26 DE MARÇO DE 2025
34ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: FÁBIO FARIA DE SÁ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - FÁBIO FARIA DE SÁ
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h02min.
2 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE FÁBIO FARIA DE SÁ
Cumprimenta vereadores de Parapuã, presentes no plenário.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - DANILO CAMPETTI
Para comunicação, faz pronunciamento.
7 - PRESIDENTE FÁBIO FARIA DE SÁ
Parabeniza o município de Riolândia pelo seu aniversário e cumprimenta autoridades da cidade, presentes no plenário.
8 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE FÁBIO FARIA DE SÁ
Cumprimenta os estudantes da Escola Estadual Orígenes Lessa, presentes nas galerias.
10 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - MAURO BRAGATO
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - RICARDO FRANÇA
Para comunicação, faz pronunciamento.
13 - FABIANA BOLSONARO
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - PRESIDENTE FÁBIO FARIA DE SÁ
Cumprimenta os estudantes da Escola Estadual Orígenes Lessa, presentes nas galerias.
16 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
17 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - EDUARDO SUPLICY
Para comunicação, faz pronunciamento.
19 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelas deputadas Letícia Aguiar e Fabiana Bolsonaro).
20 - PAULO FIORILO
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado Eduardo Suplicy).
21 - DANILO CAMPETTI
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - CONTE LOPES
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
24 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - DANILO CAMPETTI
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
26 - EDUARDO SUPLICY
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
27 - PRESIDENTE FÁBIO FARIA DE SÁ
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 27/03, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Levanta a sessão às 15h44min.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Fábio Faria de
Sá.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o Expediente.
Dando início ao nosso Pequeno
Expediente, dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Experiente
no dia 26 de março de 2025, o primeiro, na ordem, é o deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada
Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino (Pausa.)
Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado
Barros Munhoz. (Pausa.) Deputado Emídio de Souza. (Pausa.) Deputado Marcelo
Aguiar. (Pausa.)
Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado
Reis. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado
Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Carla
Morando. (Pausa.)
Deputada Professora Bebel. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.)
Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pela ordem.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, eu queria, à medida em que o deputado Carlos Giannazi se dirige à
tribuna, anunciar a presença aqui entre nós, com muita alegria, - inclusive,
estava mostrando para eles aqui as dependências do nosso Parlamento -, dos
vereadores lá da cidade de Parapuã, que estão aqui visitando a gente, a Luzia
Valeria, o Paulo, o Rick e a Mariane; cadê os senhores?
Vereadores da cidade de Parapuã
visitando a gente, sejam bem-vindos aqui na Assembleia Legislativa, esta Casa
aqui é de vocês. É uma honra, é um prazer recebê-los, vindos de uma cidade tão
longe, não é, Giannazi? E uma cidade tão bonita como a nossa cidade de Parapuã.
Sejam bem-vindos.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Bem-vindos
vereadores, vereadoras. Com a palavra, a V. Exa. Deputado Carlos Giannazi, pelo
tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Faria de Sá, público aqui
presente, deputados, deputadas, telespectador da TV Assembleia.
Nós, já há
muito tempo, estamos denunciando que o governador Tarcísio de Freitas, através
do secretário estadual de Educação, está fechando salas de aula, fechando
turnos em todo o estado de São Paulo.
Inclusive,
impedindo que os alunos trabalhadores do ensino médio possam estudar no período
noturno; impedindo, inclusive, a abertura de salas do ensino médio regular e,
também, impedindo que pessoas que não tiveram acesso à educação básica,
sobretudo na área do ensino médio, na idade própria, também tenham a
oportunidade de estudar através da Educação de Jovens e Adultos.
Porque o que
nós temos é um fechamento de salas e turnos generalizado, repito, em todo o
estado de São Paulo, Sr. Presidente. E o estado está aprofundando cada vez mais
esse modelo de fechamento, de enxugamento da rede estadual.
Eu quero
ilustrar aqui duas manifestações, Sr. Presidente. Na verdade, apresentar aqui
duas manifestações que ocorreram nesta semana que ilustram, que mostram
claramente o que vem acontecendo na rede estadual de ensino.
Essa
manifestação aconteceu agora, recentemente, lá na frente da Diretoria de Ensino
de São Bernardo do Campo. Os professores, a comunidade escolar se organizou,
que era o pessoal da Apeoesp, para protestar contra o fechamento de salas.
Lá mais de 15
escolas tiveram o fechamento de salas, entre elas, a Escola Estadual Maurício
de Castro, que os alunos, inclusive, junto com os professores, organizaram um
abaixo-assinado para que as salas fechadas sejam reabertas imediatamente, Sr.
Presidente, porque é inconcebível fechar salas. E agora, no meio do bimestre,
eles nem esperam o final do ano, a sala é fechada exatamente no meio do
bimestre.
O aluno chega
num determinado dia na sua escola para estudar na sala de aula em que ele
sempre estudou. Chegando lá, a sala não existe mais; ele é transferido para uma
outra sala com outros colegas que ele não conhece, ou seja, ele perde o vínculo
com os seus amigos, com os professores, e ele é vítima da superlotação de
salas. Porque é isso que o Estado está fazendo, fechando salas e agrupando os
alunos em salas superlotadas.
Então, essa
manifestação, Sr. Presidente, essa primeira que eu estou mostrando aqui, é lá
em São Bernardo do Campo, na frente da diretoria de ensino. Está ali o
professor Aldo, o professor Paulo Leves, os professores da região, as
professoras fazendo essa gravíssima denúncia, pressionando a diretoria de
ensino para que ela reabra todas as salas fechadas.
E também houve,
agora, recentemente, uma outra manifestação lá na Diretoria Norte 1...
Apresentar aqui também uma foto da manifestação dos alunos, professores, pais
de alunos, fazendo a mobilização contra o fechamento de salas em 20 escolas, só
de uma única diretoria de ensino.
Lá nós perdemos
várias salas também, Sr. Presidente, no meio do bimestre, não é nem do semestre
e nem no final do ano, é no meio do bimestre. Isso é um crime pedagógico contra
as crianças e adolescentes da rede estadual, que nós não podemos permitir.
Eu já tinha,
desde o ano passado, acionado o Ministério Público Estadual e o Tribunal de
Contas contra esse crime educacional praticado pelo governador Tarcísio de
Freitas e o seu secretário Renato Feder, o empresário da Educação. O dono da
Multilaser, agora mudou o nome, parece que é Multi, Sr. Presidente.
Então é um
governo que não tem nenhum compromisso com a Educação. Eu já acionei, junto com
o nosso coletivo “Educação em Primeiro Lugar”, o Ministério Público e o Tribunal
de Contas - nosso coletivo “Educação em Primeiro Lugar” é composto pelo mandato
da deputada federal professora Luciene Cavalcante; do vereador Celso Giannazi,
na Câmara Municipal, e o nosso mandato aqui da Assembleia Legislativa - para
que providências sejam tomadas e as salas sejam reabertas, os turnos.
O Governo vem
tentando até fechar as escolas, Sr. Presidente. Não fosse a nossa intervenção,
ele teria fechado agora, recentemente, a Escola São Paulo, aqui no centro da
cidade, uma das escolas mais antigas da rede estadual de ensino. Essa é a nossa
luta, Sr. Presidente. Nós não vamos permitir o fechamento de sala de aula do
estado de São Paulo, nós precisamos de mais salas, mais escolas.
Nós temos que
combater a superlotação de salas, nós estamos combatendo e denunciando a máfia
das plataformas digitais, que tem atrapalhado e tirado a autonomia pedagógica
dos professores, prejudicando a aprendizagem dos alunos. Nós estamos na luta
pela climatização das escolas, por conta das ondas de calor, da crise
climática.
Nós estamos em
luta para que o Governo pague corretamente o piso nacional do Magistério, e
tantas outras lutas importantes. A Educação tem que ter mais investimento, Sr.
Presidente.
Para
finalizar, também repudio o projeto que foi aprovado aqui na Assembleia
Legislativa, a PEC do governador Tarcísio de Freitas que reduziu o Orçamento da
Educação de 30% para 25%, retirando, por ano, mais de 11 bilhões de reais das
escolas públicas do nosso estado.
É
isso que está por trás de todos esses ataques, de enxugamento da rede,
fechamento de salas, demissão em massa de professores, ataque à educação
especial. Enfim, é a luta, Sr. Presidente. Por isso que a categoria está
mobilizada e preparada para uma greve, que será provavelmente deflagrada no dia
25 de abril.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Carlos Giannazi. Dando sequência à lista de oradores do Pequeno
Expediente do dia 26 de março de 2025, deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.)
Deputada Bruna Furlan. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado
Eduardo Suplicy. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos,
deputado.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Fábio Faria de Sá, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, na tarde de ontem, meu mandato esteve em um evento do
lançamento do Programa Nacional de Defensores dos Defensores Climáticos, criado
pela ONG “International Arayara”, que há 30 anos trabalha com educação
ambiental e ativismo político.
O programa foi
criado para auxiliar ambientalistas e ativistas climáticos no Brasil,
oferecendo suporte legal, psicológico, técnico e humanitário para promover a
segurança e assegurar a justiça ambiental a essas lideranças que não defendem
apenas o seu território, mas as diversas formas de vida como um todo.
