
13 DE OUTUBRO DE 2025
142ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: EDUARDO SUPLICY, LUIZ CLAUDIO MARCOLINO, DANILO CAMPETTI e OSEIAS DE MADUREIRA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h02min.
2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Para comunicação, faz pronunciamento.
3 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Assume a Presidência.
5 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - OSEIAS DE MADUREIRA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
10 - OSEIAS DE MADUREIRA
Assume a Presidência.
11 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - DANILO CAMPETTI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
13 - PRESIDENTE OSEIAS DE MADUREIRA
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 14/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h44min.
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ÍNTEGRA
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- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Eduardo Suplicy.
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-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
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O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Vou chamar agora os oradores inscritos
no Pequeno Expediente. Tem a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) O
deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) O deputado Luiz Claudio Marcolino.
Tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Pois não,
deputado Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Só antes de utilizar o plenário, eu queria primeiro agradecer a
presença... Hoje nós temos a presença de dois ilustres vereadores da cidade de
Piraju. Eu queria que levantassem aqui o Érico Tavares, vereador de Piraju; o Juninho
Braz, vereador de Piraju, queria pedir uma salva de palmas (Palmas.) E o Icaro
Lima, que é assessor de comunicação da Câmara Municipal de Piraju.
Hoje eles vieram aqui na Assembleia,
eles conversaram um pouco sobre a questão habitacional para a cidade e um pouco
também das questões da Saúde. Então eu quero desejar as boas-vindas a vocês. A
gente está construindo esse bom diálogo com a cidade. Nós sabemos o quanto a
questão da Habitação e da Saúde são importantes para os municípios do nosso Estado.
Então, sejam muito bem-vindos à
Assembleia Legislativa.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Sejam bem-vindos
os representantes do povo de Piraju.
Tem a palavra o deputado Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente da sessão, deputado Eduardo
Suplicy. Saudar os Srs. Deputados, as Sras. Deputadas, os funcionários e as funcionárias
da Alesp.
Sr. Presidente,
hoje eu trouxe aqui uma demanda de um tema importante para a cidade de São
Paulo, que é a questão da Habitação. Nós recebemos um grupo de moradores da Cohab,
de Cidade Tiradentes, e também da Cohab de Itaquera, que eles trouxeram uma
demanda, que eu queria que colocassem aqui no telão.
Nós
estamos falando de 40 mil famílias da cidade de São Paulo, que começaram a
mudar para a região da Cohab ainda na década de 80, e essas pessoas acabaram
financiando um apartamento pela Cohab por um período de 300 meses. E as
famílias vieram pagando as suas prestações ao longo desse último período.
Muitos deles,
praticamente quase concluindo o processo de pagamento, e alguns deles, de fato,
tinham uma dívida remanescente desses apartamentos da Cohab. Mas o que acabou
acontecendo: a partir do ano 2000 - pode passar a próxima -, a Prefeitura de
São Paulo passou para que essas famílias assinassem um documento com o
objetivo, ou pelo menos com o intuito - e diziam isso para os moradores -, de
que era um processo de regularização dos apartamentos nos quais eles moravam.
E, na verdade,
o que a Prefeitura acabou fazendo foi uma passagem dos contratos dos moradores
da Cohab para uma empresa. Pode passar a próxima. Ele passou aqui, na verdade,
para uma empresa que se chama SPDA e, nessa transferência, essa administradora
imobiliária começou a fazer cobranças extrajudiciais.
A família que
hoje tem um apartamento da Cohab, com duas prestações atrasadas, essa empresa
já abriu um processo, inclusive, de colocar esses apartamentos em leilão.
Então, pessoas que tiveram e vieram pagando o seu apartamento ao longo dos
últimos anos, inclusive muitos já praticamente com o apartamento quase quitado,
viram-se obrigadas a ter que renegociar.
Além de fazer a
renegociação dessa eventual dívida que tinham, aumentava o valor da dívida,
aumentava o tempo para efetuar o pagamento, e a pessoa tinha que pagar a
renegociação e pagar também mais o valor da prestação mensal desse apartamento.
Só que, quando a gente fala em Cohab, quando falamos em CDHU, nós estamos
falando de projetos habitacionais com interesse social. Só que, no caso da
cidade de São Paulo, esse processo virou um negócio.
