19 DE AGOSTO DE 2024
48ª SESSÃO SOLENE PARA OUTORGA DE COLAR DE HONRA AO MÉRITO À ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL SAMARITANO SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Presidência: TEONILIO BARBA
RESUMO
1 - TEONILIO BARBA
Assume a Presidência e abre a sessão às 19h06min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes.
3 - PRESIDENTE TEONILIO BARBA
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de Assis", por solicitação deste deputado.
4 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a exibição de vídeo sobre a instituição homenageada, pelos 27 anos de trabalho social.
5 - PEDRO LUIZ STRINGHINI
Bispo da Diocese de Mogi das Cruzes, faz pronunciamento.
6 - JAIR ALVES
Pastor emérito da Igreja Metodista em São Paulo, faz pronunciamento.
7 - OVÍDIO JOSÉ DE ANDRADE
Padre da Diocese de Franca, faz pronunciamento.
8 - ALFREDINHO
Deputado federal, faz pronunciamento.
9 - LUIS CAMARGO
Prefeito de Arujá, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE TEONILIO BARBA
Tece considerações sobre o combate à violência contra as mulheres.
11 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia apresentação musical do grupo NCI Samaritanos, de Ermelino Matarazzo.
12 - MARILDA LIMA
Coordenadora Nacional da Pastoral do Menor, faz pronunciamento.
13 - ROBSON TELES
Gerente de Serviço da entidade homenageada, a representar todos os colaboradores, faz pronunciamento.
14 - EDUARDO DIAS DE SOUZA FERREIRA
Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, faz pronunciamento.
15 - ARIEL DE CASTRO ALVES
Advogado e professor universitário, faz pronunciamento.
16 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia apresentação musical do grupo de serviço intergeracional CCinter Abayomi, de Cidade Tiradentes.
17 - VALDERI TELES
Tesoureiro da entidade homenageada, faz pronunciamento.
18 - LÉLIO BRAGA DUTRA
Vice-presidente da entidade homenageada, faz pronunciamento.
19 - KÁTIA TEIXEIRA
Fundadora do Lions Clube Sonoridade Social São Paulo, faz pronunciamento.
20 - SUELI MARIA DE LIMA CAMARGO
Coordenadora da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, faz pronunciamento.
21 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia apresentação musical do grupo NCI Dandara.
22 - JULIANA CARDOSO
Deputada federal, faz pronunciamento.
23 - PATRÍCIA CARVALHO
Faz pronunciamento.
24 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de Assis, representada por Cecília Stringhini, presidente da instituição.
25 - CECÍLIA STRINGHINI
Presidente da Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de Assis, faz pronunciamento.
26 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a entrega de flores a Cecília Stringhini, presidente da Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de Assis e ao deputado estadual Teonilio Barba, presidente desta sessão solene.
27 - PRESIDENTE TEONILIO BARBA
Valoriza o Dia Estadual da Consciência Negra. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 20h56min.
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- Assume a Presidência
e abre a sessão o Sr. Teonilio Barba.
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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Senhoras e senhores, boa tarde a todos. Sejam todos bem-vindos a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de
outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à
Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de Assis. Comunicamos
aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV
Alesp e pelo Canal Alesp no YouTube.
Convido para
que componha a Mesa Diretora o deputado estadual Teonilio Barba, proponente
desta sessão solene. Convidamos também o deputado Alfredinho; Dr. Luis Camargo,
prefeito do município de Arujá; dom Pedro Stringhini, bispo da diocese de Mogi
das Cruzes; pastor Jair Alves, pastor emérito da Igreja Metodista de São Paulo;
padre Ovídio José Andrade, padre da diocese de Franca, fundador da Pastoral do
Menor de Franca.
Convidamos
também para compor a Mesa a presidente da Organização da Sociedade Civil
Samaritano São Francisco de Assis. Convidamos também para fazer parte da Mesa a
Marilda Lima, coordenadora nacional da Pastoral do Menor; Sr. Valderi Teles,
tesoureiro da OSC Samaritano São Francisco de Assis; Lélio Braga Dutra,
vice-presidente da OSC Samaritano São Francisco.
Sr. Robson
Teles, gerente de serviço da organização, representando todos os colaboradores
da OSC; Sra. Kátia Teixeira, empresária e palestrante. Neste momento, passo a
palavra ao presidente desta sessão solene, deputado Teonilio Barba. Neste
momento, também chamamos para compor a Mesa o Dr. Ariel.
O SR. PRESIDENTE - TEONILIO BARBA - PT -
Vou quebrar o protocolo. Normalmente o presidente da sessão solene faz ali da Mesa,
mas como eu estou acostumado a fazer aqui os debates da tribuna, peço licença a
todos os componentes da Mesa para fazer a abertura da sessão solene. Iniciamos
os nossos trabalhos nos termos regimentais.
Esta
presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior. Senhoras e Senhores,
esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado
André do Prado, atendendo a minha solicitação, com a finalidade de outorgar o
Colar de Honra à Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de
Assis. Declaro aberta a sessão solene.
Muito obrigado
desde já, cumprimento a todos. O pessoal da Mesa eu vou cumprimentar depois lá.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Convido a todos os presentes para que, em posição de respeito, ouçamos o Hino
Nacional, que será interpretado pela cantora Luciana Timóteo e o músico Rafael
dos Santos.
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- É entoado o
Hino Nacional Brasileiro.
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Agradecemos à
cantora Luciana Timóteo e ao músico Rafael dos Santos pela interpretação do
Hino Nacional Brasileiro.
Registramos e agradecemos a presença
das seguintes personalidades: Sra. Sandra (Inaudível.), Comissão da Juventude
Diocesana e da inclusão do (Inaudível) Clube de São Paulo. Agradecemos a
presença do Sr. Caio Ferreira, representante e filho do ministro de
Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Agradecemos também a presença do padre
José Maria Ribeiro dos Santos, missionário xaveriano da Paróquia Sagrado
Coração de Jesus.
Neste momento, assistiremos a um vídeo
sobre a trajetória da Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco
de Assis nos seus 27 anos de trabalho social.
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- É exibido o vídeo.
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A gente gostaria também de convidar a
fazer parte da Mesa a Sra. Sueli e o Dr. Eduardo Dias. (Palmas.)
Neste momento, a gente passa a palavra
aos membros da Mesa Diretora. Convido para fazer uso da palavra dom Pedro Luiz
Stringhini. (Palmas.)
O
SR. PEDRO LUIZ STRINGHINI - Boa noite a todos.
Alegria poder estar aqui neste momento, saudar a todos, começar pela Mesa aqui:
o pastor Jair; a Cecília, que recebe a homenagem em nome do Samaritano; o
deputado Barba; o deputado Alfredinho; o prefeito de Arujá, onde eu me tornei
cidadão há pouco tempo, sou cidadão, comecei como cidadão de Franca, aí está ao
lado do senhor, padre. Aliás, comecei cidadão de São Paulo, depois, Franca, e
cheguei até Arujá.
Pois bem, prefeito Luis Camargo, padre
Ovídio, mas também o Dr. Ariel, deputado, agora não é neste momento deputado,
mas já foi, já foi secretário e faz tanta coisa. Adriano Diogo. Adriano. Cadê o
Adriano? Está aqui, Adriano Diogo. Caio Teixeira, filho do ministro Paulo
Teixeira, Ariel está aqui em cima.
Pois bem... bom, nesses que eu falei -
porque não devo ter falado todo mundo que deveria falar, tanta gente -, eu
saúdo a todos, e sobretudo na alegria de... da minha parte, antes de tudo,
representar minha família, Cecília é minha irmã. Está comigo também a minha
irmã Inês, que mora no Rio de Janeiro, e a filha da Cecília, a Júlia. (Palmas.)
E a minha mãe está certamente
acompanhando, aos 90 anos, lá de Laranjal Paulista. Comigo está também padre
Marcos Sulivan, da diocese de Mogi das Cruzes. Mas saúdo também o padre José
Maria, da diocese de São Miguel. Isso, ele quer bater palma. Pode bater palma
todo mundo. (Palmas.) Mais uma vez, repito que esses que eu citei representam
também todos aqueles que eu não citei, porque muito mais gente merece ser
citada.
Eu estava dizendo que, em primeiro
lugar, essa alegria, por ser irmão da Cecília e por ter acompanhado, nós
acompanhamos o trabalho um do outro desde toda a eternidade, vamos dizer, não é?
Desde sempre. Mas, em segundo lugar, pelo que representa a entidade Samaritano
São Francisco de Assis.
