8 DE ABRIL DE 2024

40ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: CARLOS GIANNAZI, EDUARDO SUPLICY e MAJOR MECCA

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h01min.

        

2 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI

Determina, a pedido do deputado Eduardo Suplicy, que se faça um minuto de silêncio em homenagem ao cartunista Ziraldo, falecido em 07/04.  Parabeniza e tece elogios à Associação dos Servidores Aposentados da Alesp pelo seu 20° aniversário.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Assume a Presidência.

        

5 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - LECI BRANDÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

        

9 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - EDUARDO SUPLICY

Assume a Presidência.

        

12 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

14 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

        

15 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

16 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

17 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 09/04, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h59min.

        

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e de Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Iniciando a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rui Alves. (Pausa.) Com a palavra o deputado Reis. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.) Com a palavra o deputado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy, que fará o uso regimental da tribuna.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Carlos Giannazi, querida deputada Leci Brandão, queridos deputados e deputadas, eu quero hoje estar prestando uma homenagem aqui ao querido Ziraldo. Sabe que o Ziraldo presenteou a cidade natal com acervo do Millôr e coreto pedido a Niemeyer.

Um sorridente Menino Maluquinho acena para quem passa pela BR-116 na altura de Caratinga, a cerca de 300 quilômetros de Belo Horizonte, no leste de Minas Gerais.

Com dez metros de altura, a escultura do garoto travesso que usa uma panela na cabeça, sinaliza aos viajantes que os quase 90 mil habitantes da cidade não esquecem seu conterrâneo mais ilustre, Ziraldo Alves Pinto. Tampouco o cartunista que morreu no último sábado, aos 91 anos, abandonou sua terra natal.

Lembrado de forma perene no monumento de seu personagem mais conhecido, em uma casa de cultura que leva o seu nome, Ziraldo falava com frequência do município em entrevistas e esteve diversas vezes na cidade. Foi na adolescência que o já artista - ele publicou seus desenhos pela primeira vez em jornal aos seis anos - saiu do interior mineiro para viver no Rio de Janeiro.

Voltou a Caratinga para terminar o colegial e depois foi para Belo Horizonte estudar na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Formou-se em 1957 e, em seguida, fixou-se em solo carioca. “Naquela época, sendo o filho mais velho, o neto mais velho, eu tinha a obrigação de ser o primeiro doutor da família”, declarou em 2016, ao receber a medalha de honra da universidade, ao se erradicar no Rio, seguiu o caminho de gerações anteriores de escritores mineiros, como a de Carlos Drummond de Andrade e a dos chamados cavaleiros do apocalipse, Fernando Sabino, Otto Lara Recente, Hélio Pellegrino e Paulo Mendes Campos.

“Minas era pequena para o tipo de artista que eu pretendia ser”, disse em entrevista, em 1997. “Não tinha nenhuma hipótese de eu fazer história em quadrinho aqui”.

Um dos últimos registros de uma visita dele à Caratinga é de 2015, quando esteve no Casarão das Artes para inaugurar o Espaço Millôr Fernandes, que abriga o acervo pessoal do escritor, desenhista e um dos maiores amigos de Ziraldo.

Segundo a mantenedora do Casarão, estão lá mais de cinco mil livros do artista carioca doados pelo filho Ivan Fernandes, a pedido de Ziraldo. Acompanhado do parceiro de “O Pasquim”, Millôr, visitou o município mineiro nos anos 1960.

Outra gentileza concedida por um amigo ao caratinguense é o coreto hexagonal Ronaldinho Calazans, instalado na praça principal da cidade, a Cesário Alvim, na cidade no ano de 1980.

Era o próprio Ziraldo quem costumava contar que Oscar Niemeyer fez o desenho a seu pedido. O Lefa, órgão de patrimônio do Estado, lista a obra como cena de autoria atribuída ao arquiteto em razão de indícios ou evidências existentes em documentos ou pesquisas já realizadas.

Em 2012, em homenagem aos seus 80 anos, Ziraldo foi recebido com um desfile de estudantes de todas as escolas da cidade, divididos em alas que representavam fases da sua vida e obra.

