9 DE OUTUBRO DE 2023

117ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: MAJOR MECCA e CARLOS GIANNAZI

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência. Apela às autoridades competentes para o envio do PLC referente à APD (Atividade Pedagógica Diversificada).

        

6 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - RAFAEL SARAIVA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

        

9 - SOLANGE FREITAS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Solidariza-se com o povo de Israel e tece comentários acerca de terrorismo ao redor do mundo.

        

13 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

14 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Cumprimenta o deputado Contes Lopes, assim como os policiais pelo seu trabalho.

        

GRANDE EXPEDIENTE

15 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

16 - CONTE LOPES

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

17 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Cumprimenta o deputado Conte Lopes pelo seu pronunciamento.

        

18 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

19 - GIL DINIZ

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

20 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defere o pedido. Faz aditamento à Ordem do Dia. Tece comentários acerca da dignidade da polícia e do povo. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 10/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

        

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Major Mecca.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Boa tarde a todos. Hoje, segunda-feira, dia nove de outubro. Abertura da sessão ordinária. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Iniciando a relação dos oradores inscritos no Pequeno Expediente de hoje, chamamos o primeiro deputado, deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Mecca, deputado Suplicy, telespectador da TV Assembleia. Sr. Presidente, venho à tribuna no dia de hoje para exigir que a Secretaria da Educação publique imediatamente o concurso de remoção dos profissionais da Educação.

Nós já estamos no mês de outubro praticamente, Sr. Presidente, e, até agora, não houve abertura do concurso de remoção para os profissionais de Educação, da Secretaria da Educação. Refiro-me aos agentes de organização escolar, a todos os servidos do QAE, do QSE, ao Magistério estadual e, também, aos gestores, aos diretores e aos supervisores de ensino, Sr. Presidente.

A remoção é um direito dos servidores. Historicamente, sempre houve a remoção anual dos servidores. No entanto, nós já estamos indo para o encerramento do ano e nada aconteceu, a Secretaria continua inerte, não publicou o concurso de remoção.

Isso vem prejudicando imensamente milhares e milhares de servidores públicos da Educação em todo o nosso estado, que precisam fazer a remoção para estarem mais próximos das suas casas, das suas residências e das suas cidades.

Nós temos pessoas ainda trabalhando em regiões distantes, porque quando elas foram aprovadas em concurso público e assumiram as suas aulas, as suas escolas, as suas diretorias de ensino, elas...

Naquele momento, só existia vaga em determinada região, então ela foi obrigada a estar naquela região, mas ela precisa da remoção, que é um dispositivo importante, eu acho que extremamente democrático, no sentido de aproximar; é um instrumento importante, que o servidor tem, de fazer aproximação do trabalho e a sua residência. Isso é bom não só para ele, mas para todos nós: é bom para a escola, bom para o trânsito, diminui o trânsito, ele fica mais perto da sua casa, muitos servidores podem ir até a pé. Ou pelo menos na mesma cidade, Sr. Presidente.

Então, eu não sei por que não foi aberto ainda esse concurso de remoção, que, eu repito, é um direito, é uma conquista histórica dos profissionais da Educação aqui no estado de São Paulo.

Então, fica aqui a nossa exigência, o nosso apelo para que a secretaria, em caráter de extrema urgência, faça a publicação do concurso de remoção para todos os profissionais da Educação, para todos os segmentos, Sr. Presidente. Nenhum segmento deve ficar de fora.

Também quero, Sr. Presidente, aqui da tribuna, fazer uma gravíssima denúncia, que eu já tenho feito exaustivamente, mas volto à tribuna para denunciar a farsa da autoritária avaliação 360 - das escolas do Programa de Ensino Integral, a famosa escola PEI -, que é um instrumento de perseguição, de assédio, de constrangimento e de demissão, Sr. Presidente, de profissionais da Educação.

Esse instrumento tem sido utilizado de uma forma perversa e prejudicado não só professores, mas inclusive gestores também, que são vítimas desse modelo de avaliação.

Aliás, nós defendemos uma reformulação do programa PEI, porque é um programa extremamente autoritário e excludente. Lembrando que nós não somos contra a escola de tempo integral; nós defendemos, logicamente.

Mas o modelo implantado no estado de São Paulo pelo PSDB tem outros objetivos, que não são oferecer de fato nem a educação de tempo integral e nem a educação integral, na verdade. É uma verdadeira distorção.

Então, nós temos que mudar a forma de contratação, porque os professores ficam reféns dessa avaliação 360, até mesmo as diretoras e diretores, Sr. Presidente. Isso tem que acabar imediatamente, porque, repito, esse modelo de avaliação 360 das escolas do Programa de Ensino Integral, hoje, está representando um verdadeiro assédio, um verdadeiro processo de perseguição aos professores, que não têm lotação nessas respectivas escolas.

Então, ele fica muito vulnerável, sobretudo os professores categoria “O”, que são privados de direitos básicos e essenciais, trabalhistas e previdenciários - olha só a situação do INSS.

O dinheiro descontado nos holerites dos professores categoria “O”, que deveriam ser encaminhados, transferidos ao INSS - esse dinheiro não chegou lá, Sr. Presidente. Nós já denunciamos, acionamos a Receita Federal, o Ministério Público Estadual.

Mas é isso: o que nós queremos, Sr. Presidente, é o fim desse modelo de avaliação 360, um modelo autoritário que tem como meta, na verdade, muito mais perseguir e implantar um terrorismo psicológico nas nossas escolas, sobretudo para os profissionais da Educação.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando sequência aos oradores inscritos, deputado Reis. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.

 

O SR. REIS - PT - Quero cumprimentar o presidente, deputado Major Mecca, os deputados Carlos Giannazi, Suplicy, Rafael Saraiva, cumprimentar o público presente, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Penal. Também todos os funcionários desta Casa e todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp.

Presidente Mecca, publicou-se hoje um projeto de lei de minha autoria que institui o Dia do Veto.

O Dia do Veto é para que os Srs. Parlamentares, os Srs. Deputados, as Sras. Deputadas possam fazer a reflexão de toda a sua produção legislativa, do trabalho, das dificuldades que tem para se aprovar um projeto aqui.

Como é o caso do deputado Rafael Saraiva, que fez várias incursões ao Palácio dos Bandeirantes, dialogando com os secretários, com o governo, com o próprio governador para ter sanção ao seu projeto e teve veto. E o governo manda uma matéria semelhante para ter o bônus, não assumir e não dar o resultado ao parlamentar, o resultado positivo da propositura do deputado Rafael Saraiva.

