
153ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS CEZAR, SEBASTIÃO SANTOS, DANILO CAMPETTI e GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS CEZAR
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h08min.
2 - SEBASTIÃO SANTOS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - SEBASTIÃO SANTOS
Assume a Presidência.
4 - CARLOS CEZAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE SEBASTIÃO SANTOS
Parabeniza o deputado Carlos Cezar por sua atuação como pastor. Cumprimenta a Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil, em razão da proximidade de seu aniversário de fundação.
6 - SOLANGE FREITAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - DANILO CAMPETTI
Para comunicação, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE SEBASTIÃO SANTOS
Cumprimenta o prefeito Tiãozinho, de Ouroeste, presente no plenário.
9 - GUTO ZACARIAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
13 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
14 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - REIS
Para comunicação, faz pronunciamento.
16 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
19 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
21 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - BETH SAHÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
23 - BETH SAHÃO
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - PAULO MANSUR
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
25 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
26 - DANILO CAMPETTI
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
27 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Cumprimenta alunos da Escola do Legislativo de Monte Mor, presentes nas galerias.
28 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
29 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
30 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
31 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
33 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
ORDEM DO DIA
34 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do deputado Gil Diniz, de criação de comissão de representação com a finalidade de participar da manifestação em defesa dos serviços públicos e dos direitos do povo brasileiro, e de reunião no Supremo Tribunal Federal, a realizarem-se nos dias 29 e 30/10, em Brasília/DF.
35 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
36 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 30/10, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 16h32min.
* * *
ÍNTEGRA
* * *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Cezar.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE -
CARLOS CEZAR - PL
- Presente o número regimental de Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos.
Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
A seguir, nós estamos com a lista de oradores inscritos do Pequeno Expediente.
Chamo
para fazer uso da tribuna o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Rafa
Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado
Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Alex
Madureira. (Pausa.)
Deputado
Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando
Teixeira. (Pausa.) Deputado Jorge Caruso.
(Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.)
Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado
Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos.
Tem V. Exa. o tempo regimental, para
fazer uso, no Pequeno Expediente.
O
SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, funcionários presentes.
Sou um deputado
que pouco uso a tribuna. Porque nós procuramos estar colocando nosso trabalho,
continuamente, nas redes sociais, à disposição da população. Até mesmo a nossa
rede social se chama “Deputado Sebastião Santos”, para que as pessoas possam
entender qual é o nosso pensamento.
Mas hoje tive a
preocupação de escrever, e tentar ler. Porque é um assunto de suma importância.
E nós sabemos que esta Casa tem comunicação com a Câmara dos Deputados, através
das suas bancadas, dos partidos.
Nós temos que
tomar uma decisão quanto a esse decreto, que, infelizmente, veio a público, no
dia 20 de outubro deste ano. É o Decreto nº 12.686. Olha, venho aqui me
manifestar veementemente oposição, e também, com muita indignação.
Por quê? Esse
decreto diz que “institui a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva, e
a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva”. Embora seu título seja bonito,
e seu discurso pareça generoso, o teor do decreto favorece, infelizmente,
coisas que, nesse momento, nós temos que discutir, não aceitar.
Porque ele
fragiliza a anatomia da família com deficiência, e coloca em risco instituições
que, há décadas, estendem com excelência o apoio a pessoas com deficiência e
transtorno do espectro autista. Permita-me expor sete pontos de preocupação que
este mandato considera inaceitável que venha a ter atuações contra a população
do estado de São Paulo.
Olha, esse
decreto traz uma falsa inclusão, porque ele fala de escolas comuns. O decreto
estabelece que o atendimento educacional especializado, o AEE, deverá ocorrer
preferencialmente em classes e escolas comuns. Isso ignora a realidade.
Para muitos
alunos com deficiência severa ou múltipla, ambientes altamente especializados,
com equipes multidisciplinares, terapias, e atendimento individualizados, são
indispensáveis. Olha, não tem como a escola pública, do estado de São Paulo,
tratar uma pessoa que tem uma deficiência severa. Não tem equipe, não tem local
de acomodação.
E nós estamos
vendo um decreto vir, de cima para baixo. Porque, infelizmente, o nosso
presidente da República, acho que ele não tem contato com as mães de pessoas
como autistas que têm um grau severo. Mas ele precisa vir, entender um pouco o
que é o sofrimento dessas mães que perdem, muitas vezes, seus maridos porque o
filho tem um problema como esse.
Bom, segundo: “Erosão
dos Direitos da Família e de Escolha”. O texto omite expressamente que pais
responsáveis, que tenham a responsabilidade garantida de decidir pelo modelo
mais adequado do seu filho, sem esse controle, cresce o quê? A possibilidade da
transferência compulsória para a rede regular. E, em detrimento do atendimento
especializado, isso atinge diretamente a liberdade de escolha.
O decreto, ao
tentar impor diretrizes ideológicas sob a máscara da inclusão, fere a liberdade
de escolha das famílias, especialmente no que tange à educação dos seus filhos.
Um direito protegido pela nossa Constituição Federal, no Art. 5º, que garante a
liberdade e de consonância de crença, de expressão, e o dever do Estado de
proteger a dignidade das pessoas humanas e não impor visão única que ignore os
valores e os princípios da maioria da sociedade.
Terceiro, Sr.
Presidente: “Risco de Desmonte das Instituições Essencialmente Especializadas
no Nosso Estado”. Entidades como as APAEs, as AMAs, como a Apraespi, centros de
conveniados que historicamente acolhem pessoas com deficiências e prestam
serviços educacionais, terapêuticos, sociais, estão precarizadas pela nova
norma.
O decreto as
coloca como exceção, não prioridade, e condiciona a sua atuação à convenção. Resultado
possível: falta de recursos, estruturas debilitadas, diminuição do atendimento,
impacto grave para a instituição e, com certeza, para toda a família.
Bom,
sobrecarrega também exigências para o Estado e município. O decreto transfere
aos entes federativos, sem critérios claros de financiamento, de tarefa, de
adaptar a rede regular e capacitar também os professores, oferecer tecnologias
assistivas, assertivas, formar profissionais de apoio e manter o AEE integrado
ao projeto político-pedagógico.
E nosso Estado
é um que tem municípios, quase 80% dos seus municípios são menores. Essa
sobrecarga pode se traduzir num colapso de serviço ao atendimento dessas
pessoas. Há o risco também da diluição da qualidade do atendimento.
Há promessa de
inclusão plena e legítima, mas não vemos isso nesse decreto, infelizmente. Mas
se não haver, e não vier, aqui acompanhada de recursos, formação,
infraestrutura e tecnologias assistivas, olha, vai se transformar em um
discurso vazio, que prejudica quem já enfrenta barreiras, pois o decreto exige
80 horas de formação mínimas para professores e apoio.
O que é insuficiente
para a complexidade de muitas condições de deficientes. E estamos à beira de
uma destruição na capacitação, porque vai ser simbólica, ou pior, de escolas
despreparadas, em vez de um atendimento robusto. Falta também cronograma para a
transição e vulnerabilidade de quem já está atendido.
O decreto entra
em vigor imediatamente. Para famílias e alunos que hoje frequentam centros
especializados, muitas vezes na sua cidade, em outras cidades, salas com vários
recursos. Não há um plano de transição. Como essas escolas estaduais e
municipais vão se adaptar? Não tem recurso para adaptar a escola, não tem
recurso para adaptar o professor, não tem como transportar esse aluno. Como nós
vamos achar essas respostas?
Então, o último
item aqui, Sr. Presidente, o risco de inclusão superficial e abandono da
vocação especializada. A proposta de educação inclusiva é louvável, ninguém
discute o acesso, o problema é se a inclusão significar apenas matrícula na
sala comum, sem apoio real, sem o AEE adequado para estruturas, os resultados
que teremos aqui no estado de São Paulo, infelizmente, principalmente nos
pequenos e médios municípios, serão alunos deixados à margem, sem atendimento
algum, famílias jogadas no sistema, instituições especializadas enfraquecidas.
Isso, em vez de inclusão, chama-se abandono.
Sr. Presidente
e nobres pares, minha posição não é contra a inclusão. Ela é urgente,
necessária e justa. O que estou dizendo é que esse decreto não garante inclusão
de qualidade, não garante atendimento especializado para quem precisa, não
protege famílias, não assegura recursos, nem dá voz ao pai ou à mãe, que sabem,
sim, o que é melhor para o seu filho.
Por isso
defendo que, o mais breve possível, esse decreto possa ser retirado do nosso país
e que, sim, sejam valorizadas com os 15% da Educação, aliás, da Saúde, também
com os 25% da Educação, essas duas áreas se incluam junto ao social.
Que se faça
realmente um grande debate no nosso país para atender as crianças que estão lá,
muitas vezes sem ter apoio nenhum do poder público. E o terceiro setor é que
faz essa mãe ter dignidade, ter vida e poder ter condição para sustentar o seu
filho.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Agradeço ao
deputado Sebastião Santos.
Continuo a chamada da lista de oradores
do Pequeno Expediente. Convido para fazer uso da tribuna o deputado Capitão
Telhada. (Pausa.) Deputado Danilo Campetti. (Pausa.) Deputada Carla Morando.
(Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputada
Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Eduardo
Suplicy.
Passo a Presidência ao deputado
Sebastião Santos.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Sebastião Santos.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS -
Continuando a lista do Pequeno Expediente, quero chamar o deputado Guilherme
Cortez. (Pausa.) Quero chamar o deputado Major Mecca. (Pausa.) Chamar o
deputado Thiago Auricchio. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. Deputada Márcia Lia.
(Pausa.) Opa, Carlos Cezar, V. Exa. tem o tempo regimental de cinco minutos
para usar a tribuna.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Sebastião Santos, que preside
esta sessão, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos acompanha pela
Rede Alesp, aqueles que nos acompanham também pela internet, pelas redes
sociais, todos os servidores aqui da Casa, hoje queremos prestar uma justa
homenagem à Igreja do Evangelho Quadrangular, a Igreja do Evangelho
Quadrangular no Brasil, de forma duplicada, duplamente, porque no próximo dia
15 de novembro a Igreja Quadrangular no Brasil celebra 74 anos de fundação,
tendo a sua primeira igreja aberta em 15 de novembro de 1951. Portanto, estamos
aí a pouco mais de 15 dias para o aniversário de 74 anos dessa igreja.
E mais ainda
pelo também aniversário de ministério do presidente da nossa igreja, presidente
da Igreja do Evangelho Quadrangular, pastor Mario de Oliveira. O pastor Mario
de Oliveira tem presidido a Igreja do Evangelho Quadrangular com extremo zelo e
guiado essa igreja a passos largos para continuar avançando cada vez mais.
Como eu já
disse, a igreja nasceu, deputado Sebastião, em 1951, e a Igreja do Evangelho
Quadrangular tem sido um farol espiritual para o nosso país, proclamando com
firmeza os quatro pilares que norteiam a nossa fé: Jesus, aquele que salva;
Jesus, batizador no Espírito Santo; Jesus, aquele que cura, o médico dos
médicos; e Jesus como rei que há de vir.
Hoje, a Igreja
do Evangelho Quadrangular está presente em todos os estados da federação.
Contamos com aproximadamente 20 mil templos, que estão espalhados em todos os
estados da federação. Somos em mais de 50 mil pastores no Brasil e, segundo
dados do IBGE, mais de dois milhões de membros frequentam as nossas igrejas.
A Igreja Quadrangular
também tem uma forte atuação na área social, no trabalho social. Eu quero aqui
destacar alguns trabalhos que desenvolvemos. Primeiro temos um projeto chamado
“Projeto Lucas”, que nós temos cerca de 20 ônibus médico-odontológicos que
percorrem as regiões mais carentes levando tratamento odontológico e também um
tratamento ambulatorial e médico para essa população. Nós atendemos essas
comunidades carentes e contamos também com três unidades do “Projeto
Margarida”.
Nós temos a
Casa Margarida, lá em Minas Gerais, em Belo Horizonte, e temos três ônibus também,
unidades que são equipadas com aparelhos de mamografia e eletrocardiograma. Nós
fazemos esses exames de mamografia. Várias vidas já foram salvas com isso.
A igreja lauda
esses exames de depois faz o encaminhamento. Vale lembrar que todos esses
projetos são 100% custeados pela igreja. Não tem nada de verba pública. É um
trabalho social que a igreja desenvolve.
Além disso, também
se dedica à formação teológica e ao envio de missionários que atuam em
comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas, urbanas, dentro e fora do
país.
O crescimento e
a relevância da Igreja do Evangelho Quadrangular são frutos, claro, sobretudo,
da benção de Deus, mas também da liderança firme do presidente nacional da
igreja, pastor Mario de Oliveira, que é um homem de fé, um homem zeloso pelas
coisas de Deus, que se converteu a Jesus em Bauru e que, desde a sua juventude,
tem dedicado a sua vida ao ministério, implantando igrejas, ganhando almas,
representando com muita dignidade a corporação da Igreja do Evangelho
Quadrangular.