Outros conterrâneos famosos, como a jornalista Miriam Leitão e Agnaldo Timóteo, cantor, estavam ao lado dele na celebração. “Foi apoteótico. Sabe daqueles desfiles de 7 de setembro? Assim fizeram para o Ziraldo”, conta o cartunista Edra, 64 anos, criador da Casa Ziraldo de Cultura e do Salão Internacional de Humor de Caratinga. Fundado em 2009, o espaço hoje é gerido pela prefeitura, realiza exposições e lançamentos e outros eventos com o objetivo de promover o trabalho de artistas locais.

Ziraldo dizia, “é só o meu nome, mas a casa de todos os artistas de Caratinga”. Sabe, querido Carlos Giannazi, em algumas ocasiões da minha atuação como senador, fui brindado pelo Ziraldo, um dos mais talentosos cartunistas brasileiros, com uma charge dele muito bem-humorada.

E sempre tive com ele muita afinidade. Certo dia, em 2010, resolvi sugerir a ele que pudesse criar uma cartilha didática em que o “Menino Maluquinho” e outros personagens pudessem explicar muito bem o que é a renda básica de cidadania.

E eis que ele, com a maior boa vontade, de forma voluntária e entusiástica, produziu uma formidável cartilha, uma história feliz, que solicitei que fosse impressa pelo Senado Federal, em junho de 2010, em português, espanhol e inglês. Aqui está a cartilha, vou lhe mostrar, querida, minha querida.

Então, eis que... E foi impressa pelo Senado Federal, em 2010, português, espanhol e francês, com a produção de arte Megatério Estúdio de Criação e Arte; redação Ziraldo, Gustavo Luz, Miguel Mendes; ilustrações de Miguel Mendes e Marco Antônio Ferreira; cores e designs gráficos, de Fábio Tenório.

A cartilha teve enorme sucesso, tanto entre senadores e deputados federais, crianças, estudantes e com o público em geral. Nos lugares onde fazia palestras, nas escolas, faculdades, universidades, todas as pessoas elogiaram a forma como nesta cartilha se explica como a renda básica de cidadania vai significar uma transformação tão significativa na qualidade de vida de todas as pessoas, sobretudo por promover maior dignidade e liberdade a cada uma.

Eu agradeço imensamente ao Ziraldo por sua colaboração e parceria e, querido presidente Carlos Giannazi, eu gostaria de pedir um minuto de silêncio para homenagearmos esse que foi um extraordinário brasileiro, um cartunista simplesmente formidável.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Faremos um minuto de silêncio em homenagem a esse grande cartunista, escritor, o Ziraldo, a pedido do deputado estadual Suplicy.

 

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- É respeitado um minuto de silêncio.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Viva Ziraldo! Ziraldo vive, deputado Suplicy, deputada Leci Brandão.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Viva Ziraldo!

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de chamar V. Exa. para continuar presidindo a sessão, registrando que hoje aqui nós tivemos uma importante sessão solene em homenagem aos 20 anos da Aspal, que é a Associação de Servidores Aposentados e Pensionistas aqui da Assembleia Legislativa.

A Aspal sempre foi uma entidade extremamente engajada na luta, em defesa dos direitos e da dignidade dos servidores em geral e sobretudo dos aposentados e pensionistas.

Participou ativamente de várias lutas históricas no estado de São Paulo, em Brasília também, contra as reformas previdenciárias, contra as reformas administrativas. E aqui, em São Paulo, eu quero destacar a importância da Aspal para que nós pudéssemos derrubar o confisco das aposentadorias e pensões.

Faço aqui esta homenagem à Aspal, na pessoa do seu presidente, o Gaspar.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.

 

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O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Então com a palavra no Pequeno Expediente o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Já na Lista Suplementar, o deputado Carlos Giannazi tem a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Eduardo Suplicy, deputada Leci Brandão, telespectador da TV Assembleia, na semana passada, eu denunciei a intenção do governo anunciada exatamente pelo secretário Afif Domingos em vender, em leiloar 30 imóveis do Estado, entre eles o prédio do Iamspe, o prédio da administração do Iamspe, que fica na Avenida Ibirapuera, ao lado, exatamente ao lado do Hospital do Servidor Público, deputada Leci Brandão.

