18 DE SETEMBRO DE 2025

49ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO ANIVERSÁRIO DE 20 ANOS DO PSOL

        

Presidência: GUILHERME CORTEZ

        

RESUMO

        

1 - GUILHERME CORTEZ

Assume a Presidência e abre a sessão às 19h28min.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

3 - PRESIDENTE GUILHERME CORTEZ

Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene em "Comemoração ao Aniversário de 20 Anos do PSOL", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos.

        

4 - GABRIEL GONÇALVES

Presidente municipal do PSOL São Paulo, faz pronunciamento.

        

5 - MATHEUS RIGONATTI

Coordenador estadual do Movimento Vida Além do Trabalho, faz pronunciamento.

        

6 - LÊ MAGALHÃES

Diretor de Políticas Afirmativas da UNE, faz pronunciamento.

        

7 - JOSÉ DE RIBAMAR DA SILVA PASSOS

Secretário nacional de Política Sindical da Intersindical, faz pronunciamento.

        

8 - CLAUDIA GARCEZ

Representante do MTST, faz pronunciamento.

        

9 - CARLOS GIANNAZI

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

10 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

11 - EDIANE MARIA

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

12 - CAROLINA IARA

Codeputada da Bancada Feminista, faz pronunciamento.

        

13 - MARIANA SOUZA

Codeputada da Bancada Feminista, faz pronunciamento.

        

14 - SIRLENE MACIEL

Codeputada da Bancada Feminista, faz pronunciamento.

        

15 - PRESIDENTE GUILHERME CORTEZ

Anuncia a entrega de placa aos deputados Carlos Giannazi, Monica Seixas do Movimento Pretas, Ediane Maria e às codeputadas da Bancada Feminista, Carolina Iara, Mariana Souza e Sirlene Maciel, bem como ao assessor Marcos Eduardo Espinosa.

        

16 - DÉBORA PEREIRA DE LIMA

Presidente estadual do PSOL-SP, faz pronunciamento.

        

17 - ISRAEL DUTRA

Representante da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, faz pronunciamento.

        

18 - PROFESSOR TONINHO VESPOLI

Vereador de São Paulo, faz pronunciamento.

        

19 - PAULA CORADI

Presidente nacional do PSOL, faz pronunciamento.

        

20 - PRESIDENTE GUILHERME CORTEZ

Tece comentários sobre a história do PSOL e sua trajetória no partido.

        

21 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a entrega de placa aos ex-presidentes do PSOL.

        

22 - JÚNIA GOUVÊA

Ex-presidente do PSOL, faz pronunciamento.

        

23 - MIGUEL CARVALHO

Ex-presidente do PSOL, faz pronunciamento.

        

24 - PAULO BUFALO

Ex-presidente do PSOL, faz pronunciamento.

        

25 - JOSELÍCIO JÚNIOR

Ex-presidente do PSOL, faz pronunciamento.

        

26 - MATHEUS LIMA

Ex-presidente do PSOL, faz pronunciamento.

        

27 - PRESIDENTE GUILHERME CORTEZ

Anuncia a exibição de vídeo em homenagem à professora Lisete Arelaro.

        

28 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a entrega de placa a Camila Arelaro, filha de Lisete Arelaro.

        

29 - CAMILA ARELARO

Filha de Lisete Arelaro, faz pronunciamento.

        

30 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a entrega de placas aos vereadores do PSOL.

        

31 - PRESIDENTE GUILHERME CORTEZ

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 21h57min.

 

* * *

 

ÍNTEGRA

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Guilherme Cortez.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento, eu convido para compor a Mesa o deputado Guilherme Cortez, presidente e proponente desta sessão solene. (Palmas.) Paula Coradi, presidente nacional do PSOL. (Palmas.) Débora Lima, presidente estadual do PSOL. (Palmas.) Professor Toninho Vespoli, vereador em São Paulo e líder da Bancada do PSOL na Capital. (Palmas.)

Para compor a extensão da Mesa, eu convido o deputado Carlos Giannazi. (Palmas.) A deputada Monica Seixas. (Palmas.) A deputada Ediane Maria. (Palmas.) Deputada estadual Paula da Bancada Feminista. (Palmas.)  E as codeputadas Carol Iara, Mariana Souza e Sirlene Maciel. (Palmas.) Por favor, acompanhem a Mesa.

Neste momento, convido a todos para nos colocarmos em posição para ouvirmos o Hino Nacional.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Boa noite, militância do PSOL, nossos dirigentes, vereadores, que vêm de todos os cantos de São Paulo para celebrar os 20 anos desse nosso patrimônio, e patrimônio da esquerda brasileira, que é o Partido Socialismo e Liberdade, que é construído por cada uma das pessoas que estão aqui e por milhares de militantes no estado de São Paulo e em todo o Brasil, que estão lutando por uma transformação radical da nossa sociedade.

É um prazer, como líder da Bancada do PSOL, receber vocês aqui nesta Casa, que é dominada pela velha política, pela extrema-direita; que, muitas vezes, vira um espaço de retrocesso nos direitos, destruição do serviço público do nosso Estado.

Hoje, o plenário da Assembleia Legislativa está tomado pelos lutadores de diversos movimentos sociais. Pelos socialistas, pelo movimento sem-teto, sem-terra, estudantil, feminista, negro, LGBT. Porque todas as lutas se encontram no PSOL. E esta é uma noite para a gente celebrar.

Então, só cumprir o protocolo que me cabe aqui, como é uma sessão oficial da Assembleia Legislativa. Nós iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado André do Prado, atendendo à minha solicitação, com a finalidade de comemorar o aniversário de 20 anos do Partido Socialismo e Liberdade.

Uma grande salva de palmas para todo o mundo que está aqui hoje, que constrói o nosso partido todos os dias. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Dando continuidade, antes, nós vamos agradecer a presença de algumas pessoas aqui.

Então, Professor Duzão, que é vereador em Santa Cruz do Rio Pardo. (Palmas.) Obrigada pela presença. Cris Santos, presidente do diretório do PSOL de Várzea Paulista, aqui em São Paulo. (Palmas.) Gisele Kobayashi, presidente do PSOL em Atibaia, diretório municipal de lá. (Palmas.)

Anderson Dalecio, presidente municipal do PSOL em São Bernardo do Campo. (Palmas.) Ana Claudia Martins, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia. (Palmas.) Eu, Pâmela Albuquerque, presidente do PSOL em Santa Isabel. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - E só ler alguns que chegaram até aqui. O Gabriel Gonçalves, presidente do diretório municipal do PSOL em São Paulo, aqui na Capital, nosso anfitrião. (Palmas.) Nossa vereadora da Capital, Silvia Ferraro, da Bancada Feminista. (Palmas.) Nossa covereadora da Capital, também da Bancada Feminista, Nathalia Santana. (Palmas.) E, direto de Brasília, nosso deputado distrital Fábio Felix.

Todos vocês, muito bem-vindos aqui à nossa sessão. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Seguindo o nosso evento, agora nós vamos dar oportunidade aos movimentos sociais. Então eu convido agora... Antes disso, cadê o Guilherme? O Gabriel. Gabriel Gonçalves, presidente do PSOL municipal. Ele vai começar com a palavra.

 

O SR. GABRIEL GONÇALVES - Boa noite a todas e todos. Como vocês puderam perceber, fui pego um pouco de surpresa, mas faz parte.

Gente, primeiro queria agradecer o convite em nome do líder da nossa bancada na Assembleia Legislativa, Guilherme Cortez. Queria agradecer em nome da nossa presidenta estadual, Débora Lima. E fazer uma saudação - sou presidente municipal do PSOL de São Paulo -, a todos os presidentes e presidentas municipais que foram citados e estão aqui hoje.

Porque, nesses 20 anos de PSOL, é muito importante a gente saudar e reconhecer que esse é um partido construído pela base, construído pela militância, construído pelo povo e só é organizado nos interiores, nos litorais deste Estado e do País afora graças àqueles que, nos seus municípios, nas suas cidades, se dispõem a nos ajudar e organizar esse processo tão importante para a esquerda brasileira, esse instrumento tão valoroso que é o Partido Socialismo e Liberdade, o PSOL. Então, uma salva de palmas a todos os presidentes e presidentas municipais que estão aqui hoje. (Palmas.)

Falar do PSOL nesses 20 anos é, sem dúvida, um prazer muito grande. Esse partido que foi fundamental para dar voz e vez para tantas figuras, tantas pessoas da nossa sociedade, que muitas vezes no nosso campo não encontravam espaço para exercer a sua militância política, para exercer a sua combatividade, para gritar contra aquilo que estava errado na sociedade e para dar a sua contribuição.

O PSOL é um partido que nasceu de uma urgência, de uma necessidade de oferecer ao povo brasileiro uma alternativa de disputa do poder, uma alternativa de construção socialista, de um poder popular.

E chegar a 20 anos de partido, vendo tanta gente aqui hoje, um plenário ocupado por figuras tão diversas, uma direção partidária ocupada por tantas mulheres, tantos negros e negras, sem dúvida é um orgulho para todos nós.

A gente chega aqui, sem dúvida, cumprindo um papel histórico importantíssimo. O PSOL foi fundamental. É impossível contar a história do nosso País nos últimos 20 anos sem mencionar o Partido Socialismo e Liberdade, sem mencionar a participação do PSOL nas principais lutas da esquerda brasileira nesse período.

Aqui, especificamente no estado de São Paulo, nós estivemos presentes na luta contra o golpe, nós estivemos presentes na luta pela não eleição do Bolsonaro. Nosso partido foi fundamental na construção do “Ele Não”.

Nosso partido foi importantíssimo para que nós chegássemos aqui hoje, tivéssemos conseguido derrotar eleitoralmente ainda um projeto extremista, fascista de sociedade. E agora ter uma tarefa de olhar para o futuro e construir um instrumento que seja viável para a classe trabalhadora, um instrumento que faça com que a gente dispute os rumos deste País.

Então, para ficar aqui em uma saudação breve, queria mais uma vez agradecer o convite, agradecer a presença de todas e todos, e dizer que é um orgulho construir esse partido, é um orgulho presidir esse partido na maior capital da América Latina. E, sem dúvida, o PSOL vai por mais 20 anos para ser um instrumento de luta, um instrumento de organização do povo brasileiro.

É isso. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Dando continuidade, eu chamo agora o coordenador estadual do Movimento Vida Além do Trabalho, Matheus Rigonatti. (Palmas.)

 

O SR. MATHEUS RIGONATTI - Boa noite.

Primeiramente, quero dizer que é um prazer estar aqui com vocês hoje, ver rostos tão conhecidos para mim, a minha amiga Poliana Quirino, os meus amigos da bancada do PSOL de Jundiaí, o Henrique Parra.

É muito bom estar nesse lugar com pessoas que representam o Movimento Vida Além do Trabalho, a luta pela redução da jornada de trabalho, a luta pela classe trabalhadora brasileira.

Quando eu entrei no PSOL, eu ainda não sabia muito bem sobre política. Eu estava saindo de um partido conservador, estava saindo de um partido que não defendia a causa social, que não defendia a habitação e, principalmente, não defendia a classe trabalhadora.

Quando eu entendi a importância da política pública para quem realmente necessitava, eu entendi que aqueles que eu defendia, não defendiam o que eu defendo. E hoje, estar aqui com a mudança de mente, a metanoia de estar neste lugar, é importante na minha vida.

Quero dizer para vocês que teremos uma jornada muito longa pela frente, pela redução da jornada de trabalho, fazendo muitos plebiscitos populares. Temos muita luta à frente e espero que, daqui a dez, 15, 20 anos, o PSOL esteja crescendo e ocupando mais espaços nas câmaras municipais, na Câmara Federal.

E quero agradecer a cada um de vocês que estão ocupando a Mesa pelo trabalho excepcional. Acompanho cada um e vocês são um exemplo para certos parlamentares que fazem uma política pública para a família deles.

Muito obrigado e desejo uma ótima noite a todos. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Dando continuidade, convido agora o diretor de Políticas Afirmativas da União Nacional dos Estudantes, da UNE, Lê Magalhães. (Palmas.)

 

O SR. LÊ MAGALHÃES - Boa noite, PSOL. Salve, pessoal, quero me apresentar primeiro. Meu nome é Lê Magalhães, sou diretor de Políticas Afirmativas da União Nacional dos Estudantes.

Cumprimento toda a Mesa aqui presente, grandes referências políticas para a juventude do nosso tempo e cumprimento também todos os lutadores que estão aqui presentes para celebrar esses 20 anos de PSOL.

Falar em nome da juventude, no aniversário de 20 Anos do PSOL, é muito simbólico, porque, de fato, eu tenho 22 anos, é quase a idade do PSOL. E para nós, e toda essa geração nova que está na direção da União Nacional dos Estudantes hoje, é muito simbólico você crescer com a referência desse partido, se consolidando cada vez mais.

As lideranças do PSOL, na verdade, foram as lideranças que fizeram a minha geração aprender o que é política, o que é construir política de forma independente, nas ruas, reconhecendo a função do Parlamento e de todos os lutadores que hoje ocupam também esse espaço tão difícil de ser ocupado como é a Alesp e que estão aqui, mas que também reconhecem a importância dos movimentos sociais, que também reconhecem a importância de estar no pé do chão das escolas, das universidades, dos assentamentos, das ocupações.

Então, é muito valioso para a minha geração crescer aprendendo o que se tornou o PSOL, como ele se consolida e o que é essa referência de partido que se torna hoje um dos maiores partidos do nosso País em tão pouco tempo.