Considero esse
programa de vital importância em nosso País. É um dos países que mais assassina
ativistas climáticos no planeta. Em 2023, segundo dados da ONG “Global
Witness”, o Brasil ficou em segundo lugar no ranking global, com pelo menos 25
ativistas assassinados por defenderem o direito à terra e ao meio ambiente
saudável.
Esses
defensores climáticos, muitas vezes oriundos dos povos tradicionais,
desempenham um papel fundamental na preservação dos biomas brasileiros, atuando
como guardiões de territórios essenciais para o equilíbrio ecológico e a
mitigação das mudanças climáticas.
Comunidades
indígenas, quilombolas e ribeirinhas e outros grupos tradicionais possuem
conhecimentos ancestrais, que promovem o uso sustentável dos recursos naturais,
protegendo floresta, rios e biodiversidade contra a exploração predatória.
Esses
defensores, no entanto, enfrentam constantes ameaças de grupos com forte apelo
econômico - como grileiros, madeireiros, mineradoras, além de pressões do
mercado imobiliário. A luta desses defensores não é apenas ambiental, mas
também por direitos humanos e justiça socioambiental.
A defesa que
realizam vai além da conservação local: seus esforços contribuem globalmente
para a regulação do clima, a manutenção dos ciclos hídricos, a proteção de
espécies ameaçadas. Reconhecer e apoiar esses defensores é, portanto,
fundamental para garantir um futuro sustentável, em que a natureza e as
culturas tradicionais sejam valorizadas como pilares indispensáveis à vida do
planeta.
É triste, no
entanto, que essa iniciativa parta de uma organização da sociedade civil, por
falta de respaldo e confiança dos ativistas ameaçados com o estado, em diversas
regiões do Brasil.
O governo
federal possui o “Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos,
Comunicadores e Ambientalistas”, no âmbito do Ministério dos Direitos Humanos e
da Cidadania.
Mas julgo ser
importante nos organizarmos enquanto representantes do estado de São Paulo para
construirmos um programa semelhante e conectado a iniciativas já existentes,
para protegermos os defensores da terra. Me coloco à disposição para esta
construção.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Eu que
agradeço ao deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pela ordem,
deputado Danilo Campetti
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Vossa
Excelência tem dois minutos.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Apenas para parabenizar aqui a
cidade de Riolândia pelos seus 71 anos. Cumprimentar o prefeito Toninho, que
está presente aqui na nossa galeria.
Também o Geninho, que é o presidente da
Câmara; o vereador Geninho também nos honra com a sua presença. O Mauro, que é
vereador também, e o assessor Lucas Eduardo. Então, Toninho, leve todo o nosso
abraço e os parabéns para a população lá de Riolândia. Muito obrigado pela
presença.
Sr. Presidente, muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Danilo Campetti. Bem-vindos, prefeito, vereadores de Riolândia.
Parabéns pela cidade.
Dando sequência à nossa lista de
oradores do Pequeno Expediente do dia 26 de março de 2025, o deputado Carlos
Cezar. (Pausa.) Deputada Letícia Aguiar. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando Ferreira. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada
Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Enio Tatto.
(Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.)
Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputada
Ana Perugini. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.)
Na Lista Suplementar, a deputada Márcia
Lia. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes.
(Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado
Pedro Simão. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos,
deputado. Perdão, deputado; Simão Pedro. Escusas.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - O senhor sabe que isso é um pleonasmo - Simão Pedro -
que é a mesma pessoa, mesma figura. Jesus deu o apelido de Pedro ao Simão, mas
eu tenho muito orgulho de carregar esse nome e a homenagem que meus pais
fizeram ao apóstolo e que era uma figura. Ele era turrão, meio cabeçudo,
pescador, mas ele tinha uma fé inabalável, e foi com ele que Jesus topou,
chamou para liderar por conta dessa qualidade principal dele.
Mas, Sr.
Presidente, eu subi aqui para comentar a respeito dessa notícia que estampa
neste momento todos os sites, que é o fato de o Bolsonaro ter se tornado réu do
Supremo Tribunal Federal no julgamento, junto com outros seis acusados, figuras
de alta patente, generais, o ex-candidato a vice-presidente, e celebrar a força
das nossas instituições, celebrar a nossa democracia, que esse é um... Embora o
julgamento esteja no meio, eles só se tornaram réus.
Então, agora
que começa o julgamento para determinar se são culpados mesmo e que penas vão
cumprir, mas lembrar por que é que eles estão sendo julgados e por que é que
eles se tornaram réus: por tentativa de derrubar a democracia e dar um golpe
militar no Brasil, porque não aceitaram os resultados da democracia, não
aceitaram os resultados das eleições e tramaram desde antes para jogar o povo
contra as eleições, contra a democracia, contra o sistema eleitoral, contra as
instituições.
E depois que
eles perderam, tramaram o tempo inteiro para derrubar, não deixar o presidente
Lula e o vice-presidente Alckmin tomarem posse e tramaram inclusive a morte do
presidente e do vice e também do membro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre
de Moraes.
Eu estou aqui
reproduzindo aquilo que está na denúncia feita pela Procuradoria-Geral da
República em cima de elementos factuais, depoimento de uma pessoa que conviveu
o tempo inteiro com Bolsonaro, que é o coronel Cid, documentos que foram
apreendidos, gravações telefônicas. Ou seja, provas muito robustas disto que o
Bolsonaro está sendo acusado e hoje se tornou réu.
E agora,
impressiona toda a tentativa de desqualificar que eles continuam fazendo,
desqualificar as instituições, o Supremo, ele mesmo, assim como ele não aceitou
as denúncias, não aceita o julgamento, não aceita a Justiça, porque toda hora
ele está buscando desqualificar. O próprio filho dele foge para os Estados
Unidos, deputado federal daqui de São Paulo, Eduardo Bolsonaro.
Não para fugir
da perseguição, porque ele não está sendo acusado de nada. Ele responde a um
monte de problemas, mas não está sendo acusado, mas vai para os Estados Unidos
para se aliar a Trump, Steve Bannon, Elon Musk, todos esses golpistas que não
aceitam a democracia, que querem instaurar no mundo um regime autoritário,
desprezo aos mais pobres, desprezo às questões sociais, às questões climáticas.
Ele se alia lá
para tramar contra o Brasil, tramar contra a democracia, tramar contra as
nossas instituições. É uma questão gravíssima, que, aliás, eu considero isso um
crime de lesa-pátria, um crime de traição, um crime de alguém que está tramando
contra o Brasil.
Mas, Sr.
Presidente, a minha vinda para cá é para parabenizar a serenidade do Supremo
Tribunal Federal, a serenidade das nossas autoridades, das nossas instituições
nesse momento importante e celebrar a democracia. A democracia traz progresso,
desenvolvimento. O Brasil quando esteve, como é agora, em regimes
democráticos... nós tivemos avanço.
Nos períodos de
ditadura, só foram trevas, atraso, morte, coisas ruins, como foi a última
ditadura militar. É impressionante como esses que hoje estão sendo julgados
eram defensores daquela ditadura e defensores de uma nova ditadura.
Então é um
momento de celebrar a democracia.
Viva a
democracia!
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Simão Pedro. Vou registrar a presença aqui na nossa visita guiada da
Alesp, os alunos da Escola Estadual Coronel Orígenes Lessa, da cidade de
Diadema. Sejam todos bem-vindos, obrigado por acompanhar a nossa sessão.
Dando continuidade na nossa Lista
Suplementar de oradores inscritos no nosso Pequeno Expediente, o deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) A deputada Fabiana Bolsonaro. (Pausa.) O
deputado Danilo Campetti.
Vossa Excelência tem o tempo regimental
de cinco minutos, deputado Danilo.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, presidente,
deputado Fábio Faria de Sá. Quero cumprimentar as Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, assessorias, servidores da Casa, meus irmãos policiais militares,
policiais civis, os estudantes e demais amigos que nos acompanham nas galerias
e aqueles amigos que nos acompanham também pela rede Alesp.
Sr. Presidente,
como foi dito, o assunto do dia hoje, realmente, é o aceite da denúncia contra
o presidente Bolsonaro, e eu gostaria de fazer algumas observações, que já fiz
aqui em momentos anteriores.
A primeira é
que o acusam de dois crimes, juntamente com outros seis denunciados, hoje, que
foi aceita essa denúncia. Primeira pergunta é o seguinte: por que não deram o
golpe? Porque havia um general de divisão que era o chefe do GSI, naquele
momento, que estava servindo água e café para aqueles que entravam no terceiro
andar do Palácio do Planalto. Mesmo depois de ter sido advertido 36 vezes pela
Abin que algo poderia acontecer.
Então não havia
resistência, não era, não foi e nunca foi uma tentativa de golpe, porque isso
não era a unidade de desígnios daquelas pessoas. Não havia uma liderança, não
havia blindados na frente da Praça dos Três Poderes.
Então o mérito,
ao nosso ver, a nossa humilde opinião, não se trata de uma tentativa, mas o
Supremo Tribunal Federal, em um juízo de admissibilidade hoje em relação apenas
à autoria e materialidade, aceitou a denúncia, no que eles chamam de primeiro
núcleo, núcleo um, dos seis hoje denunciados que se tornaram réus.
Mas eu quero
fazer uma observação, com relação ao excelente e preciso voto do Ministro Fux,
no sentido de que fala sobre a exacerbação da pena e aí traz essa observação
precisa, que traz o caso da Débora dos Santos, ele disse: “olha, com a vênia aos demais ministros, eu
pedi vistas desse processo, porque observei uma exacerbação da pena”.