Ele vai leiloar aquele prédio enorme que tem o valor de 350 milhões de reais, 14.000 metros quadrados. Não sei onde ele vai colocar toda a administração do Iamspe. Será que ele vai jogar dentro do hospital, que já está superlotado e sem condições?

Sem contar que aquele prédio é dos servidores públicos, não é do governo, mas, enfim. Mas como se não bastasse esse anúncio, nós fomos puxando o fio da meada e encontramos agora um site oficial do Governo, que é esse site imoveis.sp.gov.br, é o site do governo estadual.

 

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- É exibida a imagem.

 

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Olha o que está escrito ali. Vou ler aqui. “O portal de imóveis foi desenvolvido visando a divulgação das propriedades da Fazenda do Estado de São Paulo disponibilizados para a venda”, disponibilizados para a venda, guardem bem essa palavra, “com o objetivo de atingir tanto aquele que quer adquirir seu primeiro imóvel, como quem busca imóveis para investir, tornando acessível e transparente as transações realizadas, facilitando a comunicação entre a Administração Pública e os prováveis interessados”. Ou seja, é um site que está vendendo, colocando São Paulo à venda.

Aquele prédio onde nós constantemente protocolamos as nossas denúncias contra o governo estadual está no site à venda também, e as pessoas podem adquirir, segundo a cabeça do próprio site. Tem o prédio do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o Hospital das Clínicas, o Iamspe, que eu já citei. Tem vários aqui: a Estação Ecológica da Juréia.

Aliás, tem, na área do Meio Ambiente, tem várias unidades de conservação, estão à venda pelo estado por esse site. O Instituto Butantã está na lista, é um absurdo isso daí.

Estamos apurando, queremos que o governo explique, que o Ministério Público investigue isso, o Tribunal de Contas também, até porque o Ministério Público pode perder o seu prédio, que ele está na lista desse site. Então o Ministério Público tem que investigar também e pedir explicações.

O Tribunal de Contas idem, porque o Tribunal de Contas também está na lista de imóveis a serem vendidos pelo Governo do Estado. Quando falamos que o governador Tarcísio virou um corretor de imóveis, deputada Leci Brandão, não estamos brincando, não.

Não é piada, é sério, tem esse site, qualquer pessoa pode acessar esse site. Vamos colocar aqui de novo, machado, o site, para as pessoas acessarem e procurarem os terrenos. O site imoveis.sp.gov.br, é só a pessoa colocar ali, busque por endereço ou bairro. Se a pessoa está procurando um imóvel para comprar do Estado, é só ela procurar nesse site do governo estadual.

Isso é um escândalo sem precedentes. Já acionamos o Ministério Público do Estado, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, estamos fazendo um Requerimento de Informação, o governo tem que explicar essa aberração, essa venda, esse site, que é surreal. Quero acreditar, deputado Suplicy, deputada Leci Brandão, que seja algum erro deles de informática, porque não é possível que todos esses imóveis estejam à venda pelo governo estadual. Isso é grave e é gravíssimo.

Mas agora, com a palavra o Tribunal de Contas, com a palavra o Ministério Público Estadual e com a palavra o próprio governo Tarcísio, para explicar essa aberração de querer vender os imóveis do estado de São Paulo.

Entre eles, repito, Ministério Público, Hospital das Clínicas, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, áreas ambientais e áreas de conservação em todo o estado de São Paulo estão à venda.

A delegacia de polícia da cidade de Monte Alegre está à venda. Até a delegacia de polícia o governo está vendendo. Ou seja, o governador Tarcísio virou corretor de imóveis, transformou São Paulo em uma grande imobiliária.

Mas nós vamos reagir à altura, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Muito bem, deputado Carlos Giannazi, que se preocupa com uma ação que não parece ser suficientemente justificada pelo governador. Tem a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Chegou na hora H. Deputado Major Mecca, já ia chamar a deputada Leci Brandão, mas V. Exa. adentrou na hora H. Tem a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, todos os funcionários que dão suporte ao trabalho parlamentar nesta Casa, nossos irmãos policiais militares, policiais civis que aqui estão e estão em todo o estado de São Paulo defendendo a nossa população.