Assim é com vários projetos nesta Casa. Eu estou levantando os vetos e eu vejo que o veto, a forma de veto é um “Ctrl+C e Ctrl+V”, um copia e cola, né? Eu vou trazer aqui, Sr. Presidente, muito em breve, todos os projetos que foram apresentados neste ano e que foram vetados. Por isso, esse projeto que se publicou hoje, que é o PL nº 1476, que institui o Dia do Veto é para que haja reflexão e para que se busque nesta Casa, junto com o governo, formas para que as proposituras dos Srs. Parlamentares possam ter sanção e não só veto, veto, nós não podemos ter um “vetador geral do estado”.

Eu quero repercutir também, Sr. Presidente, que fui incitado por funcionários, por policiais civis, sobre a lei que foi aprovada nesta Casa, a Lei nº 17.293, de 2020, e o artigo, tem o Art. 58 e o Art. 59, que tratam da possibilidade da autorização para o estado contratar policiais que se aposentaram para prestar serviços administrativos nas repartições policiais. Isso foi um pedido que eu fiz a Procuradoria Geral do Estado, a PGE, e ao secretário Derrite e ele me mandou o parecer...

O parecer disse que é inconstitucional a contratação, o reingresso de funcionários públicos que se aposentam por conta do regime próprio, Art. 40 e o parágrafo 10 do Art. 37 da Constituição Federal, que não permitem o reingresso. Ou seja, não seria possível, no caso, que o servidor, depois de aposentado pelo regime próprio de previdência, pelo regime do servidor público, reingressasse na condição de aposentado, para trabalhar novamente nas repartições policiais.

Então, essa lei foi aprovada aqui na gestão do João Agripino Doria. Lá no Art. 59 diz: “O integrante da Polícia Civil aposentado voluntariamente poderá ser designado para exercer especificamente funções administrativas, técnicas ou especializadas nas organizações policiais civis, enquanto não atingir a idade limite de aposentadoria compulsória”.

O texto foi muito bem feito, foi muito bem elaborado nesta Casa, e ele quis dar uma resposta para aquele policial que se aposenta, de que o estado poderia recontratá-lo.

Isso também é objeto de vários projetos que tramitam nesta Casa, inclusive com referência à segurança escolar. Que os policiais aposentados pudessem ser contratados para fazer segurança nas escolas.

Então, por conta desse dispositivo e desse parecer da Procuradoria Geral do Estado, que demonstra bem isso, não é possível, não é possível. Eu estou dando a resposta para as pessoas que questionaram se existia a lei.

Realmente existia a lei, mas a PGE disse que esse artigo, que trata de contratação de servidores, de reingresso de servidores - sejam eles servidores civis ou militares - não teria base por conta de dispositivo constitucional, dispositivo estabelecido na Constituição Federal.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando sequência aos oradores inscritos, deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - (Fala fora do microfone.) ...presépio que Yassef Arafat me deu quando visitei Israel e a Palestina por três dias.

Na ocasião, fui levar uma carta do presidente Luís Inácio Lula da Silva tanto ao primeiro ministro de Israel, quanto a Yassef Arafat, líder da Palestina. Caro Giannazi, foi um momento muito especial. Estavam antes ambos os países, como agora, em momento de tensão.

Mas eu acho perfeitamente possível que nós, homens e mulheres, seres humanos, por mais terrível que tenha sido essa operação de guerra, a vida desde sábado para domingo ali na Faixa de Gaza, na Palestina, e também em Israel, em virtude, óbvio, de reações de ambos os lados...

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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Mas parece que já há mais de 1.300 ou 1.700 mortes. Mortes de crianças, de pessoas totalmente inocentes de qualquer ação ao longo de suas vidas que pudessem agora ser objeto de violência como a que está acontecendo.

E eu quero aqui... trago este presépio de Arafat com a imagem do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, junto à Nossa Senhora e São José, para que possamos todos pensar: “Sim, a paz é possível”.

Possível, inclusive como tem a cada dia insistido o querido Papa Francisco. E ele também tem dito aos chefes de Estado sobre colocar em prática aqueles instrumentos de política econômica e social, para que venham a elevar o grau de justiça e para que então possa haver a paz dentro de cada país e entre os países.

Portanto, eu que sempre me dei muito bem tanto com o povo israelita, as pessoas da hebraica, mas também com meus amigos de origem árabe, de origem palestina, libanesa... (Inaudível.)

Aqui em São Paulo, em especial, nós temos tantos exemplos da boa convivência, entre árabes e judeus, ali no Hospital Albert Einstein.

São médicos, tanto de origem israelense quanto árabe, palestina. Ou ali no Hospital Sírio-Libanês, em que também médicos, por vezes de origem hebraica, ali cooperam, inclusive para suas pesquisas e avanços médicos, avanço da Saúde.

Então, hoje eu quero fazer esse apelo pela paz, a todos os israelenses, a todos os palestinos. Vamos construir um mundo em que possamos ter efetiva paz.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputado Suplicy. Com a palavra, deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.)

Entrando agora na lista complementar, com a palavra, o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Major Mecca, que fará uso regimental da tribuna.

Enquanto V. Exa. se dirige à tribuna, eu gostaria de fazer um novo apelo, ao secretário da Educação e ao governador, para que haja o encaminhamento, em caráter de extrema urgência, do PLC, projeto de lei complementar, que trata da questão das APDs, da falta-aula, e também da questão da atribuição de aulas do ano que vem.

O governo se comprometeu, já há muito tempo, em apresentar o PLC. E até agora o projeto não chegou à Assembleia Legislativa. Nós temos que flexibilizar a realização das APDs, atividades pedagógicas diversificadas.

Hoje é dia 9 de outubro, às 14 horas e 22 minutos. E até agora, até hoje, o projeto não foi ainda protocolado aqui na Assembleia Legislativa.

Com a palavra, o deputado Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente, deputado Carlos Giannazi. Uma boa tarde a todos que nos acompanham pela TV Alesp. A meus irmãos, policiais militares, civis, que se encontram aqui neste plenário, zelando pelo tranquilo trabalho que desenvolvemos nesta Casa, em prol do nosso povo.

Nós acompanhamos, ao longo do final de semana, desde o último sábado, dia 7 de outubro, as ofensivas e o terrorismo imposto por um grupo de terroristas à nação de Israel. Eu chamo a atenção, de todos os deputados e das deputadas desta Casa, que não vivemos situação diferente no Brasil, em relação ao terrorismo criminal, ao avanço e ao crescimento das facções criminosas no Brasil.

