4 DE DEZEMBRO DE 2024
170ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GUILHERME CORTEZ, PAULA DA BANCADA FEMINISTA, DANILO CAMPETTI, GIL DINIZ e GILMACI SANTOS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GUILHERME CORTEZ
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h07min.
2 - PAULO FIORILO
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - DR. JORGE DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Assume a Presidência.
6 - GUILHERME CORTEZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Cumprimenta os estudantes do Centro Universitário Padre Albino, do município de Catanduva.
10 - BETH SAHÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
12 - EDUARDO SUPLICY
Para comunicação, faz pronunciamento.
13 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
14 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Cumprimenta os estudantes do Centro Universitário Padre Albino, do município de Catanduva.
15 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Cumprimenta o vereador da cidade de São José do Rio Preto, Marquinhos Cardoso, presente na galeria.
17 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
21 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
23 - GIL DINIZ
Assume a Presidência. Parabeniza o deputado Conte Lopes pelo seu pronunciamento.
24 - DANILO CAMPETTI
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
25 - DANILO CAMPETTI
Solicita a suspensão da sessão até às 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.
26 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Anota o Pedido. Endossa o pronunciamento do deputado Danilo Campetti. Defere o pedido e suspende a sessão às 16h07min.
ORDEM DO DIA
27 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h31min.
28 - ALTAIR MORAES
Solicita a prorrogação da sessão por uma hora.
29 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de prorrogação da sessão por uma hora.
30 - ALTAIR MORAES
Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até às 19 horas e 30 minutos.
31 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Anota o pedido. Convoca reuniões conjuntas das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, de Transportes e Comunicações e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Defesa dos Direitos das Mulheres e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Saúde, de Assuntos Metropolitanos e Municipais e de Finanças, Orçamento e Planejamento; e de Constituição, Justiça e Redação e de Saúde, a serem realizadas hoje, às 19 horas e 01 minuto.
32 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
33 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Informa ao deputado Paulo Fiorilo que a adesão ao PL 546/24 poderá ser feita até a votação. Convoca reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos das Mulheres, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 19 horas e 01 minuto. Convoca a comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, para uma reunião extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas e 01 minuto. Defere o pedido do deputado Altair Moraes e suspende a sessão às 16h37min, reabrindo-a às 19h31min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.
34 - PAULO MANSUR
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
35 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 05/12, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas e 44
minutos. Levanta a sessão às 19h34min.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Guilherme Cortez.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito boa
tarde a todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Passando para a lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, chamo o nobre deputado Paulo Fiorilo. Vossa
Excelência tem o tempo regimental para o uso da tribuna.
O
SR. PAULO FIORILO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
aqueles que nos acompanham pela Rede Alesp, assessoria parlamentar e assessoria
militar. Retomar aqui o debate iniciado ontem pelo deputado Reis e por outros
deputados que diz respeito à Segurança Pública.
Eu não sou da
área, diferente do deputado Reis, mas tenho acompanhado muito de perto essa
questão da crise que vive a Segurança Pública. Eu vi, acompanhei a declaração
do governador de que o problema não é tirar secretário. O governador pode até
ter razão, agora, se a política do secretário continuar equivocada, não haverá
outra alternativa senão o governador tomar as providências necessárias,
urgentes.
Não é possível,
todos os dias, nos depararmos com cenas lamentáveis de pessoas sendo alvejadas
pelas costas, jogadas de pontes e tratadas como cidadãos de segunda, terceira
categoria.
Aliás, sugiro,
para quem tiver o interesse, dar uma lida na matéria publicada na “Folha”,
assinada pelo jornalista Pagnan, que trata um pouco de um diálogo feito com
coronéis sobre o que tem acontecido na Segurança Pública, em especial, sob o
comando do secretário Derrite.
A lógica
implementada por ele de troca de comandos, de possibilitar a liberdade de
policiais atuarem de forma equivocada. Esse é o grande erro, e nós vamos
continuar pagando caro se esse erro não for corrigido.
Por isso, o
governador tem a responsabilidade de tratar a Segurança Pública, não da forma
como vem sendo tratada. A gente tem visto a questão das câmeras corporais sendo
desconsideradas; políticas que poderiam ser implementadas do ponto de vista da
qualificação dos profissionais de Segurança Pública, de salário. Infelizmente o
Governo não o faz.
Nós vamos
continuar cobrando. A bancada da Federação está pedindo uma reunião com o
procurador do MP, com o Dr. Paulo Sérgio, procurador-geral, para que a gente
possa discutir iniciativas urgentes e necessárias para que a gente evite o que
está acontecendo.
Não é a
primeira vez que acontece no estado. O problema é a postura dos governadores
diante das crises, desde Mário Covas até agora, como foi tratada essa questão
da Segurança Pública. E infelizmente, neste governo, tem sido tratada da forma
mais equivocada possível, dando uma possibilidade de assistirmos cenas de
violência que não deveriam acontecer da forma como estão acontecendo.
Queria
aproveitar o tempo que me resta para trazer aqui, de novo, um problema que eu
já falei, da região do Vale do Ribeira, da cidade de Iporanga. Se a gente puder
passar o vídeo de lá.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Essa é a
estrada que liga Iporanga a Apiaí. Um problema crônico. Eu já trouxe isso aqui
da outra vez. Se puder tirar o áudio, eu acho que é melhor. Houve, de novo, um
desmoronamento. Essa é uma estrada, a única estrada que facilita a ligação do
Médio Vale para o Alto Vale e onde está localizado o Petar, o maior parque de proteção
ambiental do estado, do País, com grandes cavernas, que fomenta o turismo e a
economia daquela região.
A
gente já encaminhou essa questão da estrada para o DR, para o Governo do
Estado. Eu espero sinceramente que, o mais rápido possível, essa situação possa
ser resolvida. Até porque, cada vez que isso acontece, você traz problemas para
aqueles que precisam seguir caminho para Apiaí ou para Iporanga, e vice e
versa.
E
também interrompe uma via importante que favorece o desenvolvimento daquela
região. É fundamental que o Governo do Estado tome as providências, de forma
rápida e urgente, para que a gente resolva esse problema.
Peço que
encaminhe essa minha manifestação com relação à estrada mais uma vez ao DR e ao
governador Tarcísio, para que tomem as providências o mais rápido possível. E
encaminhar ao prefeito de Iporanga e de Apiaí essa minha manifestação pública
aqui, para que se resolva, o mais rápido possível, essa ligação tão importante
para aquela região.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito
obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Sua solicitação será encaminhada nos termos
regimentais. Chamo agora o nobre deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo. Vossa Excelência tem o uso da tribuna pelo tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT -
Boa tarde Sr. Presidente, deputado Guilherme Cortez; boa tarde, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, público da TV Alesp, assessores aqui presentes.
Sr. Presidente,
eu quero falar hoje de um assunto do nosso estado, que é o interesse do
governador de mudar o Palácio dos Bandeirantes para Palácio denominado Campos
Elíseos.
Muito se fala
sobre a mudança de todas as secretarias para o centro, da região mais próxima à
Praça Princesa Isabel, aquele centro... O antigo centro velho ali. E a gente
sabe exatamente as práticas do governador: ele toma decisões e não dialoga com
o público mais interessado, que seriam as pessoas que moram naquela região.
Ou seja, nós
temos pessoas, moradores em situação de rua; nós temos a situação da
Cracolândia; nós temos conjuntos habitacionais; nós temos a Favela do Moinho.
Todas essas pessoas, além da sociedade que será impactada em toda aquela
região, essas pessoas não são convidadas a nenhum diálogo sobre o impacto que
vai causar essa questão.
Nós não somos
contra - e nem devemos ser - aproximar o Palácio da população. Trazer o Palácio
- está lá o Palácio do Governo - para uma região mais próxima da população,
isso do ponto de vista... É importante para aproximar as pessoas. Porém, o que
vai fazer com os moradores que moram naquela região?
Os
investimentos... Fala-se da monta de que 230 imóveis sejam desapropriados. Para
onde irão essas pessoas? As pessoas serão desalojadas. O investimento chega na
monta de 500 milhões, é o que se fala.
E o que nós
podemos saber é que... Quantas vezes esta Casa já solicitou que o governador e
o secretário - no caso o Guilherme Afif Domingos, que é o secretário que cuida
dessa questão - viessem a esta Casa para explicar o impacto e quais possíveis
soluções podemos construir? Ao contrário disso, deputado Suplicy e outros
tantos deputados já requisitaram um diálogo com o Governo, mas esse diálogo,
infelizmente, até hoje, não aconteceu.
Nós estamos
chegando ao final do ano legislativo. A expectativa do governador é de que, no
próximo ano, lá para o mês de março, já tenha avançado bastante, mas esta Casa
é ignorada sempre que é requisitada pela população que mora naquela região.
Por isso,
queria dizer para o Sr. Governador: é preciso pensar nas pessoas; é preciso
dizer que é salutar trazer o Governo para próximo do povo, mas é preciso também
saber que as pessoas que sairão de lá... para onde irão? Qual é o destino
daquelas famílias e o que elas vão fazer se não forem atendidas?
Por isso, clamo
ao Sr. Governador: respeite esta Casa. Aos deputados e deputadas aqui, tenham
interesse em saber, são demandados pela população. E a gente não tem,
exatamente, nenhuma resposta do Governo, que é um governo que não respeita a
Assembleia Legislativa.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Obrigado,
deputado. Chamo agora, na sequência do Pequeno Expediente, o deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Teixeira. (Pausa.) Deputada Thainara Faria.
(Pausa.) Deputado Reis, que tem o tempo regimental de cinco minutos para o uso
da tribuna.
O
SR. REIS - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar os Srs. Deputados, as Sras. Deputadas, o
público presente, os funcionários da Alesp, os integrantes da Polícia Civil, da
Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-científica e também
cumprimentar todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pela Rede
Alesp.
Presidente,
deputado Guilherme Cortez, ontem V. Exa. fez um excelente discurso cobrando
responsabilidade do governador do estado de São Paulo com relação à questão da
Segurança Pública e o descontrole que o Governo está tendo com relação aos
fatos que vêm acontecendo na Polícia Militar.
Inclusive, o
comandante-geral hoje estava dando uma entrevista na CBN e alguns assuntos
espinhosos ele pulava fora. Mas o que me deixou, assim, bastante preocupado, é
como ele trata as coisas.
Por exemplo, o
caso do cidadão que foi jogado dentro do rio... ele falou: “Ah, aquilo parecia
uma brincadeira”. Então ele minimiza a ação. Inclusive está aqui, além da
entrevista dele na CBN, também está nos jornais, está no “Metrópoles”, está nos
jornais de circulação, na mídia virtual.
E a outra coisa
que eu achei inusitada é que o secretário da Segurança criou uma ouvidoria
paralela. Não, ele pode não gostar do ouvidor, pode não gostar da forma como
ele enxerga a Ouvidoria, mas a Ouvidoria é um órgão de controle externo; ela
não é um órgão de controle interno.
Então, de forma
inusitada, agora nós vamos ter duas ouvidorias: uma lá do gabinete do
secretário e outra que é a que foi criada, realmente, para ouvir a população.
Então nós temos
duas questões: uma que o Governo não consegue garantir a segurança da nossa
população.
Inclusive, eu
vou passar um vídeo para mostrar. Eu recebi esse vídeo ontem. Eu já tenho
cobrado, porque o governador, no primeiro ano, falava que a culpa era do
governo anterior, só que já está chegando aí a 50% do seu mandato, 50%
governando. Quer dizer, ele não conseguiu resolver as coisas.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
Isso daí é em
frente a uma delegacia de polícia. Uma delegacia que não funciona à noite, não
funciona aos sábados, não funciona nos feriados, não funciona aos domingos.
Atrás dessa delegacia, tem uma Companhia da Polícia Militar. Olha ontem a
baderna para quem passava ali na Francisco Morato, na Professor Francisco
Morato.
Então o
governador Tarcísio de Freitas, além de perder o controle da tropa, o controle
da Polícia Militar, não consegue sustentar uma política de segurança. Aí ele
traz alguns indicadores, porque eles empurraram vários usuários de drogas lá da
Cracolândia, e obviamente diminuiu os índices, mas diminuiu lá e aumentou em
outras regiões. O latrocínio está lá em cima - pessoas que matam para roubar -,
estupros, os índices de estupro estão lá em cima no estado de São Paulo.
Então o governo
não consegue dar resposta para a Segurança Pública. Aí, olha, nós estamos de
frente a uma delegacia, o 34º DP. Atrás desse 34º DP, tem uma companhia do 16º
Batalhão de Polícia Militar.
E em frente a
toda essa estrutura de estado, de Segurança Pública, vocês viram ali que as
pessoas passavam e eram atacadas por baderneiros. Não sei se foi por conta de
futebol, do estádio, não sei, mas atacadas por baderneiros ali quebrando os
veículos, quebrando os carros que estavam ali.