A história do
pastor Mario de Oliveira é marcada por superação, amor à obra de Deus,
compromisso com a expansão do Evangelho, zelo com as coisas de Deus e, assim
como Neemias, que reedificou os muros de Jerusalém com fé e determinação, o
pastor Mario de Oliveira tem edificado espiritualmente uma grande obra de Deus,
fortalecendo os fundamentos da igreja com sabedoria, coragem e, acima de tudo,
o temor do Senhor.
Eu quero aqui
aproveitar a oportunidade para expressar também, no maior parlamento da América
Latina, na Assembleia Legislativa de São Paulo, o nosso reconhecimento a esses
mais de 20 mil pastores que lideram essa igreja espalhados para os diversos
recantos do país.
Os nossos,
cerca de 600 superintendentes que nós temos, cada um dos líderes que também
prestam um trabalho inestimável em todo o nosso Estado, aqui no estado de São
Paulo, fazendo destaque para o presidente estadual da igreja, pastor Toninho
Stefan. Em nome dele e de todos os presidentes de diversos estados do País.
Cada um dos
superintendentes e aqueles que atuam nas cidades, que fazem a diferença em cada
cidade, fazem a diferença em todo o Brasil, recuperando vidas, restaurando famílias,
promovendo cidadania por meio da fé, que esta homenagem possa servir como uma
expressão de gratidão e respeito a todos que fazem parte da família
Quadrangular espalhada pelo Brasil. Portanto, parabéns Igreja do Evangelho
Quadrangular o Brasil.
Parabéns,
pastor Mario de Oliveira, que é uma pessoa que eu, acima de tudo, admiro muito,
porque é alguém que merece e que causa em cada um de nós uma grande inspiração,
que Deus o abençoe. Parabéns a todos, que Deus continue abençoando essa obra e
transformando de forma poderosa a vida em todo o nosso País.
Deus abençoe,
obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Parabéns,
deputado Carlos Cezar. Você que é também um homem que, como pastor, tem levado
a palavra de Deus aí para o nosso Estado. Parabéns, que Deus abençoe você e
abençoe toda a Igreja Quadrangular.
Continuando aqui a lista dos pequenos
oradores, quero chamar a deputada Márcia Lia. (Pausa.) O deputado Delegado
Olim. (Pausa.) O deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Seguindo aqui a lista,
a deputada Thainara Faria. (Pausa.) O deputado Marcos Damasio. (Pausa.)
O deputado Conte Lopes. (Pausa.) A
deputada Beth Sahão. (Pausa.) O deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) O deputado
Donato. (Pausa.) O deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) O deputado Teonilio Barba.
(Pausa.) A deputada Ana Perugini. (Pausa.)
Na Lista Suplementar, passamos agora
para a lista suplementar, temos aqui o deputado Claudio Marcolino. (Pausa.)
Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada Beth Sahão.
(Pausa.) Deputado Thiago Auricchio. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada Solange
Freitas
A senhora tem o tempo regimental para o
uso da tribuna.
A SRA. SOLANGE FREITAS - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde
a todos. Eu quero aproveitar o “Outubro Rosa” para a gente falar para as
mulheres se cuidarem cada vez mais, nós estamos finalizando o mês. Quando a
gente fala sobre a luta pelo câncer de mama, a luta para não ter a doença, nos
prevenir, fazer os exames e também cuidar das pessoas se elas ficarem doentes.
O número é assustador quando a gente fala em câncer, e
em câncer de mama também. Segundo o Inca, o Instituto Nacional do Câncer, neste
ano mais de 70 mil mulheres vão descobrir que tem câncer de mama. Por dia 200
mulheres vão receber este diagnóstico, e na próxima hora oito mulheres vão
ouvir do médico: “Você tem câncer de mama”. Ou seja, por hora oito mulheres
descobrem que estão com a doença.
O número é
assustador, e o que a gente vem fazendo para ampliar o número de serviço, de
atendimento, de cirurgias, de tratamento e principalmente dos exames para as
mulheres se prevenirem? A gente sabe que a mamografia é o principal exame para
detectar a doença.
Quando foi em
janeiro de 2021, recebi esse diagnóstico, ouvi do médico: “Você tem câncer de
mama”. Só que fez uma diferença muito grande na minha vida e no tratamento
ouvir o médico dizer assim: “Mas, Solange, eu diria que você ganhou na
Mega-Sena”. Eu falei: “Mas por que, doutor?” “O câncer é grave, é uma doença
complicada, difícil, mas o teu câncer está em estágio inicial, é pequenininho,
tem menos de um centímetro. Então a chance de cura é de 95 por cento”.
Então você
ouvir isso do médico, depois de ouvir uma cacetada, porque não é fácil a gente
ouvir esse diagnóstico de que está com câncer. Mas depois ouvir isso do médico
é muito importante, porque a nossa cabeça comanda o corpo e nos ajuda nessa
luta contra a doença.
Então, nessa
minha luta do mandato, desde que assumi em março de 2023, tenho lutado
intensamente para melhorar o diagnóstico, para melhorar os serviços, para
ajudar as mulheres a fazerem o exame. Porque, muitas vezes, as mulheres não
querem fazer. Às vezes, dão uma desculpa: “Não tenho tempo, tenho trabalho”.
Para muitas, é difícil mesmo, principalmente nas comunidades, o acesso é
difícil, tem que ficar na fila, não consegue marcar, a consulta é complicada.
Então tenho
tentado lutar e tenho lutado bastante para que a gente consiga fazer com que as
mulheres façam o exame e tenham condições de fazer e se tiverem a doença, que
esse diagnóstico seja feito de uma forma rápida e o tratamento muito mais,
porque a chance de cura é muito grande.
Então estou
aqui para falar com as mulheres mais uma vez, aproveitar essa data, que façam
os exames, que se cuidem. Prevenção, dá para se prevenir. Não quer dizer que a
gente não vá ter, mas, cuidando da saúde, da alimentação, da atividade física,
bebendo menos, fazendo algumas atividades por dia, com a nossa mente também que
é muito importante, a gente consegue prevenir o câncer.
Não quer dizer
que a gente não vá ter, porque a doença os médicos não sabem explicar porque se
desenvolve. Então muito tem a ver com a nossa rotina de vida, com a rotina das
mulheres.
E apesar da
recomendação do SUS, de as mulheres fazerem a mamografia agora a partir dos 40
anos, se a mulher tiver qualquer queixa, histórico na família, se apalpar e ver
alguma coisa diferente no seu corpo, também tem que fazer o exame de
mamografia, mesmo que tenha menos de 40 anos.
O governador
mandou o orçamento para esta Casa e uma das emendas que apresentei é para
aumentar o número de Carretas da Mamografia circulando no estado. Hoje nós
temos cinco, mas cinco é muito pouco para o número de municípios que nós temos
aqui, já que temos 645 municípios no estado de São Paulo.
Então até
espero que a minha emenda seja aprovada e que no ano que vem tenhamos aqui no
estado mais Carretas da Mamografia circulando e ajudando as mulheres na
prevenção.
Muito obrigada.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Para uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS -
O senhor tem...
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente.
Só para saudar a ilustre presença do
nosso prefeito Tiãozinho, lá de Ouroeste. Seja sempre bem-vindo, Tiãozinho,
mande um abraço para aquela próspera cidade. É próspera porque tem uma gestão
que pensa nas pessoas, que faz a diferença na vida das pessoas.
Então leve o nosso abraço a toda a população
de Ouroeste.
Seja muito bem-vindo.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS -
Parabéns, seja bem-vindo, prefeito.
Continuando a Lista Suplementar, quero
chamar o deputado Guto Zacarias para fazer o uso da tribuna.
O
SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente, a todos os parlamentares
presentes aqui neste momento, todo mundo que nos acompanha na TV Assembleia e
nas demais redes do Parlamento Paulista e, evidentemente, a todos os policiais
militares que nos acompanham, os nossos heróis de farda, a quem me relato na
data de hoje. Um dia importantíssimo, não só para o ano brasileiro, não só para
a Segurança Pública, mas para a história do Brasil.
Na data de
ontem, nós tivemos uma das maiores, quiçá a maior operação militar. Não é uma
operação policial, operação militar da história no Brasil. Trouxe aqui os
resumos. Cento e dezenove mortos, 113 presos, 119 armas apreendidas, inclusive
fuzis, 14 artefatos explosivos - bombas, não é? -, mais de uma tonelada de
droga e milhares de munições.
Um estado,
presidente, que tem 4 milhões de cariocas vivendo atrás de barricadas e quando
a gente fala de barricada, não é apenas a barricada para impedir a entrada do
caveirão ou de alguma viatura.
A barricada
impede a entrada do estado naquela comunidade, a barricada impede a entrada do
SUS, a barricada impede a entrada da educação, a barricada impede a entrada do
Corpo de Bombeiros, a barricada impede a entrada de uma viatura que vai
acalentar aquela mulher que foi agredida pelo seu marido.
Boa parte do
território do Rio de Janeiro, mas também do Brasil, não é mais território
brasileiro. Dos mais de 200 milhões de brasileiros que nós temos na data de
hoje, segundo o IBGE, 46 milhões de brasileiros estão sendo escravizados, estão
sendo reféns do crime organizado. Isso já não é um País, isso já não é uma
democracia. O Brasil precisa urgentemente declarar guerra ao crime organizado.
Hoje, nós temos
algumas guerras ao redor do mundo. A gente tem a guerra Ucrânia e Rússia, onde
as bombas enviadas, jogadas por drones são alguns dos protagonistas. Nós temos
agora um cessar fogo da guerra entre Israel e Irã/Hamas, onde os drones e as
bombas jogadas por drones também são protagonistas.
E ontem, na
data de ontem, em território brasileiro, - que, segundo o presidente Lula, não
está em guerra -, nós tivemos um grupo terrorista, que é o Comando Vermelho,
jogando bomba na população carioca através de drones. Isso não pode continuar,
não é?
E nós temos,
evidentemente, um presidente da República que sequer fica omisso. Se fosse
omisso, já seria bom. Ele não está omisso, ele está cortando 700 milhões de
reais do combate ao crime organizado. Ou seja, o mundo inteiro está horrorizado
com o crime organizado no Brasil, o mundo inteiro - saiu no “The New York
Times” -, está todo mundo horrorizado com o que acontece no Rio de Janeiro.
E o presidente
da República, se ficasse calado estava bom, mas não, está cortando dinheiro do
combate ao crime organizado, quase 1 bilhão de reais de corte no combate ao
crime organizado.
Além disso,
presidente, ele diz, sim, que há uma vítima na guerra brasileira. Há sim uma
vítima, só que essa vítima, deputado Danilo Campetti, deputado Major Mecca, é o
traficante, que é vítima do usuário de drogas. Vejam só vocês o estado
calamitoso do Brasil e, evidentemente, do Rio de Janeiro.
Eu quero
parabenizar, evidentemente, o governador Claudio Castro, todos os heróis de
farda, que colocaram a sua vida em risco para salvar um pedaço da população
carioca.
Evidentemente,
as pautas que o MBL tem defendido nos últimos dias precisam ir para frente
urgentemente. Nós precisamos desfavelizar o Brasil, nós precisamos declarar
guerra ao crime organizado, nós precisamos, urgentemente, tornar as facções
criminosas brasileiras - seja o PCC, seja o Comando Vermelho, seja o DCP, seja
o ADA -, nós precisamos declarar essas facções criminosas como grupos
terroristas, que é o que eles são.
E
evidentemente, aumentar o orçamento militar e de defesa brasileira, para que o
Exército brasileiro, enfim, faça a sua função de proteger a nossa fronteira e
não deixe a nossa fronteira a esmo para entrar droga aqui dentro e, após isso,
essa droga ir para a África e, depois, para a Europa.
Parabéns a todos
os policiais militares cariocas que fazem essa guerra importantíssima contra o
crime organizado. E, evidentemente, prestar a nossa condolência aos familiares
e também aos amigos e os companheiros de profissão dos quatro policiais que
morreram, que tombaram em serviço na data de ontem, dois policiais militares e
dois policiais civis.
Dos mais de 100
mortos de ontem, presidente, teve apenas quatro vítimas: dois policiais
militares e dois policiais civis. De resto, eu vejo como suicídio, deputado
Mecca. A partir do momento que um cidadão segura um fuzil para ir para cima de
um policial militar, ele está cometendo suicídio.
E tudo que
acontecer a partir do momento que um cidadão escolhe segurar um fuzil, é culpa
dele. E que chore a mãe dele e não chore a mãe de algum herói de farda. Toda a
força e honra à Polícia Militar do estado de São Paulo e do estado, também, do
Rio de Janeiro e todos os militares do Brasil inteiro.
Obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS -
Continuando a Lista Suplementar do Pequeno Expediente, quero chamar o deputado
Danilo Campetti para fazer uso da tribuna.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente,
deputado Sebastião Santos, cumprimento V. Exa., cumprimento os demais colegas,
deputadas, deputados, servidores da Casa, assessorias, meus irmãos, policiais
civis, militares, policiais penais, todos que nos acompanham pela Rede Alesp e
nas galerias.