Então, a nossa existência, o nosso crescimento e a nossa formação política foram muito marcadas por esse partido de luta, por esse partido que é um partido jovem, que é um partido LGBT+, é um partido da negritude, é um partido das mulheres e é um partido de estudantes. E que é um partido que viveu, em seu pouco tempo, inúmeras gerações que já fizeram parte da UNE. E isso nos orgulha muito.

E temos muito orgulho de dizer que estamos entrando em uma nova etapa da União Nacional dos Estudantes, onde a maioria das juventudes do PSOL se coloca à frente para também fazer parte da direção dessa entidade, que tem acertado em política no último período, que tem construído junto de diversos movimentos sociais que vão usar esse plenário, um gigante plebiscito popular, pelo fim da escala 6x1, pela taxação dos super-ricos.

Uma UNE que está na rua em defesa da soberania nacional para dizer que o nosso País tem que ser defendido das garras do trumpismo e dos Estados Unidos, que tentam tornar o nosso País quintal desse tipo de imperialismo.

Uma União Nacional dos Estudantes que tem acertado, que tem estado presente na base do movimento estudantil, mas que tem feito isso também com a participação das juventudes do PSOL e com a pressão que a gente tem feito para ter cada vez mais uma UNE de luta, uma UNE independente, mas uma UNE que reconheça qual a principal tarefa da nossa geração. E que o PSOL tem cumprido muito bem, que é derrotar a extrema-direita, varrer o bolsonarismo do nosso País, colocar o Tarcísio para correr.

E dizer que, se a juventude é a juventude que está dentro do PSOL, esse é o partido que, nos próximos anos, vai mostrar para a extrema-direita o que é o peso do movimento social brasileiro, o que é o peso do Partido Socialismo e Liberdade, e o peso de todos esses lutadores que estão aqui e que vão com certeza reconduzir o nosso País para os rumos certos no próximo período.

Viva o PSOL, viva a União Nacional dos Estudantes, viva os movimentos sociais, e nós que estamos aqui. E que, nesse domingo, estamos convocados a estar na rua contra a PEC da Bandidagem para dizer em alto e bom som: “Sem anistia”.

Obrigado, gente. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos também José de Ribamar da Silva Passos, secretário nacional de Política Intersindical, por favor. (Palmas.)

 

O SR. JOSÉ DE RIBAMAR DA SILVA PASSOS - Boa noite, companheiros e companheiras. Em nome da nossa presidente nacional, Paula Coradi, cumprimentar todas as companheiras aqui presentes, nossas parlamentares. Em nome do nosso patrono aqui nesta Casa, Carlos Giannazi, que desde 2007 tem travado uma luta tremenda aqui, quando era sozinho nesta Casa, saudar todos os parlamentares aqui presentes e fazer essa saudação aqui em nome da Intersindical.

Para mim, é uma honra, porque desde 2011, eu estou nas fileiras do PSOL. E desde o início, quando nós começamos a discutir a Intersindical, nós temos uma parceria com o PSOL. Nós temos uma caminhada junto com esse partido, que não tem arregado das lutas e que, como já foi dito aqui, foi a principal ferramenta na luta contra o golpe da Dilma.

Foi a principal ferramenta nas principais lutas das retiradas de direito da classe trabalhadora e tem sido a ferramenta que tem sido apresentada para a juventude, para a classe trabalhadora, como instrumento real de luta que pode emancipar a classe trabalhadora no nosso País.

Então, 20 anos de PSOL representa muito mais do que isso para a classe trabalhadora, para a juventude, para o povo pobre das periferias. Porque dentro da fileira desse partido nós temos homens e mulheres que têm, a todo tempo, levantado uma bandeira e não têm recuado, que têm se colocado dentro da Assembleia Legislativa, dentro das Câmaras de Vereadores.

Para nós termos uma ideia, o PSOL sai, na Assembleia Legislativa, de um parlamentar e, praticamente, vem para seis parlamentares. Nós temos aí uma bancada federal que é enorme, que nos representa muito. E os próximos 20 anos, eu tenho certeza de que não será diferente, porque esse partido tem mostrado, realmente, a essencialidade da política e tem sido um partido que não dialoga com a extrema-direita, que não está junto com aqueles que querem dar o golpe neste País.

E domingo, como já foi convocado aqui, nós estaremos na rua. Sem anistia, sem PEC da Bandidagem. Nós queremos todos os bandidos deste País, que tenham usado o orçamento público como forma de comprar voto nas principais cidades do interior deste País, na cadeia. Nós queremos Bolsonaro preso e o PSOL é essa ferramenta que vai levar para o povo a necessidade dessa política.

Então, em nome da Intersindical - Central da Classe Trabalhadora, eu faço essa saudação e quero parabenizar a direção do PSOL, parabenizar a todos os companheiros e companheiras que têm construído esse partido. Porque se o PSOL sai de um vereador na Câmara Municipal de São Paulo, sai de um deputado na Assembleia Legislativa de São Paulo, sai de um deputado na Câmara Federal e triplica, quadriplica a sua bancada, é porque tem acertado na política.

Então, nós temos que parabenizar a direção do PSOL pelo acerto na política, porque se não tivesse acertado, nós não teríamos mais nenhum parlamentar. Pelo acerto da política, o partido tem crescido, o partido tem uma militância que não arrega, que está sempre junto com a sua direção. E é isso que nós vamos construir nos próximos 20 anos.

Muito obrigado e boa festa para nós. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos, também, Claudia Garcez, representando o MTST. (Palmas.)

 

TODOS - MTST! A luta é para valer!

 

A SRA. CLAUDIA GARCEZ - Boa noite, companheirada de luta! Boa noite, PSOL! Uma responsabilidade muito grande, me sinto muito honrada de estar representando o MTST, um partido... Um partido? Movimento? Movimento partido! Um movimento que é tão combativo, mas tão combativo que entendeu, em 2018, que era necessário destacar a militância, povo aguerrido, para também nos representar nos espaços de decisão políticas.

E que eu me lembre, eu sou filiada ao PSOL desde 2016, porque assim que eu me mudei para a cidade de Suzano, eu vi que lá não tinha movimento nenhum, mas eu lembrava que o PSOL estava sempre com a gente nas lutas. Então, desde esse momento, eu me vejo filiada e eu sempre tenho visto muitas companheiras e companheiros, feito muitos amigos aqui.

Queria primeiramente, também, depois de falar tanto, cumprimentar essa Mesa, principalmente a nossa presidenta nacional, Paula Coradi, a presidenta estadual, Débora, e as nossas companheiras combatentes também.

Eu sei que eu sempre escuto que a Ediane trabalha aqui, o clima não é muito fácil. Então, queria saudar a todos e todas que trabalham aqui, que a gente sabe que não é fácil enfrentar uma Assembleia Legislativa que hoje se vê aparelhada. Também o Congresso Nacional, esse que está fazendo aí o que bem quer, aprovando medidas que beneficiam a eles próprios e esquecendo do povo.

Então, este momento é um momento muito especial. Viva o PSOL, os seus 20 anos de muita luta junto com a classe trabalhadora, junto com as periferias, junto com o povo. E a resposta disso, de 20 anos de muita luta, é também junto com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, que constrói também com muitos dos seus militantes, muito do seu povo, é a Assembleia Legislativa com os seus representantes.

Também o Congresso Nacional tendo combatentes lá, pessoas muito importantes, as mulheres trans, o LGBT chegando a espaços de decisão, as mulheres empoderadas. Mulheres que estão aqui para mandar o recado e que a gente não vai aceitar que sejam tratoradas por essa extrema-direita fascista, reacionária e que está aí trabalhando contra o povo. Vamos dizer em claro e bom tom: inimigos do povo, sim, não é?

Então é isso, parabéns ao PSOL, parabéns a todos os movimentos sociais, ao MTST por essa luta, por mais 20 anos e que, no futuro, outros 20 anos, a gente possa ser maioria nesses espaços. E a gente precisa dar resposta no domingo, em alto e bom som, que a gente não vai aceitar essa PEC da Bandidagem.

É isso, pessoal.

Muito obrigada e boa noite para todo mundo. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Olha, eu me senti grande agora, até precisei arrumar o microfone.

Neste momento, eu convido a compor a mesa Israel Dutra, da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco. (Palmas.)

Agradecendo a presença do Mandato Cardume, do PSOL, mandato popular em Jundiaí. (Palmas.) Suzi Cavalari, presidente do PSOL em Mairiporã. (Palmas.) Inês Paz, vereadora em Mogi das Cruzes. (Palmas.) Celso Giannazi, vereador de São Paulo. (Palmas.) Poliana Quirino, vereadora de Barra Bonita. (Palmas.) Leandro Sartori, vereador de Itapira. (Palmas.) Marilia Martins, vereadora em Franca. (Palmas.) Anízio Batista, ex-deputado estadual. (Palmas.) Ricardo Alvarez, vereador em Santo André. (Palmas.)

A gente agradece a todos os movimentos sociais pela palavra de vocês e, neste momento, nós convidamos a fazer uso da palavra o deputado estadual Carlos Giannazi. (Palmas.)

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Boa noite a todos e a todas, é uma alegria, é um prazer enorme estar aqui com vocês na Assembleia Legislativa, no Plenário Juscelino Kubitschek, vendo aqui toda a militância do PSOL, vereadores e vereadoras, militantes, movimentos sociais ocupando este espaço que sempre foi um espaço ocupado pelas oligarquias econômicas e políticas do estado de São Paulo.

Então, estar aqui hoje com vocês é muito importante. Tem um valor simbólico fundamental, porque o PSOL vem ocupando espaços, também, institucionais, além de estar, logicamente, inserido em vários movimentos sociais: no movimento sindical, no movimento estudantil, no movimento LGBT, no movimento contra o racismo, no movimento das mulheres.

Nós temos uma capilaridade em vários movimentos e também, como nós somos um partido, nós queremos, sim, o poder. Nós queremos ocupar prefeituras, estados, nós queremos ocupar o Parlamento - as câmaras municipais, a Assembleia Legislativa e o Congresso Nacional - para transformar as nossas bandeiras, as nossas lutas em políticas sociais, em políticas permanentes, em leis.

Então, é fundamental estar aqui. Eu quero saudar a todos vocês, a todas vocês, saudar a nossa Mesa na pessoa do nosso líder, Guilherme Cortez, e das nossas duas presidentas, aqui, a Paula e a Débora. E rapidamente dizer que você falou que eu era o patrono aqui né...

Eu me sinto, na verdade, um decano aqui no PSOL. Mas não estou só aqui, viu. Tem aqui o Miguelzinho, que é decano também, está ali. (Palmas.) Tem aqui o Anízio Batista, tem a nossa colega, a Inês Paz. (Palmas.) E outras pessoas, aqui, que participaram não só da fundação do PSOL, mas da fundação do PT.

Eu entrei no PT, pessoal, com 18 anos de idade: em 1980, eu me filiei ao PT, ajudei. Eu era das comunidades de base da Igreja Católica, ligada ao Dom Paulo Evaristo Arns. Depois, fui para o movimento estudantil. Então, acompanhei toda a fundação do PT, a sua construção. E depois fui expulso do PT, em 2001.

Eleito vereador pelo PT, na gestão Marta Suplicy, fui expulso porque votei contra a redução do orçamento da Educação, de 30% para 25 por cento. Aí Lula foi eleito. E depois teve uma segunda expulsão, da Heloísa Helena, da Luciana Genro, do Babá. E daí surge o PSOL.

Então, eu acompanhei toda essa trajetória. Até a Heloísa Helena brincava comigo, dizendo: você é pré-PSOL, você foi o primeiro PSOL, porque você foi expulso antes. Depois, teve a reforma da Previdência, já no governo Lula, e teve a expulsão. E surge o PSOL dessa segunda expulsão, da nossa luta contra a reforma da Previdência, a famosa e famigerada Emenda nº 41.

E o PSOL surgiu como oposição de esquerda ao PT - que fique bem claro isso. Oposição de esquerda, fazendo uma oposição muito importante, para tentar levar o governo Lula para a esquerda. Fizemos essa disputa o tempo todo, mas fomos vencidos.

Participamos de várias lutas. Em 2013, nós estávamos nas ruas, no começo do movimento, disputando aquele movimento. Eu me lembro que o Plínio de Arruda Sampaio participou ativamente das manifestações de 2013, junto com os estudantes.

Enfim, hoje nós estamos fazendo um enfrentamento contra o fascismo, contra o protofascismo, o protonazismo, estamos enfrentando o neoliberalismo, nessa frente mais ampla, junto com PT, PCdoB, com alguns setores do PSB. E junto com os movimentos. Acho que é o nosso grande desafio nos dias de hoje.

Mas quero saudar também a todas as pessoas que deram a sua contribuição para a formação do PSOL. Foram muitas pessoas que ajudaram a fundar o PSOL; muitas não estão mais aqui. E o PSOL cresceu. Eu tive a oportunidade de participar, não da fundação, exatamente, do PSOL, mas logo do embrião dele, no começo, porque nós estávamos ainda no PT, tínhamos que fazer uma transição.

Eu era vereador pelo PT, estava expulso, mas o PSOL não estava legalizado ainda, então eu tive que ter mais uma reeleição pelo PT, daí depois nós fomos, em bloco, para o PSOL. Ivan Valente, aqui em São Paulo, Plínio de Arruda Sampaio. No Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, Chico Alencar.

Aí nós ingressamos, num grande bloco, no PSOL. Isso eu estava na Câmara Municipal. Então, como vereador, eu assumi já como PSOL. E depois, aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 2006, eu fui candidato e eu entrei junto com o Raul Marcelo, na verdade: fomos os dois primeiros deputados eleitos aqui, em 2007.