O nome já diz muita coisa, porque
samaritano é o representante, a figura que representa o evangelho de Jesus, ser
bom samaritano. E São Francisco representa tudo que é o amor a Deus, o amor aos
pobres, o amor à natureza.
Por sinal, São Francisco... a imagem
dele aparece agora o ano que vem, já está feito, mas para o ano que vem, a
campanha da fraternidade, mais uma vez, sobre a ecologia, fraternidade e ecologia
integral.
Portanto, como dizia, o nome já diz o
que quer esta entidade que foi fundada pelo padre Ticão. Uma salva de palmas.
(Palmas.) A Cecília é, vamos dizer, aquela que dá continuidade ao trabalho do
padre Ticão, falecido há alguns anos. Não precisa dizer quem é padre Ticão na
zona leste da cidade de São Paulo, da Capital, em toda a Capital e para todos
nós que aqui estamos.
Sobre o trabalho da entidade
samaritana, também os números: nós acabamos de ver presença em 44 municípios,
600 funcionários, milhares de pessoas atendidas diariamente e, sobretudo, o
atendimento a irmãos e irmãs que necessitam, sejam crianças, sejam
adolescentes, sejam jovens, sejam adultos e, sobretudo, idosos.
Ultimamente, já faz anos que a Cecília
vem se dedicando, sobretudo, aos idosos. Então, eu repito, em primeiro lugar,
por ser irmão da Cecília e, em segundo lugar, por tudo o que esta entidade tem
contribuído no conjunto de tanto trabalho bonito aqui nesta cidade de São
Paulo, no estado de São Paulo, com os 42 municípios, e fora com esta unidade em
Pouso Alegre, no estado de Minas Gerais.
Bom, e depois também esse momento para
nós significa um grande reconhecimento à entidade. Agradeço aqui à Assembleia
Legislativa, na pessoa do deputado Barba, que teve a iniciativa. Muito obrigado
ao senhor.
E, sobretudo, mostra também esta
ligação tão grande entre o que é o trabalho social, as pastorais sociais da
Igreja Católica e das outras igrejas, muito representadas aqui por meio do
pastor Jair, o trabalho pastoral e os movimentos populares, o quanto essas duas
dimensões do trabalho mais progressista, do trabalho popular, do trabalho que
visa à promoção da dignidade da pessoa humana enquanto caminham juntos.
Lembro-me há mais de 30 anos, com
Adriano Diogo, lá no Jardim da Conquista - não é, Adriano? -, todo o movimento popular
e a Igreja Católica apoiando, estando junto, e quantas conquistas.
E depois, tão bonito também de que aqui
nós não viemos falar da entidade Samaritano, mas está presente a Comunidade
Samaritano São Francisco, com as pessoas que frequentam, que são, que
trabalham, que fazem parte, que são também ajudadas, todos aqui. Que beleza.
Então, um grande congraçamento, um
grande momento, que eu posso dizer também, de agradecimento aos que ajudam, aos
que trabalham, e um grande agradecimento a Deus, que inspirou esse belíssimo
trabalho.
Por isso, então, eu cumprimento a Cecília
e cumprimento a todos os que aqui viemos, e no desejo de que também este
momento seja de incentivo, de entusiasmo, para que Samaritano São Francisco
continue, vá para frente, progrida e ajude tanta gente, como já tem ajudado até
aqui.
Muito obrigado. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Passamos agora a
palavra para o pastor Jair Alves, que fará uso da sua fala.
O
SR. JAIR ALVES - Boa noite a todos e a todas. Quero,
na pessoa da Cecília, cumprimentar a todos e das organizações, dos órgãos aqui
representados. Certamente a Organização Samaritano é que está sendo
homenageada.
Então, eu estou aqui, e não fui
convidado aqui simplesmente pela necessidade protocolar. Eu estou aqui porque
tenho uma história com a Cecília e junto dessa organização.
Teve um período em que a organização, a
Samaritanos, por um instante ficou sem sede e tinha, em 2009, na diretoria da
Samaritano já um protestante. Era um anglicano, o Xico Esvael, que até vi que
ele já faleceu, mas eu vi ali um serviço homenageando Xico.
O Xico Esvael é anglicano e o Xico é
muito amigo do movimento ecumênico da zona leste. Então, a Anglicana - e eu
participava como da Metodista - tinha lá pentecostais, tinha lá outras igrejas,
então a gente tinha uma caminhada juntos.
Nessa caminhada, entre nós aí, o Xico
Esvael disse para mim - eu era pastor na Igreja Metodista do Tatuapé, pertinho
de onde está o escritório sede hoje em dia: “escuta, você não pode acolher aí
na Igreja Metodista, nas dependências da Igreja Metodista uma organização
social, aquela da Cecília?”. Eu disse: “pode, sim, deixe-me falar com a Igreja
Evangélica, falar com a igreja primeiro”.
Aí fui falar com a igreja: “olha, eles
são... mas eles são católicos, São Francisco é santo”. Eu falei assim: “não,
espera um pouquinho, vamos conversar”. Aí conversamos, aí veio o Xico, aí a
Cecília esteve lá, adoraram a Cecília: “ai, que moça legal”.
E foi acolhido, e eles ficaram. E a
Samaritano ficou hospedada nas dependências da Igreja Metodista do Tatuapé
durante cinco, seis anos, não é Cecília? Mais ou menos isso. Eu saí de lá há
seis anos. Eu fui nomeado para outra comunidade e eles continuaram lá.
Então, muito me orgulho. Então faço
esse depoimento, muito me orgulho em fazer parte da história desta comunidade.
Naquele momento não tinha convênios, os serviços tinham cessado e eu vi a luta
dessa diretoria, especialmente da Cecília e de toda a diretoria lutando para
poder realmente dar conta dessa necessidade que a cidade tem, que o nosso povo
tem. O sofrimento é enorme, e esse grupo está disposto a realizar esse objetivo
pastoral, esse objetivo de solidariedade e de maneira ecumênica. Isso é
extraordinário.
Eu quero lembrar que não era somente
ecumênico no sentido de encontro entre igrejas. Tinha também um dos diretores,
que era um espírita, que também fazia parte. Então, nós nos sentíamos ali em
uma realidade inter-religiosa. Eu peguei aqui uma palavra do papa Francisco,
que eu achei linda, dizendo que a arte do encontro é uma arte extraordinária.
Eu queria cumprimentar aqui os
deputados, o Barba, o Alfredinho, e queria dizer para vocês o seguinte: que nós
não sobreviveríamos até agora se não fosse a dimensão política neste País; ela
é muito importante.
Nós não vamos fazer propaganda aqui de
ninguém, mas é muito importante. Eu quero reproduzir aqui uma fala do papa
Francisco dizendo, deputados, que a política é a arte do encontro, do encontro.
Mas veja bem, abre aspas, palavra do papa: “Esse encontro é vivido acolhendo o
outro e aceitando sua diferença em um diálogo respeitoso.
“Como cristãos, no entanto, existe algo
a mais, uma vez que o Evangelho nos pede para amar os nossos inimigos. Não
posso”, diz o papa, “não posso me contentar com um diálogo superficial, um
diálogo formal como aquelas negociações muitas vezes hostis entre partidos
políticos.
Nós somos chamados a viver o encontro
político como um encontro fraterno, especialmente com aqueles que menos
concordam conosco. E isso significa ver naquele com quem dialogamos um
verdadeiro irmão, um filho amado de Deus”.
Assim que eu sinto com relação a essa
comunidade.
Viva a Comunidade de São Francisco de
Assis. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do pastor Jair, e convidamos agora para fazer uso da palavra o padre
Ovídio José Andrade.
O
SR. OVÍDIO JOSÉ ANDRADE - Boa noite a todas e
todos. O dom Pedro começou a mencionar a Mesa, todos os nomes, mas nós estamos
aqui graças a vocês atendidos, a vocês colaboradores do Samaritano, que tem a
Cecília, que tem toda uma equipe à frente.
Então, acho que eu queria pedir palmas
para vocês que hoje estão aqui vivendo este momento de vocês. (Palmas.) Cada
uma, cada um de vocês aqui, tenho certeza que estão aqui pelo carinho da Cecília
por vocês, pelo carinho da equipe que vive junto, vive esse amor nesse servir.
Eu acho que essa é a causa. Dom Pedro falava que o Samaritano é bíblico, mas
todas as instâncias nos chamam a um servir.
Mas aqui a gente se conhece, a Cecília,
a gente se conhece na Pastoral do Menor no estado de São Paulo, conselho. Dom
Pedro, já o conhecia como padre ainda, padre Pedro Luiz, aí da região Belém.