Sr. Presidente,
eu me uno a esse sentimento de indignação no sentido de repudiar, repudiar as
ações e as omissões, na realidade, as omissões do governo federal ante o que
acontece na seara da segurança nacional.
O governador
Cláudio Castro falou por diversas vezes que solicitou apoio do governo federal,
solicitou apoio de blindados. E talvez, deputado Major Mecca, se esses
blindados estivessem lá nós não teríamos essas quatro vítimas, essas únicas
quatro vítimas.
E eu faço
questão de dizer o nome aqui. Ficam as minhas condolências às famílias do Marcus
Vinícius Cardoso, do Rodrigo Veloso Cabral, dois policiais civis, dois irmãos
que tombaram em combate. Também dos irmãos do Bope: Cleiton Serafim Gonçalves e
Heber Carvalho da Fonseca.
Eu só lamento
essas mortes, somente essas mortes. Porque aqueles criminosos que pegam fuzis
na mão e vão afrontar a polícia, aqueles criminosos têm que morrer, têm que
morrer e que fiquem, e que chore a família deles, não a família dos policiais.
Porque eu já
estive no Rio de Janeiro pela Polícia Federal. Em 2010, eu estive nesses dois
complexos aí. Nós estávamos em mil policiais, presidente, para instalar Unidade
de Polícias Pacificadoras, e nessa operação de ontem foram 2.500 policiais para
cumprir 100 mandados.
A Polícia Civil
e a Polícia Militar do Rio de Janeiro estavam à própria sorte, e essas mortes
desses policiais estão na conta do presidente Lula, estão na conta do
presidente dos traficantes. Pode soltar aí, Machado, as declarações dele.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
É isso, é isso,
Sr. Presidente. O descaso com a Segurança Pública leva à constituição de um
narco-estado. O estado do Rio de Janeiro é hoje um narco-estado, um estado
narco-terrorista.
E o governo
federal, com seu ministro da Justiça, que se gaba em falar que a Justiça solta
40% dos presos na audiência de custódia, não quer categorizar o PCC, o ADA, o
CV, o 3º Comando, como organizações terroristas. E são organizações
terroristas. O governador Tarcísio, hoje, já disse - desde ontem está dizendo -,
hoje repetiu: “Tem que categorizar essas organizações como terroristas”.
Mas, ao que
parece, o governo federal quer proteger os traficantes. Ao que parece, os 113
presos ontem não são 113 presos criminosos, são 113 vítimas, são 113 vítimas
dos usuários. Então, enquanto não mudar essa concepção no País, enquanto o
combate ao crime não for efetivo, a gente não vai ter resultado nenhum e a
gente vai caminhar, infelizmente, para um domínio territorial, para um domínio
do estado, por essas organizações criminosas.
Só para
concluir, Sr. Presidente, aliás, a ADPF-365, que ficou cinco anos em vigência, já há
estudos que diz que o Comando Vermelho expandiu o seu território em 25%,
deputado Conte Lopes, só em razão da vigência dessa ADPF.
Então fica aqui
o nosso repúdio ao governo federal, pela política de segurança desastrosa que
está sendo implementada há mais de 20 anos nesse País.
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Continuando
a lista suplementar do Pequeno Expediente, quero chamar o deputado Major Mecca,
para usar a tribuna pelo tempo de cinco minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Deputados que se encontram
aqui, quem acompanha o nosso trabalho pela galeria e pelas redes sociais. Os
nossos sentimentos, o nosso respeito aos policiais mortos na operação no estado
do Rio de Janeiro, os bandidos que morreram, foi por opção. O inferno que vocês
criaram ao povo de bem aqui os espera do outro lado.
Bandido
empunhou fuzil, que vá para o inferno. E agora a grande mídia, e vocês podem esperar,
os governos do PT, o presidente Lula, que sempre governaram para bandidos,
daqui a uns dois minutos já estão articulando para perseguir os policiais que
participaram desta operação para defender o cidadão de bem no Rio de Janeiro,
que é resultado das políticas catastróficas da esquerda marxista, que tem
bandido como vítima, que resultou em todo o País.
Olha o Rio de
Janeiro, naqueles morros tem muita gente de bem, tem muito pai de família, mãe
de família que não suporta mais ser refém do crime organizado, ser obrigado a
guardar drogas, armas, esconder, procurados pela Justiça.
E a polícia tem
que estar onde? A polícia tem que estar onde está o bandido, onde está o
traficante, armado com fuzil, ameaçando as pessoas de bem. Ora, desde quando a polícia
precisa de uma autorização judicial para ir no ambiente onde tem um bandido
armado?
Reescreveram
agora as leis? Sabem o que isso significa? Manutenção do poder pelos corruptos,
pelos políticos que durante a sua campanha prometem prosperidade, que vai mudar
a vida de todo mundo.
Assumem e é só
desgraça na vida do povo, é só desgraça na vida de todos nós policiais. Está aí;
há quantos anos o PT está no governo dessa nação? Pelo menos vinte. Juntar com
o PSDB vai para 40, a mesma coisa no estado de São Paulo.
Eu vivi aqui
nesse Estado, eu estava de patrulhamento na força tática do 11º Batalhão, no
centro, quando o PCC deu ordem para fechar todo o comércio no estado de São
Paulo.
E assim foi
feito, porque foi durante esses governos que essas facções criminosas tomaram
proporção. O vídeo, que foi mostrado aqui pelo deputado Danilo Campetti,
mostrou a festa e as comemorações dentro dos presídios quando Luiz Inácio Lula
da Silva foi eleito presidente. Ou os senhores acham que isso é por acaso? É
uma coincidência?
As escutas que
mostraram que os criminosos tinham um papo muito “cabuloso” com o governo. Aí
está o resultado. Um narcoestado, o terrorismo criminal, mas não são
terroristas, os traficantes são vítimas, disse o Luiz Inácio. Os traficantes
são vítimas. Ora, gente, o bandido rouba para tomar uma cervejinha.
Está bem, já
vou parar de falar. Já vou parar de falar. Estou incomodando muita gente, eu
tenho certeza, porque não tem como explicar essa barbárie e essa situação que
nós vivemos no Brasil. O crime organizado sendo apoiado por governos.
Terrorismo criminal é o que nós vivemos no Brasil hoje. E seria um sonho, para
mim seria, ter os Estados Unidos nos apoiando no combate ao crime organizado.
Muito obrigado,
presidente.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Danilo
Campetti.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, Sr. Presidente... Muito obrigado, deputado Major Mecca.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Uma breve comunicação aqui neste Pequeno Expediente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Gil Diniz. Uma breve comunicação. Tem a palavra.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Faço minhas aqui as palavras do deputado Major Mecca, o
senhor que me antecedeu aqui neste plenário, presidente. Faço aqui também
minhas as palavras do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Se houve
alguma vítima ontem no Rio de Janeiro, foram os quatro policiais mortos em
combate, que tombaram, presidente, como heróis.
As imagens que
nós estamos vendo nos noticiários são imagens, presidente, de uma cidade, de um
estado, de um país em guerra. E, como o Major Mecca disse agora há pouco, é
simbólica a fala de Luiz Inácio, o “descondensado” que ocupa o cargo de
presidente da República, neste momento, dizendo, há menos de uma semana, que
traficante é vítima de usuário.
É uma fala
abominável. Mas que realmente é o que ele e o seu grupo político acreditam. Que
traficante, que bandido, que narcoterrorista é uma vítima. É uma vítima da
sociedade. Não são! São bárbaros criminosos que aterrorizam a vida de milhões
de pessoas neste país.
Principalmente,
presidente, os mais pobres. Os mais humildes que vivem nesse ambiente de
terror. Nesse ambiente de conflito. Então nosso apoio aqui ao governador
Cláudio Castro. Nosso apoio aqui aos policiais militares e civis do Rio de
Janeiro. O Bope, a Core e todos os heróis que, neste momento, estão nas ruas,
arriscando as suas vidas e o futuro das suas famílias para combater o crime
organizado, defendido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula Silva, o “descondensado”,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Gil Diniz.
Está encerrado o Pequeno Expediente. Imediatamente
eu já abro o Grande Expediente.
*
* *
-
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - E
inicio a lista de oradores. Convido o deputado Conte Lopes, em sessão da
deputada Dani Alonso. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de dez
minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Eu vou falar um pouco hoje
sobre o deputado Reis, que pretende ser candidato a deputado federal. Deputado
Reis. Então, deputado Reis, a situação...
Vossa
Excelência me dizia aqui nesta tribuna que eu há 40 anos falo a mesma coisa. E
é verdade. E o pior de tudo, que só piora. Se melhorasse um pouco... Não, só
vai para trás. Fica essa briga de esquerda, direita, vai para lá e vem para cá
e ninguém faz nada. A bandidagem está tomando conta do Brasil. A bandidagem
toma conta do Brasil. E não tem ninguém que toma atitude.
Eu vi a briga
hoje, o ministro da Justiça na televisão, o governador, para saber quem podia
fazer uma operação no Rio de Janeiro. Meu Deus do céu, na Rota, deputado Reis,
V. Exa. foi policial militar também, policial civil, qualquer um do povo pode e
o policial deve prender quem está flagrante delito. Qualquer cara que está
armado na rua, qualquer policial tem que prender. Não precisa pedir autorização
para o Lula, nem para o ministro da Justiça ou para a federal. Pelo menos na
nossa época não era assim. Você agia contra os bandidos.
E aqui em São
Paulo, Reis, V. Exa. sabe, não tinha bandido de nome. A Rota não deixava
bandido se criar aqui em São Paulo, não. Respondi vários processos, hein? Dez,
20, 50. Caco Barcellos deve contar, não é? Até hoje ele está contando quantos
bandidos. De tiroteio com bandido. Até hoje. Ele escreveu um livro lá, “Rota 66”,
e deu um capítulo todo especial para mim: “O Deputado Matador”. “O Deputado
Matador”, é.
Só vizinho meu,
deputado Reis, morreram 14, na Vila Galvão. E eu fiquei na mesma casa. E está
no meu livro lá, “Matar ou Morrer”, que é a resposta ao Caco Barcellos.
Estão todos os
bandidos que morreram lá. E eu nunca pedi autorização para ninguém para fazer
nada. Um, até no dia de Natal, morreu dentro da minha casa. E, por combater o
crime, deputado Reis, eu fui colocado num hospital militar, porque o Temer,
secretário, não queria que se combatesse.
Mudou a polícia
em 88. Mudou, era uma política. Agora era outra polícia, era a polícia
democrática, não era mais para a polícia caçar bandido. Eu cheguei a fazer com
o Percival de Souza...
Eu não, ele fez
matéria do “Jornal da Tarde” do “O Estadão” sobre a Rota: “Os caçadores de
bandidos”. Várias páginas eu participei lá do... Ele que acompanhou o trabalho.
Eu participei, não. Ele acompanhando o trabalho nosso. E bandido não se criava
não, não se criava.
Lembro até,
deputado Mecca, que eu, junto com Percival de Souza, na Vila Galvão, ele de
terno e fardado de tenente da Rota, entramos num bar, o cidadão ajoelhou para o
Percival de Souza e falou: “Tenente Conte, como você é bom para nós, graças a
Deus”, achando que o Percival de Souza era eu, que eu combati o crime na época
da Rota.
Eu não, toda a
Rota combatia. Mas foram algumas coisas que nós pegamos naquela região de
Guarulhos. E de lá para cá, criaram a polícia democrática. E a bandidagem tomou
conta.
Deputado Reis,
o crime está organizado e a polícia está desorganizada. Vossa Excelência, que
pretende ir para Brasília ser deputado federal: vocês poderiam ligar para o
Lula. É uma ideia, é contra mim essa ideia. É a minha ideia, mas eu sei que vão
me xingar.
Se a polícia
está desorganizada e o bandido está organizado, por que não unifica a polícia?
Todo município já tem uma Guarda Municipal. Eu participei, se vocês não sabem,
eu participei em 70 da unificação Guarda Civil e PM, eu participei. Em 70, nos
uniram, eu era da Força Pública.
Eu acho que,
agora, se quer mudar uma PEC - eu falei mil vezes aqui, até eu discuti com
alguns deputados do PT aqui -, por que que não unifica as polícias? Por que é
que você não tem a Polícia de São Paulo?
O cara entra na
polícia, como V. Exa. foi PM, e hoje é investigador, foi investigador... Ora,
qual o problema? O camarada entra na polícia e depois vai para o lado do
Judiciário, vai na investigação, mas você vai ter uma polícia só.
Eu sei que
muita gente não gosta disso, vai até me xingar. Mas o que nós vamos viver hoje?
Não, é uma boa ideia, porque você tem no município, tem as polícias municipais,
que é evidente que os prefeitos vão criar, porque já criaram e vão continuar
criando. Todo lugar tem uma polícia.
Então não é
mais justo que você tivesse uma polícia estadual para não ter aquele problema
que nós temos para o povo, não é, para mim? O cara ligar 190, e o cara do 190
falar para ele: “Olha, vai lá na delegacia”. Aí ele vai na delegacia, o
delegado do investigador fala: “Olha, vai lá e liga no 190”.
