2 DE DEZEMBRO DE 2024
83ª SESSÃO SOLENE PARA ENTREGA DO COLAR DO MÉRITO LEGISLATIVO À ACIESP - ACADEMIA DE CIÊNCIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
RESUMO
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão às 10h16min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes.
3 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente solenidade para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à Aciesp - Academia de Ciências do Estado de São Paulo", a pedido deste deputado. Defende a Ciência, a Tecnologia, a Educação e a Cultura.
4 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a exibição de vídeo institucional da Aciesp - Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
5 - NORBERTO PEPORINE LOPES
Diretor financeiro da Aciesp - Academia de Ciências do Estado de São Paulo, faz pronunciamento.
6 - VANDERLAN BOLZANI
Ex-presidente da Aciesp - Academia de Ciências do Estado de São Paulo, a representar a SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, faz pronunciamento.
7 - ANTONIO JOSÉ MEIRELLES
Reitor da Unicamp, faz pronunciamento.
8 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo a Josué de Moraes, diretor-executivo da Aciesp - Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
9 - JOSUÉ DE MORAES
Diretor-executivo da Aciesp - Academia de Ciências do Estado de São Paulo, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 11h18min.
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- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores,
bom dia. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de homenagear, com o Colar de Honra
ao Mérito Legislativo, a Aciesp, Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo
pela TV Alesp e pelo canal Alesp no Youtube.
Convido para
compor a mesa a diretora o deputado estadual Carlos Giannazi, proponente desta
sessão solene. (Palmas.) Convido o professor Tom Zé Meirelles, Antonio José
Meirelles, o Tom Zé, reitor da Unicamp. (Palmas.) Professora Dra. Vanderlan
Bolzani, ex-presidente da Aciesp e representando a Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência. (Palmas.)
Professor Dr.
Josué de Moraes, diretor executivo da Aciesp, Academia de Ciências do Estado de
São Paulo. (Palmas.) Professor Dr. Norberto Peporine Lopes, diretor financeiro
da Aciesp, Academia de Ciências do Estado de São Paulo. (Palmas.) Convido todos
os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.
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- É reproduzido
o Hino Nacional Brasileiro.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Só
registrando algumas presenças: Maria Valnice, pró-reitora de pós-graduação da
Unesp; Edson Botelho, pró-reitor de pesquisa da Unesp, José Eduardo Frascá,
presidente do Instituto de Engenharia; Carlos Ferreira dos Santos, vice-diretor
da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP.
Neste momento,
passo a palavra ao deputado proponente desta sessão solene, Carlos Giannazi.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Bom dia a todos e a todas. Sejam bem-vindos e bem-vindas à Assembleia
Legislativa. Nós estamos aqui no plenário, no principal plenário da Assembleia
Legislativa. Existem outros, aqui é o plenário onde são realizadas as votações
que acabam influenciando todo o estado de São Paulo, todos os 645 municípios.
É uma honra
enorme receber vocês aqui, os convidados e, sobretudo, os membros da Academia
de Ciências do Estado de São Paulo para esta importante homenagem que a
Assembleia Legislativa aprovou aqui, foi uma aprovação pelos 94 deputados, da
principal homenagem da Assembleia Legislativa de São Paulo, do Poder
Legislativo do nosso estado, que é o Colar de Honra ao Mérito Legislativo.
Há um
importante trabalho que vocês têm realizado, não só no nosso estado, mas em
todo o Brasil, de divulgação, de promoção da ciência. Principalmente no momento
em que nós estamos vivendo de negacionismo climático e negacionismo de tantas
outras áreas. E é muito importante que essa homenagem seja feita também pela
Assembleia Legislativa de São Paulo, que é sempre um espaço em disputa
também.
Aqui nós temos negacionistas, aqui pessoas que não acreditam na ciência. Outro dia, um deputado fez uso da palavra aqui no microfone, defendendo a cloroquina ainda. Foi recente isso, falando que a cloroquina cura a covid, né? Nós temos pessoas que acham que a terra é plana, enfim. Mas, por isso que é muito importante a ciência, o conhecimento, a informação, a pesquisa, a tecnologia.
Essa tem sido a nossa grande luta aqui na Assembleia Legislativa. E estar com vocês aqui, fazendo essa homenagem, é importante, porque isso fortalece o pensamento científico, a ciência e o conhecimento. Nós que trabalhamos com educação, meu mandato atua basicamente na área da Educação e da educação pública; nós trabalhamos com conhecimento.
Eu ingressei na rede pública de ensino em 1984, como professor de história, depois diretor de escola, na rede municipal, na rede estadual. E também depois fiz mestrado na USP; fiz doutorado na USP. Sempre trabalhei com conhecimento, com pesquisa.