Depois se tornou meu bispo também em
Franca e hoje ele está aqui em Mogi. Mas a nossa caminhada de Pastoral do Menor
permitiu que a gente pudesse crescer junto da Cecília, ao lado da Cecília
partilhando as nossas realidades, os nossos anseios como estar a serviço da
vida da criança, adolescente, da família, de todos e todas.
Então, se hoje existe esta homenagem ao
Samaritano, eu digo, é porque nós estamos de verdade cumprindo nossa missão de
servir àquele que Deus coloca em nossa vida, em nossa história. Que bom que
vocês existem, que bom que a instituição existe para poder tornar isso
realidade.
Foi lembrado aqui hoje, não tem mais
como fazer nada se não tiver dimensão política também. No passado, era tudo
voluntariado, e hoje não tem mais como trabalhar com voluntariado. Hoje, se não
houver dimensões políticas, se não houver políticas públicas, se não houver
recursos, é impossível exercer um serviço. Então, as políticas vieram
justamente para atender às realidades.
E outra coisa que eu falo que foi um
avanço para nós também, a Lei nº 13.019, que veio dar a todos e todas uma
garantia de servir melhor dentro das políticas públicas. Então, na pessoa da
Cecília, que hoje está sendo lembrada aqui, o Samaritano São Francisco,
continue assim.
Acho que é isso que Deus quer de nós,
servir. E ele nos chama para justamente isso, onde houver uma necessidade, onde
houver alguém clamando, onde houver alguém precisando de um colo, de um abraço,
de um carinho, de uma atenção, lá devemos estar.
Esse é o exemplo que a gente aprendeu
com Jesus Cristo. Então, que cada um de nós tenha isso claro em nossos
corações: servir é o melhor remédio para o coração. Então, quanto mais você
serve, mais curado o seu coração fica. Vamos servir. Vamos ser samaritano.
Vamos dar de nós um pouquinho.
Cecília, parabéns.
Você é aquela que cativou esse povo
maravilhoso que você cuida. Que Deus continue te abençoando.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos a
palavra do padre Ovídio. Passamos a palavra agora para o nosso deputado federal
Alfredinho.
O
SR. ALFREDINHO - Boa noite a todas e a todos. Eu
vi ali na programação que a gente tinha que falar dois minutos. E aí, a Mesa é
muito grande, se eu for citar a Mesa toda, vai ser dois minutos citando toda a
Mesa.
Mas, eu quero, em nome do bispo dom
Pedro, citar aqui e homenagear a todos que aqui estão na Mesa. O prefeito de
Arujá, Luis Camargo, a Cecília, o padre Ovídio, que acabou de falar, e o pastor
que eu esqueci agora o nome... Jair.
Mas, enfim, falando, citando a Mesa,
quero citar todos que estão aqui, pessoal que está na parte de cima, todos
vocês, e dizer que tem uma coisa que... A política... Eu sou deputado, estou em
Brasília.
Eu fui vereador por quatro mandatos
aqui em São Paulo, fui eleito quatro vezes, e chegando em Brasília a gente
percebe como é que funciona, realmente, a formação da sociedade, porque muitos
são eleitos, e falam muito de Deus alguns, bastante de Deus, mas nem pregam
aquilo que Deus pregou, nem praticam aquilo que Deus praticou também. É assim
que funciona aquilo lá.
Por quê? Época de eleição todo mundo
defende pobre, todo mundo vai atrás dos pobres. E, quando você chega lá, já que
você é eleito, quer defender aqueles que mais precisa, que é o que todos falam...
Você tem que ir para lá para ajudar os que mais precisam, não é isso?
Quando a gente chega lá, a gente
percebe que não é bem assim, porque até quando vem algo que é para ajudar
aqueles que mais precisam, os grandes grupos econômicos pegam carona e querem
também se aproveitar. Percebem?
Por que é que eu estou fazendo essa
introdução aqui? Porque acho que todos vocês aqui, que fazem parte desta
instituição, samaritanos, são diferenciados, porque vocês aqui... Eu conheço
como é que vocês trabalham, como é que vocês fazem para cuidar de tanta gente
que precisa.
Eu sei qual é o trabalho de vocês, e o
sacrifício que é cuidar de tanta gente que vocês cuidam, com poucos recursos
que... Papel, uma boa parte do papel que vocês cumprem é do Estado. E, com
poucos recursos, vocês cuidam das pessoas. Por isso que eu falo que vocês são
pessoas diferenciadas para valer.
Eu quero aqui cumprimentar o deputado
Teonilio Barba, que eu deixei para citar por último, pela iniciativa desta
homenagem, uma homenagem merecedora... Quase não estou falando aqui agora. Pelo
trabalho que vocês fazem com as pessoas que mais precisam, vocês merecem esta
homenagem, mais do que esta homenagem.
Por isso que eu fiz... Quando a Cecília
me falou, eu disse: “Ô, Cecília, é um dia que eu vou estar em São Paulo. Não
estou em Brasília, vou estar aqui em São Paulo e faço questão de ir”. Ela tinha
pedido para eu fazer uma homenagem na Câmara, mas, infelizmente, quando era
para gente fazer esta homenagem lá na Câmara, eu tive que... já não estava lá.
A Cecília, que eu também não citei na
Mesa, que fiz questão de citar também por último, que é a presidenta desta
entidade, também por todo esse trabalho brilhante que ela faz, quando eu
cheguei a conhecer todos vocês, conhecer ela e mais a Cristina, eu pensava que
era uma entidade que devia um trabalho aqui na Capital.
Depois, eu fui ver que é uma entidade
que tem um trabalho amplo no estado de São Paulo, em várias cidades do estado
de São Paulo, e agora expandindo para fora de São Paulo, que é o estado de
Minas Gerais.
Por isso, gente, parabéns a todos
vocês. Vocês merecem esta homenagem. Deputado Barba, que apresentou esta
homenagem, aliás, aqui, talvez seja até maior do que se fosse na Câmara, porque
a Câmara servia só para a Capital, e aqui não, aqui é para o estado de São
Paulo, porque aqui é a Assembleia Legislativa.
Parabéns, está aqui o meu parceiro
Jason. Levanta aí, Jason. Jason Silva. Adriano, que eu vi aqui que tem
também... Levanta aí, Adriano. Levanta. Isso aí, Adriano. Grande parceiro,
lutador, a gente conhece a luta do Adriano como vereador, deputado. Muito
obrigado, gente.
Muito obrigado. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
falas do deputado Alfredinho. Convido agora para fazer uso da palavra o Dr.
Luis Camargo, prefeito da cidade de Arujá. (Palmas.)
O
SR. LUIS CAMARGO - Muito boa noite. São muito
breves as minhas palavras. Eu quero cumprimentar e deixar um abraço fraterno
para minha querida amiga Cecília Stringhini, que, de fato, tem feito um
trabalho fantástico.
Eu estou aqui, acima de tudo, para dar
um depoimento, para dar um depoimento do trabalho incrível que essa OSC
Samaritano realiza na nossa cidade de Arujá. De fato, um trabalho diferenciado,
atendendo três segmentos muito necessitados. Parabéns, nossa gratidão.
Eu quero cumprimentar e parabenizar o
nosso prezado deputado estadual Teonilio Barba, esse grande homem, que teve a
sensibilidade de fazer este gesto de reconhecimento para nossa querida Cecília
e para o Samaritano.
O meu prezado deputado federal
Alfredinho, palavras fantásticas. É isso mesmo: muito se fala e pouco exemplo
se dá. Aqui, a gente vê, exatamente, o oposto. Minha gratidão em estar
compartilhando esta tribuna ao seu lado.
Eu quero cumprimentar o meu bispo, dom
Pedro Luiz. Este grande homem, este grande líder que nós temos na nossa região.
Meus parabéns por todo o trabalho que o senhor desenvolve, e é uma alegria
saber que o senhor... Soube recentemente que o senhor é irmão da nossa querida
Cecília.
Padre Ovídio, uma satisfação tê-lo
conosco. Muito obrigado. Parabéns pelas palavras. Pastor Jair Alves, também, é
muito conciso.
Eu quero cumprimentar todas as demais
pessoas presentes na pessoa do padre Marcos Sulivan, que está aqui, e todos
aqueles que estão aqui nos assistindo, na pessoa da irmã da nossa homenageada,
a Cecília. Sintam-se todas as mulheres homenageadas; e a filha Júlia.