Sr. Presidente, hoje eu venho a esta tribuna para fazer um repúdio às falas de um senhor, que foram feitas na última sexta-feira, em uma rádio na cidade de Araraquara. Uma pessoa de nome José Carlos Magdalena. Eu venho, presidente, repudiar as ofensas que este homem fez a todos os policiais militares do estado de São Paulo.

O senhor sabe, Sr. José Carlos, quem foi que o senhor chamou de vagabundo, de analfabeto? São homens e mulheres que todos os dias, no estado de São Paulo, seja durante o dia, durante a noite, embaixo de sol, embaixo de chuva, estão arriscando as suas vidas para defender o povo do estado de São Paulo.

As suas palavras rasas, ofensivas, são repudiadas por todos esses homens, por mais de sete mil policiais militares, que hoje são pessoas com deficiência física, que estão em uma cama, tetraplégicos, estão em uma cadeira, paraplégicos, defendendo o povo do estado de São Paulo.

A família dos policiais militares mortos em combate defendendo o povo repudiam suas rasas e ofensivas palavras dirigidas aos policiais militares do estado de São Paulo.

O senhor foi extremamente irresponsável quando se dirigiu da maneira como o senhor o fez na última sexta-feira em relação aos homens e às mulheres que honram a farda da Polícia Militar no estado de São Paulo, que está para completar 200 anos.

Homens como o senhor nunca saberão valorizar um ser humano que entrega a sua vida para salvar a vida de um desconhecido. Não sei da sua formação acadêmica e muito menos da sua formação familiar, mas a forma como o senhor se dirigiu aos nossos policiais militares foi extremamente ofensiva e desonrosa.

Nós estamos aqui para repudiar. O senhor responderá na Justiça por essas ofensas, pois as nossas leis, o Código Penal, não permite que o senhor se dirija dessa forma ofensiva a homens e mulheres que entregam suas vidas para defender o povo do estado de São Paulo.

Só para que o senhor saiba um pouco quem são essas pessoas, somente no primeiro trimestre de 2024, esses homens e essas mulheres atenderam a 4,6 milhões de chamadas no Centro de Operações do Copom. Saiba o senhor que todos os chamados no centro de operações são uma vida do outro lado que está em risco. Esses homens se dirigem até essas pessoas para salvá-las.

Vinte e uma toneladas de drogas foram apreendidas por esses homens que o senhor chama de vagabundos. Trinta e duas mil pessoas foram presas. Mil e oitocentas armas de fogo foram retiradas das ruas por esses homens e essas mulheres que o senhor ofendeu.

O senhor é capaz de ter noção de quantas vidas foram salvas com esses milhares de armas retiradas das ruas? Não sei se o senhor sabe fazer conta, mas o senhor não faz noção de quantas vidas foram salvas por esses homens e essas mulheres.

Nós repudiamos a fala desse senhor chamado José Carlos Magdalena, feita na Rádio Morada do Sol de Araraquara. Muito triste nós vermos pessoas com esse nível de postura e forma de se dirigir aos policiais do estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Tem agora a palavra a deputada Leci Brandão pelo tempo regimental.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente, deputado Major Mecca, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, funcionários desta Casa, todo o povo que trabalha aqui também, nos serviços gerais, pessoas da Defensoria, militares, civis, enfim, queria, antes de fazer o meu pronunciamento, Sr. Presidente, parabenizar o meu amigo e também deputado, Carlos Giannazi, pela forma como V. Exa. apresentou aqui o estado de São Paulo, que agora tem também um vendedor, são pessoas que estão vendendo o Estado.

 É um absurdo saber que todos esses prédios que foram mostrados aqui e que foram anunciados por V. Exa. estejam à venda. Eu acho que a gente corre perigo, porque vai vender a Assembleia, e nós vamos ficar onde?

É preciso que a gente preste atenção nisso, senão teremos que começar a preparar os móveis, que não são nossos, né? São do povo brasileiro. Cada um tem um gabinete, então a gente vai ser despejado, se vão vender o prédio da Assembleia.

