14 DE MARÇO DE 2025

6ª SESSÃO SOLENE PARA ENTREGA DO VIII PRÊMIO INEZITA BARROSO

        

Presidência: PROFESSORA BEBEL

        

RESUMO

        

1 - PROFESSORA BEBEL

Assume a Presidência e abre a sessão às 10h29min.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a composição da Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

3 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene para "Entrega do VIII Prêmio Inezita Barroso", por solicitação desta deputada. Enaltece o valor da música sertaneja raiz. Informa que neste ano comemora-se o centenário da citada cantora. Lembra conquista do Oscar pelo filme "Ainda Estou Aqui". Anuncia a exibição de vídeo sobre a premiação.

        

4 - SIMÃO PEDRO

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

5 - MÁRCIA LIA

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

6 - LETÍCIA AGUIAR

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

7 - BETH SAHÃO

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

8 - PAULO FIORILO

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

9 - EDIANE MARIA

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

10 - MAURO BRAGATO

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

11 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL

Lembra que Inezita Barroso também fora professora. Lê currículo de Toninho da Viola, especialista em Cururu, homenageado.

        

12 - SIMÃO PEDRO

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

13 - EDIANE MARIA

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

14 - PAULO BETTI

Ator, declama poema e faz pronunciamento. Lê currículos e anuncia a entrega do Prêmio Inezita Barroso aos músicos homenageados.

        

15 - EDU OLIVEIRA

Músico homenageado, faz pronunciamento e declama poesia.

        

16 - TONINHO DA VIOLA

Músico homenageado, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

17 - WILL BAKER

Membro da Orquestra Municipal de Viola Caipira de Presidente Bernardes, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

18 - MÚSICO DA ORQUESTRA DE VIOLEIROS CRESCER NO CAMPO

Membro da orquestra homenageada, faz pronunciamento.

        

19 - JOÃO AUGUSTO E SAMANTHA

Dupla homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

20 - MÚSICO DA ORQUESTRA DE VIOLA CIDADE DAS ÁGUAS

Membro da orquestra homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

21 - FABÍOLA BENI

Musicista homenageada, faz pronunciamento.

        

22 - MÚSICO DA ORQUESTRA DE VIOLEIROS DE MAUÁ

Membro da orquestra homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

23 - MILIONÁRIO

Cantor, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

24 - LUIZ PALOMBO

Comunicador homenageado, faz pronunciamento.

        

25 - ARNALDO FREITAS

Músico homenageado, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

26 - LEILA MOREIRA

Cantora homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

27 - EBERSON FERRAZ

Músico da Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa Bárbara D’Oeste, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

28 - CARLOS EDUARDO DA SILVA

Membro do Instituto Du Catira, faz pronunciamento e apresentação de dança.

        

29 - JOSÉ DERCÍDIO DOS SANTOS

Músico homenageado, faz pronunciamento e apresentação musical.

        

30 - ANDRÉ MORAES E JACKSON RICARTE

Dupla homenageada, faz pronunciamento.

        

31 - BETE BISSOLI

Compositora homenageada, faz pronunciamento e apresentação musical em trio.

        

32 - FABRÍCIO RAMOS

Músico e compositor homenageado, faz pronunciamento e declama poesia.

        

33 - YURI GARFUNKEL

Artista visual e violeiro homenageado, faz pronunciamento.

        

34 - DANILO DE BARROS NUNES

Músico homenageado, faz pronunciamento.

        

35 - MARCOS MARTINS

Ex-deputado estadual, faz pronunciamento.

        

36 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL

Valoriza a Cultura. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 12h40min.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Professora Bebel.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, mais uma vez muito bom dia a todos.

Esta sessão solene tem a finalidade de realizar a entrega da 8ª edição do Prêmio Inezita Barroso, instituído pela Resolução nº 910, de 2016, regulamentada pelo Ato de Mesa nº 42, de 2016, e alterada pela Resolução nº 931, de 2021.

Comunicamos aos presentes que esta sessão está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal Alesp no YouTube.

Convidamos para compor a Mesa Diretora: deputada estadual Professora Bebel, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Palmas.); os demais membros da Comissão de Educação e Cultura aqui presentes (Palmas.), os deputados Mauro Bragato (Palmas.), Deputada Beth Sahão (Palmas.), Deputada Letícia Aguiar (Palmas.), o Sr. Cleberson Duarte, prefeito de Presidente Bernardes (Palmas.), o Sr. Anselmo Giroto, prefeito de Oscar Bressane.

Convido a todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Orquestra Feminina de Santa Bárbara d’Oeste, sob a regência do maestro Eberson Ferraz Bino.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - (Palmas.) Agradecemos à Orquestra Feminina de Santa Bárbara do Oeste pela execução do Hino Nacional Brasileiro. Gostaria de chamar para compor a Mesa a deputada estadual Márcia Lia. Nós registramos e agradecemos as presenças do vereador Senna, de São José dos Campos. Vereadores de São Pedro, Carlos Eduardo e José Roberto Dudu.

Fabio Picarelli, subprefeito de Paranapiacaba. Lebos Chaguri, CEO da FMTV. Emerson Santos, coordenador da SPU, Secretaria do Patrimônio da União. Genilson Silva, chefe de gabinete da 1ª Secretaria, representando neste ato o deputado Teonilio Barba. E a senhora Iara Bento, coordenadora do SOS Racismo da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Neste momento, passamos a palavra à deputada estadual Professora Bebel, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alesp, para que proceda à abertura desta solenidade.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Bom dia. Sei que está todo mundo fraquinho, é cedo. Bom dia!

 

TODOS - Bom dia!

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Ah, cantor não pode ter voz fraca aqui, né! Eu queria agradecer e acolher cada um e cada uma de vocês que produzem música popular raiz aqui no estado de São Paulo e - por que não dizer? - para todo o Brasil. Agradecer cada um daqueles e daquelas que vieram prestigiar.

Cumprimentar as minhas colegas: a deputada Márcia Lia, deputada Letícia Aguiar, deputada Beth Sahão. O meu colega da Comissão de Educação e Cultura, por quem eu nutro muito carinho, deputado Mauro Bragato. E não fica enciumada, Beth! É que a gente tem que fazer uma memorização. Estou brincando, Beth, por favor. Nós estamos em dia de alegria e de festa, e a gente faz isso também.

E cumprimentar o prefeito, que grandeza. Está aqui o prefeito Cleberson, da cidade de Presidente Bernardes. Satisfação tê-lo aqui. Cumprimentar toda a equipe técnica. Cumprimentar toda a minha assessoria. Cumprimentar todos e aquelas que eu sei que estão enfrentando muita dificuldade para chegar até aqui, e estão chegando.

E dizer para vocês que hoje, para mim, é mais um dia e é um marco na minha vida. Um marco, de a gente refletir sobre a música popular raiz sertaneja. E dizer que nós, no estado de São Paulo, temos muito o que mostrar. Vocês têm muito o que mostrar. E nós queremos acolher arte dessa forma.

Eu, naturalmente, não gosto de fazer leitura. Mas às vezes a leitura nos remete até por uma objetividade maior. Senão vou fazer um comentário que eu fiz com a Beth. Acha ruim! Eu estou chamando a Beth para ver se ela fica popular entre vocês, fazendo propaganda antecipada.

Em 2025, o Brasil celebra o centenário de Inezita Barroso. Ela estaria fazendo 100 anos. Uma das maiores intérpretes da música caipira e da cultura popular brasileira. Com sua voz marcante, sua paixão pela preservação das tradições sertanejas, Inezita se tornou um ícone da música brasileira, transmitindo com emoção e autenticidade as histórias do povo do interior. Esse, que nunca é visibilizado.

Esse centenário também coincide com o mês de março, dedicado à celebração das mulheres e suas conquistas. É um momento para refletir sobre o papel das mulheres na música, na arte e na cultura. Sua carreira, a de Inezita, que se estendeu por várias décadas, representa um legado imortal de amor à cultura popular.

Figuras como Inezita Barroso abriram caminho para tantas outras. O mês da mulher é uma ocasião para fortalecer a luta por igualdade de gênero e reconhecimento. Assim como para celebrar as mulheres que, como Inezita, deixaram sua marca no mundo da música.

É um momento para refletir sobre o papel fundamental das mulheres na música, na arte e na cultura. E figuras como Inezita Barroso abriram caminho para tantas outras. Eu vou pedir licença para aqueles que divergem de mim no que eu vou dizer agora. Mas eu tenho que dizer, porque não pode passar em branco.

Este ano comemoramos também a vitória da atriz Fernanda Torres, que tem se destacado cada vez mais pelo seu talento. E recebeu reconhecimento mundial com o prêmio no Grammy e o Oscar para o filme “Ainda Estou Aqui”, marcando um importante passo para as mulheres. (Palmas.)

Sua conquista é um reflexo da luta das mulheres por mais espaço e visibilidade nas diversas áreas da cultura. Evidencia que, ao longo de tantos anos, o talento feminino tem conquistado seu devido lugar, o lugar em destaque.

Assim, o centenário de Inezita Barroso se entrelaça com marcos importantes na trajetória das mulheres na música, no cinema, nas artes, celebrando não apenas o passado, mas também as novas gerações de artistas que continuam a romper barreiras e conquistar novos espaços.

Eu agradeço mais uma vez a oportunidade de estar aqui. Vou deixar para que o cerimonialista leia a história da Inezita Barroso, que eu acho que é importante que fique muito bem assinalada. E, ao mesmo tempo, dizer pra vocês que não é fácil organizar um evento como este.

Hoje nós vamos contar com a ilustre figura do nosso querido Paulo Betti, que já está aqui entre nós. E nós estivemos na outra com o Jackson, que estava na novela, inclusive. Como eu diria? É uma forma de a gente também trazer o cinema, a televisão, para dentro da Assembleia Legislativa e dizer: temos direito à cultura, todos nós. Parabéns para todos e todas que estão nesta grande solenidade e celebração do centenário de Inezita Barroso. Um abraço, um beijo. Muito obrigada. (Palmas.)