São 14 anos
para uma mulher que escreveu de batom em uma estátua, enquanto eu tenho, por
exemplo, o Jean Anderson dos Santos, que é um líder do PCC, condenado a 39
anos, que ficou um ano preso, saiu e fugiu.
Eu
tenho, por exemplo, a esposa de um ex-governador do Rio de Janeiro condenada a
400 anos, que ficou três meses na cadeia e saiu sob o argumento de que os
filhos não poderiam ficar sem a presença da mãe. E os filhos da Débora já
estão, Sr. Presidente, há dois anos sem a presença da mãe.
Ela
está em uma prisão preventiva, e não é em uma sala do Estado-Maior da Polícia
Federal, ela está em Tremembé, acordando, olhando o concreto e, na frente, a
grade. Então está no que a gente chama de “cadeia pena dura”. Então, tem que
ser olhado, tem que ser observada a proporcionalidade da pena.
O ministro Fux, nesse sentido foi preciso,
porque citou a Carta do Infante, das Sete Partidas, que, observem, foi durante
o reino de Afonso X em Portugal e ditou naquela época de 1252 a 1254 todo o
regime jurídico daquela região, não só de Portugal. E dizia o seguinte: “Os
juízes devem ser homens sensíveis, saber direito se possível”.
Então isso me
remete a quando eu estava nos bancos da universidade, quando eu fiz o curso de
direito, e, na matéria de direito romano, que era a matéria que inseria os
estudantes para a gente estudar de onde vêm as leis, o meu professor dizia:
“direito é bom senso”. Então foi isso que o ministro Fux quis dizer nessa
observação precisa sobre a questão da dosimetria da pena.
E nós esperamos
que esse seja um precedente para que, sim, como defendemos a anistia daqueles
que estavam lá, e que obviamente ninguém vai dizer que eles não depredaram
patrimônio público, mas que respondam na medida da sua culpabilidade, não
pegando 14, 15, 17 anos por estarem ali se manifestando. Se manifestaram,
depredaram patrimônio público, isso não é... Ninguém aqui vai passar a mão na
cabeça de ninguém por ter feito isso.
Mas então
abriu-se um precedente para que os outros ministros, e nós rogamos que eles
acompanhem o ministro Fux, para que seja avaliado a dosimetria dessas penas.
Muito obrigado,
Sr. Presidente, pela oportunidade.
Fiquem todos
com Deus.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Agradeço ao
deputado Danilo Campetti. Seguindo a nossa Lista Suplementar de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, o deputado Mauro Bragato. Vossa Excelência tem
o tempo regimental de cinco minutos, deputado Mauro Bragato.
O SR. MAURO BRAGATO - PSDB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Fábio Faria de Sá, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, alunos de Diadema que aqui estão.
Eu queria começar a minha fala falando sobre uma demanda
histórica da região da Alta Paulista, que se insere na região administrativa de
Presidente Prudente, que é a duplicação da Rodovia Comandante João Ribeiro de
Barros, a SP-294. É uma obra essencial para a segurança da população, para o
desenvolvimento econômico da região e para o fortalecimento da infraestrutura
logística do nosso estado.
Recentemente recebemos a confirmação da concessionária
EixoSP, de São Paulo, de que a duplicação do trecho até Panorama deverá ser
iniciada ainda nesse primeiro semestre, com início em junho, investimentos de 1
bilhão e 300 milhões e prazo para a conclusão das obras em cinco anos.
Estamos falando, Srs. Deputados, de um eixo de viagens
estratégico para o interior paulista, que liga diversos municípios e movimenta
diariamente milhares de pessoas, produtos e serviços. Por isso quero aqui
deixar claro, estamos atentos para que o cronograma seja rigorosamente
cumprido.
Eu estou falando isso, Sr. Presidente, Srs. Deputados, porque
efetivamente a empresa EixoSP não tem cumprido o cronograma, aí nós estamos
começando agora a marcar posição aqui na Assembleia sobre isso.
A população tem se manifestado com incerteza e preocupação
quanto à concatenação da obra, em relação à ação de dispositivos, trevos,
passarelas e marginais, por isso - com razão, pois lhe falta informação e a
expectativa é enorme - é fundamental cumprir-se os prazos; a confiança da
sociedade precisa ser respeitada.
Outro trecho da mesma rodovia entre Marília e Oriente foi
entregue em agosto do ano passado e está trazendo melhoria significativas: mais
segurança, conforto e fluidez no tráfico. Foram mais de 220 milhões investidos
com construções de vias marginais, ciclovias e de outras melhorias estruturais.
A rodovia duplicada significa: redução de acidentes; menor
tempo de viagem; aumento da segurança para motoristas e pedestres; crescente
volume de tráfego;
estímulo ao desenvolvimento econômico e social.
Vamos além. O
papel estratégico dessa rodovia, que estamos aqui falando, serve para o
agronegócio e será um dos grandes benefícios da modernização. A SP-294 conecta
a região com importantes eixos logísticos, viabilizando o acesso ao Porto de
Santos, por exemplo. Isso amplia significativamente a capacidade de escoamento
da produção.
Dados do
governo estadual mostram que, em 2024, o agronegócio paulista exportou 185
bilhões, crescimento de 6,8% em relação ao ano anterior. Somos responsáveis por
18,6% das exportações agrícolas brasileiras, com destaque para o setor
sucroalcooleiro, sucos e produção de origem vegetal.
E não para por
aí. Noventa e três por cento das exportações do Mato Grosso do Sul, que saem
por via marítima, passam pelas estradas paulistas. Isso demonstra que a
duplicação da SP-294 tem impacto nacional, beneficiando, inclusive, produtores
de outros estados. Por isso, Sr. Presidente, quero deixar aqui registrado o
nosso compromisso com a região e com a obra.
Seguiremos
acompanhando de perto cada etapa, cobrando agilidade e qualidade. A população
da Alta Paulista, da região de Presidente Prudente, merece respeito, segurança,
infraestrutura à altura de sua importância para o estado de São Paulo.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Mauro Bragato. Dando sequência à Lista Suplementar da lista de oradores
do Pequeno Expediente, do dia 26 de março de 2025, o deputado Paulo Mansur.
(Pausa.)
O
SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pela ordem,
deputado?
O
SR. RICARDO FRANÇA - PODE - PARA COMUNICAÇÃO - Queria fazer um breve comunicado.
Agradecer aqui a presença dos vereadores de São José do Rio Pardo. Vereador
Dante e o Adriano, que estão aqui fazendo a diferença. Vieram atrás de recursos
importantes para o município. A gente conversou bastante sobre questões de
climatização de escolas, castrações.
Enfim, é muito bacana eu, que já fui
vereador, acompanhar de perto o trabalho de novas e jovens lideranças que
realmente fazem a diferença e buscam recursos importantes para a causa animal,
para a Educação, para a Saúde. Meus parabéns para vocês, que estão aqui
acompanhando a nossa sessão hoje.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Sejam
bem-vindos. Deputada Fabiana Bolsonaro, V. Exa. tem o tempo regimental de cinco
minutos.
A
SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde. Boa tarde, presidente. Boa tarde a todos os
presentes, que estão aqui acompanhando a sessão. Primeiro eu quero falar dessa
semana, que foi extremamente produtiva dentro do nosso gabinete. Fizemos a
visita, na segunda-feira, no canil “Anjos da Rua”, no município de Barrinha.
Esse canil é
importantíssimo dentro do município, cuida de 220 cachorros e 100 gatos. Ao
entrar dentro do canil, que é gigantesco, de primeiro momento a gente acha que
é um pouco menor, mas, quando a gente vai andando, a gente vê o cuidado que
todos os animais têm, todos os animais com boas condições, todos alimentados,
muito bem-tratados.
Então para a
gente é uma alegria ver que a emenda parlamentar que a gente destinou vai
ajudar pessoas que realmente atuam com o coração dentro do que fazem. Então,
parabéns à Marcela, a todos que estão à frente desse projeto, a quem nos
atendeu lá também.
Em seguida
fizemos uma visita também na Escola Estadual Siqueira, que destinei, junto com
meu pai também, emendas parlamentares para reforma, entrega de ar-condicionado,
computadores. Siqueira é uma escola estadual que eu estudei com muito orgulho,
meu pai também já estudou.
Então é uma
escola um pouco quente. Um pouco? Eu estou economizando. Bem quente. Então os
ares-condicionados vão ajudar o pessoal a estudar melhor, os professores vão
ter melhores condições de trabalho. Eu estou muito feliz por ter conseguido,
através deste mandato, essa ajuda.
Também passamos
na Escola Luiz Marcari, que será feita uma reforma também. Inclusive, no
Siqueira, a diretora Denise e a Maiara que nos receberam. Um grande abraço a
vocês. Visitamos as salas de aula, foi muito produtiva essa agenda.
Também foi
muito produtiva a agenda na reunião com a Escola Luiz Marcari, de Barrinha
também, uma escola estadual com o diretor Ricardo, que foi muito gentil conosco
também e muito inteligente com o recurso que enviamos pra fazer essas obras
dentro da escola, que serão efetuadas.