Mas o que eu quero falar, deputado Giannazi, deputado Mecca, é sobre a questão da saúde do estado de São Paulo. De acordo com os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde, a epidemia de dengue que estamos vivendo já levou 205 mortes confirmadas e 406 em investigação.

Os casos confirmados de dengue já ultrapassam 420 mil no estado de São Paulo, na capital são mais de 115 mil casos, e 76 bairros estão em situação de epidemia. Pelos dados apontados, São Paulo está sofrendo com a dengue em decorrência da falta de planejamento estratégico do governo estadual e no caso da capital, da prefeitura do município.

Na capital, a demora na tomada de decisão estrutural nas unidades de atendimento está deixando população à deriva. Não houve autorização prévia de investimento extraordinário para a adequação das unidades com contratação de profissionais e adaptação de serviços para evitar o colapso que atualmente estamos vivenciando, em que as pessoas demoram até oito horas - oito horas! - para serem atendidas.

Os sintomas da dengue são pesados, deixam pessoas vulneráveis, frágeis, e essa demora por atendimento é cruel e desumana. Por outro lado, os trabalhadores do serviço de Saúde estão sobrecarregados e expostos a agressões físicas e verbais. Por que eu estou dizendo isso?

Na semana passada, teve um posto de saúde em que - como as pessoas estão ficando muito irritadas pelo fato de demorar muito para poderem ser atendidas - o povo começou a bater na porta lá da UBS e aí tomaram logo a providência de quê? De chamar a polícia.

Então, chegaram lá os GCMs, de forma muito agressiva, batendo em senhoras, batendo em mulheres, entendeu? Mulheres grávidas, pessoas que estavam acompanhadas por crianças...

Para isso todo mundo sabe usar a força. É que está todo mundo indignado, ninguém aguenta mais ficar o tempo que fica nesses postos, nessas UBSs. A população está descarregando toda a sua insatisfação naqueles que estão na linha de frente. Quer dizer, às vezes enfermeiros ou enfermeiras são agredidos - e está errado, né? - por ninguém suportar mais.

Neste momento, os gestores precisam dar celeridade na liberação de recursos para as contratações de novos profissionais e para a ampliação de serviços, porque está faltando médico, está faltando enfermeiro, está faltando tudo, e a Saúde de São Paulo está uma loucura, ninguém aguenta mais.

Esse Estado é o Estado mais rico da nação brasileira, e a gente quer saber por que a Saúde em São Paulo está do jeito que está. A população acha que merece respeito e exige respeito, ninguém está fazendo favor nenhum.

O que não dá é para a gente assistir matérias com pessoas deitadas no chão porque não aguentam o tempo de espera. É gente desmaiando, passando mal, e, de repente, quando alguém toma uma atitude, a polícia chega para, sabe, agredir e para acalmar as pessoas. Foram os GCMs, porque isso foi mostrado na televisão.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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 O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando continuidade na relação dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, o deputado Eduardo Suplicy: tem V. Exa. os cinco minutos regimentais.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Prezado presidente Major Mecca, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, uma matéria do G1, da Globo, indica, inclusive com apresentação de vídeo, como é que policiais militares e ambulantes se envolvem em confusão no Parque Villa-Lobos, zona oeste de São Paulo.

Houve uma confusão entre vendedores ambulantes e policiais militares, registrada na tarde de ontem, no Parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo.

Nas imagens que foram exibidas pela reportagem da TV Globo “é possível ver um grupo de PMs tentando imobilizar ambulantes na frente do parque. Um homem chegou a ser rendido por um golpe semelhante ao de ‘mata-leão’.”

Nas imagens, “é possível ver uma vendedora no chão, imobilizada pelo pescoço por um policial militar. Ao ‘g1’, a vendedora ambulante Beatriz do Socorro, de 56 anos, contou que a confusão se deu após ambulantes se manifestarem na frente do parque por volta das 13h em protesto pela falta de cadastro para que os vendedores possam trabalhar na área.”

Diz ela: “‘Eu estou há 20 anos no parque. Eu trabalho com artesanato e água de coco. E eu nunca vi uma coisa horrível como o que está acontecendo com quem é ambulante.