Depois, na outra eleição, em 2010, o Raul Marcelo não foi eleito, daí eu fiquei sozinho aqui. Depois, a bancada cresceu, veio o Rillo, Monica, Ediane, Erica Malunguinho, Isa Penna, Paula da Bancada Feminista.

E é muito importante isso, porque nós estamos crescendo e ocupando espaços. O Guilherme Cortez, nosso líder da bancada, que tem feito um trabalho muito importante aqui, dentro da Assembleia Legislativa.

Então é isso, minha gente. Parabéns, PSOL. Vinte anos. Sem anistia. E todo mundo lá, domingo, na Avenida Paulista, no Masp, às 14 horas.

Um abraço para vocês.

Parabéns. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Com a palavra, a deputada Monica Seixas. (Palmas.)

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Boa noite, companheiros, companheiras, parças, manas, amigos, amigas, pessoas ou, como diz o meu filho, pessoal. Ele, pequeno, não conseguia falar “PSOL” e ele falava que eu participava do “pessoal”, que eu ia no “pessoal” e que a gente estava construindo o “pessoal”.

Eu acho simbólico, embora eu me orgulhe muito do nosso nome “Partido Socialismo e Liberdade”. Eu acho que o meu pessoal é muito simbólico do que a gente constrói e do que a gente milita diariamente.

Eu não sou tão mais jovem do que o Giannazi, eu confesso. E também assisti à história do PSOL desde o princípio. Fazia parte, no movimento estudantil secundarista, de uma das correntes que, mais tarde, vieram a ser o PSOL.

Assisti ao processo de coleta de assinaturas, assisti aos radicais sendo expulsos, e ali demarcar o que talvez seria a nossa cara: um partido intransigente na defesa dos de baixo. Para alguns de nós, o PSOL tem 21 anos. Uma galera que esteve na rua, recolhendo milhões, milhares de assinaturas para fazer essa legenda existir e hoje nos orgulhar tanto.

Eu assisti nascer a um partido que não tinha vergonha, e não tem vergonha de dizer o seu nome; um partido que, como dizem as redes sociais esta semana, nunca votou e nunca votará contra o povo. Eu vi nascer um partido que colocou o primeiro beijo LGBT em rede nacional numa propaganda eleitoral.

Eu vi nascer um partido que, como diz Plínio de Arruda Sampaio, e que, toda vez que eu estou triste, eu vou lá assistir de novo: “jovens, sonhem alto”. Eu vi Luciana Genro, quando candidata à Presidência, defender a legalização do aborto na TV. Eu vi um partido defender mulheres, negros e negras, LGBTs; pautar todas as transformações que antes a gente julgava inimagináveis.

Veja, eu comecei a ser feminista e me reconhecer feminista quando o Brasil ainda tinha muita dificuldade com as mulheres ocupando espaços no mercado de trabalho. Nós somos o partido que gritou: “pílula do dia seguinte, fica; Eduardo Cunha, sai”.

Nós somos o partido que mais elegeu e elege mulheres. Nós somos o partido de negros e negras que, para além da representatividade, nunca deixou as favelas e periferias.

Eu gosto de brincar que o meu pessoal é de vanguarda e de retaguarda dos movimentos sociais, da luta do povo periférico; o meu pessoal está na academia e nos movimentos sociais, na periferia; o meu pessoal não para de lutar; e o meu pessoal é diverso, muito diverso.

Companheiros, vocês sabem: no seu sonho democrático, não há treta que fique debaixo dos tapetes no PSOL. A gente vai até as últimas consequências pelo que a gente julga justo e necessário, defendendo um partido em que nada nem ninguém ficará silenciado. (Palmas.)

E eu, como boa parte da militância de base do PSOL, não entrei no PSOL para fazer eleição. Veja lá, nos idos de 2014 e 2015, o PSOL nem tinha dinheiro para tanto. A gente tinha um partido de rua, de rede, de mobilização etc. E eu vi Sâmia, eu vi Marielle, eu vi Talíria se elegerem, e junto com elas um movimento de mobilização para puxar mais mulheres, para fazer o partido ter o compromisso e a nossa cara.

Participei - conversava ali com o Juninho no corredor - de uma mobilização nacional que deu início aos mandatos coletivos. Que treta, hein, Juninho, que nós passamos juntos, vou te contar, que inspirou outros tantos mandatos coletivos que agora ocupam os parlamentos. E eu me orgulho muito de ter feito parte da história do PSOL, mas eu me orgulho muito de continuar nessa história, rumo aos próximos 20 anos.

Neste momento, a extrema-direita faz o Brasil de refém. as pautas impopulares no Congresso. E aqui em São Paulo Tarcísio de Freitas radicaliza também, em forma e conteúdo, na política. E nós vamos enfrentando aqui, né, Guilherme? Né, Ediane? A Paula não está aqui. Né, Giannazi?

Roubou a educação e o futuro dos jovens pretos e periféricos. Quer vender as nossas terras, quer enfiar goela abaixo a teoria da prosperidade para encerrar direitos e assistência social.

Nós temos um desafio ainda maior para o futuro, de manter a nossa radicalidade para ajudar jovens a continuarem a sonhar com o impossível, ajudar a população a sonhar uma nova realidade que para a gente é possível.

Nós lutamos bravamente nos últimos 20 anos, mas, infelizmente, o presente e o futuro exigem de nós mais. Por isso, eu tenho muito orgulho de estar junto com vocês para construir os próximos 20 anos, pessoal.

Obrigada.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento, convido a deputada estadual Ediane Maria.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL – Ai, quanto nós caminhamos, não é? Quero dar aqui uma boa noite a todos os fundadores do PSOL, aqueles que não retrocederam ou não olharam para trás, mas construíram um partido forte e que, ouvindo aqui a história do Giannazi, ouvindo a história aqui da Monica, do nosso presidente, que é jovem, assim como eu, no PSOL, Gabriel, eu fico muito feliz e lisonjeada.

Eu não vi o PSOL nascer. Eu sou de uma parte, de uma parcela, que primeiro começou a sua luta no MTST, no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto. Não entendia de política partidária. Eu nem sabia para que servia um partido, porque ninguém falava de partido para mim.

E eu me orgulho muito, lá em 2018, quando eu vi o Guilherme Boulos entrar no PSOL e fazer uma reunião com toda a nossa militância, explicando um pouco para nós e muito do que era aquele desafio e o que estava colocado em 2018, quando o bolsonarismo avançava, o fascismo avançava no nosso País.

Foi uma disputa para nós, muito difícil, nós que éramos ali apartidários, e que simplesmente lutávamos e apontávamos quem quer que fosse. Nossa luta sempre foi e sempre será a moradia, a dignidade humana.

Então, quando a gente veio, e aí está aqui a Camila, que abriu esse evento maravilhosamente bem. A gente saía, Camila, lá em 2020, fazendo campanha, mas falando do partido, do porquê que nós decidimos ir para o PSOL, e como nos enchia de orgulho e nos enche de orgulho, Monica, poder falar que nós não estamos envolvidos em nenhum tipo de corrupção.

Nunca nos corrompemos, somos aqueles que vamos, sim, determinar o passado. Falamos do passado, olhamos para o presente e vamos construindo o futuro. Lutando pelo fim da escala 6x1.

Também, gente, voltando um pouco atrás, eu falo que eu conheci o PSOL também a partir da Marielle. Sabe aquele abraço de uma irmã que você não deu? Foi muito ruim não ter abraçado da Marielle, mas eu vi na Marielle que era possível uma pessoa como eu poder ocupar o Parlamento, ao ouvir o seu discurso de que a periferia quer viver.

Então, eu olho com muito orgulho e vejo aqui o movimento VAT, Vida Além do Trabalho. Olho para o Congresso Nacional e vejo os nossos representantes ali que lutaram muito esta semana e que mostraram a sua força e a sua coragem diante do retrocesso de um Congresso que é, sim, inimigo do povo.

Olho para o PSOL e vejo que vocês me abraçaram. Muito obrigada, gente. Muito obrigada por permitir que uma trabalhadora doméstica pudesse ser eleita por vocês, pelo estado de São Paulo.

Eu vi ano passado várias pessoas que olharam para eles mesmos e falaram: “não, a minha mãe é empregada doméstica, eu quero disputar, eu quero falar da minha mãe. Mas eu também, enquanto trabalhadora doméstica, eu também quero conhecer o PSOL, eu também quero conhecer os movimentos sociais. Eu quero falar de todos os movimentos que compõem esse partido”.

E por isso que eu falo que é um movimento de rua, é um movimento que está na periferia. Está na periferia. Como é bom subir o morro, poder falar com o povo, poder falar do PSOL, poder falar dos movimentos sociais que compõem esse partido.

Eu tenho muito orgulho, muito orgulho, porque quando eu falo do PSOL eu falo de mim, eu falo da nossa história. Quero saudar o Stan que está aqui, que viu esse partido nascer. Eu queria uma salva de palmas para o Stan. (Palmas.)

E é tanta coisa, tanta memória. Não é, gente? Então eu trago esse canto. Quero saudar cada parlamentar nosso no Brasil inteiro, que está ali resistindo. Somos colocados o tempo inteiro como minoria, mas aquele que não deixa a sujeira debaixo do tapete.

É aquele que expõe, que obstrui, que coloca as mazelas, mas que se reúne na rua. Estaremos agora, domingo, gente, novamente. Sem anistia para golpista e contra a PEC da Bandidagem. É isso que está em jogo.

Então, novamente, a gente está muito alinhado. Estou muito feliz, mais uma vez, porque está nesse mandato, aqui junto com o Giannazi, que é nosso decano, é o nosso decano. Eu quero uma salva de palmas para os nossos decanos que abriram espaço nessa casa, obviamente. (Palmas.)

Abriu espaço, Giannazi. É sobre isso, é sobre inspirar, é sobre trazer o parlamento para a necessidade real. Sabe real? Quando eu vou na periferia falar com o povo, eles se assustam comigo, eles falam assim: “Mas quem é você? Está vindo aqui pedir voto?”

Eu falo: “Não, meu irmão, calma aí. Eu estou aqui para te ajudar contra o despejo que está vindo. Eu estou aqui para falar que o nosso mandato, que o nosso partido está à disposição para estar lutando com você, você não está sozinho aqui.”

Foi assim que nós demos resposta na Favela do Moinho, foi assim que nós nos organizamos em várias periferias, não só do estado de São Paulo, mas do Brasil inteiro, sempre pautando os movimentos sociais, a necessidade real.

Não adianta falar de Brasil se não pautar o Congresso Nacional e as Casas Legislativas pelo fim da escala 6x1. Não adianta falar de política se não pautar pelo fim dos impostos cobrados, inclusive, que nós pagamos mais.

Quem diria? Nós bancamos o País, e eles o tempo inteiro varrem um projeto que é fundamental, que é a isenção de impostos para quem ganha até cinco mil reais, e nós estamos pautando. Que coisa boa ver a Erika Hilton colocando o dedo na cara daqueles fascistas.

Nós colocamos, gente, a primeira mulher trans no Congresso Nacional. Olha que lindo. Nós temos hoje o Ministério dos Povos Indígenas. Sonia Guajajara está ocupando ele. Nós temos também no Congresso Nacional, o primeiro sem-teto, Guilherme Boulos, ocupando aquele espaço.

Então, estou muito feliz por ver a nossa bancada que, de fato, é essa cara aqui, é a cara preta, também está ocupando. Mulheres trans também estão ocupando. A juventude também está ocupando. A periferia está ocupando e está muito bem representada.

Então, eu quero saudar esses 20 anos de PSOL. E o futuro é esse, gente. O futuro é daqui. Inclusive, Giannazi, vai ter uma festinha. Vai fazer 20 anos que você está aqui. Gente, o Giannazi está aqui desde 2007. Ou seja, em 27, gente, tem que fazer uma festa aqui novamente com vocês. (Palmas.)

Eu quero saudar a nossa liderança também. Queria saudar também aqui o Marcos, que é a nossa liderança do PSOL. Queria uma salva de palmas para ele, que está aqui, que é quem nos orienta. Parabéns, Marcos, muito obrigada por ser nossos olhos aqui dentro. Sabe, eu fico muito feliz.

Eu cheguei aqui com medo, muito medo, mas eu falei: “não, eu não estou aqui sozinha”. Eu não estou aqui sozinha, porque o PSOL fez o primeiro café da manhã com os funcionários da Limpeza aqui desta Casa. Pela primeira vez nós olhamos para eles e falamos: “vocês estão com a gente”. Quem sou eu, o que eu represento aqui dentro, de onde eu venho? (Palmas.)

Eu fico feliz em homenagear as Cozinhas Solidárias também, que compõem esse partido com muito orgulho. Eu quero saudar o povo pelo povo, o MTST, todos os movimentos de juventude que ocupam este espaço. Sabe por quê? O futuro vai ser determinado por esses movimentos, pela juventude.

Então, viva o PSOL. Quero muito poder contribuir com mais 20 anos, mais 30, mais 50, mais 100, mais mil anos. Não vou estar aqui, mas que a gente inspire as próximas gerações.

Muito obrigada.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Um aparte. Posso pedir um aparte, rapidamente? Só um aparte. Pela ordem, só pela oportunidade, deputado Cortez, eu queria só falar duas coisas.

Primeiro, registrar a presença da filha da Lisete Arelaro, aqui presente. Grande Lisete, foi nossa professora, nossa educadora e nossa candidata ao governo estadual, aqui em uma das eleições.  (Palmas.) E dizer que a Assembleia Legislativa, minha gente, não tem 94 deputados, tem 95, e o Marcos é o 95º deputado da Assembleia Legislativa. E é o 6º deputado da bancada do PSOL.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Dando continuidade, vamos convidar as meninas da Bancada Feminista, a codeputada Carol Iara, a codeputada Mariana Souza e a codeputada Sirlene Maciel.