Peço também para que a cabine já coloque no telão, eu acho que foi uma emoção muito grande para a gente - de novo, peço desculpas para os que discordam, mas ver o cinema brilhar lá, um Grammy, o Oscar, com a recepção do Oscar, também, por óbvio, a importância da arte na nossa vida, o que ela faz conosco, a capacidade de a arte expressar o momento, e isso não é pouca coisa. Cada um de vocês são artistas, produzem artes, por isso vocês moram no nosso coração.

Beijo, gente.

Muito obrigada.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Quero agradecer as palavras da deputada Professora Bebel, que nos antecedeu aqui no púlpito. Registrar e agradecer também ao Sr. Alessandro Azevedo, representante do Ministério da Cultura no estado de São Paulo; Sr. Juca Bortolucci, vereador de Santa Bárbara d’Oeste; Sr. José Manoel, presidente da FerroFrente. Comunicar que está na nossa mesa também o deputado estadual Simão Pedro, que nós chamamos já para fazer uso da palavra. Deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Muito bom dia para todas, muito bom dia para todos. Muito bem-vindos e bem-vindas a esta Casa, que hoje está em festa, com esta festa maravilhosa que é a entrega do 8º Prêmio Inezita Barroso.

Quero cumprimentar a deputada Professora Bebel, que preside a Comissão de Educação e Cultura desta Casa e que está à frente da organização deste evento maravilhoso. Em nome da Professora Bebel, cumprimentar todos os meus colegas parlamentares aqui, que também participam da comissão e também puderam assim indicar os premiados desta sessão, desse prêmio.

É sempre bom relembrar a grande figura da Inezita Barroso, figura maior da cultura popular, principalmente da cultura popular paulista, do resgate que ela fez e o valor que ela fez da cultura caipira, principalmente da música caipira. Esse prêmio a homenageia de uma forma muito, assim, singela, mas muito importante.

Eu quero cumprimentar todas as integrantes da Orquestra de Viola de Mulheres de Santa Bárbara d’Oeste, que eu tive a oportunidade de fazer a indicação. Parabéns. Em nome de vocês, cumprimentar todos os homenageados também. Esta manhã é uma manhã especial, uma manhã de exaltação da nossa cultura.

A cultura é a alma do nosso povo, é como o nosso povo vive, como se alimenta, como se relaciona com as divindades, como se relaciona, como sobrevive, como trabalha, como se diverte, como dá sentido à nossa vida, tudo isso é a cultura.

Aqui a gente pega um pedacinho dela, que é a música caipira, não só os artistas que produzem a música, mas aqueles que estão em volta, os radialistas, os divulgadores, os produtores, e esse universo todo vai estar aqui, está aqui nesta manhã. Então é uma alegria estar aqui compartilhando com vocês este momento mais uma vez.

Parabéns a todos vocês que estão recebendo esse prêmio merecido, porque há uma seleção muito grande, então, se vocês estão aqui, é porque de fato merecem, fazem muito pela cultura, principalmente pela cultura caipira do nosso querido estado de São Paulo, do interior, mas também aqui, da Capital. Grande dia, parabéns! Viva a cultura do nosso povo paulista!

Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as palavras do deputado estadual Simão Pedro. Ouviremos agora a deputada estadual Márcia Lia.

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Muito bom dia a todos e a todas. É um prazer enorme receber a todos nesta Casa, auditório lotado, plenário lotado, muitas autoridades e também muita gente que representa a cultura raiz, a cultura da viola, a cultura que a gente precisa preservar, porque é a história do nosso País, é a história do nosso interiorzão. Então eu fico muito feliz de poder receber a todos aqui, nesta Casa.

Hoje é um dia de celebração para a música brasileira e para a nossa querida cidade de Araraquara, porque eu vou falar do meu homenageado neste momento. Luiz Palombo, que é o meu indicado, recebe o Prêmio Inezita Barroso desta 8ª edição, reconhecimento pelo seu incansável trabalho em preservar e difundir a música caipira. Um dos maiores símbolos da música de raiz brasileira, sua voz marcou gerações na rádio, e seu projeto “Viola na Praça” mantém viva a tradição musical do nosso povo, que é um dos maiores tesouros da nossa cultura.

Eu me sinto profundamente honrada em poder entregar esse prêmio a um conterrâneo da morada do sol e saber de sua imensa importância para nossa cultura. Com certeza esse filho de Araraquara leva com carinho, respeito e amor essa honraria. Palombo é um verdadeiro guardião da cultura popular e esta homenagem reflete o respeito e a gratidão que todos nós temos por sua trajetória.

Aproveito também para parabenizar todos os premiados, que lutam para manter viva a memória da música de raiz brasileira. Também celebramos a força de Inezita Barroso, uma mulher que foi um marco na música, em uma época que, muitas vezes, tivemos que lutar pelo nosso espaço.

Receba com todo o carinho esse prêmio. Parabéns, Luiz Palombo. Você é um grande ícone da música raiz brasileira. Eu pediria que o Palombo se levantasse, para que as pessoas pudessem conhecê-lo, quem ainda não teve a oportunidade de conhecê-lo. Uma salva de palmas. (Palmas.) Muito obrigada, Palombo.

A todos os homenageados, eu tenho certeza de que nós hoje fazemos justiça a muitas pessoas que, muitas vezes, passaram esquecidas. Então parabéns à deputada Bebel, parabéns aos deputados da Comissão de Educação e Cultura e parabéns a todos aqueles que vieram hoje nesta Casa para serem homenageados e para presentear também os homenageados.

Um bom dia a todos nós, um bom evento, obrigada. (Palmas.)

 

 O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Gostaria de chamar para estar conosco também o deputado Paulo Fiorilo. (Palmas.) Neste momento vamos ouvir as palavras da deputada estadual Letícia Aguiar.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - Bom dia. Que alegria poder ver esta Casa cheia da música sertaneja, da nossa viola caipira, que alegria poder ver e homenagear tantas pessoas, tantos artistas, tantos músicos especiais para a história da música sertaneja brasileira.

Bom, vou iniciar meus cumprimentos às minhas colegas, deputada Bebel, deputada Beth Sahão, deputada Márcia Lia, deputados Mauro Bragato, Simão Pedro, Paulo Fiorilo, meus colegas aqui de Parlamento. Em que pese muitas vezes termos diferenças ideológicas, posicionamentos diferentes, mas aqui nós temos algo em comum: a valorização e o reconhecimento das nossas músicas sertanejas, da nossa tradição caipira e isso está aqui acima de tudo.

Quero aqui cumprimentar o vice-prefeito de Igaratá, Fábio; o vereador Sílvio Jorge, de Igaratá; os coordenadores de Turismo e Cultura, Bianca, Elaine e Cadu, que vieram especialmente para este dia aqui receber esta homenagem; o prefeito de Oscar Bressane, Anselmo Giroto; o Senna, vereador de São José dos Campos, meu parceiro de vida, de missão, juntos também em defesa das tradições caipiras em todo o estado de São Paulo. E quero, de forma especial, reconhecer o maestro Oliveira Neto e a Orquestra de Viola Cidade das Águas de Igaratá. Por favor, se levantem.

 Músicos talentosos, artistas da nossa cultura brasileira sertaneja que merecem o nosso reconhecimento, a nossa valorização e saibam que vocês têm aqui uma parlamentar, uma mulher do estado de São Paulo, da região do vale do Paraíba, que tem a honra de reconhecer aqueles que fazem parte da nossa história, muito obrigada. E obrigada por terem aceito esse convite para serem homenageados aqui, hoje, nesta Casa, no maior Parlamento estadual da América Latina, muito obrigada. (Palmas.)

 Por fim, eu quero parabenizar a todos os homenageados aqui hoje e demonstrar aos senhores, muitas vezes a gente vê que apenas artistas muito consagrados, artistas de renome, muitas vezes que têm acesso a políticas públicas, que têm acesso a recursos, a investimentos.

Mas o que eu defendo é que os artistas que têm maior dificuldade, os artistas que estão começando ou aqueles que têm muita história, que muitas vezes não têm o amparo da legislação, não têm amparo e acesso a investimentos na sua arte, esses artistas que são cada um de vocês, merecem esse reconhecimento e esse trabalho.

Portanto, conte com o meu trabalho para que também possa auxiliá-los junto ao Governo do Estado, para que a gente possa, junto, destinar recursos para a Cultura, para o Turismo, que quando a gente investe na boa cultura, na boa arte, a gente investe na história das cidades, na história das pessoas que construíram a cidade.

Como não citar aqui quem fez a história, quem faz parte da história, que eu tenho certeza que todos os senhores aqui tocaram na viola dos senhores, Milionário e Zé Rico, este homem que foi justamente reconhecido aqui pela deputada Beth Sahão, uma justa homenagem. Milionário, que bom recebê-lo aqui, que bom saber que a sua história faz parte da história de todos esses cantores, todos esses músicos. (Palmas.)

Nós sabemos que todos nós temos uma longa estrada da vida. “Nesta longa estrada da vida/ Vou correndo e não posso parar/ Na esperança de ser campeão/ Alcançando o primeiro lugar”. Vocês são o primeiro lugar aqui hoje.

Parabéns. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nós agradecemos as palavras da deputada Letícia Aguiar e ouviremos agora a deputada Beth Sahão.

 

A SR. BETH SAHÃO - PT - Bom dia a todas e todos. É uma alegria poder estar aqui neste dia de celebração, de homenagens, de festa, quando a nossa querida e saudosa Inezita Barroso completaria 100 anos. E esse prêmio foi instituído aqui, me lembro muito bem, porque eu estou na Assembleia já há alguns anos, pelo deputado Marcos Martins, que era um apreciador muito intenso da música raiz, da música sertaneja, da cultura raiz, da cultura sertaneja e deu o que fazer para o prêmio ser implantado.

Mas graças a Deus nós conseguimos, naquela época, e ele virou essa maravilha que está aqui hoje, umas pessoas presentes participando, deputadas e deputados, com a oportunidade de poder fazer e trazer para esta Casa os seus indicados nessa justa homenagem. E por isso eu aproveito este momento para cumprimentar a todas e todos que estão sendo homenageados, e nos mais diferentes segmentos da cultura.

Queria saudar minha querida amiga e companheira, deputada Bebel, presidente desta Comissão de Educação e Cultura, que organizou tudo isso. Eu ainda falei para ela: “mas quem fez essa decoração linda aqui que tem tudo a ver com a data de hoje?”. Ela falou: “fomos nós”. Então parabéns Bebel, está linda a decoração e isso é para vocês, na verdade, que estão participando desta manhã tão bonita. (Palmas.)