A nova administração do parque não nos deixa trabalhar. Nos propõe uma porcentagem de 40% de repasse, a gente não pode pagar isso. Pedimos dez por cento. Por isso, um grupo foi hoje se manifestar e deu no que deu’.

‘A gente trabalhava, até então, tranquilo no parque, cada um com seu produto. Só que com essa nova administração do Villa-Lobos eles cercaram tudo e não nos deixaram mais trabalhar.

Somos pai, mãe de família, precisamos ganhar nosso trabalho. Inclusive eu também estou sem trabalho. Não conseguimos legalização ainda, a prefeitura não nos libera nada, não conseguimos nada. E o que acontece? Simplesmente todo mundo se revoltou, inclusive essa mulher que aparece no vídeo’.

Ainda conforme Beatriz, os ambulantes querem se regularizar para voltarem a trabalhar no parque.” Diz ela: “A gente está precisando trabalhar. A gente está passando a necessidade em casa, não conseguimos mais trabalho devido a nossas idades. Tem gente que tem 50 anos, eu mesma tenho 56, outros têm 60 ou mais.

Então, nessa idade, a gente não arruma mais emprego. E temos que trabalhar e fazer um serviço informal. Tem muitos que tem aí o MEI, tem o ‘Tô Legal’, e mesmo assim a prefeitura não libera, ninguém deixa a gente trabalhar.

Mesmo que a administração liberasse uma porcentagem, mas que fosse menos de 40 por cento. A gente poderia até pagar, mas menos de 40 por cento. A gente estava sugerindo 10% do nosso ganho diário, e eles não querem, eles estão muito arredios’, ressaltou.

‘Todos os ambulantes querem trabalhar, querem se regularizar, querem poder trabalhar dentro do parque, não é em outro local, querem que essa administração facilite mais o trabalho para nós, que somos pais e mães de família’, complementou.

A mulher que aparece nas imagens rendida por uma policial militar e, depois, caída no chão ferida publicou nas redes sociais que sofreu luxação no braço e está bem.

Em nota, a concessionária Reserva Parques, que administra o Parque Villa-Lobos, afirmou que ‘há cerca de 20 dias, em razão do aumento de vendedores ilegais e diante de reclamações dos frequentadores e do conselho do parque, especialmente por conta da venda indiscriminada de bebidas alcoólicas, a concessionária notificou a subprefeitura da região e a Secretaria de Segurança Pública para atuação no entorno’.

Ainda conforme a administração, paralelamente foi aberto cadastro para verificar a possibilidade de nova rodada de regularização e avaliar individualmente os casos.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou, em nota, que a PM foi acionada para conter uma confusão envolvendo ambulantes e que, durante o tumulto, uma mulher de 34 anos agrediu uma segurança, de 36, e desacatou os policiais, após eles impedirem que outros ambulantes agredissem os funcionários”.

Eu gostaria aqui de sugerir à administração dos parques e à Secretaria do Verde que levem em consideração a experiência tão positiva das cooperativas de vendedores ambulantes do Parque Ibirapuera, de vendedores autônomos, que já existem desde o ano 2000, e diversas vezes têm procurado se reunir com a direção da empresa concessionária do serviço para tomar conta do parque.

Tem havido diálogos entre os ambulantes organizados em cooperativa e a administração do Parque Ibirapuera, de tal maneira a chegarem a um bom entendimento sobre todos os procedimentos.

Então, que possa a administração do parque Villa-Lobos se espelhar nesse melhor entendimento que felizmente tem acontecido. Inclusive, muitas vezes eu tenho sido chamado para colaborar com o diálogo entre a presidenta Antônia, da cooperativa, e a outra presidenta, da outra cooperativa, e tem havido um bom entendimento entre as partes.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Na sequência dos oradores inscritos, chamo o deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Mecca, telespectador da TV Assembleia. Venho à tribuna, Sr. Presidente, na data de hoje, fazer um apelo aqui ao Tribunal de Justiça de São Paulo, para que continue chamando os aprovados no último concurso de escrevente técnico do Judiciário.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.