E é fundamental que uma academia como a de vocês, de ciência, seja constantemente homenageada, porque vocês têm um papel fundamental. E também porque, em muitos momentos, aqui na Assembleia Legislativa, essa área é atacada com cortes de investimentos. E nós temos aqui as principais universidades do Brasil: a Unicamp, está aqui o reitor Dr. Antonio José, nós temos a USP, a Unesp.
Nós temos os grandes institutos de pesquisa que estão em São Paulo. E aqui, na Assembleia Legislativa, é sempre uma luta imensa para garantir recursos mínimos para que haja investimento em ciência, em tecnologia, em educação e em cultura. E, por coincidência, nós estamos, nesse momento, debatendo o orçamento para 2025.
E nós apresentamos muitas emendas, aumentando os recursos para as três universidades e para todos os institutos de pesquisa do estado de São Paulo, além, logicamente, da educação e da cultura. O orçamento para 2025 vai girar em torno de 375 bilhões de reais. É o maior orçamento da história do nosso estado. Mas é também um orçamento em disputa.
E nós queremos, e lutaremos até o dia da aprovação final do orçamento, para que haja o aumento dos recursos para ciência, tecnologia, educação e cultura. Então, nós vamos aqui fazer essa homenagem a vocês no momento mais importante, aqui na Assembleia Legislativa, que é para até fortalecer a nossa luta para que haja mais investimento em ciência.
Então, devolvo a palavra para o nosso colega.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Nesse momento, assistiremos um vídeo sobre a Aciesp.
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- É exibido o
vídeo.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Pois
bem. Obrigado à Aciesp por essa riqueza desse vídeo. Neste momento, convidamos
o Prof. Dr. Norberto Peporine Lopes, diretor financeiro da Aciesp, a fazer uso
da palavra.
O SR.
NORBERTO PEPORINE LOPES - Bom dia a todos, agora funciona. Eu gostaria de
iniciar nossa saudação saudando os Srs. e as Sras. Deputadas desta Casa, em
especial o deputado Carlos, que conduziu esta cerimônia de homenagem à Aciesp.
Eu gostaria de saudar também todos os colegas membros da Academia aqui,
senhoras e senhores presentes e demais autoridades.
É um prazer
muito grande para a Aciesp estar aqui hoje comemorando os seus 50 anos nesta
Casa. Como fomos informados há pouco, este é o salão principal, ou seja, aqui
se tomam as principais decisões da área legislativa do Estado. Fica então uma
questão que eu acho fundamental trazer, utilizando a última frase do vídeo a
que nós acabamos de assistir. O que se espera da Aciesp para os próximos 50
anos? Aonde nós devemos ir, o que nós devemos fazer e o que a sociedade pode esperar
da Academia e das universidades públicas paulistas e das federais que estão
instaladas no nosso estado?
O vídeo
mostrou, com bastante clareza, várias ações que temos realizado com relação à
introdução dos jovens, ao apoio aos jovens, à divulgação científica. Eu
gostaria de chamar um ponto que não foi muito abordado, mas que é fundamental
para ser discutido dentro desta Casa: a inovação.
Aqui eu posso
até brincar que eu estou com dois chapéus, né? Porque eu coordeno um dos
centros de inovação da Universidade de São Paulo, então nós estamos
constantemente em contato com esse assunto.
A Lei da
Inovação, de 2016, o Marco Legal, se nós formos pensar e fazer uma reflexão
fria, foi criada para promover a inovação, mas nós não tínhamos a
regulamentação. A regulamentação vem com o Decreto 9.283, de 2018, que começa,
assim, a permitir a integração mais profícua entre os entes públicos e as
iniciativas privadas.
Então, por
muito tempo, a universidade recebeu o estigma da sociedade de que tinha só
custo, de que você não tinha uma atuação direta na sociedade, o que não é bem
verdade, porque a formação de recursos humanos pela universidade é algo
extremamente significativo para preencher todas as lacunas, né?
Todo mundo
gostaria de ser atendido por um profissional bem formado. Mas, se nós pensarmos
que a regulamentação é só de 2018, nós temos um espaço de tempo muito curto
para entender o quanto a ciência paulista pode atuar na inovação.
Aí também eu
gostaria de lembrar que inovação não é apenas produto. A inovação pode ser
tanto tecnológica quanto social, ou seja, inovação é qualquer ação que promova
uma modificação na sociedade.
Nesse sentido,
se nós olharmos com cuidado, por mais que nós tenhamos colegas aqui nesta Casa
com perfil negacionista - e isso faz parte da sociedade -, a sociedade é uma
curva de Gauss, então nós vamos ter pessoas pensando de jeitos diferentes, o
que é importante, não tem nenhum problema.