Então, a
transferência dos contratos da Cohab para a SPDA seguiu determinação, em tese,
que eles alegam, de uma Lei federal de 97, de alienação fiduciária, e atos
municipais de 2017. Em 2020, as cobranças das parcelas atrasadas passaram a ser
efetuadas com valores que famílias de baixa renda não conseguem mais pagar.
E o critério
dessa Lei diz que, quando há um processo de endividamento, ou de dívida, ou de
renegociação, a família tem que ser avisada. As famílias não vinham sendo
avisadas. Quando percebiam, o apartamento já estava em leilão, e a renegociação
passava a ser feita a partir daquele valor que a Prefeitura, a partir da Cohab,
a partir dessa empresa, colocou para que fosse feito o leilão.
Aqui tem
algumas cobranças: até duas parcelas, consideradas de pagamento à vista; e os três
a mais, de 24 parcelas com entrada média de 30% do valor da dívida. Na dívida
há inclusão de correção, multas, mora e juros altos, que mais que dobram o
valor da parcela inicial. E, na negociação, o pagamento dessa dívida alta,
junto com a parcela mensal, inviabiliza qualquer quitação.
Eu trouxe aqui,
inclusive, um quadro mostrando o quanto era a dívida dessa pessoa que morava na
Cohab e para quanto foi. Pode passar a última. Entre 2016 e 2024, nos números
da Cohab, nós estamos falando de 307 imóveis leiloados, 113 imóveis em fase de consolidação
da matrícula - média de inadimplência de 6,3 anos - e forte concentração na Cohab
Tiradentes.
Cento e nove
famílias buscaram a Defensoria Pública e aí, sim, começaram a receber as
notificações que, até então, não eram feitas às famílias. A partir de 2020, a
política habitacional da Cohab transformou-se em um balcão de negócios. Há
denúncias de imobiliárias arrematando os imóveis no leilão e comercializando,
depois do leilão, pelo dobro do valor que foi efetivado.
E, na prática,
quem está comprando esses imóveis, quem está arrematando esses imóveis, são
imobiliárias ali da região da Cidade Tiradentes e da região de Itaquera. Eu
queria trazer, Sr. Presidente, um pouco essa denúncia que está acontecendo aqui
na cidade de São Paulo.
Espero que esta
minha fala... E solicito que seja encaminhada ao prefeito da cidade de São
Paulo, que seja encaminhada ao presidente da Cohab, ao secretário municipal de
Habitação da cidade de São Paulo, e que seja encaminhado também ao Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, que, com certeza, essa operação feita entre a
Prefeitura e a SPDA é uma operação irregular, e que não deveria estar sendo
executada aqui na cidade de São Paulo.
É inadmissível
que o imóvel que foi estruturado, produzido para a população de baixa renda
vire um balcão de negócio na cidade de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Muito bem,
deputado Marcolino. Que a Secretaria aqui da Mesa da Assembleia Legislativa
pode, acredito, enviar os documentos citados para as autoridades mencionadas.
Agora eu vou pedir ao deputado
Marcolino que possa me substituir aqui na Presidência.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Luiz Claudio
Marcolino.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Dando sequência aos oradores que estão no Pequeno Expediente. Com a palavra, o
deputado Donato. (Pausa.) Com a palavra, a nobre deputada Marina Helou.
(Pausa.) Com a palavra, o nobre deputado Reis. (Pausa.) Com a palavra, o
deputado Donato. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Marina Helou.
Com a palavra, o deputado Enio Tatto.
(Pausa.) Com a palavra, a nobre deputada Professora Bebel. (Pausa.) Com a
palavra, o nobre deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.) Com a palavra, o deputado
Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)
Com a palavra, o nobre deputado Capitão
Telhada. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Com a
palavra, o deputado Eduardo Suplicy. Tem V. Exa. a palavra pelo tempo
regimental de 5 minutos, no Pequeno Expediente.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Marcolino, companheiro,
amigo, e prezados Srs. Deputados, Sras. Deputadas, e público que nos assiste
aqui pela TV Alesp.