Todos os demais, eu quero que se sintam
prestigiados na pessoa do grande amigo, que está aqui, o Rodrigo Almeida, um
batalhador, um homem que colabora demais conosco no Arujá, justamente no setor
que a gente mais precisa.
Eu penso, meu caro deputado Barba, que
esta homenagem, de fato, celebra a instituição, celebra os 27 anos de trabalho
dessa importante instituição. O meu falecido pai, sem ter nenhum estudo, sempre
me disse que quem não serve, não serve. E é justamente esse o nosso propósito.
Eu penso que todo aquele -
especialmente que está na vida pública - que não levanta pela manhã pensando em
como vai melhorar a vida do seu semelhante naquele dia, está no lugar errado. É
melhor ir para a Berrini, é melhor ir para a Oscar Freire, é melhor ir para
outro lugar. (Palmas.)
É para isso que a gente está aqui, para
servir. E eu tenho certeza que todo esse trabalho... que esta Medalha
simboliza, antes de mais nada, o impacto positivo que a instituição tem, esse
impacto transformador na vida das pessoas. Não apenas a questão da assistência,
mas a dignidade, o resgate social, como eu sempre digo.
Então, a pessoa que tem aquela condição
de vulnerabilidade precisa ser resgatada, e é isso que a Samaritano faz, com
esses princípios essenciais que o próprio nome já diz, que é justamente a
caridade e a solidariedade. O nome de São Francisco já nos diz tudo, como bem
lembrou aqui o nosso querido bispo.
Eu tenho certeza que essas 30, são mais
de 30 unidades, cerca de 30 unidades, são programas e iniciativas que dão
suporte emocional, mas também suporte espiritual para aqueles que precisam.
Essa emancipação social que a Samaritano realiza, de fato, é de suma
importância.
Eu quero aqui desejar muito, muito
trabalho, muito sucesso, uma vida longa à instituição. E Arujá sente-se
particularmente honrada em tê-los lá conosco. De fato, a Samaritano, e todo o
trabalho da Cecília e de todo o time, nos inspira a realizarmos cada vez mais
em prol dos nossos semelhantes que estão em condição de vulnerabilidade.
Meus parabéns, Cecília; meus parabéns à
entidade e parabéns, mais uma vez, ao nosso querido deputado Barba pela iniciativa.
Um abraço a todos, fiquem com Deus e
uma boa noite. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao Dr. Luis
Camargo, prefeito de Arujá, pelas palavras. Agora, fará uso da palavra o nosso
deputado Teonilio Barba. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - TEONILIO BARBA - PT - Bom, primeiro,
eu quero dizer, como eu dizia lá no sindicato, dom Pedro Luiz: boa noite,
companheiras e companheiros. É assim que a gente saúda os trabalhadores na
porta de fábrica, e eu, que venho do movimento sindical...
Agradecer a presença de todos vocês
aqui, em nome do presidente André do Prado, que é quem faz parte da Mesa
Diretora e é o presidente da Casa. Eu sou o primeiro secretário; tem o segundo
secretário, Rogério Nogueira, também agradecer, porque nós que fazíamos a
sessão dos espaços, para que sejam realizadas essas sessões solenes, as
audiências públicas.
Primeiro, dizer que esta Casa é laica,
ela não tem religião, como todo estado, deve ser laico e lutar pelo respeito a
todas as religiões, pelo respeito à pluralidade religiosa.
Então, eu quero aqui começar
cumprimentando, primeiro, a minha querida amiga Cecília Stringhini; a minha
querida amiga Cris, que se dedicou muito, mas muito, para que esta audiência
acontecesse. Se eu deixasse, a Cris estava organizando o ônibus até agora, para
poder botar mais gente, mais gente e mais gente aqui - ela e a Cecília. Então,
a determinação dela, para nós, é muito importante. (Palmas.)
E, em nome das duas, eu quero
cumprimentar todas as mulheres presentes. E quero iniciar minha fala pedindo
aos homens aqui presentes, a maioria aqui, tenho certeza que 100% são homens de
bem. Mas nós estamos no mês chamado de Agosto Lilás, que é o mês da luta contra
a violência que se pratica contra as mulheres.
Então nós, homens, temos que ser
protagonistas dessa luta das mulheres que lutam contra a violência. A cada dois
minutos, tem uma mulher violentada. A cada seis horas, tem uma mulher sendo
assassinada. O feminicídio no País é muito grande e não só, além da violência,
tem a questão do assédio moral, do assédio sexual, do constrangimento.
E o nosso mandato tem uma luta, nesse
sentido, contra qualquer tipo de preconceito, contra o machismo, contra a
violência contra as mulheres, contra as crianças, contra os idosos, contra a
nossa comunidade LGBTQIA+, que também passam pela mesma violência, e contra a
nossa população em situação de rua.
Então, eu queria começar fazendo essa
fala, porque, naquele mês que a gente determina, nós temos que fazer e botar
essa pauta na Ordem do Dia, porque senão esses crimes vão acontecendo e vão
sendo naturalizados por nós, pela sociedade, e vão sendo invisibilizados.
Deputado, o sempre deputado, Adriano
Diogo; mais o Ariel de Castro, Dr. Ariel de Castro; mais o meu amigo e
companheiro, meu ex-chefe de gabinete, o Jason Silva, que tem uma luta nessa
pauta da defesa dos direitos humanos, das minorias e de todo mundo que passa
por esse enfrentamento.
Segunda coisa, agradecer, Cecília,
muito, não só ao Instituto Samaritano, mas eu tenho que falar uma coisa. Por
exemplo, o nosso partido... está aqui o Adriano Diogo, que nasceu do quê?
Nasceu das comunidades eclesiais de base, do movimento de cultura, do movimento
sindical, do movimento popular, de movimentos de intelectuais. Ele nasceu em
movimento.
Está aqui o Jason, que é neto da Chica
da Silva - eu tenho que dar uma paradinha, senão erro e falo Chica de Oliveira
-, que é uma das fundadoras da luta do morro, de moradia, fundadora do PT. E
nós nascemos em função disso. Você, que é neto dela, que está passando por um momento
difícil, mas está lá. Passamos na sexta-feira em frente à casa dela.
Então, é uma luta que nós resolvemos
fazer, que não é só a luta do assistencialismo, que é importante, mas também a
luta de disputa para, quem sabe, transformar tudo isso que o Samaritano faz em
políticas públicas, porque esse é o caminho para poder ajudar a organizar.
Porque são várias instituições pelo
País afora e pelo estado afora, cumprindo parte da tarefa que tinha que ser
tarefa do Estado, políticas públicas do Estado. Por isso que nós disputamos
política.
Quero cumprimentar o pastor Jair,
cumprimentar o padre Ovídio, cumprimentar o meu amigo e deputado federal,
Alfredinho, trabalhador de chão de fábrica como eu. Cumprimentar o bispo dom
Pedro Luiz; a minha bênção, bispo, em nome de todas as autoridades aqui
presentes. E, Ceará, não sabia que você tinha esse nome.
Eu não guardei o nome de todo mundo
aqui em cima para ganhar tempo, mas para mim era importante fazer esta
homenagem ao Samaritano, com quem nós temos uma parceria, sem pedir nada ao
Samaritano com quem nós temos uma parceria, sem pedir nada ao Samaritano e sem
o Samaritano nos pedir nada. Foi uma parceria em que se estabeleceram regras de
convivência e de como poder ajudar para melhorar cada vez mais o Samaritano.
Por isso, na pessoa da Cecília, nós
resolvemos aqui hoje, ela como coordenadora, presidenta, homenagear com a maior
honraria que esta Casa homenageia instituições ou pessoas.
Então eu quero agradecer, Cecília,
muito a você. Você inspira muito, o Samaritano inspira muito outras
instituições a trabalhar com acolhimento, com trabalho de assistência social,
com assistência psíquica, com crianças, com idosos, com pessoas com
deficiência, com pessoas em situação de rua, tentando fazer formação,
qualificação para que, cada vez, e tem muita gente voluntária, além dos
trabalhadores do Instituto Samaritano, além das 30 unidades, montem essa
articulação, essa relação.
A Cecília - com a Cristina e o Jason - foi
a responsável, juntamente com vocês, coordenadores e trabalhadores, pela
articulação de todo este evento que nós estamos fazendo aqui hoje. Eu quase
mato a Cristina do coração, porque eu recebi uma convocação de última hora de
uma reunião em que eu tenho que estar. Tive que conseguir atrasar a reunião em
uma hora e meia para tentar cumprir aqui, com vocês, esta sessão solene. Para
mim é uma honra recebê-los aqui.