 

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Nós temos ainda, Sr. Presidente, sobretudo nas regiões administrativas judiciárias, 1.535 cargos vagos para esses aprovados. Pessoas que se esforçaram, estudaram, abriram mão de muitas coisas - empregos, tempo - para que pudessem fazer a prova e ser aprovadas nessa prova extremamente difícil.

Só que houve apenas uma chamada, mas tem ainda esses cargos. Nós temos aqui um documento importante, que foi feito por uma comissão dos aprovados, dando conta de que nós temos 3.704 aprovados que aguardam a nomeação. Ou seja, quase 70% dos aprovados ainda não foram nomeados.

Então, é muito importante que o TJ faça a chamada, primeiro porque essas pessoas foram aprovadas, elas devem assumir esses cargos; em segundo lugar, porque há um déficit enorme de servidores no Tribunal de Justiça, nas várias comarcas do interior paulista, na capital, na Baixada Santista, em todos os lugares.

Nós sabemos disso. Inclusive, com uma sobrecarga de trabalho para quem está trabalhando hoje. Então, é muito importante que haja a chamada. Nós, aqui pela Assembleia Legislativa, anualmente apresentamos emendas ao Orçamento, tanto na LDO quanto na Lei Orçamentária.

Eu apresento emendas, e outros deputados também, aumentando exatamente o orçamento do Tribunal de Justiça, para que haja investimento nos servidores: na melhoria salarial, funcional, na melhoria das condições de trabalho, e sobretudo também para a chamada dos aprovados nos concursos do Tribunal de Justiça.

Então, não estou aqui fazendo demagogia, nem palanque. Na verdade, nós contribuímos aqui, apresentando emendas. Porque nós sabemos que o governo corta uma boa parte do orçamento do TJ; quando o TJ encaminha o orçamento, a peça orçamentária, para a Casa Civil, lá há um corte.

Nós aqui, fazendo a nossa parte, apresentamos essas emendas, repondo, pelo menos, uma parte desses cortes. Para beneficiar os servidores, escreventes, oficiais de justiça, e tantos outros, que estão dentro do Tribunal de Justiça, para que seja garantida a data base salarial dos servidores, mas também sobretudo para a chamada dos aprovados nos concursos públicos.

Por isso que nós estamos fazendo esse apelo. Não só ao TJ, mas também à Assembleia Legislativa, para que aprove as nossas emendas. E ao governo estadual, para que faça a suplementação orçamentária. Porque quando um concurso é realizado, no Tribunal de Justiça, ele é antes aprovado aqui na Assembleia Legislativa.

O concurso é amparado por uma lei que nós aprovamos, em tese, já com dotação orçamentária. Então é importante que os aprovados sejam chamados imediatamente, Sr. Presidente. Porque, repito, eles têm o direito. Nós aprovamos lei com reserva orçamentária. E sobretudo porque os servidores do TJ estão com excesso de trabalho, não dando conta dos vários processos.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo é o maior tribunal de justiça da América Latina. Talvez seja um dos que tem um dos maiores números de processos, não sei se do mundo, mas está entre eles.

Então você tem que ter servidores. O concurso foi realizado corretamente, está aqui. Nós temos várias centenas de pessoas aprovadas que devem ser chamadas.

Fica o nosso apelo ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao governador, para que faça suplementação orçamentária, em caso de necessidade, para cumprir a lei que nós aprovamos na Assembleia Legislativa. E à própria Assembleia Legislativa, aprovando as emendas que nós apresentamos à LDO e à Lei Orçamentária, para que todos os aprovados sejam chamados.

Era isso, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi. Tem a palavra agora o deputado Major Mecca, pelo tempo regimental.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Para concluir, senhor José Carlos Madalena, jornalista da região de Araraquara. Um homem com tão pouca luz, com tão pouco discernimento, como o senhor demonstrou ser, nas suas ofensas aos policiais militares de São Paulo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O senhor nunca saberá o que é a dor de um policial militar, ao final do seu turno de serviço, ter que recolher, para o quartel, com dois carros funerários, levando dois irmãos de farda, mortos durante o turno de serviço.