Então é uma
situação difícil. Então está na hora de mudar alguma coisa. A verdade é essa,
nós estamos perdendo a guerra. Nada disso me alegra, não. O que nós estamos
vendo, em termos de Segurança Pública, nada disso me alegra. Porque quem está
sofrendo é o povo, o policial e a família do policial. Você não tem segurança
em lugar nenhum.
Os caras matam
quem quiser. Veio o delegado Ruy Ferraz, que veio aqui quando começou, criou o
PCC. Quando criou o PCC, nós fizemos uma CPI aqui, ele estava aqui. O Afanásio,
que era o presidente, Rosmary Corrêa e alguns investigadores, na época, estavam
aqui também, participaram da CPI. E de lá para cá só cresceu o crime. Não
melhorou nada, e não melhora em nada.
Então, quando
eu vejo uma briga de hoje, o Lewandowski, junto com o delegado-geral: “Olha,
não pediram nada para nós. Ou pediram, fizeram?” Mas, espere aí, não é a função
da Polícia do Rio de Janeiro combater o crime? Tem que pedir autorização para
Brasília? Eu nunca entendi isso aí, pelo amor de Deus. Nunca vi dizer isso aí.
Pelo menos, eu nunca fiz isso. Eu nunca fiz isso, nunca pedi autorização para
ninguém para atuar como policial.
E agora a briga
é essa na imprensa. Se o Lula mandou, se o Lula não mandou. Pô, espera aí,
polícia é polícia, a polícia tem que agir. E bandido é bandido. Agora, bandido
armado de fuzil, agindo do jeito que estão matando, como mataram o Ruy Ferraz,
o delegado, que veio aqui na CPI. Até havia uma relação, na época, de gente já
ameaçada de morte pelo PCC. Naquela época, 93, começou isso em 93 e de lá para
cá o PCC só cresceu, está cada vez maior, está cada vez mais rico, está no
mundo inteiro.
Mesma forma o
Comando Vermelho. E nós vamos cada vez mais para trás, discutindo o que nós
podemos fazer. Primeira coisa: valorizar o policial. O policial tem que ter
condição de trabalhar.
Não é colocar
uma câmera no peito do policial, que não vão tirar nunca, mas não vão. Aquilo
lá teria que ser para facilitar a vida do policial, não para colocá-lo na
cadeia, para duvidar da ação dele. Então vai ser sempre isso: bandido tomando
conta, o crime cada vez mais forte e a polícia sem força para trabalhar.
Podem ter
certeza, já começou: Direitos Humanos, criticando os policiais, os policiais
vão fazer o quê no Rio de Janeiro? O que os policiais vão fazer no Rio de
Janeiro?
É um Estado
dominado pelo crime, pelos bandidos. E em São Paulo o crime também predomina.
Vai na periferia, vai na periferia: tem tribunal do crime que funciona, o cara
é condenado à morte e ele vai morrer, ninguém salva o cara, não. Ele é
condenado à morte e ele vai morrer.
Então nós vamos
de mal a pior, no meu modo de ver. Agora estou dando uma ideia aqui, que no
futuro vai ter que fazer. Você tem a Polícia do Estado de São Paulo, o seu ramo
à paisana e o seu ramo fardado. Eu acho que é uma boa ideia essa PEC.
Porque fazer
lei por fazer? Dizem: “Por que não aprova a PEC?” E a PEC vai fazer o quê? O
que essa porra dessa PEC vai fazer contra o crime? Alguma coisa? Falar que é
federal? A federal já faz, a federal está em todo lugar. Todo lugar está a
Polícia Federal.
O que vai mudar
com essa PEC? “Porque agora vai fazer reunião”. Não precisa de reunião, precisa
de trabalho, tem que valorizar os policiais. Para mim, é uma ideia: você teria
uma polícia única que agiria da mesma forma. Chegaria na delegacia, você leva
um bandido lá, você sabe o que vai acontecer com o bandido, porque o cara que
está lá é da sua polícia.
Não é o que
fazia conosco na Rota. Você levava o cara num Deic, dois, três caras armados,
você não podia nem ligar no outro dia para saber onde o cara foi parar, se
soltaram, se prenderam, se não prenderam. A verdade é essa.
Quantas canas,
deputado Mecca, que a gente leva para o Deic, leva para a delegacia, você não
pode nem perguntar: “E aquele cara que eu trouxe com o fuzil aqui, o que
fizeram com ele?”
Porque uma faz
uma coisa, a outra faz a outra. Então está aí uma ideia. Pode ser alguém achar
idiota? Pode. Qual o problema? Mas, na situação atual, tendo guarda municipal
em todo lugar, que vão estar cada vez mais forte. Todo prefeito vai querer ter
uma guarda mesmo e tem, e está na lei.
O único
problema é que: vai escrever polícia na guarda? Um dia vão escrever, e,
escrevendo ou não, tem poder de trabalho, tem poder de polícia. Porque qualquer
um do povo pode, e as autoridades policiais devem prender quem se encontra em
flagrante delito.
Agora,
infelizmente, estamos perdendo para o crime. O que aconteceu no Rio de Janeiro
ontem, tenham certeza, deputado Mecca, Gil Diniz, já houve algum acordo, “vamos
maneirar que a coisa está feia para os dois lados”. Eu vivi isso em 2006 aqui,
quando morreram um monte de bandidos e mataram um monte de policial.
Não foram fazer
um acordo lá com o Sr. Marcola na cadeia? A polícia não foi lá a mando do
Alckmin? Não foi? “Então vocês parem,
que nós paramos também”. “Ah, se vocês começarem a matar familiar nosso, eu vou
matar o seu familiar também”. “Então vamos parar”. Aí parou, mas o PCC cresceu.
Não diminuiu nada, está cada vez pior.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. REIS - PT - Vossa Excelência me concede um aparte?
O
SR. CONTE LOPES - PL - Concederia, mas o meu
tempo já era.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
O tempo já foi. Muito obrigado, deputado Conte Lopes.
O
SR. REIS - PT - Uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para
uma comunicação, deputado Reis.
O SR. REIS - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Olha,
eu quero, assim, elogiar o discurso do deputado Conte Lopes, equilibrado, um
discurso bem equilibrado, e reconhecendo que tem esse caso que aconteceu no Rio
de Janeiro, mas aqui em São Paulo, em 2006, nós tivemos cerca de 500 pessoas
que foram mortas por conta do toque de recolher.
Então esse problema não é de agora, não
dá para dizer: “olha, esse problema é que surgiu agora”. É um problema que vem
de muitos e muitos anos. Os governos passam e, muitas vezes, fazem de conta que
estão investindo em Segurança Pública, que investem na polícia, quando vão para
a campanha dizem que vão valorizar os policiais, dizem que a polícia será muito
bem estruturada, e depois eles passam quatro anos cuidando de tudo, menos dessa
questão da polícia e da Segurança Pública.
E é verdadeiro o que o deputado Conte
Lopes falou, a polícia não precisa de autorização para agir. A polícia não
precisa, ela está aí para agir. Aliás, ela segue o princípio da
obrigatoriedade, ela é obrigada a agir, não precisa ficar esperando decisões de
governo, se faz ou se não faz, é papel da polícia agir.
Em todos os casos em que há o crime,
ela segue todo o sistema processual, o Código de Processo Penal, as leis e
diretrizes que disciplinam o funcionamento das polícias, o Código Penal.
Ou seja, a polícia não pode prevaricar,
quem prevarica mesmo são os governos, disso aí eu tenho pleno acordo, porque
muitas vezes os governos são pessoas que não passaram pela escola, por exemplo,
que o Conte Lopes passou, não são conhecedores do que é a atividade de polícia,
e coloca ministros, coloca secretários que muitas vezes não entendem o que é
isso, e acaba acontecendo.
Hoje a Segurança Pública, não só no Rio
de Janeiro, mas em São Paulo e no resto do País, está falida.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Reis. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Gil
Diniz, por cessão de tempo da deputada Delegada Graciela. Vossa Excelência tem
a palavra pelo tempo regimental de 10 minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Cumprimento os deputados
presentes aqui no Grande Expediente, cumprimento os nossos assessores, os policiais
militares e civis desta Casa, o público aqui na galeria e os que nos assistem
pela Rede Alesp.
Presidente, vou
falar aqui o nome de quatro servidores públicos, deputado Conte Lopes, quatro
servidores da Segurança Pública, Major Mecca, que
um dia fizeram um juramento que, se necessário fosse, dariam a vida para a
proteção dos brasileiros, especialmente os brasileiros que vivem no Rio de
Janeiro.
Marcus Vinícius
Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário do 53º DP, em
Mesquita. Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, servia na delegacia da Pavuna, 39º
Distrito Policial. Menos de dois meses, deputado Campetti, servindo a Polícia
Civil do Rio de Janeiro.
Um jovem,
idealista, deputado Conte Lopes. Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, terceiro
sargento do Bope; Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, terceiro sargento do
Bope. Esses são os nomes dos servidores públicos da Segurança Pública do estado
do Rio de Janeiro que tombaram em serviço.
Deputado Conte
Lopes, essa semana mesmo celebramos aqui o Dia do Servidor Público em São
Paulo, e eu gostaria de ver a bancada de esquerda, a bancada que diz defender,
Major Mecca, os direitos humanos, subir aqui nesta tribuna para homenagear
esses servidores públicos, esses funcionários públicos que morreram
barbaramente na ponta do fuzil de criminosos, de narcoterroristas, de quem
barbariza a população diariamente, de que sitia um bairro, uma região e faz
essa população refém.
Não vão
conseguir, eles não conseguem. Vão aqui criticar o governo, a Secretaria de
Segurança Pública, o Tarcísio, o Bolsonaro, o Derrite... Mas tem uma origem,
senhoras e senhores, para tudo isso, é muito anterior, mas eu vou relembrar
aqui alguns fatos, deputado Campetti.
Comando
Vermelho, quando ele nasce? Ele nasceu em meio ali ao regime militar onde
colocaram, deputado Major Mecca, “presos políticos”, entre aspas, criminosos
que assaltavam bancos para financiar a sua atividade terrorista.
Criminosos de
esquerda jogados em presídios comuns no Rio de Janeiro fizeram ali as suas
alianças, então começa ali com a Falange, depois a Falange Vermelha, depois o
Comando Vermelho.
Isso há 50
anos, aqui em São Paulo neste período foi criada dentro do 1º Batalhão de
Choque a Rota. Major Mecca, onde V. Exa. serviu para combater esse tipo de
bandido que assaltava e barbarizava o povo aqui em São Paulo com as suas
atividades criminosas, com as suas atividades terroristas. Civis aqui que foram
explodidos na Avenida Paulista, nas ruas de São Paulo e que nunca foram
indenizados como a escória com pária que foi Lamarca, por exemplo.
Hoje nós
estamos vendo essa história se repetir, nós estamos vendo aqui em São Paulo a
atividade criminosa, a atividade terrorista desses grupos - que muitas vezes se
aliam com políticos - serem defendidos, ou pelo menos amenizando a sua conduta
criminosa, sua atividade criminosa e atacando aqueles que tentam minimamente
combatê-los.
Esses heróis
aqui morreram ontem em combate, e que a sua memória não seja esquecida, que o
seu trabalho, deputado Campetti, não seja relegado a uma página da história.
Mas nós temos, Major Mecca, uma responsabilidade com esses servidores públicos,
aqui em São Paulo e em todo o Brasil, e com a nossa população.
A gente não
pode aceitar que agente públicos - esses, sim, defendendo a constituição tão
vilipendiada - neste momento sejam atacados como abusadores dos direitos
humanos, eles não tiveram os seus direitos humanos respeitados.
E eu falo isso
por quê? Meses atrás o governo americano fez uma orientação ao governo
brasileiro, tentando colocar, deputado Campetti, essa atividade criminosa,
esses grupos criminosos, esses traficantes que lucram com o terror na nossa
sociedade, como o grupo que são, terroristas, narcoterroristas, deputado Major
Mecca.
E o governo de
Luiz Inácio não aceitou. Esse grupo explora apenas uma atividade econômica,
segundo este governo que está aí. Esse governo que trata traficante como vítima
de usuários, palavras do presidente da República. Neste momento traficante é
vítima de usuário, segundo Luiz Inácio.
Mas é
interessante, deputado Major Mecca, que ao mesmo tempo tratam o usuário como um
pobre coitadinho que simplesmente usa drogas e não deixam que sejam tratados,
não deixam que sejam presos como financiadores desses criminosos e a realidade
nós sentimos na pele, nós estamos vendo isso no Rio de Janeiro.
Mas não só no
Rio de Janeiro, aqui em São Paulo também, no nordeste da Bahia, em Pernambuco
com mais - estado em que nasci - de dez facções criminosas, dez facções
terroristas atuando. Quem não está vendo?
No Ceará,
deputado Campetti, o Comando Vermelho, esse que nasceu da união de criminosos
de esquerda no regime militar, com esses terroristas desocupando bairros, Major
Mecca. Um êxodo urbano em 2025.