 

A SRA. CAROLINA IARA - Como é que está? (Fala fora do microfone.) É travesti alta, não é, meu bem? Então tem que arrumar o microfone. Boa noite, PSOL.

 

TODOS - Boa noite.

 

A SRA. CAROLINA IARA - Boa noite, PSOL!

 

TODOS - Boa noite!

 

A SRA. CAROLINA IARA - Axé. Primeiramente, sem anistia, sem PEC da Blindagem e sem perseguição e cassação a mandatos combativos de mulheres negras dentro desta Casa. (Palmas.) Obrigada. Não vai ter perseguição a mulheres negras aqui dentro e nem a esquerdistas e socialistas. Nós vamos lutar para que isso não aconteça.

Nós viemos aqui celebrar os 20 anos do PSOL, um partido que ousou fazer a resistência viva da esquerda brasileira, levar a esquerda ainda mais para a esquerda. Nós somos o partido que sempre, sempre foi um instrumento de luta da classe trabalhadora, mas que também soube se atualizar ao longo do tempo e trazer para dentro de si os movimentos sociais que fazem luta na base, que fazem a luta acontecer nos diferentes setores e naqueles setores mais marginalizados da nossa sociedade.

Desde as primeiras figuras que fundaram, os nossos decanos e decanas do PSOL... Não vou citar os nomes para não ficar um climão chato de que “nossa, a Carol esqueceu os nomes dos fundadores”, então não vou citar o nome de ninguém, mas desde essa época até os dias de hoje, até as campanhas que movimentaram a juventude, que reencantaram aquelas pessoas que já estavam desencantadas com a política, desacreditadas, nós conseguimos trazer esses estratos que lutam para dentro da política, não só dentro das institucionalidades, mas também fora, sempre com um pé dentro e fora dos espaços institucionais.

Se o PSOL tem uma marca, essa marca é da ousadia. Essa marca é de ter, dentro de nossas fileiras, aqueles que sempre estiveram na sarjeta, as travestis, as pessoas LGBTQIA+, as pessoas negras, a classe trabalhadora sem direitos. Nós, os povos indígenas, os povos negros, nós pegamos, acolhemos e colocamos nas trincheiras de lutas diferenciadas, para que esses estratos que antes não eram ouvidos pudessem estar em espaços institucionais.

E mais: é um orgulho para nós, aqui na Assembleia Legislativa de um dos estados mais conservadores do País, nós termos conseguido trazer dois mandatos coletivos.

Conseguimos trazer três mandatos com mulheres negras a um espaço em que só tínhamos Theodosina Ribeiro e Leci Brandão. Salve, Leci Brandão! E antes disso poucas pessoas negras estiveram aqui neste espaço, dado o conservadorismo, o racismo que esta Assembleia Legislativa e as casas legislativas possuem neste País.

Então, nós temos essas mulheres negras em luta, que estão aqui resistindo e que não serão perseguidas. Nós temos um decano, um quadro histórico em defesa do serviço público, que vem sendo sucateado no estado de São Paulo, e nós temos um jovem LGBT que tem nos liderado com bastante eficácia, com bastante eloquência e que tem trazido também um dinamismo para o nosso partido.

Então, estamos aqui celebrando essa pluralidade e pedindo para que, juntas, juntos, juntes... E não adianta a extrema-direita surtar com a não-binariedade, com linguagem neutra. A gente vai fazer, a gente vai falar, nada vai nos calar e nós vamos continuar para os próximos 20, 40, 60, 80, 100 anos de PSOL, com certeza.

Agora passo para as minhas colegas da Bancada Feminista. (Palmas.)

 

A SRA. MARIANA SOUZA - É impossível falar da história, da nossa história, da história do PSOL sem falar de Marielle Franco, símbolo maior dessa virada histórica do PSOL, uma mulher negra, lésbica, favelada, que transformou sua vida em trincheira de luta pelos Direitos Humanos.

O PSOL não deixa e não deixará de perguntar: quem matou Marielle Franco? Quem mandou matar a nossa companheira? Se essa pergunta ecoa até hoje é porque nós temos, tivemos e continuaremos tendo a coragem de não nos silenciarmos.

Precisamos afirmar com clareza: a violência política não é uma lembrança distante, mas é uma realidade que insiste em se repetir. Recentemente, aqui dentro desta Casa Legislativa, vimos uma de nossas parlamentares ser atacada com gritos e murros na mesa em uma tentativa covarde de intimidação.

Estamos, neste momento, o nosso mandato da Bancada Feminista, passando por uma tentativa de cassação por conta da nossa atividade de combate ao machismo dentro da Assembleia Legislativa.

Não se trata de um caso isolado. Trata-se de um projeto de poder que busca expulsar da política institucional as mulheres negras, as LGBTs, os setores populares da classe trabalhadora. Tentam nos dizer que este espaço não é para nós, mas a nossa resposta é firme: nós não vamos recuar.

Foi assim em cada luta que travamos nesses 20 anos, contra as elites do estado de São Paulo que ainda devem tanto a nós, o povo trabalhador, sempre com coragem, sempre com coerência, sempre com o pé fincado nas ruas e nas lutas. (Palmas.)

 

A SRA. SIRLENE MACIEL - Boa noite. Por fim, queremos dizer que as campanhas do PSOL no Brasil todo deram um exemplo de como fazer política diferente. Do Plínio ao Boulos, à Sonia Guajajara, a nossa querida guerreira Luiza Erundina, o PSOL conseguiu encantar a juventude, conseguiu reoxigenar a esquerda, e trouxe para o centro do debate a luta pelo socialismo, a luta em defesa do feminismo, a luta antirracista e a luta em defesa da democracia.

Hoje, quando a gente comemora os 20 anos, estamos diante de novos desafios, como, por exemplo, a ascensão da extrema-direita, o imperialismo que ataca as nossas vidas, as mudanças climáticas.

É hora de reafirmar o compromisso do PSOL com suas pautas históricas, de dizer que é fundamental a unidade entre nós, mas a unidade sem perder a ousadia, a força da nossa luta e a nossa resistência para enfrentar a extrema-direita e para enfrentar o imperialismo.

O PSOL se coloca hoje como essa ferramenta importante e fundamental para trazer à tona o socialismo, a luta e as vozes dos oprimidos e do conjunto da classe trabalhadora, porque o PSOL é esse partido diverso, é um partido da classe trabalhadora. Nós queremos dizer também, por fim, que a nossa luta, nós vamos continuar transformando a dor em luta e nós não aceitaremos silenciamento dos lutadores.

Esse é o PSOL. Viva os 20 anos do PSOL, viva Marielle Franco, viva a luta das mulheres negras, viva a luta das LGBTs, viva a luta das trabalhadoras e dos trabalhadores do País. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito obrigado.

Quero dizer que, como líder desta bancada, o mais jovem líder de uma bancada parlamentar aqui na Assembleia, é uma grande honra liderar o PSOL, que é a bancada mais combativa do estado de São Paulo, a pedra no sapato do Tarcísio, e essa semana em que, de maneira covarde, tentam cassar dois mandatos nossos, o mandato da Monica e o mandato da Bancada Feminista, nós estamos com vocês. Não vão silenciar vozes feministas, mulheres negras, não vão calar o PSOL na Assembleia Legislativa, porque o nosso partido tem muita força e é isso que os incomoda. Estamos com vocês.

Agora, eu queria pedir ajuda do Marcos, de quem vocês tanto ouviram falar, para a gente entregar uma pequena lembrancinha, uma homenagem para os nossos deputados. Acho que a Fabi está com a homenagem. Se o Marcos puder vir aqui também.

Começando pelo nosso decano, Carlos Giannazi, que abriu as portas desta Assembleia para os servidores públicos, para os professores, para a luta em defesa da Educação. Onde tem luta, tem o Giannazi lá. Vocês sabem muito bem. Queria pedir para o Marcos entregar essa homenagem para o Giannazi, aqui no meio, se puderem. Uma salva de palmas para o Giannazi, pessoal. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pedir também para o Marcos nos ajudar a entregar para a nossa combativa deputada Monica Seixas, que abriu esta Casa para o movimento negro, mandatos coletivos, e é uma lutadora, ecossocialista, feminista. Um orgulho tê-la na nossa bancada, Monica. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pedir para o Marcos nos ajudar a entregar também uma homenagem para a primeira empregada doméstica eleita deputada estadual no estado de São Paulo. (Palmas.) Ocupando a Assembleia Legislativa junto com os sem-teto, com os movimentos populares, Ediane Maria. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - E pedir para o Marcos nos ajudar a entregar uma homenagem para esse mandato que não representa uma, mas cinco mulheres de luta, de todas as lutas, a Bancada Feminista do PSOL. (Palmas.) Representa a luta do movimento negro, feminista, dos servidores, a luta ambiental. Viva a Bancada Feminista! E a Bancada Feminista fica! (Palmas.)

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - E agora, para quebrar o protocolo, gente, o nosso momento “Arquivo Confidencial”, do Faustão... A minha a gente recebe depois...

Eu queria convidar os nossos mandatos para a gente entregar uma homenagem para o Marcos, que sem ele não existiria PSOL na Assembleia Legislativa. (Palmas.) Eu quero uma calorosa salva de palmas para a gente homenagear o Marcos. (Palmas.) Ele não sabia disso, viu, gente? (Palmas.)

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Viva a bancada mais combativa do estado de São Paulo! (Palmas.) Passar para a nossa querida mestre de cerimônias, para dar continuidade.

E lembrar também nossos ex-deputados, Isa Penna, Erica Malunguinho, Raul Marcelo, João Paulo Rillo. (Palmas.) Todos eles que fizeram a história do PSOL como o partido mais combativo de São Paulo, o terror da extrema-direita e que estão inscritos na história do nosso partido.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Dando continuidade, eu quero agradecer a presença da Fernanda Castelano, vereadora de São Carlos. (Palmas.) Tiago, do Fórum da População de Rua de São Bernardo de Campo. (Palmas.) Dando continuidade, eu passo a palavra para a presidente estadual, Débora Lima. (Palmas.)

 

A SRA. DÉBORA PEREIRA DE LIMA - Boa noite, companheiros e companheiras! Que dia lindo, que dia histórico. O coração aqui está... Não sei nem explicar o sentimento de estar aqui, nessa atividade aqui hoje. Vejo aqui companheiros e companheiras que, durante essa trajetória de 20 anos do partido, ajudaram na linha de frente a construir o Brasil, defender a classe trabalhadora de todos os retrocessos.

Eu, como a Ediane, como a Claudinha que veio aqui, diferente dos outros companheiros que me antecederam, que estão desde a fundação do partido, eu, assim como muitas mulheres que ainda hoje moram na periferia, eu não via, eu não entendia de política.

Para mim, a política estava muito distante da nossa realidade. Eu sou moradora do fundão do Capão Redondo, sou uma mulher negra, sou mãe solo, e eu vim entender a importância de estar ocupando os espaços da política quando encontrei o MTST. E o MTST me mostrou a importância de estar nesse espaço.

Hoje, sou presidente do PSOL no estado de São Paulo, mas, algum tempo atrás, talvez não estaria nem no microfone falando, porque, infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade que quer nos colocar em uma caixinha, que coloca que o lugar de mulher, e principalmente mulher negra, é nos subempregos.

Ter aqui a nossa primeira empregada doméstica eleita, ter aqui a diversidade, companheiros LGBT, ter uma bancada combativa. Queria saudar aqui os nossos deputados estaduais que vêm fazendo um enfrentamento importantíssimo aqui na Alesp. Sabemos que realmente vocês defendem a classe trabalhadora.

Ter o PSOL, que é esse partido diverso, e ter eu, uma mulher que nunca pensei que estaria ocupando esse espaço aqui, é mostrar que o PSOL está no caminho certo. (Palmas.) Uma mulher que tinha medo de falar, uma mulher que questionava essa sociedade, o porquê dos porquês, mas o partido PSOL me abraçou.

E só foi possível isso acontecer porque tiveram companheiros que me antecederam, companheiros que acreditaram que é possível, sim, a gente transformar a sociedade que a gente veio, companheiros aqui que, como foi falado, tiveram que fazer assinaturas, rodar o Brasil todo atrás das assinaturas, companheiros que tiveram que participar de muitas lutas, que tiveram que abraçar os movimentos sociais.

E hoje, sem sombra de dúvida, falo que o PSOL é o partido que abraça os movimentos sociais, que o PSOL é um partido que cada vez mais está se enraizando nas periferias. Sabemos que estamos vivendo momentos difíceis, momentos em que tivemos que enfrentar diversas lutas, lutas que às vezes trouxeram retrocessos, que agora estamos correndo atrás.

Estamos vendo o avanço da extrema-direita a todo momento. Comemoramos a prisão do Bolsonaro, vem a PEC da Blindagem, vem a PEC da Anistia. A todo momento, como campo progressista, precisamos nos organizar. Mas não tenho dúvida de que o PSOL é o partido que, hoje, está na linha de frente para organizar a classe trabalhadora para um País, uma sociedade que merecemos.

Que venham mais dez, mais 20, mais 30, como a minha companheira Ediane falou. Talvez 70 anos a gente já não esteja aqui, mas sabemos que estamos fazendo história para uma sociedade justa e igualitária para todos nós e para os nossos filhos. Então, viva a luta do partido!

É isso, gente.