Após, fizemos também
uma reunião com o comandante Victor Moreto, do batalhão em Sertãozinho. Esse
batalhão cuida de diversas outras cidades. É o comandante com quem nós
conversamos bastante, vimos as necessidades que têm lá. É muito bom entrar em
um lugar de ordem, organização.
Então, quando a
gente entra em um lugar que tem a Polícia Militar, que tem a Rota, a gente se
sente bem. É um lugar agradável demais, a gente... e sabe que precisar de
alguma coisa eles são os primeiros que a gente pensa em buscar ajuda, a
polícia.
E também
visitamos o Corpo de Bombeiros de Sertãozinho, um local que naquele tempo de
queimadas que houve ano passado, inclusive quando minha filha nasceu já estava
fazendo 42, 43 graus, aquela queimada insuportável que estava sendo feita, eram
eles que estavam salvando aí, junto com as usinas que também mandavam seus
caminhões, salvando todos os animais, os sítios, as fazendas, as lavouras, as
casas, para não acontecer o pior.
Também hoje eu
venho falar de uma grande injustiça que está ocorrendo. Eu, como estudante de
Direito que fui, sou bacharel em Direito, entendo da lei e sei muito bem. Será
que eu posso falar, ou será que eu vou sair presa? Ah, tem o Art. 53 da
Constituição Federal, mas eu acho que ele não vai me suprir. Então eu tenho que
ficar um pouquinho calada. Por quê? Porque a gente está vivendo uma ditadura
velada.
Infelizmente,
eu não posso falar tudo que eu preciso falar. Isso não é justo, isso não é
Justiça. Eu, como estudante de Direito, fico pensando: “como que os professores
de Direito Constitucional conseguem agora dar aula, sendo que está tudo virado
de ponta cabeça, sendo que as leis estão sendo alteradas para benefício
próprio?”.
Isso não pode
acontecer. Desse jeito, meio que enigmático que eu digo. Presidente Jair
Bolsonaro, o senhor está sendo extremamente injustiçado, e o País está contigo.
Estamos contigo e sempre estaremos.
Você está sendo
extremamente injustiçado. Estão usando, criando, inventando a lei para te
prejudicar. Isso é muito triste, mas temos um Deus, um Deus de Israel, que tudo
pode. Então nele nós confiamos, e sabemos que ele nos dará a vitória.
Estamos juntos,
presidente, conte conosco.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputada Fabiana Bolsonaro. Dando sequência à nossa Lista Suplementar de oradores
do Pequeno Expediente, o deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Faria de Sá,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público aqui presente, alunos, professores,
telespectador da TV Assembleia. Sr.
Presidente, venho à tribuna novamente no dia de hoje pra fazer mais uma
vez um apelo aos 94 deputados e deputadas aqui da Assembleia Legislativa de São
Paulo, e também a toda sociedade, a todo o povo do estado de São Paulo, para
que se movimentem, para que se coloquem frontalmente contra a instalação de
pedágios nas estradas paulistas.
O governador
Tarcísio de Freitas está instalando novamente a farra dos pedágios no estado de
São Paulo. Se nós já reclamávamos do PSDB, dos tucanos que criaram essa farra
aqui em São Paulo, agora a situação vai ficar muito pior com o governo
bolsotucano Tarcísio de Freitas, Sr.
Presidente, que pretende instalar pedágios no Circuito das Águas, que é
a região que envolve cidades como Serra Negra, Amparo, Socorro, Lindóia, Águas
de Lindóia, Pedreira, Campinas, Atibaia, Bragança Paulista.
Toda aquela
região será infestada por pedágios, prejudicando a população local, que vai
pagar para poder trabalhar, e vai prejudicar logicamente o turismo da região,
além de aumentar os produtos da cesta básica.
Mas não é só
lá, Sr. Presidente. Tem aqui uma outra rota que vai ser também infestada pela
farra dos pedágios, da privataria bolsotucana, que é a Rota Mogiana, que também
vai ter 385 quilômetros de pedágios naquela região toda, na região de
Americana, região de Piracicaba; enfim, toda aquela região também vai ser
duramente impactada pelos pedágios. São mais de 37 praças de pedágios que serão
instaladas.
Tem ainda a
Nova Raposo, que também vai ter pedágio logo que for realizada a obra, e mais
um lote, que é o quarto lote, o Lote Paranapanema, com 211 quilômetros de
pedágios, que pega aquela região toda de Itapetininga até Ourinhos, envolvendo
Sorocaba, Angatuba, Itaí, Ipaussu e outras cidades. Então, vai ser um estrago
jamais visto no estado de São Paulo, nessa área de instalação de pedágios.
Então, é muito
importante que haja mobilização na Assembleia Legislativa de São Paulo, porque
os deputados estaduais não foram eleitos para aceitar pedágio no estado de São
Paulo. E que as câmaras municipais dessas cidades também se organizem, que os
prefeitos se organizem, que a população também vá às ruas protestar, dizendo
“não” aos pedágios, que vão encarecer ainda mais o custo de vida, não só dessas
populações, dessas cidades, mas de todo o estado de São Paulo, porque tenho
dito que as mercadorias, os produtos da cesta básica passam necessariamente
pelas rodovias, são transportados nas rodovias paulistas. Isso vai encarecer o
frete e, depois, isso chega lá no mercado. Quem vai pagar a conta é a própria
população - na cesta básica.
Então, Sr.
Presidente, nós já estamos tomando providências aqui pela Assembleia
Legislativa, acionando o Ministério Público Estadual, acionando também o Tribunal
de Contas, para que haja uma investigação desse processo todo, porque não dá.
São Paulo já é o estado que tem o maior número de pedágios da América Latina e
é também o estado que tem os pedágios mais caros da América Latina, e o
governador vai instalar mais pedágios ainda, mais de 37 pedágios.
Então, a
população está revoltada, as populações, na verdade, de todas essas cidades, de
todas essas regiões. Já há mobilizações de alguns prefeitos, de alguns
vereadores, de alguns movimentos organizados que já estão pressionando também
os deputados.
Então, eu faço
um apelo, porque sei que nós, da oposição, somos contra e vamos fazer uma luta
intensa para que esses pedágios não sejam instalados, mas faço um apelo
sobretudo à base do Governo, que é maioria aqui na Assembleia Legislativa, os
deputados que apoiam o governo Tarcísio.
Eu quero ver se
eles vão deixar que pedágios sejam instalados nas suas regiões. Então, peço
para que a população cobre os deputados da sua região, que tiveram voto nas
suas cidades, se eles vão permitir, se eles não vão fazer algo para que os
pedágios não sejam instalados nas suas respectivas cidades, ou onde eles
tiveram apoio, ou onde eles atuam, onde eles moram, porque eu vejo deputado da
base do Governo aqui em silêncio, como se não estivesse acontecendo nada.
Ele mora na
cidade que vai ter o pedágio que vai prejudicar a população que o elegeu e ele
se finge de morto, como se não fosse com ele, porque ele está com o Governo.
Então, entre a população e o Tarcísio, o deputado ou a deputada fica com o
Tarcísio de Freitas. Ele trai os moradores e a população. Então, a base do
Governo tem que se manifestar e fazer movimentos contra a instalação desse
crime, Sr. Presidente, que é a farra dos pedágios do governo bolsotucano.
Para terminar a
minha intervenção de hoje, eu gostaria de saudar a decisão do Supremo Tribunal
Federal. Bolsonaro tem que ir para a cadeia. É um criminoso, Sr. Presidente.
Ele foi responsável por metade das mortes da Covid-19 no Brasil. Então, ele tem
que ter mil anos de cadeia.
É um criminoso,
um fascista, um genocida. Cadeia de mil anos para o Bolsonaro e seus cúmplices
do que aconteceu no Brasil, não só em relação à tentativa de golpe, à tentativa
de destruição do Estado Democrático de Direito.
Houve uma
tentativa, um planejamento de um golpe que iria matar o presidente Lula, o
vice-presidente e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Sr. Presidente. Todo
mundo sabe: a investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal
não tem conversa Sr. Presidente.
Então mil anos
de cadeia para o Bolsonaro e os seus amigos fascistas.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Carlos Giannazi. Dando sequência à nossa lista de oradores, deputado
Eduardo Suplicy. Enquanto o deputado se encaminha à tribuna, quero deixar
registrada mais uma vez a visita dos alunos e professores da Escola Estadual
Coronel Orígenes Lessa, de Diadema. Sejam todos bem-vindos. Parabéns pela
visita guiada, voltem sempre.
Vossa Excelência tem o tempo regimental
de cinco minutos, nobre deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, caro deputado Fábio Faria de Sá, saúdo os estudantes de
Diadema que estão aqui nos visitando. Primeiro eu gostaria de levantar um
importante debate baseado nos dados do Mapa da Desigualdade de 2024, produzido
pela Rede Nossa São Paulo, que traz um retrato chocante da realidade que
vivemos em São Paulo.
Os números
revelam um abismo social que necessita de especial atenção. A diferença de
renda entre os desfeitos mais ricos e os mais pobres chega a ser de quatro
vezes. Isso não é apenas desigualdade, é uma violência social que precisa ser
enfrentada com coragem e determinação. A diferença da idade média ao morrer é
de 24 anos. Portanto, enquanto no Alto de Pinheiros a expectativa é de 82 anos,
já no distrito de Anhanguera é de 58 anos.