Nós estamos
vendo no Rio de Janeiro, dentro da favela no Rio de Janeiro, pessoas cortando
os uniformes desses narcoterroristas para dizer: “Olhem, coitadinhos”. Daqui a
pouco vão dizer que eram estudantes, que eram trabalhadores. Vai aparecer logo,
logo esse tipo de narrativa.
Só que essa
ideia tem poder, esse discurso do presidente da República, Luiz Inácio, e do
seu grupo político tem poder. Vejam neste momento o que tem acontecido, o
presidente Bolsonaro e muitos dos seus eleitores simpatizantes estão presos,
tratados como terroristas.
Queriam
derrubar o Estado Democrático de Direito. General Braga Netto, interventor no
Rio de Janeiro, combateu o crime no Rio de Janeiro, Major Mecca, hoje é tratado
como um bandido de alta periculosidade, preso, humilhado.
Digo aqui para
os generais: generais, essa espada no seu uniforme não é um simples adereço,
não, é um símbolo de Justiça, de poder, de força e de honra, que hoje muitos
não têm.
Nós temos
Anderson Torres, que foi ministro da Justiça, preso; Silvinei, preso. Muitos
que combateram realmente, Major Mecca, no front, na rua, a atividade criminosa
desse grupo terrorista que está vendendo drogas, entorpecendo os nossos jovens,
ou esses grupos terroristas que ascenderam à política, esses que combateram
estão presos e humilhados. E esses quatro heróis aqui tombaram em combate, mas
jamais serão esquecidos por estes aqui.
Agora faço
novamente o desafio à bancada de esquerda: suba aqui e homenageie esses heróis
do serviço público brasileiro. Vocês não têm coragem. Olhem eles aqui: Marcus
Vinícius Cardoso - para finalizar, Sr. Presidente -, Rodrigo Velloso Cabral,
Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, heróis que tombaram no
estrito cumprimento do seu dever.
A estes, a
honra e a glória na história deste País. E aos que os combatem e aos que vão
tentar jogar o nome destes heróis na lama, a vergonha e o nosso repúdio, Sr.
Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Gil Diniz.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Uma breve
comunicação, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Vossa Excelência tem a palavra, deputado Paulo Mansur.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Olha, realmente, a gente vive um cenário de guerra no Rio de
Janeiro já há muitos e muitos anos. Não só no Rio, mas como no Brasil e isso
chamou atenção agora do mundo.
Donald Trump
quis colocar o PCC e o Comando Vermelho como grupos terroristas, Lula interveio
para que não se colocasse essas organizações criminosas como grupo terrorista,
mas está aí, a olhos do mundo, pessoas morrendo, mais de 130 mortos,
metralhadoras de uso do Exército presas.
Agora, nós
precisamos de um Bukele nesse Brasil. Muitos falam que o Bukele é um ditador,
mas não, ele só tem a maioria do Congresso e do Senado e ele conseguiu impor a
lei em juízes que faziam corrupção. Juízes no STF que estavam votando a favor
deles e não do povo foram punidos e presos, mas o STF continua lá e juízes do
STF que faziam um bom trabalho continuam no País.
Nós precisamos
que os juízes do STF e a Justiça não atrapalhem, que eles cumpram a lei, assim
como a gente viu o ministro Lewandowski, burocratizando a subida da Polícia nos
complexos, ou seja, como que a Polícia vai combater o crime organizado no Rio
de Janeiro se a própria Polícia é proibida de subir no Complexo?
E aí a gente em
um limite que estoura tudo e o Brasil acaba vendo todo esse cenário, mas é
difícil a gente ter um presidente que coloca frases como: “Ah, só está roubando
o celular para tomar uma cervejinha”, não é? Frases como... Que o traficante
não é o culpado, é o usuário, frases do Lula que ficam marcadas, ele fala que a
culpa é da classe média, são diversas frases que o Lula coloca e a gente tem
que escutar nesse Brasil.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado Paulo Mansur. Seguindo a lista de oradores, convido deputada Carla
Morando. (Pausa.) Convido deputado Luiz Claudio Marcolino, em cessão de tempo
do deputado Dr. Jorge do Carmo.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Uma comunicação,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Para uma comunicação, o deputado Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Ô presidente, vamos
aqui...
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr.
Presidente, eu tenho...
O
SR. MAJOR MECCA - PL - O senhor me concedeu
uma comunicação, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - É
a última comunicação, deputado Luiz Claudio.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Todo mundo fez
comunicação, eu não posso?
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Primeiro tem
que perguntar ao orador se tem anuência ou não.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Até no Pequeno
Expediente foi feita comunicação.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Primeiro, o
presidente pergunta. A hora que o presidente perguntar, eu dou anuência.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Não, mas é o presidente que decide.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Tem que
perguntar se tem anuência, já tinha me chamado para fazer minha fala.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Mas
eu falei: “Enquanto o senhor está indo...”. É uma comunicação, o senhor já vai
falar.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Não, tem que
ser com anuência do orador. Me pergunta que eu vou dar anuência, mas pergunta
anuência do orador.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Mas é aparte, é aparte, é aparte.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Não é aparte,
não é aparte. Tem que perguntar se é com anuência do orador. É com anuência do
orador. A hora que você me perguntar, eu dou anuência.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Anuência é só para o aparte, a comunicação é a Presidência que decide... Que
for falar... O senhor vai falar logo em seguida.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado,
presidente.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Então, depois,
V. Exa...
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
O senhor vai falar logo em seguida.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Dando início à
comunicação, para que a gente não perca tempo aqui, vamos ver se o Congresso
Nacional toma alguma atitude diante dessa gestão desastrosa do presidente Lula
junto ao ministro da Justiça e “Segurança Pública” entre aspas, não é?
O Lewandowski e
o Congresso façam a reforma do Código Penal, do Código de Processo Penal, das
Leis de Execuções Penais, que as penas tornem-se rígidas, que o bandido que
pratique um roubo fique 15 anos no regime fechado, quem pratique um homicídio,
um latrocínio passe o restante da vida preso em uma cadeia, para que as penas
possam minimamente intimidar o bandido quando pretende ofender, tirar a vida de
um cidadão de bem.
Que o Congresso
Nacional, minimamente, tenha iniciativa de acabar com o regime de progressão de
pena, tem que acabar com negócio de regime aberto, semiaberto. É regime
fechado.
Praticou um
crime, está armado, foi preso? Vai cumprir a pena do início ao final no regime
fechado, sem visita íntima. Se tocou fogo em colchão, vai dormir no chão
gelado. Tocou fogo no colchão porque quis. Tem que acabar com visita íntima.
Tem que acabar com audiência de custódia.
É inaceitável o
ministro da Justiça e Segurança Pública, Lewandowski, comemorar que mais de 60%
dos presos no Brasil foram soltos na audiência de custódia. É preciso acabar
com essa política danosa de esvaziamento dos presídios. Está aí. Os bandidos
estão soltos na rua e estamos vendo o que o povo está sofrendo.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem,
presidente. Para uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Para uma comunicação, V. Exa. tem a palavra.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, hoje completa mais uma quarta-feira em que
os trabalhadores do SindSaúde estão
realizando em todo o estado de São Paulo um “faixaço” para denunciar as quatro
secretarias do estado de São Paulo - a Secretaria da Saúde, a Secretaria da
Casa Civil, a Secretaria Digital e a Secretaria de Gestão - que fizeram um
compromisso e um acordo com os servidores da Saúde de que aumentariam agora, no
mês de setembro, o valor, que hoje é de 12 reais, do vale-alimentação, o que o
governo descumpriu.
Ao mesmo tempo,
o governador Tarcísio tinha um compromisso com os servidores da Saúde de pagar
bonificação, que também descumpriu. O governador Tarcísio fez um compromisso
com os servidores da Saúde de que, até o final do ano agora, pagaria o Gdamspe
e pagaria também aos servidores da Saúde o prêmio de incentivo.
Se o governo,
até agora, já não cumpriu o pagamento do aumento do vale-alimentação, que hoje
é de 12 reais... Pasmem: apenas 12 reais. É o que o governador Tarcísio paga
aos servidores da Saúde hoje no estado de São Paulo, para se alimentarem. O
bônus, o governador Tarcísio está pagando bônus para diversos servidores do estado
de São Paulo, mas não cumpriu o acordo e não está pagando o valor que deveria
ser pago aos servidores da Saúde.
Também o
Gdamspe, como eu disse, o prêmio de incentivo, teria que ser pago até o final do
ano. Se descumpriu duas das quatro cláusulas, com certeza vai descumprir as
outras duas também.
Como eu me
comprometi na semana passada, todas as quartas-feiras, até que o governador Tarcísio
pague o aumento do vale-refeição dos trabalhadores da Saúde, eu virei a esta
tribuna, de quarta em quarta-feira, até que esse pagamento seja feito. Então,
cumprindo novamente a nossa palavra, cobrando do governador Tarcísio o
pagamento do que foi negociado com os servidores da Saúde.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Luiz Claudio Marcolino. Vossa Excelência tem a palavra agora
pelo tempo de dez minutos do Grande Expediente.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. e Sras. Deputadas, funcionários e
funcionárias da Alesp, seria muito importante que os deputados da Assembleia
Legislativa, principalmente da base do governador Tarcísio, tivessem uma
preocupação com a Segurança Pública do estado de São Paulo.
O governador Tarcísio
foi eleito para cuidar da Segurança Pública do estado de São Paulo. Os
deputados da base do governador Tarcísio teriam que estar se preocupando com a Segurança
Pública do estado de São Paulo, e não é o que estou vendo aqui durante todo o Pequeno
Expediente e agora no Grande Expediente:
deputados da base do governador Tarcísio vêm aqui fazer alusão à Segurança
Pública do Rio de Janeiro e não tratam sequer de uma palavra sobre a Segurança
Pública do estado de São Paulo.
Eu tenho
rodado, nobre deputado Reis, por todo o estado de São Paulo nas audiências
públicas do Orçamento para 2026. Eu nunca vi nas audiências, nem de 2023, nem
de 2024, a quantidade de prefeitos e vereadores que vieram às audiências
públicas do Orçamento pedir por Segurança Pública. E nós apoiamos. Eu, o
deputado Enio Tatto, o deputado Gilmaci, que presidimos a maioria dessas
comissões do Orçamento, tratamos que tem que, de fato, melhorar o efetivo da Segurança
Pública do estado de São Paulo, tem que estruturar mais IMLs no estado de São
Paulo.
Nós tivemos
prefeitos comentando que às vezes acontece um atropelamento e a pessoa fica
exposta durante toda a tarde, às vezes, quase que 24 horas numa outra cidade, porque
tem muitas cidades no estado de São Paulo que não têm ainda uma estrutura do
IML, prefeitos reclamando que muitas cidades não têm batalhão da Polícia
Militar.
Então as
pessoas têm que se deslocar de uma cidade para outra, abrindo a possibilidade
para crimes, para violência, naqueles municípios que não têm uma estrutura de
Segurança Pública naquelas cidades. Prefeitos reclamando que são obrigados a
ter que estruturar e contratar uma operação delegada, mesmo prefeituras que não
têm condição financeira de sequer, muitas vezes, manter o custeio da sua própria
cidade.
Não que eles
não queiram segurança. Eles querem ampliar a Segurança Pública na sua cidade, mas
eles querem que aumente o efetivo da Polícia Militar, que aumente o efetivo da
Polícia Civil, que melhore as estruturas das delegacias - e foram muitos prefeitos.
E os deputados da base do governador Tarcísio que tiverem dúvida, as nossas
audiências, todas elas, todas as reivindicações dos prefeitos e dos vereadores,
são públicas.
Elas estão lá,
audiência por audiência. As cidades que os prefeitos e os vereadores
solicitaram mais investimento na Polícia Militar estão lá à disposição. Então
acho que é importante que os deputados da base do governador Tarcísio aqui no estado
de São Paulo comecem a discutir a Segurança Pública do estado de São Paulo.
Eu falo, os
prefeitos foram unânimes, unânimes. Eles querem que aumente o efetivo. Eles
querem uma melhoria no rendimento, no salário dos servidores de Segurança Pública
do estado de São Paulo, e é isso que nós desejamos e é isso que nós queremos
desde o primeiro dia do nosso mandato aqui.
Quando o governador
Tarcísio encaminha para a Assembleia um projeto de lei para a valorização dos
servidores da Polícia Militar e da Polícia Civil, quem mais defendeu e pediu as
alterações foi a bancada do Partido dos Trabalhadores. O governador Tarcísio
sequer discutiu com os deputados estaduais que são ligados à Segurança Pública.
Não houve
debate, não houve discussão. E no Orçamento, que nós aprovamos aqui uma
adequação, um projeto de lei de mais de cinco bilhões de reais, que foi feito e
encaminhado para cá sem diálogo. O governador simplesmente mandou um projeto
sem avaliar se aquilo seria um projeto benéfico ou não para o conjunto da Segurança
Pública do estado de São Paulo - e não foi.