E essa é minha deputada. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - É ótima, não é? Dando continuidade, Israel Dutra, com a palavra.

 

O SR. ISRAEL DUTRA - Camaradas, vou ser sucinto, breve. Agradeço o convite pela Fundação. Essa atividade, convocada por Guilherme Cortez, vem em boa hora. Cumprimento a Mesa, todos presentes. Nossa deputada Monica, Toninho Vespoli, Débora, nossa presidenta nacional, Paula, a Bancada Feminista, Ediane, que está brilhando aqui. Não sei se tem mais alguém à ponta da Mesa...

Mas quero trazer três reflexões aqui, porque vejo os rostos muito familiares, que construíram e deram o seu melhor para que o PSOL estivesse em pé hoje, 20 anos da legalização, 21 anos da nossa fundação. A primeira questão, fazendo coro um pouco com a Monica, nossa camarada, é que o PSOL é o partido das lutas do porvir.

Por mais importante que sejam as homenagens, a tarefa mais importante, e todos que estão aqui se irmanam nisso, é estar nas ruas no domingo. Por mais importante o que nos carregou até aqui, o que vem pela frente é definitivo, é decisivo. Ou seja, a luta contra a anistia é a luta de toda a classe do povo brasileiro.

E nisso o PSOL não vacilou. E nisso o PSOL foi um dos partidos que votou de forma unânime a favor do povo, contra a PEC da Blindagem. Então, nós temos que usar essa atividade para nos armar para as batalhas que vão vir e não vão terminar no domingo.

Falou-se aqui da 6x1, falou-se aqui do problema tributário. Nós acabamos de ter um plebiscito popular muito importante, muito relevante, que demonstra a vontade do povo de taxar os ricos. Portanto, nós temos essas batalhas. Mais do que celebrar, armar politicamente.

Segundo, falo em nome da Fundação, em nome de Luciana Genro, Mariana Riscali, mas quero referendar aqui os fundadores do PSOL. Não porque são melhores, mas porque acertaram politicamente ao albergar um partido que tem tantos lutadores diversos.

Eu acho que aqui, posso arriscar, Guilherme, nós temos três fundadores que eu gostaria de fazer menção, não sei se mais. Camarada Celso Lavorato, camarada Júnia Gouvêa, camarada José Afonso da Silva. (Palmas.)

São patrimônios do PSOL, assim como vários de nós, que poderíamos falar em muitos. Não sei se tem mais algum fundador aqui, que eu me esqueço, pelo perdão da memória. (Vozes fora do microfone.) O Miguel, ele vale por um fundador, porque ele vem de muito longe.

Ele vem do MEP, ele vem da Mosp. Ele é tão antigo e valioso, mas ele foi parte da segunda fundação do PSOL, não é, Miguel? Mas nos ajudou muito na primeira. Mas ele vale a pena ser dito.

Eu digo isso como registro histórico, não para polarizar, mas para marcar a verdade política, que o PSOL foi um desafio, foi uma aventura, mas é uma realidade. Os que fizeram o PSOL e os que fazem o PSOL cotidianamente são parte da luta do povo brasileiro, com as suas virtudes, com seus problemas e com as suas debilidades.

Portanto, o terceiro elemento, Guilherme e demais, e fecho com isso: nós temos que nos preparar para uma grande batalha. E isso é muito importante. Nós, do MES e de várias correntes políticas do PSOL, tivemos a nossa parcela, mas não somos os únicos. A grande virtude do PSOL é que ele é um partido plural, é que ele é um partido como uma tenda ampla, em que cabem diferentes gerações, diferentes lutas, diferentes histórias e diferentes organizações.

Por isso, a validade e a virtude do PSOL é o seu pluralismo. Porque não é só um partido do socialismo, é um partido também da liberdade. E é com isso, e com essa ousadia e com essa força, que o Guilherme nos trouxe para essa reflexão que nós vamos enfrentar as lutas, nem melhores nem piores, mas de acordo com o patamar de consciência e luta do povo brasileiro. Esse é o desafio do PSOL, e por isso que valeu a pena, camaradas. Valeu a pena e vai seguir valendo a pena.

Viva o PSOL!

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos também um dos organizadores dessa atividade, o Professor Toninho Vespoli.

 

O SR. PROFESSOR TONINHO VESPOLI - Bem, boa noite a todes e a todos. É muita gente boa aqui para cumprimentar. Então, eu vou aqui cumprimentar a Paula e a Débora, que são as nossas presidentas nacional e estadual, cumprimentando aqui todos os vereadores, vereadoras, parlamentares que estão na Mesa, os presidentes de diretório e toda a militância aqui do PSOL.

Não tem como olhar aqui hoje e a gente não ficar emocionado. Para mim, realmente, eu estou muito emocionado hoje aqui. Porque, assim, eu não fui fundacional, e aí eu lembro ali da Júnia, naquele momento. Eu acho que o histórico do PSOL, e a gente como servidor público, não aceitar a reforma da Previdência foi importantíssimo para a fundação do PSOL.

E mais, o PSOL vem para superar experiências de campos democráticos e reafirmar que somos socialistas. Então, é importantíssimo o nascimento do PSOL. E não foi uma tarefa fácil. Eu lembro, quando eu queria sair já do PT, eu saí em 2005, eu queria sair em 2004, alguns militantes nossos já estavam recolhendo a assinatura para o PSOL. Eu só não saí naquele momento porque, no meu núcleo, eu ia sair sozinho, e não é bom sair sozinho.

Aí esperei mais um ano, conseguimos sair em treze. O Fernando é um deles que está aqui. Nós fizemos a primeira reunião do núcleo em Sapopemba, 13 pessoas, olha que coisa, que número, 13, lá no quintal da minha casa. E a gente foi vendo, aos poucos, o PSOL crescer; ia entrar muita gente boa, muitos lutadores e lutadoras, e entrar resistência, que hoje é resistência, MTST, e o PSOL ser o que é hoje.

Então, se naquela época a gente tinha uma tarefa importante, que era reafirmar o socialismo e superar as experiências que nós tivemos no campo progressista aqui no Brasil, hoje é bem maior. Mas é muito maior. Porque hoje a gente tem outro tipo de sociedade, uma sociedade onde os valores da extrema-direita ganharam parte do povo, e a parte do povo mais periférico.

Na minha época, quando eu militava, eu vou fazer 60 anos no mês que vem; 18 anos eu comecei a militar, 42 anos de militância. E, olhe, na minha época, lá quando eu era jovem, você não via direita organizada na periferia, como a gente vê hoje. Então, os nossos desafios, para nos contrapormos aos valores da extrema-direita, hoje os desafios são bem maiores.

E a gente tem que ter um partido organizado para dar resposta à altura, que, sim, a gente quer o poder de ganhar prefeituras, estados e União, mas não podemos esquecer que a gente não vai fazer isso se a gente não tiver povo organizado e, cada vez mais, o PSOL se enraizar nas periferias de todos os municípios desse Brasil. Então, a tarefa nossa principal é organizar as pessoas, ganhar corações e mentes para os nossos sonhos.

Eu acho que, se a gente fizer essa tarefa, a gente vai para o bom caminho. E eu acho que nós estamos no caminho certo. Eu tenho certeza de que o PSOL não é o único partido que vai dar respostas para tudo isso, mas hoje também nós estamos muito mais abertos de estar caminhando com frentes para dar resposta a tudo isso. Mas o PSOL, com certeza, vai ser um elemento chave para essa construção.

Eu não sei o que vai acontecer depois dos governos do PT agora, do governo Lula, mas eu tenho certeza de que o PSOL vai estar à altura de ir com outros partidos e com os movimentos populares a reformular toda a esquerda brasileira. Então, nossa tarefa é grande. Sem anistia; fora, bandidos; fora os corruptos, e o PSOL nasceu para brilhar.

Um grande abraço. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Queria registrar a presença também e pedir uma salva de palmas para a vereadora Dandara Gissoni, de Caçapava, que ainda não é do PSOL, mas está aqui junto com a gente, uma companheira de luta da esquerda do interior. Bem-vinda, querida.

Obrigado por estar aqui conosco.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Guilherme, não que seja uma indireta, mas quem quiser ficha, eu tenho aqui, está bom? Só lembrando que dá tempo.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E também vou agradecer ao Leonardo Zampieri, presidente do PSOL de Vargem Grande Paulista.

Dando continuidade, eu passo a palavra para a nossa presidente nacional do PSOL, Paula Coradi.

 

TODOS - Minha presidenta! Presidenta! Presidenta! Presidenta! Presidenta! Presidenta! Presidenta! Presidenta!

 

A SRA. PAULA CORADI - Boa noite, companheirada! Boa noite! Eu queria dizer que estou muito feliz. Assim como o Toninho, também estou muito emocionada com a noite de hoje, porque essa carinha de jovem aqui que vos fala é um pouquinho mais velha do que vocês pensam. E a história do PSOL sempre atravessou a história da minha vida enquanto militante.

E eu queria, antes disso, antes de entrar mesmo no assunto, agradecer ao Guilherme Cortez por ter proposto essa sessão solene, que, de uma certa forma, está nos abraçando nesta noite. Quero agradecer a cada deputado e deputada que está aqui presente, que fazem o PSOL ser... É a nossa melhor vitrine, são os nossos parlamentares, que são tão combativos, que sempre são tão corajosos.

Agradecer a presença do Toninho, representando a bancada municipal. E a toda a direção do PSOL. Queria saudar a nossa presidenta Débora, dizer que tenho um orgulho enorme de ter você como presidenta, com a sua trajetória, por tudo que você falou, só deixa a gente ainda mais orgulhoso desse partido. Muito obrigada por nos conduzir. Muito obrigada, Débora.

Mas eu queria dizer, gente, antes, que foi colocado aqui o quanto foi difícil a construção do PSOL. O PSOL foi um partido muito desafiador e desafiado também pela conjuntura. Então, por isso, eu queria saudar cada pessoa que esteve aqui desde o início, porque a caminhada foi muito dura.

Em nome dessas pessoas, eu quero saudar as presidências estaduais que passaram pela história do nosso partido, que seguraram a bucha e construíram o PSOL aqui no estado de São Paulo, mesmo em meio a tantas dificuldades que nós atravessamos.

Então, queria saudar a Júnia, o Paulo Bufalo, o Miguel Carvalho, o Juninho, o Matheus e a nossa presidenta Débora. (Palmas.) E eu queria pedir uma salva de palmas também para duas pessoas muito importantes, que não estão aqui entre nós, mas que foram fundamentais na construção do PSOL São Paulo, que é a professora Lisete e o Plínio de Arruda Sampaio. (Palmas.)

E eu queria continuar dizendo que, antes de ser presidenta do PSOL, eu sou uma militante desse partido. E essa semana, esse partido, a nossa bancada, me orgulhou de um jeito que parecia que eu era aquela menina de 20 anos atrás, porque o PSOL é um partido que muito me orgulha. Eu tenho muito orgulho de ser presidente desse partido, mas, sobretudo, eu tenho muito orgulho de ser militante desse partido.

Eu tenho muito orgulho de a gente não ter se curvado ao lado fácil da história e demonstrar, a partir da fundação do nosso partido, que dá, sim, para ser de esquerda, para ser radical, não ter vergonha da palavra socialismo e defender o socialismo como uma estratégia política.

O PSOL foi o partido que não abaixou as suas bandeiras em nenhum momento, não importa quão difícil era a discussão ou quão difícil era a conjuntura que se apresentava para nós naquele momento. O PSOL é um partido que tem coragem, que tem ousadia.

É um partido que nunca teve medo de enfrentar contradições, como fizemos no golpe de 2016. O PSOL era oposição ao governo Dilma, mas nós sabíamos que aquilo era um golpe e a gente não teve medo de enfrentar essa contradição e dizer, com todas as letras, o que aquilo representava.

O PSOL é um partido que tem coragem de se abrir para os movimentos sociais, como o MTST e a Apib, como foi feito em 2018. E eu quero dizer, Débora e Ediane, que nós temos um orgulho danado de ter vocês, de ter o MTST no nosso partido, porque o MTST foi um movimento que esteve também junto conosco em 2015, na fundação da Povo Sem Medo; foi quem enfrentou nas ruas as contradições do governo Dilma, sem ser sectário.

O PSOL não teve medo de se posicionar do lado certo da história. O PSOL não teve medo de entender que pautas que foram negligenciadas pela esquerda por tanto tempo precisavam ser abraçadas.

O PSOL não tem medo de dizer que é o partido do feminismo, do antirracismo, da luta anti-LGBTfóbica, da luta ambiental, da luta indígena e é o partido que conseguiu combinar essas lutas com as lutas históricas da classe trabalhadora.

Então eu queria dizer que o PSOL é um partido que muito nos orgulha. É um orgulho danado ver o Matheus, do VAT, vir aqui dizer que nós somos o partido que ele reconheceu, que é o partido que defende a classe trabalhadora. E isso é um motivo de muito orgulho para nós.

E, mais do que isso, eu queria dizer que nesta semana, nos dois últimos dias, terça e quarta, o PSOL nos encheu de orgulho, porque a bancada votou unificada contra a PEC da Blindagem, contra a PEC da Bandidagem, enfrentou com coragem no plenário.

O PSOL é um partido de ousadia, de coragem e que sempre acreditou que a mobilização popular também é fundamental para a gente atravessar todo o período histórico que nós atravessamos. É claro que hoje a conjuntura é diferente, mas não queria me ater a isso. Porque eu quero dizer que eu tenho muito orgulho desse partido.

Eu tenho muito orgulho de ter dedicado os meus anos de juventude, que já se foram, mas eu tenho muito orgulho de dizer que eu construí esse partido e que, se hoje esse partido é viável, é um partido que é visto como realmente uma opção, isso foi fruto de trabalho de todo mundo que está aqui.