Eu gostaria de,
hoje, registrar que na última sexta-feira eu pude participar lá no Centro de Convenções
Rebouças de um encontro presidido pelo presidente Lula, presente também o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Gabriel
Galípolo, da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, ministro da Cidade, Jader
Barbalho, vice-presidente Geraldo Alckmin, e o próprio presidente Lula.
Foi um evento
muito interessante, em que foi anunciada uma nova forma de aumentar a
possibilidade de financiamento da casa própria. Então, estiveram lá presentes,
inclusive, muitos empresários da área da construção civil. E eu gostaria até de
dizer que, em certo momento, quando o vice-presidente da República, Geraldo
Alckmin, falou a certa altura, ele resolveu fazer uma homenagem a mim, citando
o trio Pagão, Pelé e Pepe, do Santos Futebol Clube.
Mas, com isso,
as pessoas ali me aplaudiram, me cumprimentaram. Mas o que eu fiquei bastante
feliz naquele dia foi quando, já me despedindo do presidente Lula, ele
respondeu algumas pessoas que estavam perto.
Ele me disse:
Eduardo, está chegando a hora da Renda Básica. Vocês sabem que, então, eu
fiquei muito contente, porque estamos aqui nesta batalha. Aqui está a
publicação do livreto: “Renda Básica de Cidadania”.
E eu queria, a
respeito, tendo em conta o noticiário de hoje, a “Folha de S. Paulo”, na sua
principal manchete hoje, relata que, com 166 vítimas, São Paulo bate recorde no
registro de feminicídios no ano. De janeiro a agosto, a
alta foi de 9% em relação ao mesmo período e o governador Tarcísio disse que é
uma prioridade enfrentar este problema.
Mas me permita relatar que eu fiquei
especialmente contente, relacionando esta visita, esta medida, porque a renda
básica, quando universal e incondicional, poderá ter um efeito notável sobre a
autonomia das mulheres, inclusive com respeito a esta violência que,
infelizmente, acontece em nossa própria cidade.
E por que isso? Eu tenho a convicção,
conforme inclusive tive a oportunidade de visitar no Quênia, um dos países mais
pobres do planeta Terra, onde a instituição GiveDirectly, formada por quatro
formandos de Harvard e do MIT e que conseguiram um prêmio da Google de 2,5
milhões de dólares, mais 25 milhões de dólares de empresas do Vale do Silício,
para estabelecer um programa de transferência de renda, de uma renda básica,
nas vilas rurais pobres do Quênia.
E, em janeiro de 2019, eu estive lá por
sete dias. Primeiro visitei o escritório em Nairobi, depois visitei algumas das
vilas rurais e pude ali perguntar, Sr. Presidente, como é que houve uma mudança
significativa.
Isso, inclusive, está registrado no meu
livro, escrito com Mônica Dallari, "Um Jeito de Fazer Política", onde
ali ressalto: a distribuição de uma renda básica universal nas vilas rurais
extremamente pobres do Quênia está revolucionando positivamente a vida das
mulheres.
Além de ter reduzido em mais de 50% a
violência doméstica, a renda básica propiciou que as mulheres ganhassem
autonomia, voz dentro da família e o direito de empreender novas atividades. Pude
constatar pessoalmente essa transformação na visita que fiz ao Quênia em
janeiro de 2019.
A renda básica de cidadania é o direito
de toda e qualquer pessoa no país, não importa a sua origem, raça, sexo, idade,
condição civil ou mesmo socioeconômica, de participarmos todos da riqueza comum
de nossa nação, através de uma renda suficiente para atender as necessidades
vitais de cada um. Ali no Quênia, após dois anos dessa experiência, a violência
doméstica contra as mulheres diminuiu 51% e a violência sexual contra as
mulheres diminuiu em 66 por cento.
Portanto, do ponto de vista de se
avançar no que diz respeito às nossas queridas filhas, irmãs, netas, mães,
avós, para beneficiar as mulheres, a renda básica de cidadania terá um valor,
acredito, de extraordinária importância.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT
- Dando sequência aos oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o
nobre deputado Luiz Fernando Teixeira. (Pausa.) Com a palavra a nobre deputada
Ediane Maria. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Com
a palavra o nobre deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Com a palavra o nobre
deputado Conte Lopes. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Rogério Santos.
(Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Com a palavra
o nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Major
Mecca. (Pausa.)
É
encerrado os oradores do Pequeno Expediente,
na Lista Suplementar.
Com a palavra, o deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Enio Tatto. (Pausa.) Com
a palavra, o deputado Danilo Campetti. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco
minutos, na Lista Suplementar do Pequeno Expediente.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Luiz Claudio
Marcolino, quero desejar uma boa tarde a todos. Cumprimentar as Sras. Deputadas
e Srs. Deputados, os servidores da Casa, assessorias, os amigos que nos
acompanham pela rede Alesp, e aqui nas galerias,
Inclusive,
quero cumprimentar, com muita alegria, o prefeito Fausto Luano Rosa, de
Pedranópolis, e também os vereadores Arildo Ribeiro Donato, Orivaldo Fernandes
e o motorista Juliano.
Muito obrigado
pela presença dos senhores aqui, acompanhando os nossos trabalhos na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo. Cumprimentar os amigos que estão na
tribuna, cumprimentar os meus irmãos policiais militares, policiais civis,
policiais penais e aqueles que nos acompanham.
Sr. Presidente,
eu volto a essa tribuna num dia muito feliz, porque a nação israelense, a nação
judaica, hoje celebra a volta daqueles que estavam por mais de 730 dias em
posse dessa organização terrorista, que é o Hamas, nos mais de 500 quilômetros
de túneis construídos na Faixa de Gaza, com ajuda humanitária. Esses
terroristas estão controlando, gerindo, dominando a Faixa de Gaza há 18 anos.
Inicialmente,
em 2005, o controle foi passado ao Fatah, que é um partido político palestino.
Mas esse grupo terrorista sanguinário, responsável pelos ataques de 7 de
outubro de 2023, matou as lideranças do Fatah e assumiu o controle em Gaza.
Enquanto o mundo todo mandava recursos humanitários, o Hamas construía túneis e
comprava mais de 40 mil foguetes e mísseis que foram lançados contra Israel.
Inclusive,
partindo da nossa felicidade, dos 20 reféns vivos que foram hoje resgatados
pelo Estado de Israel, ainda há 28 reféns mortos, cujos corpos estão no plano
de cessar fogo, no acordo de cessar fogo. Mas, ao que parece, essa organização
terrorista diz que vai entregar apenas quatro.
Então, parabéns
ao presidente Trump, parabéns ao primeiro ministro Benjamin Netanyahu, e eu
faço esse cumprimento em nome do nosso cônsul geral aqui em São Paulo, Rafael
Erdreich, e da vice-consulesa geral, que é a Gili Vilian que nos proporcionou
uma viagem, a nós parlamentares, para o Estado de Israel, para que nós
pudéssemos ver de perto o que ocorre.
E não, como
outros deputados aqui, que falam de longe, e assumem as narrativas desse grupo
terrorista. Inclusive, agora eu quero passar o trágico evento ocorrido, o
trágico evento ocorrido na Apeoesp, na semana passada.
Por favor,
Machado.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Muito
bem, Sr. Presidente. Muito bem. Nós vamos dar nomes a essas pessoas que
saudaram terroristas, que utilizaram a Apeoesp para servir de berço, utilizaram
a Apeoesp para servir de berço do terrorismo. Então vamos dizer os nomes. Falou
o Sr. Ahmed Shehada, que é presidente do Instituto Brasil-Palestina, aquele que
nos chamou de bandidos.
Os
brasileiros são bandidos. Falou também o Sr. Antônio Carlos da Silva, que é
diretor, preste atenção, diretor da Apeoesp, que afirmou que o sete de outubro
deve ficar nos livros de história para que nossas crianças saibam do que
aconteceu. Falou também o Sr. Charles Gentil, que é secretário de Finanças do
PT e membro da executiva do Partido dos Trabalhadores.
Por
fim, um dirigente do PCO, encerrando, emocionado com a morte de bebês, com o
estupro de mulheres em praça pública e com a incineração de pessoas em suas
casas enquanto estavam dormindo, o Sr. Rui Costa Pimenta, que é o presidente do
PCO, esse partido nanico, que é de esquerda e que faz essas atrocidades.
