14 DE MARÇO DE 2025
6ª SESSÃO SOLENE PARA ENTREGA DO VIII PRÊMIO INEZITA BARROSO
Presidência: PROFESSORA BEBEL
RESUMO
1 - PROFESSORA BEBEL
Assume a Presidência e abre a sessão às 10h29min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a composição da Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
3 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene para "Entrega do VIII Prêmio Inezita Barroso", por solicitação desta deputada. Enaltece o valor da música sertaneja raiz. Informa que neste ano comemora-se o centenário da citada cantora. Lembra conquista do Oscar pelo filme "Ainda Estou Aqui". Anuncia a exibição de vídeo sobre a premiação.
4 - SIMÃO PEDRO
Deputado estadual, faz pronunciamento.
5 - MÁRCIA LIA
Deputada estadual, faz pronunciamento.
6 - LETÍCIA AGUIAR
Deputada estadual, faz pronunciamento.
7 - BETH SAHÃO
Deputada estadual, faz pronunciamento.
8 - PAULO FIORILO
Deputado estadual, faz pronunciamento.
9 - EDIANE MARIA
Deputada estadual, faz pronunciamento.
10 - MAURO BRAGATO
Deputado estadual, faz pronunciamento.
11 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL
Lembra que Inezita Barroso também fora professora. Lê currículo de Toninho da Viola, especialista em Cururu, homenageado.
12 - SIMÃO PEDRO
Deputado estadual, faz pronunciamento.
13 - EDIANE MARIA
Deputada estadual, faz pronunciamento.
14 - PAULO BETTI
Ator, declama poema e faz pronunciamento. Lê currículos e anuncia a entrega do Prêmio Inezita Barroso aos músicos homenageados.
15 - EDU OLIVEIRA
Músico homenageado, faz pronunciamento e declama poesia.
16 - TONINHO DA VIOLA
Músico homenageado, faz pronunciamento e apresentação musical.
17 - WILL BAKER
Membro da Orquestra Municipal de Viola Caipira de Presidente Bernardes, faz pronunciamento e apresentação musical.
18 - MÚSICO DA ORQUESTRA DE VIOLEIROS CRESCER NO CAMPO
Membro da orquestra homenageada, faz pronunciamento.
19 - JOÃO AUGUSTO E SAMANTHA
Dupla homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical.
20 - MÚSICO DA ORQUESTRA DE VIOLA CIDADE DAS ÁGUAS
Membro da orquestra homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical.
21 - FABÍOLA BENI
Musicista homenageada, faz pronunciamento.
22 - MÚSICO DA ORQUESTRA DE VIOLEIROS DE MAUÁ
Membro da orquestra homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical.
23 - MILIONÁRIO
Cantor, faz pronunciamento e apresentação musical.
24 - LUIZ PALOMBO
Comunicador homenageado, faz pronunciamento.
25 - ARNALDO FREITAS
Músico homenageado, faz pronunciamento e apresentação musical.
26 - LEILA MOREIRA
Cantora homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical.
27 - EBERSON FERRAZ
Músico da Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa Bárbara D’Oeste, faz pronunciamento e apresentação musical.
28 - CARLOS EDUARDO DA SILVA
Membro do Instituto Du Catira, faz pronunciamento e apresentação de dança.
29 - JOSÉ DERCÍDIO DOS SANTOS
Músico homenageado, faz pronunciamento e apresentação musical.
30 - ANDRÉ MORAES E JACKSON RICARTE
Dupla homenageada, faz pronunciamento.
31 - BETE BISSOLI
Compositora homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical em trio.
32 - FABRÍCIO RAMOS
Músico e compositor homenageado, faz pronunciamento e declama poesia.
33 - YURI GARFUNKEL
Artista visual e violeiro homenageado, faz pronunciamento.
34 - DANILO DE BARROS NUNES
Músico homenageado, faz pronunciamento.
35 - MARCOS MARTINS
Ex-deputado estadual, faz pronunciamento.
36 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL
Valoriza a Cultura. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 12h40min.
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- Assume a Presidência e abre a sessão
a Sra. Professora Bebel.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores,
mais uma vez muito bom dia a todos.
Esta sessão solene tem a
finalidade de realizar a entrega da 8ª edição do Prêmio Inezita Barroso,
instituído pela Resolução nº 910, de 2016, regulamentada pelo Ato de Mesa nº
42, de 2016, e alterada pela Resolução nº 931, de 2021.
Comunicamos aos presentes que esta
sessão está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal Alesp no
YouTube.
Convidamos para compor a Mesa
Diretora: deputada estadual Professora Bebel, presidente da Comissão de Educação
e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Palmas.); os demais
membros da Comissão de Educação e Cultura aqui presentes (Palmas.), os
deputados Mauro Bragato (Palmas.), Deputada Beth Sahão (Palmas.), Deputada
Letícia Aguiar (Palmas.), o Sr. Cleberson Duarte, prefeito de Presidente
Bernardes (Palmas.), o Sr. Anselmo Giroto, prefeito de Oscar Bressane.
Convido a todos os presentes para,
em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela
Orquestra Feminina de Santa Bárbara d’Oeste, sob a regência do maestro Eberson
Ferraz Bino.
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- É executado o Hino Nacional.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - (Palmas.)
Agradecemos à Orquestra Feminina de Santa Bárbara do Oeste pela execução do
Hino Nacional Brasileiro. Gostaria de chamar para compor a Mesa a deputada
estadual Márcia Lia. Nós registramos e agradecemos as presenças do vereador
Senna, de São José dos Campos. Vereadores de São Pedro, Carlos Eduardo e José
Roberto Dudu.
Fabio Picarelli, subprefeito de
Paranapiacaba. Lebos Chaguri, CEO da FMTV. Emerson Santos, coordenador da SPU,
Secretaria do Patrimônio da União. Genilson Silva, chefe de gabinete da 1ª
Secretaria, representando neste ato o deputado Teonilio Barba. E a senhora Iara
Bento, coordenadora do SOS Racismo da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo.
Neste momento, passamos a palavra à
deputada estadual Professora Bebel, presidente da Comissão de Educação e
Cultura da Alesp, para que proceda à abertura desta solenidade.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Bom dia. Sei
que está todo mundo fraquinho, é cedo. Bom dia!
TODOS
- Bom dia!
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Ah, cantor
não pode ter voz fraca aqui, né! Eu queria agradecer e acolher cada um e cada
uma de vocês que produzem música popular raiz aqui no estado de São Paulo e -
por que não dizer? - para todo o Brasil. Agradecer cada um daqueles e daquelas
que vieram prestigiar.
Cumprimentar as minhas colegas: a
deputada Márcia Lia, deputada Letícia Aguiar, deputada Beth Sahão. O meu colega
da Comissão de Educação e Cultura, por quem eu nutro muito carinho, deputado
Mauro Bragato. E não fica enciumada, Beth! É que a gente tem que fazer uma
memorização. Estou brincando, Beth, por favor. Nós estamos em dia de alegria e
de festa, e a gente faz isso também.
E cumprimentar o prefeito, que
grandeza. Está aqui o prefeito Cleberson, da cidade de Presidente Bernardes. Satisfação
tê-lo aqui. Cumprimentar toda a equipe técnica. Cumprimentar toda a minha
assessoria. Cumprimentar todos e aquelas que eu sei que estão enfrentando muita
dificuldade para chegar até aqui, e estão chegando.
E dizer para vocês que hoje, para mim,
é mais um dia e é um marco na minha vida. Um marco, de a gente refletir sobre a
música popular raiz sertaneja. E dizer que nós, no estado de São Paulo, temos
muito o que mostrar. Vocês têm muito o que mostrar. E nós queremos acolher arte
dessa forma.
Eu, naturalmente, não gosto de fazer
leitura. Mas às vezes a leitura nos remete até por uma objetividade maior.
Senão vou fazer um comentário que eu fiz com a Beth. Acha ruim! Eu estou
chamando a Beth para ver se ela fica popular entre vocês, fazendo propaganda
antecipada.
Em 2025, o Brasil celebra o centenário
de Inezita Barroso. Ela estaria fazendo 100 anos. Uma das maiores intérpretes
da música caipira e da cultura popular brasileira. Com sua voz marcante, sua
paixão pela preservação das tradições sertanejas, Inezita se tornou um ícone da
música brasileira, transmitindo com emoção e autenticidade as histórias do povo
do interior. Esse, que nunca é visibilizado.
Esse centenário também coincide com o
mês de março, dedicado à celebração das mulheres e suas conquistas. É um
momento para refletir sobre o papel das mulheres na música, na arte e na
cultura. Sua carreira, a de Inezita, que se estendeu por várias décadas,
representa um legado imortal de amor à cultura popular.
Figuras como Inezita Barroso abriram
caminho para tantas outras. O mês da mulher é uma ocasião para fortalecer a
luta por igualdade de gênero e reconhecimento. Assim como para celebrar as
mulheres que, como Inezita, deixaram sua marca no mundo da música.
É um momento para refletir sobre o
papel fundamental das mulheres na música, na arte e na cultura. E figuras como
Inezita Barroso abriram caminho para tantas outras. Eu vou pedir licença para
aqueles que divergem de mim no que eu vou dizer agora. Mas eu tenho que dizer,
porque não pode passar em branco.
Este ano comemoramos também a vitória
da atriz Fernanda Torres, que tem se destacado cada vez mais pelo seu talento.
E recebeu reconhecimento mundial com o prêmio no Grammy e o Oscar para o filme
“Ainda Estou Aqui”, marcando um importante passo para as mulheres. (Palmas.)
Sua conquista é um reflexo da luta das
mulheres por mais espaço e visibilidade nas diversas áreas da cultura.
Evidencia que, ao longo de tantos anos, o talento feminino tem conquistado seu
devido lugar, o lugar em destaque.
Assim, o centenário de Inezita Barroso
se entrelaça com marcos importantes na trajetória das mulheres na música, no
cinema, nas artes, celebrando não apenas o passado, mas também as novas
gerações de artistas que continuam a romper barreiras e conquistar novos
espaços.
Eu agradeço mais uma vez a oportunidade
de estar aqui. Vou deixar para que o cerimonialista leia a história da Inezita
Barroso, que eu acho que é importante que fique muito bem assinalada. E, ao
mesmo tempo, dizer pra vocês que não é fácil organizar um evento como este.
Hoje nós vamos contar com a ilustre
figura do nosso querido Paulo Betti, que já está aqui entre nós. E nós
estivemos na outra com o Jackson, que estava na novela, inclusive. Como eu
diria? É uma forma de a gente também trazer o cinema, a televisão, para dentro
da Assembleia Legislativa e dizer: temos direito à cultura, todos nós. Parabéns
para todos e todas que estão nesta grande solenidade e celebração do centenário
de Inezita Barroso. Um abraço, um beijo. Muito obrigada. (Palmas.)