Nós tivemos um
problema com os tenentes, nós tivemos um problema com os sargentos, nós tivemos
um problema entre a Polícia Militar e a Polícia Civil, porque o governador
Tarcísio até agora, ainda não entendeu como é que se valoriza de fato um
servidor público aqui na Assembleia Legislativa.
Então eu fiz
questão de trazer essa avaliação no dia de hoje em relação ao que eu vi nesses
dias nas audiências públicas do Orçamento, porque os prefeitos e os vereadores
do estado de São Paulo querem um olhar do governador Tarcísio para a Segurança Pública
no estado de São Paulo.
Tem algumas
regiões que a gente acompanha que o pessoal comenta. Às vezes tem aqui cidades
onde tem presídio, e muitas vezes têm que se deslocar, algumas têm a estrutura
da Polícia Penal, outras não, e quem acaba acompanhando às vezes um preso para
uma outra cidade é a única viatura que tem naquela cidade.
Então é
necessário que o governador Tarcísio olhe para essa cidade que só tem uma
viatura, que tem dois, três policiais, não tem um batalhão estruturado; tem
cidades que apenas o policial faz passagem. Então é isso que nós gostaríamos
que o governador Tarcísio olhasse no nosso estado.
Nós defendemos
e queremos a Segurança Pública, mas nós queremos os servidores hoje da Segurança
Pública, tanto Polícia Militar como Polícia Civil, bem treinados, bem formados,
bem pagos, com uma carreira definida, sabendo que vão ter tranquilidade no
momento da sua aposentadoria e que podem se aposentar com tranquilidade, que a
sua família tenha segurança, porque nós sabemos que muitas vezes o policial sai
para trabalhar e a sua família fica ali à mercê.
É isso que nós
esperamos do governador Tarcísio no estado de São Paulo, é isso que nós
esperamos dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa ligados ao governador
Tarcísio: defenderem a Segurança Pública do seu estado.
Em relação ao estado
do Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro tem que ser firme. Ele não tomou
uma decisão? Ele não pode ser covarde agora e uma decisão que ele tomou, se foi
certa ou foi errada, ele é governador do estado do Rio de Janeiro e tem que ser
responsabilizado pela decisão que ele toma.
Aqui no estado
de São Paulo o governador Tarcísio não toma a decisão? Ele não tem que ser
responsabilizado? E vai ser. Quando fizer algo errado, o governador Tarcísio no
estado de São Paulo terá crítica deste deputado, como foi na privatização da
Sabesp, como foi na privatização da CPTM, quando foi na venda agora da Emae,
como foi agora na unificação e na extinção da EMTU, como vai fazer agora na
extinção da Furp, que é uma empresa importante para o estado de São Paulo.
Então eu subo
aqui neste plenário e faço a crítica que o Tarcísio merece, porque ele não
cuida do estado de São Paulo como deveria. Agora, ele é responsável pelas
decisões que ele toma.
Então, hoje, o
governador Cláudio Castro, ele é um covarde se ele não assumir a
responsabilidade que ele tem no Rio de Janeiro. Não adianta jogar para
terceiros a responsabilidade. Nós sabemos que as duas esferas, tanto o governo federal
como o governo do Estado, têm a sua responsabilidade no combate ao crime
organizado, no combate ao narcotráfico.
Mas a decisão
que o Cláudio Castro tomou no Rio de Janeiro é pura decisão exclusiva dele. Ele
não tem que ser covarde, ele tem que assumir o ato que ele cometeu no governo
do Rio de Janeiro e assumir até as últimas consequências. Porque, no dia de
ontem, nobre deputado do Reis, logo na sequência, ele já foi, ligou para o
governo federal e pediu desculpa.
Não foi aquilo
que ele disse. Então, assume a sua responsabilidade. Eu acho que isso que é
importante, porque no “Metrópole”, em março desse ano, o governador Cláudio de
Castro, ele colocou que ele não tinha, está aqui uma declaração dele. O
governador, em entrevista ao “Metrópole”, em março, Cláudio de Castro afirmou
que não queria cooperação federal na segurança do Rio de Janeiro. Está aqui,
mês de março.
Na sequência,
esse mesmo governador que agora não quer assumir a sua responsabilidade pelo
ato cometido no dia de ontem no Rio de Janeiro, foi o mesmo, junto também com o
secretário aqui do estado de São Paulo, foi contra a PEC da segurança. É um
diálogo.
O que o governo
federal quer fazer? Dialogar entre o governo federal, os governos do estado,
para criar a condição de melhorar a Segurança Pública. Como eu disse aqui, o
governo federal tem a sua responsabilidade no combate ao narcotráfico, no
combate ao crime organizado, como o governador do estado de São Paulo,
Tarcísio, também o tem. Nós vamos votar LOA daqui a alguns dias.
O governador
Tarcísio está propondo retirar 59% do Orçamento na LOA - está aqui, nós vamos
discutir daqui a alguns dias - do combate ao crime organizado no estado de São
Paulo. Aí eu vou querer ver como os deputados, a base do governador Tarcísio,
vão se posicionar.
O governador
Tarcísio está propondo retirar, para o Orçamento do ano que vem, 59% do
orçamento de combate ao crime organizado. Aí eu vou querer ver como os
deputados da base do governo vão se portar. Porque nós vamos defender que vai
ter que recompor e vai ter que ampliar esse valor que está proposto na LOA. Eu
quero ver como os deputados da base do Tarcísio vão se portar nesse quesito.
Agora, Cláudio
Castro, que é o governador do Rio de Janeiro, assuma o que você fez no dia de
ontem no Rio de Janeiro, porque é o futuro que vai determinar se a sua ação
estava correta ou não.
Mas não tem que
jogar para terceiros essa responsabilidade que é pura e exclusivamente do
governador do Rio de Janeiro. Nós somos hoje aqui solidários à população do Rio
de Janeiro, somos solidários à população da segurança pública do Rio de Janeiro.
Mas queremos que o governador Cláudio Castro assuma o que ele fez no Rio de
Janeiro, porque é pura e única responsabilidade do governo do estado de São
Paulo.
Governador
Tarcísio, cuide da Segurança Pública do estado de São Paulo, porque é
o que eu percebo que os deputados da sua base querem mais fazer para o sentido
político do que discutir a Segurança Pública no nosso Estado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Luiz Claudio Marcolino. Seguindo a lista de oradores,
convido o deputado Reis, em permuta com o deputado Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem a palavra pelo
tempo regimental de dez minutos.
O
SR. REIS - PT -
Interessante que, enquanto os deputados falavam aqui nesta tribuna, deputado
Danilo Campetti, eu estava acompanhando no chat da Assembleia Legislativa, no
chat do YouTube, e as manifestações lá, o povo falando.
E em São Paulo,
ninguém fala nada? Agora só fala do Rio de Janeiro? Por que os deputados não
falam de São Paulo? Você pode entrar lá, que você vai ver essas declarações. E
os coletes? E os coletes com cheiro de sovaco? Com suor, os coletes da Polícia
Militar? Está lá no chat.
Está lá no
chat. Então, nós temos que nos ater aos problemas de São Paulo. Mas eu acho que
as falas aqui... É importante que todos falem o que pensam, como enxergam o
mundo. Não vai mudar muita coisa. O Lula vai continuar sendo presidente e ainda
vai ser reeleito. Não muda nada, pode falar à vontade, esperneia.
O “jus esperneandi”,
quer dizer, o direito de espernear. Ele é um direito sagrado. Agora, o Lula já
foi lá, já se retratou, falou que não foi bem aquilo que ele quis dizer. Obviamente,
quem fala de improviso, quem não escreve para falar, muitas vezes pode inverter
a lógica das suas falas.
E é verdadeiro
que o governador do Rio de Janeiro não pediu para fazer GLO lá no Rio de
Janeiro. Ele não tem um documento escrito, assinado por ele. E, obviamente,
também a PEC está lá e os governadores estão contra a PEC da Segurança Pública.
A grande novidade na PEC é que ela faz com que a Polícia Federal possa
investigar os crimes que saem de um estado para outro.
Agora, eu vou
pedir para o Machado passar um vídeo, porque eu vim falar de outro tema. Agora,
eu não vou ficar... Eu vim falar de um outro tema. Eu vim falar do crime em São
Paulo. Tem um vídeo aqui do secretário...
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Então, foi
isso. O secretário da Segurança, a fala dele não está tão errada, ele só
derrapou no número. Eu pedi por escrito. Está aqui, veio da Secretaria de
Segurança Pública, por escrito: “Com fundamento no Art. 20, inciso 16, da
Constituição do Estado de São Paulo, encaminho as informações prestadas pela
Secretaria da Segurança Pública, em atendimento ao requerimento acima citado de
autoria do deputado Reis.
Trata-se de
requerimento de informação apresentado por parlamentar estadual relativo às
prisões realizadas no estado de São Paulo nos anos 2023 e 2024, cujos dados
foram veiculados à entrevista do titular da pasta no programa “Direto ao Ponto”,
da Jovem Pan. Para o esclarecimento necessário, foram buscadas informações
junto à Polícia Civil, que respondeu quantos autos de prisão em flagrante foram
lavrados nesse período.”
Então, a
Secretaria está me informando aqui que não são 389 mil prisões. Conforme disse
ali, na Jovem Pan, o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Foram 96.073, em 2023; e 95.218, em 2024; totalizando 191.291 prisões. Na conta
do secretário, quando ele falou isso, eu fiz uma conta rápida, foi praticamente
quase 540 prisões por dia.
Falei, esse
número não é possível, que 540 prisões todos os dias não tem presídio que vai
dar conta disso. Aliás, até questionei o secretário da SAP se a estrutura de
São Paulo tinha condições de dar resposta para tudo isso. Mas, na realidade,
são 262 prisões por dia.
Em quais
distritos policiais esses autos de prisão em flagrante foram lavrados? E ele me
mandou distrito a distrito. Então, quem quiser, quem tiver dúvida aqui,
perguntar, por exemplo, o Capão Redondo, vamos pegar aqui o 47 DP, que é o
bairro mais violento de São Paulo, é o bairro que mais roubos tem, que está em
primeiro lugar em roubos e furtos.
Então, aqui, na
relação que a Secretaria de Segurança me mandou, eu vou achar aqui o distrito
do Capão Redondo, 47 DP. Então, está aqui o 3º DP, o 4º DP de Franca, e vai. É
delegacia demais, não é? Tem delegacia aí que fez uma prisão, 7º DP, 36 DP da
Vila Mariana, 113 prisões; 37 DP do Campo Limpo, 330 prisões; e o 47 DP, 443
prisões.
Com a
quantidade lavrada por distrito, ele mandou a planilha com dados por distrito,
as prisões que foram relaxadas, esse daí não houve a resposta, mas bastou essa
resposta dele para eu entender que os dados que o secretário de Segurança
Pública levou à Jovem Pan eram incorretos.
E por isso que
eu fiz o questionamento para mostrar para a sociedade que não chega a ser essas
389 mil prisões que ele alegou, mas sim 191.291 prisões e distribuídas por todas
as delegacias de São Paulo.
Ele diz ainda
que atualmente consta 85.840 mandados de prisão em aberto no Estado,
comunicados à Polícia Civil, ou seja, além dos presos que o secretário da SAP
trouxe aqui para a gente a informação de que hoje nós temos 215 mil presos no
estado de São Paulo, nós temos 85.840 mandados de prisão em aberto e
comunicados à Polícia Civil.
Importante
ressaltar que o sistema da Polícia Civil não indica qual tipo de mandado foi
cumprido na sistematização dos dados, mas o número total de pessoas capturadas
em razão de mandados de prisão.
Então, nós
temos 215 mil, temos 85 mil presos em liberdade circulando por aí. Tem alguns
programas da Prefeitura, como o “Smart Sampa”, que tem feito algumas prisões,
mas bastante insuficientes, em relação ao número de mandados que tem expedidos
pela Justiça de São Paulo.
E nós temos a
violência explodindo no estado de São Paulo - hoje os deputados quiseram
discutir bastante o Rio de Janeiro -, mas São Paulo, pela sua extensão, pela
sua população, não é muito diferente no dia a dia da quantidade de
enfrentamentos que tem com a Polícia, de enfrentamentos que tem muitas vezes
com a sociedade, que é vítima no dia a dia da falta de segurança pública.
E nós
gostaríamos que o governo atentasse para a Segurança Pública de São Paulo, para
investimentos no policial. Eu tenho várias reclamações de falta de fardamento,
de falta de botinas, de falta de blusas de frio, de viaturas caindo nos
pedaços.
Aliás, os
policiais reclamam muito dessa viatura Duster, diz que é uma porcaria, não
serve para... quebra o tempo todo. O governo às vezes compra porque é barato. A
minha madrinha sempre falava: “a economia é a base da porcaria”.
Então compra
porque é barato, dura pouco. E os policiais reclamam muito das condições das
viaturas. Todas as Companhias, as Delegacias que eu tenho visitado, eu recebo
reclamações de falta de estrutura, de falta de valorização.
Então seria
muito importante, inclusive, nós temos alguns projetos aqui que têm a ver com o
policial civil, com o policial militar, com o policial técnico-científico, com
o policial penal, que foram vetados pelo governador. Que foram vetados.