Cumprimentar o deputado Mauro Bragato, cumprimentar o deputado Simão Pedro, o Paulo Fiorilo, chegou agora a Ediane também, a deputada Letícia, a deputada Márcia Lia, e dizer para vocês que eu aqui estou muito feliz hoje, sabe por quê? Eu estou homenageando, certamente, a pessoa mais longeva aqui desta manhã, que é o meu querido Milionário. Eu gostaria que ele se levantasse para receber também uma salva de palmas de todos vocês, aos 85 anos. (Palmas.)

Ainda está cantando, ainda está gravando, já passou por várias duplas. A mais famosa, claro, foi o seu companheiro José Rico, e nesta música que ficou imortalizada que é a “Longa Estrada da Vida”, que foi uma música de enorme sucesso - pode sentar, Milionário.

E eu queria fazer aqui, lembrar para vocês um momento muito importante na carreira dele, fez muito sucesso com essa música aqui, e ele foi convidado para ir para a China, ele e o companheiro dele.

E, na época, a China tinha um regime muito fechado; hoje não, hoje a China recebe todo mundo, é um país que se abriu para o mundo, sobretudo na questão econômica e nas relações internacionais. E ele foi, ficou um mês na china visitando aquele país a convite do governo chinês.

 Então isso mostra que o talento não tem fronteiras, o talento ultrapassa fronteiras, como foi o caso dessa dupla que ficou inesquecível no coração de todos nós, que é o Milionário e o Zé Rico. Então eu me sinto muito gratificada, Milionário, de poder hoje promover essa homenagem para você, e tenho certeza que todas as deputadas e deputados que estão hoje indicando homenageados também estão muito felizes.

Porque cada um de vocês tem um mérito, tem o talento e a gente precisa lembrar que a Cultura é libertária, aproxima as pessoas, integra as pessoas e, mais do que isso, permite a livre expressão nas mais diferentes áreas de atuação cultural.

Hoje, nós temos aqui pessoas que estão atuando em vários segmentos, e todas serão, justamente de uma forma justa, homenageadas, então eu gostaria de... Ontem eu fui assistir ao filme “Vitória”, foi a estreia do filme “Vitória”, não foi com a Fernanda Torres, mas foi com a Fernanda Montenegro.

É maravilhoso o filme, lindíssimo, porque mostra a questão do etarismo também de uma mulher idosa - eu não vou dar spoiler aqui, claro, não vou contar o filme -, mas de uma mulher idosa que luta com as suas convicções, com os seus ideais.

Eu recomendo que as pessoas que tiverem oportunidade vão ao cinema, assistam a esse filme, porque ela está deslumbrante, ela é de fato a nossa melhor atriz e merece uma grande salva de palmas. (Palmas.) Essa atriz maravilhosa que nós temos orgulho de ter, que é a Fernanda Montenegro - e cuja filha está seguindo na mesma trilha, obedecendo aquele ditado que diz: filho de peixe, peixinho é.

Eu queria também aproveitar aqui: a assessoria do deputado Rômulo pediu para que eu citasse - ele não pôde estar presente - a presença da Orquestra de Violeiros de Mauá. Podia se levantar também pra receber uma salva de palmas de todos. (Palmas.) O Rômulo não está - estão lá em cima -, mas pediu pra que eu fizesse essa citação, então sejam muito bem-vindos, parabéns. Aí isso, muito bem. (Palmas.)

Parabéns pela homenagem, parabéns Bebel, parabéns a todas e todos. E vamos aqui viver esse momento tão sublime, tão bonito, que é a celebração da cultura no nosso estado e no nosso País.

Muito obrigada e um bom dia a todas e todos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nós agradecemos as palavras da vereadora Beth Sahão e ouviremos agora o deputado estadual Paulo Fiorilo... Deputada, deputada estadual Beth Sahão.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Bom dia a todos e a todas, prazer em recebê-los nesta Casa. Quero começar parabenizando a deputada Bebel, que conduz este ato tão importante - que já é uma história aqui, já relatada pela deputada Beth. Saudar a deputada Márcia Lia, deputada Letícia, Ediane, deputada Beth, deputado Mauro, deputado Simão que compõem esta mesa.

Esta é uma homenagem que resgata um pouco da história daqueles que cultivam a música raiz, a música sertaneja. Eu cheguei cedo aqui na Casa e encontrei o pessoal de Igaratá, que a Letícia trouxe aqui para ser homenageado, e percebi ali na conversa já - que não foi comigo mas foi com pessoal que estava lá - a disposição dos meninos que vieram lá de Igaratá e chegaram aqui oito da manhã, não é? Eu acho que é esse, um pouco, o comprometimento. A gente tem aqui pessoas importantes que estão sendo homenageadas, de todas as áreas, de todas as regiões deste estado.

A Beth fez uma homenagem aqui ao Milionário... Eu preciso confessar para a Beth, para todo mundo, que o Milionário e José Rico foram aqueles que embalaram a minha infância. Eu sou do interior, sou de Araraquara, e eu tive a oportunidade de ter o contato com a música sertaneja, a música raiz lá com meus tios, com os meus primos, que tocavam viola.

Então fico muito feliz de poder estar aqui hoje, porque a gente tem um lugar aqui nesse estado, Guapiara, onde o pessoal tem o Cantinho do Zoom, que é uma rádio que todo sábado trabalha as músicas do Milionário e José Rico.

Eu não posso deixar de falar dos meus homenageados. Eu estive lá fazendo uma visita em Espírito Santo do Pinhal e tive o prazer de conhecer o trabalho que é desenvolvido com as crianças, com os jovens de 11 a 16 anos, com a música sertaneja. E lá eu propus a eles de trazê-los para essa homenagem legítima, justa para valorizar o trabalho que é feito lá em Pinhal.

Então eu queria parabenizá-los, dizer que a nossa parceria é uma parceria, não só desta homenagem aqui, mas para poder ajudar o trabalho que vocês desenvolvem lá e crescer. Quem sabe a gente não pode buscar outras parcerias importantes para homenagear quem trabalha com a música sertaneja, quem mantém a música viva.

Eu não vou fazer como a deputada Letícia, que eu não tenho voz para cantar, mas vou dizer que vocês merecem ser homenageados todos os dias por manter essa tradição tão importante.

Parabéns a todos, bem-vindos a esta Casa.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as palavras do deputado estadual Paulo Fiorilo e ouviremos agora a deputada estadual Ediane Maria.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Primeiro bom dia. Falar que é uma grande honra estar aqui neste prêmio importantíssimo e ver tanta gente ser homenageada. Sou nordestina, e a Letícia estava perguntando, a deputada Letícia, “Ediane, lá na sua terra você ouvia o quê?” Gente eu sou da terra do baião, do Luiz Gonzaga, do forró e aí chegar aqui em São Paulo e poder ter acesso, porque enquanto nordestina sempre ouvi de tudo, então o sertanejo sempre me encantou muito. E que honra estar com o José Rico... José Rico, não é? Milionário, é o Milionário que está aqui hoje.

Então dizer que é uma grande honra estar aqui hoje podendo homenagear a Fabiola Beni, que é a minha homenageada de hoje; e dizer que me sinto lisonjeada por poder chegar nesta Casa trazendo uma pauta de mulheres que na sua grande maioria não conseguem ter acesso à cultura popular, à música e a vários gêneros.

Então estar aqui hoje significa, pra mim, um momento de reparação, de dizer que essa construção é nossa, ela é de tantos de vocês que constroem na base, no seu território. Dizer que a música popular brasileira resiste nesse país; e dizer que vocês são os grandes homenageados de hoje, e essa salva de palmas é para todos vocês. Homenageados ou não, hoje é o dia de vocês. Muito obrigada, gente. (Palmas.)

E a nossa presidenta, a presidenta Bebel. E saudar todos os parlamentares que fizeram as indicações, vários não puderam estar aqui presentes, que a gente sabe que hoje é uma correria. Cheguei um pouco atrasada inclusive, gente, porque hoje foi o “Amanhecer por Marielle”. Sete anos que a gente luta e clama por justiça por Marielle, para saber o que de fato aconteceu. (Palmas.)

Então muito obrigada a todos e “simbora” construir a revolução neste País e neste estado tão importante para a construção, que é o motor e que é o coração do nosso país.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as palavras da deputada estadual Ediane Maria e ouviremos agora o deputado estadual Mauro Bragato.

 

O SR. MAURO BRAGATO - PSDB - Um bom dia a todas e um bom dia a todos. Eu quero iniciar minha fala saudando minha presidente Bebel, deputada que preside a minha Comissão de Educação, as deputadas que estão aqui presentes... Queria saudar o prefeito Cleberson, de Presidente Bernardes, que trouxe aqui a orquestra, que poderia se levantar, a Orquestra Municipal da Viola Caipira de Presidente Bernardes, viajaram a noite inteira pra chegar aqui dez horas. Parabéns a vocês. (Palmas.)

E queria dizer, pessoal, que esse é um prêmio muito importante. Todo ano é realizada a homenagem a Inezita Barroso, e tem a ver com a tradição que nós temos, aqui na Assembleia, de homenagear uma pessoa que ajudou muito a nossa música no estado de São Paulo. Quem não conheceu a Inezita, não teve a oportunidade de saber o quão profunda ela era; eu tive a oportunidade de vê-la aqui na Assembleia muitos anos atrás e ela era uma pessoa que a gente respeitava muito.

Então eu queria dizer a todos que esse é um evento muito importante, porque reforça o compromisso de grande parte da Assembleia Legislativa com a cultura, com a cultura popular e com essa cultura que todos nós que militamos na política, ou não, acreditamos e gostamos, que é a música caipira.

Então eu queria parabenizar vocês que estão recebendo a homenagem hoje e dizer que eu estou feliz de ver Bernardes aqui. Parabéns, Presidente Bernardes - fui eu que tive o privilégio de indicar vocês. Saudar o prefeito Cleberson, que veio junto de ônibus, viajou a noite inteira e está aqui. Está aí, não é, Cleber?

