Marcos Martins, nosso deputado Marcos Martins. Cumprimentar a professora...

Deputada Professora Bebel, presidente da Comissão de Educação - presidenta - e Cultura, dar os parabéns para ela por esse magnífico, extraordinário trabalho que ela desenvolve aqui na Assembleia Legislativa.

Ela nos representa muito bem e ela vai para cima da turma. Quando a turma quer emparedar a gente, ela compra a briga mesmo, não é? Então, parabéns, Professora Bebel. E eu estou aqui com os meus convidados e esta homenagem para o Juninho, para o Marcel e para o Felicidade.

O Felicidade é lá de Campinas e ele acompanha o trabalho dessa tão importante dupla. E eu fiquei muito feliz quando pude ter esta oportunidade de indicá-los para receber este prêmio.

E seria muito bom que no próximo ano... que cada dupla que viesse aqui receber o prêmio pudesse fazer uma pequena apresentação para a gente, porque nós somos carentes. Nós aqui da cidade somos carecedores...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - De sertão.

 

O SR. REIS - PT - Muito obrigado.

 

O SR. JUNINHO LIMA - Beleza, vamos agradecer primeiramente a Deus, nosso pai todo-poderoso, independente de religião, todos. E ao deputado Reis, Miltinho Jorge, grande apresentador de Campinas. Obrigado, Miltinho, pela indicação. Ao assessor, que nos assessorou até aqui com todo o carinho do mundo, nos deu todos os detalhes.

Obrigado, prazer imenso estar conhecendo o Jackson Antunes, grande figura da nossa TV.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Oh, bravão bonito da gota!

 

O SR. JUNINHO LIMA - Eita, trem! Nós, para agradecermos, nós só fazemos um trechinho assim, Olhe.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

Uma salva de palmas! Uma salva de palmas! Obrigado! (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Viva! Viva o sertão! Viva o interior!

 

O SR. REIS - PT - Eu aprendi aqui... Eu aprendi muito rápido aqui com o Jackson. Deixe que eles mostrem o que eles sabem fazer, uai.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Deixe os meninos mostrarem. Deixe os meninos mostrarem.

 

O SR. REIS - PT - Obrigado, Jackson. Vou entregar aqui, se não levo para casa, gente.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Ah, tá bom. (Palmas.) Obrigado, meu amor. Não é só aqui que as mulheres mandam também, não. Lá em casa, sabia?

 

O SR. REIS - PT - Vamos fazer a foto oficial.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Vamos fazer retrato. Vamos fazer um retrato da...

 

O SR. REIS - PT - Retrato. E quem quiser fazer um “r” de Reis...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - O “r” de Reis, o senhor faz aí? É aqui? É isso aqui? Está certo? Ah... A gente fazia o “cruz credo” assim. Agora me diz como é que é do rock, professora?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Ah, do rock eu não sei.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É aqui. Como é que é do...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Ah, é verdade.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Como é que é do rock?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Não, era...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Não, é isso aqui.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Ah, o do rock era assim.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É, é verdade.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Gostaria...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Paz e amor. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Gostaria de chamar, neste momento...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Paz e amor, paz e amor.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - A dupla Wagner e Walmir. Deputado Eduardo Nóbrega fará a entrega do prêmio.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É, “duplão”!

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Peço que a dupla Célio e Serginho, os próximos premiados, e o senhor Sílvio Albuquerque, que representa o deputado Mauro Bragato, já fiquem aqui ao lado para receber as homenagens.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Oh, “duplão” bom danado.

 

O SR. JUNINHO LIMA - Obrigado. Obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Obrigado. Viu que “gravão” bonito. Vem, meu amigo. Vem, meu amigo. Vem, meu amigo. Vem. Deixem os homens tirar retrato.

Venha, meu amigo. Venha.

 

O SR. REIS - PT - Já chegou o próximo. 