É uma
disparidade que se agrava quando analisamos o tempo de espera por consultas
médicas nos distritos de Campo Grande e Cidade Líder, que são de 39 dias,
enquanto na República o atendimento ocorre no mesmo dia. Esses números não
refletem apenas desigualdades, mas uma grave violação do direito constitucional
à saúde e ao tratamento igualitário.
A mobilidade
urbana é outro exemplo gritante dessa desigualdade. Enquanto em Pinheiros o
tempo de deslocamento no horário de pico é de 25 minutos, em Marsilac chega a
71 minutos. Isso significa que os trabalhadores das periferias perdem horas de
suas vidas no transporte, tempo em que poderiam estar com suas famílias,
estudando ou descansando. A violência também não é democrática. O coeficiente
de homicídios na Sé é de 26,2, e a média dos distritos é de 5,28.
Já no que diz
respeito à infraestrutura digital, há 480 vezes mais antenas de internet no
distrito da Sé do que em Marsilac, deixando milhares de cidadãos desconectados
e criando disparidades de acesso a informações de qualidade. Essas desigualdades
não são aleatórias, são o resultado de políticas públicas que historicamente
privilegiaram alguns em detrimento de muitos.
Para enfrentar
as desigualdades, devemos pensar em distintos modos de encará-las, a exemplo da
implementação de uma renda básica universal, como já previsto na Lei 10.835, de
2004, que garantam um patamar mínimo de dignidade para todos os cidadãos.
Também é
necessário investir em serviços públicos de qualidade, especialmente em
transporte, saúde e educação. Precisamos reduzir o tempo de deslocamento dos
trabalhadores, garantir acesso universal à saúde e combater a gravidez na
adolescência, que atinge níveis alarmantes em distritos como o de Parelheiros. Para
agirmos de maneira eficaz no combate às desigualdades, é necessário conhecermos
bem a realidade dos estados e municípios.
Por
esse motivo, apresentei nesta Casa o projeto de lei que institui a Linha
Oficial de Pobreza, que determina que o Poder Executivo deverá estabelecer
metas progressivas de erradicação da pobreza e diminuição das desigualdades,
bem como estabelecer as formas de consecução e que as peças orçamentárias
deveriam considerá-la para elaboração de políticas públicas.
No
entanto, ele acabou sendo vetado pelo Executivo. Não podemos mais aceitar que a
vida de uma pessoa valha mais ou menos, dependendo do seu CEP, seu endereço
postal. A desigualdade é uma escolha política e cabe a nós, representantes do
povo, desfazê-la.
Peço
a todos os colegas deputados que se unam nessa causa. Vamos construir uma São
Paulo onde ninguém morra décadas mais cedo por ser pobre, onde o acesso à
internet não seja um privilégio e onde a renda não determina o direito a uma
vida digna.
Conto
com vocês nessa luta.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Eduardo Suplicy.
Não havendo mais inscritos no
Pequeno Expediente, se V.Exa. permanecer na tribuna, o senhor é o primeiro
inscrito no Grande Expediente.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo
destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.
* * *
-
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Deputado
Eduardo Suplicy, V.Exa. tem um tempo remanescente de cinco minutos e quarenta
segundos para fazer uso da palavra.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito
obrigado, presidente.
Gostaria
aqui de tratar de um assunto que tem sido objeto de preocupação, as recentes
restrições impostas aos coletivos culturais que atuam na região da chamada
Cracolândia. Esses grupos desempenham um papel essencial no apoio às populações
vulneráveis, oferecendo atividades culturais e sociais que promovem inclusão e
cidadania.
Nosso
gabinete já encaminhou ofícios às Secretarias de Segurança Urbana, Cultura de
Direitos Humanos, Assuntos Estratégicos e à própria prefeitura, solicitando
esclarecimento sobre essas restrições. A única resposta recebida foi da
prefeitura, que alegou que, como deputados estaduais, não temos competência
para questionar assuntos relacionados à administração municipal.
Contudo,
é fundamental que a maior cidade do país esteja aberta ao diálogo com os
parlamentares de todas as esferas, pois nosso compromisso maior é com as
necessidades dos cidadãos, seja na capital, nos municípios paulistas e nos
municípios brasileiros, em todos os estados.
A
cultura tem o poder de transformar vidas e criar vínculos com as pessoas que
vivem no território. O TTT, Teto, Trampo e Tratamento, é uma organização
voltada ao cuidado múltiplo, atuando em três frentes fundamentais, trabalho,
tratamento e moradia.
Para
seus assistidos, o Pagode na Lata utiliza a música, especialmente o samba, como
ferramenta para a recuperação com redução de danos. O Cinefluxo promove
exibições de filmes com distribuição de pipoca e debates, oferecendo uma
perspectiva crítica e política sobre a relação das pessoas com a cidade.
Já
a Craco Cultural realiza festivais em que as pessoas que compõem o fluxo
participam ativamente, inclusive na organização dos eventos. Esses são apenas
alguns exemplos que evidenciam a importância dessas iniciativas.
Recentemente,
veículos de comunicação, como a “Folha de S. Paulo” e o “Brasil de Fato”, têm
abordado as restrições enfrentadas por esses grupos e as restrições de direitos
que afetam tanto os usuários quanto a população em situação de rua. Além disso,
os coletivos têm nos informado que, na última semana, realizaram suas
atividades normalmente. Mas cabe destacar que neste dia estavam acompanhados
por jornalistas.
É fundamental
que essa permissão não seja apenas mantida, mas também institucionalizada pela prefeitura,
monitorando o impacto social positivo dessas iniciativas.
Portanto, faço aqui
um apelo, para que o prefeito Ricardo Nunes e a Prefeitura de São Paulo
estabeleçam um canal de diálogo efetivo com esta Casa e com os coletivos
culturais. Para garantir que esses grupos possam continuar seu trabalho
essencial junto às populações vulneráveis da Cracolândia.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Eduardo Suplicy. Dando sequência na nossa lista de oradores do Grande
Expediente do dia 26 de março de 2025. O deputado Luiz Fernando Ferreira.
(Pausa.) O deputado Teonilio Barba. (Pausa.)
A deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
O deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) O deputado André Bueno.
(Pausa.) O deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.)
O deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) A deputada Ediane Maria. (Pausa.)
Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada
Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Lucas Bove.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)
Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada
Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni.
(Pausa.)
Deputado Barros Munhoz. (Pausa.)
Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Capitão
Telhada. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.)
Eu olho a lista, não lembro de cor.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pela ordem,
deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Foi objeto de reflexões hoje a decisão que está ocorrendo, no Supremo Tribunal
Federal. Ela diz respeito à participação, e em que medida, do presidente Jair
Bolsonaro nas tentativas de golpe de estado.
Eu quero aqui afirmar que considero
muito importante que os ministros do Supremo Tribunal Federal ajam com muito
equilíbrio e conhecimento que eles todos têm acumulados. E possam chegar a uma
decisão que seja a a mais justa possível, e que leva em conta os princípios
constitucionais. E, sobretudo, a democracia, e o cumprimento das leis e da
ordem em nosso País.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Eduardo Suplicy. Dando sequência na nossa lista de oradores inscritos
no Grande Expediente. Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato.
(Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.)
Deputado Luiz Claudio Marcolino.
(Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez.
(Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Tomé Abduch, com cessão ao deputado Danilo Campetti.
Vossa Excelência tem o uso da palavra
por dez minutos.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente deputado
Fábio Faria de Sá. Cumprimento novamente aqui as Sras. Deputadas, os Srs.
Deputados, servidores da Casa, todos que nos acompanham na rede Alesp,
policiais civis e militares, assessorias.
Sr. Presidente,
para concluir sobre o que eu havia dito antes, sobre o recebimento da denúncia
hoje, pelo STF. Enfatizando o que a deputada Fabiana Bolsonaro disse, é uma
tremenda injustiça contra o nosso presidente Bolsonaro. Eu, que estive como
segurança, em 2018, da campanha do presidente Bolsonaro.
Eu, que
participei durante seis meses da vida do presidente Bolsonaro, daquele episódio
fatídico, aquele sim, tentativa de homicídio em Juiz de Fora contra o
presidente Bolsonaro. Eu acompanhei toda a recuperação dele, deputada Letícia,
aqui em São Paulo, eu vi com os meus próprios olhos o dano que foi feito, o
ferimento no presidente Bolsonaro, e muitos aqui negam, inclusive tem até documentário
dizendo que não houve a facada.
Então, diante
de absurdos como esse, nós temos que nos manter firmes aqui, convictos, certos
de que estamos defendendo o que é correto. O recebimento dessa denúncia hoje é
mais um ato desse que, na nossa opinião, infelizmente...
A
SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - COM ASSENTIMENTO DO
ORADOR -
Essa fala da época da facada, eu me recordo muitíssimo bem, inclusive nós nos
encontramos na casa do nosso sempre presidente Jair Bolsonaro e nós vimos de
perto exatamente o que ele passou.
Ele deu a vida
pelo País e continua dando a vida por cada um de nós. A injustiça que está
acontecendo, tudo o que está acontecendo, a perseguição, nunca na história
houve tamanha perseguição política de algo que, de fato, não existe nada
concreto, nada que legitime uma suposta tentativa de golpe.
É claro que a
gente precisa se indignar, a gente precisa falar, a gente precisa apoiar e
ajudá-lo a recuperar as suas forças para enfrentar o que está por vir. Parabéns
também pelo seu trabalho, pela sua postura.