Muito obrigado a todos os homens e as
mulheres presentes. Viva o Instituto Samaritano, viva todas as organizações
sociais que fazem parte do movimento popular da nossa sociedade civil
organizada. Grande abraço a todos vocês, sejam bem-vindos a esta Casa. O nosso
mandato está à disposição do Samaritano.
Muito obrigado. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do deputado Barba.
Neste momento, teremos uma apresentação
musical no NCI Samaritanos, que fica no bairro Ermelino Matarazzo, na zona
leste de São Paulo. (Palmas.)
*
* *
- É feita apresentação musical.
*
* *
Agradecemos a apresentação do coral do
NCI Samaritanos.
Convido agora, para uma breve saudação,
a Sra. Marilda Lima. (Palmas.)
A
SRA. MARILDA LIMA - Boa noite. É com muita
alegria que estamos aqui nesta noite e neste mês em que fazemos memória de dom
Luciano, então é um presente esta noite. Dom Luciano nos reuniu aqui nesta
noite, em uma noite em que todos nós somos frutos desse coração de dom Luciano.
Quando a gente está aqui, a gente tem
um pedacinho desse amor, desse samaritano, desse São Francisco, de estar a
serviço. Nós começamos esta caminhada de estar a serviço há muito tempo, e eu
me pergunto ainda por quanto tempo estaremos nesta estrada. Eu sei que
estaremos nesta estrada enquanto vidas precisarem de nós.
Então, agradeço ao deputado Barba, que
é tão importante a gente vir nesta Casa e ver vida. Esta Casa é nossa, é do
povo. Eu cheguei aqui, fiquei perdida e pensei: “como a gente precisa estar
aqui nesta Casa”.
Nós, as mulheres, as mulheres pretas
das periferias, os adolescentes, o povo; a gente precisa estar aqui para saber
quais são as decisões do nosso estado, para acompanhar os nossos
representantes. Vamos voltar a estarmos mais presentes nesta Casa. Hoje eu
fiquei com esse sentimento.
Então,
obrigada, deputado, por abrir a Casa, por trazer esta homenagem ao Samaritano e
obrigada por esta noite, por a gente se encontrar. E que bom que dom Luciano
nos reuniu nesse serviço à vida.
Boa noite.
(Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Obrigada, Sra. Marilda. Também convidamos, para uma breve saudação, o Sr.
Robson Teles. (Palmas.)
O SR. ROBSON TELES - Boa noite a
todos. Fico feliz de estar aqui representando os colaboradores. Estou há cerca
de oito anos nesta luta diária. A Cecília me convidou. Quando cheguei, a
organização tinha quatro serviços. A gente conseguia saber o nome de todos os
funcionários, às vezes até dos atendidos. E hoje a gente vê o tamanho em que a
organização está.
Isso significa
que a gente tem qualidade no nosso trabalho, que a gente tem visibilidade no
nosso trabalho. E gostaria de agradecer muito ao deputado Barba, porque não é
fácil a gente...
Nem sempre a
gente é lembrado do nosso trabalho. Então, é uma homenagem que vem, assim,
engrandecer ainda mais a nossa atividade, o nosso olhar para com os nossos
usuários e com os colegas de trabalho. É isso.
Boa noite.
(Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Convido agora, para fazer uso da palavra, o Dr. Eduardo Dias de Souza Ferreira.
(Palmas.)
O SR. EDUARDO DIAS DE SOUZA FERREIRA -
Primeiro, boa noite. Parabenizar aqui a Cecília, cumprimentando, em nome dela,
as mulheres todas aqui. Dom Pedro Stringhini, bispo. Deputado Barba,
agradecê-lo pela iniciativa desta grande lembrança. Aqui o eterno deputado
Adriano Diogo, que veio aí também. E, aqui, junto estou com a Sueli. Vendo
aqui... Faz tempo que eu não via o Ariel e todos vocês.
E, lembrando
como eu conheci a Cecília, eu não poderia deixar de lembrar aqui do saudoso
desembargador e professor, colega meu da PUC, Antonio Carlos Malheiros.
(Palmas.) E o juiz da infância Luis Fernando de Barros Vidal. Foi por eles que
eu conheci a Cecília; e peguei nessa fase, que o pastor Jair lembrou...
O Jair lembrou,
em 2009, e eu peguei a sequela disso, já na fase final, que alguns dizem:
“quando a gente passa uma grande tempestade, uma provação é que a gente vê as
pessoas”. Algumas afundam e outras se mostram na sua grandeza, vão buscar força
onde não tem. Junto aos irmãos, aos companheiros, ela consegue soerguer. E foi
isso que aconteceu lá em 2009; uma dificuldade enorme, administrativa e tudo.
E essa entidade
já vai completar seus 30 anos; com 27 anos. Daqui a pouco, a gente, se Deus
quiser, estará completando 30 anos - e só crescendo. Mas não é só crescer. É
crescer com qualidade.
Porque não é
raro a gente encontrar algumas entidades que vão abraçando, fazendo, fazendo...
E, às vezes, como disse também o padre... (Inaudível.) Que a importância da
lei, da (Inaudível.), uma legislação que fortaleceu em parte o Sistema Único de
Assistência Social - a Suas -, que é um direito à assistência.
Mas é um
direito que é compartilhado. É um serviço de relevância social, que é exercido
pelo Estado, mas também exercido pelas entidades, para dar dignidade para as pessoas.
E é preciso -
como lembra sempre dom Paulo - muita coragem e - o Papa Francisco - esperança
para tocar em frente esse projeto. E é isso que ela tem feito nesses anos
todos, deixando uma estrutura, deixando um legado, de tal maneira que o serviço
(Inaudível.) são 42 municípios em São Paulo, na divisa, já pegando Minas Gerais,
Pouso Alegre.
E lembrar de
quando atendi, lá em 2014... As agruras que passavam os pais dela no
interior... Quer dizer, vai espalhando e vem, como dom Pedro lembrou... É uma
questão que vem de berço, de família e de outras camadas. Então, é um trabalho
que cresce.
Parabenizo aqui
esta Casa, esta Assembleia, os deputados todos que acolheram a iniciativa do
deputado Barba para que a gente pudesse estar nesta noite aqui celebrando;
celebrando a vida, celebrando a esperança e celebrando a memória também de São
Francisco de Assis, esse samaritano.
Muitos
parabéns, mesmo. Obrigado. E que a gente comemore outros tantos eventos - e
mais 30 anos, se Deus quiser. A filha também está por aqui.
Parabéns a
todos.
Obrigado.
(Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Obrigada ao Dr. Eduardo Dias. Convido agora a fazer uso da palavra o doutor
Ariel de Castro Alves.
O SR. ARIEL DE CASTRO ALVES - Boa
noite a todos e todas. Quero cumprimentar, especialmente, o meu amigo deputado
Barba, lá da mesma cidade que eu, São Bernardo do Campo.
Cumprimentar o
deputado federal Alfredinho; o prefeito Luís Antonio, de Arujá; meu amigo padre
Ovídio, grande lutador das medidas socioeducativas; cumprimentar a Cecília -
muitos anos que atuamos juntos na área social, de direitos humanos.
Meu querido
amigo dom Pedro Luiz Stringhini - grande bispo. Um bispo que representa o
legado de dom Paulo Evaristo Arns, que representa o legado de dom Luciano
Mendes de Almeida - muito bem lembrado aqui pela Marilda.
Então, falava
agora, bispo dom Pedro, de cenas inusitadas. Nós, na Febem. Quando Alexandre de
Moraes era o presidente, em 2004, começou uma grande rebelião e o dom Pedro
perguntou para mim: “e agora, doutor, o que faremos?”.
Eu falei: “agora
faremos o que o senhor mais sabe: vamos rezar”. Rezamos, e deu certo. Alguns
internos nos protegeram ali. Depois, nós conseguimos remediar aquela situação e
saímos bem de lá. Os jovens também ficaram bem, na medida do possível, lá
naquele complexo que tinha dois mil internos na época.
Quero
cumprimentar o pastor Jair. Apesar de todo mundo achar que eu sou católico -
porque eu ando com padres e bispos, com o próprio dom Pedro e o padre Júlio
Lancellotti -, eu sou criado na Metodista, viu Jair, e vejo esse seu exemplo.
Meu pai, junto à pastora Zeni, criou o “Projeto Meninos e Meninas de Rua”, que
depois fez surgir o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua.
E sempre a
Metodista atuou com movimento de meninos de rua e atuou com a Pastoral do Menor
da Igreja Católica, aqui representada pela Sueli e pela própria Marilda.