Então, além,
conforme diz aqui o deputado Marcolino, do governo de São Paulo tirar
praticamente 340 milhões do combate ao crime organizado, na LOA, para o ano que
vem, e tirar 59% de investimento na Segurança Pública, então nós temos uma
redução de cerca de 850 milhões para 340 milhões de investimento nas Polícias,
e temos também uma redução de investimento para combater o crime organizado de
cerca de também cinquenta e nove por cento.
Então seria
muito importante que a gente se ativesse a essas questões do estado de São
Paulo, buscasse derrubar esses vetos para dar resposta para os policiais de São
Paulo e buscasse corrigir essas distorções - eu inclusive fiz emendas à LOA
para corrigir distorções - que tem na lei orçamentária do ano que vem.
Queremos
discutir Segurança? Vamos discutir. Vamos discutir com responsabilidade, mas vamos
cobrar do Governo de São Paulo que ele faça a sua lição de casa, que ele dê
essas respostas, inclusive na valorização dos policiais.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS
- Obrigado, deputado Reis. Seguindo a lista de oradores, deputado Rafael
Saraiva. (Pausa.) Deputada Beth Sahão permuta com a deputada Ana Perugini.
Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo remanescente do Grande Expediente.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, estamos finalizando o mês de outubro
e eu não poderia deixar de vir a esta tribuna falar sobre o “Outubro Rosa”,
sobre a questão do câncer de mama.
Eu, como
deputada, tenho uma lei aqui, já aprovada há muitos anos, que cria o Programa
Estadual de Prevenção ao Câncer de Mama. E os números que nós dispomos,
infelizmente são grandes, são preocupantes, e demandam ainda uma política cada
vez mais intensa, no sentido de poder trabalhar preventivamente em relação ao
câncer de mama. Veja bem, eu trouxe aqui alguns números.
Em 2025, o
INCA, que é o Instituto Nacional do Câncer, talvez o órgão mais fidedigno no
que diz respeito às estatísticas de câncer, no Brasil, são estimados 73 mil e
600 novos casos, fora os que já existem, de câncer de mama. E ele é o câncer
que mais mata as mulheres no nosso País, infelizmente.
É o tipo de
câncer que mais mata as mulheres. Só nos últimos cinco anos, o número de óbitos
tem se mantido mais ou menos igual, ao longo de cinco anos, sendo esse total de
27 mil mulheres que são mortas, em função do câncer de mama, por ano, no
Brasil. A taxa de incidência é de 41,9 novos casos a cada 100 mil habitantes. É
muito alta ainda, excessivamente alta. É preciso trabalhar para diminuir essa
taxa.
E o mais
preocupante é exatamente aqui na nossa região, na região sudeste, que essa taxa
é mais alta, com 52,3 casos a cada 100 mil habitantes. Uma região que é a
região com as maiores instituições de Saúde, com as maiores entidades, com o
maior número de hospitais, com o maior acesso que as mulheres têm nos serviços
públicos de saúde, na rede pública de Saúde.
No entanto,
esse índice é o maior também, exatamente na região sudeste, onde São Paulo,
nosso Estado, faz parte. E, embora tenha uma maior sobrevida, em função do tipo
de procedimento que é utilizado, dos cuidados que são utilizados, mas essa
sobrevida depende muito da forma como esse diagnóstico é feito.
Se ele é feito
no início, as chances de sobrevida são muito maiores. Se ele é feito num
estágio mais avançado, as chances de sobrevida diminuem de uma forma muito
significativa, infelizmente.
Dados do
“Panorama do Câncer de Mama no Brasil” revelam que a nossa cobertura ainda,
para exames, é de 24 por cento. É muito pouca. Quer dizer, nós temos aí 76% de
mulheres, na faixa etária em que é preciso fazer o exame, que não estão
fazendo, não estão realizando esse exame anualmente.
Ou a cada dois
anos, dependendo do caso, dependendo do histórico familiar. Dependendo de uma
série de coisas: se a mulher é fumante, se a mulher é obesa, se a mulher tem
outras características que podem também exigir que esse exame, da mamografia,
por exemplo, seja feito num período mais curto, anualmente.
Tem uma lei,
hoje, que fala que, após o diagnóstico, é preciso iniciar o tratamento num
período que não exceda 60 dias. Acontece que isso não está ocorrendo. Muito
menos, aqui no estado de São Paulo. Ainda foi um dos motivos que eu questionei,
na Comissão de Saúde, à secretária adjunta da Secretaria Estadual de Saúde.
Porque eles
falam que fazem, mas, na verdade, 73%, ainda, das mulheres, não conseguem
iniciar o seu tratamento antes dos 60 dias. Isso é muito ruim. Porque, quanto
mais rápido esse tratamento for feito, maior também é a chance de sobrevida.
E algo
preocupante, e que chamou a atenção do Ministério da Saúde, recentemente, em
estatísticas que foram apresentadas, é a queda na idade de mulheres que são
diagnosticadas com câncer. Antes, e ainda é, a faixa etária maior é de 50 a 69
anos. É aí que a incidência é, do ponto de vista numérico, maior. De 70 anos
até 74, você tem uma incidência também expressiva, mas não se compara a essa
outra faixa etária. Ocorre...
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Eu pediria para
continuar aqui por uma comunicação, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Comunicação? A senhora tem a palavra por
dois minutos.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Ocorre que, nessa faixa dos
35 até os 40 anos, os 49 anos, essa incidência aumentou de uma forma
assustadora. O Brasil registrou, entre 2018 e 2023, 319 mil diagnósticos de
câncer de mama, sendo 157 mil entre mulheres de 50 a 69, como eu disse.
Entre 40 e 49
anos, 71 mil novos casos. E, de 35 a 39 anos, 19.576 casos, algo que, até
alguns anos, não tínhamos. Era muito raro uma mulher nessa faixa etária ser diagnosticada
com câncer.
Por isso mesmo,
o Ministério da Saúde tomou, através do ministro Padilha, algumas medidas que devem
ser aplaudidas. Entre elas, a oferta de uma medicação que era muito cara, de
última geração, que foi incorporada ao Sistema Único de Saúde, chamada trastuzumabe
entansina.
Isso era
acessível apenas para quem estava se tratando na medicina privada, pessoas com
maior faixa de renda. Hoje, não. Hoje esses medicamentos também estão
disponíveis na rede pública de Saúde.
Outra medida
que foi adotada pelo Ministério da Saúde é a mamografia na faixa etária de 40 a
49 anos. Isso também é importante. O SUS vai contar com esse tipo de
atendimento, que antes também não estava disponível. Nesse sentido, a gente consegue
ter um trabalho na rede pública de Saúde de uma forma mais preventiva, evitando
que as mulheres sejam diagnosticadas tardiamente com câncer de mama.
Portanto, ficam
aqui os meus cumprimentos também ao ministro Padilha, que neste mês de outubro
acabou ofertando no sistema público de Saúde essas duas iniciativas, a
distribuição de um medicamento que era muito caro, associada à possibilidade de
as mulheres realizarem a mamografia.
É isso, Sr. Presidente.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada Beth Sahão.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Sr. Presidente, como vice-líder do PL, encaminhar o deputado Paulo
Mansur para falar pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
É regimental o pedido de Vossa Excelência. Deputado Paulo Mansur, V. Exa. tem a
palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.
O SR. PAULO MANSUR -
PL - PELO ART. 82 - Obrigado, presidente Danilo Campetti. Obrigado, deputado Gil Diniz.
Agora, eu vi
uma notícia de que o Flávio Bolsonaro e o Eduardo Bolsonaro vão se reunir com o
Bukele, presidente de El Salvador, dia 13 de novembro, para entender melhor as
ações que o Bukele teve no seu país. Porque realmente foi um exemplo para o
mundo o que ele fez em combate ao narcotráfico, ao abuso que vinha sendo feito
no seu país.
Realmente nós
temos juízes no nosso País que são a favor dos bandidos, porque proibir a
polícia ou burocratizar a polícia para ir aos complexos, para ir aos morros, é
pedir para o crime tomar conta. Só que o crime organizado no Brasil não só
vende droga, ele abusa de mulheres, ele pede um mensal da luz, da água e ele
toma, sim, a mulher.
Quando ele
chega lá e tem um pai com o seu filho, com a sua filha, se ele achar a filha
dele bonita, ele vai falar “agora sua filha é minha”. O pai tem duas saídas, ou
ele sai do complexo, ou realmente a filha dele vai ser do traficante.
É assim que
funciona com o PCC e com o Comando Vermelho, não tem bonzinho. Bandido bom é
bandido morto, é bandido preso, não tem que ter dó de bandido. A gente viu o
que eles fizeram com os cidadãos de bem agora para todo mundo ver no Rio de
Janeiro.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
* * *
Só que é uma
vergonha o Lula falar essas frases que ele vem falando, eu vou citar aqui. Como
é 13 o PT, vou falar 13 frases. Primeira: “Os traficantes são vítimas dos
usuários”. Frases do Lula. “A classe média é o maior problema do Brasil”. Outra
frase. “Teremos que fazer...” Olha só, “o diabo para ganhar a eleição”. “Para
que roubar um celular? Para vender? Para ganhar um dinheirinho?”
“Eu não me
importo com o que dizem os especialistas, o presidente tem o direito que cobrar
impostos”. Olha as frases do Lula. “A Venezuela tem mais democracia do que o
Brasil”. Olha só o que o Lula falou nos seus discursos. “Maduro é democrático e
seus adversários são golpistas”. “O agronegócio é fascista”. “A gente sabe como
a polícia age na periferia”. “O traficante é vítima do usuário”. “Vai roubar um
celular só para comprar uma cervejinha”. E a última frase que eu peguei aqui
das 13 mais do Lula: “Quanto mais polícia você precisa, menos Estado você tem”.
Essas são as
frases que o Lula fala na ONU e nos seus discursos, é isso que nós temos no
Brasil. Realmente, quando o Lula ganhou a eleição, e é de se chamar a atenção,
todo o PCC e o Comando Vermelho comemoraram nos presídios. É claro que existe
uma flexibilização hoje para os bandidos.
Foi votado no
STF até, que 40 gramas de maconha podem se portar. Isso é o que temos neste
Brasil. Eu fiz uma lei aqui na Assembleia Legislativa para que se um usuário for
pego fumando maconha no estado de São Paulo que ele pague um salário mínimo de
multa.
Neste estado de
São Paulo, graças a Deus, a gente tem um Derrite, temos um governador Tarcísio,
que foi colocado pelo presidente Bolsonaro, temos os policiais militares, que
eu respeito muito, os policiais civis que vêm fazendo um bom trabalho.
Inclusive quero
parabenizar o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que foi um grande
combatente em toda essa guerra contra o narcotráfico. E a gente precisa, sim,
classificar o PCC e o Comando Vermelho como um grupo terrorista, colocar eles
na lista vermelha do mundo.
Muito obrigado,
presidente.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
deputado Danilo Campetti.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Na condição de
vice-líder do Republicanos, gostaria de fazer uso da palavra pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa
Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos, deputado Danilo Campetti.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente nobre
deputado Gil Diniz. Cumprimentar V. Exa., todas as deputadas e deputados, todos
que acompanham pela Rede Alesp.
Bom, falamos aqui de
Segurança Pública, o caos que está o Rio de Janeiro, o caos que está a
Segurança em âmbito nacional em razão de uma política que é uma tragédia na
Segurança, uma catástrofe liderada ali pelo Sr. Luiz Inácio, mas eu vou entrar
no outro tema que o governo federal, os governos do PT também são uma tragédia.
Vamos falar
sobre o sistema “Free Flow”, concessões de rodovias. Eu tenho ouvido, e eu
tenho acompanhado, muitos deputados aqui da oposição criticarem esse sistema
que foi implantado aqui em São Paulo em três rodovias e conta com 11 pórticos.
Temos na Raposo Tavares, na Tamoios, Contorno Sul e na Carlos Tonani um sistema
que está implantado, mas vai sofrer alguns ajustes em razão da adequação dos
locais.
Tem o sistema
que estabelece uma justiça tarifária, ou seja, o usuário daquele trecho paga
exatamente pelo trecho percorrido. Mas eu fiz, em razão dessas críticas da
oposição, fiz uma pesquisa e vi que, depois de 2023, o sistema “Free Flow”
também está nas rodovias federais por concessão do atual governo.
Então, sei que
é muito, pode ser muito a gente pedir coerência para a esquerda, para a
oposição, mas nós precisamos trazer aqui os fatos para a população, para
esclarecer a população.
Eles têm um
total de 29 pórticos hoje nas rodovias federais, a Rio-Santos, a Presidente
Dutra, na Fernão Dias e tem a previsão de se instalar, de se concederem mais
doze. Na verdade, em mais 14 rodovias. E está aqui em fase de concessão: EPR
Iguaçu, BR-163, BR-364, BR-381, BR-369 e assim vai. Quatorze rodovias que estão
em processo de concessão com instalação de “Free Flow”.