Então é essa a
questão do governador que veio para São Paulo, para governar São Paulo. O povo
escolheu e o povo está muito insatisfeito. O povo está insatisfeito com a
violência policial, está insatisfeito com a falta de política de Segurança
Pública e o povo está sendo vítima, a maior vítima de todo esse processo, a
maior vítima de toda essa forma do governador Tarcísio de Freitas gerenciar a Segurança
Pública.
É a violência
lá em cima e o descrédito. A população não está mais acreditando, confiando na
polícia, por conta de que quando ela liga a televisão e abre um jornal, vem
todo esse montante de notícias negativas. Inclusive hoje, no “SPTV”, tinha lá a
Polícia Militar espancando um casal em uma moto. Não existe pena de
espancamento, você detém as pessoas, conduz à delegacia.
Ah, não tem
documento, tem passagem, está sendo procurado, está com algum ilícito penal,
qual é a função da Polícia? Conduzir à autoridade policial. Não é jogar no
córrego, não é atirar na barriga do estudante como atiraram, não é matar
crianças e não é fazer o que se fez hoje, que apareceu novamente na televisão.
Você liga a televisão e já vê lá eles mostrando um fato que a lei define como
crime, praticado por aqueles que têm que garantir a lei e a ordem.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito obrigado,
deputado Reis. Convido minha colega deputada Paula da Bancada Feminista para me
suceder na Presidência da sessão.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Paula da
Bancada Feminista.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Muito
obrigada, deputado Guilherme. Assumo agora esta Presidência. Próximo inscrito,
deputado Donato. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado
Danilo Campetti. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez, tem V. Exa. o tempo
regimental.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde. Obrigado a Sra. Presidente, todos os servidores
desta Casa, meus colegas deputados, em especial meu sempre querido amigo
deputado Suplicy - fico muito feliz de estar de volta aqui -, servidores e quem
acompanha a gente através da Rede Alesp.
Presidente, o
tal do mercado, que é muito sensível, tem um humor que chega a ser engraçado.
Você quer ver o mercado financeiro feliz? Você corta do povo, você maltrata o
povo mais pobre deste País. Daí pode ter certeza de que o dólar vai despencar,
de que a Faria Lima vai fechar em festa. É muito fácil agradar o mercado e ver
o humor do mercado feliz: é fazer maldade para a população.
Primeiro vamos
qualificar quem é esse mercado, essa entidade invisível tão sensível que o
humor varia de acordo com as políticas que a população vai receber. O mercado é
um punhado de acionistas vagabundos que se sentam todo fim de tarde para
conspirar como eles vão chantagear o governo para retirar direitos da
população. É isso que é o mercado.
Durante quatro
anos, o governo Bolsonaro pintou e bordou com as contas públicas neste País.
Fez o Brasil voltar para o mapa da fome, fez as pessoas irem para a fila do
osso para conseguir um osso para comer.
Nada disso
abalou o humor do mercado tanto quanto, na semana passada, o governo federal
anunciar que ia isentar 100 milhões de pessoas que ganham até cinco mil reais
por mês do pagamento do Imposto de Renda. Nada disso deixou o mercado tão
nervoso quanto o governo anunciar que ia começar a cobrar impostos dessas
pessoas, os super-ricos do nosso País.
Desde o dia 1º
de janeiro, quando o governo Lula tomou posse, não teve um único dia em que
esse mesmo mercado não tenha atuado para chantagear o governo federal para
implementar o programa que foi derrotado nas últimas eleições de 2022, tudo
isso com a cumplicidade do “sabotador-geral da República”, que hoje está à
frente do Banco Central, o Sr. Campos Neto. O governo federal foi lá e, para
atender a essa pressão, fez o arcabouço fiscal, a que inclusive nós, do PSOL,
fomos contrários.
Somos
contrários a essa lógica de você precisar sempre limitar, você precisar sempre
atar o que é investimento no povo e sempre deixar o privilégio dos ricos correr
solto. Mas nem isso, nem o arcabouço fiscal foi suficiente para saciar essa
ânsia do mercado por fazer mal para o povo, porque eles não vão se contentar
até ver o oco do povo brasileiro, até eles conseguirem reduzir a pó os direitos
e as conquistas sociais, as políticas sociais do povo brasileiro.
O mercado
passou os últimos meses pressionando o governo federal, pressionando o ministro
Haddad para que desvinculasse os benefícios sociais do salário mínimo, para que
fizesse cortes profundos nas políticas sociais do governo, para que reduzisse o
piso constitucional da Saúde e da Educação.
Pois bem,
semana passada o Haddad foi lá e apresentou uma proposta de ajuste, uma
proposta de ajuste que não corta só do povo; corta do povo também: limita o
BPC, limita o abono salarial, limita o crescimento do salário mínimo aos
limites do arcabouço fiscal.
Por conta
disso, a essas medidas, nós, no PSOL, também seremos contrários, porque a gente
acha que quem tem que pagar a conta do acerto das contas públicas tem que ser
quem ganha mais dinheiro, tem que ser os ricos, os privilegiados desse País. O
ajuste tem que ser sobre essas pessoas, que são os verdadeiros privilegiados do
Brasil, e não sobre o povo.
Mas essa
proposta do ministro Haddad não corta só do povo, corta também dos
privilegiados, dos ricos. Isenta 100 milhões de pessoas do pagamento do Imposto
de Renda, de quem ganha até cinco salários mínimos; propõe a tributação dos
ricaços, dos super-ricos no nosso País; cogitou uma revisão da Previdência dos
militares, porque hoje as Forças Armadas servem para planejar golpe, para gerar
pensionista neste País.
E daí o mercado
foi à histeria coletiva, porque, ao contrário do que eles falam para se
justificar, a preocupação dessas pessoas passa muito longe de ser um ajuste
para a sustentabilidade, a saúde das contas públicas. O que eles querem é
arrochar o povo brasileiro.
Eles não estão
nem aí se, para arrochar o povo brasileiro, eles vão ter que manter os seus
privilégios, assim como eles não estavam nem aí quando o Bolsonaro fez tudo o
que pôde para poder se reeleger. O que eles querem saber mesmo é de fazer mal
para o povo brasileiro.
Por isso,
agora, quando a gente vê essas medidas anunciadas pelo governo, a gente vê que
o mercado faz um verdadeiro escândalo para tentar chantagear o governo e para
tentar que não se mexa nos seus privilégios, porque ajuste para eles só se for
sobre o povo.
Por isso, nós
do PSOL dizemos sim às medidas que foram anunciadas para que o ajuste seja
sobre os privilegiados, a cúpula dos militares, os superssalários, os
super-ricos do nosso País, que é quem tem mais dinheiro, quem tem mais
benefício, quem tem mais privilégio e que tem que arcar com o ajuste do nosso
País, não o povo.
Nós somos
contra o ajuste no BPC, somos contra o ajuste do salário mínimo, somos contra o
ajuste do abono salarial, porque o povo brasileiro já sofre muito. E não tem
que ser o povo brasileiro que vai pagar a conta das custas e do ajuste do
mercado.
O mercado é o
maior sabotador desse País, hoje. Sabota o país, aumenta a cotação do dólar
para prejudicar o governo, porque quer que o governo Lula dê errado, porque
quer que o governo Lula frustre quem elegeu o governo dois anos atrás, porque
eles sabem que com isso eles vão abrir caminho para o retorno de um projeto, de
um governo que seja deles.
Nós estamos
aqui para dizer que não, não em nosso nome. Aceitem o governo e o programa que
foi eleito democraticamente em 2022 e que vocês não conseguiram dar o golpe.
Não é o povo brasileiro que tem que pagar a conta do ajuste fiscal, são as
elites, os ricos e os privilegiados que parasitam esse país desde sempre.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Muito
obrigada, deputado Guilherme Cortez.
Continuando a lista de inscritos,
deputado Barros Munhoz. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado
Capitão Telhada.
Tem V.Exa. o tempo regimental.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Senhoras
e senhores, uma excelente tarde a todos, à TV Alesp, a quem nos acompanha pelas
mídias sociais, aos deputados, funcionários militares, funcionários civis da
Casa; eu gostaria de trazer nesta tarde à tribuna boas notícias.
Acabamos de participar
de um grande evento no Palácio dos Bandeirantes, num tema que a gente defende
muito aqui na Assembleia Legislativa. Inclusive, sou coordenador da Frente
Parlamentar em Defesa do Aprimoramento dos Trabalhos da Defesa Civil.
E, nesta manhã,
por gentileza Machado, estivemos em um evento com muitas pessoas presentes,
muitos prefeitos, vereadores, coordenadores da defesa civil participando,
inclusive, como presidente da frente parlamentar e entregando mais de 24 obras
emergenciais realizadas pela nossa defesa civil estadual.
Também com
novas assinaturas de convênios para novas obras, dinheiro que foi economizado
nas obras anteriores. E, com esse resquício, conseguindo atender a novos
municípios.
Além disso,
indicando diversos conveniamentos realizados com o Centro Paula Souza para
capacitar e treinar os agentes da defesa civil, bem como novas tecnologias que
o estado de São Paulo tem adquirido, saindo na frente, na vanguarda do nosso
país, instalando novos radares meteorológicos, uma tecnologia de informação e
de alerta a toda a população que reside, eventualmente, em uma área de risco,
chamada de cell broadcast, tudo financiado, investido com energia e com
trabalho pelo nosso Governo de São Paulo, pelo nosso governador Tarcísio, pelo
secretário e coordenador da defesa civil, o coronel Henguel.
E, graças a
Deus, nós, como deputados, conseguimos também atuar em apoio à defesa civil,
aparelhando os municípios, levando viaturas, equipamentos de combate a incêndio
ou, eventualmente, de combate a enchentes. E, aos pouquinhos, estamos fazendo
crescer a visibilidade nesse tema.
Também quero
trazer a notícia, em primeira mão, que está sendo encaminhado para esta Casa
Legislativa, para a Assembleia Legislativa de São Paulo, o projeto de lei que
cria um Fundo Estadual da Defesa Civil, próprio da defesa civil, para captar
recursos federais e recursos de doações. E é um fundo, é um investimento, é um
recurso que vai na veia do gestor municipal, naqueles casos de necessidade,
quando acontece algum desastre.
Então, parabéns
e muito obrigado por ouvir a todos nós deputados e, em especial, a nossa frente
parlamentar, que sempre capta informações, capta ideias dos amigos que estão lá
nas pontas das linhas, nos municípios mais longínquos, vivenciando a realidade,
os problemas, e trazendo para a gente, que servimos como ponte com o Governo.
Ainda nesses
dois minutos que me restam, eu quero falar um pouquinho de Segurança Pública,
que é o tema da semana, devido aos últimos acontecimentos, e nem há do que se
comentar acerca de alguns fatos que a mídia está explorando em larga escala.
Não há de se comentar, porque é reprovável, é errado, já está muito claro
através das imagens, está sendo apurado.
O nosso
secretário de Segurança, nas primeiras notícias, se posicionou acerca da averiguação,
acerca do afastamento das pessoas envolvidas, bem como o governador de São
Paulo já se posicionou, e eu, sendo um policial militar com 19 anos na ativa -
hoje, parlamentar -, tenho a nítida certeza e convicção de que todas as
circunstâncias serão apuradas, irão ser analisadas por quem tem competência
para isso e, o que houver de culpa, será recaída sobre aqueles que tiveram a
sua ação individualizada colocada ali fora dos procedimentos da Polícia
Militar.
Hoje eu estava
acompanhando os noticiários, Sra. Presidente, e a gente começa a ver que
realmente está tomado - não é? -, o “UOL”, “IG”, “Globo”, “Terra”, “Folha”. A
gente começa a anotar as matérias e vê que, de fato, a imprensa tem lado. A
imprensa tem lado. E o lado não é a defesa do cidadão de bem ou do policial, é
a defesa, sempre, sempre, parcial. Por que eu digo isso? Quando a gente começa
a olhar os anúncios, começa a olhar os títulos das matérias, a gente começa a
ver o raio-X que estão fazendo dos policiais militares envolvidos na ocorrência
que o deputado citou anteriormente da questão do córrego etc.
E aí, vão lá:
“PM que executou jovem negro”, esse é do “IG”... “PM que executou jovem negro
em mercado foi reprovado em exame psicológico”. Olha lá, foram investigar a
vida do policial, falar que ele foi reprovado no exame psicológico para a
Polícia Militar. Inclusive, o policial também é negro. Eu não sei por que
falaram que o indivíduo era negro, o policial era negro. Só citaram a cor do
indivíduo.
E aí vão além:
“PM que matou jovem em frente ao mercado foi reprovado em exame psicológico”.
“Cuida da minha filha”, diz testemunha sobre as últimas palavras. “Baile funk é
a chave para entender as ações da PM”. Que mais? “PM suspeito de jogar homem da
ponte já havia matado um motoqueiro com 12 tiros”. Esses são os títulos, estou
passando aqui muito rapidamente.