Com certeza, os fundacionais, quem veio lá... Eu sou da leva de 2005, na minha referência política, mas todos nós construímos o partido e todos nós que estamos aqui fizemos escolhas e opções que foram muito difíceis para construir o PSOL.

Então, embora nós tenhamos uma trajetória muito bonita, todo mundo sabe a dificuldade que foi construir esse partido, tornar ele viável. E eu tenho muito orgulho de cada companheiro e cada companheira que está aqui, que ajudou a fazer o nosso partido ser o partido de todas as lutas, o partido que não abaixa suas bandeiras, o partido combativo e um partido que pode ser, sim, alternativa real de poder e que vai, sim, mostrar que o socialismo e a luta por ele segue mais viva do que nunca.

Então, viva o PSOL! (Palmas.) E eu tenho duas coisas... Ediane, antes da festa do Giannazi, do 27, tem a festa 28 de setembro. O PSOL nacional vai realizar, lá no Galpão Elza Soares, no Campos Elíseos, vai ter festa de 20 anos do PSOL, vai ter uma solenidade, depois vai ter feijoada, samba e um bloco de carnaval. Então, todo mundo está convidado. (Palmas.)

Mas, antes disso, domingo, todo mundo na rua. Bora enfrentar esses canalhas e mandar eles para a lata do lixo da história. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Sem anistia!

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Sem anistia! Sem anistia!

 

TODOS - Sem anistia! Sem anistia!

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Um recadinho antes, pessoal. Mais uns dez minutinhos e a gente vai acabar. Tem novidade... Calma, que tem festinha depois. Espera aí, vamos continuar.

Agradecendo a presença da Vanuza Donizeti, presidente do PSOL de Itapecerica da Serra. (Palmas.) Agradecendo também a presença de Denise D’Oxum, presidente do PSOL em Embu-Guaçu. (Palmas.)

Neste momento, eu passo a palavra ao deputado Guilherme Cortez. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Boa noite!

 

TODOS - Boa noite.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Vocês já estão cansados? Boa noite, PSOL!

 

TODOS - Boa noite!

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Olha, geralmente a gente sobe nesta tribuna - eu estava falando com a Ediane - pronto para o combate, não é? Porque, geralmente, quando a gente está neste plenário, a gente está olhando para uns deputados de extrema-direita, horrorosos, que estão sempre lá sedentos para tirar o que é do povo. Hoje, pela primeira vez, estou me sentindo em casa neste plenário.

E que prazer poder abrir as portas desta Assembleia tão reacionária para, pelo menos nesta noite, ela estar sendo ocupada pelos lutadores. Eu quero saudar cada deputado, cada vereador, cada dirigente partidário, cada militante do Partido Socialismo e Liberdade que está aqui hoje construindo o nosso partido.

Eu quero agradecer aos deputados que me dão a honra de liderar a bancada mais combativa da Assembleia Legislativa: Giannazi, Ediane, Monica e toda a Bancada Feminista. Tem sido uma grande honra, um grande desafio e aprendizado para mim, tão jovem, poder liderar essa bancada com tanta responsabilidade. Mas só por mais 15 dias, depois vou passar o abacaxi para a Ediane, viu? Aí, qualquer problema, vocês procurem por ela.

Quero agradecer muito ao Toninho, que lidera muito bem a nossa bancada na Câmara Municipal de São Paulo, que foi a primeira pessoa que me procurou para a gente organizar essa atividade. Muito obrigado, Toninho. (Palmas.)

No nome da Débora, nossa aguerrida presidente estadual, agradecer a todo o Diretório Estadual de São Paulo. Em nome da Paula Coradi, nossa excelente presidente... “No meu partido, eu boto fé, porque ele é presidido por mulher.” - eu sempre quis gritar isso e agora eu posso. Muito obrigado, Paula, por nos dirigir. (Palmas.)

Quero agradecer a todas as pessoas que estão na Mesa, porque organizar uma atividade unitária do PSOL não é fácil - vocês sabem, não é, gente? Por vezes, faltam momentos, oportunidades para a gente reunir a nossa militância. Geralmente a nossa militância se encontra, de alguns em alguns anos, no Congresso, brigando. E que bom que é assim, porque, entre a gente - como o Israel disse - a divergência é saudável.

Geralmente a gente se encontra em plenários, plenárias, discutindo teses, discutindo tendências, discutindo correntes, discutindo mais o que nos difere - mesmo que muito pequeno, momentâneo, tático naquele momento - e acaba ficando para o segundo plano o orgulho que todos nós temos de construir juntos, há 20 anos, um instrumento muito importante para a classe trabalhadora brasileira, que conseguiu sobreviver, durante duas décadas, se preservando como um referencial ético, combativo, resistente, abnegado da esquerda brasileira.

Às vezes isso acaba ficando para o segundo plano. E a gente pensou que os 20 anos eram uma oportunidade para a gente poder deixar as polêmicas lá fora e poder celebrar que todos nós temos muito orgulho de construir o PSOL.

Esse orgulho, que cada um de nós sentiu essa semana, quando o nosso partido votou 100% contra a PEC da Bandidagem (Palmas.), dando um exemplo para a esquerda brasileira e para todos os partidos, que nem sempre vale a pena negociar tudo. Tem coisa que não vale a pena a gente abrir mão e que a gente precisa manter as nossas bandeiras e os nossos princípios. Esse é o momento para a gente poder celebrar essa história. Desses 20 anos de PSOL - faze dez que eu estou filiado, exatamente.

E quem me convidou para me filiar no PSOL foi o Giannazi, que, lá em 2012, foi nosso candidato, aceitou a tarefa de ser nosso candidato a prefeito de São Paulo. E eu, na época, tinha 13 anos de idade. Convidei o Giannazi para participar de um debate na minha escola, e só foi ele, porque só os candidatos do PSOL vão debater com estudante secundarista, geralmente, nas campanhas.

E o Giannazi me convidou. E vocês imaginam o meu orgulho, a minha emoção, em, alguns anos depois, poder estar aqui dividindo bancada com o Giannazi e dividindo bancada com parlamentares que, para mim, na minha militância, sempre foram referências de combatividade, de abnegação, porque eu sempre me espelhei em poder estar aqui junto com todos vocês.

Agora, o PSOL não é um partido só de parlamentares. Nós temos muito orgulho dos nossos parlamentares, e não são todos os partidos que podem dizer isso. Temos muito orgulho de todos os nossos parlamentares. Mas quem constrói e mantém de pé as bandeiras do nosso partido todo dia é a nossa militância, para quem eu queria pedir uma grande salva de palmas. (Palmas.)

Porque, muitas vezes, em cidades do interior, como eu e a Monica viemos, onde é muito difícil você ser de esquerda, disputar a cidade, e ainda mais ser de uma esquerda que não se vende, ser de uma esquerda que mantém sua combatividade, sua integridade. E a nossa militância está lá, construindo diretórios, lançando candidaturas que, às vezes, a gente não consegue nem montar chapa, lançando uma candidatura missionária para estar lá levantando a nossa bandeira e as nossas ideias.

Nossa militância está no movimento estudantil, que o Lê representou aqui, na União Nacional dos Estudantes, defendendo o nosso partido em grêmios, diretórios, centros acadêmicos. Nossa militância está no movimento sindical, que a Intersindical veio nos abrilhantar aqui, construindo o movimento sindical combativo, classista.

Nossa militância está nos movimentos populares, em assentamentos e acampamentos que lutam pela reforma agrária, em ocupações que lutam pelo direito à moradia, onde a luta tem PSOL.

Por isso que o nosso partido, há alguns anos, tem dito que o PSOL é o partido onde as lutas se encontram. Porque, às vezes, quando no nosso movimento a gente chega num limite do que uma pauta específica consegue avançar, a gente precisa de um instrumento político.

Porque só tomando o poder a gente consegue superar esse limite, e o PSOL se propõe a ser esse instrumento. O PSOL existe, e nós podemos estar aqui comemorando esses 20 anos.

Porque há 20 anos atrás, mais do que isso, algumas pessoas tiveram uma atitude muito corajosa, muito corajosa, de identificar os limites de uma direção histórica da esquerda brasileira e a necessidade de construir um outro instrumento partidário para apontar um outro rumo. Não foi fácil. Não foi fácil.

O PSOL não foi feito de uma dissidência quando o governo estava em baixa, que isso é o que os covardes fazem - quando o governo está embaixo, todo mundo pula para fora. O PSOL participou da eleição de 2002 e, logo no começo, entendeu que precisava seguir um outro caminho, porque aquele caminho não dava conta de apontar uma estratégia para a esquerda brasileira. E, 20 anos depois, a gente pode dizer que foi um acerto fundar o PSOL.

Imaginem o que teriam sido os últimos 20 anos sem o PSOL. O que teria sido em junho de 2013, da luta contra o golpe, da luta contra o Bolsonaro, do "Ele Não", do movimento feminista, negro, LGBT, sem o PSOL? Sem as campanhas do PSOL, sem a militância do PSOL? Imaginem o que teriam sido os últimos 20 dias sem a combativa bancada e a militância do PSOL.

Foi um acerto fundar o PSOL. Então, na figura da Júnia, a nossa primeira presidente estadual, quero pedir uma grande salva de palmas para os corajosos fundadores do nosso partido. (Palmas.)

Mas o nosso partido não é um museu, apenas para a gente se apegar ao passado. Nosso partido é um instrumento para evoluir a cada esquina da história que fica mais complicada, e o nosso partido tem sido tão provado e passado em tantas provas.

Esse mesmo partido, que de maneira coerente foi oposição de esquerda aos governos do PT, no momento em que a democracia brasileira e os direitos do nosso povo foram ameaçados, soube se reposicionar e soube da necessidade de dizer "não" ao golpe e de formar frentes de luta, no movimento social, no movimento sindical, em todos os espaços, para a gente resistir à avalanche reacionária que o nosso País viveu ao longo dos últimos anos.

A extrema-direita odeia o PSOL, e eles têm razão de nos odiar. Primeiro, porque nós odiamos eles também. Segundo, porque eles sabem que o PSOL sempre será a pedra no sapato do fascismo e de qualquer um que quiser retroceder nos direitos do nosso povo. Nós fomos contra o golpe, contra o governo do Temer, nós fomos linha de frente para impedir a eleição do Bolsonaro, no "Ele Não".

Nós fomos a bancada mais combativa e não saímos da rua durante os quatro anos em que o nosso País ficou na mão da extrema-direita. Nós, com muita coragem, abdicamos de ter uma candidatura própria para autoconstruir o nosso partido em 2022, porque entendemos que o que estava em jogo era o futuro do nosso País. E, hoje, nós sabemos o quão próximo esse futuro esteve ameaçado por um golpe que a extrema-direita queria dar no nosso País.

O PSOL, que surgiu na luta contra a reforma da Previdência do primeiro governo Lula, entendeu a necessidade de abrir as suas portas para os movimentos do nosso tempo. Débora, eu tenho o maior orgulho de ver os militantes da luta por moradia do MTST reconhecendo no PSOL um aliado importante, um instrumento partidário para a luta, para a gente estar ocupando a política para fazer sair a reforma urbana.

Eu tenho muito orgulho de ver a Sonia Guajajara e ver o movimento indígena se identificando com o nosso partido e o nosso partido entendendo que o nosso futuro, necessariamente, tem que ser ancestral. Eu tenho muito orgulho de, como um deputado assumidamente LGBT, fazer parte deste partido que sempre foi o partido das LGBTs, porque foi o único partido que nunca, nunca, negociou os nossos direitos.

 E, por isso, foi o primeiro partido a eleger pessoas LGBTs para esta Casa Legislativa, para o Congresso Nacional. E, hoje, onde o movimento LGBT se organiza, você tem a presença do PSOL lá. Tenho muito orgulho de o PSOL ter compreendido a centralidade da luta feminista, por entender que não pode existir luta anticapitalista que não tenha as mulheres no seu centro e que não enfrente o machismo como uma parte estrutural, componente desse sistema de opressão.

Eu tenho muito orgulho de ver um partido que cada vez mais se enegrece e ajuda a enegrecer a esquerda brasileira e a enegrecer os parlamentos por todo o País. E fiquei muito emocionado quando o Matheus do VAT veio aqui, por nós sermos o partido que primeiro e mais intensamente abraçou uma das lutas mais importantes do nosso tempo, que é a luta pelo fim da escala 6x1.

Estamos juntos com o VAT, e juntos nós vamos derrotar essa condição abusiva de trabalho, porque, como vocês nos ensinam muito bem, a vida vai muito além do trabalho. (Palmas.) Eu quero dizer para vocês, gente, para ir encaminhando para os finalmentes, que o PSOL é e continuará sendo, sim, um partido com cara própria, porque o Brasil precisa do PSOL, talvez mais do que nunca.

A gente está vivendo um mundo de tantas incertezas, de inseguranças. A gente está vendo o colapso desse sistema econômico, que só faz acumular renda e aumentar a desigualdade, e a gente está vendo que, das ruínas desse sistema, nesse interregno, surge uma extrema-direita podre que engana a nossa classe, nos voltando uns contra os outros.

Nesse mundo em profunda transformação, é mais urgente do que nunca uma esquerda para esse novo mundo, que consiga entender o mundo em que nós estamos vivendo e consiga se entender a transformá-lo em uma outra realidade. Por isso o PSOL, quando se aproximou dos seus 20 anos, Paula, tomou uma decisão corajosa de fazer uma atualização programática.