Eu acho que o
debate sempre é saudável. Ele não pode ser extremista, ele não pode impedir as
pessoas de falarem, mas você pode ter a opinião que você quiser neste País,
pelo menos continuamos assim.
E, nesse
sentido, nós tivemos, durante a pandemia, no início principalmente, um retorno
de um olhar que eu posso dizer até carinhoso da sociedade pela universidade,
porque a universidade e seus pesquisadores, aqui, no caso, a Aciesp, que estaria uma entidade acima das
universidades, olhando para os pesquisadores paulistas de uma outra esfera,
atuou de forma significativa para tentar reposicionar fármacos, para entender
como nós teríamos a explosão do vírus, quais eram os biomarcadores da
inflamação que ali chegavam, para lutar contra as fake news.
Afinal, nós
tivemos várias pessoas que morreram por falta de informação. Ou pior, alguns
não morreram, mas ficaram com sequelas graves. A inovação veio para isso. Se
nós formos pensar em inovação tecnológica, o que as universidades têm entregue
nos últimos cinco anos é algo extremamente significativo.
Talvez a
sociedade não conheça esses números, talvez os próprios deputados não tenham
refletido sobre os números que se apresentam, mas se formos olhar apenas para
as empresas unicórnios, aquelas que rapidamente passam da casa de milhão em
menos de 12 meses - de dólares, eu estou falando -, o Brasil tem 27 ou 28 empresas.
Uma parcela
significativa, eu vou ser modesto aqui - na entrevista anterior eu dei um
número quase real, agora eu vou ser modesto -, pelo menos um terço delas têm o
DNA das três universidades paulistas.
Se nós formos
pensar o que isso significa para a Economia brasileira é uma enormidade. Se nós
formos pensar no passado, quando as universidades não tinham tanta
flexibilidade para fazer inovação, mas nós tínhamos a Embrapa. A Embrapa atuava
no campo. E, a Embrapa fazia parceria com quem? Com as universidades.
Então, o Agro
brasileiro sempre contou com o apoio das universidades. Ou então, não sei se
todos aqui têm colegas egressos da Esalq, mas qualquer pessoa que trabalha no
Agro e foi egresso da Esalq, trata a Esalq com um carinho único.
Eles chegam, inclusive,
a lembrar aqueles senhores do tempo que eles levavam trote ou se tinham aquela
sua vida diferente, vamos dizer assim, porque a Esalq é única no perfil de suas
repúblicas, de suas entidades.
Ou seja, nós
estamos vivendo o momento de ascensão das universidades, dos pesquisadores, e a
Aciesp pode ter uma função significativa nesse processo de modificação social.
Pela primeira
vez eu acho... Eu milito com inovação há 25 anos, e é a primeira vez que eu
vejo um quadro muito otimista. Isso precisa de diferentes atores coordenando:
dos deputados desta Casa; de uma academia forte; de uma mudança de olhar das
universidades e dos próprios pesquisadores. Assim nós poderemos ter a ciência
modificando a vida das pessoas.
Eu gostaria de
deixar a minha mensagem aqui nesse sentido, que o desafio... Nós comemoramos
hoje 50 anos da Aciesp. Os próximos 50 anos nós deveremos comemorar tudo o que
os pesquisadores deste estado modificaram na nossa sociedade ou na sociedade
brasileira como um todo.
Eu agradeço,
novamente, a possibilidade de estar aqui hoje. É uma... Digo até que estou
emocionado. É muito importante para os pesquisadores terem esse espaço. Então,
deputado Carlos, realmente, muito obrigado.
Parabéns para a
nossa querida Aciesp, e obrigado a vocês pela presença. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigado
pelas palavras, professor Dr. Norberto Peporine Lopes. Neste momento, convido a
professora Dra. Vanderlan Bolzani, ex-presidente da Aciesp, representando a
Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência.
A SRA.VANDERLAN BOLZANI - Bom dia a
todas e a todos. É uma grande satisfação estar aqui neste ambiente de uma
democracia, a Casa do Povo. E, logicamente, eu gostaria de cumprimentar o
Carlos Giannazi, que foi o responsável por nos trazer aqui para celebrar a
Academia de Ciências. Em nome do Carlos, cumprimento todas as autoridades aqui
presentes.
Tom Zé, posso
te chamar de Tom Zé? Desculpa, é Antonio José Meirelles, reitor da Unicamp, e
em seu nome cumprimento todos os acadêmicos aqui presentes. E não poderia
deixar de mencionar aqui o Norberto e o Josué, que foram responsáveis e estão
continuando o trabalho da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
Estou aqui
também representando a Sociedade Brasileira do Progresso da Ciência, porque
quem deveria estar sentado aqui seria o Renato Janine, que é o atual
presidente. Ele não pôde estar presente porque está fora de São Paulo e me
convidou para aqui estar.