É engraçado
que, quando a gente vê a ocorrência da semana passada - Machado, coloca a
imagem da semana passada -, que eu trouxe à tribuna, a imprensa não se
preocupou em mostrar essa ocorrência aqui. Soldado Jonas e soldado Azeredo, em
Araçoiaba da Serra, atacados covardemente por dois veículos, indivíduos armados
de fuzil dentro dos veículos, depois queimaram um dos veículos para tentar
eliminar as provas. Mostra a próxima imagem.
* * *
- É exibida a
imagem.
* * *
Operação da
Polícia Militar apreendeu armamento lá em Sorocaba utilizado no crime, os dois
policiais baleados, um com tiro de fuzil na cabeça. Isso aí ninguém fala. A
Globo não mostra imagem sobre os nossos policiais agora em estado crítico com a
família, muitas vezes agora sem aquele arrimo de família; sem poder trabalhar;
sem poder ir para a polícia; sem poder fazer delegada e Dejem; sem poder fazer
o bico, porque foi atacado por criminoso.
E cadê as
matérias da “Globo”, do “IG”, da “UOL”, da “Terra”, falando sobre os ataques a
policiais? Eu não estou justificando ato repreensível nenhum. Só que são dois
pesos, duas medidas.
A gente vem
aqui defender o cidadão policial todo dia. Só que é um esforço gigantesco de
diversas pessoas, de parlamentares, da sociedade civil, da imprensa, em sempre
demonizar nossos policiais.
Aliás, não é
novidade. Se a gente lembrar agora o último desfile de carnaval, Sra.
Presidente, a senhora lembra que discutimos isso na Comissão de Direitos
Humanos: a Escola Vai-Vai, inclusive com a presença do deputado federal Boulos
e, na época, do ministro, que agora já perdeu o cargo, ministro dos Direitos
Humanos do Lula, ministro Silvio, desfilaram com policiais militares do Choque,
vestidos e fantasiados de demônios.
Então não é
novidade, a gente sabe disso, a gente sabe o que cada um aqui defende. Eu
defendo o policial, eu defendo o cidadão de bem, aquele que sofre na mão do
criminoso; mas a gente sabe que outros não defendem isso, não defendem o que
tem de bom na sociedade, o que tem de decência, e esse caso deixa isso muito
claro, porque é um esforço gigantesco para crucificar o policial todo dia. Não
precisa de investigação, vamos crucificar todo dia. Já vou encerrar,
presidente. Vamos crucificar o policial, é sempre assim.
Então a minha
fala é nesse sentido. Vamos dar tempo ao tempo. O deputado Guilherme Cortez
também passou o tempo, deputada, já vou encerrar. Infelizmente, há sempre um
lado.
Eu vou falar no
Grande Expediente aqui novamente e concitar todos que nos assistem: escolha o
seu lado. Fatos pontuais acontecem, infelizmente, e serão sempre analisados com
o maior rigor, mas a nossa polícia é a única e a maior instituição de defesa
dos direitos humanos que existe no Brasil.
Obrigado,
presidente.
A SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Seguindo a
lista de oradores inscritos, deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Alex Madureira.
(Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.)
Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Deputada Delegada Graciela. (Pausa.)
Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado
Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio.
(Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O SR. EDUARDO SUPLICY
- PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Querida presidenta, deputada Paula
da Bancada Feminista, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, eu hoje venho trazer
aqui três assuntos.
O primeiro é
que, na noite de ontem, eu estive no convento Santo Antônio do Pari, onde
ocorreu o jantar Amigos do Sefras. Nesse evento, com muito orgulho e carinho,
muito honrado e com carinho, recebi a homenagem Amigo da Paz e do Bem.
A Ação Social
Franciscana, mais conhecida como Sefras, é uma organização que existe há mais
de 25 anos. Desenvolveu diversos projetos, possui dezenas de serviços voltados
para pessoas em vulnerabilidade social, com foco principalmente em pessoas em
situação de rua, crianças e adolescentes, imigrantes e idosos.
Agradeço ao
Sefras a homenagem e desejo vida longa à organização que desenvolve um trabalho
formidável, que eu já tive a oportunidade de apoiar como vereador, para que
pudesse ser feita aquela barbearia da população em situação de rua que existe
perto do Vale do Anhangabaú, e agora também apoiando em outras iniciativas.
O segundo
assunto de que quero tratar aqui é a boa notícia do crescimento do produto
interno bruto de nosso País, pois, segundo dados da OCDE, Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, e do IBGE, Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, o produto interno bruto do Brasil, PIB, está entre as
dez maiores altas do terceiro semestre em ranking. O Brasil está em empate
técnico com Israel e China, com 0,9 por cento.
Fiquei contente
com essa ótima notícia e espero que possa o governo Lula - o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad; a Simone Tebet, ministra do Planejamento; o
Wellington Dias; o Luiz Marinho e todos que estão colaborando com o presidente
Lula - realizar tudo aquilo que está dentro dos objetivos maiores, de criarmos
um Brasil justo, solidário e fraterno.
Para finalizar,
quero também falar novamente do assunto que trouxe ontem, o absurdo feito por
policiais militares na Cidade Ademar, na zona sul da Capital, quando o jovem
Marcelo do Amaral, de 25 anos, foi jogado de uma ponte por um PM após a
abordagem na noite de domingo.
Segundo relatos
de moradores, Marcelo foi visto saindo do córrego ensanguentado e desnorteado,
dizendo ter batido com a cabeça. Ele foi arremessado e caiu de cerca de três
metros, ainda segundo as testemunhas policiais, que pediram que ele fosse
socorrido por um morador.
Segundo o
registro policial, o jovem conduzia uma moto sem placa, e foi perseguido por
cerca de dois quilômetros, após ser abordado em Osasco, na Grande São Paulo.
Mas a ocorrência omitiu que ele foi jogado da ponte após ser interceptado.
Então é algo que precisa ser melhor esclarecido, inclusive pelo secretário da
segurança.
Repito o que
disse ontem. É fundamental que o Ministério Público de São Paulo exija, como
responsável constitucional pelo controle externo das polícias, que o Governo do
Estado ponha fim a essa política de morte.
E que o Poder
Judiciário puna exemplarmente os crimes daqueles que deveriam proteger a vida
da nossa população. Não há segurança pública sem respeito à vida. E não há
justiça enquanto houver impunidade. E nenhuma vida a mais pode ser perdida.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL -
Muito obrigada, deputado Eduardo Suplicy. Antes de seguir a lista de oradores
inscritos, eu quero anunciar a presença dos estudantes do Centro Universitário
Padre Albino, da cidade de Catanduva. Sejam bem-vindos e bem-vindas.
(Manifestação nas galerias.)
Próximo orador inscrito, deputado Dr.
Elton. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Felipe
Franco. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi.
(Pausa.) Deputada Letícia Aguiar. (Pausa.)
Deputada Ana Perugini. (Pausa.)
Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Deputado
Mauro Bragato. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Agente
Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Marcio
Nakashima. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Simão Pedro.
(Pausa.) Deputada Beth Sahão.
Tem V. Exa. o tempo regimental.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, deputadas e deputados desta Casa,
funcionários. Pessoal da minha cidade, do Centro de Educação Superior Padre
Albino, quero saudá-los a todas e todos. Sejam muito bem-vindos à Assembleia
Legislativa.
Eu que tenho,
através do meu mandato, uma relação muito estreita com a Fundação Padre Albino,
destinando sempre muitos recursos, sempre com uma presença muito intensa. É uma
fundação que cumpre um papel importantíssimo. Primeiramente, na área da saúde,
através dos seus dois hospitais. Em seguida, na educação, com uma faculdade de
Medicina já bastante tradicional na cidade, e outros cursos igualmente
importantes. Então, sejam bem-vindos.
Eu queria
dizer, hoje... Eu tenho me perguntado, já há dias, desde quando vem acontecendo
essa intensificação da violência policial aqui no estado de São Paulo. O que
está acontecendo com a Polícia Militar? O que está acontecendo, que a coisa
desandou ainda mais?
Parece que eles
estão desenvolvendo as suas atividades com independência, com autonomia, sem
dar satisfação para ninguém. E matando pessoas suspeitas que, às vezes estão um
pouco mais exageradas nos seus comportamentos. Como foi o caso do estudante de
Medicina, que estava exaltado e acabou sendo morto covardemente.
E ontem, o
ápice disso tudo, o ápice de toda essa violência que a gente vem acompanhando,
vem denunciando, vem fazendo audiências, vem pedindo a presença, convocando o
secretário de Segurança Pública para esta Assembleia, Guilherme Derrite. Ele já
demonstrou que não tem capacidade para poder gerir a segurança do estado de São
Paulo.
Segurança não
se faz com assassinatos. Segurança não se faz com violência. Segurança não se
faz dessa forma. A Secretaria de Segurança tem que trabalhar para proteger os
cidadãos. É isso que ela tem que fazer. No caso de pessoas suspeitas, de
pessoas que estão cometendo ilícitos, ela tem que prendê-los e investigá-los.
Polícia Civil está aí para isso, o Ministério Público está aí para isso e a
Justiça está aí para isso.
Não dá para
tratar como nós vimos ontem, que provocou uma indignação em toda a sociedade
brasileira, não foi só aqui no estado de São Paulo. Um policial que já é
acusado pela morte de um motoqueiro, suspeito de roubar uma moto em Diadema,
esse policial matou esse suspeito com 12 tiros. Com 12 tiros, Sra. Presidenta. E aí ele pega essa
pessoa, joga pela ponte, como se fosse um saco de batata.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Danilo Campetti.
* * *
O que é isso?
Como é que a gente pode permitir? Qual é a racionalidade e a civilidade que nós
estamos vivendo neste momento? É a barbárie? É isso que nós queremos para o
nosso estado? É uma polícia que sai matando sem qualquer critério, desta forma,
com violência? A polícia não foi feita para matar, a polícia é feita - mais uma
vez eu insisto - para dar segurança para a população, e não é isso que vemos.
Eu queria
também passar um vídeo - não sei se está no ponto, por favor - de uma
entrevista do governador ontem, do governador Tarcísio, após o anúncio dessa
atrocidade que foi cometida por este policial, e o governador estava dando uma
entrevista a uma rádio aqui na cidade, e olha a sua postura.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
O governador
devia pedir desculpas por essa sua atitude. O mínimo que ele tinha que fazer é
ser solidário às pessoas que estão sofrendo a violência policial, às famílias
das pessoas que foram assassinadas.
Ao garoto que
sumiu, que ninguém viu, o pai dele deu uma entrevista posteriormente na “UOL”,
e quero aqui fazer um contraponto com o deputado Telhada, dizer que a imprensa
não tem lado, a imprensa retrata a realidade, e a realidade está sendo muito
perversa. A realidade da Segurança Pública do estado de São Paulo está sendo pautada
pela crueldade de uma parcela dos seus policiais, e é isso que nós vamos tentar
impedir.
Por isso mesmo
a bancada do PSOL tem o nosso aval, e está rodando aqui na Assembleia um pedido
de CPI. E o secretário de Segurança Pública deveria ter o mínimo de decência e
sabe fazer o quê? Pedir demissão, que é o mínimo que se espera dele, pelas
atitudes que ele vem tomando. Ele não tem competência nenhuma para gerir uma
secretaria desta importância.
Agora vai vir
uma série de deputados que estão afinados com esse tipo de ação e certamente
vão me contestar, mas é importante aqui a nossa posição, posição que não é só a
minha, que eu tenho certeza de que é do meu querido companheiro de bancada,
deputado Eduardo Suplicy, um dos deputados mais respeitados pela luta contra a
violência policial e pela luta pelos direitos da pessoa humana.
Portanto, é
preciso trazer aqui a esta Casa... desnudar estas atitudes. Não vai passar
pano, porque as pessoas têm que ser punidas. E não basta afastar os policiais
que fizeram essas atitudes, porque o secretário de Segurança afasta, dali a um
mês eles estão nas ruas novamente; dali a um mês eles estão fazendo a mesma
coisa, se não pior, como fez esse soldado que estava na rua e que jogou um ser
humano como se fosse um saco de batata.
Isso é
inadmissível, isso é uma vergonha para a corporação aqui em São Paulo, que tem
gente muito boa, mas que acaba sendo afetada por esse tipo de atitude. E tão
boas são as pessoas que eu queria sempre fazer uma referência a esses policiais
que ficam aqui na Assembleia Legislativa, que demonstram que é possível ter
gentileza, que demonstram que é possível ter carinho, que é possível serem
educados, que é possível fazer um tratamento cordial, porque é assim que eles
se comportam aqui na Assembleia, e eu fico muito feliz por isso.
Mas não é esse
comportamento, infelizmente, que a gente encontra nas ruas, principalmente da
cidade de São Paulo, e isso precisa mudar. Houve um aumento de mais de 70% da
violência policial de 2023 para 2024. Não sou eu que falo isso, é o Atlas
da Violência. Esses números são incontestáveis, e é isso que nós
precisamos lutar para diminuir.
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para concluir, deputada.
A SRA. BETH SAHÃO - PT - Muito obrigada, Sr. Presidente.
Para diminuir,
não, para eliminar.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Agradeço.
E agora, convido...