Está aqui aguentando, porque efetivamente é muito importante pra nós que moramos na região de Presidente Prudente - eu moro em Presidente Prudente - e ter uma orquestra como essa nos ajudando a abrilhantar os nossos espetáculos que se realizam lá. Então parabéns a vocês. Parabéns, Bebel, e contem sempre comigo nessas homenagens e na Comissão de Educação.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Vou agradecer as palavras do deputado estadual Mauro Bragato e completar que, muito orgulho também, porque a minha mãe é bernardense e tenho dois irmãos bernardenses também. Vamos ouvir as palavras da deputada estadual Professora Bebel.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - O Toninho foi fazer algo que só ele pode fazer neste momento, que é ir ao banheiro, então é algo que só ele pode fazer. Mas enquanto ele vem, eu quero ressaltar algumas coisas.

Primeiro que a Inezita foi professora, o que me dá ainda uma ligação mais intrínseca a ela, não só porque ela é professora, porque professor é aquela coisa, é o que forma todos. Todos vocês foram formados por uma professora, um professor ou vários professoras e professores. E ela morreu em um momento muito marcante para nós. Foi em 2015, na mais dura greve do Magistério paulista, foi nesse ano que ela nos deixou.

Então tem um marco da Inezita na vida nossa, na minha vida, na vida da Apeoesp. E eu então, com o Toninho que já, enfim, se cuidou, não é, Toninho? Eu vou ler a sua história, porque todos deram as apresentações dos seus, o que antecipa, porque depois a gente só entrega o prêmio e até deixa eles tocarem dois minutos da música que eles têm, senão fica pobre. Pega o prêmio, e daí, não é?

Então eu quero um pouco disso, para além do Paulo Betti, que eu não vou dar spoiler do que ele vai fazer aqui, mas ele vai fazer. Então eu vou falar do Toninho. O Antonio Paes Moreira, Toninho da Viola... Toninho, fica de pé, Toninho. Cadê você? Ele já está de pé, coitado? Lindo. Muito bem, Toninho. (Palmas.)

Olha só o que ele é: ele é um “cururueiro”. Todo mundo sabe o que é o cururu? É tipo as batalhas que são feitas aí, da juventude, é o cururu. É um desafio. Isso aí, tem que ser bom da cabeça, bom de viola, para saber fazer isso aí, não é pouca coisa. E meu pai, eu acompanhava muito meu pai ali por Piracicaba para ouvir os “cururueiros”, então era uma delícia. Eu fui até para a literatura em função muito dessa vivência, lá em Piracicaba.

Ele nasceu em São Pedro, 1944. Muito jovem, o Toninho. Com mais de 65 anos de atuação, é um grande representante da memória caipira e popular, especialista em cururu e música raiz.

O cururu, gênero tradicional, é marcado por versos improvisados - não são versos que são feitos antes, ele improvisa, é provocado e na hora sai uma resposta para aquilo que foi provocado; vamos tentar fazer um cururu, para ver se a gente consegue -, música raiz e desafios poéticos - que é duro, porque tem que ter muita alma, não é fácil, não é só racional, tem que ter sentido o que ele está falando - acompanhados de viola.

Já se apresentou em diversas rádios e TVs, incluindo o programa de Inezita Barroso. Então ele esteve no programa da Inezita Barroso, esse rapazinho aí não é pouca coisa não. Tem muita história.

Acompanhou renomados “cururueiros” e segue ativo na música, apresentando-se em Piracicaba e comandando ao lado da esposa o programa “Viola Divina”, na Rádio Studio FM 107,9, em Saltinho. Que satisfação ter você aqui, Toninho. Só que você vai tocar na hora que eu te der o “preminho”, está bom, querido? Beijo. (Fala fora do microfone.) É Maria Inês, sua esposa Maria Inês, que é sua acompanhante, e com ele canta também.

Bem, o Simão diz que quer fazer a apresentação... Diz não, ele fará a apresentação do homenageado ou homenageada dele, não sei se tem outros que não fizeram. A gente, então, depois. já passa com o Paulo Betti, depois dos prêmios.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Obrigado, Professora Bebel. Apesar de vocês já conhecerem a Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa Barbara D’Oeste, eu não fiz a apresentação, porque achei que era apenas uma saudação rápida aqui no começo. Eu queria ressaltar aqui, cumprimentar Paulo Betti, esse grande ícone da nossa cultura brasileira, grande artista. Obrigado por estar aqui conosco.

A Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa Barbara D’Oeste formou-se em 2013, pelo maestro Eberson, que vocês conheceram, Eberson Ferraz, o Binho. O grupo tem como objetivo destacar o protagonismo feminino, preservar a rica tradição da viola caipira, promover a educação e formar ouvintes conscientes da importância de preservar a cultura regional. Parabéns. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Obrigada. Com isso, então, antes de o Paulo Betti vir, o spoiler é outro. Nós vamos entregar os prêmios, cada um faz dois minutos de apresentação, e aí vem o Paulo. Beleza? Se nós entendermos que são vinte, dá quarenta minutos, então nós estamos dentro do tempo estipulado e o Paulo “curua”. Paulo Betti. Estou muito íntima.

Onde está o Paulo? Paulo, dá uma levantada, poxa, esse público te ama. (Palmas.) Paulo Betti ao vivo e a cores. (Fala fora do microfone.) Pode apresentar rapidinho, por favor, pode apresentar, querida.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Eu também acabei, assim como vários de nós aqui, indo para aquela saudação para todos, mas eu queria que a minha premiada de hoje, homenageada de hoje, também se levantasse aqui, que é a Fabiola Beni. Se levanta para receber essa salva de palmas, essa mulher maravilhosa. (Palmas.)

Ela é uma artista pesquisadora cuja trajetória está profundamente ligada à valorização e difusão da cultura caipira, especialmente no que se refere à representatividade feminina na música de viola. Com raízes em Vitória Brasil, um pequeno município do noroeste paulista, a Fabiola cresceu em um ambiente rico em tradições populares, influenciada pela devoção familiar de São João e pelas manifestações culturais da sua região.

Formada em letras pela Unifesp de Araraquara, sua pesquisa levou a explorar novas possibilidades na música de viola, promovendo um diálogo entre a tradição e vertentes contemporâneas como o blues, o rock, esse outro aqui eu não sei falar o nome, é folk? Folk e o jazz. Eu tenho dificuldade em falar línguas...

Fabiola já percorreu o Brasil com seu álbum “Fabiola Beni & Violeiras Fora da Caixa”, uma obra em que se mapeia a cultura caipira feminina e busca preencher o hiato entre a geração de artistas como Inezita Barroso e as novas violeiras no cenário musical. Sua relação com Inezita é marcante: Fabiola participou de projetos como o documentário produzido pela TV Sesc sobre Inezita Barroso e Helena Meirelles, além de ter gravado o Sesc Instrumental Brasil.

Fez ainda diversos shows em homenagem à comunicadora e violeira Inezita, como no Festival de Música Sertaneja de Raiz no teatro do Sesc da Esquina, em Curitiba. Esses trabalhos reforçam sua indicação à preservação e à reinvenção da música caipira de raiz, valorizando a história das mulheres na cultura de viola e ampliando os horizontes para novas gerações.

Atualmente, Fabiola segue engajada em suas pesquisas, apresentações e na construção de uma escola musical que tem tradição e inovação.

Muito obrigada, Fabiola. Sim, é de São Carlos. De São Carlos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Posso dar seguimento?

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Pode. Só queria anunciar - se puder, pôr uma cadeira para ele aqui também - o Anselmo Giroto, que é prefeito de Oscar Bressane. Então, por favor, pode subir aqui também. Eu acho que é um pouco disso. Bom, agora, cerimonial...

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Vamos lá? Gostaria de registrar e agradecer também, deputada Bebel, o senhor Luiz Carlos Felicidade, representando o deputado estadual Reis, e também o senhor Osmar Santos, chefe de gabinete do vereador Mazinho, de Mauá.

Neste momento, eu convido o ator Paulo Betti para vir à frente apresentar cada homenageado e vencedor do Prêmio Inezita Barroso. Convido ainda a deputada Professora Bebel e demais membros da Mesa Diretora para procederem às entregas. (Palmas.)

 

O SR. PAULO BETTI - Obrigado. Onde? Muito obrigado. Bom dia a todos. Estou muito feliz de estar aqui. Muito obrigado pelo convite. Eu tenho muito a ver com a cultura caipira. Eu sou de Rafard, Capivari, Piracicaba, Cururu. Adoro Cururu. Sou fã do Parafuso. É um grande cantador de Cururu de Piracicaba. Sorocaba também teve muita força no Cururu.

Eu queria, antes de começar e chamar o primeiro, fazer uma pequena homenagem aqui a um parceiro da Inezita Barroso, que foi Ochelsis Laureano. Então vocês que entendem aqui de música caipira, tudo, devem procurar saber quem foi Ochelsis Laureano, que foi o autor da música “Marvada Pinga”. Então eu vou só declamar um pequeno poema dele, que tem muito a ver com a nossa resistência e “Ainda Estou Aqui”:

“E eu fiquei um bom tempo assim/ Vendo a luta do capim/ contra as águas do riacho/ que queriam arrastar o capim/ Correnteza, rio abaixo/ Que lição interessante/ Aprendi, naquele instante/ com aquele capim mimoso/ A vida é uma corredeira/ Mas a gente queira ou não queira/ tem que ser capim teimoso”. É isso aí. (Palmas.)

Eu queria também agradecer essa oportunidade de estar aqui na frente do querido Milionário e dizer que existe um grande documentário maravilhoso sobre a dupla, que fez um sucesso tremendo, não só no Brasil, mas também na China, que foi o documentário a que você se referiu, que é do Nelson Pereira dos Santos - “Milionário e José Rico”.

Bom, eu queria convidar então agora o indicado pelo deputado Carlos Giannazi, Edu Oliveira. (Palmas.) Músico autodidata, compositor, cantor, poeta e escritor, baiano de Iguaí, radicado em São Paulo desde 2002, um repertório recheado de brasilidades, percorrendo ritmos que variam dentro da MPB, com atenção especial ao regionalismo, cantando as raízes do sertão, declamando poesias e literatura de cordel em apresentações que duram até quatro horas.

Preparem-se.

Leva o público ao universo de sentimentos, lirismo e bom gosto.

