
13 DE NOVEMBRO DE 2025
164ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI e EDUARDO SUPLICY
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h04min.
2 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
6 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 14/11, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h26min.
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ÍNTEGRA
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- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Carlos Giannazi.
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O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Dando início à lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra deputado Carlos Giannazi.
(Pausa.) Com a palavra, Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Paulo Fiorilo.
(Pausa.) Reis. (Pausa.) Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Dr. Jorge do Carmo.
(Pausa.) Beth Sahão. (Pausa.) Bruno Zambelli. (Pausa.) Edson Giriboni. (Pausa.)
Thainara Faria. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.)
Alex Madureira. (Pausa.) Donato.
(Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Itamar Borges. (Pausa.) Dani Alonso. (Pausa.)
Andréa Werner. (Pausa.) Carlos
Giannazi. (Pausa.) Enio Tatto. (Pausa.) Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Atila
Jacomussi. (Pausa.) Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Márcia Lia.
(Pausa.) Carla Morando. (Pausa.) Capitão Telhada. (Pausa.) Major Mecca.
(Pausa.) Caio França. (Pausa.) Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Eduardo Suplicy, que fará o uso
regimental da tribuna.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Giannazi, hoje é o Dia Mundial dos Pobres. Na
Arquidiocese de São Paulo, há uma programação que inclui uma peregrinação
jubilar a ações caritativas, por ocasião do nono Dia Mundial dos Pobres e dos
Jubileu 2025. O Vicariato Episcopal da Caridade Social e a Comissão Testemunho
e Serviço de Caridade realizarão no sábado, dia 15, peregrinação jubilar, com
concentração às 14 horas e 30 minutos, no Patteo do Collegio, missa às 15 horas
na Catedral da Sé, presidida pelo cardial Scherer e durante a semana também
acontecerão ações caritativas em paróquias, decanatos e regiões episcopais.
As atividades
organizadas para o Dia Mundial dos Pobres de 2025 revelam a vitalidade da
Igreja de São Paulo em seu compromisso de escutar, servir e caminhar com os
pobres.
Durante todo o
mês de novembro, milhares de voluntários, agentes pastorais, obras sociais
estarão (Inaudível.), tornando visível a esperança cristã que transforma
realidades e renova a fé na dignidade humana, conforme o cônego Marcelo Monge,
vigário episcopal da Caridade Social.
Sr. Presidente,
também quero aqui destacar a excelente iniciativa do meu querido amigo,
vereador Nabil Bonduki, que enquanto vice-presidente da Comissão Parlamentar de
Inquérito que investiga a suspeita de fraudes na venda de moradias sociais em
São Paulo, apresentou um projeto de lei para a criação de um cadastro dessas
habitações existentes na cidade.
Projeto de lei
nº 1401 de 2025, instituiu o Cadastro Municipal de Unidades com Destinação
Social, disciplina a oferta e a intermediação digital de unidades HIS um, HIS
dois e HMP no município de São Paulo, veda a locação por curta duração dessas
unidades e estabelece limites de preço para locação por longa duração, define
obrigações de cooperação para plataformas digitais, entre outras medidas.
Segundo o
projeto de lei, a proposta busca conter o atual movimento irregular de locação
de habitações sociais por valores inacessíveis à população de baixa renda, o
que descaracteriza a função social desses imóveis.
O decreto
municipal, em vigor desde maio deste ano, estabelece que unidades construídas
com subsídios públicos, como as classificadas nas categorias Habitação de
Interesse Social e Habitação para o Mercado Popular, estão proibidas de serem
alugadas por meio de plataformas de hospedagem de curta direção, como o Airbnb.
Desde 2014, a
legislação municipal estimula as construtoras a desenvolverem Habitações de
Interesse Social e Habitações para o Mercado Popular, destinadas a famílias com
renda de até seis e dez salários mínimos, respectivamente.
Esses
empreendimentos são planejados em áreas com boa oferta de transporte público e
infraestrutura urbana, visando facilitar o acesso de famílias de baixa renda a
empregos e serviços. Como contrapartida, as construtoras recebem o benefício de
poder erguer projetos maiores, sem custos adicionais.
Entretanto, na
prática, muitos desses imóveis HIS e HMP acabaram sendo adquiridos por
investidores que os destinam a locações de curta duração em plataformas como o
Airbnb, o que tem resultado em unidades ociosas e no desvio de função social
original dessas moradias.
Essa situação
está atualmente sob a apuração da CPI dos HIS na Câmara Municipal e pelo
Ministério Público de São Paulo, e o PL do professor Nabil pretende justamente
melhorar estas irregularidades e oferecer moradia a quem de fato precisa.
Parabenizo
Nabil Bonduki pela proposta e aqui expresso o meu apoio ao Projeto de lei nº
1401 de 2025, que tramita na Câmara Municipal de São Paulo.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputado Eduardo Suplicy, chamo V. Exa. aqui para continuar presidindo esta
sessão.