Você sabe que
nós estamos juntos aqui, na Assembleia Legislativa, defendendo aquilo em que
nós acreditamos, aquilo que o nosso eleitor espera de nós, o nosso compromisso
pelo Brasil.
Apoiar o
presidente Bolsonaro, mais do que um compromisso com o Brasil, é um compromisso
com a verdade, é um compromisso com a justiça e é um compromisso que nós
carregamos de casa, dos valores que nós aprendemos em casa, que são valores em
comum com o presidente Jair Bolsonaro.
Que Deus ajude
a nossa Nação, que nos dê força para continuar diante de enormes desafios como
esse por que estamos passando, diante da falta de liberdade e verdade no nosso
País.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado, deputada Letícia, meus
parabéns também pela atuação. Estamos juntos aqui e vamos usar a nossa maior
arma aqui, que é a voz, para poder trazer a verdade dos fatos.
Eu gostaria
também, falando de esclarecimento à população, eu sou coordenador aqui da
Frente Parlamentar em Defesa da União Brasil e Israel e suas Soberanias e eu
quero trazer, Machado, por favor, o primeiro vídeo, para a gente depois
comentar.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
É isso que
essas pessoas estão defendendo: um grupo terrorista que matou 1.200 pessoas no
dia 7 de outubro de 2023, que sequestrou mais de 250 pessoas e ainda mantém em
cárcere mais de 50 reféns. É isso que essas pessoas estão defendendo:
terroristas que colocam crianças dentro de forno micro-ondas, que arrancam
cabeças de pessoas e estupram mulheres.
Em nome do quê?
De uma resistência? O Hamas, hoje, subjuga a população palestina. Foram
bilhões, deputada Fabiana; foram bilhões para a Faixa de Gaza. E sabe o que o
Hamas fez? Esses bilhões eram para combater a pobreza, a fome. Sabe o que o
Hamas fez? Construiu 500 quilômetros de túnel.
E a senhora
muito bem falou do Deus de Israel, do povo escolhido. É por isso que nós
criamos aqui a frente parlamentar para defender o direito de defesa de Israel.
Eu sempre digo: Israel não foi à Faixa de Gaza no sete de outubro e matou 1.200
palestinos, não. Aliás, a Autoridade Palestina está subjugada, está exilada na
Cisjordânia. Não, foram os terroristas do Hamas que foram a Israel e mataram
1.200 pessoas.
É por isso que
nós precisamos trazer esclarecimento, deputada Fabiana, deputado Conte Lopes.
Porque o Holocausto, que não deve ser comparado a nada, que foi o acontecimento
mais trágico e cruel da nossa humanidade... O Holocausto não começou com os
campos de concentração e com as câmaras de gás; começou em pequenos atos como
esse, que não foram combatidos.
Atos
antissionistas como esse, antissemitas como esse não foram combatidos e foram
propagados. Então, aqui em São Paulo, nós vamos, sim, trazer esclarecimento e
combater essas pessoas, que seriam as primeiras a ter a cabeça perdida pelo
Hamas, seriam as primeiras a serem mortas lá se fossem para o Oriente Médio.
Então fica
aqui, se a senhora quiser ter aparte.
A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.
Gostaria de um aparte. Deputado, me permite?
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - É claro.
A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Então primeiro eu queria parabenizar pela Frente Parlamentar Brasil-Israel. E
gostaria de dizer que esse vídeo me chocou, me chocou saber que tem gente que
defende o Hamas, porque quem defende o Hamas pode dar a mão para o Hitler, pode
andar de mão dada com o Hitler. E ainda viram para nós e nos chamam de
genocida. Isso é um absurdo, porque defendem o genocídio e nos julgam
genocidas. Isso é uma tristeza.
Então eu estou
aqui para dizer que sim, somos - eu não tenho nem palavras para dizer -
absolutamente contra o Hamas, contra quem defende o Hamas, contra quem defende
Hitler, contra quem é contra os judeus. Porque somos cristãos, inclusive; podemos
e devemos falar das nossas bandeiras, da nossa fé, do nosso Deus de Israel.
Sabemos o que
acontece com quem é contra a fé do nosso Deus de Israel, contra os israelenses.
Sabemos também sobre a podridão que aconteceu naquele dia. Eu tenho uma bebê de
seis meses e eu fico imaginando: se alguém fizesse isso comigo - colocar um
bebê no forno na frente da mãe -, eu nunca mais teria a minha sanidade mental
recuperada.
Então parabéns
pelas suas palavras, e vamos juntos lutar por tudo isso de que precisamos, que
é respeito e decência.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputada Fabiana
Bolsonaro. Agradeço por fazer parte da frente, junto com o deputado Conte
Lopes. Estamos juntos, Sr. Presidente. Muito obrigado.
E, para
terminar, presidente Jair Messias Bolsonaro, conte com nosso apoio, estamos
juntos.
Que Deus
abençoe a todos.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Danilo Campetti. Seguindo a nossa lista de oradores do Grande
Expediente do dia 26 de março de 2025, o deputado Marcos Damasio. (Pausa.) O
deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. Vossa Excelência tem
dez minutos pelo tempo regimental.
O
SR. PAULO FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público que nos acompanha pela TV Alesp, pelas assessorias. Primeiro, Sr.
Presidente, quero aproveitar aqui para só fazer o registro dessa tribuna que a
partir de ontem, eu deixei o cargo de líder da Federação PT/ PCdoB/PV, e passa
a ser o líder da federação o deputado Antonio Donato.
Então, cumpri
aqui a minha tarefa. Queria agradecer ao deputado Suplicy por todo o apoio que
me deu ao longo desses dois anos, a assessoria aqui da nossa bancada, e dizer
que, a partir de agora, então, eu atuo como um deputado disciplinado e que vai
fazer parte dessa bancada que faz um bom combate aqui nesta Casa. Muito
obrigado, deputado Eduardo Suplicy.
Senhor
presidente, quero aproveitar para fazer aqui alguns comentários. Antes, porém,
vou dar um aparte ao sempre senador deputado Suplicy.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Querido líder, sempre líder, Paulo Fiorilo, primeiro quero cumprimentá-lo por
ter conduzido tão bem a nossa bancada neste período em que estamos convivendo
aqui na Assembleia Legislativa.
Eu, desde 15 de
março de 2023, que passei a conviver aqui diariamente, e quero dizer que as
suas iniciativas, proposições, ideias, são muito positivas, e o espírito que
conduziu a nossa bancada durante esse período foi muito positivo, também na maneira
como tantas vezes dialogou em nosso nome com o presidente André. E, portanto,
quero saudar também que Antonio Donato foi escolhido para nosso líder por
consenso da bancada.
E eu tive um
período em que ambos fomos, eu e o Donato, vereadores. Um tempo eu fui líder
dele, outro tempo ele foi meu líder, e certamente ele tem todas as condições de
liderar a nossa bancada com muito êxito.
Meus parabéns,
deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Muito obrigado, deputado Suplicy.
Sempre é um prazer enorme poder estar ao lado do senhor neste Parlamento. Mas
eu queria aproveitar para fazer alguns comentários, sei que aqui outros já o
fizeram, sobre a decisão da primeira turma do Supremo Tribunal Federal.
O inelegível, o
ex-presidente, se tornou réu. Não só ele, mas outros que agora têm a
oportunidade de provar se realmente são inocentes ou se são culpados. A
condição de réu não significa ainda que eles são culpados, acho que é preciso
deixar claro a quem nos acompanha.
Agora, com a
quantidade de provas que pupulam, acho muito difícil que ele consiga sair desse
processo provando a sua inocência. Por que eu digo isso? Primeiro, porque
durante os quatro anos de mandato atentou contra a democracia. E eu vou dizer
por que atentou.
Quando alguém
investido de um cargo vai à imprensa, ao público, dizer que as urnas
eletrônicas são uma fraude, que a eleição sem voto impresso é uma fraude,
quando reúne os cônsules ou os embaixadores para repetir a mesma cantilena, se
isso não é atentado às instituições democráticas eu não sei o que é.
Aliás, um dos
advogados levou uma esfrega, dizendo que a Abin é responsável por fiscalizar a
eleição. Em que país que a gente estava? O país das maravilhas, porque, assim,
a Abin investigar? A Abin acompanha, mas não investiga, não é responsabilidade
dela.
Então é
impressionante, deputado Suplicy, como as pessoas tentam inverter ou
tergiversar sobre o que fizeram. Bom, vamos lá, vamos continuar, porque se teve
o atentado contra as urnas, teve também a organização de manifestações na
frente dos quartéis, nas ruas para xingar o Supremo Tribunal Federal. Aliás
hoje, depois de ser, de se transformar em réu, a primeira coisa que ele faz é
isso.
Bom, então eu
não sei o que ele está querendo, porque, assim, uma coisa é você virar réu e
vai se defender, apresentar as provas todas, não é? Que deve ter muitas. “Ah
não, eu não estava aqui, estava nos Estados Unidos”, “Ah não, não teve minuta
de golpe. Ninguém propôs matar o presidente, o vice-presidente e o ministro,
ninguém propôs isso. Que absurdo isso, quem é que pode concordar com uma coisa
dessa?”.
Aliás, eu
queria ouvir os deputados aqui se eles são favoráveis a esse atentado planejado
e não executado, porque, assim, foi isso que aconteceu. Construíram e não
executaram. Não executaram, porque não tiveram a possibilidade de o fazer.