Eu vou voltar, Sr.
Presidente, porque eu preciso de mais cinco minutos para falar quais
providências...
O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pode continuar,
depois pede levantamento.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Tá, então eu
vou continuar, que eu estou reinscrito, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Então só
encerrando aqui essa fala. Eu chamo novamente o deputado Eduardo Suplicy.
(Pausa.) Deputado Danilo Campetti.
Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco
minutos.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente.
Então, ante essas atrocidades, no último dia a Apeoesp mandou um comunicado
querendo tirar o corpo fora, mas o seu diretor estava lá. Então está fechada
toda e qualquer participação e cumplicidade da Apeoesp nesse ato.
Mesmo porque,
antes de fazer na Apeoesp, eles foram na Academia Paulista de Letras, que tem
uma nota de esclarecimento aqui dizendo, entre outras coisas, que inicialmente
a Academia foi consultada exclusivamente quanto à possibilidade do seu
auditório, sem que houvesse qualquer informação prévia sobre o teor político.
Tão logo teve
conhecimento do conteúdo e do caráter da referida manifestação, a Academia
recusou prontamente a cessão do espaço, por não compactuar com os propósitos,
nem com a natureza da iniciativa.
Então eu queria
que o Machado colocasse a cruz suástica, porque nós temos a tipificação de um
crime ali, exposta a cruz suástica, e nós temos a Lei, Sr. Presidente, 7.716,
em seu Art. 20, que trata dos crimes resultantes de discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional.
Veja bem, são
as bandeiras que a esquerda defende, que toda estrutura, ou que trabalha, todo
progressismo trabalha, diz trabalhar por essas bandeiras. E a gente diz o
seguinte, abre aspas, Art. 20, fabricar, comercializar, distribuir ou veicular
símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos, ou propaganda que utilizem a cruz
suástica, repito, cruz suástica ou gamada para fim de divulgação nazista. De
dois, pena de reclusão de dois a cinco anos. Ao meu ver, o crime está consumado.
Por isso,
fizemos uma representação aqui, Sr. Presidente, ao procurador-geral de Justiça
do Estado de São Paulo, mas também vou replicar essa representação ao Sr. Secretário
de Segurança Pública, à Procuradoria-Geral do Estado, à Delegacia-Geral de
Polícia, da Polícia Civil, e demais órgãos competentes, para investigar esse
sindicato, que abriu suas portas ao terrorismo.
Temos a cruz
suástica lá, o crime está consumado. Quiçá deve, sim, o membro do Ministério
Público, o parquet, analisar, inclusive - eu vou repetir, eu vou dizer uma vez
e vou repetir -, a prisão, eu repito, a prisão desses senhores que cometeram
crime de ódio, crime de discriminação, crime, inclusive, de antissemitismo.
Porque diziam ali, abertamente, sobre o fim do Estado de Israel.
Então, Sr.
Presidente, eu faço um apelo ao Ministério Público. Vamos também trabalhar no
âmbito das bancadas - a bancada do Republicanos já aceitou, e nós vamos fazer
essa representação também em nome da bancada do Republicanos. As demais
bancadas que quiserem aderir, nós estamos à disposição.
Eu passo o
modelo da representação, e as bancadas que assim concordarem - eu tenho certeza
de que várias vão concordar -, que subscrevam essa representação. Eu também vou
fazer, na condição de presidente da Frente Parlamentar em Defesa da União
Brasil-Israel e suas Soberanias, essa representação, para reforçar esse pedido.
E sim, punir,
responsabilizar esse sindicato que, segundo o seu diretor, quer que fique na
história esse ato execrável, essa tragédia, esse verdadeiro genocídio contra o
povo judeu, contra aqueles que moram em Israel, que foi o sete de outubro de
2023. E que, de uma forma vil, de uma forma execrável, foi comemorado nesse
sindicato.
Olha a
gravidade a que nós chegamos: um sindicato que representa uma classe nobre...
Eu sou professor. Eu sinto vergonha. Não sou filiado a esse sindicato, graças a
Deus.