E, logicamente,
depois de tudo que o Norberto falou, acho que resta muito pouca coisa a falar
para vocês. Porém, São Paulo responde por quase 50% de toda ciência e
tecnologia que se faz neste país. Então, o estado de São Paulo é, eu diria, o
coração, não só científico, mas econômico do país e da América Latina.
Então, nós
temos uma grande responsabilidade como Academia de Ciências do Estado de São
Paulo, e por quê? Porque no mundo global incerto, cheio de problemas de toda
ordem, estar num país continental e ter a ciência pujante representada por três
universidades paulistas estaduais, mas também as federais.
Não podemos
esquecer que o ambiente acadêmico do estado é um ambiente poderoso, e o que
isso representa para um país? O que nós queremos e o que nós sonhamos, um país
soberano, um país onde as pessoas tenham maiores oportunidades, que não sejam
divididas em castas, porque a única forma que nós, como acadêmicos, olhamos o
futuro é ver que teve uma geração que preparou esse futuro e esperar de vocês,
caríssimos jovens, meninas e meninos, construindo um país mais digno, mais
humano, e essa dignidade e humanidade passa por desenvolvimento educacional.
Então,
educação, educação e educação. Ciência, ou seja, conhecimento em todas as
áreas. E o conhecimento resulta é do conhecimento que nós geramos, tecnologias
que serão responsáveis pelas inovações industriais que nós almejamos, não
apenas para que o país possa viver melhor, mas para que nós possamos exportar
tecnologias de vanguarda baseadas no conhecimento que se faz neste País, do
Oiapoque ao Chuí, para que todos possamos ter uma vida melhor.
E para isso,
quando falo de educação, eu falo de pessoas instruídas que aí sabem decidir
seus destinos dentro de uma democracia. Seja para o lado direito, seja para o
lado esquerdo, seja para o bem, ou seja para o mal, porém decidem de acordo com
as suas convicções dentro do conhecimento.
Não podemos ter
um Brasil tão desigual onde tantas crianças, tantos jovens brilhantes são
relegados, porque não tem condição de ter essa educação, e aí são gados levados
e são manipulados. Nosso País merece muito mais, merece que todos nós possamos
confiar no mínimo conhecimento que vai nos tornar um país menos desigual.
Nós já somos
incluídos no G20, etc. Mas, quando eu faço parte do Instituto de
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, eu faço avaliação anual. Uma coisa é
estar em São Paulo mesmo sabendo que tem uma periferia muito distante ainda do
nosso ambiente, outra coisa é você chegar no meio do Amazonas, em uma floresta
equatorial e ver tantas comunidades, tantas crianças brilhantes que merecem uma
vida muito melhor.
E nós, enquanto
acadêmicos, somos responsáveis também não apenas para ver os nossos nomes nos
melhores ranks do mundo, nem estarmos publicando nas melhores revistas do mundo.
Nós temos um
compromisso maior que é fazer com que a nossa ciência, em todas as áreas,
promova uma melhor qualidade de vida e uma melhor sustentabilidade do nosso
Brasil e do planeta.
Era isso que eu
acho que agradecemos a esta Casa, que é a Casa do povo, convidar ou estarmos
aqui para celebrar 50 anos da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, é um
momento muito especial.
E esse momento
tem poucos jovens aqui, mas tem muitas meninas jovens. Daqui a 50 anos serão
vocês que estarão aqui para celebrar um outro momento, não estarei mais aqui,
mas sendo uma estrela, quem sabe, estarei aqui vibrando pelas meninas.
Por que ainda
existe muita diferença na ciência nos níveis menores, nós somos praticamente a
mesma proporção, mas no topo da carreira meninas são mínimo absoluto, sejam
como presidentes de grandes companhias, sejam como reitores, nós temos a
primeira reitora de Unesp em 48 anos, então nós precisamos incluir mais meninas
e mulheres na ciência.
Então estou
muito feliz, agradeço esta Casa por estarmos aqui celebrando este momento tão
especial, e que este seja o início de muitos momentos, não só celebrar 50, 60,
70, 100 anos.
E é isso que
nós queremos, celebrar a ciência pujante que se faz no estado de São Paulo e
que é responsável pelo desenvolvimento científico e tecnológico e de inovações
do País.
Muito obrigada.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Obrigado pelas palavras da professora Dra. Vanderlan Bolzani. Registro a
presença do Sr. Carlos Alfredo Joly, conselheiro da Aciesp. Neste momento
convido o professor Dr. Antonio José Meirelles, ou Tom Zé, reitor da Unicamp,
para fazer uso da palavra.