Uma das principais facções nasceu e evoluiu aqui no estado de São Paulo, por omissão do Governo do Estado. Nós testemunhamos, a semana passada, três médicos, que serviam o povo paulista, aqui no Hospital das Clínicas, e foram executados por criminosos integrantes de uma facção criminosa do Rio de Janeiro.

Ou seja, diariamente, o nosso povo é exterminado nas mãos de criminosos. Resultado de ausência de políticas públicas de Segurança, políticas eficientes. Digo isso porque é lastimável nós acompanharmos e ouvir o ministro da Justiça e Segurança Pública, o senhor Flávio Dino, atribuir a política aos decretos que permitiram o armamento de pessoas honestas no País. Querer atribuir aos CACs a responsabilidade do terrorismo criminal no Brasil.

Essa fala demonstra a ausência de envergadura técnica, para que esse senhor ocupe o importante posto de ministro da Justiça e Segurança Pública.

Desconhece os reais motivos pelo qual o crime organizado tanto evoluiu e cresceu nesse País: traficando drogas, traficando armamento, pessoas e órgãos. Não conhece a ação de facção criminosa importante no norte do País, onde utiliza vias como Rio Negro, Rio Japurá, Rio Içá, que permitem que drogas e armamentos sejam trazidos da Colômbia, da Venezuela e de outros pontos para abastecer os criminosos aqui no nosso País. As fronteiras secas que não são fiscalizadas pelas forças de segurança federal e permitem que a cocaína esteja nas ruas sendo oferecida aos nossos jovens.

Ora, ministro Flávio Dino, que o senhor procure com a sua equipe conhecer os reais motivos da evolução do crime organizado no Brasil e o sofrimento que atravessa a nossa população.

Para que o senhor possa talvez, quem sabe, com a sua equipe, buscar estrutura de inteligência policial para que todas as polícias do estado e forças de segurança, inclusive municipais, possam participar de medidas que tragam o mínimo de paz ao nosso povo tão sofrido na criminalidade.

Digo isso porque as políticas trazidas pelos partidos de esquerda, PT, PSOL, sempre foram no sentido de descontruir as forças de Segurança Pública e deixar o nosso povo subjugado pelo crime.

Quando nós demonstramos estranheza de o senhor entrar sozinho numa área dominada pelo crime, é porque nós, policiais, sabemos que não há condições de um cidadão comum, de um trabalhador, um cidadão de bem entrar numa área dessa se não for com autorização do crime organizado, porque quando o faz, morre.

Nós estranhamos sim a facilidade com que os partidos de esquerda transitam em áreas de alto risco controladas pelo crime organizado. Pauta que deve ser discutida nesta Casa, principalmente no Congresso Nacional, pelos deputados federais e pelos senadores, onde legislações penais, processuais penais não são discutidas para que penas mais rígidas, para que as leis de execuções penais acabem com benefícios dentro de cadeias e alimentem essa cadeia do crime organizado que está acabando com a paz no nosso País e com a ordem social.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Ainda na Lista Suplementar, com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rafael Saraiva, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Na data de hoje, foi publicado no Diário Oficial o veto total do projeto de minha autoria, o Projeto nº 523, de 2023, e encaminhado pelo Sr. Governador o projeto de autoria do executivo, o Projeto nº 1477, de 2023.

Com muita tristeza, eu lamento o veto do governador, mas preciso prestar esse esclarecimento a todo o meu eleitorado, a todo meu público. Primeiro, eu quero que solte, por favor, a mídia. É uma denúncia que eu recebi, acabei de receber.

Eu não ia prestar nenhum esclarecimento, eu ia primeiro conversar com o governador, mas, dentre as quase mil denúncias que eu recebo diariamente, eu acabei de receber essa, enquanto estava passando pelo plenário. Por favor.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Isso é um comércio irregular de animais, que acontece a céu aberto em uma das maiores avenidas da zona leste da Capital. Esses animais chegam ali oriundos de criadores clandestinos. O meu projeto de lei não foi escrito dentro de uma sala com ar condicionado. Ele foi escrito com a experiência de um ativista da causa animal, que eu sou antes de me tornar deputado estadual eleito com quase 100 mil votos.

E isso foi o que eu levei para o governador Tarcísio de Freitas, e com essa experiência eu consegui tocar a sensibilidade do governador, e com a sensibilidade do governador, a matéria da causa animal. Após o veto, ele trouxe um projeto de suma importância a esta Casa Legislativa, que vai abarcar as condições de saúde e bem-estar dos animais.

Entretanto, o projeto do governador não cuida de todas as searas necessárias de saúde e bem-estar dos animais, ao qual o primeiro texto ainda se fazia (Inaudível.). Então, nobre presidente, um comércio de rua eu vou cuidar, eu vou atrás desses comerciantes clandestinos, esses criadores clandestinos.

Esse projeto, estando aqui no congresso de comissões, eu vou fazer uma emenda para proibir o comércio nas feiras de rua, a venda de animais sob sol, sob chuva. Eu vou criar, vou fazer questão de ter uma emenda para complementar o projeto de autoria do nobre governador.

Não estou feliz com o veto, tenho que falar isso para o meu eleitorado. O projeto de autoria do nobre governador que veio para esta Casa tem sim participação deste deputado que vos fala. Eu fui consultado pelo governador no final de semana. Ele conversou comigo.

Informou, sim, que o veto aconteceria. Informou que seria encaminhado um novo projeto para esta Casa. Mostrou-se um governador sensível à causa animal. Entretanto, nós temos que ter consciência de que para a causa animal ainda falta muito.

Ainda falta muito, e eu estou falando aqui com todo o coração. Porque é um novo capítulo. É um novo capítulo para a causa animal. Nós temos que ter consciência, de que, a partir de agora...

E eu clamo para todos os ativistas da causa animal, deputados, influenciadores, que muitos estão falando por aí insatisfeitos com o governador. Então, eu quero que vocês agora parem e reflitam, e parem de transformar isso em uma briga política.

Eu quero que vocês coloquem agora a mão na consciência e vejam que é uma oportunidade de escrever uma nova história para a causa animal. Talvez esse novo capítulo não tenha começado com uma primeira página do jeito que a gente gostaria. Talvez essa primeira folha, essa primeira lauda não tenha sido da forma que a gente gostaria, mas era preciso começar a escrever uma história.

Mas eu tenho certeza, eu tenho certeza de que, quem sabe, o final dessa história pode ser do jeito que a proteção animal merece, que é: os animais sendo reconhecidos como vidas, e não como objetos.