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Já chegou? Eita, rapaz. Graças a Deus, lindão. Graças a Deus. Dê-me um abraço. Eita, meu amigo. Olhe, o microfone está aqui.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Quem começa?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eu não sei o porquê trazem um matuto desse para falar? Vocês falam tão bonito. A professora fala tão bonito. Você sabe que às vezes eu coloco no... eu coloco no canal, aquele canal da Câmara, só para escutar vocês falando, mas é uma lindeza.

Aí a gente vê como a língua brasileira é bonita, não é? Eu fico encantado. Fala mais para nós.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - E ouvindo você, Jackson, a gente vê como o povo brasileiro é bonito. Você está representando todo o povo aqui.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Graças a Deus.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Saudar a Bebel, em seu nome, todos os colegas deputados, porque estamos com um pedido ali para acelerar. Saudar todos os fazedores de cultura, em nome do Bressan, secretário de Cultura... Foi secretário de Cultura, hoje secretário de Desenvolvimento de Taboão da Serra.

Saudar todos os fazedores da cultura caipira, em nome dessa dupla, que eu tenho o prazer de homenagear aqui hoje, Wagner e Walmir. (Palmas.)

Saudar todo o povo brasileiro, em nome do Jackson, que está abrilhantando com o seu talento este evento. E parabenizar a Bebel e toda a turma, toda a sua assessoria pelo evento magnífico, que faz com que a memória de Inezita fique viva no estado de São Paulo e no Brasil. Parabéns a todos.

Quero ser breve, mas dizer que... agradecer a Deus, porque, no primeiro mandato, ter a oportunidade de participar de um evento como este deixa todos nós felizes, eu em especial, porque estamos compartilhando momentos aqui. Todos estão buscando na memória algo que passou ao lado desses grandes artistas.

A cultura, ela é um conjunto de crenças, costumes de um povo. E a cultura caipira é a base da cultura brasileira. Então, muito feliz Bebel, parabéns por tudo. E eles, eu poderia falar muito da história, mas eu quero trazer só um pedacinho, Bebel.

Eu venho da região de Taboão da Serra. São oito municípios. Lá nós podemos ter diferenças ideológicas, políticas, mas se há algo que une toda a nossa região é o amor e o carinho pela cultura e principalmente por Wagner e Walmir.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Viva! (Palmas.)

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Não há das últimas gerações... Quem tem ali um pouquinho para lá de 25 anos, Jackson, que não tenha participado do seu casamento, do seu relacionamento sem ter escutado Wagner e Walmir... Eles marcaram a geração e um povo de uma região. Por isso, eles têm nomes interessantes, Bebel, como Pazini e Pazininho...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Que maravilha.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Araponga e Rouxinol. O Ubiratã e Guarani.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Muito bom.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Mas estouraram, Jackson, como Wagner e Walmir.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Que maravilha.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Eu imagino que cada um tem um jeito carinhoso de chamar o seu artista de coração.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Sim, sim.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - E eu não vou chamar nem de Wagner e Walmir, mas aqui estão para mim Galo e Gabiru. (Palmas.) Aqueles que marcam a história de Taboão e região.

Parabéns, Bebel.

Parabéns aos fazedores de cultura. Vou passar aqui. Fala um pouquinho.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Fale, fale, meu compadre.

 

O SR. WAGNER - Queremos agradecer a Deus por esta oportunidade de estarmos aqui junto a todos vocês. Ao lado de pessoas tão importantes para homenagear... Receber esta homenagem do nosso nobre deputado, Jackson Antunes, Bebel, a todos da Mesa aqui. E a nossa história se resume ao amor à cultura, que nós temos.

Queremos agradecer primeiramente a Deus, aos nossos pais que nos colocaram no caminho da viola. Engrandecendo a cada instante, a cada momento ali, puxando as nossas orelhas, fazendo com que nós chegássemos a esse ponto aqui.

Em nome da dupla Wagner e Walmir, eu quero agradecer a todos os fãs e amigos. E este troféu, Du, não é do Wagner e Walmir. Este troféu é seu, é do pessoal de Taboão, de Embu, de Itapecerica da Serra, de São Paulo, do Brasil, a todos os nossos amigos. Este troféu, esta homenagem, pertence a vocês.