Tom Zé, se
quiser usar este microfone, fica à vontade.
O SR. ANTONIO JOSÉ MEIRELLES -
Eu não sei, eu fico meio envergonhado, acho que vou fazer daqui mesmo...
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Você já está acostumado com esta Casa, Tom Zé, acho que você fica melhor aqui.
O SR. ANTONIO JOSÉ MEIRELLES -
Olha aí, você está me tentando, então eu vou lá. Bom dia a todas e todos. Eu
queria iniciar agradecendo muito ao deputado Carlos Giannazi por essa
oportunidade de trazer a Aciesp aqui, para celebrar os seus 50 anos. E também a
oportunidade de a gente falar sobre ciência, sobre tecnologia, sobre inovação,
sobre o papel do sistema de ensino superior do estado de São Paulo.
Gostaria de cumprimentar
os meus colegas acadêmicos, Vanderlan, Josué e Norberto. Em nome deles
também... Em nome das universidades e da Unicamp, homenagear bastante à Aciesp,
que tem uma história bastante importante, naquilo o que é o nosso sistema de
ensino superior e o nosso papel no desenvolvimento da ciência e da tecnologia
neste País.
Gostaria de
cumprimentar também os nossos pró-reitores aqui da Unesp, o Edson; a Valnice; o
Graeff; o José Eduardo, no instituto de engenharia; o Carlos Ferreira da Odonto
Bauru da USP e especialmente o professor Joly, professor emérito da Unicamp,
teve um papel muito significativo em todo o estudo feito pela Fapesp na área
ambiental no estado de São Paulo, em particular o Projeto Biota.
Eu gostaria de
pegar, um pouco, carona na fala do Norberto, mas eu queria antes falar um pouco
da história também. A Aciesp fez 50 anos, mas... O Brasil tem uma história com ciência
e tecnologia que não é tão antiga, mas é muito significativa.
E no estado de
São Paulo é importante a gente lembrar o início da Fapesp, ainda no governo
Carvalho Pinto e já na Constituição do estado, com percentual da arrecadação
dos impostos.
Depois nós
tivemos aí, na década de 60, 70 o fortalecimento da USP, criação da Unesp, da
Unicamp, também um marco importante. Final da década de 80, 90 praticamente, a
gente teve nesta... A publicação do decreto da autonomia e depois referendado
por 35 anos. Uma história de garantia de financiamento.
Então, quando a
gente olha a força que a ciência e a tecnologia têm no nosso estado, ela se
deve a esse conjunto de instituições, ela se deve à Aciesp, mas ela se deve
também a um financiamento que foi sempre garantido ao longo do tempo.
Então neste
último “Times Higher Education”, as três universidades estaduais de São Paulo
figuram entre as cinco maiores da América Latina e do Caribe. Isso não é pouco.
Quando a gente vê os números ...
A professora
Vanderlan citou do desempenho da ciência e tecnologia estadual no Brasil, isso
é resultado de uma política estável de financiamento e de instituições que
foram capazes de valorizar bastante o mérito e que agora, nos dias de hoje,
estão capazes de provar que é possível compatibilizar a inclusão em mérito.
É possível, nós
recentemente subimos... A Unicamp subiu no THE, a Unesp subiu no THE, e estamos
aí há mais de décadas fazendo um processo de inclusão nas nossas universidades.
Pretos, pardos, indígenas, estudantes de escolas públicas, de forma intensa e
garantindo qualidade para formar gente que tenha mais a cara do nosso povo.
Eu acho que isso
é um destaque que eu gostaria de dar bastante importância. Mas nós temos
desafios e eu queria me aproximar um pouco da fala do Norberto: o Brasil foi
capaz de construir uma história muito rica na área agrícola.
E aí os nossos
institutos de pesquisa, desde o IAC, em Campinas, que data... Foi inaugurado
por Dom Pedro II. Depois várias iniciativas que vieram também no setor
sucroalcooleiro - Copersucar, o Centro de Tecnologia Canavieira e a Embrapa
como a grande realizadora. Nós fomos capazes de construir a maior agricultura
tropical do mundo e de ter um desempenho que a gente tem na área agrícola.
Nós ainda não
tivemos esse êxito, e eu acredito e sou otimista que nem o Norberto. Nós temos
a oportunidade de ter esse êxito hoje. Já temos em parte. Não sei se vocês
sabem - e isso eu acho que é resultado também dessa força do sistema superior
do estado de São Paulo -, São Paulo é o primeiro estado onde vi investimentos.
Esse é um resultado da Fapesp. Investimento privado em ciência e tecnologia já
é da ordem de grandeza do investimento público.