Sabe por quê?
Porque tem gente com consciência neste País e disse assim: “nós não vamos
embarcar nessa aventura. Nós não vamos”. Tentou os três grandes comandantes das
forças. Um deles disse: “eu estou dentro”, dois deles disseram: “ah, eu estou
fora”.
Porque o golpe
é isso, o golpe não seria dado pelas pessoas em frente aos quartéis rezando
para os pneus, claro que não seria. O golpe seria dado pelas forças armadas que
têm o poder de fogo, ou vocês acham que os caras que invadiram lá iam dar
golpe? Aqueles que invadiram lá criariam o clima para isso, aliás, era isso que
eles queriam. O tempo todo: “vai acontecer alguma coisa”, “vai na porta do
quartel”, “vai acontecer alguma coisa”.
Bom, agora é
hora de aqueles que virarão réus se defenderem, apresentarem as provas, dizerem
que não arquitetaram o golpe. Nós não podemos passar pano, nós não podemos
passar a mão na cabeça.
Achar que está
tudo bem, que é preciso distensionar, anistia. Anistia para quem? Para os caras
continuarem atentando contra a democracia? Anistia para quê? Para continuarem
dizendo que a gente vive num país em que as urnas eletrônicas são fraudadas?
Aliás, eu acho
que o Bolsonaro devia aproveitar que o filho dele fugiu para os Estados Unidos
para fazer uma reunião com o presidente de lá - que eu tenho diferenças -, mas
para ele falar, conversar com o presidente sobre as urnas eletrônicas.
Presidente Trump dá uma declaração interessante, deve ter deixado os
bolsonaristas atordoados.
Assim, agora o
processo eleitoral no Brasil é um baita processo eleitoral. Beleza, acho que é
importante reconhecer - aliás, o Bolsonaro deveria começar a reconhecer: “eu
errei, de fato eu fui eleito com urna eletrônica”. Aliás, aqui todos os
deputados foram eleitos com urna eletrônica, todos. E os que não foram eleitos
também foram reprovados pela urna eletrônica.
Então a urna
eletrônica “vale”, “não vale, vamos criar o voto impresso para tumultuar o
processo”, é isso que a gente quer? Ao contrário de avançar, regredir? Bom, o
presidente inelegível, o ex-presidente inelegível, agora réu, vai ter
oportunidade de se defender, vai apresentar provas, vai contestar as delações
feitas pela pessoa mais íntima do presidente, que carregava sua mala, vai ter
oportunidade.
É assim o processo. Foi assim o processo o
tempo todo e vai ser assim agora, vai ter tempo de defesa, apresentação de
provas, é um processo público, todo mundo vai poder acompanhar e eles vão poder
dizer: “mentira, ninguém pensou em arquitetar a morte de ninguém”, “mentira,
nunca falamos contra a urna eletrônica, aliás, a gente acha que a urna
eletrônica é a melhor do mundo”. Aproveite, já é possível criar fake news, cria
mais algumas.
Agora, que a
Justiça deve apurar a fundo e punir se houve ou não responsabilidade e culpa,
ela tem que fazer isso. E eu vou dizer uma coisa, a Justiça é cega, mas enxerga
os golpistas.
Fiquem
tranquilos, porque se houve - e a prova ou as provas virão -, aqueles que o
fizeram serão punidos. Simples assim. Aliás, tem uma coisa que me chama muito a
atenção, deputado Suplicy, Conte Lopes, Campetti, quando a gente está no
governo, vale a nossa polícia; quando a gente não está, vale a outra.
É impressionante,
porque, assim, eu acho que a Polícia Federal tem que ser uma instituição e,
aliás, eu vou terminar com isso, nós não podemos permitir que o Estado, que o
Governo se aproprie das instituições de Estado. E foi isso que o Bolsonaro fez
durante quatro anos, quando colocou na Polícia Rodoviária Federal gente para
impedir locomoção daqueles que queriam votar?
Ou a gente vai
esquecer que isso também aconteceu? Ou a gente vai achar que eram tranquilas e
normais as operações no período eleitoral? Pô, nós não podemos passar a mão.
Não podemos achar que não é assim. Então vai ter tempo.
Aliás, é o que
acontece no estado, não é? O governador - eu vou encerrar, Sr. Presidente -
prometeu para os policiais aumento, ser a polícia mais bem paga, fortalecer a corporação.
Infelizmente o que a gente está vendo é a apropriação do governo, ou de alguns
do governo, do secretário, nas instituições de Estado. Isso é um perigo, é um
risco, é o imponderável.
Por isso eu
queria deixar aqui, Sr. Presidente, a minha manifestação de apoio à Justiça, ao
Supremo Tribunal Federal, que se apure todos os fatos e que se punam os
culpados. Ditadura nunca mais neste país.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Paulo Fiorilo. Dando sequência à nossa lista de oradores do Grande
Expediente. Pois não, deputado Conte Lopes?
O
SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pela ordem?
O
SR. CONTE LOPES - PL - Quero falar pelo Art.
82. Quero responder ao deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pela ordem,
Danilo?
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para uma comunicação,
em resposta também ao deputado.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de dizer que a Polícia
Federal é uma instituição de Estado. É uma instituição de Estado e quando nós
aqui criticamos ou apontamos alguma questão que traz indícios de que essa
questão de a Polícia Federal ser alguma polícia de Estado, quando traz dúvidas,
está dentro do Art. 53, é a nossa opinião e nós vamos dizer.
Então existem
situações. Deputado comentou sobre o Bolsonaro, com relação à Polícia
Rodoviária Federal. Foi investigado, só que diz que o Bolsonaro capturou as
instituições, mas não conseguiu, por exemplo, concluir o inquérito, e que ele
foi vítima de tentativa de homicídio. Bolsonaro foi vítima de tentativa de
homicídio comprovado. Deputado, eu vi. Eu estava na equipe e vi.
Talvez eu possa
ter sido um dos primeiros a ver os danos, os ferimentos no corpo do presidente
Bolsonaro. Aí uma parte da esquerda, e até tem um veículo de comunicação que
fez documentário, falando de “fakeada”. Quem são os negacionistas? Não podemos.
Obviamente que a gente reprova toda e qualquer... Até o planejamento de
qualquer tentativa de homicídio.
Ninguém aqui
vai botar a mão nisso daí, não. Ninguém aqui vai ser a favor. Só que o que tem
que ficar evidenciado é que quem foi vítima de tentativa de homicídio foi o
presidente Bolsonaro.
O inquérito
policial foi tratado, inclusive no governo dele, por um delegado federal, que
hoje está em uma adidância. Inclusive, no governo dele, foi tratado em uma
celeridade, que a gente sabe, eu sou policial federal, que não é recorrente.
Não foram exauridas todas as formas de investigação. Isso é também uma
reclamação do presidente Bolsonaro. Não havia captura das instituições.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Se houver acordo do
orador na tribuna, é só para uma comunicação de um minuto.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Perfeitamente,
um minuto, deputado Paulo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Só para encerrar essa questão. Até porque, assim, o senhor
reconhece. Quatro anos de governo Bolsonaro. Quatro anos, o Bolsonaro reclamou
publicamente em uma reunião, que foi gravada no Palácio, reclamando das
instituições. O senhor lembra, o senhor sabe. E a polícia federal não conseguiu
apurar a história da facada.
Impressionante,
não é? Então, assim, a culpa depois é do governo seguinte? Tem que assumir
aqui. Quatro anos para investigar o processo. Como não tinha? Ah, mas deixa eu
te falar uma coisa.
Se não
capturou, o que foi aquilo que a Polícia Rodoviária Federal fez nas eleições?
Se não capturou, o que foi a declaração do Bolsonaro, propondo trocar
dirigentes da Polícia Federal, delegados, como ele fez? Se isso não é capturar,
eu estou mudando de nome. Capturar significa capitular.
Então eu quero
deixar aqui claro. Se houve a facada, se tinha que ser investigado, ele teve
quatro anos. Não é possível. Ah, bom, é verdade. A Marielle demorou mais tempo,
não é? Passou o governo todinho dele e não investigou, não é? Foi depois que se
apurou. Não, eu estou falando. Eu estou falando.
Eu estou
dizendo o seguinte. Se você tem governo, você apura. Aliás, as apurações
mostraram que o cara tinha um problema, desvio. Foi lá no Paraná treinar tiro.
Agora, eu não
sou da Polícia Federal, eu não sou do governo federal. Quem foi devia ter
apurado, para não ficar aqui: “ah, criaram fake news”. Bom, apurasse e
dissesse: “está aqui, não teve absolutamente nada”, ou “está aqui, a esquerda é
culpada”. É isso que vocês querem. O problema é que não foi isso. Então, durma
com essa, resolva o crime, resolva a facada, faça o que tenha que fazer. Agora,
não crie fake news.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Muito obrigado,
deputado. Com a palavra, conforme Art. 82 do nosso Regimento Interno, deputado
Conte Lopes. Vossa Excelência tem o tempo regimental por cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL
- PELO ART. 82 - Sr. Presidente,
eu quero nesses cinco minutos então responder ao ex-líder do PT, Paulo Fiorilo,
que, quando jovem, no Largo de São Mateus, um belo dia assistiu em uma campanha
política minha, não lembro se em 90, 94, sei que era deputado já, a primeira
foi em oitenta e seis. Eu estava em uma numa padaria tomando um café, quando
uma mulher se aproximou de mim e me disse - que eu não conhecia: “capitão, tem um
cara atrás de mim no carro aí com o pênis de fora, mostrando pra mim. Onde eu
vou ele vai atrás”.