E eu queria dizer aqui ao Jackson Antunes que eu quero que o senhor me ensine a passar aquela cobra coral na mão (Vozes sobrepostas.) para aprender a viola. Está bom? Muito obrigado.

Obrigado, Bebel.

Walmir.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Bebelzinha, para não quebrar. Podemos pedir só uma palinha de uma moda?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Só uma palinha.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Uma palinha. Uma palinha. Para não quebrar o protocolo, já quebrando.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. WAGNER - Um beijo para a minha cidade, Araraquara.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Que aula de dueto! Esta Casa, eu sei que já teve eventos maravilhosos, mas, a partir de hoje, da entrada da viola e dessas cantorias, esta Casa passa a ser também abençoada. Tem que se ajoelhar na entrada, antes de entrar, porque isso é o Brasil. Deus abençoe.

 

O SR. WAGNER - Parabéns, Jackson.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Gostaria de convidar agora a dupla Célio e Serginho, que são os próximos homenageados. Quem vai entregar o prêmio é o Sr. Sílvio Albuquerque, que é representante do deputado Mauro Bragato.

Peço também que o Sr. José Angelo e a deputada Márcia Lia já fiquem a postos para a próxima homenagem.

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Que voz linda que você tem.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Que coisa mais bonita. É um passarinho. Não vamos deixá-lo ir embora, não. Vamos prender ele aqui, amarrar ele.

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - É araraquarense, da minha terra.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - É, meu compadre, fique à vontade, me desculpe. Depois eu pago uma cachaça para você.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Célio e Serginho.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Vamos lá. Meu amigo, me desculpa. Deixa eu olhar ali. Minha amiga, Leila. E Adãozinho da Viola?

 

A SRA. LEILA MOREIRA - O Adãozinho, no próximo ano. Vamos falar para ela?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Vamos. Essa mulher aqui adora desafios e improvisos. Vai lá, fala com ela.

 

A SRA. LEILA MOREIRA - Oh, meu Deus. Querida, tanta gente boa sendo homenageada. Parabéns por esse trabalho lindo, mas a gente vai pedir... Jackson, vamos falar o nome dele? Para o ano que vem, Adãozinho da Viola, que tocou tanto para Inezita Barroso, e o nosso querido Arnaldo Freitas, grande violeiro. Por favor.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - A professora já pediu para anotar.

 

A SRA. LEILA MOREIRA - Pediu? Perfeito. Esses meninos aqui maravilhosos, Célio e Serginho, de Ourinhos, gravaram meu programa “Brasil da Viola”, da FMTV. E o Jackson Antunes também vai gravar.

Obrigada, meu padrinho.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Obrigado, obrigado. Sabe quanto tempo você tem para prosear? Você fica até ligeiro. Você tem duas horas.

 

O SR. SÍLVIO ALBUQUERQUE - Bom dia. Boa tarde a todos. Em nome do deputado Bragato, queria saudar o deputado Marcos Martins pela iniciativa, a deputada Professora Bebel, que mantém esta premiação firme, esta premiação da música sertaneja, caipira, música de raiz.

Parabenizar a todos os homenageados, em especial a dupla Célio e Serginho, da região de Ourinhos, que leva boa música para todo o estado de São Paulo, para todo o Brasil.

Parabéns. (Palmas.)

 

O SR. CÉLIO - Boa tarde a todos. É uma alegria poder estar aqui e representar São Pedro Turvo, que é a cidade em que nós nascemos, e Ourinhos, que é a cidade onde a gente mora. Somos irmãos, temos 30 anos cantando a música sertaneja, a música raiz, levando a cultura para toda parte.

Obrigado a todos vocês.

Parabéns pela festa maravilhosa.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Não vai ter uma palhinha, professora? Uma palhinha? Não sou eu que estou pedindo, é o pessoal lá em “riba”. Aqui embaixo.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

Ê, coisa bonita!

 

O SR. SERGINHO - É bonito quando fala assim: “Lá no ‘arto’ da montanha, aquela casinha estranha”...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - “Toda feita de sapê”.