Obrigado, deputado Suplicy, que acabou
de fazer um importante pronunciamento.
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- Assume a Presidência o Sr. Eduardo
Suplicy.
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O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY- PT - Tem a palavra
então a deputada Solange Freitas. (Pausa.) Rafael Saraiva. (Pausa.) Leci
Brandão. (Pausa.) Luiz Fernando Ferreira. (Pausa.) Paulo Mansur. (Pausa.)
Marcos Damasio. (Pausa.) Marcelo Aguiar. (Pausa.) Gil Diniz. (Pausa.)
Ana Perugini. (Pausa.) Tenente Coimbra.
(Pausa.) Prof.ª Camila Godoi. (Pausa.) Fabiana Bolsonaro. (Pausa.) Rômulo
Fernandes. (Pausa.) Thiago Auricchio. (Pausa.) Mauro Bragato. (Pausa.) Ediane
Maria. (Pausa.) Carlos Cezar. (Pausa.) Professora Bebel. (Pausa.)
Na Lista Suplementar, deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, líder do PSOL,
tem a palavra, por favor, pelo tempo regimental, com tolerância.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Eduardo Suplicy; telespectador
da TV Assembleia.
Sr. Presidente,
há muitos anos que nós estamos lutando, aqui na Assembleia Legislativa, para
pressionar a Secretaria da Educação a pagar o adicional de local de exercício
para todas as escolas do estado de São Paulo, que é uma conquista importante.
Só que muitas escolas, que precisam desse adicional, não o recebem.
E eu tenho
usado a tribuna, Sr. Presidente, para cobrar, também da Secretaria da Educação,
para que resolva a situação das professoras e professores de uma escola que se
chama Bombas de Cima. É uma escola, na verdade, vinculada à Escola Estadual
Nascimento Satiro da Silva, que fica na cidade, no município de Iporanga.
Essa é uma
escola que fica em um quilombo, em uma região afastada e para que os
professores cheguem nessa escola, eles são obrigados a caminhar durante,
aproximadamente, nove quilômetros, no meio de uma mata fechada e em uma subida,
é um caminho muito difícil. Eu já percorri uma parte desse caminho, eu já
visitei essa região e, realmente, a situação lá é de calamidade pública.
Então isso
aqui, tenho aqui, Sr. Presidente, umas fotos. Essa foto aqui é atual da
situação, aqui é um morador da região onde tem a escola Bombas de Cima, é uma
escola estadual, levando uma geladeira nas costas. Só vou colocar primeiro a
geladeira, Machado, para as pessoas verem a situação aqui.
Essa é uma foto
atual, que os professores me enviaram. Então para chegar nessa escola é muito
difícil, não tem acesso, o acesso é esse. Então aqui nós temos um morador da
região andando nove quilômetros, caminhando durante nove quilômetros com uma
geladeira nas costas.
A merenda
escolar só chega na escola através dos burros. A prefeitura contrata uma pessoa
para levar a merenda escolar em burros. Aqui tem os burros levando aqui pessoas
- aqui não é da merenda escolar, mas os donos desses animais são os contratados
para levar a merenda até essa escola. Eu tinha publicado aqui um vídeo, há
algum tempo, de um professor - acho que tem aí também, Machado -, de um
professor, esse professor que...
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Então essa é a
situação: professor para chegar à essa escola enfrenta chuva, cobras, animais,
a situação é difícil lá. Esse professor caiu caminhando em direção à escola,
ele caminha nove quilômetros e é obrigado a dormir na escola, porque ele não
pode voltar. Então ele fica dois, três dias dormindo, de uma forma totalmente
improvisada, dentro da escola de Bombas.
É uma situação
precária, de calamidade pública e o Estado nada fez até agora, Sr. Presidente,
deputado Suplicy. Eu já pedi reforma da escola, que eles façam um acesso para que
os professores possam chegar até a escola e a população também e a situação
continua praticamente a mesma; os professores continuam tendo que fazer esse
mesmo trajeto toda a semana para poder lecionar para os alunos que lá estão.
E eles não
recebem o adicional de local de exercício, que é justamente um adicional que
representa 20% no salário da professora, do professor em escolas de difícil
acesso ou de escolas onde há vulnerabilidade social, onde há muita violência.
Então essa
escola que deveria receber, porque ela está em uma região distante - não
precisa nem discutir, não precisa nem... é muito claro o que está acontecendo
nessa escola -, até agora, Sr. Presidente, as professoras e professores não
estão recebendo o ALE, ou seja, a maior cidade da América Latina, a cidade mais
rica... a cidade não, o Estado mais rico da América Latina, que vai ter um
Orçamento, nós vamos aprovar um Orçamento previsto para o ano que vem de 33
bilhões de reais.
É uma vergonha.