O pontapé foi dado. O estado de São Paulo integra agora um rol muito especial. Hoje, nobre presidente, para encerrar, integra como o sexto estado a reconhecer os animais como seres sencientes. Então, isso é uma conquista para os animais. Significa muito reconhecer que os animais são passíveis de sentimentos. É um primeiro degrau.

A proibição de vendas de animais em petshops não aconteceu, mas o que causa os maus-tratos não é a venda de animais em petshops, é a venda de animais em vitrines, em aquários, e isso está regulamentado no texto.

Então, com a aprovação de vocês, meus colegas deputados, em breve, no estado de São Paulo, não mais poderão ser vendidos animais em vitrines e em aquários.

Muito obrigado, presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando sequência à lista suplementar de oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamo a deputada Solange Freitas. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais para uso da palavra.

 

A SRA. SOLANGE FREITAS - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Como todos sabem, eu moro em São Vicente, na Baixada Santista, e, para vir para São Paulo, tenho que utilizar o Sistema Anchieta-Imigrantes. Todos os dias, a gente sobe e desce a serra, assim como muitos outros trabalhadores, moradores da Baixada, que trabalham aqui em São Paulo e vice-versa.

A gente sabe que sempre tem acidentes e a gente tem feito várias reuniões com a Ecovias pedindo melhorias para evitar os acidentes, mas eles acabam acontecendo.  Continuam acontecendo.

Hoje, eu estava subindo a serra por volta das 11 horas da manhã e vi que, na descida, tinha comboio no Sistema Anchieta-Imigrantes. É uma medida de segurança da Ecovias quando tem muita neblina. O comboio na descida era tanto na Imigrantes quanto na Anchieta.

Estava subindo, inclusive, para a posse do Marco Bertaiolli no Tribunal de Contas do Estado. Dou parabéns para ele, que ele tenha muito sucesso e muita sabedoria nesse cargo que ele começa a desempenhar a partir de hoje.

Mas estávamos subindo e ficamos admirados: “Nossa, outro comboio”. É a questão do problema da descida da serra, que tem muita neblina. E agora há pouco estava vindo para a Alesp e fiquei sabendo que teve outro acidente grave na descida da serra, muito parecido com os outros acidentes.

Foi na Via Anchieta, na descida, na esquerda, envolvendo caminhões. Foram quatro caminhões e uma van, dessa vez, e as pessoas envolvidas na van é que sofreram: foram duas mortes, seis feridos e uma pessoa em estado grave.

Então, mais uma vez, a gente pensa: outro acidente na Anchieta, na descida da serra, envolvendo caminhões de forma irregular, porque estavam na esquerda. Mas aí chama mais atenção, porque esse acidente aconteceu no meio do comboio, ou seja, quando a descida é feita com um carro atrás do outro, lentamente, para evitar acidentes. E aí tem um acidente gravíssimo como esse.

E aí me preocupa ainda mais, preocupa todo mundo que usa o Sistema Anchieta-Imigrantes, e também os turistas que vão vir para a Baixada Santista, porque temos feriado agora no dia 12 e vai ter uma movimentação gigante no Sistema Anchieta-Imigrantes. No mês que vem, teremos três feriados: dia 2, dia 15 e dia 20, e o Sistema Anchieta-Imigrantes também vai ter uma movimentação gigante.

E o que está sendo feito para evitar acidentes? A Anchieta, na descida da serra, tem provocado inúmeras mortes, e o que a gente tem feito para evitar? E a fiscalização? Que tipo de providências estão sendo tomadas para, nos próximos feriados, não termos outros acidentes graves?

E estou falando em feriado, quando o movimento aumenta, só que hoje não era feriado e realmente teve um acidente muito grave, e infelizmente, algumas famílias chorando, mais uma vez, pela imprudência. Porque os caminhões, apesar do comboio, eles estavam na esquerda.

Por que eles estavam na esquerda no comboio também? Pode no comboio? Não pode? O que aconteceu para ter essa tragédia? A van, no meio dos caminhões, eram três carretas e um caminhão, acabou sendo a mais prejudicada, com duas pessoas mortas, uma em estado grave e outros seis feridos.

Então, eu peço ao Sr. Governador que tome providências, que as autoridades responsáveis pelo sistema Anchieta-Imigrantes, que a Ecovias tome providências para que a gente não seja uma próxima vítima, para que nós não sejamos as próximas vítimas nesse sistema Anchieta-Imigrantes.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando sequência à Lista Suplementar dos oradores inscritos, deputado Carlos Giannazi, tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da palavra.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Mecca, deputado Gil Diniz, deputada Solange Freitas; de volta à tribuna no dia de hoje, Sr. Presidente, eu quero dizer que houve hoje uma importante assembleia dos profissionais da Saúde do Hospital Darcy Vargas, um hospital importante. Um hospital infantil que é referência no tratamento de crianças com câncer e outras especialidades.

É uma referência importante para o estado de São Paulo e para o Brasil, esse hospital que, inclusive, em 2019, nós acompanhamos a tentativa do ex-governador Doria em desativar esse prédio do hospital, que fica no Morumbi.

Onde ele entregaria, estaria vendendo o terreno do Hospital Darcy Vargas para um grande empreendimento imobiliário, talvez um grande condomínio de luxo, em troca de um terreno qualquer em outra região distante, que iria dificultar o acesso da população usuária desse hospital que pertence à Secretaria Estadual da Educação e é do SUS.

Sr. Presidente, a questão hoje, nós derrotamos essa proposta na época, com mobilização, com denúncias aqui pela Assembleia Legislativa, com audiência pública, o governador foi obrigado a recuar, porque seria um verdadeiro escândalo a atitude dele de vender o terreno do prédio do Hospital Darcy Vargas. Mas a questão colocada, Sr. Presidente, na Assembleia e pelos servidores e servidoras profissionais da Saúde, desse importante hospital, é a questão da falta de médicos.

Há muitos anos que não há concurso para contratação de médicos, sobretudo para o pronto-socorro desse hospital. Então, faltam funcionários, faltam médicos, o governo não está investindo os recursos adequados para que haja a contratação de servidores profissionais da educação na área da Saúde, sobretudo nessa área também de médicos do pronto-socorro. E isso dificulta bastante o trabalho dos profissionais que lá estão.

Mas, além disso, Sr. Presidente, tenho outras denúncias gravíssimas: a falta de pagamento do Piso Nacional da Enfermagem, conquista histórica da categoria. O governo, o hospital só está pagando para uma parte dos seus profissionais da enfermagem, uma outra parte está sem pagamento.