 

O SR. CÉLIO - Essa é a parte mais bonita.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Nós vamos fazer juntos.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Neste momento, eu gostaria de convidar o Sr. José Angelo. A premiação será entregue pela deputada Márcia Lia.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Ê, deputada, minha amiga, me dê um abraço!

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Pessoal, enquanto estão se abraçando aqui, deixa eu avisar que a gente depois tem uma recepção no Hall Monumental, e aí os artistas que quiserem cantar vão estar lá. Está bom?

Vamos ficar mais um pouquinho, só faltam quatro premiados. Está bom?

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Muito boa tarde a todos e a todas. Antes de a gente entregar o prêmio, quero ressaltar, agradecer à Bebel, dizer da importância deste prêmio e parabenizar, porque esta festa está maravilhosa, muito linda.

A cultura brasileira é muito rica. A gente poder conversar com tanta gente bonita, com tanta gente importante da cultura, da moda caipira, da moda raiz, é muito bom.  Pessoas que são incentivadoras, inclusive, da continuidade desse patrimônio histórico e cultural que nós temos no Brasil, que é a música caipira.

Parabéns, Bebel. Está linda a sua festa, a nossa festa, a festa de todos os que estão aqui neste dia, nesta tarde já.

Antes de entregar o prêmio, eu quero dizer quem é o José Angelo Cintra. Nasceu em Buritama, região de Araçatuba, de uma família muito humilde. Neto de um violeiro, compositor, cantador e também catireiro, José Angelo, aos seis anos de idade, já acompanhava a mãe na cata do algodão. Gostava de assistir os circos, as duplas famosas da época, que cantavam e representavam peças teatrais. Portanto, tem no sangue, tem na história de vida dele a cultura.

Ouvia no rádio os programas sertanejos do Zé Béttio, do Edgard de Souza e de outros tantos. Ele estudou na USP de São Carlos, vizinho nosso. Mora em São Carlos há 50 anos. Tornou-se professor e pesquisador e chegou ao grau máximo da carreira universitária, porque é professor titular.

Sempre manteve o interesse pela música cultivada na infância, a música sertaneja e raiz. Ele é radialista com formação no Senac, apresentou programas sertanejos na AM e na FM, na nossa região de Araraquara e São Carlos. Também é youtuber, dono de um canal muito bem-sucedido, que é o “Sertaneja Raiz”, que tem 350 mil inscritos. Parabéns, José Angelo. É um youtuber famoso, para difundir a música raiz.

Então, muita alegria, Bebel, por esta oportunidade. Muita alegria a todos vocês que estão aqui, a todos os homenageados.

Parabéns! E viva Araraquara!

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Viva!

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Viva São Carlos!

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Viva!

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - E viva Piracicaba, da Bebel!

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Viva!

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Viva a música sertaneja! Obrigada pela presença de todos vocês, vocês são muito bem-vindos nesta Casa, que é a Casa do povo.

Parabéns a todos.

Valeu, obrigada, Jackson. (Palmas.)

Obrigada, Bebel.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Muito obrigado à deputada Márcia Lia.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Tem um jeitão de Dona Inezita de falar.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Agora mais um homenageado, o Sr. Leandro de Abreu. Foi uma proposição do mandato do deputado Teonilio Barba, 1o secretário da Assembleia Legislativa de São Paulo. Sr. Leandro de Abreu, venha receber a sua homenagem.

Gostaria de convidar também a Orquestra de Violas de São João da Boa Vista para que já fique a postos para receber a homenagem nesta tarde, aqui na Assembleia Legislativa.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Espera aí, o nosso artista, o homenageado...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eu fiz um programa com ele, gravei já.

 

O SR. JOSÉ ANGELO - Eu queria dizer que não mereço, não mereço. Primeiro, muito obrigado à deputada Márcia Lia, que teve a gentileza de não me informar que me indicou, de não me informar que tinha sido aprovada a indicação, até que um dia recebo o telefonema do Rui, para que eu estivesse aqui.