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Pela ordem, Sr. Presidente, só para informar que estou de acordo em fazer o
requerimento de informações ao secretário Guilherme Derrite junto com a
deputada Beth Sahão.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Eu
recebo o vosso pedido, esta Presidência recebe o vosso pedido, deputado Eduardo
Suplicy. Convido o deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Convido a deputada Paula
da Bancada Feminista. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo
regimental.
A SRA. PAULA DA
BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada,
Sr. Presidente. Boa tarde aos deputados e deputadas presentes, às
pessoas que nos acompanham na galeria - sejam muito bem-vindos e
bem-vindas -, aos funcionários e funcionárias desta Casa e quem nos
acompanha pela Rede Alesp.
Sr. Presidente,
eu venho fazer coro aqui às pessoas que também acordaram estarrecidas ontem
com o vídeo de um policial jogando um cidadão paulistano de cima de um
viaduto.
Ninguém sabe
muito bem onde está essa pessoa, mas a gente viu, assistiu o depoimento
do pai dele ontem, no Jornal Nacional, falando sobre o seu filho,
relatando fatos que me emocionaram muito e também a polícia já encontrou
uma testemunha presencial do fato.
O secretário de
Segurança Pública, quando foi convidado a se manifestar, ele nunca
se manifesta sobre casos de violência policial, mas ontem ele se
manifestou, acho que a batata dele está assando. E quando se
manifestou, ele falou que isso foi uma ação isolada. Então eu queria, Machado,
por favor, que colocasse a primeira imagem para mostrar aqui a ação
isolada número dois.
A ação isolada
nº 2: “PM executa pelas costas jovem negro em frente a mercado em São
Paulo. Gabriel Renan foi morto no estacionamento no Oxxo”. Tem
imagens, vídeos, já foram também veiculados na imprensa.
Por favor, ação
isolada nº 3, Machado. Ação isolada nº 3: “Caso Ryan, tiro que matou um
menino de 4 anos, partiu da PM, segundo laudo. Baixada Santista, dia 5,
menino assassinado de 4 anos, assassinado numa operação policial”.
Caso isolado nº
4, por favor, Machado: “PM mata estudante de medicina com tiro à queima roupa
dentro de hotel na zona sul. Boletim de ocorrência, policiais alegam que
ele teria resistido a uma abordagem da Vila Mariana. Os policiais
usavam câmera corporal, mas também as câmeras de segurança do
próprio hotel demonstraram toda a ação”. Muito obrigada, Machado. E
mostraram que esse jovem foi assassinado à queima roupa, Marco Aurélio, de 22
anos.
Bom, só aqui em
um mês eu mostrei para vocês quatro ações isoladas da Polícia Militar. Quatro
execuções da Polícia Militar. Isso sem falar as que não foram
filmadas. Isso sem falar as que não foram veiculadas pela imprensa.
Isso sem falar
as que, por conta do enfraquecimento da política de câmeras nas fardas dos
policiais, não foram filmadas por um cidadão, por uma cidadã corajosa,
corajoso, como foi o caso do homem que foi jogado de uma ponte, de uma
ponte, numa abordagem policial, completamente rendido.
Ação
isolada, Sr. Secretário, tenha hombridade. Quando foi questionado por mim
na Comissão de Segurança Pública sobre o assassinato do menino Ryan, o
senhor disse que o que eu fazia era vitimismo barato, vitimismo barato. No dia
seguinte, enquanto nós estávamos no velório do menino Ryan, o senhor estava em
uma festa em Maresias com um show do Latino, horas depois de um homem ter sido
executado no aeroporto de Guarulhos.
O senhor não se
importa com a vida de ninguém. Tenha hombridade, secretário. O senhor não
está à altura da cadeira de secretário de Segurança Pública do Estado de
São Paulo. E é por isso que ou o senhor pede para sair ou nós seguiremos
lutando, pressionando o governador do estado de São Paulo, para que te
demita imediatamente.
O deputado
Paulo Fiorilo ontem veio aqui, eu agradeço muito a defesa, disse que
foi um absurdo, como ele sempre tem dito e outros parlamentares também, o
que o secretário fez comigo aqui na Comissão de Segurança Pública, quando
disse que eu fazia vitimismo barato em cima da morte do menino
Ryan. Secretaria essa... Governo do Estado esse que nunca procuraram a
família do menino Ryan para prestar qualquer tipo de solidariedade.
Mas nós
estávamos lá no velório, nós estávamos conversando com os familiares, a
secretaria e o Governo do Estado nunca. Bem, vejam só, o secretário
insiste em se comportar como um parlamentar, um parlamentar, na verdade,
de quinta categoria, porque nenhum parlamentar desta Casa faz o que o
secretário faz.
E vem aqui e,
ao invés de se comportar como alguém, como parte do Executivo do estado de São
Paulo, o que o secretário faz é dizer que esta deputada faz vitimismo barato na
Casa Legislativa em que eu atuo. Depois disso, do caso do menino Ryan, várias
outras ações isoladas aconteceram. É por isso que não dá mais.
O que a gente
precisa fazer aqui é dizer, em alto e bom som, que é “Fora, Derrite”. Peça para
sair, Derrite. Tarcísio, demita imediatamente esse secretário descontrolado,
desequilibrado e que não está à altura do cargo da Secretaria de Segurança
Pública do Estado de São Paulo.
Para finalizar,
eu quero dizer que eu apresentei ontem aqui, na Alesp, um pedido de CPI de
Apuração do Aumento da Violência Policial no estado de São Paulo. Alguns
parlamentares vêm aqui dizer: “Olha, a gente não pode usar esse caso para
balizar o que é a atuação da Polícia Militar do Estado de São Paulo”. Pode ser
verdade.
Mas a verdade
que a gente tem é que só neste ano o aumento da violência policial foi cerca de
90%, 90% sob o comando do Derrite, é o que mostram os dados. Não é um caso
isolado, são muitos casos, uma sucessão de fatos que têm, no mínimo, a
conivência da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Se a Secretaria
não tem condições de conduzir essas investigações, se a Secretaria não tem
condições de levar a diminuição da violência policial e da letalidade no estado
de São Paulo, se a Secretaria tem um representante que vem aqui e diz que os
parlamentares que questionam a postura da Secretaria de Segurança Pública fazem
vitimismo barato, este Legislativo precisa assumir a responsabilidade de
investigar o que vem acontecendo aqui no estado de São Paulo, que não é uma
terra sem lei, que não pode ser uma terra sem lei.
E, por isso, se
os deputados, mesmo os alinhados com a base do governo, acham que esse caso não
representa o que é a totalidade da atuação da Polícia Militar no Estado de São
Paulo, eu peço, portanto, a assinatura nessa CPI, assim como no projeto de
resolução que passa essa CPI na frente das demais, para que nós possamos ver
instalada aqui na Casa uma investigação séria e rigorosa sobre o que vem
acontecendo aqui no estado.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Concluída a relação de oradores do Pequeno Expediente, esta Presidência encerra
o Pequeno Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Imediatamente abre o Grande Expediente, agradecendo aqui aos alunos do Centro
Universitário Padre Albino, que é da nossa região de Rio Preto, lá de
Catanduva, nossa região noroeste, e eu passo a convidar os deputados agora ao
Grande Expediente.
Convido para fazer uso da palavra o
deputado Barros Munhoz. (Pausa.) Convido o deputado Capitão Telhada por cessão
de tempo do delegado Olim. Vossa Excelência, tem a palavra pelo tempo
regimental de dez minutos.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
Senhoras e senhores, retornamos a esta tribuna, no Grande Expediente, para dar
continuidade nas nossas colocações. E hoje eu fui obrigado a ouvir aqui uma
deputada do PT dizendo que a mídia não é parcial. Ela disse assim: “Deputado
Telhada, a mídia não é parcial”. Pessoal, eu estou falando com São Paulo, estou
falando com o Brasil aqui.
Eu quero
perguntar para qualquer um que nos acompanha na galeria, para qualquer um que
nos acompanha aí na sua casa, no seu celular, no seu computador, na televisão.
A mídia brasileira é parcial ou não? Responda-me. Me diga, o que você acha? Ela
noticia da mesma maneira casos, por exemplo, envolvendo o presidente Bolsonaro
e casos envolvendo o presidente Lula? Pergunto para vocês.
Ela noticia da
mesma maneira casos envolvendo policiais militares e casos envolvendo
professores? Noticia da mesma maneira? Eu tenho certeza que não, e eu sei que
você sabe que não. Há cinco dias atrás, aqui na zona sul de São Paulo, nós
tivemos um caso de um professor preso pela polícia militar porque abusava de
uma menina de 11 anos dentro da escola; quinta série, o professor abusava da
menina de 11 anos.
E aí eu virei
aqui na tribuna, por acaso seria leviano de vir aqui e falar que os professores
do Brasil ou de São Paulo, de onde quer que seja, estão cometendo abusos e iria
condenar toda uma classe de professores?
Jamais eu faria
isso. Tem vários deputados aqui que são professores, da direita, da esquerda.
Vários. Eu viria aqui e condenaria a classe da enfermagem do Brasil, ou da
medicina, quando visse um caso de estupro de uma mulher ou de um homem em
situação de anestesia, que acaba sendo abusada por um maluco travestido de
enfermeiro ou de médico? Jamais faria isso.
Só que é muito
fácil fazer isso com a Polícia Militar, porque a Polícia Militar sempre foi
saco de pancada, porque é a primeira instituição que coloca sua cara à tapa,
que está nos quatro cantos do nosso estado.
É a primeira
instituição a estar no olho do furacão, a estar dentro do problema. É sempre a
Polícia Militar que é o primeiro contato, que sente o cheiro da pólvora, que
chega lá quando está rolando sangue, quando as emoções, os sentimentos estão à
flor da pele.
Aí a deputada
fala assim: “Os policiais aqui da Assembleia são todos educados”. São mesmo.
São mesmo. Os policiais militares que não estão aqui na Assembleia, que estão
nos batalhões ao nosso redor, também são educados. E tanto aqueles quanto
esses, se estiverem em uma situação de crise, irão agir de maneira enérgica, a
fazer cumprir a lei. Irão cumprir as suas obrigações, porque a gente é treinado
para isso.
Quando tem um
caso de “badernagem”, de tentativa de invasão aqui na Assembleia, os nossos
policiais são leões. Eles se transformam em verdadeiros baluartes da defesa da
democracia, da defesa da nossa Casa, da defesa, inclusive, do debate, para que
a gente consiga avançar. E não é porque é educado que não sabe agir de maneira
enérgica, dentro da lei, fazendo cumprir a sua função. E todos nós temos muito
orgulho de ser policiais civis, militares, penais. Todos nós.
A nossa
instituição - falando da Polícia Militar agora - é muito dura, sim, na depuração
interna. Todos sabem disso. A corregedoria é dura. Nós somos militares. Nós
temos poucos direitos e muitos deveres. Um militar tem muito dever.
A gente conhece
e sabe que até, infelizmente, a Polícia Militar de São Paulo demite inclusive
policiais que não deveriam ser demitidos. Há muitos casos de injustiças,
inclusive em demissões, em exonerações da Polícia Militar. Tem casos que
mereciam, mas tem casos que não.
Eu sou um
grande crítico disso. Eu sempre defendi muito a imagem do praça e do oficial em
relação a exonerações e aos procedimentos que temos, internos, demissórios. Eu
acho que existe até uma mão pesada demais, que causa injustiças. Porém, pelo
menos a gente não pode ser acusado de passar pano ou passar a mão na cabeça de
ninguém, porque isso não tem.
O grande
problema é que, nos últimos anos, nas últimas décadas, essa maldita narrativa
de achar que bandido é vítima, de criar o vitimismo social do bandido,
transformou os policiais, em especial os policiais militares, em verdadeiras
imagens demonizadas, quase subcidadãos, porque hoje o policial militar não tem
os mesmos direitos que uma pessoa comum.
Aqui está um
exemplo: quando o policial militar é suspeito do cometimento de um crime, a
própria esquerda é a primeira a pedir punição. Só falta querer crucificar em
praça pública, só falta querer incinerar o nosso homem, a nossa mulher, colocar
fogo. Sabe por quê? Porque eles acham que nós somos subcidadãos. Eles acham que
somos cidadãos de segunda categoria.
Daqui a pouco
vão fazer o quê? Nós não vamos ter direito de... Já não temos, né? Está
tramitando em Brasília a quarentena para os militares. Já não querem que a
gente concorra a cargos eletivos. Já querem nos tirar da disputa democrática
para deputado, para vereador, para prefeito, colocando uma quarentena de cinco
anos no novo Código Eleitoral.
Qual é o
próximo passo? A gente vai ser proibido de votar? É isso que estão querendo?
Estão querendo demonizar a figura do policial? A gente não vai deixar. Vamos
afirmar todos os dias aqui que somos homens e mulheres dignos do respeito de
cada um, inclusive.