E também questões relacionadas ao assédio moral, às perseguições que são colocadas pelos servidores e servidoras do Hospital Darcy Vargas, Sr. Presidente. Ressaltando aqui, segundo o que nos foi passado, que a direção do hospital já repassou essas demandas para a Secretaria da Educação, atendendo essas reinvindicações da categoria. Levou as reinvindicações ao secretário estadual de Saúde, mas, no entanto, até agora, nada aconteceu. O hospital continua sendo precarizado, Sr. Presidente.

É engraçado, porque tudo que funciona bem, tudo que é público e funciona bem, o governo desmonta, sucateia, estrangula, do ponto de vista orçamentário, o financiamento desses equipamentos, sobretudo de hospitais, para depois justificar a privatização e a terceirização.

Para entregar os equipamentos públicos para os grandes grupos econômicos terem lucro em cima da prestação de serviço público. É isso também que está acontecendo com o Hospital Darcy Vargas: sucateamento, degradação, falta de investimento, para justificar talvez a entrada de uma OS, organização social de caráter privado que não vai ter a mesma preocupação e o mesmo interesse em manter o hospital com essa excelência na área do atendimento, Sr. Presidente.

Repito, é um hospital de referência na área da Saúde infantil, sobretudo na área do câncer; é um hospital muito importante. Tanto é que nós conseguimos aqui mobilizar a opinião pública, em 2019, contra a saída do prédio, contra a venda do prédio na gestão Doria, porque é um hospital que tem credibilidade.

Então daqui da tribuna da Assembleia Legislativa, Sr. Presidente, eu quero manifestar o nosso total apoio aos servidores e servidoras, aos profissionais da Saúde do Hospital Darcy Vargas e exigir que o governo tome providências, abrindo concurso público de provas e títulos para os profissionais da enfermagem, para os médicos, para todas as áreas, e que haja investimento no hospital e que seja pago o Piso Nacional de Enfermagem a todas as enfermeiras e enfermeiros do hospital, Sr. Presidente. Era isso.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando sequência à Lista Suplementar de oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamo o deputado Gil Diniz para o uso da palavra. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Major Mecca. Cumprimento os deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, deputado Carlos Giannazi, deputado Conte Lopes.

Cumprimento nossos assessores, policiais militares e civis, público aqui na galeria e quem nos assiste pela Rede Alesp. Presidente, não há outro motivo para vir a esta tribuna hoje que não seja a condenação do atentado terrorista perpetrado pelo Hamas, em Israel.

Presidente, todos aqui, creio eu, viram as brutais imagens divulgadas desse crime, deputado Conte Lopes, contra a humanidade. Então, o meu repúdio a esse grupo terrorista louvado por alguns deputados aqui deste plenário, louvado por várias autoridades aqui no Brasil, com fortes laços, presidente, aqui na capital paulista. Nós precisamos nos lembrar disso.

E minha solidariedade ao povo de Israel, ao povo judeu massacrado, presidente, neste final de semana: crianças, mulheres, idosos. Imagens, presidente, de uma festa ali ao sul de Israel, próximo a Faixa de Gaza, de jovens que celebravam o feriado judaico, que foram brutalmente assassinados a tiros de fuzil.

Presidente, alguns dizem que é uma reação à ocupação ilegítima de Israel, mas não, presidente. Aquilo ali não é um confronto entre exércitos; aquilo ali é um ato cruel de seres humanos que já perderam a sensibilidade. Filhos sendo assassinados, deputado Conte Lopes, na frente de seus pais.

Desumano, um crime contra a humanidade. E nós precisamos vir aqui a esta tribuna repudiar e dar nomes àqueles que perpetraram esse crime contra a humanidade, esse atentado terrorista contra o povo judeu, contra o povo de Israel. O Hamas, esse grupo terrorista, o Hamas não citado por Luiz Inácio, presidente da República, não citado, presidente...

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, não cita o Hamas. O ministro dos direitos humanos, deputado Conte Lopes, sumiu. Não falam nada. Terroristas, para essas pessoas, são senhoras com bíblias, orando em frente a quartéis.

A senadora Soraya Thronicke fez essa ridícula comparação hoje em suas redes sociais, dizendo, deputado Major Mecca, que atentados terroristas começam dessa maneira, com fundamentalistas, dizia ela, com bíblias nas mãos, fazendo as suas orações, deputado Conte Lopes.

Isso a gente não pode aceitar, isso é intolerância religiosa, isso sim é discurso de ódio. E aqueles que enxergam terrorismo, fascismo até debaixo da cama, dentro do armário, hoje se calam aqui e não têm condições, eu entendo, não têm sequer condições morais para condenar esse brutal assassinato de mais de 800 pessoas, deputado Major Mecca.

É óbvio que agora a reação vai ser proporcional ao atentado terrorista. E digo aqui, desta tribuna, tranquilamente, que eu defendo o direito de Israel existir. Eu condeno, sim, o ato terrorista perpetrado pelo Hamas, e agora, presidente, por outras organizações terroristas que tentam contra o estado de Israel.

A senhora Golda Meir, se eu não me engano, fundadora do estado de Israel, ela dizia, presidente, que se os terroristas do Hamas, não do Hamas, os terroristas palestinos - nem todo palestino é terrorista, obviamente, há gente de bem lá - mas se esses terroristas abaixassem suas armas naquele território, teria paz, deputado Conte Lopes, mas, se os judeus, se o povo de Israel abaixar as suas armas, nesse momento serão aniquilados, porque é isso que eles querem. Eles não aceitam o direito de esse povo existir.

Esses, sim, presidente, são comparáveis a nazistas, a fascistas. Isso aqui não é uma narrativa, como esses tentam colocar, nos rotular. Mas sinto falta, aqui, da condenação desses deputados de esquerda, que são mais do que simpáticos ao Hamas e a esses terroristas. Mas vamos cobrar, sim, a posição de cada autoridade brasileira neste momento.

Minha solidariedade ao povo de Israel, ao povo judeu, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Fica a nossa solidariedade registrada aqui também, deputado Gil Diniz, como já falamos na tribuna, na tarde de hoje.

Chamo o deputado Conte Lopes para o uso da palavra, tem cinco minutos regimentais.

Enquanto o deputado se desloca à tribuna, nós fazemos o registro, deputado Gil Diniz, do quanto o nosso povo, em todos os cantos do mundo, e principalmente aqui no Brasil, sofre com o terrorismo, infelizmente incentivado por parte de autoridades que eram responsáveis, que são responsáveis em defender o nosso povo, a nossa nação.