Mas eu sinto
vergonha de ter professores, esse senhor aqui, que eu vou falar o nome dele
novamente, Antônio Carlos Silva, que é diretor da Apeoesp. Esse senhor é
professor. E faz declarações execráveis, execráveis. Mataram bebês. E eu tenho
um projeto de lei, aqui, que estabelece o dia sete de outubro como o dia
estadual em memória às vítimas desse acontecimento terrível. E esses senhores
celebram.
É isso que
vocês têm que entender, senhoras e senhores que estão nos vendo agora: essa é a
pauta da esquerda, essa é a pauta que eles celebram. Eles ficam escondidos, mas
na primeira oportunidade a extrema esquerda mostra a sua cara. Assim como fez
Marilena Chauí, aquela filósofa que ganha 30 mil, mas que detesta a classe
média.
Assim como fez
aquela outra filósofa, que é casada com juiz, mas fala que o roubo tem um
significado, tem uma explicação para o roubo. São esses ideais que levam o
nosso país para o buraco. Mas, se Deus quiser, em 2026 nós livraremos o Brasil
da esquerda, e nós continuaremos o progresso de quando estava o nosso
presidente Jair Messias Bolsonaro.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Dando
sequência aos oradores do Pequeno Expediente, na Lista Suplementar, nobre
deputado Oseias de Madureira.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, senhoras e senhores, público aqui
presente, eu quero, nesta oportunidade, fazer uso desta tribuna repudiando a
declaração do Sr. Ahmed Shehada - eu acho que é assim que se pronuncia -, que é
o presidente do Instituto Brasil-Palestina, quando chama, Sr. Presidente, os
brasileiros mortos no ataque do Hamas de bandidos.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Danilo Campetti.
* * *
Isso é um
absurdo, isso é desumano. Isso é inaceitável. Nenhum contexto político ou ideológico
vai justificar a ofensa da memória de vítimas inocentes. Muito menos nós vamos
aceitar aqui, Sr. Presidente, desrespeitar a memória das famílias que sofreram
neste caos.
Nenhuma
ideologia vai fazer com que venhamos a compactuar com tamanho desrespeito a
estas famílias e aos seus entes queridos. Palavras como esta, Sr. Presidente,
não apenas ferem a dignidade das vítimas, mas também alimentam o ódio e a
divisão quando o que o mundo mais precisa de verdade é de empatia e o
compromisso com a paz.
Sr. Presidente,
é preciso lembrar que Israel tem o direito de se defender contra o terrorismo,
e o povo brasileiro, em sua maioria pacífico e solidário, repudia qualquer
tentativa de justificar crimes cometidos contra civis e chamar vítimas de
bandidos. Bandido é bandido e vítima precisa ser respeitada. E nós vamos nesta
tribuna bater, incentivar e vamos desprezar tamanha atitude contra um caso tão
severo.
Sr. Presidente,
permita-me ao apresentar o meu repúdio e a minha indignação, eu quero também
apresentar o meu louvor e a minha gratidão a Deus pelos 20 reféns israelenses
que hoje foram liberados, que hoje voltaram ao convívio das suas famílias.
Isso sem dúvida
é, no fim do túnel, uma luz que se acende, uma luz de esperança, uma luz de
humanidade em meio a tanta dor que não vai se apagar. Nós não abriremos mão,
Sr. Presidente, estamos juntos e quem quiser que venha. Israel é um povo
abençoado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado Oseias. Convido V. Exa. para assumir a Presidência para eu poder fazer
o uso da palavra.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Oseias de Madureira.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - OSEIAS DE MADUREIRA - PSD
- Próximo orador inscrito, deputado Danilo Campetti, que tem o tempo
regimental.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente nobre deputado, meu amigo, Oseias de
Madureira. Agradecer novamente a oportunidade e agora, sim, vencido o aspecto
ruim. Aliás, o que vão dizer agora?
Por que Israel saiu da Faixa de Gaza, mas ao que
parece, Sr. Presidente, o Hamas ainda continua fazendo as suas vítimas, que é o
povo palestino, como sempre foi. O povo palestino quer usar de escudo a Faixa
de Gaza, os hospitais e as escolas que são usadas como base terrorista.