Peço também para que a cabine já
coloque no telão, eu acho que foi uma emoção muito grande para a gente - de
novo, peço desculpas para os que discordam, mas ver o cinema brilhar lá, um
Grammy, o Oscar, com a recepção do Oscar, também, por óbvio, a importância da arte
na nossa vida, o que ela faz conosco, a capacidade de a arte expressar o
momento, e isso não é pouca coisa. Cada um de vocês são artistas, produzem
artes, por isso vocês moram no nosso coração.
Beijo, gente.
Muito obrigada.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Quero agradecer as
palavras da deputada Professora Bebel, que nos antecedeu aqui no púlpito.
Registrar e agradecer também ao Sr. Alessandro Azevedo, representante do
Ministério da Cultura no estado de São Paulo; Sr. Juca Bortolucci, vereador de
Santa Bárbara d’Oeste; Sr. José Manoel, presidente da FerroFrente. Comunicar
que está na nossa mesa também o deputado estadual Simão Pedro, que nós chamamos
já para fazer uso da palavra. Deputado Simão Pedro.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - Muito bom dia para
todas, muito bom dia para todos. Muito bem-vindos e bem-vindas a esta Casa, que
hoje está em festa, com esta festa maravilhosa que é a entrega do 8º Prêmio
Inezita Barroso.
Quero cumprimentar a deputada
Professora Bebel, que preside a Comissão de Educação e Cultura desta Casa e que
está à frente da organização deste evento maravilhoso. Em nome da Professora
Bebel, cumprimentar todos os meus colegas parlamentares aqui, que também
participam da comissão e também puderam assim indicar os premiados desta
sessão, desse prêmio.
É sempre bom relembrar a grande figura
da Inezita Barroso, figura maior da cultura popular, principalmente da cultura
popular paulista, do resgate que ela fez e o valor que ela fez da cultura
caipira, principalmente da música caipira. Esse prêmio a homenageia de uma
forma muito, assim, singela, mas muito importante.
Eu quero cumprimentar todas as
integrantes da Orquestra de Viola de Mulheres de Santa Bárbara d’Oeste, que eu
tive a oportunidade de fazer a indicação. Parabéns. Em nome de vocês,
cumprimentar todos os homenageados também. Esta manhã é uma manhã especial, uma
manhã de exaltação da nossa cultura.
A cultura é a alma do nosso povo, é
como o nosso povo vive, como se alimenta, como se relaciona com as divindades,
como se relaciona, como sobrevive, como trabalha, como se diverte, como dá
sentido à nossa vida, tudo isso é a cultura.
Aqui a gente pega um pedacinho dela,
que é a música caipira, não só os artistas que produzem a música, mas aqueles
que estão em volta, os radialistas, os divulgadores, os produtores, e esse
universo todo vai estar aqui, está aqui nesta manhã. Então é uma alegria estar
aqui compartilhando com vocês este momento mais uma vez.
Parabéns a todos vocês que estão
recebendo esse prêmio merecido, porque há uma seleção muito grande, então, se
vocês estão aqui, é porque de fato merecem, fazem muito pela cultura,
principalmente pela cultura caipira do nosso querido estado de São Paulo, do interior,
mas também aqui, da Capital. Grande dia, parabéns! Viva a cultura do nosso povo
paulista!
Obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do deputado estadual Simão Pedro. Ouviremos agora a deputada estadual
Márcia Lia.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Muito bom dia a todos
e a todas. É um prazer enorme receber a todos nesta Casa, auditório lotado,
plenário lotado, muitas autoridades e também muita gente que representa a
cultura raiz, a cultura da viola, a cultura que a gente precisa preservar,
porque é a história do nosso País, é a história do nosso interiorzão. Então eu
fico muito feliz de poder receber a todos aqui, nesta Casa.
Hoje é um dia de celebração para a
música brasileira e para a nossa querida cidade de Araraquara, porque eu vou
falar do meu homenageado neste momento. Luiz Palombo, que é o meu indicado,
recebe o Prêmio Inezita Barroso desta 8ª edição, reconhecimento pelo seu
incansável trabalho em preservar e difundir a música caipira. Um dos maiores
símbolos da música de raiz brasileira, sua voz marcou gerações na rádio, e seu
projeto “Viola na Praça” mantém viva a tradição musical do nosso povo, que é um
dos maiores tesouros da nossa cultura.
Eu me sinto profundamente honrada em
poder entregar esse prêmio a um conterrâneo da morada do sol e saber de sua
imensa importância para nossa cultura. Com certeza esse filho de Araraquara
leva com carinho, respeito e amor essa honraria. Palombo é um verdadeiro
guardião da cultura popular e esta homenagem reflete o respeito e a gratidão
que todos nós temos por sua trajetória.
Aproveito também para parabenizar todos
os premiados, que lutam para manter viva a memória da música de raiz
brasileira. Também celebramos a força de Inezita Barroso, uma mulher que foi um
marco na música, em uma época que, muitas vezes, tivemos que lutar pelo nosso
espaço.
Receba com todo o carinho esse prêmio.
Parabéns, Luiz Palombo. Você é um grande ícone da música raiz brasileira. Eu
pediria que o Palombo se levantasse, para que as pessoas pudessem conhecê-lo,
quem ainda não teve a oportunidade de conhecê-lo. Uma salva de palmas.
(Palmas.) Muito obrigada, Palombo.
A todos os homenageados, eu tenho
certeza de que nós hoje fazemos justiça a muitas pessoas que, muitas vezes,
passaram esquecidas. Então parabéns à deputada Bebel, parabéns aos deputados da
Comissão de Educação e Cultura e parabéns a todos aqueles que vieram hoje nesta
Casa para serem homenageados e para presentear também os homenageados.
Um bom dia a todos nós, um bom evento,
obrigada. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Gostaria
de chamar para estar conosco também o deputado Paulo Fiorilo. (Palmas.) Neste
momento vamos ouvir as palavras da deputada estadual Letícia Aguiar.
A
SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - Bom dia. Que alegria
poder ver esta Casa cheia da música sertaneja, da nossa viola caipira, que
alegria poder ver e homenagear tantas pessoas, tantos artistas, tantos músicos
especiais para a história da música sertaneja brasileira.
Bom, vou iniciar meus cumprimentos às
minhas colegas, deputada Bebel, deputada Beth Sahão, deputada Márcia Lia,
deputados Mauro Bragato, Simão Pedro, Paulo Fiorilo, meus colegas aqui de
Parlamento. Em que pese muitas vezes termos diferenças ideológicas,
posicionamentos diferentes, mas aqui nós temos algo em comum: a valorização e o
reconhecimento das nossas músicas sertanejas, da nossa tradição caipira e isso
está aqui acima de tudo.
Quero aqui cumprimentar o vice-prefeito
de Igaratá, Fábio; o vereador Sílvio Jorge, de Igaratá; os coordenadores de
Turismo e Cultura, Bianca, Elaine e Cadu, que vieram especialmente para este
dia aqui receber esta homenagem; o prefeito de Oscar Bressane, Anselmo Giroto;
o Senna, vereador de São José dos Campos, meu parceiro de vida, de missão,
juntos também em defesa das tradições caipiras em todo o estado de São Paulo. E
quero, de forma especial, reconhecer o maestro Oliveira Neto e a Orquestra de
Viola Cidade das Águas de Igaratá. Por favor, se levantem.
Músicos talentosos, artistas da nossa cultura
brasileira sertaneja que merecem o nosso reconhecimento, a nossa valorização e
saibam que vocês têm aqui uma parlamentar, uma mulher do estado de São Paulo,
da região do vale do Paraíba, que tem a honra de reconhecer aqueles que fazem
parte da nossa história, muito obrigada. E obrigada por terem aceito esse
convite para serem homenageados aqui, hoje, nesta Casa, no maior Parlamento
estadual da América Latina, muito obrigada. (Palmas.)
Por fim, eu quero parabenizar a todos os
homenageados aqui hoje e demonstrar aos senhores, muitas vezes a gente vê que
apenas artistas muito consagrados, artistas de renome, muitas vezes que têm
acesso a políticas públicas, que têm acesso a recursos, a investimentos.
Mas o que eu defendo é que os artistas
que têm maior dificuldade, os artistas que estão começando ou aqueles que têm
muita história, que muitas vezes não têm o amparo da legislação, não têm amparo
e acesso a investimentos na sua arte, esses artistas que são cada um de vocês,
merecem esse reconhecimento e esse trabalho.
Portanto, conte com o meu trabalho para
que também possa auxiliá-los junto ao Governo do Estado, para que a gente
possa, junto, destinar recursos para a Cultura, para o Turismo, que quando a
gente investe na boa cultura, na boa arte, a gente investe na história das
cidades, na história das pessoas que construíram a cidade.
Como não citar aqui quem fez a
história, quem faz parte da história, que eu tenho certeza que todos os
senhores aqui tocaram na viola dos senhores, Milionário e Zé Rico, este homem
que foi justamente reconhecido aqui pela deputada Beth Sahão, uma justa homenagem.
Milionário, que bom recebê-lo aqui, que bom saber que a sua história faz parte
da história de todos esses cantores, todos esses músicos. (Palmas.)
Nós sabemos que todos nós temos uma
longa estrada da vida. “Nesta longa estrada da vida/ Vou correndo e não posso
parar/ Na esperança de ser campeão/ Alcançando o primeiro lugar”. Vocês são o
primeiro lugar aqui hoje.
Parabéns. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nós agradecemos as
palavras da deputada Letícia Aguiar e ouviremos agora a deputada Beth Sahão.
A
SR. BETH SAHÃO - PT - Bom dia a todas e
todos. É uma alegria poder estar aqui neste dia de celebração, de homenagens,
de festa, quando a nossa querida e saudosa Inezita Barroso completaria 100
anos. E esse prêmio foi instituído aqui, me lembro muito bem, porque eu estou
na Assembleia já há alguns anos, pelo deputado Marcos Martins, que era um
apreciador muito intenso da música raiz, da música sertaneja, da cultura raiz,
da cultura sertaneja e deu o que fazer para o prêmio ser implantado.
Mas graças a Deus nós conseguimos,
naquela época, e ele virou essa maravilha que está aqui hoje, umas pessoas
presentes participando, deputadas e deputados, com a oportunidade de poder
fazer e trazer para esta Casa os seus indicados nessa justa homenagem. E por isso
eu aproveito este momento para cumprimentar a todas e todos que estão sendo
homenageados, e nos mais diferentes segmentos da cultura.