 

O SR. EDU OLIVEIRA - Bom dia a todos. Resumindo o momento, estou muito feliz de estar aqui nesta Casa. Agradecer a todos os parlamentares aqui, à Professora Bebel, Beth Sahão. Agradecer ao deputado Carlos Giannazi, que foi quem me indicou para estar aqui hoje com vocês.

Não trouxe meu violão, mas vou declamar. Eu trouxe uma “pesquinha” de um cordel que vou declamar aqui hoje. Estou feliz, feliz demais. Muito feliz. Agradecer ao Paulo Betti também pela presença maravilhosa, pelas informações que ele passou de mim para vocês, não é?

“A bênção, Inezita Barroso/ O meu cordel estradeiro/ Vem lhe pedir permissão/ Pra se tornar verdadeiro/ Pra se tornar mensageiro/ Da força do teu trovão/ E as asas da tanajura/ Fazer voar o sertão/ Meu moxotó coroado/ De xiquexique facheiro/ Onde a cascavel cochila/ Na boca do cangaceiro/ Eu também sou cangaceiro/ E o meu cordel estradeiro/ É cascavel poderosa/ É chuva que cai maneira/ Aguando a terra quente/ Erguendo um véu de poeira/ Deixando a tarde cheirosa/ É planta que cobre o chão/ Na primeira trovoada/ A noite que desce fria/ Depois da tarde molhada/ É seca desesperada/ Rasgando o bucho do chão/ É inverno e é verão/

 É canção de lavadeira/ Peixeira de Lampião/ As luzes do vaga-lume/ Alpendre de casarão/ A cuia do velho cego/ Terreiro de amarração/ O ramo da rezadeira/ O banzo de fim de feira/ Janela de caminhão/ Vocês que estão no palácio/ Venham ouvir meu pobre pinho/ Não tem o cheiro do vinho/ Das uvas frescas do Lácio/ Mas tem a cor de Inácio/ Da serra da Catingueira/ Um cantador de primeira/ Que nunca foi numa escola/ Pois meu verso é feito a foice/ Do cassaco corta a cana/ Sendo de cima pra baixo/ Tanto corta como espana/ Sendo de baixo pra cima/ Voa do cabo e se dana.” (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Queria pedir licença. Enquanto ele recebe o prêmio, senhora Nágila Silva Rodrigues e senhor Ivanildo Ribeiro da Silva, por favor, procurem a gente aqui na mesa do cerimonial. Por favor, Nágila Silva Rodrigues e Ivanildo Ribeiro da Silva.

 

A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Querido, por favor. Eu só preciso anunciar a presença do vereador Nabil Bonduki, vereador da cidade de São Paulo e ex-secretário municipal da Cultura de São Paulo, a quem peço aplausos, por favor. (Palmas.)

Arrume uma cadeira para ele, ponha aqui. Para cá, Nabil. Aqui, olha. Lamentavelmente.

 

O SR. PAULO BETTI - Bom, agora Toninho da Viola. Convido à frente o indicado pela deputada Professora Bebel, Toninho da Viola. Antonio Paes Moreira, o Toninho da Viola, é um cururueiro de Piracicaba, nascido em São Pedro, em 1944, com mais de 65 anos de atuação. É um grande representante da memória caipira e popular, especialista em Cururu e música raiz.

O Cururu, gênero tradicional da região, é marcado por versos improvisados em desafios poéticos, acompanhados de viola. Já se apresentou em diversas rádios e TVs, incluindo o programa de Inezita Barroso.

Acompanhou renomados cururueiros e segue ativo na música, apresentando-se em Piracicaba e comandando, ao lado da esposa, o programa “Viola Divina”, na rádio “Studio FM”, 107,9, em Saltinho. Você liga e é só sucesso. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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“Cururu ‘percisa’ viola/ ‘Futebór’ ‘percisa’ pio/ E uma luz de querosene/ Não acende sem pavio. (Palmas.)

 

O SR. TONINHO DA VIOLA - Aí o senhor falou uma coisa muito bonita. “Que da barba de São Gonçalo/ Retirar 12 ‘fio’/ Encordoar uma viola/ Com toeira e canotilho/ E foi desse dia em diante/ Que o Cururu existiu”.

 

O SR. PAULO BETTI - “Sô que nem sordado véio/ Que na Marinha serviu/ Dá baixa e não se esquece/ Do balanço do navio”.

 

O SR. TONINHO DA VIOLA - Agora vai, vamos rimar: E se acarso/ No meu caminho/ Alguma árvore caiu/ Eu arrumo um cortador/ E dou serviço pro vadio./ Pago certo/ Não me diga/ Que o ordenado não serviu”. (Palmas)

Vamos lá então? Vamos fazer a apresentação de uma musiquinha bem caipira aqui, mas rapidinho, é curtinha, porque o espaço, o tempo é curto, não é? A música se chama “Recordação”. É uma musiquinha, um rasteadinho bonitinho, quase no ritmo da “Chalana”, assim, entendeu? Mas ela é duetária, então nós vamos cantar, eu e a esposa minha, que faz 60 anos que ela acompanha eu, é pouco tempo, viu? (Palmas.)

Obrigado. Até por cidade eu estava aqui hoje e estava sentado ali lembrando que dia 17 de outubro, aliás, de março, que nós estamos, dia 17... Hoje é 14, no ano de 65, nós “casemos”. Aí nós juntamos os trapos, que fala, né?

E lembrar também, mais uma recordação minha. Em 63, eu cantei no mesmo programa que o Leonardo cantava, junto com nós, no Programa do Paiolzinho, lá na Rádio Difusora do Paraná, lá em Londrina.

Em 63, nós cantávamos junto, tudo, ele tinha a dupla dele; e eu, o meu mano mais velho, que se tornou o cantor de Cururu dos “bão” em Piracicaba. Mas vamos... Vamos lá, então. A musiquinha é essa aqui, olha lá.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PAULO BETTI - Orquestra Municipal de Viola Caipira de Presidente Bernardes. Convido à frente os membros da Orquestra Municipal de Viola Caipira de Presidente Bernardes, indicada pelo deputado Mauro Bragato.

Fundada em 2023, em Presidente Bernardes, tendo total apoio e estrutura da Secretaria de Cultura do Município, com violeiros, violeiras e um grande corpo de coral feminino, que é o seu diferencial, carrega toda a cultura da música raiz do Oeste Paulista, fortalecendo a rica cultura do interior do estado. (Palmas.)

 

O SR. WILL BAKER - Bom dia a todos, a gente está muito feliz de estar com vocês aqui. E, seguindo essa ideia da Orquestra de Viola e do Grupo de Viola, que é reunir os amigos, fazer uma grande festa, eu queria também chamar nossos amigos de Santa Bárbara para acompanhar, nossos amigos da Catira e todos os presentes aqui, para a gente fazer uma música que é lançamento. (Palmas.)

A nossa Orquestra de Viola tem um público feminino de 22 integrantes violeiras, vocalistas, e o público masculino também que participa, porém, bem menor do que o feminino. Então nós queremos saudar, quem aqui não tem saudade de um beijinho doce? Vamos fazer? Convido o pessoal da orquestra também para ficar de pé.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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Vamos fazer, então, um “rastapé”, aproveitar que a gente tá todo mundo junto? Antigamente, nós tínhamos o Baile na Tuia, né? Então, vamos aproveitar pra fazer esse baile aqui.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PAULO BETTI - Agora, agora vamos receber a Orquestra de Violeiros Crescer no Campo. Convido à frente, indicada pelo deputado Paulo Fiorilo, a Orquestra de Violeiros Crescer no Campo.

A Orquestra de Violeiros Crescer no Campo foi concebida em 2009. É um projeto da Associação Crescer no Campo, que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em Espírito Santo do Pinhal, São Paulo.

A orquestra, com foco na cultura caipira, ensina jovens de 11 a 16 anos a tocar instrumentos como viola caipira, violão, percussão e teclado, e a cantar músicas clássicas do sertanejo raiz, músicas regionais e música popular brasileira.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Paulo, eu só queria aproveitar esse espaço e dar um breve recado. Quando as pessoas forem se apresentar, a gente pede que seja breve, por favor, porque nós temos muitos homenageados e nós estamos com o tempo um pouquinho apertado. Então eu gostaria que essa palhinha que fosse dada aqui fosse bem rápida, para que nós possamos cumprir com o nosso tempo.

Muito obrigado.

 

O SR. - Sabemos que o tempo está curto aí, mas só queria fazer um versinho aqui para o Paulo Betti, que meu pai me ensinou quando eu era criança.

“Lá no arto da Serra da Taquara/ desceu um caboclo, com distrito dessa vara,/ tomando sol em plena cara/ e respondendo pelos ouvido:/ ‘na Fazenda da Conceição, minha ingrata,/ lá ficou o seu gemido’.”

E eu queria agradecer a indicação aqui do deputado Paulo Fiorilo, do Vitório, a dona Rita Barbosa, que é diretora da Crescer, e meu aluno Renan aqui, que vai tocar essa orquestra para frente e a todos vocês aqui. É uma alegria muito grande estar aqui nesse momento com tanta gente boa aqui, com nossas referências aqui por perto.

Muito obrigado a todos.

 

O SR. PAULO BETTI - João Augusto e Samantha. Convido à frente a dupla João Augusto e Samantha, indicada pelo deputado Reis. João Augusto Gonçalves Figueiredo e Samantha Gonçalves Figueiredo Melgar formam a dupla João Augusto e Samantha.

Residem atualmente na cidade de Paulínia, São Paulo. A dupla possui oito anos de carreira e a música sertaneja, principalmente a raiz, que sempre foi a paixão da dupla, e que tem como inspiração a saudosa Inezita Barroso.

 

O SR. JOÃO AUGUSTO GONÇALVES FIGUEIREDO - Bom, primeiramente, bom dia a todos. Quero agradecer a presença de cada um, agradecer a meus pais, que vieram com a gente aqui. A gente vai ser breve porque o tempo está curto. Agradecer ao deputado Reis pela indicação, ele não pôde estar aqui. Agradecer a deputada Bebel. Parabéns pela organização, evento muito bem feito. Vamos lá, Samantha.