Quero também
cumprimentar esse grande procurador de Justiça, e também aqui dizer que ele foi
vítima de racismo recentemente, no Tribunal de Justiça de São Paulo. Quero
render aqui as minhas homenagens a esse grande defensor dos direitos humanos do
nosso Ministério Público, grande professor de direito, Eduardo Dias.
Então, de fato, hoje, Marilda, nós
estamos aqui, até com esse espírito de dom Luciano Mendes de Almeida, nos
reunindo para celebrar os direitos humanos. Cumprimentar o querido Adriano
Diogo, um baluarte da luta por direitos humanos, presidiu a Comissão de
Direitos Humanos desta Casa. Se eu for cumprimentar aqui todos e todas que eu
conheço, vejo o Flariston aqui, que é um grande batalhador da área social, o
(Inaudível.) e tantas pessoas.
E quero dizer também, só para encerrar,
Cecília, e não alongar, que nós, que atuamos com direitos humanos e na área
social, em defesa dos excluídos, dos que mais precisam, nós atuamos pela nossa
própria extinção, não é verdade? Nós queremos um dia que não precise mais do
Samaritano São Francisco de Assis. Que não precise mais de entidades de
direitos humanos.
Vai ser o dia que teremos igualdade
social, que não teremos mais excluídos, que não teremos mais população de rua,
idosos vítimas de violência, mulheres vítimas de violência, crianças também
excluídas e vítimas de violência, entre tantos setores que tanto precisam da
defesa dos direitos humanos.
Então, nós nunca podemos perder esse
referencial. Nós sempre temos que atuar para que a gente no futuro não precise
mais atuar, não é verdade? Para que a gente possa fazer outras atividades,
porque de fato nós já conseguimos conquistar a defesa e a garantia dos direitos
humanos e a justiça social.
Obrigado. Boa noite.
Abraços. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Chamamos para mais
uma apresentação musical os adolescentes e crianças do serviço intergeracional
CCINTER - Abayomi, que fica na Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo.
(Palmas.)
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
Agradecemos a apresentação das crianças
e adolescentes do Serviço Intergeracional CCinter Abayomi. Chamamos para
uma breve saudação o Sr. Valderi Teles.
O
SR. VALDERI TELES - Boa noite a todos, boa noite a
todos. Agradecer à Mesa. (Vozes fora do microfone.) Sr. Valderi,
Ceará. Parabenizar aqui a Cecília, agradecer ao deputado Barba, ao Alfredinho,
ao Jason, que fizeram as correrias para a gente estar aqui hoje.
E esta medalha que a Cecília vai
receber hoje não é só da Cecília, não é só do Samaritano, é de todos
vocês, que vocês partam do Samaritano, o Samaritano é uma família.
E muito obrigado.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Também convido para uma breve
saudação o Sr. Lélio Braga Dutra.
O
SR. LÉLIO BRAGA DUTRA - Boa noite a todos,
quero agradecer ao Barba, deputado nosso, que fez esta grande
homenagem justa, e a todos aqui estão presentes, as autoridades aqui na Mesa,
a Cecília Stringhini e a todos vocês colaboradores que estão aqui presentes,
também, que vieram pegar esse trânsito, segunda-feira, para nos prestigiar
e aqui tem pessoas que salvam vidas, trabalham com vidas.
Eu quero agradecer a vocês e as palmas
para vocês.
Muito obrigado.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Também para fazer
uso da fala a Sra. Kátia Teixeira.
A
SRA. KÁTIA TEIXEIRA - Salve, salve. Eu
estou sem voz, mas eu não podia deixar de vir para dizer para a Cecília o
que essa mulher representa para a gente. Eu sou do Lions, sororidade
social.
Lions é o maior clube de serviços do
mundo. Nós estamos em praticamente todos os países, somos um milhão e meio
de associados, e o nosso lema é servir, tantos na Mesa disseram,
precisamos servir, o nosso lema é servimos.
No meu caso, a gente serve as
mulheres, o colega aqui disse que, quiçá, nós não precisássemos mais
existir, porque com certeza a desigualdade teria acabado. Mas a ONU
diz que para as mulheres estarem de igual para igual - e eu não estou
falando aqui em abrir porta de carro, nem pagar conta, por favor, estou
falando em a gente ter os mesmos direitos -, mulheres pretas têm ainda menos
direito do que nós, 189 anos, 189 anos. Ficaremos assim em silêncio? Esperando
que tenhamos vozes?
Precisamos de homens feministas, já que
algumas mulheres não gostam de dizer que são feministas. Precisamos de
homens feministas e de mulheres soror, que nós aprendamos a aplaudir
outra mulher, que foi tão linda a música. Crianças cantaram, vocês são
maravilhosas, que Deus abençoe vocês grandemente, e ali diz, basta a gente
se amar, que tudo vai dar certo.
Eu não falo em empoderamento
feminino, eu falo em apoderamento feminino, quando a gente sabe no que a
gente é muito boa, a gente não puxa o tapete da coleguinha, por isso eu
estou aqui hoje para aplaudir a Cecília.
Cecília quer dizer um sobrenome romano,
um sobrenome Cecília quer dizer cego, mas por que é tão lindo? Porque
eles dizem que a cegueira leva a gente a enxergar além, por dentro. E aí eu
fui pesquisar mais, é o entusiasmo, entusiasmo é Deus dentro da gente.
Cecília, gratidão por tudo que
você fez por nós lá em sororidade social, você é uma mulher que a gente
vai ter sempre que aplaudir em pé, e que Deus continue abençoando você,
todos os seus.
Muito obrigada.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Chamo agora para
mais uma saudação a Sra. Sueli Maria de Lima.
A
SRA. SUELI MARIA DE LIMA - Boa noite, boa noite
a todos, que linda família samaritano, gente. Que maravilha, o bom samaritano. Quero
cumprimentar a Mesa, que coisa boa. Olha, essa mulher me representa, viu? Essa mulher
me representa e representa a grande, todas as mulheres aqui, com certeza.
Dom Pedro, que saudade, eu vou te
dar um abraço, já desço aí, coisa boa, gente, grandes histórias. É um
testemunho de vida, essa mulher é uma guerreira. Não sei se todos têm o
conhecimento, mas é a nossa coordenadora do Regional Sul 1, da CNBB, da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, da Pastoral do Menor, está nos guiando em âmbito de
Regional Sul 1, é uma luz a ser seguida.
Obrigada, Cecília, obrigada e meus
parabéns, parabéns a todos. É uma alegria ver o samaritano, enquanto
organização, enquanto instituição, servindo a diversos povos
vulnerabilizados - crianças, adolescentes, idosos, população de rua - e
ver, Cecília, o princípio da Pastoral do Menor brotar nessa ação, ser
testemunha disso tudo, o quanto é importante.
Tem
aí uma caminhada, uma história junto ao padre Ovídio, Marilda, aqui,
nossos grandes amigos do lado, e muito bom ver a presença do pastor, ver
uma organização dialogando, ver uma organização ter uma ação ecumênica, isso é
sensacional. Parabéns aos samaritanos, parabéns à família Samaritano, coisa
linda, crianças. Recebem meu beijo, todos vocês, viu, todos.
Parabéns pelo testemunho de
todos vocês.
Parabéns Cecília. Sua bênção, dom Pedro.
Obrigada, gente.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento,
convidamos NCI Dandara para mais uma apresentação musical. O NCI é um serviço
que fica na zona leste de São Paulo.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
Agradecemos a presença do NCI Dandara e
pela bela apresentação. Neste momento, a gente convida a deputada federal
Juliana Cardoso para fazer aqui uma saudação para nós. (Palmas.)
A
SRA. JULIANA CARDOSO - Olá. Boa noite, povo
de luta. Que felicidade, Barba, parabéns. Parabéns. É tão difícil, e em
especial nessa última gestão aqui na cidade de São Paulo... As organizações
sociais que fazem a diferença na vida da nossa comunidade.
Aliás, foi nas comunidades eclesiais de
base que a gente foi aprendendo que a política pública era o que salvava a vida
da nossa comunidade. Foi através da igreja, principalmente, que acolhia esse
jovem, que acolhia essa criança, que acolhia esse idoso, em que nem se pensava
em ter recursos municipais, estaduais e federais.
Eu me lembro, Jason, que quando eu era
pequena, nas nossas regiões - eu na leste, e você na sul -, a única política
pública, que nem era vinculada ao Governo, eram essas comunidades.
Foi lá que as mães ficavam com os
filhos... Foi lá que os filhos de outras mães ficavam nas comunidades, para que
essas mães pudessem ter trabalho, ir buscar trabalho.