Queria saudar minha querida amiga e
companheira, deputada Bebel, presidente desta Comissão de Educação e Cultura,
que organizou tudo isso. Eu ainda falei para ela: “mas quem fez essa decoração
linda aqui que tem tudo a ver com a data de hoje?”. Ela falou: “fomos nós”.
Então parabéns Bebel, está linda a decoração e isso é para vocês, na verdade,
que estão participando desta manhã tão bonita. (Palmas.)
Cumprimentar o deputado Mauro Bragato,
cumprimentar o deputado Simão Pedro, o Paulo Fiorilo, chegou agora a Ediane
também, a deputada Letícia, a deputada Márcia Lia, e dizer para vocês que eu
aqui estou muito feliz hoje, sabe por quê? Eu estou homenageando, certamente, a
pessoa mais longeva aqui desta manhã, que é o meu querido Milionário. Eu
gostaria que ele se levantasse para receber também uma salva de palmas de todos
vocês, aos 85 anos. (Palmas.)
Ainda está cantando, ainda está
gravando, já passou por várias duplas. A mais famosa, claro, foi o seu
companheiro José Rico, e nesta música que ficou imortalizada que é a “Longa
Estrada da Vida”, que foi uma música de enorme sucesso - pode sentar,
Milionário.
E eu queria fazer aqui, lembrar para
vocês um momento muito importante na carreira dele, fez muito sucesso com essa
música aqui, e ele foi convidado para ir para a China, ele e o companheiro
dele.
E, na época, a China tinha um regime
muito fechado; hoje não, hoje a China recebe todo mundo, é um país que se abriu
para o mundo, sobretudo na questão econômica e nas relações internacionais. E
ele foi, ficou um mês na china visitando aquele país a convite do governo
chinês.
Então isso mostra que o talento não tem
fronteiras, o talento ultrapassa fronteiras, como foi o caso dessa dupla que
ficou inesquecível no coração de todos nós, que é o Milionário e o Zé Rico.
Então eu me sinto muito gratificada, Milionário, de poder hoje promover essa
homenagem para você, e tenho certeza que todas as deputadas e deputados que
estão hoje indicando homenageados também estão muito felizes.
Porque cada um de vocês tem um mérito,
tem o talento e a gente precisa lembrar que a Cultura é libertária, aproxima as
pessoas, integra as pessoas e, mais do que isso, permite a livre expressão nas
mais diferentes áreas de atuação cultural.
Hoje, nós temos aqui pessoas que estão
atuando em vários segmentos, e todas serão, justamente de uma forma justa,
homenageadas, então eu gostaria de... Ontem eu fui assistir ao filme “Vitória”,
foi a estreia do filme “Vitória”, não foi com a Fernanda Torres, mas foi com a
Fernanda Montenegro.
É maravilhoso o filme, lindíssimo,
porque mostra a questão do etarismo também de uma mulher idosa - eu não vou dar
spoiler aqui, claro, não vou contar o filme -, mas de uma mulher idosa que luta
com as suas convicções, com os seus ideais.
Eu recomendo que as pessoas que tiverem
oportunidade vão ao cinema, assistam a esse filme, porque ela está
deslumbrante, ela é de fato a nossa melhor atriz e merece uma grande salva de
palmas. (Palmas.) Essa atriz maravilhosa que nós temos orgulho de ter, que é a
Fernanda Montenegro - e cuja filha está seguindo na mesma trilha, obedecendo
aquele ditado que diz: filho de peixe, peixinho é.
Eu queria também aproveitar aqui: a
assessoria do deputado Rômulo pediu para que eu citasse - ele não pôde estar
presente - a presença da Orquestra de Violeiros de Mauá. Podia se levantar
também pra receber uma salva de palmas de todos. (Palmas.) O Rômulo não está -
estão lá em cima -, mas pediu pra que eu fizesse essa citação, então sejam
muito bem-vindos, parabéns. Aí isso, muito bem. (Palmas.)
Parabéns pela homenagem, parabéns
Bebel, parabéns a todas e todos. E vamos aqui viver esse momento tão sublime,
tão bonito, que é a celebração da cultura no nosso estado e no nosso País.
Muito obrigada e um bom dia a todas e
todos. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nós agradecemos as
palavras da vereadora Beth Sahão e ouviremos agora o deputado estadual Paulo
Fiorilo... Deputada, deputada estadual Beth Sahão.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Bom dia a todos e a
todas, prazer em recebê-los nesta Casa. Quero começar parabenizando a deputada
Bebel, que conduz este ato tão importante - que já é uma história aqui, já
relatada pela deputada Beth. Saudar a deputada Márcia Lia, deputada Letícia,
Ediane, deputada Beth, deputado Mauro, deputado Simão que compõem esta mesa.
Esta é uma homenagem que resgata um
pouco da história daqueles que cultivam a música raiz, a música sertaneja. Eu
cheguei cedo aqui na Casa e encontrei o pessoal de Igaratá, que a Letícia
trouxe aqui para ser homenageado, e percebi ali na conversa já - que não foi
comigo mas foi com pessoal que estava lá - a disposição dos meninos que vieram
lá de Igaratá e chegaram aqui oito da manhã, não é? Eu acho que é esse, um
pouco, o comprometimento. A gente tem aqui pessoas importantes que estão sendo
homenageadas, de todas as áreas, de todas as regiões deste estado.
A Beth fez uma homenagem aqui ao
Milionário... Eu preciso confessar para a Beth, para todo mundo, que o
Milionário e José Rico foram aqueles que embalaram a minha infância. Eu sou do
interior, sou de Araraquara, e eu tive a oportunidade de ter o contato com a
música sertaneja, a música raiz lá com meus tios, com os meus primos, que
tocavam viola.
Então fico muito feliz de poder estar
aqui hoje, porque a gente tem um lugar aqui nesse estado, Guapiara, onde o
pessoal tem o Cantinho do Zoom, que é uma rádio que todo sábado trabalha as
músicas do Milionário e José Rico.
Eu não posso deixar de falar dos meus
homenageados. Eu estive lá fazendo uma visita em Espírito Santo do Pinhal e
tive o prazer de conhecer o trabalho que é desenvolvido com as crianças, com os
jovens de 11 a 16 anos, com a música sertaneja. E lá eu propus a eles de
trazê-los para essa homenagem legítima, justa para valorizar o trabalho que é
feito lá em Pinhal.
Então eu queria parabenizá-los, dizer
que a nossa parceria é uma parceria, não só desta homenagem aqui, mas para
poder ajudar o trabalho que vocês desenvolvem lá e crescer. Quem sabe a gente
não pode buscar outras parcerias importantes para homenagear quem trabalha com
a música sertaneja, quem mantém a música viva.
Eu não vou fazer como a deputada
Letícia, que eu não tenho voz para cantar, mas vou dizer que vocês merecem ser
homenageados todos os dias por manter essa tradição tão importante.
Parabéns a todos, bem-vindos a esta
Casa.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do deputado estadual Paulo Fiorilo e ouviremos agora a deputada estadual
Ediane Maria.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Primeiro bom dia.
Falar que é uma grande honra estar aqui neste prêmio importantíssimo e ver
tanta gente ser homenageada. Sou nordestina, e a Letícia estava perguntando, a
deputada Letícia, “Ediane, lá na sua terra você ouvia o quê?” Gente eu sou da
terra do baião, do Luiz Gonzaga, do forró e aí chegar aqui em São Paulo e poder
ter acesso, porque enquanto nordestina sempre ouvi de tudo, então o sertanejo
sempre me encantou muito. E que honra estar com o José Rico... José Rico, não
é? Milionário, é o Milionário que está aqui hoje.
Então dizer que é uma grande honra
estar aqui hoje podendo homenagear a Fabiola Beni, que é a minha homenageada de
hoje; e dizer que me sinto lisonjeada por poder chegar nesta Casa trazendo uma
pauta de mulheres que na sua grande maioria não conseguem ter acesso à cultura
popular, à música e a vários gêneros.
Então estar aqui hoje significa, pra
mim, um momento de reparação, de dizer que essa construção é nossa, ela é de
tantos de vocês que constroem na base, no seu território. Dizer que a música
popular brasileira resiste nesse país; e dizer que vocês são os grandes
homenageados de hoje, e essa salva de palmas é para todos vocês. Homenageados
ou não, hoje é o dia de vocês. Muito obrigada, gente. (Palmas.)
E a nossa presidenta, a presidenta
Bebel. E saudar todos os parlamentares que fizeram as indicações, vários não
puderam estar aqui presentes, que a gente sabe que hoje é uma correria. Cheguei
um pouco atrasada inclusive, gente, porque hoje foi o “Amanhecer por Marielle”.
Sete anos que a gente luta e clama por justiça por Marielle, para saber o que
de fato aconteceu. (Palmas.)
Então muito obrigada a todos e
“simbora” construir a revolução neste País e neste estado tão importante para a
construção, que é o motor e que é o coração do nosso país.
Muito obrigada. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras da deputada estadual Ediane Maria e ouviremos agora o deputado
estadual Mauro Bragato.
O
SR. MAURO BRAGATO - PSDB - Um bom dia a todas e
um bom dia a todos. Eu quero iniciar minha fala saudando minha presidente
Bebel, deputada que preside a minha Comissão de Educação, as deputadas que
estão aqui presentes... Queria saudar o prefeito Cleberson, de Presidente
Bernardes, que trouxe aqui a orquestra, que poderia se levantar, a Orquestra
Municipal da Viola Caipira de Presidente Bernardes, viajaram a noite inteira
pra chegar aqui dez horas. Parabéns a vocês. (Palmas.)
E queria dizer, pessoal, que esse é um
prêmio muito importante. Todo ano é realizada a homenagem a Inezita Barroso, e
tem a ver com a tradição que nós temos, aqui na Assembleia, de homenagear uma
pessoa que ajudou muito a nossa música no estado de São Paulo. Quem não
conheceu a Inezita, não teve a oportunidade de saber o quão profunda ela era;
eu tive a oportunidade de vê-la aqui na Assembleia muitos anos atrás e ela era
uma pessoa que a gente respeitava muito.
Então eu queria dizer a todos que esse
é um evento muito importante, porque reforça o compromisso de grande parte da
Assembleia Legislativa com a cultura, com a cultura popular e com essa cultura
que todos nós que militamos na política, ou não, acreditamos e gostamos, que é
a música caipira.
Então eu queria parabenizar vocês que
estão recebendo a homenagem hoje e dizer que eu estou feliz de ver Bernardes
aqui. Parabéns, Presidente Bernardes - fui eu que tive o privilégio de indicar
vocês. Saudar o prefeito Cleberson, que veio junto de ônibus, viajou a noite
inteira e está aqui. Está aí, não é, Cleber?