E a razão
disso, na minha opinião, é a criação de toda uma cultura de ciência e tecnologia
do Estado que estão representadas nas nossas universidades, mas estão
representadas nos nossos doutorandos, nos nossos mestres, nos nossos
pós-doutores, que hoje, em parte, já estão atuando nas indústrias.
Então essa rede
de ciência e tecnologia, que não está só no setor público, mas já atua no setor
privado também, é a que torna possível despertar o interesse do setor privado
para investir em ciência e tecnologia.
Nós temos -
todos nós sabemos - um êxito grande em algumas áreas. Então alguns números são
importantes de repetir, são de conhecimento público, mas mostram um pouco a
força que a gente tem em algumas áreas: 85% da energia elétrica brasileira já é
renovável; 50% da matriz energética do Brasil, pensando na matriz total, uso
industrial de várias formas, o uso para transportes, 50%, aproximadamente, já é
renovável; somos o país com o sexto parque de energia eólica no mundo, o sexto
parque de energia fotovoltaica e o segundo de bioenergia.
Então somos um
dos países mais avançados na transição energética. Qual é o nosso calcanhar de
Aquiles aqui? É que a maior parte de alguns desses equipamentos são produzidos
fora do Brasil. Nós temos um dilema aqui que é o peso pequeno que hoje a nossa
indústria tem na nossa economia. Já teve um peso significativo, hoje é um pouco
mais do que 11%, 12%, já foi 30%, e inovação industrial não se faz fora da
indústria.
Então o
potencial que a gente tem é imenso. Como o Norberto também disse, nós temos já
vários unicórnios. Na Unicamp, nós temos uma empresa que não só é unicórnio, já
é de capital aberto. Lançou no final de 2022 um IPO na Bolsa de Nova Iorque e
foi capaz de coletar algo próximo a 200 milhões de dólares. Isso nasceu nas
universidades do estado de São Paulo. Nesse caso, em particular, nasceu na
Unicamp.
O último
relatório da nossa agência de inovação cita algo na faixa de 27 bilhões de
reais arrecadados no último ano. Qualquer imposto aplicado sobre isso é capaz
de sustentar mais do que o orçamento da Unicamp.
Então é isso
que a gente tem força de produzir e é a prova cabal de que o investimento em ciência
e tecnologia e no ensino superior do estado de São Paulo é algo que compensa,
que pode ter um impacto - e já tem um impacto - significativo na nossa
economia.
Mas ainda
falando um pouco do papel disso no desenvolvimento econômico, nós conseguimos
realizar algo muito significativo. Nós somos hoje o País em torno do decimo
terceiro lugar na produção científica no mundo, mas ainda somos o quadragésimo,
atrás do quadragésimo em termos de inovação.
Mas estamos em
um momento particularmente favorável para resolver essa questão, onde a questão
das mudanças climáticas, as questões de sustentabilidade são essenciais e os
desafios de justiça social e inclusão no País podem ser resolvidos com ciência
e tecnologia.
A pandemia
mostrou isso, mostrou o papel do SUS no nosso sistema de atendimento à saúde e
a gente pode transformar das demandas do setor público na área de Saúde uma
força para reindustrializar o País em termos de equipamentos, medicamentos, e
não faremos isso sem ciência e tecnologia. E na área ambiental é a mesma coisa.
Então, o que eu
queria deixar aqui de mensagem é que essa história da Aciesp de 50 anos de
conquista, ela pode se traduzir agora em uma força muito maior do tema da
inovação também. É ciência, tecnologia e inovação para que a gente transforme o
nosso tecido industrial, o nosso desenvolvimento econômico de uma forma um
tanto diferente do que ele foi no passado.
A gente precisa
crescer, precisa ter indústria forte de novo, mas essa indústria precisa estar
olhando duas coisas: inclusão, a gente precisa fazer isso para que a tecnologia
sirva as pessoas e melhore a qualidade de vida da nossa população e a outra
garanta a sustentabilidade. Nós podemos ser, como país, e como estado em
particular, um exemplo para uma transição para uma economia baseada em recursos
renováveis e naturais. E ter instituições como as universidades, como os
institutos, ter uma instituição como a Aciesp é algo essencial para isso.
Vida longa à
Aciesp, parabéns à diretoria, muito obrigado, deputado, por esta oportunidade.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Obrigado pelas palavras do Prof. Dr. Antonio José Meirelles, o Tom Zé.
Neste momento
daremos início à entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo à Aciesp -
Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
Neste momento
farei uma leitura de outorga lendo o seguinte texto: “O Colar de Honra ao
Mérito Legislativo é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo.