Muitos aqui têm
que lavar a boca para falar da polícia. Têm que lavar a boca, têm que pedir
permissão para falar da minha Polícia Militar. É uma instituição de quase 200
anos. Hoje, a deputada falou aqui que amanhecemos o dia com a figura, com a
imagem. Eu amanheci o dia hoje vendo um policial militar no Rio de Janeiro
sendo morto com tiro de fuzil na cara, colocado dentro do porta-malas e
arremessado o veículo ladeira abaixo.
Quem viu isso
aqui? Vocês viram isso? Eu amanheci o dia com essa imagem. E aí? Isso não é
caso isolado. O policial militar ser morto na hora de folga, atacado, assassinado,
ele, sua família, isso não é caso isolado. Um caso de violência policial a ser
investigado é um caso isolado, sim.
É um caso
isolado, sim. Peguem as milhares de ligações, os milhares de atendimentos que
as polícias fazem no dia a dia. Coloca aí a estatística. Mostre-me o percentual
de falha e me mostre uma instituição que chega aos pés da Polícia Militar.
Mostre-me. Eu faço um desafio aqui agora. Qualquer instituição de qualquer
pasta me mostre qual tem mais índice de acerto que a polícia.
E olha que a gente
trabalha, eu repito, no nível altíssimo das emoções dos sentimentos. Quando o
bicho está pegando, quando todo mundo foge, quando todo mundo sai correndo, no
primeiro estampido o policial vai para cima e resolve a ocorrência. Nós estamos
no Brasil.
No Brasil, a
autoridade não tem mais respeito. Todo mundo acha que pode chegar na cara de um
policial e dar tapa na cara do policial. E não pode. Todo mundo acha que pode
chegar a uma abordagem policial acontecendo e se meter no meio da abordagem.
Acha que tem direito de ficar discutindo com o policial no momento da
abordagem. Isso é cada vez mais comum, e isso aí tem efeitos, produz efeitos.
A esquerda, que
defende a impunidade no Brasil, é a primeira a pedir a punição do policial. E
por que não pede a punição do estuprador, do bandido, do ladrão? Por que não
pede a punição também severa do corrupto? É muito fácil pedir a punição do
policial.
Tanto lutam a
favor da impunidade, tanto defendem saidinha de preso, tanto defendem audiência
de custódia, defendem progressão da pena, defendem visita íntima, defendem
auxílio reclusão, mas quando acontece um fato com polícia, são os primeiros a
pedir a punição dos policiais. Então são dois pesos, duas medidas?
Vocês não têm,
quem pede aí... A esquerda não tem moral nenhuma para pedir punição de polícia.
Não têm moral, porque vocês não são capazes, eticamente, de punir, ou de pedir
a punição, ou de julgar errado o fato de um estuprador, o fato de um ladrão
roubar e assassinar uma pessoa inocente por causa de um celular. Quer vir falar
da Polícia Militar? Lavem a boca para falar da Polícia Militar.
É caso isolado?
Sim. O que não é caso isolado é o genocídio, o policídio que acontece com os
nossos policiais todos os dias. Eu mostrei aqui já hoje um caso de atentado,
atentado, ataque contra dois policiais militares, em Araçoiaba da Serra. E isso
é incontestável, mas ninguém fala, porque é muito fácil bater na polícia, é
muito fácil bater na polícia.
Nós vamos
superar esse momento, não é o primeiro momento que a Polícia Militar passa por
alguma ocorrência espinhosa. Nós iremos superar, e eu tenho certeza que
continuará sendo uma instituição séria e admirada pela população de bem, pela
população ordeira e que quer ver o Brasil crescendo. E nós faremos essa defesa
todos os dias na Assembleia, aonde quer que o seja.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado Capitão Telhada.
Seguindo a lista de oradores, convido o
deputado Luiz Claudio Marcolino, em permuta com o deputado Simão Pedro.
Enquanto o deputado se dirige à
tribuna, quero cumprimentar o vereador Marquinhos Cardoso, que nos abrilhanta
aqui com a sua presença, vereador lá de São José do Rio Preto. Um abraço, viu,
Marquinhos?
Vossa Excelência tem a palavra,
deputado Luiz Claudio Marcolino, pelo tempo regimental de dez minutos.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado. Sr. Presidente,
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Assembleia Legislativa. Sr.
Presidente, eu me inscrevi para falar sobre um outro tema, vou falar um pouco
do que defende a esquerda em relação a esse debate da Segurança Pública no
estado de São Paulo.
A esquerda
defende, como sempre defendeu, no caso do estado de São Paulo, primeiro
precisamos ter o aumento da tropa da Polícia Militar e Civil no estado de São
Paulo. Todos sabem, não só nesse governo, mas no governo anterior, que hoje
faltam servidores públicos da Segurança Pública no estado de São Paulo, tanto a
militar, quanto a civil.
Segundo, é
necessário que a Polícia Militar do Estado de São Paulo receba um salário
melhor do que recebe por esse atual governo. Quando compara o salário do
policial militar aqui no estado de São Paulo com outros estados, inclusive com
recursos e com uma arrecadação menor do que o estado de São Paulo, o salário da
Segurança Pública nos demais estados do Brasil é maior do que o estado de São
Paulo.
O servidor da
ciência pública no estado de São Paulo... é necessário que tenha um plano de
carreira melhor estruturado. Que a gente percebe o tempo todo e vem sempre
conversando com servidores de alta patente da Polícia Militar, todos eles
sempre falam, questionam e comparam a carreira do servidor militar do estado de
São Paulo com a própria estrutura do Exército.
Então acho que
quando a gente conseguir aumentar o número de policiais militares e civis no
estado de São Paulo, melhorar o salário e estruturar a carreira, parte do
problema que nós vemos hoje, estamos vendo hoje no estado de São Paulo, vai
desaparecer. Mas, para isso, o governador do estado de São Paulo e o secretário
de Segurança Pública têm que entender que essa responsabilidade e esse papel é
dos dois, tanto do governador, como do secretário de Segurança Pública do
estado de São Paulo.
Então eu queria
trazer um pouco esses elementos, porque quando um policial militar tem que
fazer o seu trabalho cotidiano, que é uma jornada exaustiva, depois tem que
fazer um bico para complementar a renda, ou tem que fazer uma operação delegada
na sua hora de folga, qual é o momento que o policial militar tem para fazer o
seu descanso como um trabalhador? Não tem.
Então eu queria
trazer esses elementos, essa reflexão, também para esse debate em relação à
Segurança Pública, porque é isso que a esquerda defende: que tenhamos mais
servidores públicos, seja da Polícia Militar, seja da Polícia Civil, na
carreira. Acho que falta quase o dobro do que temos hoje de contingente.
É necessário
que tenhamos uma melhoria salarial. A gente percebe que só teve um reajuste
neste governo, e nos governos anteriores houve mais reajustes ao longo dos
anos. Não dá para deixar para ter reajuste só a partir de 2027. E tem que ter
uma carreira muito bem-estruturada.
De novo:
dialogando com policiais militares de alta patente, eles sempre colocam a
necessidade de estruturar a carreira da Polícia Militar, a carreira do
Exército. Inclusive, você tem um encarreiramento muito mais rápido do que tem
hoje o policial militar.
Com isso, com
certeza, nós vamos perceber que um trabalhador com tempo menor de jornada e com
salário maior com certeza não vai precisar trabalhar em dois ou três empregos e
não vai acontecer o que acontece no estado de São Paulo - e vem acontecendo
nesses últimos meses.
Então é isso,
nobre deputado Capitão Telhada, que a esquerda defende. Então, acho que é
importante que a gente faça uma reflexão de alto nível, que eu venho do
movimento sindical da Central Única dos Trabalhadores, defendo, e sempre
defendi, os trabalhadores e as trabalhadoras, em qualquer categoria em que
esteja.
Mesmo quando a
gente fala em servidor público, nós temos os processos administrativos. E tem
erros em todos os setores da administração pública, tem um espaço em que você
pode fazer a denúncia, em que você pode ter uma investigação, vai ter apuração
e, no final, se não houve nenhum delito, a pessoa vai ser reconduzida ao seu
local de trabalho, seja qualquer servidor público hoje do estado de São Paulo.
Então, acho que
é importante a gente separar o que é que a esquerda defende, porque senão fica
aquele entendimento de que a esquerda não gosta da Polícia Militar; muito pelo
contrário, nós gostamos de todos os trabalhadores, de todos os servidores
públicos e de todas as pessoas que têm que tratar e fazer um bom serviço para a
população do estado de São Paulo.
Agora, queremos
o encarreiramento, queremos o aumento do efetivo, queremos uma melhoria dos
salários. Acho que isso é um entendimento que todos nós temos. Então, acho que
esse é o caminho da construção, senão a gente fica nos ataques mútuos aqui
entre a gente e não vamos resolver o problema da Segurança Pública. E, para
resolver, nós temos que resolver o problema também dos servidores.
Mas eu vim
aqui, Sr. Presidente, falar de um projeto de lei cuja urgência ontem aprovamos,
e deve ser discutido hoje no Congresso de Comissões e, depois, no plenário, no
dia de hoje, porque nós apresentamos um projeto desde o ano passado, que é uma
lei para garantir aos trabalhadores que são terceirizados dentro do serviço
público do estado de São Paulo que não tenham prejuízo no momento de uma
eventual quebra da empresa.
Nós sabemos que
hoje nós temos a Lei das Licitações, em que as empresas, as autarquias
estaduais precisam, no momento da necessidade de contratar um servidor, fazer o
chamamento público, têm que fazer a licitação, e, muitas vezes, a empresa vai
lá e coloca o preço mais baixo, mas ela não tem condição depois de executar o
serviço durante os próximos meses ou nos próximos anos e acaba fechando as
portas.
E o trabalhador
ou a trabalhadora que fez o seu trabalho, que desenvolveu o seu serviço, a sua
jornada, a empresa quebra, desaparece e o trabalhador deixa de receber o seu
fundo de garantia, as suas verbas trabalhistas, a sua rescisória.
Então nós
colocamos e apresentamos um projeto de lei para garantir que esses
trabalhadores que trabalham para as empresas públicas no estado de São Paulo,
nas secretarias, nas autarquias, nas fundações, se porventura uma empresa que
presta serviço público no estado de São Paulo, se porventura essa empresa venha
a quebrar, ela tem que garantir o pagamento para o seu trabalhador e para a sua
trabalhadora.
E como vai ser
feito isso? Toda empresa que presta serviço, que participa da licitação, tem o
pagamento mensal do seu trabalhador e recebe o valor do contrato mensalmente,
do Poder Público estadual.
Então parte
desse contrato, e é uma obrigação, isso é feito no setor privado, quando você
sabe que você tem um direito a ser garantido ao trabalhador e à trabalhadora,
você vai fazendo uma contingência e vai guardando um percentual desse recurso.
E a proposta é
que, justamente, o trabalhador e a trabalhadora, ao trabalhar para o serviço
público do estado de São Paulo de forma terceirizada, possa, ao longo do
período em que trabalha, ter um fundo em que o empresário, dono da empresa que
ganhou a licitação, que ganhou o chamamento público, vai guardando aquele valor
em uma conta específica, e, no momento em que, porventura, a empresa venha a
quebrar, o dinheiro da rescisão do trabalhador está ali garantido.
Então
apresentamos esse projeto, foi aprovado em todas as comissões. Hoje ele vai
passar no congresso de comissões, pode ser que ele venha e possa ser discutido
aqui, na Ordem do Dia ou na sessão extraordinária.
Peço aqui o
apoio de todos os deputados e de todas as deputadas, porque é um projeto
importante, para garantir que o trabalhador não seja prejudicado em uma
eventual quebra de uma empresa que presta serviço para o estado de São Paulo.
Eu queria, Sr.
Presidente, trazer um pouco esse debate, que é um projeto importante para o
estado de São Paulo, é um projeto importante para o trabalhador, é um projeto
que garante, inclusive, que o serviço público não tenha que ficar refazendo
licitação atrás de licitação quando a empresa quebra.
Muitas vezes
essa empresa quebra, muda de nome, contrata os mesmos trabalhadores e aquele
direito que ele tinha anteriormente acaba perdendo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Luiz Claudio Marcolino. Seguindo a lista de oradores,
convido para fazer uso da palavra o deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem a
palavra pelo tempo regimental de dez minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, nobre deputado Danilo Campetti.
Cumprimentar os deputados presentes aqui no Grande Expediente, cumprimentar os
assessores, os policiais militares e civis, o público aqui na galeria e quem
nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
subo nesta tribuna hoje para avisar a Casa, mais uma vez, que a partir de amanhã
me ausento dos trabalhos. Alguns deputados vão comigo para Taiwan. Vamos lá
visitar esse belo país da Ásia, eu, deputado André Bueno, deputado Tenente
Coimbra e deputado Vitão do Cachorrão, e voltaremos, retornaremos na próxima
semana.
Subi também, presidente,
para alertar os nobres deputados que, neste mandato, Capitão Telhada, não
aprovei nenhum projeto. Espero que este ano, finalmente, final do segundo ano
de mandato, este deputado possa ter algum projeto aprovado.