Está aqui aguentando, porque
efetivamente é muito importante pra nós que moramos na região de Presidente
Prudente - eu moro em Presidente Prudente - e ter uma orquestra como essa nos
ajudando a abrilhantar os nossos espetáculos que se realizam lá. Então parabéns
a vocês. Parabéns, Bebel, e contem sempre comigo nessas homenagens e na
Comissão de Educação.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Vou agradecer as
palavras do deputado estadual Mauro Bragato e completar que, muito orgulho
também, porque a minha mãe é bernardense e tenho dois irmãos bernardenses
também. Vamos ouvir as palavras da deputada estadual Professora Bebel.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - O Toninho foi
fazer algo que só ele pode fazer neste momento, que é ir ao banheiro, então é
algo que só ele pode fazer. Mas enquanto ele vem, eu quero ressaltar algumas
coisas.
Primeiro que a Inezita foi professora,
o que me dá ainda uma ligação mais intrínseca a ela, não só porque ela é
professora, porque professor é aquela coisa, é o que forma todos. Todos vocês
foram formados por uma professora, um professor ou vários professoras e
professores. E ela morreu em um momento muito marcante para nós. Foi em 2015,
na mais dura greve do Magistério paulista, foi nesse ano que ela nos deixou.
Então tem um marco da Inezita na vida
nossa, na minha vida, na vida da Apeoesp. E eu então, com o Toninho que já,
enfim, se cuidou, não é, Toninho? Eu vou ler a sua história, porque todos deram
as apresentações dos seus, o que antecipa, porque depois a gente só entrega o
prêmio e até deixa eles tocarem dois minutos da música que eles têm, senão fica
pobre. Pega o prêmio, e daí, não é?
Então eu quero um pouco disso, para
além do Paulo Betti, que eu não vou dar spoiler do que ele vai fazer aqui, mas
ele vai fazer. Então eu vou falar do Toninho. O Antonio Paes Moreira, Toninho
da Viola... Toninho, fica de pé, Toninho. Cadê você? Ele já está de pé,
coitado? Lindo. Muito bem, Toninho. (Palmas.)
Olha só o que ele é: ele é um “cururueiro”.
Todo mundo sabe o que é o cururu? É tipo as batalhas que são feitas aí, da
juventude, é o cururu. É um desafio. Isso aí, tem que ser bom da cabeça, bom de
viola, para saber fazer isso aí, não é pouca coisa. E meu pai, eu acompanhava
muito meu pai ali por Piracicaba para ouvir os “cururueiros”, então era uma
delícia. Eu fui até para a literatura em função muito dessa vivência, lá em
Piracicaba.
Ele nasceu em São Pedro, 1944. Muito
jovem, o Toninho. Com mais de 65 anos de atuação, é um grande representante da
memória caipira e popular, especialista em cururu e música raiz.
O cururu, gênero tradicional, é marcado
por versos improvisados - não são versos que são feitos antes, ele improvisa, é
provocado e na hora sai uma resposta para aquilo que foi provocado; vamos
tentar fazer um cururu, para ver se a gente consegue -, música raiz e desafios
poéticos - que é duro, porque tem que ter muita alma, não é fácil, não é só
racional, tem que ter sentido o que ele está falando - acompanhados de viola.
Já se apresentou em diversas rádios e
TVs, incluindo o programa de Inezita Barroso. Então ele esteve no programa da
Inezita Barroso, esse rapazinho aí não é pouca coisa não. Tem muita história.
Acompanhou renomados “cururueiros” e
segue ativo na música, apresentando-se em Piracicaba e comandando ao lado da
esposa o programa “Viola Divina”, na Rádio Studio FM 107,9, em Saltinho. Que
satisfação ter você aqui, Toninho. Só que você vai tocar na hora que eu te der
o “preminho”, está bom, querido? Beijo. (Fala fora do microfone.) É Maria Inês,
sua esposa Maria Inês, que é sua acompanhante, e com ele canta também.
Bem, o Simão diz que quer fazer a
apresentação... Diz não, ele fará a apresentação do homenageado ou homenageada
dele, não sei se tem outros que não fizeram. A gente, então, depois. já passa
com o Paulo Betti, depois dos prêmios.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - Obrigado, Professora
Bebel. Apesar de vocês já conhecerem a Orquestra Feminina de Viola Caipira de
Santa Barbara D’Oeste, eu não fiz a apresentação, porque achei que era apenas
uma saudação rápida aqui no começo. Eu queria ressaltar aqui, cumprimentar
Paulo Betti, esse grande ícone da nossa cultura brasileira, grande artista.
Obrigado por estar aqui conosco.
A Orquestra Feminina de Viola Caipira
de Santa Barbara D’Oeste formou-se em 2013, pelo maestro Eberson, que vocês
conheceram, Eberson Ferraz, o Binho. O grupo tem como objetivo destacar o
protagonismo feminino, preservar a rica tradição da viola caipira, promover a
educação e formar ouvintes conscientes da importância de preservar a cultura
regional. Parabéns. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Obrigada. Com
isso, então, antes de o Paulo Betti vir, o spoiler é outro. Nós vamos entregar
os prêmios, cada um faz dois minutos de apresentação, e aí vem o Paulo. Beleza?
Se nós entendermos que são vinte, dá quarenta minutos, então nós estamos dentro
do tempo estipulado e o Paulo “curua”. Paulo Betti. Estou muito íntima.
Onde está o Paulo? Paulo, dá uma
levantada, poxa, esse público te ama. (Palmas.) Paulo Betti ao vivo e a cores.
(Fala fora do microfone.) Pode apresentar rapidinho, por favor, pode
apresentar, querida.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Eu também acabei,
assim como vários de nós aqui, indo para aquela saudação para todos, mas eu
queria que a minha premiada de hoje, homenageada de hoje, também se levantasse
aqui, que é a Fabiola Beni. Se levanta para receber essa salva de palmas, essa
mulher maravilhosa. (Palmas.)
Ela é uma artista pesquisadora cuja
trajetória está profundamente ligada à valorização e difusão da cultura
caipira, especialmente no que se refere à representatividade feminina na música
de viola. Com raízes em Vitória Brasil, um pequeno município do noroeste
paulista, a Fabiola cresceu em um ambiente rico em tradições populares,
influenciada pela devoção familiar de São João e pelas manifestações culturais
da sua região.
Formada em letras pela Unifesp de
Araraquara, sua pesquisa levou a explorar novas possibilidades na música de
viola, promovendo um diálogo entre a tradição e vertentes contemporâneas como o
blues, o rock, esse outro aqui eu não sei falar o nome, é folk? Folk e o jazz.
Eu tenho dificuldade em falar línguas...
Fabiola já percorreu o Brasil com seu
álbum “Fabiola Beni & Violeiras Fora da Caixa”, uma obra em que se mapeia a
cultura caipira feminina e busca preencher o hiato entre a geração de artistas
como Inezita Barroso e as novas violeiras no cenário musical. Sua relação com
Inezita é marcante: Fabiola participou de projetos como o documentário
produzido pela TV Sesc sobre Inezita Barroso e Helena Meirelles, além de ter
gravado o Sesc Instrumental Brasil.
Fez ainda diversos shows em homenagem à
comunicadora e violeira Inezita, como no Festival de Música Sertaneja de Raiz
no teatro do Sesc da Esquina, em Curitiba. Esses trabalhos reforçam sua
indicação à preservação e à reinvenção da música caipira de raiz, valorizando a
história das mulheres na cultura de viola e ampliando os horizontes para novas
gerações.
Atualmente, Fabiola segue engajada em
suas pesquisas, apresentações e na construção de uma escola musical que tem
tradição e inovação.
Muito obrigada, Fabiola. Sim, é de São
Carlos. De São Carlos.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Posso dar seguimento?
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Pode. Só queria
anunciar - se puder, pôr uma cadeira para ele aqui também - o Anselmo Giroto,
que é prefeito de Oscar Bressane. Então, por favor, pode subir aqui também. Eu
acho que é um pouco disso. Bom, agora, cerimonial...
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Vamos lá? Gostaria de
registrar e agradecer também, deputada Bebel, o senhor Luiz Carlos Felicidade,
representando o deputado estadual Reis, e também o senhor Osmar Santos, chefe
de gabinete do vereador Mazinho, de Mauá.
Neste momento, eu convido o ator Paulo
Betti para vir à frente apresentar cada homenageado e vencedor do Prêmio
Inezita Barroso. Convido ainda a deputada Professora Bebel e demais membros da
Mesa Diretora para procederem às entregas. (Palmas.)
O
SR. PAULO BETTI - Obrigado. Onde? Muito obrigado.
Bom dia a todos. Estou muito feliz de estar aqui. Muito obrigado pelo convite.
Eu tenho muito a ver com a cultura caipira. Eu sou de Rafard, Capivari,
Piracicaba, Cururu. Adoro Cururu. Sou fã do Parafuso. É um grande cantador de
Cururu de Piracicaba. Sorocaba também teve muita força no Cururu.
Eu queria, antes de começar e chamar o
primeiro, fazer uma pequena homenagem aqui a um parceiro da Inezita Barroso,
que foi Ochelsis Laureano. Então vocês que entendem aqui de música caipira,
tudo, devem procurar saber quem foi Ochelsis Laureano, que foi o autor da
música “Marvada Pinga”. Então eu vou só declamar um pequeno poema dele, que tem
muito a ver com a nossa resistência e “Ainda Estou Aqui”:
“E eu fiquei um bom tempo assim/ Vendo
a luta do capim/ contra as águas do riacho/ que queriam arrastar o capim/
Correnteza, rio abaixo/ Que lição interessante/ Aprendi, naquele instante/ com
aquele capim mimoso/ A vida é uma corredeira/ Mas a gente queira ou não queira/
tem que ser capim teimoso”. É isso aí. (Palmas.)
Eu queria também agradecer essa
oportunidade de estar aqui na frente do querido Milionário e dizer que existe
um grande documentário maravilhoso sobre a dupla, que fez um sucesso tremendo,
não só no Brasil, mas também na China, que foi o documentário a que você se
referiu, que é do Nelson Pereira dos Santos - “Milionário e José Rico”.
Bom, eu queria convidar então agora o
indicado pelo deputado Carlos Giannazi, Edu Oliveira. (Palmas.) Músico
autodidata, compositor, cantor, poeta e escritor, baiano de Iguaí, radicado em
São Paulo desde 2002, um repertório recheado de brasilidades, percorrendo
ritmos que variam dentro da MPB, com atenção especial ao regionalismo, cantando
as raízes do sertão, declamando poesias e literatura de cordel em apresentações
que duram até quatro horas.
Preparem-se.
Leva o público ao universo de
sentimentos, lirismo e bom gosto.
O
SR. EDU OLIVEIRA - Bom dia a todos.