Não como a maioria das organizações de esquerda fazem, que é atualizar para ir retirando as coisas do seu programa, para ir abaixando princípios e bandeiras. Mas, não. Por entender que a realidade é profundamente dinâmica e dialética, e que o nosso programa de fundação, lá atrás, não contemplava uma série de pautas, uma série de temas que precisam estar no centro de uma organização de esquerda que se propõe a tomar o poder e transformar a realidade do nosso País.

Que entenda as profundas transformações no mundo do trabalho e a centralidade da luta contra a escala 6x1 e contra o trabalho informal. Que entenda que não existe luta contra o sistema que não seja uma luta também contra as opressões, que não são lutas identitárias, mas são componentes desse sistema de injustiça.

Que entenda que não pode existir desenvolvimento econômico ou social que não leve em consideração e compreenda também os limites do nosso planeta. E por isso o PSOL tem que ser um partido, necessariamente, ecossocialista. Eu tenho certeza absoluta que essa nova esquerda no Brasil passa pelo PSOL. Não porque nós estejamos prontos.

Eu quero agradecer a todo mundo que fundou o PSOL e agradecer a todo mundo que veio depois. Eu estou esperando as pessoas que ainda virão para o nosso partido, porque a gente quer ser um partido cada vez maior, que represente, que abra cada vez mais esse guarda-chuva para todo mundo que tiver o compromisso em, de fato, reconstruir uma esquerda combativa, que apresente uma saída para o nosso País. Eu tenho certeza de que essa nova esquerda no Brasil passa e passará pelo PSOL. Que nós possamos, nesses 20 anos, ser cada vez mais a alternativa que o nosso povo precisa.

Porque, se a extrema-direita quer nos impor a guerra, a morte e o genocídio, nós respondemos com a paz, com a vida e com a democracia. Se eles querem nos impor os ressentimentos e o preconceito, nós respondemos com a emancipação das mulheres, das pessoas negras, das pessoas LGBTs. Se eles querem nos impor o colapso, a barbárie climática, nós respondemos com o ecossocialismo, e colocando cada vez mais a luta ambiental no centro da nossa política.

O PSOL é a esquerda que o mundo precisa, que o Brasil precisa nesse Século XXI. O PSOL é assim, às vezes a gente se desentende, às vezes a gente briga, às vezes parece que os nossos problemas estão dentro da nossa casa e não lá do lado de fora. Mas não tem partido melhor para a gente estar do que o PSOL.

Se muito vale o já feito, mais vale o que será. E nos próximos 20 anos, e quantos anos o PSOL precisar existir para ser útil e cumprir um papel como instrumento para a emancipação da classe trabalhadora brasileira, tenho certeza de que a gente vai ver as nossas bandeiras amarelinhas e os nossos mandatos combativos e a nossa militância aguerrida, lutando até que o Brasil seja um País socialista, um País justo, um País, de fato, soberano.

Então, em nome de duas mártires do nosso partido, duas pessoas que contribuíram muito com o nosso partido, Marielle Franco, que está presente com a gente hoje, Lisete Arelaro, que foi nossa combativa candidata a governadora e muito nos orgulhou, e vai ser homenageada daqui a pouco. Vida longa ao PSOL até o socialismo.

Muito obrigado a todo mundo que constrói esse partido. (Palmas.)

 

TODOS - A PEC da Blindagem, não! A PEC da Blindagem, não! A PEC da Blindagem, não! A PEC da Blindagem, não!

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Parece que vocês estão assim cansados. Calma, gente, só mais um pouquinho, calma. A gente é brasileiro, a gente aguenta. A gente está aguentando tudo que está acontecendo. Então eu quero agradecer...Eu não, nós queremos agradecer a presença da Isabella Uehara, presidente do PSOL em Franca. (Palmas.)

Dando continuidade, eu convido a nossa presidente estadual, Débora Lima, a vir à frente, ali, para entregar aos ex-presidentes também uma lembrança. Então, eu vou chamando, depois eles terão um aparte.

Todos os ex-presidentes do PSOL, vamos lá?

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Vamos chamando um por um. Posso começar chamando?

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Pode.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Queria começar chamando para receber a homenagem a primeira presidente estadual do PSOL, Júnia Gouvêa. Uma salva de palmas para ela, fundadora do nosso partido. (Palmas.) Se a gente está aqui é por culpa dela, depois vocês veem se brigam ou não. A Júnia Gouvêa.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Chamar, ele também foi chamado de decano nosso aqui, de todos nós, Miguel Carvalho, ex-presidente do nosso partido. Quase a materialização do PSOL. (Palmas.) Valeu, Miguel.

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Estou adorando a trilha sonora. Obrigado ao pessoal da trilha também. (Palmas.) Núcleo Jabaquara presente.

Agora esse aí vocês têm que aplaudir bastante, porque hoje ele é o presidente da Comissão de Ética. Então, se der problema, vocês vão parar lá. Nosso ex-presidente, Paulo Bufalo, sempre vereador, ex-candidato a governador do PSOL. Obrigado, Paulo, por estar aqui. (Palmas.)

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Nosso sempre querido Joselício Júnior, que vocês conhecem como Juninho. (Palmas.)

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Nosso inesquecível e grande presidente, Matheus Lima. (Palmas.)

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Todos esses aqui não tinham fundo partidário na época, viu, gente? Nosso ex-presidente, João Paulo Rillo, não pôde estar aqui hoje, por conta de outros compromissos, pedir uma salva de palmas para ele também. Hoje, presidente da nossa Federação PSOL Rede no Estado. (Palmas.)

E, para entregar para a nossa presidenta, Débora Lima, eu queria convidar a Ediane Maria para homenageá-la. (Palmas.)

 

* * *

 

- É entregue a homenagem.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Uma salva de palmas para os nossos presidentes, pessoal. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Vou pedir só um minutinho. Um pequeno aparte dos nossos ex-presidentes. A gente vai passar a primeira palavra para Júnia Gouvêa.

 

A SRA. JÚNIA GOUVÊA - Boa noite a todas, a todos, quero cumprimentar a Mesa, uma alegria grande, em especial o Guilherme, que organizou essa atividade, e a minha companheira Paula Coradi, como presidente do partido. Em nome deles dois, eu cumprimento toda a Mesa.

Cumprimentar todos que estão aqui. É uma imensa emoção ter fundado um PSOL plural, anticapitalista, ecossocialista, antirracista, feminista, em defesa das pautas de LGBTQI+, em defesa dos povos indígenas, há 20 anos atrás. Então, foi um desafio enorme fundar um partido de esquerda em oposição ao governo Lula. E alguns achavam que a gente era louco, né?

Então, eu quero dizer que é uma alegria e uma vitória enorme de todos nós, de todas as tendências, grupos, militantes, aqueles que estavam na fundação e aqueles que chegaram depois. Eu quero dizer que foi um enorme acerto. Mas esse acerto só se validou no tempo, porque chegaram novos.

E nós temos que nos colocar as seguintes perguntas: qual é a grande tarefa nos próximos 20 anos e nesse momento? O primeiro enorme desafio que nós estamos enfrentando, e que essa semana nos deu muito orgulho, é enfrentar o neofascismo, que hoje é representado por Trump, por Bolsonaro, por Milei, e uma infinidade de neofascistas. Destruir o neofascismo é a condição “sine qua non” para que a luta social e um projeto de esquerda socialista possam ser vitoriosos.

E esse é o desafio que eu acredito que está colocado na mão do PSOL. Porque se é verdade que nós éramos oposição ao PT, e depois nos reposicionamos, nós nos reposicionamos não porque nós mudamos a avaliação do que é o PT, mas porque a realidade exigiu, para enfrentar um novo fenômeno político que surgiu, num cenário político internacional e nacional, que é o neofascismo.

Então eu acredito que, se nós pudermos caminhar até aqui, com os elementos fundamentais da pluralidade e de um programa radical de esquerda, é possível vencer o neofascismo, e é possível afirmar um projeto da classe apoiado e organizando esse movimento social maravilhoso que esteve aqui conosco.

Então eu acredito que o PSOL será vitorioso.

Um grande abraço a todos.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Como todo mundo é disciplinado, vai só um minutinho de fala, né? Não, só porque a gente já tem outras homenagens, não quero cortar ninguém, estamos em unidade, estamos em unidade.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - É que tem um horário também para cumprir, gente. Senão não dá tempo.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Tem outras homenagens, pessoal precisa ir. Mas em unidade, em unidade. Um minutinho todo mundo. Estamos indo bem até aqui.

 

O SR. TONINHO VESPOLI - Ó, presidente, só quero falar que o Miguel, ele participava no núcleo, não era de Jabaquara. Quem convive com o Miguel sabe que é a Grande Jabaquara: pegava quase a cidade de São Paulo inteira.

Eu falei: “Miguel, você quer mudar o nome da cidade de São Paulo para a Grande Jabaquara, é isso?”

 

O SR. MIGUEL CARVALHO - Inclusive, agradecer a presença aqui dos nossos companheiros do Núcleo Jabaquara. É um núcleo combativo, hein? (Palmas.)

Vou tentar ser rápido, presidente. Agradecendo muito aí esse momento, essa oportunidade, a sessão solene dos 20 anos do nosso partido. Agradecer toda a Mesa, todas as nossas presidentas, nossa bancada, muito importante esse momento.

Como pediram para falar muito pouco, eu vou dizer o seguinte: eu venho de uma caminhada muito longa e eu queria, em nome dessa caminhada, que vem da classe operária, da luta metalúrgica - nós fomos fundadores do PT, lá em 1980 - em nome disso saudar o companheiro Stan, que está ali, e o companheiro Anízio Batista, que junto comigo fizeram parte dessa jornada.

Muito se falou aqui sobre ousadia. E eu acho que essa é a palavra: “ousadia”. Nós tivemos a ousadia, no início do PSOL, seja fundacional ou não, mas nós tivemos a ousadia de identificar que na conjuntura havia um espaço para a construção de uma alternativa à esquerda.

E foi com essa ousadia que a gente teve, continuou essa caminhada até hoje, por tudo aquilo que foi falado aqui: nas pautas que nós abraçamos, nos momentos difíceis, no “impeachment” da Dilma e, até agora, enfrentando a extrema-direita, o fascismo, adequando o nosso programa para os novos tempos. E é com essa ousadia que a gente tem que nos preparar para os próximos 20 anos e continuar merecendo aqueles que virão.

Obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Com a palavra agora, Paulo Bufalo.

 

O SR. PAULO BUFALO - Bem, boa noite, companheirada. Cumprimentar a Paula e o Guilherme, em nome deles, cumprimentar toda a Mesa, para ser muito telegráfico.

Quero dizer que tenho muito a agradecer aqui a essa experiência de poder estar entre esses lutadores, lutadoras aqui, que dirigiram o PSOL no estado de São Paulo. Mas, como já foi aqui, nós devemos uma deferência à nossa militância, em todo o Estado.

Eu trouxe até o livro dos 10 anos ali, porque tem meu filho na capa, quando ele tinha 6 anos. E daí eu acho que os mais novos, eles entregaram um pouco também da infância, da adolescência deles, para essa construção.

Por isso, quero cumprimentar aqui cada um que veio de cada parte da cidade para essa atividade e aqueles que não puderam vir, porque é nessa militância que está a nossa construção.

E, para finalizar, eu queria fazer aqui, oferecer esses 20 anos a duas figuras militantes anônimas. E vou dizer por quê.

Em 2010, estava lá em Presidente Epitácio, fazendo campanha para o Governo do Estado. Um dia, que não tinha sido muito bom de campanha, falamos: “vamos às quatro da manhã, na porta do frigorífico da JBS”. Fomos lá, arrumamos briga para panfletar, panfletamos.

Sai um senhorzinho, nos diz o seguinte: “onde vocês vão estar logo mais pela manhã?”. “Nós vamos na praça central panfletar”. Esse senhorzinho chega lá com uma garrafa de café. “Eu só queria tomar um café com vocês e falar da angústia desses trabalhadores que lidam com a vida e a morte dentro de um frigorífico e não tem com quem reclamar. Não tem organização. Eles deixam o próprio couro lá, junto com o couro do boi.”

E uma outra companheira que eu lembrei dela essa semana e há dias atrás, quando diziam que Piracicaba seria a cidade mais prejudicada pela taxação do Trump. O companheiro lá de Piracicaba falou: “vamos visitar uma liderança de um bairro aqui que se formou a partir da luta”.

Nós fomos lá, chegamos na porta, tijolo baiano, sem cobertura ali. Um cachorro, que, nossa, ele estava muito nervoso com nós dois lá. E vem uma moça lá de dentro e fala: “Ah! Eu vou viajar, pode entrar que o cachorro não morde”. Não morde porque ele nos engolia antes. Mas enfrentamos e entramos ali.

Entramos na casa, nós chegamos no quarto da liderança, ela tinha mobilidade reduzida e em cima da cama estava tudo o que ela precisava para fazer a militância. E ela estava preparando a medicação para a filha dela que ia fazer essa viagem que ela já nos anunciou.

Ali nós sentamos, tomamos um café novamente - porque o café é o melhor que o povo nos oferece - e em nenhum momento essa companheira reclamou da condição de vida dela. Ela falou da demanda do povo organizado naquela luta, as novas lutas que viriam.

Por isso, essa resiliência é que precisa marcar os nossos passos dados até aqui e o futuro, o longo futuro que nós teremos. E por mais adversidades que nós tenhamos, nós não vamos perder o amor pela humanidade.