Não sou um
deputado que me escondo atrás de um gabinete, sou um deputado que procura
trabalhar aqui no plenário, nas comissões, fazer propostas legislativas. Alguns
projetos que aprovei aqui, deputado Conte Lopes, foram vetados pelo governador.
Não tem problema.
Agora, não
podemos deixar de discutir esses projetos, e trazer aqui no plenário, sendo
aprovado ou não. Agora, o que eu não posso aceitar, é que nenhum projeto deste
deputado seja avaliado neste plenário, enquanto outros deputados têm um, dois,
três projetos aprovados. Então já digo que, comigo, não foi feito nenhum
acordo. Espero que os meus projetos possam ser deliberados neste plenário,
nesta semana ou na semana seguinte.
E, para também
entrar nessa discussão, da questão da Segurança Pública. É impressionante como
a bancada aliada, pelo menos ideologicamente, ao Primeiro Comando da Capital,
faz a festa.
Todos ligados à
segurança Pública. Capitão Telhada; Conte Lopes, nosso decano aqui, nosso
sempre comandante; deputado Danilo Campetti, policial federal, é impressionante
como bandidos periculosos são aplaudidos. Inclusive nesta tribuna.
Alguns, com
vasta condenação, são soltos e louvados aqui desta tribuna. E são chamados de,
sei lá, inocentes, descondensados, seja lá o que for. Você vê um criminoso
trabalhando, como eles podem se referir, e são suspeitos. “Ah, o menininho ali
é suspeito. Coitadinho dele. Tadinho dele.”. Agora, quando é para atacar um
policial militar, civil, federal... Rapaz, esta tribuna é uma rotatividade
enorme.
A tropa de
choque antipolícia sobe aqui, e fazem discursos emocionantes. “Olha, nossa,
tadinho, coitado.” Coitado do pobre do policial, que está ali na linha de
frente, defendendo a sociedade. Capitão Telhada disse bem aqui.
Nossa, como
eles dizem, sempre se referem à “vítima”, entre aspas, que eles defendem: “Era
um negro, era um preto.” Só que o policial também é negro, é preto, seja lá
como eles querem definir. Porque eles nos confundem tanto, que a nomenclatura
fica até difícil de falar aqui.
Eu não quero
ser acusado de racismo hoje. Eles esquecem que os policiais militares e civis
são servidores públicos também. Nessa hora, não tem a defesa do funcionalismo
público. Nós não queremos louvar o erro. Nós não! Nós não defendemos
criminosos. Tem aqueles que defendem a ressocialização. E talvez eles acham que
algum policial pode ser criminoso. Ora, por que não defendem o policial também?
Defendem tanto bandido aqui.
Então,
dependendo de onde vem essa crítica, essa crítica pode se tornar elogio. Porque
você já sabe quem defende quem aqui. É impressionante como eles pegaram o nosso
secretário, Guilherme Derrite, para fazer oposição ao governador Tarcísio. Só
que essa esquerda arcaica que nós temos aqui, a vanguarda do atraso, no estado
de São Paulo e no Brasil, ou não sabem, ou desconhecem, ou fazem de propósito
aqui.
Eles precisam
nos avisar. Como eles são desconectados da sociedade, o que eles estão fazendo
nesse momento, é serem cabos eleitorais do deputado federal Guilherme Derrite.
Ou eles querem eleger o capitão Derrite, deputado federal Derrite, ao senado,
ao governo, ou, não sei, à Presidência da República. Não é possível.
Porque o
sentimento popular é de indignação. O sentimento popular, as famílias, a dona
Maria, o seu Jair, que está em casa, defende e prestigia a nossa polícia. Veja
aí, Capitão Telhada, o evento que V. Exa. fez aqui, homenageando os políticos
eleitos neste ano, que vieram da força de Segurança. E cada nova eleição é um
recorde de policiais eleitos.
A população dá
um recado. A população vai à urna e reconhece o trabalho destes profissionais
de Segurança Pública.
Então talvez,
não sei, a esquerda queira fazer essa politicagem aqui, mas com o intuito de
promover policiais como o nosso secretário de Segurança Pública, Guilherme
Derrite. E digo a vocês, vão se dar mal, porque o que vocês conseguem neste
momento é aumentar a popularidade do secretário, a popularidade do governador
e, obviamente, deixar claro, claro, o ódio que vocês têm da Polícia Militar, o
ódio.
E não adianta
dizer que dá bom dia para soldado, para cabo, para sargento, para coronel aqui,
não. Não adianta, vocês odeiam o policial, os policiais. Se dependesse de
vocês, a Polícia Militar nem existiria, mas, apesar de vocês, além de vocês,
esses profissionais de Segurança Pública continuam na linha de frente
defendendo a sociedade.
Vim hoje,
deputado Conte Lopes, do 16º Batalhão, aniversário dessa unidade, uma unidade
de destaque, uma unidade de policiais. O Capitão Telhada conhece o 16º
Batalhão. Unidade de policiais vocacionados, que não têm medo de enfrentar o
perigo das ruas, que não têm medo de enfrentar um partido que, publicamente, é
um partido criminoso e também não têm medo de enfrentar o partido político que
defende esse outro partido criminoso.
Apesar de
vocês, esses policiais, hoje, estão nas ruas da Capital paulista, em todos os
cantos do estado de São Paulo, defendendo a nossa sociedade, defendendo as
vítimas da sociedade que vocês esquecem. Queria relembrar aqui um caso,
rapidamente, enquanto encerro o meu tempo, deputado Danilo Campetti.
Soldado Reis,
1º Batalhão de Choque, assassinado por um marginal, por um vagabundo. Cadê o
Condepe? Faço parte do Condepe. Cadê os meus colegas para verificar lá a
família do Reis? A mãe do Reis?
Cadê aqui a
vanguarda do atraso para verificar em que condições os familiares do Reis vivem
hoje? Eles não pensam, não ligam. Para eles, dane-se essa família. O que
importa aqui é fazer a politicagem barata que sempre fazem quando querem
humilhar uma instituição bicentenária. Não vão conseguir.
Então deixo
aqui nesta tribuna registrado, deputado Danilo Campetti, capitão Conte Lopes,
Capitão Telhada, o meu apoio ao secretário de Segurança Pública, Guilherme
Derrite, ao nosso governador, Tarcísio Gomes de Freitas, e a todo policial
militar que está, neste momento, nas ruas do estado de São Paulo, combatendo o
crime. Seja ele o crime ali no semáforo, esses bandidos que roubam bancos, ou o
crime de colarinho branco, aqueles que protegem os seus companheiros, os seus
camaradas, seja nas ruas ou aqui neste Parlamento.
Parabéns,
Polícia Militar do Estado de São Paulo. Parabéns, soldado. Parabéns, você que
jurou dar a sua vida, se preciso for, pelo povo do nosso querido e amado estado
de São Paulo.
Muito obrigado.
Presente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Gil Diniz. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado
Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Leonardo
Siqueira. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.)
Deputado Donato. (Pausa.) Deputado
Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. Deputada Monica Seixas do
Movimento Pretas, em cessão do deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem a
palavra pelo tempo regimental de dez minutos.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Eu acho que tem algo muito errado
quando alguém que deveria produzir leis, zelar pelas leis, cuidar da ordem,
sobe à tribuna para defender um estado de barbárie.
O que a gente
está assistindo no estado de São Paulo, e não é de hoje, é um estado de
barbárie, um estado que tem tudo, menos a vida, como objetivo, de todo mundo,
das mulheres gestantes que estão tendo maternidades fechadas, mais de 7
mil leitos na saúde, do jovem preto periférico que está ficando sem escola
porque o governo não para de atacar a educação pública.
Do jovem que
quer ter um futuro, mas não vai ter mais a educação de jovens e adultos
porque o governo está fechando o EJA, do trabalhador da Segurança Pública,
que não pode ser confundido com uma instituição arcaica necessária,
necessitando de reforma, que é um trabalhador e que morre pela
violência, mas também por suicídio, bate o recorde de suicídios de
policiais no Brasil e no estado de São Paulo.
Há algo de
muito errado quando a gente assiste uma criança de quatro anos ser baleada na
porta de casa e a defesa ser que talvez, quem sabe, a sua família seja
envolvida com o crime e por isso a criança mereça a morte. Há algo de
muito errado quando a gente assiste um policial aposentado atirar 11 vezes
contra crianças porque elas gritaram por causa da seta do carro.
O que a gente
está assistindo aqui é um estado que não para de brincar com a dor das
pessoas. As pessoas que legitimamente, legitimamente estão sofrendo no estado
de São Paulo, e eu vou destacar aqui, mulheres vítimas de violência que
não encontram no estado de São Paulo uma delegacia da mulher aberta 24
horas, que não encontra punição aos seus agressores.
As pessoas que
têm o seu celular roubado, parcelado em um ano para conseguir pagar e os
trabalhadores da Segurança Pública que estão trabalhando em viaturas que
não protegem nem da chuva, quanto mais de bala, que trabalham nessa
pressão de que tem que matar. Como se não existisse no Estado
brasileiro uma lei que garanta a prisão, a apuração, a defesa de qualquer
que sejam as pessoas.
Quando a gente
tem um Governo do Estado que defende a execução de pessoas, a gente
chegou num estado de barbárie. A gente chegou num estado em que a vida não
é direito inviolável para nenhuma pessoa, para nenhuma pessoa, nem quem
porta a arma, nem para quem está do outro lado da mira.
A gente está
assistindo estudantes de medicina e a branquitude serem atingidas como
alvo, mas a gente está assistindo também a prisão de trabalhadores da
segurança do governo estadual que tem envolvimento com o famigerado crime,
partido não sei das quantas. As instituições, todas, todas, corrompidas,
todas, precisando do olhar. Eu, aqui, sempre digo, sempre digo quem
policia a polícia? Quem fiscaliza o trabalho desses sujeitos?
Quem olha para
esses sujeitos como sujeitos que estão submetidos à lei e que podem
morrer, porque apesar do estado colocá-los todos os dias para matar e para
morrer, não são super-heróis, também morrem com a bala, também morrem de
fome, também têm seus filhos na mesma escola pública, também estão
sujeitos ao mesmo estado de barbárie que não vão encontrar atendimento na
saúde para os seus familiares.
A Polícia
Militar não é a única polícia no Brasil, é preciso dizer isso, porque
senão acaba confundindo que criticar uma instituição que precisa de
reformas assim como outras tantas no Brasil é criticar o modelo de Segurança
Pública ou a extinção da polícia. Eu defendo, não de hoje, há muito tempo,
a reforma da Polícia Militar.
A reforma de
uma polícia que tem entre os seus comandantes pessoas que nunca
pisaram numa favela e periferia ou numa cena de conflito, que nunca
entraram numa viatura, esses que ficam aí pregando a barbárie não sabem
qual é o dia a dia da população e por isso colocam a vida que não é deles
para matar e para morrer todos os dias nas ruas.
A Polícia
Militar, que sob o governo do Tarcísio/Derrite bate 70% a mais de letalidade,
está matando um adolescente e uma criança a cada nove dias. Se você vai
conversar com a tropa, todo mundo adoecido, com medo de morrer, sofrendo de
ansiedade, com graves crises, com problemas financeiros, de um governo que paga
mal.
E aí não é à
toa que o crime coabita, porque tem o poder de tirar a vida de alguém carregado
na cintura, mas não tem a valorização que vociferam por aqui, mas na conta corrente
nunca chega essa valorização. Valorizo você, mas o seu salário é miserável, e
não vamos discutir aqui.
O que a gente
está assistindo é a barbárie, a destruição da Polícia Civil, a rivalização
entre as polícias, delegacias que caem o teto, sem a mínima condição de
trabalhar, falta tinta para imprimir boletim de ocorrência.
E aí o projeto,
o projeto deles, que gostam de assistir a essa barbárie... mas, como eu disse,
não é com a vida deles, porque não saem do ar-condicionado, não estão lá na
linha de frente. O projeto é dizer que tem que matar mesmo, porque a justiça
não funciona, não opera, porque o delegado solta e aí não dá condições para
trabalhar.
É uma vergonha
para o estado de São Paulo ter um secretário que diz que policial que não tem
no mínimo três homicídios nas costas não deveria ser policial. É uma vergonha
um estado que pune menos de 1% dos policiais que se envolvem com homicídio, com
tráfico, com crime organizado. É uma vergonha a gente assistir uma pessoa ser
atirada de uma ponte e dizer que a gente não pode questionar esse método.
É a barbárie. A
vida não é um direito para esses senhores. A vida não é um direito para esses
senhores. Quero ver prestar um concurso concorrido, ir lá fazer um juramento
que vai dar a sua vida pela população etc. e trabalhar nesse grau de pressão,
desassistência, desalento. E a única resposta que eles sabem dar é: “matem,
matem, matem, matem, matem, matem”.
A cada discurso
aqui, jorra sangue. A cada discurso aqui, parece que a vida vale menos. O
governador Tarcísio e o Derrite brincam com o sentimento da população que
legitimamente quer segurança. Mas os números, o governador hoje disse: “olhem
os números”. De estupro a furto, tudo subiu no estado de São Paulo, todos os
números, inclusive o suicídio de policiais e as mortes causadas por policiais
em serviço e de folga.