Foi criado em
2015 e é concedido a pessoas naturais ou jurídicas, brasileiras ou
estrangeiras, civis ou militares, que tenham atuado de maneira a contribuir
para o desenvolvimento social, cultural e econômico do nosso Estado, como forma
de prestar-lhes pública e solenemente uma justa homenagem”.
Convido para
vir à frente o nosso deputado Carlos Giannazi, por favor, à frente, deputado; o
nosso representante Prof. Dr. Josué de Moraes, diretor-executivo da Aciesp -
Academia de Ciências do Estado de São Paulo, para receber a entrega do Colar de
Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
Deputado, posso
convidar os outros integrantes da Mesa também? Por favor, senhores, Dr.
Norberto, professora Dra. Vanderlan, reitora da Unicamp, por favor.
*
* *
- É feita a
outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Ok, senhores, por favor, podem retornar à Mesa Diretora. Neste momento, já
convido o Prof. Dr. Josué de Moraes para fazer uso da palavra.
O SR. JOSUÉ DE MORAES - Senhoras e
senhores, bom dia. Fiquei emocionado em receber esta medalha do nosso querido
deputado Carlos Giannazi. Quero, primeiramente, agradecer a esta Casa
Legislativa.
Em nome do
deputado Carlos, cumprimento todos os deputados e servidores do Legislativo.
Também cumprimento aqui o meu colega, professor Norberto, diretor financeiro da
Academia, magnífico reitor, professor Tom Zé, agradecer-lhe pela presença; a
professora Dra. Vanderlan Bolzani, que é a nossa ex-presidente, atual membro do
Conselho da Aciesp, aqui também representando a Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência.
Também não
posso deixar de cumprimentar os meus colegas conselheiros, professor Carlos
Joly e Carlos Graeff, representando as áreas de Ciências Biológicas e Física,
respectivamente; os meus colegas, não consigo nominar todos, mas os meus
colegas da Unesp; do Instituto de Engenharia da USP de Bauru; da Secretaria de
Ciências e Tecnologia do município de Guarulhos; o nosso colega membro
afiliado, o professor Maicon; os estudantes e todos aqui presentes.
Neste momento,
após a fala dos nossos colegas, a única palavra que eu tenho a dizer é
gratidão. E a gratidão é pessoal e institucional. Pessoal porque é um grande
privilégio fazer parte da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
Eu sou um dos
mais jovens a ser eleito membro titular, isso é motivo de muito orgulho para
mim, faz parte da minha história. Trabalho com doenças parasitárias que afetam
os menos assistidos.
Nós estamos em
um local privilegiado, que é o estado de São Paulo, muito bem colocado pelos
nossos colegas, responsável por quase metade da produção científica do nosso
País.
Então nós temos
um papel fundamental aqui, em São Paulo, mas a Academia não se limita ao
estado, ela contribui para o País e para o mundo, porque a ciência não tem
fronteiras.
Nesse sentido,
quando olhamos para o nosso País e vemos que, de 25 a 30 milhões de pessoas
ainda não têm acesso à água potável, isso nos faz refletir a posição em que
está o nosso estado, mas que não reflete uma realidade nacional. Como ciência
não tem fronteiras, podemos expandir isso para outros países, para o
continente.
Nós ainda temos
cerca de 2 bilhões de pessoas vítimas de pelo mens uma doença decorrente da
deficiência de saneamento básico, algo que deveria ser direito de todos.
Então esse é o
meu agradecimento pessoal por estar na academia, representando o nosso querido
presidente, Dr. Adriano Andricopulo, que não pôde estar presente. É um
agradecimento pela academia, porque nós temos 50 anos de história, conforme
mostrado no vídeo.
Fundada em São
Carlos, idealizada pelo professor Sérgio Mascarenhas, a academia passou por
diferentes fases. Brilhantes pessoas presidiram essa academia, como a
professora Vanderlan, que está aqui. São 17 presidentes. E a academia, durante
esse período, ela contribuiu e vem contribuindo com a ciência, tecnologia, inovação
e educação no estado de São Paulo.
E o mais
importante, que essa academia não pode apenas congregar cientistas, titulares
ou afiliados. O nosso papel é transformar, é promover a ciência. É contribuir
para um futuro melhor.
Nós temos que
atuar na promoção de políticas públicas. Temos que reunir com os atores, com as
universidades, com os nossos parlamentares, que tomam as decisões em conjunto
com o Poder Executivo.
E aqui fica o
meu sincero agradecimento, novamente, ao deputado Carlos Giannazi, por
reconhecer a importância da academia. Por reconhecer a importância da ciência.
Doutor Carlos Giannazi, que tem a formação também na Universidade de São Paulo,
que fez o doutorado, e reconhece muito bem a importância da ciência para a
sociedade.