Resumindo o momento, estou muito feliz de estar aqui nesta Casa. Agradecer a
todos os parlamentares aqui, à Professora Bebel, Beth Sahão. Agradecer ao
deputado Carlos Giannazi, que foi quem me indicou para estar aqui hoje com
vocês.
Não trouxe meu violão, mas vou
declamar. Eu trouxe uma “pesquinha” de um cordel que vou declamar aqui hoje.
Estou feliz, feliz demais. Muito feliz. Agradecer ao Paulo Betti também pela
presença maravilhosa, pelas informações que ele passou de mim para vocês, não
é?
“A bênção, Inezita Barroso/ O meu
cordel estradeiro/ Vem lhe pedir permissão/ Pra se tornar verdadeiro/ Pra se
tornar mensageiro/ Da força do teu trovão/ E as asas da tanajura/ Fazer voar o
sertão/ Meu moxotó coroado/ De xiquexique facheiro/ Onde a cascavel cochila/ Na
boca do cangaceiro/ Eu também sou cangaceiro/ E o meu cordel estradeiro/ É
cascavel poderosa/ É chuva que cai maneira/ Aguando a terra quente/ Erguendo um
véu de poeira/ Deixando a tarde cheirosa/ É planta que cobre o chão/ Na
primeira trovoada/ A noite que desce fria/ Depois da tarde molhada/ É seca
desesperada/ Rasgando o bucho do chão/ É inverno e é verão/
É canção de lavadeira/ Peixeira de Lampião/ As
luzes do vaga-lume/ Alpendre de casarão/ A cuia do velho cego/ Terreiro de
amarração/ O ramo da rezadeira/ O banzo de fim de feira/ Janela de caminhão/
Vocês que estão no palácio/ Venham ouvir meu pobre pinho/ Não tem o cheiro do
vinho/ Das uvas frescas do Lácio/ Mas tem a cor de Inácio/ Da serra da
Catingueira/ Um cantador de primeira/ Que nunca foi numa escola/ Pois meu verso
é feito a foice/ Do cassaco corta a cana/ Sendo de cima pra baixo/ Tanto corta
como espana/ Sendo de baixo pra cima/ Voa do cabo e se dana.” (Palmas.)
*
* *
- É entregue a homenagem.
*
* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Queria pedir licença.
Enquanto ele recebe o prêmio, senhora Nágila Silva Rodrigues e senhor Ivanildo
Ribeiro da Silva, por favor, procurem a gente aqui na mesa do cerimonial. Por
favor, Nágila Silva Rodrigues e Ivanildo Ribeiro da Silva.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Querido, por
favor. Eu só preciso anunciar a presença do vereador Nabil Bonduki, vereador da
cidade de São Paulo e ex-secretário municipal da Cultura de São Paulo, a quem
peço aplausos, por favor. (Palmas.)
Arrume uma cadeira para ele, ponha
aqui. Para cá, Nabil. Aqui, olha. Lamentavelmente.
O
SR. PAULO BETTI - Bom, agora Toninho da Viola.
Convido à frente o indicado pela deputada Professora Bebel, Toninho da Viola.
Antonio Paes Moreira, o Toninho da Viola, é um cururueiro de Piracicaba,
nascido em São Pedro, em 1944, com mais de 65 anos de atuação. É um grande
representante da memória caipira e popular, especialista em Cururu e música
raiz.
O Cururu, gênero tradicional da região,
é marcado por versos improvisados em desafios poéticos, acompanhados de viola.
Já se apresentou em diversas rádios e TVs, incluindo o programa de Inezita
Barroso.
Acompanhou renomados cururueiros e
segue ativo na música, apresentando-se em Piracicaba e comandando, ao lado da
esposa, o programa “Viola Divina”, na rádio “Studio FM”, 107,9, em Saltinho.
Você liga e é só sucesso. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a homenagem.
*
* *
“Cururu ‘percisa’ viola/ ‘Futebór’
‘percisa’ pio/ E uma luz de querosene/ Não acende sem pavio. (Palmas.)
O
SR. TONINHO DA VIOLA - Aí o senhor falou uma
coisa muito bonita. “Que da barba de São Gonçalo/ Retirar 12 ‘fio’/ Encordoar
uma viola/ Com toeira e canotilho/ E foi desse dia em diante/ Que o Cururu
existiu”.
O
SR. PAULO BETTI - “Sô que nem sordado véio/ Que na
Marinha serviu/ Dá baixa e não se esquece/ Do balanço do navio”.
O
SR. TONINHO DA VIOLA - Agora vai, vamos
rimar: E se acarso/ No meu caminho/ Alguma árvore caiu/ Eu arrumo um cortador/
E dou serviço pro vadio./ Pago certo/ Não me diga/ Que o ordenado não serviu”.
(Palmas)
Vamos lá então? Vamos fazer a
apresentação de uma musiquinha bem caipira aqui, mas rapidinho, é curtinha,
porque o espaço, o tempo é curto, não é? A música se chama “Recordação”. É uma
musiquinha, um rasteadinho bonitinho, quase no ritmo da “Chalana”, assim,
entendeu? Mas ela é duetária, então nós vamos cantar, eu e a esposa minha, que
faz 60 anos que ela acompanha eu, é pouco tempo, viu? (Palmas.)
Obrigado. Até por cidade eu estava aqui
hoje e estava sentado ali lembrando que dia 17 de outubro, aliás, de março, que
nós estamos, dia 17... Hoje é 14, no ano de 65, nós “casemos”. Aí nós juntamos
os trapos, que fala, né?
E lembrar também, mais uma recordação
minha. Em 63, eu cantei no mesmo programa que o Leonardo cantava, junto com
nós, no Programa do Paiolzinho, lá na Rádio Difusora do Paraná, lá em Londrina.
Em 63, nós cantávamos junto, tudo, ele
tinha a dupla dele; e eu, o meu mano mais velho, que se tornou o cantor de
Cururu dos “bão” em Piracicaba. Mas vamos... Vamos lá, então. A musiquinha é
essa aqui, olha lá.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
Obrigado. (Palmas.)
O
SR. PAULO BETTI - Orquestra Municipal de Viola
Caipira de Presidente Bernardes. Convido à frente os membros da Orquestra
Municipal de Viola Caipira de Presidente Bernardes, indicada pelo deputado
Mauro Bragato.
Fundada em 2023, em Presidente
Bernardes, tendo total apoio e estrutura da Secretaria de Cultura do Município,
com violeiros, violeiras e um grande corpo de coral feminino, que é o seu
diferencial, carrega toda a cultura da música raiz do Oeste Paulista,
fortalecendo a rica cultura do interior do estado. (Palmas.)
O
SR. WILL BAKER - Bom dia a todos, a gente está
muito feliz de estar com vocês aqui. E, seguindo essa ideia da Orquestra de
Viola e do Grupo de Viola, que é reunir os amigos, fazer uma grande festa, eu
queria também chamar nossos amigos de Santa Bárbara para acompanhar, nossos
amigos da Catira e todos os presentes aqui, para a gente fazer uma música que é
lançamento. (Palmas.)
A nossa Orquestra de Viola tem um
público feminino de 22 integrantes violeiras, vocalistas, e o público masculino
também que participa, porém, bem menor do que o feminino. Então nós queremos
saudar, quem aqui não tem saudade de um beijinho doce? Vamos fazer? Convido o
pessoal da orquestra também para ficar de pé.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
Vamos fazer, então, um “rastapé”,
aproveitar que a gente tá todo mundo junto? Antigamente, nós tínhamos o Baile
na Tuia, né? Então, vamos aproveitar pra fazer esse baile aqui.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. PAULO BETTI - Agora, agora vamos receber a
Orquestra de Violeiros Crescer no Campo. Convido à frente, indicada pelo
deputado Paulo Fiorilo, a Orquestra de Violeiros Crescer no Campo.
A Orquestra de Violeiros Crescer no
Campo foi concebida em 2009. É um projeto da Associação Crescer no Campo, que
atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em
Espírito Santo do Pinhal, São Paulo.
A orquestra, com foco na cultura
caipira, ensina jovens de 11 a 16 anos a tocar instrumentos como viola caipira,
violão, percussão e teclado, e a cantar músicas clássicas do sertanejo raiz,
músicas regionais e música popular brasileira.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Paulo, eu só queria
aproveitar esse espaço e dar um breve recado. Quando as pessoas forem se
apresentar, a gente pede que seja breve, por favor, porque nós temos muitos
homenageados e nós estamos com o tempo um pouquinho apertado. Então eu gostaria
que essa palhinha que fosse dada aqui fosse bem rápida, para que nós possamos
cumprir com o nosso tempo.
Muito obrigado.
O
SR. - Sabemos que o tempo está curto aí, mas
só queria fazer um versinho aqui para o Paulo Betti, que meu pai me ensinou
quando eu era criança.
“Lá no arto da Serra da Taquara/ desceu
um caboclo, com distrito dessa vara,/ tomando sol em plena cara/ e respondendo
pelos ouvido:/ ‘na Fazenda da Conceição, minha ingrata,/ lá ficou o seu
gemido’.”
E eu queria agradecer a indicação aqui
do deputado Paulo Fiorilo, do Vitório, a dona Rita Barbosa, que é diretora da
Crescer, e meu aluno Renan aqui, que vai tocar essa orquestra para frente e a
todos vocês aqui. É uma alegria muito grande estar aqui nesse momento com tanta
gente boa aqui, com nossas referências aqui por perto.
Muito obrigado a todos.
O
SR. PAULO BETTI - João Augusto e Samantha. Convido à
frente a dupla João Augusto e Samantha, indicada pelo deputado Reis. João
Augusto Gonçalves Figueiredo e Samantha Gonçalves Figueiredo Melgar formam a
dupla João Augusto e Samantha.
Residem atualmente na cidade de
Paulínia, São Paulo. A dupla possui oito anos de carreira e a música sertaneja,
principalmente a raiz, que sempre foi a paixão da dupla, e que tem como
inspiração a saudosa Inezita Barroso.
O
SR. JOÃO AUGUSTO GONÇALVES FIGUEIREDO - Bom,
primeiramente, bom dia a todos. Quero agradecer a presença de cada um,
agradecer a meus pais, que vieram com a gente aqui. A gente vai ser breve
porque o tempo está curto. Agradecer ao deputado Reis pela indicação, ele não
pôde estar aqui. Agradecer a deputada Bebel. Parabéns pela organização, evento
muito bem feito. Vamos lá, Samantha.
A
SRA. SAMANTHA GONÇALVES FIGUEIREDO MELGAR - Bora. Muito
obrigado, meu tio Jorge, e o Alegria também.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. PAULO BETTI - Vamos chamar agora a Orquestra de
Viola Cidade das Águas. Convido à frente os membros da Orquestra de Viola
Cidade das Águas, indicada pela deputada Letícia Aguiar.