Muito obrigado, Bebel, por esta homenagem linda.

E obrigado ao Jacks, que me deu a honra de gravar o programa de TV pelo Skype.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - A honra foi minha.

 

O SR. JOSÉ ANGELO - Eu o achei no Instagram, falei: “Jacks, aqui eu estou no interiorzão, tem um programa de TV, uma emissora pequena, estou pronto”.

E obrigado à esposa, Cristiana, que cuida da agenda dele, que agendou para que a gente fizesse aquela gravação.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Por que você acha que me escolheram para estar aqui? Eu sou um capiau.

 

O SR. JOSÉ ANGELO - Foi uma honra, foi uma honra. Eu só queria dizer também que o “Viola, Minha Viola” tem uma importância muito grande - às vezes a gente esquece -, porque uma parte do acervo, com o advento do YouTube, a Fundação Padre Anchieta colocou no YouTube.

Então a gente tem alguns programas no YouTube. E muita gente que gravou o “Viola, Minha Viola” no videocassete, com VHS, começou a postar no YouTube também; gravações amadoras, às vezes até em aniversários. E também muita gente começou a postar, mesmo sendo uma plataforma para vídeo, discos, os áudios de discos raros. Isso gerou uma coletânea tão fantástica no YouTube.

Qual foi a consequência? A geração mais nova - principalmente a que veio depois do Tião Carreiro e Pardinho, depois da morte do Tião Carreiro, quem tem até 30 anos - aprendeu, passou a gostar.

E hoje, que situação que nós vivemos? Nunca esteve tão em alta o sertanejo raiz, seja em número de violas vendidas nas lojas, seja em aprendizes - crianças e mulheres -, seja em escolas presenciais ou online, seja também em “luthiers”, várias dezenas vendendo violas, orquestras, web rádio. Está aí a Web Radio Caipira, lá de Pardinho. (Palmas.)

Então, hoje nós estamos muito em alta, o que não quer dizer sucesso comercial, porque aí é outra coisa, é de mercado. Está certo? E a gente observa esse sucesso com essa meninada que aprendeu isso que está no YouTube, que sabe usar as redes sociais.

Então, hoje tem muita dupla nova, cantor novo, violeiro novo, lá no Instagram, por exemplo. Só um caso: Pâmella Viola, lá de Poxoréu, Mato Grosso: 350 mil seguidores no Instagram.

Por essas e outras, eu termino dizendo que a música caipira não é moderna, porque ela é eterna. (Palmas.)

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Eu quero convidar a esposa do professor para vir aqui tirar uma foto com a gente, faz o favor.

 

O SR. JOSÉ ANGELO - Dona Maria Eugênia, que manda lá em casa. Queria uma foto com você.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Meu amigo, quantas você quiser.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Agora eu convido o Sr. Leandro de Abreu, homenageado do deputado Barba, para receber a homenagem neste momento.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Fica à vontade, meu amigo.

 

O SR. LEANDRO DE ABREU - Boa tarde a todos. Uma honra para mim estar aqui hoje. Queria fazer alguns cumprimentos antes. Primeiramente, rever o Jackson aqui é uma honra.

E a última vez em que eu estive com a Inezita, ela me perguntou como que estão os projetos para o ABC - a Orquestra de Violas de São Bernardo ou de Santo André. Aí eu falei para ela: “está difícil, mas estamos tocando o barco, estamos na resistência”.

E ela pegou na minha mão, olhou para mim e falou: “não para de fazer isso, porque isso é muito importante, porque a gente começou, e vocês têm que dar a continuidade”. E para mim não foi um pedido; para mim, foi uma ordem da dona Inezita.

E estamos aí até hoje, graças a Deus. Uma honra a gente fazer parte da festa. E estar com todo mundo aqui recebendo, como o amigo disse, este Oscar da música popular.

Obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Obrigado. Sim, nós vamos, sim.

 

O SR. LEANDRO DE ABREU - E aqui a minha esposa, Miriam Lopes. Chamar minhas filhas aqui.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Por favor, venham. É um prazer enorme.