 

A SRA. SAMANTHA GONÇALVES FIGUEIREDO MELGAR - Bora. Muito obrigado, meu tio Jorge, e o Alegria também.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PAULO BETTI - Vamos chamar agora a Orquestra de Viola Cidade das Águas. Convido à frente os membros da Orquestra de Viola Cidade das Águas, indicada pela deputada Letícia Aguiar.

O município de Igaratá criou, no ano de 2022, o projeto para aulas de viola caipira, até então inédito na cidade, e que no mesmo ano se tornou a Orquestra de Viola Cidade das Águas, sob regência do professor e maestro Oliveira Neto. Já em 2024, recebeu o título de Patrimônio Cultural e Imaterial, através da Lei Municipal nº 2.252, de autoria do vereador Silvio Jorge.

Parabéns.

 

O SR. - Obrigado, Letícia, pela indicação. Que surpresa bacana, Paulo. Muito obrigado. Vieram uns dez atrás de mim. “Pô, vocês deixaram a viola lá na sala da Letícia”. Mas o violeiro não anda desprevenido, porque o violeiro, ele anda com o povo. E a gente vai fazer mais ou menos assim.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Eu gostaria de anunciar a presença, eu tenho que citar para quem é de Piracicaba, que é importante para nós. Temos aqui o Sr. Evaldo Vicente que é da “Tribuna Piracicabana”, muito bem-vindo, seu Evaldo. Também o Pablo Carajol que é do coletivo “A Cidade é de Todos”, que está aqui entre nós também e é co-vereador. Meu assessor, Botão. (Palmas.)

 

O SR. PAULO BETTI - “Saudade, palavra doce, que traduz tanto amargor! Saudade é como se fosse espinho cheirando a flor”. Fabíola Beni, convido à frente, indicada pela deputada Ediane Maria. Fabíola Beni (Palmas.) é uma artista que transcende barreiras musicais e emocionais.

Sua música é uma celebração da vida do amor e da esperança, oferecendo aos ouvintes uma experiência rica e transformadora com suas canções envolventes, sonoridade única e carisma inigualável. Fabíola continua a se afirmar ainda mais pela sua presença de palco cativante, capaz de envolver a plateia do início ao fim, parabéns. (Palmas.)

 

A SRA. FABÍOLA BENI - Bom, eu preparei um textinho aqui para não esquecer de nada. É com um grande orgulho que recebo e celebro o Prêmio Inezita Barroso, sinto-me honrada pela indicação e por poder falar a respeito da obra e do legado deixado por Inezita, que foi cantora, instrumentista, bibliotecária, atriz, professora e apresentadora de rádio e televisão brasileira. Agradeço à vereadora Fernanda Castelano e à deputada Ediane Maria, do PSOL, pela indicação e a todos que votaram em mim.

Em um cenário onde a música caipira é marcada pela forte presença masculina, ter uma mulher como Inezita é motivo de inspiração e reconhecimento, seu talento sua dedicação e sua paixão pela viola celebram uma arte feminina, viva e pulsante atravessando gerações e conquistando cada vez mais espaço.

Eu costumo dizer que a Inezita meteu o pé na porteira e dessa maneira abriu os caminhos para que a nova geração de mulheres violeiras pudesse ocupar mais palcos e enxergar a arte e a música como uma profissão. A indicação ao prêmio Inezita Barroso não é apenas um reconhecimento do meu trabalho, mas também um tributo a todas as mulheres que fazem da música um instrumento de resistência e identidade.

Que essa conquista abra ainda mais caminhos para todas as violeiras que com alma, com habilidade e com persistência mantenha viva a riqueza da cultura popular brasileira. Por fim, agradeço a Deus, à minha família e a todos os meus fãs que acreditam na minha arte.

Obrigada. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Aproveitar que aqui está conosco também, não posso deixar de citar o Leandro Alves, que é coordenador do Fórum Estadual de Educação. Muito obrigada pela presença, Leandro. (Palmas.)

 

O SR. PAULO BETTI - Orquestra de violeiros de Mauá. Convido à frente os membros da Orquestra de Violeiros de Mauá, indicada pelo deputado Rômulo Fernandes, mas quem vai entregar é o deputado Simão Pedro. A Orquestra de Violeiros de Mauá com 35 anos de caminhada, idealizada por João Aletto, conta hoje com 40 integrantes.

Tombada como bem imaterial pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de Mauá, em 2010, a Orquestra de Violeiros trilha sua caminhada resgatando a verdadeira música sertaneja de raiz, alcançando grande destaque dentro e fora de Mauá.

 

O SR. - Bom dia, muito obrigado. Primeiro, agradecer a Deus pela oportunidade, agradecer à Professora Bebel, agradecer a indicação do deputado Rômulo Fernandes. Como Paulo Betti falou, nós temos 35 anos de caminhada, nós somos... Em atividade... Nós somos a orquestra com maior tempo em atividade aqui no estado de São Paulo.

Já participamos do programa de Inezita Barroso duas vezes. E há 35 anos, o João Aletto, o sanfoneiro que participou do primeiro ensaio da Orquestra Violeiro de Mauá, teve a ideia de montar essa orquestra e essa foi a primeira música que nós ensaiamos. Por favor.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. - Obrigado. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PAULO BETTI - Convido à frente o indicado pela deputada Beth Sahão, o cantor Milionário. Romeu, conhecido como Milionário, natural de Minas Gerais e radicado em São Paulo, teve uma carreira marcada por grandes sucessos na música...

 

O SR. - Como diz o Tinoco: “Que beleza”.

 

O SR. PAULO BETTI - Romeu Milionário e José Rico formaram uma dupla famosa (Vozes fora dos microfones.), após se conhecerem em 1978, conquistaram sucesso nacional com o hit “Estrada da Vida”, em 1977, que ainda gerou um filme e uma turnê histórica pela China. Com diversos sucessos como “De longe também se ama” e “Amor dividido”.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A dupla seguiu carreira com lançamentos até 1991, quando se separaram.  Retornaram em 1994, continuaram a gravar ao longo dos anos e participaram de diversos projetos até 2010, quando José Rico faleceu. (Vozes fora dos microfones)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. MILIONÁRIO - Muito obrigado. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PAULO BETTI - Até perdi o texto aqui. Não sei o que eu tenho de falar mais, depois de ver o Milionário ao vivo, estou ferrado. Vamos ver.

Agora convido à frente, indicado pela deputada Márcia Lia, Luiz Palombo. O comunicador Luiz Palombo é natural de Araraquara, tem 74 anos, dos quais mais da metade dedicados à cultura sertaneja. Foi apresentador de TV, violeiro e produtor cultural, tendo organizado festivais e eventos de viola por toda a região.

Radialista há mais de 40 anos, foi na rádio que se consagrou por difundir a verdadeira moda de viola em todas as grandes emissoras em que trabalhou na cidade. Atualmente, Palombo apresenta o programa diário No Rancho do Capiau, em sua web rádio, Rádio Viola Bruta, e o Projeto Viola na Praça, que há nove anos reúne violeiros e artistas num encontro mensal em praça pública na cidade. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. LUIZ PALOMBO - Bom dia a todos, senhoras e senhores. É um prazer muito grande, uma honra estar aqui presente no meio de tanta gente famosa. Aliás, eu estou sem visão faz uns dois anos, eu sou radialista faz mais de 40 anos. E o Milionário está aqui? O Milionário e o José Rico iam no meu programa na Rádio Cultura de Araraquara direto. Milionário, você me deu uns bonés meio escavacados.

O Zé Rico deu um boné novinho para a minha mulher, mas você me deu um boné, Milionário, estava tudo raspado. Você não tem um novo pra me dar não, Milionário? Está uma vergonha, rapaz. O Paraense está aqui? Quando eu faço meus eventos na praça e Viola na Praça, sempre eu pego um primeiríssimo pra fazer uma modinha comigo. Eu só canto moda do Paraense.

O pessoal... Aí o pessoal: “como é que ficou o Palombo?” Eu falei: “você não é o Paraense? Mas ficou mais ou menos...” E, Milionário, que alegria, quero pelo menos tirar uma foto com você, hein, caboclo? Eu tenho shows que eu fiz com você na região de Araraquara, Santa Lúcia, você e o José Rico, quantos eventos fizemos juntos aí. 

Bom, deputada, muito obrigado. Sei que o tempo é curto, deputada Márcia Lia, obrigado pela sua indicação. Só tenho uma coisinha para falar para você, que apareçam mais mulheres como você. O Brasil precisa de vocês, gente. Mulheres guerreiras, mulheres raçudas, que não se entregam.

Parabéns, Márcia Lia! O Brasil precisa de vocês!

 

A SRA. PRESIDENTE - MÁRCIA LIA - PT - Obrigada, Luiz Palombo. Merecida homenagem que essa Assembleia Legislativa faz hoje para você. Que Deus te abençoe.

 

O SR. PAULO BETTI - Convido agora à frente Arnaldo Freitas, que é apontado entre os principais nomes da viola brasileira da atualidade. Foi violeiro oficial do programa Viola, Minha Viola por dez anos, venceu o Festival Nacional Voa Viola e entrou para o Guinness World Records com a maior orquestra de violas do mundo. Arnaldo Freitas. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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 O SR. ARNALDO FREITAS - É motivo de muito orgulho para mim poder receber esse prêmio, eu que estive no programa Viola, Minha Viola por dez anos acompanhando a dona Inezita Barroso, essa trajetória dessa mulher incrível, fantástica, realmente que deixou seu nome na história.

Quero agradecer muito a oportunidade que está sendo cedida para mim aqui, através da FMTV, da amiga Leila Moreira também. E dedicar esse prêmio especialmente à pessoa que mais acreditou na minha história, que é a minha mãe, dona Marina, que está aqui agora nesse momento, e a todos vocês. E, principalmente, como foi frisado aqui tantas vezes também, à deputada Bebel.

A todas essas mulheres que fazem história e sem dúvida nenhuma fazem a diferença no Brasil e agora também na cena da viola brasileira.  Eu vou tocar aqui uma música bem rapidinha então, a moda de viola que a Inezita Barroso muito gostava, a gente tocava muito em show com ela, que é a “Marvada Pinga”. Vou fazer um repique dessa moda para vocês aqui.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PAULO BETTI - Convido agora à frente Leila Moreira.  Leila Moreira é cantora de música caipira, professora de literatura e apresentadora do Brasil da Viola na FMTV. Teve a honra de participar quatro vezes do programa da Inezita Barroso. Leila é de origem circense, mas carrega no coração e na alma o sentimento caipira devido sua convivência no campo durante sua infância e adolescência no município de Oscar Bressane, em São Paulo.