Tem a palavra o deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Terrorismo, né? Porque foram vítimas aqueles quatro médicos em Copacabana, que foram fazer um curso e foram mortos pelo Comando Vermelho. Crianças em Israel sendo sequestradas, sendo mortas, mulheres, idosos.

E nós, deputado Major Mecca, que somos homens de segurança, e somos tão criticados e xingados. Eu, por exemplo, já participei de casos com reféns, sete, oito casos. Graças a Deus, todos os reféns foram salvos. O bandido vem em pé ou deitado, vai ao gosto dele.

Lembra até um caso, Major Mecca, em que eu estava na minha casa, Caco Barcelos, da Globo, escreveu livros, tal, relatou, colocou-me como o deputado matador. Estava na minha casa quando fui receber uma informação que havia uma ocorrência na zona sul de São Paulo e nós já tínhamos lá um investigador baleado no DHPP, porque esse investigador foi investigar um homicídio de um tal de Jesus, e o suspeito seria o Oséias.

Quando o investigador ficou sabendo pelo pai do Jesus que o Oséias era um dos suspeitos, foi até a casa do cara com outro investigador, bateu palma, perguntou: “Tem algum Oséias aí?” “Não, não tem.” O que ele recebeu foi um tiro no peito.

Foram as viaturas do tático e da Polícia Militar apoiar o tático móvel. Da mesma forma, o tenente Paulo Rage, quando tentou dialogar, conversou, recebeu um tiro no peito e morreu.

Foram me buscar na minha casa, não para aparecer, como falou o Caco Barcelos, V. Exa. trabalhou na Rota e sabe que é comum o oficial da Rota ir na hora onde a sua tropa está agindo. Foi o que eu fiz, fui para lá.

Antes de chegar ao local, passei no pronto-socorro já umas 11 horas da noite, vi o tenente Rage morto, vi o investigador baleado; vi até o Celso Vendramini, que era o soldado da Rota que tinha sido baleado também na mesma ocorrência.

E me levaram até o local da ocorrência, onde eu via vários policiais atrás de postes e eu me lembro até do sargento Silveira: “Capitão, toma cuidado, que o cara atira bem e está matando. E ele está mantendo uma mulher e quatro crianças como refém”.

Eu me aproximo do local lá onde estava todo mundo, o tenente Gilson Lopes da época, eu falo: “Eu cheguei, Gilson, tudo bem?” “Fica tranquilo, chefe, estou conversando com o cara.” O Gilson é um grande policial, sempre foi, eu ouço um disparo. Falei: “Bom, o Gilson já deu um jeito no vagabundo, não resta a menor dúvida”.

Aí, o Gilson foi baleado também no peito, perdeu uma parte do intestino, perdeu o baço. Fizemos uma força para retirar o Gilson dali. O bandido grita lá: “Acertei mais um aí, né?” Falei: “Sim, você acertou”. Aí ele me pergunta: “E a Rota, já chegou?” Eu falei: “Não, a Rota não chegou. Por isso é bom você se entregar, porque quando a Rota chegar, você vai morrer”. “Não, não vou me entregar.”

Eu falei: “Então, você solta a mulher e as crianças, que eu vou te buscar. Não sai ninguém aqui de dentro. Não sai ninguém aqui de dentro. E ele mantinha a mulher e as quatro crianças. Quatro crianças filhas dele e a mulher, mulher dele, que eu fiquei sabendo depois também.

Mas veja bem, era muito fácil resolver aquilo, era jogar bomba, fuzilar, metralhar, matava ele, as mulheres, as crianças. Mas, não. A gente fez o possível para quê? Para preservar a vida da mulher e das crianças, nós, como homens de segurança.

Então matar criança, gente? E fomos no diálogo até onde deu, até que em determinado momento, que eu vi, quando ele começou a falar comigo, onde ele estava, que ele era protegido por duas paredes, mantinha a mulher e as crianças lá, e de vez em quando ele saía para atirar.

E, numa dessas que eu vi um vulto, eu atirei com o meu revólver. Nós não tínhamos, à época, nem colete à prova de balas. É por isso que o Rage morreu, o Gilson foi baleado, o investigador também. Eu vi um vulto ir lá para trás, eu acreditei, só para terminar, Sr. Presidente, quando a mulher gritou: “Ai, meu filho”, eu falei, “o cara pôs o filho lá, ou a criança lá, eu acertei a criança”.

Então veja, Sr. Presidente, a gente faz o possível, e aí o bandido morreu, o Oséias. Só para terminar. Eu fui denunciado pela Cúria Metropolitana nessa ocorrência, fiquei 20 anos respondendo essa ocorrência, fui julgado por 25 desembargadores do Tribunal do Júri; mas a mulher e as quatro crianças saíram vivas.

E, de vez em quando, deputado Giannazi, o filho dele entra nas redes sociais e ainda me xinga. E eu respondo: “Não, eu salvei você, e para salvar você, sua mãe e seus irmãos e matar seu pai, que era doido, eu perdi tenente, investigador baleado, o outro tenente que perdeu o braço, o Vendramini que foi baleado.

Então a gente faz o possível e o impossível, como homens de segurança, para proteger pessoas inocentes.

Então, a gente não pode aceitar ocorrências como a do Rio de Janeiro, de debiloides saírem matando médicos, que não sabem nem o porquê morreram, coitados. O cara não sabe nem porquê ele morreu. Ele foi confundido. Os quatro mataram... Professores de medicina, todos mortos.

E agora é essa de sábado, que sai matando crianças, velhos e mulheres. Não dá para entender isso. Honestamente, não dá para entender a humanidade. Não dá para entender. Eu não entendo mais nada.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Conte Lopes. Parabéns pela sua trajetória, pela trajetória de todos os policiais militares, policiais da Rota que defenderam o povo de São Paulo ao seu lado.

O nosso povo, todos nós devemos muito a sua coragem e à coragem da tropa que sempre esteve ao seu lado combatendo o crime e defendendo o povo.

Encerro, neste momento, o Pequeno Expediente e inicio o Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Tem a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presidente, eu gostaria de utilizar a tribuna pelo Art. 82 do Regimento Interno.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da palavra.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, deputado Mecca, deputado Gil Diniz, deputado Conte Lopes, telespectador da TV Assembleia.

Sr. Presidente, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou recentemente o PLC 35/2023, um PLC que eu apresentei, que tem como objetivo central autorizar o governo estadual a descongelar os quinquênios, a sexta-parte e a licença-prêmio de milhares e milhares de servidores da Educação, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública e de várias secretarias.