 

O SR. LEANDRO DE ABREU - Bater uma chapa com a gente. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - E neste momento eu gostaria de convidar a Orquestra de Violas de São João da Boa Vista, que será homenageada pela deputada Professora Bebel. (Palmas.)

O próximo homenageado é o Sr. Leandro Baldissera, homenagem do deputado Gil Diniz.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - (Vozes fora do microfone.) Obrigado, muito obrigado. Vocês é que vão carregar, vocês da nova geração, agora, que vão carregar os prêmios do pai. Muito obrigado, meu amigo.

Ê, turma maravilhosa. Turma boa, viu? Aí sim. “Chapeuzada” bonita.

Obrigado, viu. Fique à vontade.

 

O SR. HELDREIZ GIANNINI MUNIZ - Deputada Bebel, deputado Simão, se é “bão”, vem lá de São João, e é de São João da Boa Vista que vem a nossa orquestra de violas.

Gostaria de agradecer à nossa deputada Bebel e à deputada Marina Helou por estarem fazendo esta indicação aqui - a oportunidade de trazer o nome da São João para todo o estado.

Se Inezita Barroso foi a maior cantora, compositora, representante da música caipira do nosso País, eu tenho absoluta certeza: essa orquestra de violas é a maior representação da música caipira do interior paulista. Porque eles representam toda a cidade de São João da Boa Vista, as cidades da Mogiana; eles fazem a diferença lá.

São João da Boa Vista, de Pagu, da Família Assad. Temos o maior festival de música do estado lá no nosso Teatro Municipal. Então, a gente fica muito feliz, deputado Simão, de ter essa orquestra aqui hoje recebendo este prêmio. A gente não vai falar muito, porque eles são os homenageados.

Então, Bebel, o que vale a pena aqui é o que a música deixa, e a música transforma a vida. Eles transformaram a minha vida, como vereador jovem lá em São João da Boa Vista; aprendi muito com eles e vou continuar aprendendo sempre, porque a música caipira, a música de raiz, ela ensina, ela muda a vida. Eu tenho certeza: mudou a vida de todo mundo que está aqui nesta manhã.

Obrigado a todos. (Palmas).

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Eita.

 

O SR. - Eu vou tentar ser o mais rápido possível, não é, Jackson?

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Rapaz...

 

O SR. - Igualzinho a você, assim. Quase não gosto de falar, sabe.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JACKSON ANTUNES - Um (Inaudível.) seu é bom.

 

O SR. - Pessoal, é muito importante lembrarmos que estamos aqui, nós violeiros, representando toda uma orquestra, que está em São João da Boa Vista, que está sempre torcendo com a gente.

Como já disse o nosso vereador, o Heldreiz, é uma cidade de muita cultura. Nós temos, por exemplo, a Guiomar Novaes, que é uma pianista em nível internacional. E lembrando de tantos artistas, há sete anos, a Orquestra de Viola era um sonho em São João da Boa Vista. Muitos tentaram fazer uma orquestra, juntavam-se grupos. Há sete anos... O nosso maestro e arranjador, Luiz Filipini, sempre sonhou.

Nós tivemos um padrinho muito forte, que foi Vinícius Alves, um dos grandes violeiros do Brasil, que deu aquela força. E hoje a nossa orquestra está recebendo esta homenagem.

Então é uma grande satisfação, é uma grande honra estarmos aqui. Eu, particularmente, eu não pisei no chão do “Viola, Minha Viola”. Mas estive com a rainha da nossa música sertaneja, em um único evento, que foi um festival de viola. Estava Pena Branca, estava Inezita Barroso e estava o Tinoco.

 

O SR. JACKSON ANTUNES - Não precisava mais ninguém.

 

O SR. - Então estivemos todos juntos, e é uma satisfação. Então, receber hoje este prêmio é uma honra imensurável. Agradecemos a todos. Em São João da Boa Vista, tem uma compositora que se chama dona Edivina. A Inezita cantava uma música muito bonita, que nós gostamos muito.