Mas Israel cumpriu o seu acordo, graças a Deus, 20
reféns vivos estão de volta aos seus lares, estão de volta aos seus familiares
que esperaram mais de 730 dias, que resistiram bravamente nos túneis
construídos pelo terror. Fica aqui, Sr. Presidente, esse registro histórico.
Tomara que essa organização terrorista cumpra com o restante do acordo, que são
os 28 corpos de reféns para que eles possam ter um enterro digno, isso é muito
importante para a comunidade judaica.
E fica novamente os nossos parabéns, o registro dos
nossos parabéns aos esforços de Israel para trazer a todos os reféns para casa,
os esforços do presidente Trump, que é tão criticado, que é o malvadão, que é
aquele que ia fazer uma guerra atrás da outra, mas até agora está mostrando o
quê? Que é um pacifista, que é um estadista, coisa que falta aqui no presidente
do nosso País, que é um militante ideológico e que acha que guerra se resolve
em uma conversa de “butiquim” ou oferecendo jabuticaba.
Mas, Sr. Presidente, eu estou aguardando aqui também,
Sr. Presidente, as... que nós temos uma bancada feminista, tem uma bancada do Movimento
Pretas. Estou aguardando aqui os parabéns a uma mulher, como eles dizem,
empoderada, uma mulher que venceu todos os obstáculos, inclusive a fúria de um
ditador, esse ditador que é comemorado pelo PT.
Aliás, o PT foi
o primeiro a reconhecer que havia uma democracia. Estou falando da Venezuela,
estou falando de María Corina Machado, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Estou
aguardando, Sr. Presidente, aqui as que dizem defender os direitos das
mulheres, as feministas, aquelas que pugnam, aquelas que a todo momento bradam
aqui que as mulheres são excluídas, que as mulheres devem ter oportunidade,
está aí um exemplo daquela que luta contra um ditador autocrata,
narcoterrorista, cuja recompensa para qualquer informação desse narcoterrorista
são 50 milhões de dólares, é o dobro do que era para o Osama bin Laden. Não vi
ninguém até agora celebrar.
Tenho olhado
também nas redes sociais, não vi nenhuma das deputadas celebrando essa vitória
da María Corina. Então vamos aguardar. Amanhã volto a esta tribuna, Sr.
Presidente.
Está aí a foto
da vencedora do Prêmio Nobel da Paz, um exemplo a ser seguido. Esse sim é um
exemplo de empoderamento, esse é o exemplo que deve ser seguido. Ficam os meus
parabéns por esse Prêmio Nobel da Paz e o meu repúdio ao ditador sanguinário,
narcoterrorista que está, que poderia...
Se bobear vai
fazer túnel igual o do Hamas lá na Venezuela, porque vai ser pego, porque vai
ser cassado. Agora quer fazer acordo com o presidente Trump, mas vai responder
por todos os crimes que cometeu. Então fica aqui o registro na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo dos nossos parabéns a essa guerreira.
Se tiver tempo,
Machado, se o vídeo estiver aí, passe o vídeo, por favor, dos reféns, da emoção
do reencontro dos reféns com os seus familiares.
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- É exibido o
vídeo.
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Graças a Deus,
Sr. Presidente, nós estivemos juntos lá em Israel, nos “kibutzim”, nos “moshav” e pudemos
ver o terror que esses nossos irmãos judeus passaram. Então fica o registro
aqui. Graças a Deus, glória a Deus, a Ele toda honra e toda glória.
Vamos ter paz,
mas que nunca se repita, que Israel tome as providências necessárias para que
nunca se repita um holocausto, para que nunca se repita um sete de outubro de
2023 e que o Hamas seja extirpado do mapa, assim como todas as demais
organizações terroristas que querem o fim do Estado de Israel.
Nós
continuaremos aqui lutando, defendendo o legítimo direito sionista do Estado de
Israel. (Pronunciamento em língua estrangeira.) O povo de Israel vive e sempre
viverá.
Que Deus
abençoe Israel, que Deus abençoe o Brasil, que Deus nos abençoe.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Sr.
Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito a V. Exa. o levantamento da
sessão.
O
SR. PRESIDENTE - OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência,
antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da última
quarta-feira.
Está levantada a sessão.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 44
minutos.
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