Porque houve, Sr. Presidente, o congelamento, na época da pandemia, da evolução funcional de todos os servidores públicos do Brasil.

No entanto, a pandemia já terminou e aquele período continua congelado. Então a nossa luta hoje em todo o Brasil - e sobretudo aqui em São Paulo, onde ela é muito forte - é no sentido de que haja o descongelamento. Então, o projeto que eu apresentei é importante.

Ele ajuda a pressionar o governo a liberar esse descongelamento, porque tem milhares de pessoas prejudicadas, que deixaram de ter um quinquênio a mais, que não puderam se aposentar e estão esperando esse descongelamento para incorporar esse quinquênio, para ter acesso a uma licença-prêmio. Essa é a nossa luta hoje aqui no Estado de São Paulo, Sr. Presidente.

Lembrando que há também um projeto em nível federal, na Câmara dos Deputados, da deputada Luciene Cavalcante - professora aqui de São Paulo, também do PSOL - tramitando, PLP nº 21, que trata desse tema e já ajudou a movimentar bastante a pauta na Câmara dos Deputados. Inclusive, já foi aprovado na primeira comissão, junto com outros projetos, já foi para a segunda, e o relator inclusive, na segunda comissão, é o deputado federal aqui de São Paulo, deputado Boulos.

Então, a proposta está avançando bastante também em Brasília.

Mas nós podemos resolver isso aqui em São Paulo, Sr. Presidente. Aliás, quase nós conseguimos, não fosse uma intervenção nefasta e perversa do governador Tarcísio de Freitas, que entrou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal contra um parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, algo inédito. O governo estadual entrando com uma ação no Ministério Público contra um parecer do Tribunal de Contas.

Isso nunca aconteceu. É a primeira vez, pelo menos que eu saiba, que isso tenha ocorrido. Porque o TCE, corretamente, aprovou um parecer, editou um parecer, após consulta de dois municípios, autorizando o descongelamento para esses municípios, abrindo uma possibilidade imensa, como já fez o estado do Paraná, Santa Catarina...

Até Minas Gerais já liberou esse descongelamento, por uma outra via, que é através de pareceres dos tribunais. E isso aconteceu em vários estados; aconteceu aqui, por uma semana.

Porém, de uma forma extremamente perversa e mostrando todo o seu ódio contra os servidores públicos do estado de São Paulo, o governador Tarcísio acionou o Supremo Tribunal Federal e inviabilizou o parecer do Tribunal de Contas, prejudicando não só os servidores estaduais, sobretudo os da Educação, mas também os servidores do Tribunal de Justiça, do MP, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública, e mais, dos 645 municípios do estado de São Paulo, porque inviabilizou também que os prefeitos pudessem descongelar.

Inclusive no prazo em que durou o parecer, antes de o governador Tarcísio inviabilizar o parecer, pelo menos quatro municípios já tinham editado decretos descongelando. Araçatuba foi um dos municípios que descongelou, mas aí teve que voltar atrás, porque o governador derrubou o parecer do Tribunal de Contas.

Então, uma atitude perversa, nefasta e de ódio contra os servidores públicos do estado de São Paulo e todos os municipais, praticamente, não só dos 644 municípios, porque São Paulo tem um tribunal próprio, que é o TCM, mas que poderia se inspirar nessa decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Mas nós vamos continuar a luta, Sr. Presidente, em Brasília, com o PLP 21, vamos continuar a luta aqui na Assembleia Legislativa. Faço um apelo aqui para que os deputados ajudem nessa luta pelo descongelamento dos quinquênios, da sexta-parte e da licença-prêmio de todos os servidores do estado de São Paulo, inclusive os próprios servidores municipais.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Para falar pelo 82, pelo PL, como vice-líder.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental, tem V. Exa. cinco minutos para o uso da tribuna.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Major Mecca, Srs. Deputados, eu contava essa história, então, em que eu participei como oficial da Rota, capitão da Rota, e o entrevero que houve com um bandido que mantinha a mulher e quatro crianças como reféns.

Nós, como homens de Segurança, temos o dever de proteger a sociedade. Então, a gente não entende o que aconteceu. Israel que sai matando crianças, sequestrando crianças.

Nesse caso específico que relatava, a gente perdeu homens para que não fossem atingidas a mulher e as crianças, porque era fácil jogar bomba, dar tiro de fuzil, matava todo mundo, e ele também. Mas não, nós tínhamos por obrigação, por questão de caráter, de ética, proteger as crianças e a mulher, que não tinha nada a ver com o cara, ela não tinha nada a ver com o cara.

Major Mecca, outro dia, nos jornais, que saiu ocorrência, nove horas de sequestro, dez horas, sei lá o quê, na “Globo” sai uma palavra minha, quando foram me entrevistar. Eu contei a história, na hora que ele foi sair para atirar, eu atirei, acertei a cabeça dele.

O comandante era o que estava assumindo na época, coronel Viana, “como é que você fala isso, que o cara pôs a cabeça?” Então eu vou falar o quê? Que foi Jesus Cristo que atirou?

Queriam até inventar uma história que o cara já havia se suicidado, Major Mecca. Eu falei: como é que ele vai se suicidar, se depois vão fazer exame na cabeça do cara e vai ter a bala do meu revólver? É muito fácil falar. Até jogaram que ele se suicidou. Não, eu resolvi segurar ocorrência, segurei 21 anos, até ser julgado pelo pleno.

Quem me denunciou, Gil Diniz, Major Mecca, foi o Dr. Greenhalgh. Foi deputado federal pelo PT, advogado, grande advogado, foi assistente de acusação. Até num dos julgamentos, quando eu saí e a mulher que estava, do bandido que morreu e a mãe das crianças, foi depor, ela começou a contar a história.

Mas só que chegou numa hora da história, ela falou, ‘não, meu marido ia se entregar, mas daí ele falou, ‘ah, não tem mais jeito’, ele pegou o revólver e foi atirar, e o capitão atirou nele”.

O Greenhalgh gritava no bar, “que mulher burra, falar uma porra dessa aí, os caras estavam ferrados”. O Greenhalgh falando no bar lá do lado do Supremo Tribunal de Justiça Militar. Eu olhei e falei: “Doutor, tudo bem?”; “Tudo bem.” Ele ficou assim. 