É para olhar os
números, os números berram. Eu não vou chamar de incompetência, porque eu tenho
certeza que é um projeto. Quando dizem: “é brincadeira”. É desequilíbrio
emocional; jogar uma pessoa de um viaduto é a autorização para barbárie.
É essa fala que
destrói as instituições. É essa fala que combate a polícia, porque, no limite,
está desacreditando a Polícia Civil, uma outra polícia do estado de São Paulo,
porque está dizendo que, se levar para delegacia, não vai acontecer nada. Está
chamando os delegados e as delegadas, que ontem foi dia deles, de
incompetentes?
Qual
instituição nós vamos destruir? A destruição da Constituição Brasileira, que
prevê o direito à ampla defesa e a vida como direito inviolável? O que a gente
está assistindo aqui é um massacre, uma execução daqueles iludidos.
E eu vou falar
uma coisa, a maior parte dos policiais de baixa patente, eu vivo repetindo
isso, a maior parte dos policiais de baixa patente são negros. Jovens que
saíram de periferias violentas, que sonharam em mudar a sua realidade, que
prestaram um concurso e que viram brincadeira na mão desses governantes,
jogados às ruas para matar e para morrer. Para matar e para morrer.
A Polícia
Militar é uma instituição falida, que humilha, que tem a violência como método
e que desrespeita as demais instituições. Por isso, a gente defende uma
reforma, mas, para começar no estado de São Paulo a estabilizar e ter a vida
como direito, a gente precisa começar pela cassação do secretário de Segurança
Pública, que é o grande mentor de uma polícia que age como milícia, matando
pessoas na frente das câmeras.
Por isso, nós
vamos batalhar nos próximos dias. Estou indo à Corte Interamericana de Direitos
Humanos, estou protocolando o impeachment do Derrite aqui, a gente está
oficiando o Ministério Público, que está na hora de agir.
Se tem alguém
aqui que viola e desrespeita as instituições, essa pessoa se chama Guilherme
Derrite. Guilherme Derrite. A vida de ninguém está a salvo quando existe uma
autorização ilimitada para matar.
Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Conte Lopes, em permuta com o
deputado Sebastião Santos, para fazer uso da palavra.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Uma breve comunicação enquanto o orador se dirige à tribuna?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Uma breve comunicação, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente. A deputada Monica fala de vida, de
defesa da vida, e acho que é uma expoente aqui na defesa do aborto, por
exemplo, presidente. Então fica meio complicado relativizar a vida, porque a
vida de um ser humano em formação não vale absolutamente nada.
E a pressa da
condenação. Eles dizem que não, mas esses policiais não merecem, pelos
discursos que ouvimos aqui hoje, não merecem o devido processo legal. Já estão
condenados, julgados e condenados pelos deputados aqui, como eu disse, a
vanguarda do atraso que é a esquerda no estado de São Paulo.
O que conseguem
é justamente serem aqui cabos eleitorais do deputado federal Guilherme Derrite,
que hoje está secretário de Segurança Pública. A Monica faz questão de esquecer
que ele é deputado federal e que hoje está no cargo de secretário de Segurança
Pública, se dirigindo a ele como “o Derrite”. Não, o deputado federal e
secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite, que conheço, o conheci
quando era tenente na Rota, quando passou para o Corpo de Bombeiros, e fomos
eleitos aí em 2018.
Monica, está
claro aqui no plenário quem defende quem. Vossa Excelência diz sobre a reforma
na Polícia Militar. Vossa Excelência defende o fim da Polícia Militar. É isso
que a senhora defende, a desmilitarização. Provavelmente já esteve em marchas
gritando com esse coro. Nós aqui estamos defendendo a instituição Polícia
Militar do Estado de São Paulo.
Vossa
Excelência talvez não conheça o comandante geral da Polícia Militar, o coronel
Cássio, policial operacional. Conhece a rua. É casado com uma coronel de
Polícia Militar.
Falei hoje aqui
que acabei de vir do 16º Batalhão. O tenente-coronel Virgílio é o comandante lá
e, salvo engano, salvo esses olhos aqui, ele não é branco. Ele é um policial
negro e comanda centenas, talvez milhares de policiais brancos ou negros. A cor
não importa. Combatem o crime e fazem o que deve ser feito.
A Polícia
Militar, para encerrar, corta na carne. A deputada perguntou quem é a polícia
da polícia. Talvez ela não conheça a Corregedoria da Polícia Militar. Talvez
ela não conheça o Ministério Público.
Talvez ela
desconheça o poder que o povo de São Paulo deu a ela, à Assembleia Legislativa,
aos deputados, como fiscalizadores desses entes públicos do estado de São
Paulo. Então, fica aqui esse recado. Nós aqui defendemos, sim, a vida de
brancos e negros, de pobres e ricos.
Muito obrigado.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Pela ordem, presidente. Uma comunicação para responder à citação?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Para uma comunicação.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada.
Bom, Gil, eu defendo a reforma e a desmilitarização da polícia, uma polícia
integrada com inteligência, com perícia, com a Científica, com a Civil, com
porta de entrada única pela igualdade de condições de carreira para todos os
trabalhadores, bem remunerada, bem formada com Direitos Humanos, mas formada
nos demais direitos, assim como defendo o aborto legal e irrestrito contra os
ataques e demandas e desmandos daqueles que não conhecem a necessidade das
mulheres.
Vou dar um
exemplo aqui: eu sofro de uma condição biológica que o meu corpo entende o feto
como um invasor. É por isso que tenho tantos abortos espontâneos e sigo
tentando ser mãe.
Na minha última
gestação, a médica olhou para a minha cara e falou: “essa gestação apresenta um
risco a sua vida. Precisa interromper ou você vai morrer”. Tem gente, como o
Gil Diniz, que preferia que eu morresse. Ainda bem que não privaram o aborto
legal no Brasil ainda.
Em
contrapartida, mulheres gestantes que desejaram e planejaram os seus filhos
estão morrendo no estado de São Paulo. Eu vou repetir, o governador Tarcísio
fechou sete mil leitos.
Então, aqui,
não venha me falar de direito ao corpo. Mulheres que estão desejando gestar não
conseguem atendimento digno nas maternidades do estado de São Paulo para dar à
luz aos seus filhos desejados, quanto mais para interromper gestações
indesejadas.
A polícia, eu
não vou continuar nesse termo, porque eu vou me repetir - vou me repetir. Só
manda eles para matar e para morrer quem não está lá colocando a sua vida em
risco, porque é isso que quer mesmo, a barbárie com a vida de pessoas que
ganham dois ou três salários mínimos.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS
- Deputado Conte Lopes, V. Exa. tem a palavra pelo tempo remanescente do Grande
Expediente.
O
SR. CONTE LOPES - PL
- Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha
pela TV Assembleia. A polícia está sendo usada muito politicamente. Vossa
Excelência, Danilo Campetti, é exemplo disso. Vossa Excelência, que participou
da prisão do Lula, participou de uma ocorrência de entrevero, foi absolvido
pela Justiça e alguns membros da Polícia Federal querem demiti-lo.
Da mesma forma
que se faz um inquérito policial federal, em que se denuncia 37 pessoas que
querem aplicar um golpe, colocando o ex-presidente Bolsonaro como um líder
maior, coronéis que querem envenenar o Lula. Veja bem, algumas deputadas que
falam aqui até são advogadas. Vai envenenar o Lula com o quê? O Alexandre e o
Alckmin?
Então, no
WhatsApp falaram que querem envenenar o Lula. Minha gente, existe os princípios
do direito. Existe a Constituição. Eu quero matar tal pessoa, mas não fiz nada
contra a pessoa. Eu posso me reunir com dez caras e dizer: “Eu quero a morte
daquele cara”.
Atos
preparatórios é quando você começa alguma coisa. Pode até comprar o veneno, mas
se você não foi dar o veneno para o Lula lá, não existe indício de crime
nenhum. Então, um inquérito policial é uma mera peça informativa, que agora vai
para o Poder Judiciário, entre aspas, aqui entre nós, e agora vai ouvir todo
mundo de novo.
Só estou
dizendo que estão usando a polícia. Essa briga aqui é igual. É evidente que
aconteceram alguns casos que ninguém aceita, meu Deus do céu. Eu nunca vi na
minha vida. Entrei na Policia Militar em 1967. Quantos anos faz? Quase 60,
deputado Capitão Telhada.
Naquela época
que eu entrei na polícia, em 67, como soldado, tive que devolver, entregar o
meu título de eleitor, Capitão Telhada, porque cabo e soldado não votavam em
67. Em 66, quando eu concorri. Agora querem fazer a mesma coisa, não permitir
mais que o policial militar se eleja. Se concorrer a eleição, porque eles estão
ganhando a eleição.
Então, não é
como a deputada Monica Seixas falou, que a população odeia... Quantos deputados
tem aqui nesta Casa que veio... Vossa Excelência, o sargento Nantes, que se
elegeu vereador, um dos mais votados da cidade de São Paulo. A população de São
Paulo confia, sim, na Polícia Militar, principalmente, na minha Rota. A Rota é
temida pelos bandidos e amada pela população, goste quem quiser ou não goste.
Tivemos a
última eleição, quando o Tarcísio de Freitas pôs a mão no Ricardo Nunes, que
estava com a eleição perdida. Toda a imprensa, toda a esquerda sabe disso.
Quando o nosso governador colocou a mão em cima do Ricardo Nunes, ele ganhou a
eleição do Boulos.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
* * *
Talvez seja
essa a revolta, porque é como eu falei, se Bolsonaro continuar inelegível, nós
temos um candidato aqui em São Paulo amado pela população, que é o Tarcísio de
Freitas, que pode concorrer às eleições a presidência da República.
Talvez a
esquerda já tenha percebido isso. Só que eles cometem um certo erro, deputado
Diniz. Vários anos que eu estou aqui, a esquerda pega alguém para Cristo, como
pegou o Ubiratan no Carandiru, foi o mais votado. De vez em quando eles pegam
um... Então eu vejo que V. Exa. colocou muito bem.
O Derrite, que
muita gente não sabe nem quem é, agora passa todo mundo a conhecê-lo. Porque,
queira ou não, o povo não gosta de bandido. Erros da polícia, vai fazer o que?
Mesmo que a Globo ponha todos os dias o cara jogando... O policial jogando o rapaz
da ponte...
Só que todo
mundo tem que saber que foi aquele cara que jogou, não foi a Polícia Militar,
foi ele. Eu não joguei, o Capitão Telhada não jogou, os policiais que estão
aqui nesta Casa não jogaram. Ele vai ser responsabilizado pelos atos dele. E é
só ir ao Presídio Romão Gomes, que a Polícia Militar não aceita isso, está
lotado de presos lá.
A deputada e
Dra. Paula fez uma colocação aqui de um policial que atirou, no mercado, em um
negro que estava cometendo um furto, e atirou nas costas. Só que tem o
seguinte, Capitão Telhada: aquele policial foi reprovado no exame psicotécnico
da PM. Sabe porque ele entrou na PM? Por que um advogado entrou com um recurso,
não aceitando o psicotécnico da PM. Então ele foi reprovado e com um recurso
judicial...
Então a Justiça
também é culpada. A Justiça também é culpada de fazer entrar na polícia um cara
que foi reprovado e que depois dá não sei quantos tiros no outro de costas.
Também ninguém aceita isso. Ninguém aceita que o policial deu um tiro no médico
também - eles não aceitam. Porque fui policial, fui soldado, fui cabo da
Polícia Militar, fui tenente da Rota, tive duas promoções por bravura no
combate ao crime.
Também acho que
você policial tem que estar preparado para “sair no pau” com o cara mesmo, na porrada,
como aconteceu com o estudante. Não era para dar um tiro nele e se deu vai
pagar. Agora a Polícia Militar vem do meio da sociedade, não vem de Marte não.
As pessoas aqui... Parece, às vezes, que o policial militar veio de Marte, vai
buscar o cara no outro... Não, negativo. E faz um bom serviço.
Vão ao Rio de
janeiro. Veja a segurança do Rio de Janeiro; veja a segurança da Bahia, de
Pernambuco. Na Polícia Militar, aqui em São Paulo, mantem a ordem. Até que
piorou bastante, não por minha causa. Mas, no meu tempo, por exemplo, bandido
não se criava, bandido não fazia nome - no nosso tempo não fazia.
Aí piorou
bastante. Piorou porquê? Com a Constituição de 88, que quando um bandido é
preso, você tem que falar para ele: “Vai buscar... Liga para o seu advogado”.
Então eles começaram a criar asa a partir daí.
Agora eu não
vejo ninguém falar aqui de pessoas idosas, de senhoras que são atacadas nas
ruas à porrada por bandidos; assalto toda hora; criança morrendo na mão de
bandido. Agora o Ryan que morreu. Coitado do Ryan, realmente. Quatro anos de
idade e vítima de uma bala perdida.