E de lá para cá, na gestão do PT, com
Luiza Erundina, foi tendo esse entendimento; aliás, de uma luta também da nossa
comunidade, que era o Sistema Único de Assistência Social, que era uma política
voltada para que a gente pudesse ter atendimento para todas as pessoas que
precisavam: deficientes, mulheres, crianças, idosos. E dessa política pública a
gente foi avançando para poder ter esse acolhimento.
Eu sei muito a dificuldade que nos
últimos tempos a gente tem tido para poder deixar o serviço em pé. Mas a gente
nunca perdeu a fé. Nunca perderam a fé - não é, Cecília? Quantas e quantas
vezes, não só a Cecília, mas eu tenho certeza de que a diretoria, em especial
os gerentes, pensaram: “meu Deus, o que será amanhã?”.
Mas a fé sempre foi aquela que falou:
“vai dar jeito”. E hoje nós estamos aqui com o Barba, fazendo esta homenagem
tão importante, neste momento, com tantas pessoas aqui que eu conheço desde
sempre, que conheço e encontro na luta, porque a gente acredita que é esse tipo
de política pública que faz a diferença na vida da classe trabalhadora.
Parabéns, Barba; parabéns a todos e
todas, em especial à Cecília, que a gente sempre conversa, em determinados pontos,
para poder pensar quais são os caminhos - não é, Su? Quais são os caminhos - não
é, Marilda? Quais são os caminhos, Ariel, Dr. Eduardo Dias.
Quem sabe, a gente pode fazer a
diferença mudando, nos próximos tempos, este momento que nós estamos vivendo.
Acho que a gente tem que pensar nisso, mudança é preciso, desde que seja uma
mudança feita para a classe trabalhadora, para o povo brasileiro e para aquelas
pessoas que mais precisam.
Parabéns.
Obrigada. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos a palavra
da deputada federal Juliana Cardoso. E daremos início, agora, à outorga do
colar de honra ao mérito legislativo à organização da sociedade civil
Samaritano São Francisco de Assis.
Neste momento, teremos uma leitura do
breve histórico da organização, que será feita pela Sra. Patrícia Carvalho.
A
SRA. PATRÍCIA CARVALHO - Boa noite. “A
organização da sociedade civil Samaritano São Francisco de Assis foi fundada em
25 de outubro de 1997, sob o nome Projeto Samaritano São Francisco de Assis. Sua
criação surgiu de um processo de reflexão e debate entre cidadãos engajados em
diversos grupos sociais e comunidades religiosas, diante da necessidade de
apoio e orientação sobre HIV/Aids e suas consequências.
Em 2008, uma nova equipe assumiu a
direção do projeto e decidiu, em assembleia, alterar o nome de entidade para
Samaritano São Francisco de Assis. A partir deste momento, a organização
expandiu suas atividades, passando a atuar em áreas como assistência social,
educação infantil, direitos humanos, entre outras, visando a atender crianças,
adolescentes, mulheres, idosos e população em situação de rua.
Os objetivos da organização incluem
atender demandas técnicas e humanitárias, implantar novos serviços de
atendimento em diversas áreas, oferecer consultorias e supervisões
institucionais e influenciar políticas públicas para garantir a dignidade
humana. Os valores fundamentais são: desenvolvimento integral do ser humano,
acolhimento, promoção da cidadania e prestação de serviço com qualidade.
Atualmente, a Samaritano São Francisco
de Assis mantém 38 projetos em execução, incluindo casas-abrigos para mulheres
em situação de rua, centros de educação infantil, centros de acolhimento para
crianças e adolescentes, serviços para idosos, famílias em situação de rua,
LGBTQIA+, pessoas com deficiência e outros.
A maioria desses projetos são voltados
não apenas para o acolhimento socioassistencial, mas também para o
fortalecimento e desenvolvimento de ações de inclusão socioprodutivas visando a
conquista da dignidade humana.
A organização conta com cerca de 60
profissionais em regime de carteira assinada, além de estagiários e
voluntários, formando uma equipe multidisciplinar composta por pedagogos,
assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, entre outros.
A capacidade técnica e operacional é
adaptada de acordo com as necessidades de cada projeto, contando com
profissionais especializados em gestão financeira, compras, supervisão,
prestação de contas, entre outros. Também contamos com 100 prestadores de
serviço.
Destaca-se ainda a experiência da
organização em projetos de capacitação e de empoderamento feminino, como
projeto de casas-abrigo para mulheres em situação de violência doméstica, em
parceria com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e o projeto de
capacitação de mulheres na região da Cidade Tiradentes voltado para o
empreendedorismo e para o empoderamento feminino.
Com quase 27 anos de existência, a
Samaritano São Francisco de Assis consolidou uma vasta experiência no apoio, atendimento
e formação de milhares de pessoas, demonstrando competência e eficiência para
lidar com os desafios propostos.
Concluímos que os esforços da
Samaritano São Francisco de Assis visam não apenas a capacitar e empoderar os
grupos mais vulneráveis da sociedade, mas também contribuir significativamente
para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.
Acreditamos firmemente que, ao
fortalecer a participação desses grupos na sociedade e ao enfrentar as diversas
formas de exclusão e violência, estaremos promovendo não apenas a igualdade,
mas também o desenvolvimento socioeconômico e o fortalecimento das instituições
democráticas.
Com o comprometimento de todas as
partes envolvidas, estamos confiantes de que alcançaremos resultados tão
transformadores que beneficiarão não apenas os atendidos pela organização, mas
toda a comunidade em que estamos inseridos”.
Obrigada. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - O Colar de Honra ao
Mérito Legislativo é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo.
Foi criado em 2015 e é concedido a
pessoas naturais ou jurídicas, brasileiras ou estrangeiras, civis ou militares
que têm atuado de maneira a contribuir para o desenvolvimento social, cultural
e econômico do nosso estado. Como forma de prestar-lhes, pública e solenemente,
uma justa homenagem.
Chamamos à frente a representante da
Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de Assis, Sra.
Stringhini, presidente da organização, para que seja outorgada com o Colar de
Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo pelas mãos do deputado
Barba. (Palmas.)
*
* *
- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
*
* *
Neste momento, ouviremos as palavras ao
representante da homenageada da noite, Sra. Cecília Stringhini.
A
SRA. CECÍLIA STRINGHINI - Boa noite. Estender a
mão a quem está vulnerável, sem julgar, é ser samaritano. Levar esperança e luz
aonde há desespero e trevas é ser como São Francisco de Assis. Excelentíssimo
Sr. Deputado Teonilio Barba, muito obrigada.
Vocês estão percebendo que eu estou
engasgada, está difícil aqui, mas vamos lá. Muito obrigada por esta tão
magnífica homenagem à OSC Samaritano São Francisco de Assis.
Quero dizer que me sinto muito
lisonjeada e honrada por estar aqui neste momento recebendo esta Medalha de
Honra ao Mérito nesta solenidade. É com muita humildade e satisfação que
agradeço muito a Deus por nos conceder essa graça de estarmos aqui.
Agradeço ao nobre deputado Alfredinho,
nosso colega e companheiro de caminhada. Ao dom Pedro Luiz Stringhini, meu
irmão, que junto da minha filha e minha irmã, Inês, representam aqui a minha
família. Muito obrigada pelas vezes em que eu estive ausente da família, em
função das atividades da Samaritano, e vocês tiveram paciência e compreensão
comigo.
Em nome do padre Ovídio, eu agradeço a toda
a Mesa, ao pessoal que está aqui, que está lá em cima. Muito obrigada, é muito
importante estar aqui com vocês neste momento. Pastor Jair, meu caro colega de
caminhada, de muitas lutas, muito obrigada também. Eu estou aqui muito
emocionada, mas estou muito feliz com a presença de todos.
Ouvir palavras tão afetuosas de pessoas
que tanto admiro e amo é como receber um abraço caloroso da vida. Cada gesto de
apoio e carinho reforça a certeza de que temos que continuar a luta do dia a
dia. Cada palavra que eu ouvi tocou meu coração de um jeito diferente, me
enchendo de um sentimento de realização e orgulho pela jornada que percorri até
aqui.
Quero destacar a Pastoral do Menor na
pessoa do padre Ovídio, da Marilda, da Sueli, é uma pastoral que eu integro há
quase 40 anos, e também o Lions Sororidade Social, aqui na pessoa da Kátia
Teixeira e da minha amiga Sueli, que eu faço parte há seis anos, porque vocês
são imprescindíveis na minha caminhada e também na vida da Samaritano São
Francisco de Assis.