Então, vamos entregar agora para a Leila.

 

A SRA. LEILA MOREIRA - Que emoção. Eu peço, por favor, que o Lebos Chaguri, dono da FM TV venha aqui entregar esse prêmio para mim. Por favor, Lebos Chaguri. Aplausos para ele, gente. (Pausa.) Tricampeão mundial de motonáutica, não é, Paulo?

 

O SR. PAULO BETTI - É, tricampeão mundial de motonáutica.

 

A SRA. LEILA MOREIRA - Ele é conhecido lá fora como o Ayrton Senna das águas.

 

O SR. PAULO BETTI - É, doido de pedra.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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Parabéns. (Palmas.) Parabéns, Leila Moreira. Bebel, foto com Bebel aqui, por favor. Também. Também. Depois eu passo meu Pix para você fazer o depósito. Parabéns. Faz uma palhinha.

 

A SRA. LEILA MOREIRA - Arnaldo Freitas, cadê você, meu bem? Meu filho preto querido. Olha, duas estrofes, eu estou vendo um berranteiro aí. Por favor, toca um berrante para a gente aí, rapidinho.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PAULO BETTI - Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa Bárbara do Oeste. Convido à frente os membros da Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa Bárbara do Oeste, que receberá seu prêmio pelo deputado Simão Pedro. A Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa Bárbara do Oeste formou-se em 2013, pelo maestro Eberson Ferraz, Binho.

O grupo tem como objetivo destacar o protagonismo feminino, preservar a rica tradição musical... A rica tradição musical da viola caipira e promover educação e formar ouvintes conscientes da importância em preservar a cultura regional. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. EBERSON FERRAZ - Um bom dia a todos, pessoal. Gostaria de dar uma saudação especial à Professora Bebel, presidente, aos deputados que estão aqui também, a todos os presentes.

Agradecer de forma especial ao deputado Simão Pedro, ao assessor dele, o Erasmo Santos, à Fernanda Feliciano também, que teve uma contribuição aqui, ao pessoal também da recepção, aqui a Renata, o Giba também da filmagem, (Inaudível.), à Secretaria de Cultura de Santa Bárbara do Oeste.

Semana passada, nós comemoramos o Dia Internacional da Mulher, e que honra a gente tem de receber um prêmio que recebe o nome de uma mulher que lutou pela cultura raiz de nosso país, em que esse ano também comemoramos o centenário de Inezita Barroso. Esteve em Santa Bárbara e a gente teve... Fizemos uma homenagem pra ela também, em vida.

Esse prêmio também só foi possível devido a uma apresentação da Orquestra Feminina de Viola Caipira de Santa Bárbara do Oeste, fez aqui em São Paulo, para comemorar o centenário também da violeira Helena Meirelles. E ainda hoje, mulheres procuram inspirar a sociedade e também com a cultura.

E eu vou apresentar algumas para vocês: a Beatriz de Oliveira Gomes. Cadê a Beatriz? A Heloísa Porto da Silva, a Kelita Miara, a Marcela, Marli, Marta, Roseli, Sandra, Sueli, Vera, Vicentina, Vilcilene Albani, Maria Vitória, Vinícius. Obrigado pessoal. (Palmas.)

Uma palinha? Vamos fazer aquela... A introdução que a gente faz todo show.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PAULO BETTI - Instituto Du Catira. Convido à frente os representantes do Instituto Du Catira. A história do folclore paulista passa obrigatoriamente pela família de Carlos Eduardo da Silva, fundador do Instituto Du Catira, como é conhecido, com uma vida dedicada à cultura de raiz e extensa obra realizada. Destacamos o prêmio de reconhecimento da IOV Unesco, Organização Internacional de Folclore e Artes Populares.

O Instituto Du Catira, organização cultural brasileira sem fins lucrativos, simboliza em sua essência o legado de nossa patronesse Inezita Barroso. Uma obra de orgulho para todo o segmento da nossa riquíssima cultura de raiz caipira. Vamos entregar o prêmio ao Instituto Du Catira. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. CARLOS EDUARDO DA SILVA - Parabenizar a todos aqui, a Casa, para mim é um orgulho estar aqui. Nós estivemos várias vezes no programa Viola Minha Viola com a nossa saudosa Inezita, com o Grupo de Folia de Reis, Grupo Du Catira. E lá em Itapevi, nós temos lá o Instituto Du Catira.

Quando nós recebemos esse prêmio da IOV, que é chancelada pela Unesco para resgatar tudo o que vem do homem do campo. Eu estou aqui, que não me contenho de estar ao lado desse grande ator, que para nós é referência. E nós vamos dar uma pequena palinha aqui de Catira.

Estamos aqui com o Arnaldo, que também faz parte da nossa família, porque a gente sabe que tem mais premiados. Parabéns, Dona Bebel, por fazer esse encontro, e também à Prefeitura de Itapevi, aqui tem o nosso amigo Flaudio, que está aqui também, e a minha família que está aqui.

E vamos dar uma pequena palinha. E parabéns a todos. O Instituto Du Catira está de portas abertas lá em Itapevi, para receber todos vocês lá, sempre dando valor às culturas e às tradições. Está aqui minha neta, meus dois filhos. E muito obrigado. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PAULO BETTI - Convido à frente agora José Dercídio dos Santos, o Praense, com mais de mil músicas de sua autoria. Gravou com os maiores artistas do sertanejo, como por exemplo, Milionário e José Rico, Chitãozinho e Xororó, César e Paulinho, Teodoro e Sampaio, entre outros. Sua dupla oficial foi Tião Carreiro... Peão Carreiro e Praense. Atualmente canta com sua esposa, Denna Monteiro, e juntos formam o Duo Praense e Denna Monteiro.

Parabéns.

 

O SR. JOSÉ DERCÍDIO DOS SANTOS - Bom dia, bom dia a todos. Boa tarde já, eu acho. Boa tarde a todos os amigos. Acho que aqui a maioria conhece o Praensinho, o velho Praense. Eu tenho um repertório mais ou menos vasto, gravado com muitos artistas, como você acabou de dizer. E a minha satisfação aqui até... Estou emocionado por ser convidado.

Quero agradecer a todos os criadores deste magnífico evento e, na pessoa da deputada Mabel, Bebel, desculpa. Caipira é caipira, né? E muito obrigado por nos dar o prazer, dar a honra de receber esse prêmio, que se falando de Inezita Barroso, eu recebi já muitos prêmios, muitas homenagens, graças a Deus, mas esse é um marcante da minha vida, com certeza.

Porque Inezita Barroso, falar da Inezita Barroso, é chover no molhado. A rainha da música sertaneja, eterna rainha da nossa música sertaneja, é o que eu tenho a dizer por enquanto.

E agradecer a minha filha que está presente, um monte de amigos, e o meu parceiro da música que eu fiz para a Inezita Barroso, chama “Êta Programa Que Eu Gosto”. A música é do Praense e do Reinaldo Bressane. Está ali presente, que recebeu na Câmara dos Vereadores. (Palmas.)

 

A SRA. - Dá uma palinha.

 

O SR. JOSÉ DERCÍDIO DOS SANTOS - Da música? É só um versinho.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. JOSÉ DERCÍDIO DOS SANTOS - Muito boa a música, está sendo gravada já, daqui mais um mês, está na praça com a dupla Thiago Viola e Carlos Lima, uma das melhores duplas de viola do Brasil. vai ser muito bom.

 

O SR. PAULO BETTI - Parabéns. Chamamos agora André Moraes e Jackson Ricarte, a dupla que apresenta o show “Tião a Gonzagão”. (Palmas.)

 Os violeiros André Moraes e Jackson Ricarte apresentam um trabalho inédito com o show “Do Tião a Gonzagão, do Pagode ao Baião”. André Moraes, de origem paulista, e Jackson Ricarte, de origem nordestina, com duetos de vozes e violas, interpretam canções consagradas do rei do Pagode de Viola, Tião Carreiro, e do rei do Baião, Luiz Gonzaga. Estreitando a cultura dos sertões brasileiros, um encontro que rompe fronteiras e mostra as vertentes e ritmos da nossa música popular brasileira. (Palmas.)

Jackson Ricarte, André Moraes.

Por favor, que recebam o prêmio. Parabéns.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. ANDRÉ MORAES - Bom dia a todos, é com muita alegria a gente recebe esse prêmio, Inezita. Agradecer ao meu parceiro Jackson, em parceria com esse projeto, a gente tem um projeto chamado “Do Tião a Gonzagão, do Pagode ao Baião”.

Somos da cidade de Embu-Guaçu e, aproveitando a Mesa Diretora, na presença da deputada Bebel, agradecer e também deixar um recado, até um apelo, para que a Cultura possa se manter viva.

Que tenhamos mais fomento, mais espaços, para que essa Cultura não morra. Então, a gente tem jovens aí querendo empunhar a viola, então, que a gente tenha espaços e fomentos no âmbito federal, estadual e municipal. Então, muito obrigado a todos, vou passar a palavra para o meu amigo Jackson.

 

O SR. JACKSON RICARTE - Bom, para a gente é uma grande alegria estar vindo receber esse prêmio. Eu, particularmente, tive o contato inicial com a Inezita, nas minhas primeiras pesquisas, foi a Inezita que me iniciou, então, estar recebendo hoje esse prêmio, juntamente aqui com o meu amigo André, é muito, muito relevante, muito importante.

E um marco do centenário da Inezita, estou completando também 20 anos de carreira, então está sendo um momento muito especial. Agradeço a todos, muito obrigado.

Viva a Inezita! (Palmas.)

 

O SR. PAULO BETTI - Convido agora a Bete Bissoli, compositora nascida em São Pedro/SP. É autora de cerca de 160 músicas, premiada em vários festivais, transita por vários estilos musicais e nunca negou suas raízes interioranas. Seu repertório é recheado de músicas de raiz e regionais, muitas gravadas em CDs.