O senhor jamais saberá o que é a dor de, ao adentrar o pátio do quartel, presenciar os filhos desse policial militar, a esposa, no pátio, chorando, olhando a chegada do pai, do marido, morto, dentro de um caixão, defendendo o povo do estado de São Paulo.

O senhor jamais saberá o que é a dor que sente um comandante, um secretário, ao entregar uma Bandeira Nacional dobrada nas mãos de uma esposa, de uma mãe, que entregou o seu filho à Polícia Militar para defender o povo do estado de São Paulo, e recebe uma bandeira. Pois o filho morreu nas mãos de criminosos, de bandidos, de facções criminosas que o senhor defende tanto.

Fica aqui o nosso repúdio às suas infelizes palavras e ofensas aos policiais militares do Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de chamar V. Exa., deputado Mecca, só para continuar presidindo a sessão.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

           

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Na sequência dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem cinco minutos regimentais para uso da tribuna.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Mecca, eu tenho aqui utilizado a tribuna exaustivamente denunciando o calote do ALE, do Adicional de Local de Exercício, que é uma espécie de gratificação que os professores têm, que alguns servidores da Educação têm, não só os professores, mas os agentes de organização escolar - com valor menor, infelizmente -, os professores e também os gestores.

É uma espécie de compensação, de complementação pequena, mas que faz alguma diferença para muitos profissionais da Educação.

O governo, há mais de dois meses, não edita o decreto para pagar o ALE, trazendo prejuízos para milhares e milhares de profissionais da Educação. Tenho denunciado exaustivamente esse fato aqui pela tribuna. Eu chamo de calote, de calote do ALE.

Na semana passada, tivemos matérias repercutindo as nossas denúncias na “Folha de S. Paulo” e também na própria Rede Globo de Televisão. Quero mostrar inclusive uma matéria que foi exibida na semana passada, na Rede Globo, falando dessa gravidade, da questão desse calote do ALE para os profissionais da Educação.

 

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- É exibido o vídeo.

           

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Então, Sr. Presidente, só para concluir. É inconcebível que isso esteja acontecendo, isso é um desrespeito, é um descaso com os profissionais da Educação. Se isso estivesse acontecendo, por exemplo, com deputados não recebendo uma gratificação, haveria uma grande uma gritaria.

Se isso estivesse acontecendo com os promotores, com os procuradores do Ministério Público, haveria uma grande gritaria também, ações contra o governo. Se isso estivesse acontecendo com os conselheiros do Tribunal de Contas, haveria também muita reação. Mas como é com os profissionais da Educação, então o governo tripudia.

Agora eu quero denunciar, Sr. Presidente, que isso já aconteceu no ano passado. No ano passado, aconteceu a mesma coisa com o atraso da publicação do decreto. Então, isso é uma afronta à dignidade humana, um desrespeito aos profissionais da Educação. Lembrando, que nós defendemos que esse ALE tem que ser pago a todos os profissionais da Educação de todas as escolas.

Tem mais, Sr. Presidente: que o governo corrija uma gravíssima injustiça com os agentes de organização escolar. Eles estão nas mesmas escolas que os professores, que os diretores, mas o ALE para eles é menor, sendo que eles estão expostos, mais expostos que os próprios professores, porque eles ficam o dia todo dentro da escola. Eles ficam oito, nove, dez horas dentro da escola.

Então, eles devem ter o mesmo valor do ALE que os professores e diretores. E que esse ALE seja estendido a todas as escolas do estado de São Paulo, sobretudo as escolas que estão nas comunidades indígenas e quilombolas, por exemplo, a escola lá de Iporanga, de Bombas.

É uma escola quilombola ligada a uma escola estadual, que fica no centro de Iporanga, que até hoje não tem o ALE. Os professores de lá são obrigados a andar vários quilômetros, várias horas na mata fechada para acessar a escola, são obrigados a dormir na escola para não terem que voltar no mesmo dia.

Então, essa escola, como as outras, tem que ter também o ALE. Espero que nessa suposta renovação do ALE, do novo decreto, todas essas escolas estejam contempladas, sobretudo os agentes de organização escolar também.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi, é regimental o seu pedido. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo o acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantado os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da última quarta-feira.

Está levantada a sessão.

Muito obrigado.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 59 minutos.

 

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