Essa é a gestão Tarcísio de Freitas, é a gestão Renato Feder, que só pensa em
plataformas digitais.
Então, Sr.
Presidente, faço aqui uma nova exigência - não é mais um apelo - à Secretaria
da Educação para que tome providências para que seja pago o ALE a esses
professores e que o Estado faça imediatamente o acesso a essa escola.
Eu sei que a
fundação que cuida daquela região, uma fundação estadual, ela foi obrigada a
fazer, porque em 2015 a Justiça, através de uma ação judicial, obrigou a
Fundação Florestal a fazer exatamente um caminho, não nesse percurso, nesse
trajeto que mostrei, mas em outro. Parece-me que eles já começaram, mas isso
não foi terminado ainda e os professores continuam na mesma situação.
Então, fica
aqui a nossa exigência para que o governo estadual tome providências, e a
Secretaria da Educação, porque é inadmissível que, enquanto as professoras e
professores passam por esse processo todo que mostrei aqui com os vídeos,
caminhando nove quilômetros em uma mata fechada, correndo sérios perigos, o
governo estadual fique brincando com plataformas digitais, com militarização de
escolas, com privatização de escolas, com cortes de recurso orçamentário, com
fechamento de salas e turnos.
E agora, Sr.
Presidente, o governo lançou essa bizarra e patética proposta que deixou todos
nós estarrecidos e perplexos, que é a cisão de grandes escolas, que está dando
o que falar, está gerando uma revolta generalizada na rede estadual.
O que é a cisão
das grandes escolas? É um projeto fake, Sr. Presidente. É um projeto que tenta
ludibriar a opinião pública, a imprensa e a comunidade escolar. O governo diz
que vai publicar um decreto agora em dezembro dividindo as escolas que tenham
acima de 1.200 alunos, mas ela não vai construir uma outra escola. Ela vai
dividir a escola sem construir uma outra escola.
A divisão será
feita dentro da própria escola. Nós vamos ter duas escolas no mesmo prédio.
Nada vai ser modificado no prédio, o número de funcionários será o mesmo, o
número de professores será o mesmo. A única coisa que muda é que vai chegar uma
nova diretora ou um novo diretor para cuidar da parte dividida.
Essa é a
proposta bizarra e patética, Sr. Presidente, que o Renato Feder, secretário
empresário da Educação, lançou agora. Disse que vai publicar o decreto, e sem
consultar de fato a comunidade escolar. Saiu um documento dizendo que havia uma
consulta à comunidade escolar, mas não houve consulta alguma.
Todas as
comunidades reclamando que é um projeto autoritário, excludente, que vem de
cima para baixo. Não teve nenhum tipo de consulta verdadeira. É uma consulta
manipulada, obrigando os diretores a fazerem a adesão a esse projeto.
O que nós
defendemos, Sr. Presidente, é que tenhamos escolas menores, é lógico. Uma
escola com 1.200 alunos... Tem escola com 2.500 alunos em Campinas, aqui em São
Paulo. Nós somos contra a superlotação de salas.
Então, o
governo, se quisesse mesmo resolver esse problema, ele estaria construindo
novas escolas nas proximidades dessas escolas superlotadas e, aí sim, ele faria
a divisão em duas escolas de verdade. Dois prédios diferentes, duas escolas na
mesma comunidade, sem superlotação de salas, com, no máximo, 25 alunos.
Por falar
nisso, tenho um projeto de lei pronto para ser votado, que limita o número de
alunos por sala no ensino fundamental e no ensino médio em 25 alunos, no
máximo, por sala. E outro que já aprovei, que virou lei, a Lei nº 15.830, para
salas com alunos com deficiência. Nessas, só 20 alunos por sala, o que o
governo não respeita.
Então, essa é a
nossa reivindicação, e não dividir uma escola dentro da própria escola. Isso é
enganar as pessoas, é menosprezar a inteligência das pessoas. É uma mudança
para inglês ver. É a maior proposta fake dessa Secretaria da Educação. Nunca vi
algo parecido.
É tão ridículo
isso, é tão patético e bizarro que todas as pessoas ficaram perplexas como a
secretaria pensa que vai enganar as pessoas com essa proposta. Então, assim que
sair qualquer publicação, decreto, resolução, nós vamos imediatamente tomar as
providências cabíveis para que o decreto seja revogado imediatamente, Sr.
Presidente.
Então, é isso.
Estamos aqui na
luta contra a farsa da divisão das escolas estaduais, a farsa do programa
“Cisão de Grandes Escolas”.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre
as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Muito bem,
deputado Carlos Giannazi. Solicito que possa o teor de seu pronunciamento ser
encaminhado tanto ao governador Tarcísio de Freitas, como também ao secretário
de Educação.
Muito obrigado.
Havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca a V. Exas. para
a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
Muito obrigado.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 26
minutos.
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