E o nosso
deputado também disse, no início da fala, que neste momento a ciência sofre
ataques, ela é negada. E qual é o nosso papel? Não é apenas ficar no âmbito dos
nossos laboratórios, das nossas pesquisas. Eu acho que é isso que a Aciesp vem
fazendo, com os seus 286 membros.
É importante
usarmos esta fala, este momento, recebermos essa homenagem, para levar
informação para o nosso cidadão que neste momento está nos assistindo, ou que
assistirá em algum momento. Se quisermos uma nação soberana e sustentável, é
fundamental o investimento em ciência. A ciência é o transformador da
sociedade.
E como os
jovens estão aqui, eu estava brincando com o deputado Carlos Giannazi que eu
gostaria muito de vir aqui na homenagem do centenário da Aciesp, promovida por
ele. Não sei se isso é possível. Mas a qualidade de vida, a longevidade
populacional, os problemas - muito bem mencionados pelo nosso reitor, - no
Brasil, eles têm que passar pela ciência.
A ciência é que
vai transformar isso. Então eu espero poder retornar a esta Casa no centenário,
assistindo, porque precisa de um diretor executivo mais jovem para comemorar
esse centenário. Então a minha mensagem, breve, é de agradecer. E pensar que
futuro nós queremos.
Dentre os
aspectos mencionados pelos colegas, os nossos desafios.
Eu vou abrir
parênteses aqui para um, a questão do perfil etário, do envelhecimento
populacional. Nós precisamos muito pensar em políticas públicas, porque nós
estamos passando por um processo de transformação, e quem vai resolver esses
problemas são os jovens que estão sentados ali.
Então, o futuro
da Academia vai depender muito de vocês. Vocês são os principais. E temos que
fazer a seguinte reflexão. Que sociedade nós queremos para os nossos filhos,
para os nossos netos?
Pois foi
mencionado aqui sobre mudanças climáticas. O nosso colega Paulo Artaxo, que é
membro do conselho, falou que muitas dessas mudanças são irreversíveis. Então
nós temos que pensar o que vai acontecer lá na frente.
Então, muito
obrigado, deputado Carlos Giannazi, pela tamanha consideração, por tudo que o
senhor fez, por estarmos aqui nessa Casa Legislativa, e agradeço a todos os
acadêmicos da Aciesp, filiado, titulares, por contribuírem para o
desenvolvimento da ciência, da tecnologia, da inovação e da educação, e que
essa academia seja fundamental para transformar o nosso estado, o nosso país e
também o mundo.
Muito obrigado
por essa belíssima homenagem, minha sincera e profunda gratidão.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigado.
Obrigado pelas palavras do professor Dr. Josué de Moraes. Nesse momento, passo
a palavra ao deputado Carlos Giannazi para as suas considerações finais.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu
combinei com o Josué que eu certamente não estarei aqui daqui 50 anos. Acho que
alguns de nós também não, mas que eu vou deixar já uma indicação aqui, por
escrito, para que a Assembleia Legislativa, daqui a 50 anos, no centenário,
faça uma nova homenagem. Mas também faço aqui uma proposta, um desafio, Josué.
A gente pode
pensar, daqui a dez anos, fazer uma homenagem dos 60 anos da Aciesp. Acho que
daí a gente pode alcançar esse momento histórico também. Mas, olha,
brincadeiras à parte, foi uma honra enorme receber vocês aqui, uma honra também
por ter, em nome dos 94 deputados e deputadas da Assembleia Legislativa, do
Parlamento Paulista, e também da nossa colega Ediane Maria, que foi uma das
proponentes da homenagem, ofertar essa homenagem a vocês, defensores da ciência,
da tecnologia, da inovação, da educação e da cultura também.
Então, é um dia
histórico aqui e também para a Assembleia Legislativa de São Paulo. Este evento
ficará registrado aqui, não só nas redes sociais da Alesp, na TV Alesp, que
está transmitindo ao vivo agora para todo o estado esta solenidade, mas esse
evento ficará registrado nos Anais aqui, para sempre, da Assembleia Legislativa
de São Paulo.
Então, vida
longa para a Aciesp, para a ciência. E, minha gente, a terra não é plana, a
terra é redonda, a cloroquina não cura a Covid, existe, sim, aquecimento global
e é importante que a gente saiba disso.
Então, muito
obrigado pela presença de vocês. Parabéns, Aciesp. E, esgotado o objeto da
presente sessão, eu agradeço a todos os envolvidos na realização dessa
solenidade e agradeço também a presença de todos e todas vocês.
Está encerrada
a nossa sessão.
Uma salva de
palmas para a Aciesp.
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- Encerra-se a
sessão às 11 horas e 18 minutos.
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