O município de Igaratá criou, no ano de
2022, o projeto para aulas de viola caipira, até então inédito na cidade, e que
no mesmo ano se tornou a Orquestra de Viola Cidade das Águas, sob regência do
professor e maestro Oliveira Neto. Já em 2024, recebeu o título de Patrimônio
Cultural e Imaterial, através da Lei Municipal nº 2.252, de autoria do vereador
Silvio Jorge.
Parabéns.
O
SR. - Obrigado, Letícia, pela indicação. Que
surpresa bacana, Paulo. Muito obrigado. Vieram uns dez atrás de mim. “Pô, vocês
deixaram a viola lá na sala da Letícia”. Mas o violeiro não anda desprevenido,
porque o violeiro, ele anda com o povo. E a gente vai fazer mais ou menos
assim.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Eu gostaria de
anunciar a presença, eu tenho que citar para quem é de Piracicaba, que é
importante para nós. Temos aqui o Sr. Evaldo Vicente que é da “Tribuna
Piracicabana”, muito bem-vindo, seu Evaldo. Também o Pablo Carajol que é do
coletivo “A Cidade é de Todos”, que está aqui entre nós também e é co-vereador.
Meu assessor, Botão. (Palmas.)
O
SR. PAULO BETTI - “Saudade, palavra doce, que
traduz tanto amargor! Saudade é como se fosse espinho cheirando a flor”.
Fabíola Beni, convido à frente, indicada pela deputada Ediane Maria. Fabíola
Beni (Palmas.) é uma artista que transcende barreiras musicais e emocionais.
Sua música é uma celebração da vida do
amor e da esperança, oferecendo aos ouvintes uma experiência rica e
transformadora com suas canções envolventes, sonoridade única e carisma
inigualável. Fabíola continua a se afirmar ainda mais pela sua presença de
palco cativante, capaz de envolver a plateia do início ao fim, parabéns. (Palmas.)
A
SRA. FABÍOLA BENI - Bom, eu preparei um
textinho aqui para não esquecer de nada. É com um grande orgulho que recebo e
celebro o Prêmio Inezita Barroso, sinto-me honrada pela indicação e por poder
falar a respeito da obra e do legado deixado por Inezita, que foi cantora, instrumentista,
bibliotecária, atriz, professora e apresentadora de rádio e televisão
brasileira. Agradeço à vereadora Fernanda Castelano e à deputada Ediane Maria,
do PSOL, pela indicação e a todos que votaram em mim.
Em um cenário onde a música caipira é
marcada pela forte presença masculina, ter uma mulher como Inezita é motivo de
inspiração e reconhecimento, seu talento sua dedicação e sua paixão pela viola
celebram uma arte feminina, viva e pulsante atravessando gerações e
conquistando cada vez mais espaço.
Eu costumo dizer que a Inezita meteu o
pé na porteira e dessa maneira abriu os caminhos para que a nova geração de
mulheres violeiras pudesse ocupar mais palcos e enxergar a arte e a música como
uma profissão. A indicação ao prêmio Inezita Barroso não é apenas um
reconhecimento do meu trabalho, mas também um tributo a todas as mulheres que
fazem da música um instrumento de resistência e identidade.
Que essa conquista abra ainda mais
caminhos para todas as violeiras que com alma, com habilidade e com persistência
mantenha viva a riqueza da cultura popular brasileira. Por fim, agradeço a
Deus, à minha família e a todos os meus fãs que acreditam na minha arte.
Obrigada. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a homenagem.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Aproveitar que
aqui está conosco também, não posso deixar de citar o Leandro Alves, que é
coordenador do Fórum Estadual de Educação. Muito obrigada pela presença,
Leandro. (Palmas.)
O
SR. PAULO BETTI - Orquestra de violeiros de Mauá.
Convido à frente os membros da Orquestra de Violeiros de Mauá, indicada pelo
deputado Rômulo Fernandes, mas quem vai entregar é o deputado Simão Pedro. A
Orquestra de Violeiros de Mauá com 35 anos de caminhada, idealizada por João
Aletto, conta hoje com 40 integrantes.
Tombada como bem imaterial pelo
Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico
de Mauá, em 2010, a Orquestra de Violeiros trilha sua caminhada resgatando a
verdadeira música sertaneja de raiz, alcançando grande destaque dentro e fora
de Mauá.
O
SR. - Bom dia, muito obrigado. Primeiro,
agradecer a Deus pela oportunidade, agradecer à Professora Bebel, agradecer a
indicação do deputado Rômulo Fernandes. Como Paulo Betti falou, nós temos 35
anos de caminhada, nós somos... Em atividade... Nós somos a orquestra com maior
tempo em atividade aqui no estado de São Paulo.
Já participamos do programa de Inezita
Barroso duas vezes. E há 35 anos, o João Aletto, o sanfoneiro que participou do
primeiro ensaio da Orquestra Violeiro de Mauá, teve a ideia de montar essa
orquestra e essa foi a primeira música que nós ensaiamos. Por favor.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. - Obrigado. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a homenagem.
* * *
O
SR. PAULO BETTI - Convido à frente o indicado pela
deputada Beth Sahão, o cantor Milionário. Romeu, conhecido como Milionário,
natural de Minas Gerais e radicado em São Paulo, teve uma carreira marcada por
grandes sucessos na música...
O
SR. - Como diz o Tinoco: “Que beleza”.
O
SR. PAULO BETTI - Romeu Milionário e José Rico
formaram uma dupla famosa (Vozes fora dos microfones.), após se conhecerem em
1978, conquistaram sucesso nacional com o hit “Estrada da Vida”, em 1977, que
ainda gerou um filme e uma turnê histórica pela China. Com diversos sucessos
como “De longe também se ama” e “Amor dividido”.
*
* *
- É entregue a homenagem.
* * *
A dupla seguiu carreira com lançamentos
até 1991, quando se separaram. Retornaram
em 1994, continuaram a gravar ao longo dos anos e participaram de diversos
projetos até 2010, quando José Rico faleceu. (Vozes fora dos microfones)
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. MILIONÁRIO - Muito obrigado. Obrigado.
(Palmas.)
O
SR. PAULO BETTI - Até perdi o texto aqui. Não sei o
que eu tenho de falar mais, depois de ver o Milionário ao vivo, estou ferrado.
Vamos ver.
Agora convido à frente, indicado pela
deputada Márcia Lia, Luiz Palombo. O comunicador Luiz Palombo é natural de
Araraquara, tem 74 anos, dos quais mais da metade dedicados à cultura
sertaneja. Foi apresentador de TV, violeiro e produtor cultural, tendo
organizado festivais e eventos de viola por toda a região.
Radialista há mais de 40 anos, foi na
rádio que se consagrou por difundir a verdadeira moda de viola em todas as
grandes emissoras em que trabalhou na cidade. Atualmente, Palombo apresenta o
programa diário No Rancho do Capiau, em sua web rádio, Rádio Viola Bruta, e o
Projeto Viola na Praça, que há nove anos reúne violeiros e artistas num
encontro mensal em praça pública na cidade. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a homenagem.
*
* *
O
SR. LUIZ PALOMBO - Bom dia a todos, senhoras e
senhores. É um prazer muito grande, uma honra estar aqui presente no meio de
tanta gente famosa. Aliás, eu estou sem visão faz uns dois anos, eu sou
radialista faz mais de 40 anos. E o Milionário está aqui? O Milionário e o José
Rico iam no meu programa na Rádio Cultura de Araraquara direto. Milionário,
você me deu uns bonés meio escavacados.
O Zé Rico deu um boné novinho para a
minha mulher, mas você me deu um boné, Milionário, estava tudo raspado. Você
não tem um novo pra me dar não, Milionário? Está uma vergonha, rapaz. O
Paraense está aqui? Quando eu faço meus eventos na praça e Viola na Praça, sempre
eu pego um primeiríssimo pra fazer uma modinha comigo. Eu só canto moda do
Paraense.
O pessoal... Aí o pessoal: “como é que
ficou o Palombo?” Eu falei: “você não é o Paraense? Mas ficou mais ou menos...”
E, Milionário, que alegria, quero pelo menos tirar uma foto com você, hein,
caboclo? Eu tenho shows que eu fiz com você na região de Araraquara, Santa
Lúcia, você e o José Rico, quantos eventos fizemos juntos aí.
Bom, deputada, muito obrigado. Sei que
o tempo é curto, deputada Márcia Lia, obrigado pela sua indicação. Só tenho uma
coisinha para falar para você, que apareçam mais mulheres como você. O Brasil
precisa de vocês, gente. Mulheres guerreiras, mulheres raçudas, que não se
entregam.
Parabéns, Márcia Lia! O Brasil precisa
de vocês!
A
SRA. PRESIDENTE - MÁRCIA LIA - PT - Obrigada,
Luiz Palombo. Merecida homenagem que essa Assembleia Legislativa faz hoje para
você. Que Deus te abençoe.
O
SR. PAULO BETTI - Convido agora à frente Arnaldo
Freitas, que é apontado entre os principais nomes da viola brasileira da
atualidade. Foi violeiro oficial do programa Viola, Minha Viola por dez anos,
venceu o Festival Nacional Voa Viola e entrou para o Guinness World Records com
a maior orquestra de violas do mundo. Arnaldo Freitas. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a homenagem.
*
* *
O SR. ARNALDO FREITAS
- É motivo de muito orgulho para mim poder receber esse prêmio, eu que estive
no programa Viola, Minha Viola por dez anos acompanhando a dona Inezita
Barroso, essa trajetória dessa mulher incrível, fantástica, realmente que
deixou seu nome na história.
Quero agradecer muito a oportunidade
que está sendo cedida para mim aqui, através da FMTV, da amiga Leila Moreira
também. E dedicar esse prêmio especialmente à pessoa que mais acreditou na
minha história, que é a minha mãe, dona Marina, que está aqui agora nesse
momento, e a todos vocês. E, principalmente, como foi frisado aqui tantas vezes
também, à deputada Bebel.
A todas essas mulheres que fazem
história e sem dúvida nenhuma fazem a diferença no Brasil e agora também na
cena da viola brasileira. Eu vou tocar
aqui uma música bem rapidinha então, a moda de viola que a Inezita Barroso
muito gostava, a gente tocava muito em show com ela, que é a “Marvada Pinga”. Vou
fazer um repique dessa moda para vocês aqui.
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* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. PAULO BETTI - Convido agora à frente Leila
Moreira. Leila Moreira é cantora de
música caipira, professora de literatura e apresentadora do Brasil da Viola na
FMTV. Teve a honra de participar quatro vezes do programa da Inezita Barroso.