Hoje é um dia de celebração, de
reconhecimento. Estamos aqui reunidos na Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo, sob a liderança do Exmo. Deputado estadual Teonilio Barba, que muita
nos honra com esta brilhante homenagem. Prezados colaboradores, membros da
diretoria... O Vinícius e o Cláudio, que também estão aqui, que fazem parte da
diretoria, mas que não estão aqui compondo a Mesa, muito obrigada.
Vocês não têm noção do tamanho da minha
alegria, do quanto me sinto feliz e honrada por representá-los aqui neste
momento. Como disse alguém aqui na tribuna, esta medalha não é minha, é de
vocês, de todos nós.
Todos nós conquistamos juntos. A
Samaritano só existe porque vocês existem, porque vocês fazem parte dela e
contribuem a cada dia com tanta resiliência, com tanta força para a sua
grandiosidade.
A missão da Samaritano é efetivada,
porque vocês estão dentro dela e fazem acontecer em cada gesto de solidariedade
e amor. Quero expressar meu agradecimento a cada um de vocês, os acolhidos, os
colaboradores, os amigos que estão aqui neste momento.
Quero agradecer aos meus amigos que
vieram de outros lugares, muito obrigada por estarem aqui nos prestigiando. Não
dá para citar o nome de cada um, mas o Sandro, que está aqui na frente,
representa todos meus amigos que estão aqui. Muito obrigada, Sandro e Mara, por
estarem aqui neste momento.
A organização Samaritano São Francisco
de Assis, já foi dito aqui algumas vezes, foi idealizada pelo padre Ticão, junto
de um grupo de pessoas da sua Paróquia São Francisco de Assis, que assumiu esse
compromisso de trabalhar em prol da vida. Depois de quase uma década, ou mais
de uma década, nós assumimos. Eu estou na Samaritano desde 2008.
Assumimos em 2008, mas nós tivemos o
nosso primeiro serviço concretizado mesmo em 2012. Então, nesse período foram
muitos desafios, muitas dificuldades apareceram no nosso caminho. Algumas
pessoas desistiram e outras continuaram, estão aqui com muita persistência,
paciência e estamos vencendo.
Ao longo dos seus 27 anos de
existência, a Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de Assis
tem buscado incessantemente atuar com uma visão ampla, acreditando no talento
humano, na igualdade de gênero e raça e no protagonismo social, focando em
resultados concretos na vida das pessoas e nos territórios em que vivem, a
partir de oportunidades que a Samaritano busca resgatar a dignidade da pessoa
humana, conforme consiste na Constituição Federal.
A Samaritano incansavelmente busca
refletir as suas ações de diversos atores de direito, enquanto estratégia para
fortalecimento das políticas públicas, entendendo como um processo crítico,
criativo e humanitário. Entendem também a necessidade de trocas e saberes
diferenciados e posicionados.
Para que as pessoas atendidas tenham os
seus direitos garantidos, A OSC Samaritano São Francisco de Assis vem
executando suas ações em parceria com órgãos públicos nas esferas municipal,
estadual e federal, nas áreas da Educação, Saúde, trabalho, assistência social
e direitos humanos. Lembrando, inclusive, que essas políticas públicas estão
previstas na agenda dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
A cada dia construímos um pedaço de
nossa história. Contudo, realizar e efetivar a missão tem sido um desafio
constante na busca de parcerias para a construção da cidadania. Eu reafirmo
aqui o meu compromisso em continuar a serviço dos mais necessitados.
Aprendi, na prática do dia a dia, que
cuidar dos pobres é uma missão de vida, mas uma missão que não se faz sozinha.
Acredito na força do trabalho coletivo e na importância de cada pessoa que se
coloca a serviço para trazer dignidade à vida das pessoas.
Que possamos continuar unidos, fortes e
resilientes, enfrentando desafios e celebrando nossas conquistas. Que este
momento inspire a todos nós a seguirmos adiante com coragem e determinação,
para que possamos continuar escrevendo novos capítulos de nossa história.
Que o nosso bom Deus esteja sempre nos
iluminando, protegendo e cuidando de cada um, pois um sonho que se sonha só é
apenas um sonho, mas um sonho que se sonha juntos pode se tornar realidade.
Reconheço que o trajeto não foi fácil.
Enfrentamos e superamos desafios significativos, mas isso torna a conquista
ainda mais relevante, intensa e gratificante. Continuemos na luta, um beijo no
coração de todos.
Muito obrigada a todos. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Estamos
encerrando este momento, mas, antes, chamar aqui a Jéssica, que é uma das
acolhidas da RI, que quer entregar aqui uma lembrança, em nome de todos os
colaboradores do Samaritano, para a Cecília.
E com essa
singela lembrança, a gente agradece as palavras da Sra. Cecília Stringhini. A
Cecília também preparou aqui uma lembrança para o deputado, que ela gostaria de
também entregar neste momento.
* * *
- É entregue a homenagem.
* * *
E a todos que
fizeram parte da Mesa, não vão embora. Assim que descerem as escadas, tenho uma
lembrancinha do Samaritano para cada um de vocês. Deputado, posso quebrar o
protocolo aqui?
Eu quero também
homenagear aqui uma pessoa que foi muito importante neste evento, e que, como
diz aqui o Barba, se dedicou muito, muito, dia e noite, teve até crise de
ansiedade, para que este evento pudesse acontecer e sair lindo do jeito que
foi, que é você, Cris, muito obrigada. (Palmas.)
Agora a gente
passa a palavra ao deputado Barba, que fará o encerramento desta sessão solene.
O SR. PRESIDENTE - TEONILIO BARBA - PT - Pedir
para a Cris ficar aqui, pedir para a Cecília vir até aqui também, Cecília, para
a gente poder encerrar esta sessão.
Antes de
encerrar, quero agradecer a presença da deputada federal Juliana Cardoso, a
presença do meu amigo deputado estadual, passou por aqui, o Donato, mas tinha
outra agenda, não pôde ficar. É um grande companheiro. Agradecer mais uma vez a
presença do meu amigo e sempre deputado, Adriano Diogo.
Adriano, um
grande abraço, muita sorte, você... e eu conheço a sua luta em defesa dos direitos
humanos, da Comissão da Verdade, e todos os presentes aqui. Agradecer muito ao
meu amigo e companheiro Jason Silva, que eu considero como se fosse meu filho. É
um cara de luta, é uma juventude importante.
Agradecer ao
prefeito Luis Camargo, mais uma vez ao padre Ovídio, mais uma vez ao pastor
Jair, mais uma vez ao dom Pedro Luiz, nosso bispo, eu não guardei o nome de
todos aí em cima, mas toda a minha solidariedade. Viu, Eduardo? Eu acompanhei a
sua entrevista na “GloboNews”, o tipo de tratamento que é dedicado.
Gente, eles
tentam invisibilizar essa luta social, essa luta popular, essa luta do povo
preto. Para dar só um exemplo, eu sou responsável nesta Casa pela aprovação do
dia 20 de novembro, Dia Estadual da Consciência Negra.
A imprensa
inteira divulgou, Jason e Adriano, que o governador decretou o feriado no
estado de São Paulo. Ele sancionou um projeto meu que foi aprovado nesta Casa.
E nós, pretos e pretas, negros e negras... é só olhar para a história do
Machado de Assis. Só foi ser reconhecido ele como escritor negro depois de 100
anos da morte dele, em 2019.
Então, nós não
vamos parar de lutar, essa luta nossa tem que continuar. E eu pedi para que
vocês duas ficassem aqui, exatamente em função daquilo que eu iniciei na minha
palavra, que é o Agosto Lilás.
Então, gente,
quero agradecer a presença de todos, de toda a minha assessoria, do Cerimonial
da Casa, que trabalhou bastante aqui, da TV Alesp, que transmitiu ao vivo este
evento, e não é só este, todos os eventos, independente de quem é o deputado
que faz aqui, a TV Alesp transmite ao vivo.
Então,
agradecer a presença de cada um e cada uma de vocês, e dizer que todo mundo
retorne para casa, vão com Deus e que todos nós sejamos samaritanos. Um grande
abraço a todos. Deixa eu só fazer aqui a parte protocolar.
Esgotado o
objeto da presente sessão, eu agradeço a todos os envolvidos na realização desta
sessão solene, assim como agradeço a presença de todos. Nada mais havendo a
discutir, está encerrado esta sessão.
Muito obrigado,
vão com Deus.
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- Encerra-se a
sessão às 20 horas e 56 minutos.
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