O que nós temos
que entender é que é um sistema moderno que estabelece essa justiça tarifária e
o fato é que hoje em São Paulo, das dez melhores rodovias do Brasil, nove estão
em São Paulo.
Nós temos a
opção de continuar com essa qualidade de concessões de rodovias aqui em São
Paulo, que salva vidas, que confere segurança ao usuário, ou então permanecendo
no passado, no atraso, como ocorre... Por favor, Machado. Como ocorre nos
estados governados pelo governo do PT.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Pois é. Pois é.
Este é o resultado do governo do amor, ou dos governos do amor do PT, não é?
Bahia e Rio Grande do Norte. Bahia que hoje, do seu total de dez milhões de
habitantes, dois milhões e meio, 25% está no “Bolsa Família”. Nós temos mais
beneficiários do “Bolsa Família” do que carteiras assinadas em empregos
formais.
Então fica para
a gente contestar a oposição no sentido de que nós preferíamos ter em São Paulo
rodovias trafegáveis com condições e não essas rodovias que esses governos
apresentam lá. Eu citei só dois, só o da Bahia e o do Rio Grande do Norte, os
dois governados pelo PT.
Então, Sr.
Presidente, muito obrigado. Fica aqui o meu relato.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Danilo Campetti. Antes de suspender aqui os trabalhos, anunciar
aqui a presença honrosa aqui para o nosso Plenário, nossa Casa Legislativa, dos
alunos da Escola do Legislativo de Monte Mor. V. Exas. são muito bem-vindos
aqui na Casa do povo paulista.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Danilo
Campetti.
*
* *
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente Danilo Campetti.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, nós já
esgotamos aqui. Uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Para uma breve comunicação.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Nós esgotamos aqui as ferramentas regimentais para uso da
tribuna neste momento aqui, mas novamente saudar a Escola do Legislativo aqui
de Monte Mor. Nós aqui nesse plenário temos vários partidos, eu sou do Partido
Liberal, V. Exa. do Republicanos, deputado Fiorilo do PT.
Então os alunos
aqui ficam convidados se quiserem visitar o nosso gabinete, no 401; é um
gabinete de um deputado do Partido Liberal, de um deputado bolsonarista. Então,
quem se sentir à vontade e quiser falar mais sobre política, são bem-vindos.
E deixar
registrado, presidente, também, da nossa discussão dessa tarde aqui, que a
bancada de esquerda fugiu da real discussão. Olhe só quando o deputado Reis
aponta que Luiz Inácio cometeu um ato falho, porque ele falou de improviso e no
momento seguinte, ele critica o deputado licenciado Guilherme Derrite, que é
nosso secretário de Segurança Pública, que falava de improviso também e errou
um número. Então, ele precisa decidir qual é o critério, qual é o padrão.
Foram faladas
várias coisas aqui que são do orçamento para a Segurança Pública. É óbvio que
nós aqui defendemos o maior orçamento para a Segurança Pública e nós vamos
discutir isto nesse plenário e nós queremos sensibilizar o Executivo estadual.
Mas ficou
registrado, nessa tarde aqui, em um momento histórico, que São Paulo vive, que
o Rio de Janeiro... Que o Brasil vive que a bancada de esquerda fugiu do debate
e não teve sequer condições, deputado Danilo Campetti, de homenagear os
servidores da Segurança Pública que tombaram em combate, combatendo ali o
narcoterrorismo. Eles não conseguem, simplesmente - simplesmente, deputado
Paulo Mansur -, homenagear estes homens que doaram a sua vida e essa é sim uma
discussão legítima.
Foi no Rio de
Janeiro, mas poderia ter sido em São Paulo, poderia ter sido os servidores
públicos da Segurança Pública da Bahia, de Pernambuco, do Piauí, do Maranhão,
onde eles dominam há décadas.
Mas alguns
deputados, como V. Exa., como deputado Mansur, deputado Mecca, deputado Conte
Lopes, subiram aqui nessa tribuna, usaram a sua voz, a voz dada pelo povo do
estado de São Paulo, para homenagear e honrar a memória destes servidores
públicos que tombaram ontem no estrito cumprimento do seu dever, combatendo o
narcoterrorismo, que domina o Estado brasileiro neste momento.
Nós nos unimos
aqui em orações às famílias destes policiais, que se foram, mas também orando
pela vida dos que ficaram e continuam e continuarão a combater estes
criminosos, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Gil Diniz.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Uma breve
comunicação, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para
uma breve comunicação o deputado Paulo Mansur.
O
SR. PAULO MANSUR - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro vão estar com o Bukele
agora, dia 13 de novembro, e Eduardo Bolsonaro vem avançando nos Estados Unidos,
em conversas com o Marco Rubio, entre outros diretores do primeiro escalão da
Casa Branca.
É importante a
gente falar que a mídia noticiou nessa última semana e as nossas avós, as
nossas tias, as nossas mães, entre outras pessoas que assistem televisão,
acabam acreditando que Trump está ficando amigo de Lula, o que é uma verdadeira
mentira, porque Trump colocou ao lado dele, na reunião, Greer e Marco Rubio, os
dois que falaram sobre o STF no Brasil. Os dois que estão ao lado de Donald
Trump - Marco Rubio e Greer - falaram que a Justiça no Brasil está escalando
para um socialismo.
Por isso, a
gente tem 11 ministros sem vistos no Brasil. Por isso que Alexandre de Moraes
está sancionado pela Lei Magnitsky. Inclusive, os bancos no Brasil já foram
notificados para darem uma resposta, onde Alexandre de Moraes tem conta. E uma
série de ações estão por vir, presidente.
E a gente vê o
Rio de Janeiro estourando tudo isso, estourando com o PCC e o Comando Vermelho.
É de má gestão. É da Justiça querer deixar o narcotráfico comandar, o PCC
comandar, o Comando Vermelho comandar. Então, as coisas estão estourando no
nosso Brasil e o Lula só sabe falar coisas como “o traficante é vítima do
usuário”.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Paulo Mansur.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Pela oportunidade aqui, mais uma breve comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Para uma breve comunicação.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - O deputado Paulo Mansur é um amigo neste plenário, amigo também
do deputado Eduardo Bolsonaro. Todos sabem que fui assessor parlamentar de
Eduardo Bolsonaro. Eu o conheci, deputado Campetti... Vossa Excelência que foi
amigo dele, inclusive na corporação, na Polícia Federal, quando a Polícia
Federal nos dava orgulho e não como parte dela hoje, que nos envergonha.
O deputado
Paulo Mansur chamou atenção aqui justamente para esse trabalho internacional
que o Eduardo Bolsonaro vem fazendo e chamando atenção do Departamento de
Estado americano. Deputado Paulo Mansur, o Marco Rubio conhece, a família dele
sentiu na pele o desmando dessa facção criminosa chamada Foro de São Paulo.
Nós falávamos,
deputado Danilo Campetti, dias atrás, no Consulado Americano, quando nos
perguntaram o que nós achávamos das questões de Segurança Pública, e uma das
nossas respostas, das dificuldades que nós temos, é a influência do crime
organizado dentro da esfera política.
Respondíamos a
ele que o Foro de São Paulo é uma espécie de Irmandade Muçulmana que atua aqui
na América Latina. E nós estamos vendo em São Paulo, aqui neste parlamento,
várias atividades voltadas ao Hamas. Ontem mesmo, aqui nesta Assembleia
Legislativa, militantes do Fatah dizendo que precisavam se unir, ter um
consenso com o Hamas. Foi dito ontem aqui neste Parlamento. É simplesmente
absurdo.
O ministro de
Luiz Inácio, ex-governador do estado de São Paulo, Márcio França, quando
assumiu o governo de São Paulo, recebeu dentro do Palácio dos Bandeirantes, se
não me engano, um sheik que é ligado ao Hezbollah. Hezbollah que tem atividades
na fronteira do Brasil com o Paraguai, que está atuando em território nacional.
Nós temos,
presidente, hoje, no Brasil, em São Paulo, um grupo político que tenta combater
os fundamentalismos da toga, do Foro de São Paulo, esses criminosos que,
unidos, conseguiram dominar a política na América Latina.
E já há,
deputado Paulo Mansur, em depoimento, o Carvajal, que foi um grande atuante na
política da Venezuela, dizendo ali em seus relatos que o dinheiro do crime
organizado, o dinheiro do narcotráfico ajudou, inclusive, um determinado grupo
político aqui no Brasil ser alçado ao poder. E qualquer um que me escuta neste
momento, apto a fazer uma sinapse, sabe de que grupo político estou falando.
Então, senhoras
e senhores, fica registrado aqui quem minimamente tenta combater estes
criminosos que têm a caneta, têm o microfone, têm a toga, têm lá sabe-se o quê,
neste país.
Nós aqui,
deputado Campetti, não vamos nos render, ainda que isto nos custe a nossa
liberdade, a nossa vida, como a vida destes policiais que foram ceifadas ontem
no Rio de Janeiro.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Diniz.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Uma breve
comunicação, presidente?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Para uma breve comunicação o deputado Paulo Mansur.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Quero cumprimentar a plateia, avisar, falar aos jovens que estão
aí, que o Lula fez uma declaração falando que a Venezuela tem uma democracia
melhor do que a do Brasil. Ele falou isso. Olhe como é a ditadura na Venezuela,
como foram as eleições lá.
Então eu fico
feliz no avanço do Eduardo Bolsonaro, Gil Diniz, que o Ofac, hoje, nos Estados
Unidos, do Tesouro Americano, pediu para os bancos brasileiros uma devolutiva
sobre as contas de Alexandre de Moraes, porque ele está sancionado pela Lei
Magnitsky.
Então esses
avanços que foram acontecendo no Brasil em cima do Judiciário, de Donald Trump,
na administração dele, é porque o Trump está de olho na América Latina. Ele
interviu, agora, na eleição de Milei. Ele mandou 20 bilhões de dólares para
salvar a economia da Argentina.
E isso teve uma
repercussão, até porque Milei, agora, nas eleições, conseguiu vencer com
maioria no Congresso Nacional e no Senado. Ou seja, ele pode se tornar um novo
Bukele, hoje, na Argentina.
Quando a gente
fala Bukele, não é ele querer comandar o STF da Argentina, mas é poder prender
quem está no STF, no seu país, o presidente poder fazer isso com a maioria do
Congresso, com a maioria do Senado, com quem é contra o seu país, com quem é a
favor do narcotráfico, com juízes que estão do lado errado da história. E
quando você tem um Congresso com a maioria, o Senado com a maioria, o
presidente consegue comandar o país.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Paulo Mansur.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Uma breve
comunicação, presidente, para finalizar esse tempo aqui.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para
uma breve comunicação, o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, mais uma vez aqui ocupando esses microfones, vi
uma postagem do deputado Reis, neste momento, há 20 minutos, homenageando os
policiais no Rio de Janeiro.
O deputado Reis
poderia ter feito essa homenagem aqui da tribuna, obviamente, como foi dito.
Não o fez. Obviamente, no texto do deputado Reis, ele aborda a questão do
sucateamento das polícias, algo que nós sempre criticamos aqui.
Um projeto de
poder do partido que governou este estado, 30 anos de PSDB aqui no estado de
São Paulo, boa parte dele governado por Geraldo Alckmin ou por Márcio França,
que estão no governo Lula. Um é ministro, um é vice-presidente da República.
Então, sim, houve um sucateamento das nossas polícias aqui em São Paulo.
Neste período,
o PCC, outra quadrilha, outro partido criminal, surgiu aqui também, com a
anuência destes que governaram esse Estado.
Então não
adianta colocar aqui a culpa no governador Tarcísio, no secretário Derrite, que
estão há três anos tentando ajudar aqui a nossa tropa, com toda a dificuldade,
deputado Danilo Campetti, que nós enfrentamos. E olha que este deputado aqui é
muito crítico, muitas vezes, ao governador e ao próprio secretário, mas não me
furto aqui a tentar, sim, ajudar o governador a colocar a política pública, a
política de Segurança Pública, na Ordem do Dia no estado de São Paulo.
Então a nossa
homenagem não é uma homenagem de gogó, é uma homenagem efetiva. A gente se
enluta por estes policiais que, diariamente, combatem o crime e protegem a
nossa sociedade, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Gil Diniz. Estamos na Ordem do Dia.
*
* *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Há
sobre a mesa requerimento da nobre deputada professora Bebel, com número
regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a
constituição de uma comissão de representação, com a finalidade de participar
da Manifestação em Defesa dos Serviços Públicos e dos Direitos do Povo
Brasileiro, e de reunião no Supremo Tribunal Federal, a realizarem-se nos dias
29 e 30 de outubro do corrente ano, em Brasília, sem ônus para este Poder.
Em votação, as Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Havendo acordo aqui entre os líderes, presidente, levantar a
presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - É
regimental o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia.
Agradecendo a todos que nos acompanharam
pela Rede Alesp, nas galerias, os alunos da Escola Legislativa de Monte Mor.
Muito obrigado pela presença.
Que Deus abençoe a todos.
Uma boa tarde.
Está levantada a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 32 minutos.
*
* *