Leila é de origem circense, mas carrega no coração e na alma o sentimento
caipira devido sua convivência no campo durante sua infância e adolescência no
município de Oscar Bressane, em São Paulo.
Então, vamos entregar agora para a
Leila.
A
SRA. LEILA MOREIRA - Que emoção. Eu peço, por favor,
que o Lebos Chaguri, dono da FM TV venha aqui entregar esse prêmio para mim.
Por favor, Lebos Chaguri. Aplausos para ele, gente. (Pausa.) Tricampeão mundial
de motonáutica, não é, Paulo?
O
SR. PAULO BETTI - É, tricampeão mundial de
motonáutica.
A
SRA. LEILA MOREIRA - Ele é conhecido lá fora como o
Ayrton Senna das águas.
O
SR. PAULO BETTI - É, doido de pedra.
*
* *
- É entregue a homenagem.
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* *
Parabéns. (Palmas.) Parabéns, Leila
Moreira. Bebel, foto com Bebel aqui, por favor. Também. Também. Depois eu passo
meu Pix para você fazer o depósito. Parabéns. Faz uma palhinha.
A
SRA. LEILA MOREIRA - Arnaldo Freitas, cadê você, meu
bem? Meu filho preto querido. Olha, duas estrofes, eu estou vendo um
berranteiro aí. Por favor, toca um berrante para a gente aí, rapidinho.
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* *
- É feita a apresentação musical.
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* *
O
SR. PAULO BETTI - Orquestra Feminina de Viola
Caipira de Santa Bárbara do Oeste. Convido à frente os membros da Orquestra
Feminina de Viola Caipira de Santa Bárbara do Oeste, que receberá seu prêmio
pelo deputado Simão Pedro. A Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa
Bárbara do Oeste formou-se em 2013, pelo maestro Eberson Ferraz, Binho.
O grupo tem como objetivo destacar o
protagonismo feminino, preservar a rica tradição musical... A rica tradição
musical da viola caipira e promover educação e formar ouvintes conscientes da
importância em preservar a cultura regional. (Palmas.)
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- É entregue a homenagem.
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* *
O
SR. EBERSON FERRAZ - Um bom dia a todos,
pessoal. Gostaria de dar uma saudação especial à Professora Bebel, presidente,
aos deputados que estão aqui também, a todos os presentes.
Agradecer de forma especial ao deputado
Simão Pedro, ao assessor dele, o Erasmo Santos, à Fernanda Feliciano também,
que teve uma contribuição aqui, ao pessoal também da recepção, aqui a Renata, o
Giba também da filmagem, (Inaudível.), à Secretaria de Cultura de Santa Bárbara
do Oeste.
Semana passada, nós comemoramos o Dia
Internacional da Mulher, e que honra a gente tem de receber um prêmio que
recebe o nome de uma mulher que lutou pela cultura raiz de nosso país, em que
esse ano também comemoramos o centenário de Inezita Barroso. Esteve em Santa
Bárbara e a gente teve... Fizemos uma homenagem pra ela também, em vida.
Esse prêmio também só foi possível
devido a uma apresentação da Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa
Bárbara do Oeste, fez aqui em São Paulo, para comemorar o centenário também da
violeira Helena Meirelles. E ainda hoje, mulheres procuram inspirar a sociedade
e também com a cultura.
E eu vou apresentar algumas para vocês:
a Beatriz de Oliveira Gomes. Cadê a Beatriz? A Heloísa Porto da Silva, a Kelita
Miara, a Marcela, Marli, Marta, Roseli, Sandra, Sueli, Vera, Vicentina,
Vilcilene Albani, Maria Vitória, Vinícius. Obrigado pessoal. (Palmas.)
Uma palinha? Vamos fazer aquela... A
introdução que a gente faz todo show.
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- É feita a apresentação musical.
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* *
O
SR. PAULO BETTI - Instituto Du Catira. Convido à
frente os representantes do Instituto Du Catira. A história do folclore
paulista passa obrigatoriamente pela família de Carlos Eduardo da Silva,
fundador do Instituto Du Catira, como é conhecido, com uma vida dedicada à
cultura de raiz e extensa obra realizada. Destacamos o prêmio de reconhecimento
da IOV Unesco, Organização Internacional de Folclore e Artes Populares.
O Instituto Du Catira, organização
cultural brasileira sem fins lucrativos, simboliza em sua essência o legado de
nossa patronesse Inezita Barroso. Uma obra de orgulho para todo o segmento da
nossa riquíssima cultura de raiz caipira. Vamos entregar o prêmio ao Instituto
Du Catira. (Palmas.)
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* *
- É entregue a homenagem.
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* *
O
SR. CARLOS EDUARDO DA SILVA - Parabenizar a todos
aqui, a Casa, para mim é um orgulho estar aqui. Nós estivemos várias vezes no
programa Viola Minha Viola com a nossa saudosa Inezita, com o Grupo de Folia de
Reis, Grupo Du Catira. E lá em Itapevi, nós temos lá o Instituto Du Catira.
Quando nós recebemos esse prêmio da
IOV, que é chancelada pela Unesco para resgatar tudo o que vem do homem do
campo. Eu estou aqui, que não me contenho de estar ao lado desse grande ator,
que para nós é referência. E nós vamos dar uma pequena palinha aqui de Catira.
Estamos aqui com o Arnaldo, que também
faz parte da nossa família, porque a gente sabe que tem mais premiados.
Parabéns, Dona Bebel, por fazer esse encontro, e também à Prefeitura de
Itapevi, aqui tem o nosso amigo Flaudio, que está aqui também, e a minha
família que está aqui.
E vamos dar uma pequena palinha. E
parabéns a todos. O Instituto Du Catira está de portas abertas lá em Itapevi,
para receber todos vocês lá, sempre dando valor às culturas e às tradições.
Está aqui minha neta, meus dois filhos. E muito obrigado. (Palmas.)
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. PAULO BETTI - Convido à frente agora José
Dercídio dos Santos, o Praense, com mais de mil músicas de sua autoria. Gravou
com os maiores artistas do sertanejo, como por exemplo, Milionário e José Rico,
Chitãozinho e Xororó, César e Paulinho, Teodoro e Sampaio, entre outros. Sua
dupla oficial foi Tião Carreiro... Peão Carreiro e Praense. Atualmente canta
com sua esposa, Denna Monteiro, e juntos formam o Duo Praense e Denna Monteiro.
Parabéns.
O
SR. JOSÉ DERCÍDIO DOS SANTOS - Bom dia, bom dia a
todos. Boa tarde já, eu acho. Boa tarde a todos os amigos. Acho que aqui a
maioria conhece o Praensinho, o velho Praense. Eu tenho um repertório mais ou
menos vasto, gravado com muitos artistas, como você acabou de dizer. E a minha
satisfação aqui até... Estou emocionado por ser convidado.
Quero agradecer a todos os criadores
deste magnífico evento e, na pessoa da deputada Mabel, Bebel, desculpa. Caipira
é caipira, né? E muito obrigado por nos dar o prazer, dar a honra de receber
esse prêmio, que se falando de Inezita Barroso, eu recebi já muitos prêmios,
muitas homenagens, graças a Deus, mas esse é um marcante da minha vida, com
certeza.
Porque Inezita Barroso, falar da
Inezita Barroso, é chover no molhado. A rainha da música sertaneja, eterna
rainha da nossa música sertaneja, é o que eu tenho a dizer por enquanto.
E agradecer a minha filha que está
presente, um monte de amigos, e o meu parceiro da música que eu fiz para a
Inezita Barroso, chama “Êta Programa Que Eu Gosto”. A música é do Praense e do
Reinaldo Bressane. Está ali presente, que recebeu na Câmara dos Vereadores.
(Palmas.)
A
SRA. - Dá uma palinha.
O
SR. JOSÉ DERCÍDIO DOS SANTOS - Da música? É só um
versinho.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
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* *
O
SR. JOSÉ DERCÍDIO DOS SANTOS - Muito boa a música,
está sendo gravada já, daqui mais um mês, está na praça com a dupla Thiago
Viola e Carlos Lima, uma das melhores duplas de viola do Brasil. vai ser muito
bom.
O
SR. PAULO BETTI - Parabéns. Chamamos agora André
Moraes e Jackson Ricarte, a dupla que apresenta o show “Tião a Gonzagão”.
(Palmas.)
Os violeiros André Moraes e Jackson Ricarte
apresentam um trabalho inédito com o show “Do Tião a Gonzagão, do Pagode ao
Baião”. André Moraes, de origem paulista, e Jackson Ricarte, de origem
nordestina, com duetos de vozes e violas, interpretam canções consagradas do
rei do Pagode de Viola, Tião Carreiro, e do rei do Baião, Luiz Gonzaga.
Estreitando a cultura dos sertões brasileiros, um encontro que rompe fronteiras
e mostra as vertentes e ritmos da nossa música popular brasileira. (Palmas.)
Jackson Ricarte, André Moraes.
Por favor, que recebam o prêmio.
Parabéns.
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* *
- É entregue a homenagem.
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O
SR. ANDRÉ MORAES - Bom dia a todos, é com muita
alegria a gente recebe esse prêmio, Inezita. Agradecer ao meu parceiro Jackson,
em parceria com esse projeto, a gente tem um projeto chamado “Do Tião a
Gonzagão, do Pagode ao Baião”.
Somos da cidade de Embu-Guaçu e,
aproveitando a Mesa Diretora, na presença da deputada Bebel, agradecer e também
deixar um recado, até um apelo, para que a Cultura possa se manter viva.
Que tenhamos mais fomento, mais
espaços, para que essa Cultura não morra. Então, a gente tem jovens aí querendo
empunhar a viola, então, que a gente tenha espaços e fomentos no âmbito
federal, estadual e municipal. Então, muito obrigado a todos, vou passar a
palavra para o meu amigo Jackson.
O
SR. JACKSON RICARTE - Bom, para a gente é
uma grande alegria estar vindo receber esse prêmio. Eu, particularmente, tive o
contato inicial com a Inezita, nas minhas primeiras pesquisas, foi a Inezita
que me iniciou, então, estar recebendo hoje esse prêmio, juntamente aqui com o
meu amigo André, é muito, muito relevante, muito importante.
E um marco do centenário da Inezita,
estou completando também 20 anos de carreira, então está sendo um momento muito
especial. Agradeço a todos, muito obrigado.
Viva a Inezita! (Palmas.)
O
SR. PAULO BETTI - Convido agora a Bete Bissoli,
compositora nascida em São Pedro/SP. É autora de cerca de 160 músicas, premiada
em vários festivais, transita por vários estilos musicais e nunca negou suas
raízes interioranas. Seu repertório é recheado de músicas de raiz e regionais,
muitas gravadas em CDs.