Mas esse mundo é pequeno. Eu tinha um barco, Major Mecca, de 23 pés. Não é iate não, hein, é um barco de 23 pés, que eu mesmo pilotava. Gostava de fazer pesca submarina. Estava eu, Daniel, Glauco, Valesca, e em uma dessas saídas nossas o mar virou.

Eu olho no meio do mar, fora lá, um barco parado e onda levando para lá, o mar totalmente virado. Eu encostei meu barquinho lá do lado e vi as pessoas apavoradas. O meu também é um barco pequeno e um cara rodava em volta no barco para não olhar para mim. 

Eu falei o seguinte: “Eu vou levar a mulher e as crianças, tá?”, porque não dá para levar todo mundo, o barco não dava para levar todo mundo. Tirei as mulheres e as crianças do barco e falei “Greenhalgh, eu volto para te buscar.” E fomos.

Cheguei lá e ainda falei para os caras. Os caras ainda: “você vai voltar lá para buscar o Greenhalgh e os amigos dele?” Eu falei “lógico que eu vou voltar”. E voltamos. Fomos buscar o Greenhalgh de novo lá.

 Aí vamos até a Marina, na Barra do Uma.  Lá ele me chamou para tomar uma cerveja. Eu agradeci, obrigado, e tocamos a vida. Como o mundo é pequeno. Veja como o mundo é pequeno. 

Então, tivemos a oportunidade também de salvar a família dele, os amigos dele, as mulheres e todos que estavam no barco, em uma virada no mar. Só uma colocação da vida da gente. Só que nós nunca vamos para uma ocorrência como a que aconteceu no sábado.

Matar criança, mulheres, meninas. Porra, qual é coragem disso? São homens de guerra? Passar, sequestrar criancinha. Qual é a coragem disso aí? Porra, que homem que é isso aí?

Como é que consegue? Pelo menos eu estou lá e mandei um monte de bandido para o quinto dos infernos mesmo. Mas tudo tranquilo, não me arrependo de nada, graças a Deus. Inocente? Matar criança inocente? Atirar em baile para matar por matar? Não dá para entender. Honestamente, não dá para entender.

Volto a dizer: a humanidade, como não dá para entender que três xaropes matam quatro médicos e tem gente ainda que acha normal. Nunca mais esses médicos vão aparecer na vida, não adianta a família falar: “Tudo bem”.

Não tem nada a ver, nunca vão esquecer, a gente viveu isso a vida inteira. A gente sabe o que uma família passa quando perde um ente querido.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Parabéns, Conte. São exemplos como esse que nos dão o orgulho de envergar a farda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

O orgulho que eu tenho de ter salvado vidas como o Sr. Deputado, como os meus irmãos que estão ali, o sargento Robson, o sargento Lima, o sargento Santos, o santinho, dos quais fui estagiário.

E tive muito orgulho, meus irmãos, de defender o povo de São Paulo ao lado de vocês e de inúmeros outros policiais que hoje são veteranos e que nos ensinaram muito nessa caminhada.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Deputado Gil Diniz tem a palavra.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Uma breve comunicação, antes de levantar os trabalhos.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Tem a palavra, é regimental.

 

 O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, sempre bom ouvir o deputado Conte Lopes. É uma página viva da política paulista, mas principalmente, presidente, da Segurança Pública paulista.

Então, é sempre uma aula. Deputado Conte Lopes, parabéns pela história na Segurança Pública, na Polícia Militar, na Rota e na política paulista. Tenho orgulho de ombrear lado a lado com V. Exa. aqui e ter a oportunidade de escutar esses causos, essas histórias da vida real que V. Exa. nos proporciona.

E, presidente, também faço coro ao deputado Conte Lopes. O terrorismo está aqui no Brasil. O Deputado também relatou o brutal assassinato de médicos no Rio de Janeiro.

Morreram porque estavam no lugar errado, na hora errada, e aqueles criminosos os confundiram com outros criminosos, como se pudessem sair matando ao léu, me parece. Há reportagens dizendo que alguns desses criminosos já foram, inclusive, assassinados pelo próprio crime.

 Presidente, existe pena de morte no Brasil. O crime decreta, aqui, quem deve viver e quem deve morrer. Parece que houve até uma transmissão de dentro de presídio, presidente. A gente precisa averiguar tudo isso.

 Hoje, há uma operação no Rio de Janeiro, policiais já foram alvejados em suas aeronaves. Então, também prestar a nossa solidariedade às forças de segurança do estado de São Paulo, do Rio de Janeiro e de todo o Brasil, que diariamente combatem terroristas urbanos, presidente. Que Deus consiga proteger as vidas desses policiais e de seus familiares.

Presidente, para finalizar, queria agradecer a todos que compareceram, ontem, na Marcha Pela Vida na cidade São Paulo. Assistimos uma Santa Missa, na Paróquia Imaculada Conceição, aqui perto da Brigadeiro Luís Antônio, e nós descemos em caminhada até o Monumento às Bandeiras.

Eu conheci várias pessoas, presidente. Cito aqui o Rogério, de Carapicuíba, pai de doze crianças, presidente - doze crianças - e, com aquela família, sua esposa, seus filhos, é feliz e dava um exemplo a todos nós. Conheci vários outros também.

Agradeço aqui a coordenação da Marcha Pela Vida, a minha amiga Elaine, o Pupa, a Cidinha, o Dom Caio Lema, que celebrou a Santa Missa e esteve conosco durante toda a caminhada.

É isso, presidente.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Se não houver mais oradores a falar, se houver acordo entre os líderes, levantar a presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Deputado Gil, está escrito nas paredes do 1º Batalhão de Polícia de Choque: “dignidade acima de tudo”. Infelizmente, no estado de São Paulo, nos últimos 30 anos, a dignidade dos nossos policiais e do povo do nosso estado foi subtraída por ausências de políticas públicas que socorram os nossos operadores, policiais e a nossa população.

Mas, nós temos hoje, por meio do governador Tarcísio de Freitas, do secretário Guilherme Derrite, do Coronel Cássio, do Dr. Artur Dian, a esperança de que a reconstrução das forças de segurança e da dignidade do nosso povo sejam efetivadas.

Que Deus abençoe o nosso governador, toda a sua equipe e todos os senhores aos quais eu tenho a satisfação de servir neste plenário, deputado Gil Diniz, deputado Conte e vários outros irmãos que ombreiam conosco aqui.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, cumprindo determinação constitucional, adita Ordem do Dia com o Projeto de lei nº 948, de 2023. Havendo acordo de lideranças, antes de dar por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia da última quarta-feira, e o aditamento ora anunciado.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 18 minutos.

 

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