Eu sei que está todo mundo já cansado, mas deixa o celular um pouquinho, e vai na palma da mão, aqui comigo. Pá-pá. Vamos acordar, moçada!

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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Tudo de bom, café quentinho com bolinho de fubá. Tem coisa melhor?

O melhor é estar aqui com vocês hoje, em um dia tão maravilhoso, junto com os meus amigos, recebendo esta maravilhosa homenagem.

Muito obrigado a todos, e fiquem com Deus.

Forte abraço a todos que estão nos acompanhando. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Muito obrigado pela participação. A Assembleia Legislativa gostaria de agradecer também a presença da senhora Patrícia Boldrin, esposa do querido Rolando Boldrin, nosso senhor do Brasil. (Palmas.)

 

O SR. JACKSON ANTUNES - Ô, que maravilha!

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Agora eu gostaria de chamar o último homenageado desta sessão, o senhor Alex Marli Dias. A homenagem é proposta pela deputada Beth Sahão. (Palmas.)

Retificando, a senhora Alex Marli Dias. Peço desculpas. Alex Marli é filha de Tião Carreiro, e mantém viva a memória e o legado de seu pai.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. ALEX MARLI DIAS - Eu achei legal que a dupla cantou “Rio de Lágrimas”, que é de autoria do meu pai, do Piraci e do seu Lourival dos Santos, que cantaram juntos, os deputados aqui, fiquei muito feliz.

Eu quero agradecer por ser proposta a minha premiação. Agradecer à deputada Beth Sahão e ao jornalista Marival Correa. Para mim é um orgulho muito grande receber esta premiação, com o nome da Inezita, porque a gente conviveu com ela.

Recebi ela em minha casa, era amiga da minha mãe. Então, hoje é um orgulho muito grande. O trabalho que eu realizo, o prêmio, é por tudo que o meu pai realizou. Mas o meu trabalho hoje é preservar a memória dele.

Nos 30 anos do falecimento dele, nós conseguimos inaugurar um museu agora na cidade de Pardinho. Inclusive, os proponentes estão aqui, que são o Sérgio Vieira e o Chico, da Casa dos Caipiras.

Também estou feliz, porque no próximo ano, no primeiro semestre, vai ser lançada a biografia que está sendo escrita pelo Leandro Valentin, que é um violeiro muito conceituado no meio da viola. Quem é violeiro aqui, conhece.

Então eu estou muito feliz com isso, por estar aqui hoje com vocês.

 

O SR JACKSON ANTUNES - Muito honrado, muito honrado. Sem palavras.      “O Brasil está de luto pelo teu Tião Carreiro. Grande mestre cantador, nosso maior violeiro. Nunca perdeu a raiz da cultura popular...”.

Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - GUGA MENDONÇA - Encerrada a premiação desta tarde, eu passo a palavra à presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de São Paulo, e presidente desta sessão, a deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Eu queria saber se a Patrícia Boldrin está aqui entre nós, para ela vir à frente. Patrícia. Ela está entre nós? É a Patrícia? Eu vou fazer uma parte, que ela é formal.

Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço as autoridades, os deputados e deputadas que estiveram presentes aqui, nesta solenidade. Agradeço a minha equipe. Destaco que a Karen teve um papel fundamental para fazer as coisas andarem, junto de uma equipe brilhante, a comunicação nossa, que me ajuda no mandato.

Enfim, aos funcionários do serviço de som, que está aí há horas, garantindo para nós; da taquigrafia, que registra a nossa fala; da fotografia; do serviço de ata; do Cerimonial; da Secretaria Geral Parlamentar; da imprensa da Casa; da TV Alesp; das assessorias policiais Militar e Civil; bem como a todas e todos que, com as suas esperanças, colaboraram para o pleno êxito desta solenidade.

Está encerrada esta sessão solene.

Agradeço, pessoal.

Muito obrigada.

Um beijo no coração de cada um e cada uma.

Exaltemos a cultura, porque ela resiste e nos salva.

Beijo.

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 37 minutos.

 

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