Só que dentro
das favelas do Rio de Janeiro e em São Paulo, se houver um entrevero, alguém
pode realmente morrer com bala perdida. Os bandidos estão usando fuzis do
exército americano, do exército russo. Em um ataque em Cumbica, havia dois
fuzis HK do exército russo e uma 556, uma Colt, do exército americano. Então
essa é a grande verdade. O crime está nas ruas. O crime está nas ruas e a
Polícia de São Paulo, queira ou não, põe ordem na casa.
Erros existiram
na minha época, existem agora e vão existir. Isso ninguém consegue, desde a
época de Jesus Cristo. Desde a época de Jesus Cristo que tem erro de policial,
porque ele vem da sociedade e ele pode cometer falhas. Ninguém consegue... Se o
padre comete. Se o padre comete, ali nas sacristias... Cometer crime. Quem dirá
o policial... Tem cara que comete crime mesmo. Agora querer generalizar, não.
Agora, no meu
modo de ver, o maior problema que nós temos aí chama-se Tarcísio de Freitas, que
teve coragem de colocar a Secretaria de Segurança Pública nas mãos de
policiais. Porque os outros punham em cima de general, coronel do Exército,
juiz, promotor e aí todo mundo respeitava, porque o cara também não entendia
nada e ninguém pedia a cabeça de ninguém.
Então o que
interessa é o que o povo pensa. Porque na política, Gil Diniz, o que vale é a
voz do povo. Essa é a que vale. A voz do povo é a voz de Deus na política, e
Tarcísio de Freitas está fazendo um grande trabalho mesmo. E volto a repetir:
se Bolsonaro não for candidato, eu espero até que o PT fale com o Supremo e
fale: “Oh, é melhor colocar o Bolsonaro mesmo, senão a gente vai perder a
eleição para o Tarcísio”.
O Tarcísio está
muito bem quisto aqui em São Paulo e no Brasil, inclusive na área de Segurança
Pública. Erros aconteceram no passado, estão acontecendo e vão acontecer.
Ninguém vai impedir, é o ser humano, até um que é reprovado pela Polícia
Militar no psicotécnico e o advogado entra em juízo e ele consegue entrar na
polícia com recurso judicial.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Agradeço,
nobre deputado Conte Lopes. Parabéns pelo pronunciamento e faço minhas as
vossas palavras. Muito obrigado, comandante. Com a palavra, deputado Danilo
Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Presidente,
para fazer uso da palavra pelo tempo da liderança do Republicanos pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, nobre deputado Gil Diniz,
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, aqueles que nos acompanham pela Rede Alesp,
assessorias, servidores da Casa, policiais civis e militares, Sr. Presidente,
eu retorno a esta tribuna, ontem já falávamos sobre esse assunto.
Inicialmente,
cumprimentando o deputado Conte Lopes, muito obrigado pelo reiterado apoio de o
senhor ter citado novamente o meu caso, cumprimento pela excelente oratória.
Cumprimento também, Sr. Presidente, as vossas palavras e do Coronel Telhada.
E realmente,
presidente, nós temos uma situação em que a instituição e ninguém aqui vai
passar a mão. Os deputados da esquerda estão falando assim: “ah, estão passando
pano”. Ninguém está passando pano para ninguém, todos os oradores aqui falaram:
atos que se desviam da sua finalidade são punidos, e são punidos exemplarmente
pelas instituições policiais.
Eu desafio
qualquer um que subiu aqui, da oposição, a achar algum Protocolo Operacional
Padrão, algum POP que estabeleça que se tem que jogar alguém de uma ponte, de
uma barricada, de onde quer que seja. Não existe. E o governador Tarcísio e o
secretário Derrite foram os primeiros a repudiar.
Então não faz
parte da diretriz da política de Segurança Pública do Estado de São Paulo
atitudes como essa. Ponto. Agora a oposição vir aqui atribuir ao Governo,
atribuir a mais de 80 mil policiais militares uma ação...
E é, sim,
presidente Gil, um fato isolado. São sim, porque são 80 mil policiais
militares, são mais 30 mil policiais civis, são mais de um milhão de
ocorrências ao ano, deputado Conte Lopes, e atribuir a toda uma instituição um
erro, e isso a gente não pode tolerar aqui.
Hoje uma
deputada mostrou aqui um vídeo fora de contexto, em que o governador Tarcísio
está em uma entrevista, querendo atribuir isso como se fosse algo relacionado
ao que aconteceu. Não tem nada a ver. Era um vídeo no qual ele estava em uma
entrevista.
Os casos que
ocorreram... Vossa Excelência muito bem noticiou aqui do soldado Reis, que foi
morto covardemente na Baixada Santista, e outros casos. A oposição não vem aqui
defender.
Por quê? Porque
se baseiam na tal da cultura “woke”, a tal da cultura que tem que demonizar a polícia.
É mais fácil bater no policial, o policial não tem sindicato, o policial não
pode responder nas redes sociais.
Há, sim, várias
injustiças que são cometidas contra os policiais para preservar, assim, a
imagem da instituição, mas nós estamos aqui para poder defender a classe
policial, porque eles não têm voz e nós vamos ser a voz deles, sabe por quê?
Porque a deputada falou: “Quem pode falar é quem esteve na rua”.
Eu estive mais
de 24 anos na rua, na Polícia Civil, na Polícia Federal. Vossa Excelência,
deputado Conte Lopes, tem uma atuação brilhante na Polícia Militar, sim,
combatendo a criminalidade, e ninguém aqui vai passar a mão na cabeça de
criminoso nenhum. Criminoso não é vítima da sociedade. O confronto existe
porque é o criminoso que escolhe.
Lamentamos
profundamente toda e qualquer vida perdida, como a do menino Ryan - ou Ryan,
não sei a pronúncia correta -, mas os policiais não foram lá com essa intenção.
Os policiais foram lá para combater aqueles que estavam com fuzis na mão e
abriram fogo contra os policiais. São fuzis, viu? Não são guarda-chuvas.
Foi falado aqui
também, muito bem falado pelo Capitão Telhada, de hoje o que vimos no Rio de
Janeiro. Vimos no Rio de Janeiro um carro sendo arrebanhado ali, sendo jogado
na via pública, um cadáver dentro. O cadáver era de quem? De um policial. Quem
subiu aqui para falar sobre isso? Não foi a oposição, fomos nós, porque nós
prestigiamos e preservamos qualquer vida.
Então era essa
a minha indignação, por se atribuir, como se fosse uma política de estado,
casos isolados. E são casos isolados. O policial... Só para concluir,
presidente. O policial não vai para a rua com a intenção de matar ninguém.
O policial sai
todo dia da sua casa, deixa sua família, seus filhos, não sabendo se vai
voltar, porque nós olhamos, deputado Conte Lopes, a cada plantão, a cada
serviço, olhamos nos olhos da nossa esposa, olhamos nos olhos dos nossos filhos
e pode ser o último dia. Isso nós sentimos, porque nós vamos para a rua, nós
combatemos a criminalidade.
Então fica aqui
o nosso apoio a toda instituição policial aqui do estado de São Paulo, ao
brilhante trabalho que vem sendo realizado pela Secretaria de Segurança pelo
secretário Guilherme Derrite e pelo governador Tarcísio.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Agradeço ao
nobre deputado Danilo Campetti. Parabenizo pelas vossas palavras e assino
embaixo também o vosso discurso.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Havendo acordo
de lideranças, solicito a V. Exa. a suspensão dos trabalhos até às 16 horas e
30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Os trabalhos estão suspensos até às 16 horas e 30 minutos.
* * *
- Suspensa às 16 horas e 07 minutos, a sessão é...
* * *
-
...a sessão é reaberta às 16 horas e 31 minutos, sob a Presidência do Sr.
Gilmaci Santos.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Reaberta a sessão. Ordem do Dia. Pela ordem, deputado Altair Moraes.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Peço a
prorrogação dos trabalhos por uma hora, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- É regimental. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência coloca em
votação.
As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que
estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a
prorrogação dos nossos trabalhos por uma hora.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Presidente,
eu peço também que venha retornar, para 19 horas e 30 minutos, os trabalhos da
suspensão. Por enquanto, para recomeçar às 19 horas e 30 minutos, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- É regimental.
Antes, porém, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do Art. 18, inciso 3º, alínea “d”, combinado com o Art.
68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de
Constituição, Justiça e Redação, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a
realizar-se hoje, às 19 horas e 01 minuto, no Salão Nobre Campos Machado, com a
finalidade de apreciar os seguintes projetos.
Projeto de lei Complementar nº 55, de
2024, de autoria da Mesa.
Projeto de lei Complementar nº 56, de
2024, de autoria da Mesa.
Projeto de resolução nº 24, de 2024, de
autoria da Mesa.
Projeto de lei nº 489, de 2024, de
autoria do Tribunal de Justiça.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos
termos do Art. 18, inciso 3º, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do
Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição,
Justiça e Redação, de Transportes e Comunicações, e de Finanças, Orçamento e
Planejamento, a realizar-se hoje, às 19 horas e 01 minuto, no Salão Nobre
Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 268, de 2024,
de autoria do deputado Paulo Mansur.
Nos mesmos termos, convoco reunião
conjunta da Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde, de
Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 19 horas e 01
minuto, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar os
seguintes projetos.
Projeto de lei nº 343, de 2024, de
autoria da deputada Dani Alonso.
Projeto de lei nº 726, de 2024, de
autoria dos deputados Oseias de Madureira e Rafa Zimbaldi.
Projeto de lei nº 491, de 2024, de
autoria do deputado Emídio de Souza.
Nos mesmos termos, convoco reunião
conjunta da Comissões de Direitos das Mulheres, e de Finanças, Orçamento e
Planejamento, a realizar-se hoje, às 19 horas e 01 minuto, no Salão Nobre Campos
Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 909, de 2023, de
autoria do deputado Marcio Nakashima.
Nos mesmos termos, convoco reunião
conjunta da Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Direitos da Pessoa
com Deficiência, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje,
às 19 horas e 01 minuto, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de
apreciar o Projeto de lei nº 395, de 2024, de autoria do Sr. Deputado Alex
Madureira.
Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta
da Comissões de Saúde, de Assuntos Metropolitanos e Municipais, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 19 horas e 01 minuto, no Salão
Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 426, de
2021, de autoria do deputado Agente Federal Danilo Balas.
Nos mesmos termos, convoco reunião
conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Saúde, a
realizar-se hoje, às 19 horas e 01 minuto, no Salão Nobre Campos Machado, com a
finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 546, de autoria dos deputados Carlos Cezar, Marcos
Damasio, Gerson Pessoa, Carlão Pignatari, Delegado Olim, Clarice Ganem, Luiz
Fernando, Ricardo França, Carlos Giannazi, Maria Lúcia Amary, Marta Costa, Alex
Madureira e Barros Munhoz.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Esse projeto que o senhor fez referência é o
projeto que faz homenagem ao então sempre deputado Estevam Galvão. Perfeito?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Perfeito,
deputado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Eu, no Colégio de
Líderes, o senhor acompanhou, sugeri que esse projeto tivesse a adesão da Casa.
Como ele vai ao congresso, a pergunta é: “ainda há a possibilidade de adesão, e
até quando?”.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado,
até a votação há possibilidade de adesão para aqueles deputados que queiram
assim fazer.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Eu acho importante,
até porque devem ter muitos deputados,
inclusive eu, que gostaríamos de fazer parte. Eu não sei se o deputado Altair
tem o nome ali, mas não deve ter. Então eu acho que era importante que a gente
pudesse garantir isso.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS -
REPUBLICANOS - Sim.
Essa fala de V. Exa. é muito pertinente, porque acredito que os deputados que
estão neste momento em seus gabinetes estão ouvindo V. Exa. e já podem neste
instante fazer adesão ao Projeto de lei nº 546, de 2024. Aqueles que quiserem
fazer, podem fazer agora.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS -
REPUBLICANOS - Nos mesmos termos, convoco reunião
conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Defesa dos Direitos
das Mulheres e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 19 horas
e 01 minuto, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o
Projeto de lei nº 102, de 2024, de autoria da deputada Ana Perugini.
Nos mesmos termos, convoco reunião
extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se
hoje, às 19 horas e 01 minuto, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade
de apreciar os seguintes projetos: Projeto de lei nº 470, de 2021, de autoria
do deputado Barros Munhoz; Projeto
de lei nº 624, de 2023, de autoria do deputado Luiz Claudio Marcolino.
Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência vai
suspender os nossos trabalhos até às 19 horas e 30 minutos.
Está suspensa
a sessão.
* * *
-
Suspensa às 16 horas e 37 minutos, a sessão é...
* * *
- ... a sessão é reaberta às 19 horas e
31 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci Santos.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Reaberta a sessão.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos
termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma
sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta
sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 67a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 5/12/2024.
* * *
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Presidente,
gostaria de pedir o levantamento da sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- É regimental o pedido de Vossa Excelência. Havendo acordo dos líderes e dos
deputados, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os
ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término
desta sessão.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 19 horas e 34
minutos.
* * *