O Viola, Minha Viola, TV Cultura, capitaneado por Inezita Barroso, sempre deu o maior destaque às músicas de Bete, interpretadas por Moacir e Sandra, ainda hoje, nas reprises dos melhores momentos do programa, músicas da autora continuam presentes. (Palmas.) Bete Bissoli.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. BETE BISSOLI - Meu agradecimento, agradecimento aos parlamentares presentes, ao José Roberto, que me indicou, que está aqui presente, aos artistas que foram premiados com esse prêmio Inezita Barroso maravilhoso, pessoas presentes, rádios, TV, imprensa, Evaldo Vicente (Palmas.), aqui da tribuna Piracicabana, que sempre me deu apoio, à minha família que está me assistindo, Moacir e Sandra, que divulgam demais, cantam, já foram mil vezes na Inezita.

E, aliás, um detalhe: a Sandra, eles estão aqui, o Moacir vai acompanhar, eu vou dar uma palinha, mas quem vai cantar são eles mesmos, a Sandra está com uma saia, hoje, que pertenceu à Inezita, queridíssima, maravilhosa Inezita Barroso. (Palmas.) A saia da Sandra, ó, merece um mundo de fotos.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PAULO BETTI - Convido agora a Fabrício Ramos, que receberá seu prêmio pelo deputado Teonilio Barba. Fabrício Ramos é um cantor e compositor brasileiro que trabalha em prol da cultura nacional de raiz. Além de músico, Fabrício é historiador e pesquisador cultural. Com 20 anos de carreira, o artista mantém uma produção frequente nos estúdios e nos palcos dos diversos festivais do país. Parabéns.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. FABRÍCIO RAMOS - Bom dia, boa tarde na verdade, boa tarde a todos e todas. Eu quero agradecer em primeiro lugar à minha mãe, que está ali atrás, dona Francisca Ramos. (Palmas.) Muito obrigado. Que além de mãe é produtora também, viu, gente? Vive há 20 anos aí comigo de produção e fazendo um monte de coisa para a gente tentar espalhar a nossa música de raiz pelo País.

Quero agradecer ao deputado Teonilio Barba pela indicação, de coração mesmo. Ele também sabe do esforço que a gente faz. A Iara Bento. Que feliz estar recebendo da sua mão, viu, Iara? Muito obrigado. A deputada Bebel. Beth, é um prazer conhecê-la também, viu?

E agradecer a todos e todas que fazem também a música de raiz, agradecer às instituições. Deixar o meu abraço ao pessoal do SOS Racismo. Como historiador, essa celebração de hoje, Professora Bebel, é uma das coisas mais importantes, que não pode, e ninguém pode deixar que se acabe, ou que se encerre, ou que seja interrompida. Isso tem que se perpetuar por mais e mais gerações.

Agradeço à Bia, que está ali, que sabe da correria nossa, ao meu tio Edson, que está ali, Grace, que está aqui, Paulo Dias, nosso amigo, Vicentinho e tantas pessoas que entendem da nossa luta pela música popular de raiz. Bem rapidinho eu queria deixar alguns versos meus gravados em 2004, no primeiro disco. E um eu tenho certeza de que aqui é o momento para a gente ouvir.

“Corriam os anos trinta/ E o sertão preocupado/ Era um tempo marcado/ Pelo sangue e o fuzil/ Fome de quem resistiu/ Olhando para o futuro/ Na cacimba só o furo/ No meio daquele sol quente/ Peço aos camaleões que escutem/ essa gente/

A prosa está comprida/ O tempo que temos é curto/ Ouvindo os absurdos/ E não ter como falar/ Mas tem que se rebelar/ Para conseguir espaço/ Fazer que nem fez Inácio/ E também ser persistente/ Peço aos camaleões que escutem/ essa gente.”

E muito obrigado pela atenção de vocês. (Palmas.)

 

O SR. PAULO BETTI - Queremos agradecer a presença do deputado Marcos Martins, que foi quem criou esse Prêmio Inezita Barroso. Parabéns ao deputado, sempre deputado, sempre deputado Marcos Martins. (Palmas.) Parabéns, grande ideia.

Convido à frente Yuri Garfunkel. Yuri Garfunkel é artista visual e violeiro, autor do livro “A Viola Encarnada - Modas de Viola em Quadrinhos”; é o principal ilustrador de capas de álbuns e livros para a cena atual da viola. Parabéns. Parabéns. (Palmas.) Parabéns. Parabéns.

 

O SR. YURI GARFUNKEL - Gente, uma boa tarde. Obrigado. É uma honra estar aqui no meio de grandes artistas. Eu só queria lembrar que Inezita foi uma paulistana de alma caipira, então ela inspira muito a nós, que nascemos aqui na cidade também.

Faz-nos lembrar que aqui, São Paulo, já foi floresta, já foi pouso de boiada e hoje ainda é um pouso para os caipiras, certo? Queria lembrar também que Inezita foi sempre uma grande defensora da nossa cultura popular do Brasil inteiro, também foi uma inovadora na cultura, porque em tudo que gravou ela botou a digital dela.

Então me inspira muito a gente continuar fazendo a cultura caipira em termos e em linguagens contemporâneos.

Obrigado, gente. Boa tarde.

 

O SR. PAULO BETTI - Parabéns. Parabéns, Garfunkel.

 

O SR. YURI GARFUNKEL - Obrigado, Paulo.

 

O SR. PAULO BETTI - Parabéns, viu. Parabéns. Lindo trabalho. Parabéns. Convido à frente agora Danilo de Barros Nunes, que vai receber o seu troféu pelo deputado Teonilio Barba.

Nascido na cidade de Santos, o cantor, ator e pesquisador Danilo de Barros Nunes é figura destacada na gestão e promoção do patrimônio cultural e histórico paulista. Tem carreira sólida desde 1991 em shows, espetáculos, produção e curadoria de eventos em instituições culturais e projetos de preservação e valorização das tradições culturais brasileiras de raiz das comunidades caiçaras do litoral de São Paulo. Parabéns. Parabéns. (Palmas.)

 

O SR. DANILO DE BARROS NUNES - Gente, estou aqui, e eu venho de Santos, eu venho do povo caiçara, um povo que está na origem das nossas culturas tradicionais, que faz a música de raiz, que faz a música, faz o fandango caiçara.  Lutamos contra a desapropriação de terras desses caiçaras e hoje me encontro como superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no estado de São Paulo.

Eu queria dizer que estando à frente dessa instituição hoje, conhecendo as lutas e as tradições das minhas comunidades, eu estou para proteger e defender o patrimônio cultural brasileiro, assim como é o caso do Rio Piracicaba, do Complexo Beira Rio, que a gente está de olho. Vamos proteger, que lá é onde tem diversas materialidades, diversas imaterialidades.

Eu quero agradecer a todos os artistas que vieram aqui hoje, Pascoal da Conceição, João Suplicy, Tom Sapiranga, todos os artistas que fizeram vídeos convidando as pessoas para estar aqui, o subprefeito de Paranapiacaba, Fabio Picarelli, o ex-prefeito da cidade de Cruzeiro, que está aqui, o Thales, com o prefeito e o secretário de Cultura.

Agradecer principalmente ao deputado Teonilio Barba, meu amigo, meu parceiro e meu camarada, aqui na pessoa do Silva. Obrigado por essa indicação, e agradecer a todos os deputados. Também saudar aqui o grande ator Paulo Betti e dizer que estamos em processo com a capela do nhô João de Camargo e isso vai dar certo. E vamos que vamos, Sorocaba.

 

O SR. PAULO BETTI - Muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado. (Palmas.)

Agora vamos ouvir Marcos Martins e, depois, o encerramento com a deputada Bebel.

Parabéns.

 

O SR. MARCOS MARTINS - Eu gostaria de cumprimentar a todos pela presença e pela participação. Cumprimento, em nome da deputada Bebel, todos os parlamentares, todos os funcionários da Casa, por mais esta realização. Eu estive lá na Câmara Municipal de São Paulo, que também tem Inezita Barroso. Fui lá homenagear ou participar dessa atitude tão importante, como esta aqui.

Então, quero cumprimentar a todos, que mantenham esse local, que mantenham essa luta, fazendo com que seja reconhecido o direito dos caipiras, dos artistas e da cultura brasileira.

Parabéns a todos por estarem presentes e participando.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PAULO BETTI - Parabéns.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Muito obrigada.

 

O SR. PAULO BETTI - Parabéns. Então a deputada Bebel agora vai fazer o encerramento formal dessa solenidade. Muito obrigado pela presença de todos e boa sorte. Vamos para a frente. Ainda estamos aqui.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Bem, pessoal, já boa tarde, porque passou do meio-dia, não é, Marquinhos? Foi uma grande satisfação, para mim, estar aqui ao lado do Paulo Betti, esse grande ator que mora no nosso coração e que é de uma capacidade incrível de chegar ao povo.

É muito difícil, viu, Paulo, a gente chegar em muitos artistas, mas você não. Todas as vezes em que a gente precisou de você... (Fala fora do microfone.) Sempre a gente pôde contar. Um vídeo de apoio, uma palavra de agradecimento, o Paulo Betti está sempre com a gente.

Talvez eu tenha... Vou deixar já para a minha assessoria para a gente colocar um cordão no pescoço do Paulo Betti, porque ele merece, honra ao mérito aqui por tudo o que ele fez pela cultura, pelo cinema.

Agradecer a cada um e a cada uma de vocês que foram homenageados e homenageadas. Dizer que deram um show aqui, que a gente exalou a cultura. A gente não foi formal, eu não queria formalidade.

Eu queria que vocês cantassem, e não só pegassem um prêmio friamente. Com isso, eu tenho que ser formal também no fechamento desta grande cerimônia, que vai marcar no meu coração.

Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço a todos os envolvidos na realização desta solenidade, assim como agradeço a presença de todos. Convido-os para o coquetel servido no Salão dos Espelhos, que é aqui atrás, descendo, para quem está aqui. Para vocês que estão em cima, é só descer no “M” e está no Salão dos Espelhos, ok?

Um beijo, gente.

Obrigada.

Para cima.

Acreditar!

Vou repetir o que o Paulo disse: ainda estamos aqui.

Beijo.

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 40 minutos.

 

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