E com isso nós vamos construir o socialismo no País. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Juninho.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Espera aí, gente, rapidinho. Só porque a gente está com o tempo, assim, bem apertadinho.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Eu ouvi aqui no ponto que a gente tem que deixar o auditório às 10 horas. Ainda tem mil pessoas para homenagear.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Só uma anedota, rapidinho. Depois da saudação à Grande Jabaquara e diante da anedota do Bufalo, saudar a resistência anticapitalista que fala: “porta e flor com nós no interior”. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Isso aí! Juninho, um minuto.

 

O SR. JOSELÍCIO JÚNIOR - Gente, boa noite. Saudar aqui, cumprimentar o Guilherme, nosso líder. Em nome dele, cumprimentar todos os parlamentares aqui da nossa lindíssima bancada e também toda a bancada aqui do Estado.

Em nome das nossas presidentas aqui, Paula e também Débora, cumprimentar todos os dirigentes que estão aqui, nacionais, estaduais, municipais. E também quero aqui, em nome de duas companheiras, companheira Sônia Maria Arcanjo e Luciete Silva...

Pedir uma salva de palmas para elas. (Palmas.) Em nome dessas duas companheiras, cumprimentar toda a militância - e elas sabem por que eu estou homenageando elas -, porque sem elas eu não seria presidente estadual do PSOL. Então, elas sabem a importância que elas têm na minha vida.

E um outro companheiro também muito importante aqui, que rodou comigo mais de 80 cidades no estado de São Paulo, em um Palinho vermelho, que eu comprei com oito mil quilômetros e vendi com quase 140 mil quilômetros. Só, basicamente...

Nunca saí para viajar, para passear, para a praia, mas o que eu rodei de cidades desse Estado, sem fundo partidário... Então, quero cumprimentar meu amigo, companheiro Bruno Portuga, que também rodou muito pelo interior. (Palmas.) Tomamos muito café, muito bolinho, aqui pelo Estado.

E dizer que a gente assume a Presidência do PSOL no momento dessa virada, da primeira década para a segunda década, depois dessa trajetória belíssima dessa companheira e desses companheiros.

E um desafio ali, num contexto muito singular - momento de golpe, um momento desafiador para a esquerda brasileira -, onde o PSOL, inclusive, teve o desafio de se repensar também no seu posicionamento político - se posicionando contra o golpe, se colocando nas principais lutas daquele momento -, o que possibilitou, ao longo dessa gestão, inclusive, a gente abrigar, um momento de abrigar novos companheiros, novos coletivos e lideranças que a gente teve muito orgulho de acolher nesse momento.

Quando eu chegava aqui, encontrei a Monica, falamos dessa experiência das bancadas coletivas, que foi algo também inovador e importante para aquele contexto político. Muita gente torcia o nariz, mas a gente apostou que era importante essa inovação, porque havia um clamor pela mudança na política.

Nós acolhemos os companheiros. Encontrei o Valério e o Rodrigo aqui, Bocão. Acolhemos as companheiras e os companheiros do MAS, que depois formaram a resistência. Acolhemos, naquele momento, Luiza Erundina, que se filiou ao PSOL naquele momento.

Logo depois também acolhemos o João Paulo Rillo, que era deputado estadual e veio para o nosso partido. Tive orgulho de abonar essas fichas, também de abonar a ficha de Guilherme Boulos e, depois, toda a militância do MTST, que adentrou às nossas fileiras.

Então foi um momento muito rico, muito importante, de fortalecimento, formação de setoriais, como jurídico, de Segurança Pública, um momento muito aquecido da disputa política. Depois a gente tem a pandemia como um elemento difícil da nossa conjuntura, então dá muito orgulho de fazer parte dessa história.

E eu fecho aqui, Guilherme, dizendo o seguinte: pensando dos próximos 20 anos, eu acho que a imagem que me marca esta semana, eu tive o desprazer de ver um pedaço da sessão que votou o aceleramento da votação da anistia.

E de um lado da bancada do Congresso Nacional estava o líder Sóstenes Cavalcante, do PL, com um monte de homens brancos, agricultores da bancada ruralista, representando a elite nacional, e do outro lado estava, logo na sequência, defendendo a democracia, Talíria Petroni, com toda a nossa bancada representando a diversidade, verdadeira diversidade do povo brasileiro. (Palmas.)

É esse o partido que nós queremos, que vai construir o bloco histórico que vai, de fato, transformar a realidade do nosso País.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Valeu, Juninho. Matheus, por um minuto.

 

O SR. MATHEUS LIMA - Gente, boa noite, muito obrigado. Tive o desafio de substituir toda essa turma aqui, em especial o Juninho, que estava fazendo um excelente mandato e precisou se afastar para tocar a sua editora no meio da pandemia. Tive que presidir o partido no contexto de pandemia, um congresso online.

Espero que nunca mais a gente passe por isso, nenhuma geração mais passe por isso, mas com certeza o trabalho que foi feito anteriormente e agora, com a Débora, mostra que a gente está no caminho certo.

Queria encerrar com uma ideia. O PSOL acertou muito em ser um partido da diversidade - essa mesa aqui expressa isso -, e acertou muito em ser um partido que soube se reposicionar e apostar na unidade da esquerda.

A gente tem um terceiro desafio agora, que é conseguir atualizar o nosso programa para a gente ser capaz de conversar com largas parcelas da classe trabalhadora que já não identificam mais no programa antigo nosso uma identidade, um referencial. Se a gente conseguir alcançar esse desafio, aí a gente vai ter mais Déboras, mais Edianes, mais militância, mais diversidade, mais povo dentro do PSOL. É essa a nossa missão.

Muito obrigado.

Mais 20 anos de PSOL. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Agora, pessoal, vamos passar para um momento muito importante. Peço só um pouco mais de atenção do pessoal, que a gente vai passar um vídeo em homenagem a uma grande companheira nossa. Por gentileza, pessoal da técnica.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento, uma salva de palmas, antes de tudo, para esse vídeo lindo. (Palmas.)

E eu acredito que, continuando essa salva de palmas, eu vou pedir para que a gente permaneça em pé; a gente convida, à frente, Camila Arelaro, filha da Lisete, para receber uma homenagem em nome da sua mãe.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. CAMILA ARELARO - Lisete começaria dizendo: queridos e queridas, boa noite. Gente, é uma alegria, uma emoção enorme, essa mesa brilhante, já da geração pós-Lisete. Dizer que a Lisete, ela... Eu trouxe uma frase do Paulo Freire, que era a história como possibilidade.

Que foi quando o Portuga falou, “manda uma frase que a Lisete gostava, uma frase de Paulo Freire que ela gostava e colocou no seu memorial”. Eu queria só dizer para vocês o seguinte, essa frase representa o PSOL.

Essa frase é o que a Lisete fez a vida inteira, construiu a vida que ela queria viver, que era uma vida coletiva, socialista, forte, íntegra, extremamente bem-humorada, sarcástica. Ela dizia que, com a direita, a melhor luta era o bom humor. Não pode perder o bom humor.

Mas queria dizer para vocês uma história muito curtinha, para a gente poder ir para a festa, que é assim: ela escreve no memorial dizendo que ela não nasceu Lisete Regina por acaso; era para ela seguir o destino que lhe foi traçado pelo seu pai machista, português, e sua mãe, minha avó Maria, já um pouco extravagante, porque foi a única mulher na turma de contabilidade a se formar em contabilidade. Mas ela dizia que o destino dela estava traçado, que ela deveria ser algo como comportada e do lar.

E, aos três anos, ela autodidata, aprende a ler e começa a caminhar pela casa com o dicionário. Já começava a dar sinais de rebeldia, para o desespero desse meu avô. Aos 13, ela entra para o grêmio. E aí, como tantos militantes aqui, o grêmio foi a sua primeira casa de formação.

Eu gosto muito de ler essa história no memorial dela, que ela vai explicando passo a passo como é que ela foi formando essa personalidade tão inspiradora, aguerrida e gigantesca, que penso que nos ensinou e nos inspira.

É emocionante de ver o PSOL trazendo a história, as palavras do Miguel, trazendo a história, trazendo os nossos representantes já com os cabelos bem branquinhos, mas que nos inspiram a construir o presente do jeito que a gente quer e que a gente merece, a dignidade que o nosso povo merece.

Eu tenho uma admiração enorme por este partido, por estes parlamentares. Eu acho que vocês não são só um partido, vocês são uma referência de cidadania. A gente tem que aprender a viver, a ser integro como vocês.

Então muito obrigada. Lisete, presente.

Viva o PSOL, vida longa ao PSOL.

Obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Lisete Arelaro?

 

TODOS - Presente!

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Lisete Arelaro?

 

TODOS - Presente!

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Hoje?

 

TODOS - E sempre!

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Hoje?

 

TODOS - E sempre!

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Obrigado.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Gente, já chegando aqui nos finalmentes.

 

O SR. TONINHO VESPOLI ­- Só para falar uma coisa que eu acho importante também. Lá na Câmara Municipal o vereador Celso Giannazi propôs homenagear a Lisete em um grande viaduto na cidade de São Paulo, o prefeito vetou e a gente... Cada partido vai poder... Bancada, na verdade, vai poder escolher um PL que foi vetado para derrubar o veto do prefeito, acordado com toda a Câmara. E aí a gente escolheu o projeto do Celso Giannazi para homenagear a Lisete em um viaduto.

Aqui está a diretora Priscila Arce, a EMEI dela se chama Borba Gato; o professor ali, o Ivan, se colocou em contato com a gente e já está para votar em primeira votação na Câmara também mudando o nome da EMEI Borba Gato para Lisete Arelaro. (Palmas.) Então, a gente quer também o nome da Lisete em uma unidade municipal em homenagem a ela.

Parabéns, diretora.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Gente, agora para a gente chegar nos finalmentes, o Guilherme, nosso deputado, vai chamar os vereadores que estão aqui para serem homenageados. Os vereadores que não estão aqui podem pegar as plaquinhas lá na sede do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Olha, gente, a gente quer homenagear os nossos vereadores, que muitos deles são os únicos nas suas câmaras municipais, muitos deles são os únicos de esquerda nas câmaras municipais e por isso estão sempre sendo ameaçados pela extrema-direita, pela velha política. Eles se colocam à frente da luta nas suas cidades, representam muito bem o nosso partido.

Por isso nós temos muito orgulho de chamar aqui a Inês Paz, nossa combativa vereadora de Mogi das Cruzes. Uma salva de palmas para a Inês. (Palmas.) O PSOL te agradece por toda a sua dedicação e luta em representar tão bem o nosso partido.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Chamar aqui o professor Toninho Vespoli, nosso primeiro vereador do PSOL na cidade de São Paulo, inimigo de longa data do Ricardo Nunes e que hoje lidera muito bem a nossa bancada. Obrigado, Toninho. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Ah, esse aqui é marmelada. Minha amiga vereadora de Franca, Marilia Martins, que me apresentou toda uma cidade, filha do Jorge Martins, fundador do nosso partido. Vereadora mais combativa da Câmara de Franca, uma salva de palmas para a Marilia, gente. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Direto de Jundiaí, um mandato coletivo, coletivo Cardume. (Palmas.) Muito orgulham do nosso partido também. Uma salva de palmas, pessoal. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Vamos lá, formatura. Vereador Celso Giannazi, ainda está por aí? Acho que já foi, uma salva de palmas para o Celso Giannazi. (Palmas.) Giannazi leva para ele.

Outra aqui que é marmelada, nossa vereadora de luta de Barra Bonita, Poliana Quirino, o terror da velha política. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - De Santa Cruz do Rio Pardo, nosso vereador Professor Duzão na luta pela educação, pelos servidores públicos. Muito obrigado, meu querido. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Ricardo Alvarez, nosso combativo vereador de Santo André... Já foi? Então está homenageado.

A Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo, Silvia estava aqui e a Nathalia também. (Palmas.)

Nosso combativo vereador de Itapira que fala “porta”, “porteira”, Leandro Sartori. Viva a resistência do interior, isso aí. Obrigado, querido Leandro. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Nossa vereadora de São Carlos, professora e sindicalista de luta, Fernanda Castelano. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Não pôde estar aqui presente, mas o pessoal vai levar lá para São Carlos também, nosso combativo vereador Djalma Nery. (Palmas.)

Vamos descer para fazer uma foto com os vereadores. Estamos nos últimos minutos. Vamos cumprir o horário.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Enquanto os nossos deputados e o pessoal vão se organizando, agradecer também a presença da cidade de Mairinque, do diretório, do PSOL de lá, José Luiz Monteiro e Cleide Farias.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Chamar todo mundo para vir aqui à frente para a gente fazer uma foto, um registro bonito desta nossa sessão solene.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Todo mundo vem correndo aqui para tirar uma foto, porque nós temos um coquetel.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Vamos, “simbora”, Ediane Maria. “Simbora!” Sou do PSOL!

 

TODOS - Não abro mão!

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Do socialismo e da revolução!

 

TODOS - Sou do PSOL! Não abro mão do socialismo e da revolução! Sou do PSOL!

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Vem, Júnia.

 

TODOS - Sou do PSOL! Não abro mão do socialismo e da revolução! Sou do PSOL! Não abro mão do socialismo e da revolução! Sou do PSOL! Não abro mão do socialismo e da revolução! Sou do PSOL! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Viva o PSOL, que venham os próximos 20 anos, viva a classe trabalhadora! (Palmas.) E domingo é todo mundo na rua, sem anistia!

Obrigado à nossa mestre de cerimônias. Uma salva de palmas para a Pâmela. (Palmas.)

Está encerrada esta sessão solene.

Obrigado ao pessoal de Rede Alesp, que transmitiu, e ao pessoal da música, que arrasou.

Muito obrigado a todo mundo.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 57 minutos.

 

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