O Viola, Minha Viola, TV Cultura,
capitaneado por Inezita Barroso, sempre deu o maior destaque às músicas de
Bete, interpretadas por Moacir e Sandra, ainda hoje, nas reprises dos melhores
momentos do programa, músicas da autora continuam presentes. (Palmas.) Bete
Bissoli.
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* *
- É entregue a homenagem.
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* *
A
SRA. BETE BISSOLI - Meu agradecimento,
agradecimento aos parlamentares presentes, ao José Roberto, que me indicou, que
está aqui presente, aos artistas que foram premiados com esse prêmio Inezita
Barroso maravilhoso, pessoas presentes, rádios, TV, imprensa, Evaldo Vicente
(Palmas.), aqui da tribuna Piracicabana, que sempre me deu apoio, à minha
família que está me assistindo, Moacir e Sandra, que divulgam demais, cantam,
já foram mil vezes na Inezita.
E, aliás, um detalhe: a Sandra, eles
estão aqui, o Moacir vai acompanhar, eu vou dar uma palinha, mas quem vai
cantar são eles mesmos, a Sandra está com uma saia, hoje, que pertenceu à
Inezita, queridíssima, maravilhosa Inezita Barroso. (Palmas.) A saia da Sandra,
ó, merece um mundo de fotos.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
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* *
O
SR. PAULO BETTI - Convido agora a Fabrício Ramos,
que receberá seu prêmio pelo deputado Teonilio Barba. Fabrício Ramos é um
cantor e compositor brasileiro que trabalha em prol da cultura nacional de
raiz. Além de músico, Fabrício é historiador e pesquisador cultural. Com 20
anos de carreira, o artista mantém uma produção frequente nos estúdios e nos
palcos dos diversos festivais do país. Parabéns.
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- É entregue a homenagem.
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* *
O
SR. FABRÍCIO RAMOS - Bom dia, boa tarde na verdade,
boa tarde a todos e todas. Eu quero agradecer em primeiro lugar à minha mãe,
que está ali atrás, dona Francisca Ramos. (Palmas.) Muito obrigado. Que além de
mãe é produtora também, viu, gente? Vive há 20 anos aí comigo de produção e
fazendo um monte de coisa para a gente tentar espalhar a nossa música de raiz
pelo País.
Quero agradecer ao deputado Teonilio
Barba pela indicação, de coração mesmo. Ele também sabe do esforço que a gente
faz. A Iara Bento. Que feliz estar recebendo da sua mão, viu, Iara? Muito
obrigado. A deputada Bebel. Beth, é um prazer conhecê-la também, viu?
E agradecer a todos e todas que fazem
também a música de raiz, agradecer às instituições. Deixar o meu abraço ao
pessoal do SOS Racismo. Como historiador, essa celebração de hoje, Professora
Bebel, é uma das coisas mais importantes, que não pode, e ninguém pode deixar
que se acabe, ou que se encerre, ou que seja interrompida. Isso tem que se
perpetuar por mais e mais gerações.
Agradeço à Bia, que está ali, que sabe
da correria nossa, ao meu tio Edson, que está ali, Grace, que está aqui, Paulo
Dias, nosso amigo, Vicentinho e tantas pessoas que entendem da nossa luta pela
música popular de raiz. Bem rapidinho eu queria deixar alguns versos meus
gravados em 2004, no primeiro disco. E um eu tenho certeza de que aqui é o
momento para a gente ouvir.
“Corriam os anos trinta/ E o sertão
preocupado/ Era um tempo marcado/ Pelo sangue e o fuzil/ Fome de quem resistiu/
Olhando para o futuro/ Na cacimba só o furo/ No meio daquele sol quente/ Peço
aos camaleões que escutem/ essa gente/
A prosa está comprida/ O tempo que
temos é curto/ Ouvindo os absurdos/ E não ter como falar/ Mas tem que se
rebelar/ Para conseguir espaço/ Fazer que nem fez Inácio/ E também ser
persistente/ Peço aos camaleões que escutem/ essa gente.”
E muito obrigado pela atenção de vocês.
(Palmas.)
O
SR. PAULO BETTI - Queremos agradecer a presença
do deputado Marcos Martins, que foi quem criou esse Prêmio Inezita Barroso.
Parabéns ao deputado, sempre deputado, sempre deputado Marcos Martins.
(Palmas.) Parabéns, grande ideia.
Convido à frente Yuri Garfunkel. Yuri
Garfunkel é artista visual e violeiro, autor do livro “A Viola Encarnada -
Modas de Viola em Quadrinhos”; é o principal ilustrador de capas de álbuns e
livros para a cena atual da viola. Parabéns. Parabéns. (Palmas.) Parabéns.
Parabéns.
O
SR. YURI GARFUNKEL - Gente, uma boa tarde. Obrigado.
É uma honra estar aqui no meio de grandes artistas. Eu só queria lembrar que
Inezita foi uma paulistana de alma caipira, então ela inspira muito a nós, que
nascemos aqui na cidade também.
Faz-nos lembrar que aqui, São Paulo, já
foi floresta, já foi pouso de boiada e hoje ainda é um pouso para os caipiras,
certo? Queria lembrar também que Inezita foi sempre uma grande defensora da
nossa cultura popular do Brasil inteiro, também foi uma inovadora na cultura,
porque em tudo que gravou ela botou a digital dela.
Então me inspira muito a gente
continuar fazendo a cultura caipira em termos e em linguagens contemporâneos.
Obrigado, gente. Boa tarde.
O
SR. PAULO BETTI - Parabéns. Parabéns, Garfunkel.
O
SR. YURI GARFUNKEL - Obrigado, Paulo.
O
SR. PAULO BETTI - Parabéns, viu. Parabéns. Lindo
trabalho. Parabéns. Convido à frente agora Danilo de Barros Nunes, que vai
receber o seu troféu pelo deputado Teonilio Barba.
Nascido na cidade de Santos, o cantor,
ator e pesquisador Danilo de Barros Nunes é figura destacada na gestão e
promoção do patrimônio cultural e histórico paulista. Tem carreira sólida desde
1991 em shows, espetáculos, produção e curadoria de eventos em instituições
culturais e projetos de preservação e valorização das tradições culturais
brasileiras de raiz das comunidades caiçaras do litoral de São Paulo. Parabéns.
Parabéns. (Palmas.)
O
SR. DANILO DE BARROS NUNES - Gente, estou aqui,
e eu venho de Santos, eu venho do povo caiçara, um povo que está na origem das
nossas culturas tradicionais, que faz a música de raiz, que faz a música, faz o
fandango caiçara. Lutamos contra a
desapropriação de terras desses caiçaras e hoje me encontro como superintendente
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no estado de São
Paulo.
Eu queria dizer que estando à frente
dessa instituição hoje, conhecendo as lutas e as tradições das minhas
comunidades, eu estou para proteger e defender o patrimônio cultural
brasileiro, assim como é o caso do Rio Piracicaba, do Complexo Beira Rio, que a
gente está de olho. Vamos proteger, que lá é onde tem diversas materialidades,
diversas imaterialidades.
Eu quero agradecer a todos os artistas
que vieram aqui hoje, Pascoal da Conceição, João Suplicy, Tom Sapiranga, todos
os artistas que fizeram vídeos convidando as pessoas para estar aqui, o
subprefeito de Paranapiacaba, Fabio Picarelli, o ex-prefeito da cidade de
Cruzeiro, que está aqui, o Thales, com o prefeito e o secretário de Cultura.
Agradecer principalmente ao deputado
Teonilio Barba, meu amigo, meu parceiro e meu camarada, aqui na pessoa do
Silva. Obrigado por essa indicação, e agradecer a todos os deputados. Também
saudar aqui o grande ator Paulo Betti e dizer que estamos em processo com a capela
do nhô João de Camargo e isso vai dar certo. E vamos que vamos, Sorocaba.
O
SR. PAULO BETTI - Muito obrigado. Muito obrigado.
Muito obrigado. (Palmas.)
Agora vamos ouvir Marcos Martins e,
depois, o encerramento com a deputada Bebel.
Parabéns.
O
SR. MARCOS MARTINS - Eu gostaria de cumprimentar a
todos pela presença e pela participação. Cumprimento, em nome da deputada
Bebel, todos os parlamentares, todos os funcionários da Casa, por mais esta
realização. Eu estive lá na Câmara Municipal de São Paulo, que também tem
Inezita Barroso. Fui lá homenagear ou participar dessa atitude tão importante,
como esta aqui.
Então, quero cumprimentar a todos, que
mantenham esse local, que mantenham essa luta, fazendo com que seja reconhecido
o direito dos caipiras, dos artistas e da cultura brasileira.
Parabéns a todos por estarem presentes
e participando.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. PAULO BETTI - Parabéns.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Muito obrigada.
O
SR. PAULO BETTI - Parabéns. Então a deputada
Bebel agora vai fazer o encerramento formal dessa solenidade. Muito obrigado
pela presença de todos e boa sorte. Vamos para a frente. Ainda estamos aqui.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Bem, pessoal, já
boa tarde, porque passou do meio-dia, não é, Marquinhos? Foi uma grande
satisfação, para mim, estar aqui ao lado do Paulo Betti, esse grande ator que
mora no nosso coração e que é de uma capacidade incrível de chegar ao povo.
É muito difícil, viu, Paulo, a gente
chegar em muitos artistas, mas você não. Todas as vezes em que a gente precisou
de você... (Fala fora do microfone.) Sempre a gente pôde contar. Um vídeo de
apoio, uma palavra de agradecimento, o Paulo Betti está sempre com a gente.
Talvez eu tenha... Vou deixar já para a
minha assessoria para a gente colocar um cordão no pescoço do Paulo Betti,
porque ele merece, honra ao mérito aqui por tudo o que ele fez pela cultura,
pelo cinema.
Agradecer a cada um e a cada uma de
vocês que foram homenageados e homenageadas. Dizer que deram um show aqui, que
a gente exalou a cultura. A gente não foi formal, eu não queria formalidade.
Eu queria que vocês cantassem, e não só
pegassem um prêmio friamente. Com isso, eu tenho que ser formal também no
fechamento desta grande cerimônia, que vai marcar no meu coração.
Esgotado o objeto da presente sessão,
eu agradeço a todos os envolvidos na realização desta solenidade, assim como
agradeço a presença de todos. Convido-os para o coquetel servido no Salão dos
Espelhos, que é aqui atrás, descendo, para quem está aqui. Para vocês que estão
em cima, é só descer no “M” e está no Salão dos Espelhos, ok?
Um beijo, gente.
Obrigada.
Para cima.
Acreditar!
Vou repetir o que o Paulo disse: ainda
estamos aqui.
Beijo.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 12 horas e 40
minutos.
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* *