Eu vi o carro.
Fui por trás, abri a porta e arranquei o cara de dentro do carro. Naquele tempo
eu era forte, hoje já está mais difícil, mas aquele tempo era mais forte.
Amarrei o cara sem calça no Largo de São Mateus, e o cara ficou lá, até chegar
a polícia pra me apoiar. Até hoje o deputado Paulo Fiorilo me cobra isso: “pôs
o cara pelado na praça”.
Deputado Paulo
Fiorilo, se eu não ponho um cara pelado na praça, ele vai falar que ele não
estava pelado porcaria nenhuma, e nem com o membro ereto, e vai falar da
palavra da mulher. Então, por isso que eu deixei ele daquele jeito, para provar
o crime que ele estava cometendo contra uma mulher que me procurou.
E a lei é isso.
Tem que se provar o que se fala. Eu estava acompanhando ontem e hoje. “Ah,
porque não sei quem falou, disseram, o general falou não sei o quê, o outro
falou que vai matar o outro”. Mas espera aí. Cadê? Não achei as provas. Tendo
as provas, tudo bem. Falar o quê? Tem que apresentar as provas.
Agora, aqui
entre nós, passar batom em uma estátua e uma mulher que nunca fez um crime na
vida pegar 14 anos de cadeia? “Não estavam passeando na praça”. Todo mundo sabe
que estavam em uma manifestação. Deputado Fiorilo, nós tivemos manifestação
aqui da tribuna, da Apeoesp, e invadiu isso aqui com a gente aqui dentro.
Bateram em deputado, quebraram tudo isso aqui, ficaram aqui um mês. Nem
inquérito fizeram.
Nem inquérito
fizeram. Eu fui da Tropa de Choque, a Rota, pertencia à Tropa de Choque. Porque
a minha grande raiva do Lula é isso né. A gente gostava de andar para caçar
bandido, pegar bandido. Em 78, o Lula deixou a gente 40 dias e 40 noites lá no
ABC com a greve que ele arrumou lá, quando ele começou a carreira dele lá.
Então essa é
minha grande bronca dele. Vocês têm que ver que é o serviço da Tropa de Choque.
Não havia ninguém nessa invasão lá do dia oito da Tropa de Choque. Todo mundo
sabia o que ia acontecer e ninguém fez nada. Agora, é a velhinha, o velhinho
realmente que é o culpado de lá? Mandaram o cara e o cara foi.
Quantas vezes
eu chegava aqui e o próprio deputado Giannazi e o Paulo Fiorilo reclamavam aqui
do povo aqui em frente ao quartel. “A gente não consegue andar”. Eu vinha aqui
e falava que não é aqui que tem que estar o povo. O povo não era para estar lá
mesmo. O povo tem que estar aqui, como o povo devia estar no Congresso
Nacional, cobrando dos deputados, como é obrigação dos deputados do PL, que o
Bolsonaro elegeu, e os senadores, estarem lá no Congresso.
Eu também acho
que não adianta ir para os Estados Unidos. O que eu quero com os Estados
Unidos? Vai resolver o que lá? Tem que estar aqui, tentar resolver aqui. Se não
resolver aqui, vai resolver onde?
Também os vou
colocar aqui de novo uma palavra de um grande profeta, intelectual, que falou
no dia que estava sendo preso pela Polícia Federal também: “a jararaca não se
pisa no rabo, se pisa na cabeça”. Foi a colocação de Luiz Inácio da Silva
quando ele foi preso pela Polícia Federal, e hoje ele é presidente da
República.
Então as coisas
mudam. Vamos ouvir todo mundo. Agora, nesse julgamento aqui - me permita,
deputado Paulo Fiorilo -, como é que o Bolsonaro vai escapar? Vai ser absolvido
onde? Ele e o resto. Não tem. Primeiro porque ele devia estar sendo julgado na
primeira instância para ter recurso. Não tem. Não tem.
Eu digo a V.
Exa. porque já fui julgado pelo pleno aqui, pelas minhas ocorrências policiais
de tiroteio, entrevero. Quando cheguei aqui na Casa me mandaram para o pleno,
25 desembargadores. Com quem você recorre, se for condenado? Para quem? É o
pleno. Não recorre para ninguém.
Então, ficam aí
as nossas colocações. Tem que ser provado. Por isso eu fiz aquilo que V. Exa.
um dia viu, quando jovem. Se eu não deixo o cara pelado lá e tiro uma
fotografia do cara e a polícia... Coitada da mulher. A mulher vai lá: “O que é
isso? Ela é louca. Ela é débil mental”. Fica a palavra de um contra o outro.
É o que a gente
fala, que às vezes tem que se provar, né? Um exemplo disso é a menina que foi
morta aqui, uma tal de Vitória. O cara que matou confessou que matou. Os
advogados falaram: “Não vale essa confissão”. Então, talvez em uma dessas
tivesse que dar uma dura nele para pegar as provas concretas mesmo de que ele
matou a menina, que ele fala que matou e o advogado fala que não.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Se tiver acordo - acho que a gente tem um próximo orador -, para
uma comunicação, até para eu poder responder ao deputado Conte.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Vossa
Excelência tem o tempo regimental de dois minutos.
O
SR. PAULO FIORILO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado. Deputado Conte, primeiro eu queria agradecer,
porque éramos jovens, eu e o senhor. Segundo que eu estava no local do crime.
Eu sou prova viva do que ocorreu. Terceiro, nunca, nem nessa tribuna, nem neste
microfone de apartes, eu questionei a atitude do senhor.
O que eu disse
e relatei aqui é que o senhor foi lá e arriou as calças do bandido. (Fala fora
do microfone.) Mas o que eu posso fazer se o senhor o fez? (Fala fora do
microfone.) E achava até, e nunca falei isso para o senhor, mas falo aqui
publicamente que o senhor poderia ter aproveitado para poder algemar...
O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, eu não arriei a
calça do cara. Estava arriada. Eu só mantive arriada.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Mas como é que estava arriada a
calça? O cara estava na rua.
O SR. CONTE LOPES - PL - Estava dentro do carro, em um
Volkswagen, sentado, com as calças para baixo, mostrando...
O SR. PAULO FIORILO - PT - Essa deve ter sido a segunda. A
primeira, que eu vi o senhor arriar as calças, foi ali no Barateiro. Sabe no
Barateiro? O senhor lembra? Então, eu também lembro. Ele não estava com as
calças arriadas. Esse é outro.
É que o
deputado Conte deve ter várias prisões ali naquele largo, então ele não lembra
mais de todas. Então, eu queria registrar aqui que eu não reclamei do deputado
Conte. Só achei desnecessário arriar as calças do cara.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Registro feito,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Para a utilização do tempo de liderança pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Conforme o Art.
82, V. Exa. tem o tempo regimental de cinco minutos pela liderança do
Republicanos.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PELO ART. 82 - Obrigado, Sr. Presidente. Primeiro, quero
render homenagem aqui ao nosso querido deputado Conte Lopes pelo exemplo, pela
brilhante atuação enquanto policial e melhor ainda depois, como parlamentar
aqui. Deputado, o senhor tem todo o nosso respeito, o senhor é um paradigma de
excelente parlamentar. Nós rendemos essa homenagem a Vossa Excelência.
Mas eu vou
concluir o debate para dizer o seguinte: como eu falei no microfone de apartes,
Sr. Presidente, Bolsonaro não capturou nenhuma instituição. Ele não conseguia,
por exemplo, na Polícia Federal, indicar um superintendente. Ele não conseguiu
indicar o diretor-geral, e a gente sabe que, desde de uma lei de 2013, a
indicação do diretor-geral da Polícia Federal é competência exclusiva do
presidente da República. Não é do ministro da Justiça.
Aliás, o
ministro da Justiça tem lá as suas questões com relação à pena, lançou um
programa aí, “Pena Justa”, que nós falamos que é uma aberração, um exemplo da
“bandidolatria” com que o governo federal trata essa questão dos presos
criminosos de sangue.
Enfim, mas
quero dizer que o presidente Bolsonaro não conseguiu nomear, por exemplo, o
hoje deputado Alexandre Ramagem. Foi impedido de exercer essa competência
porque o Alexandre Ramagem foi chefe da segurança do presidente Bolsonaro.
Eu estava na
equipe de segurança. Só que o Alexandre Ramagem, o deputado Ramagem, ele entrou
no dia 28 de outubro de 2018, no dia em que o presidente se sagrou eleito, no
dia do segundo turno da votação. Eu estava presente lá. Só conheceu o
presidente nesse dia. Ele não conseguiu nomear o deputado Ramagem, mas o atual
presidente, Lula da Silva, nomeou o atual diretor-geral, que é o Andrei.
O Andrei esteve
na segurança da Dilma em 2010. O Andrei foi secretário extraordinário de
Grandes Eventos em 2014, o Andrei foi adido na Espanha, logo em seguida, um
pouco antes, salvo engano, e foi chefe da segurança do Lula da Silva. Então,
assim, a Ramagem está para Bolsonaro, assim como Andrei está para Lula, só que
o Lula conseguiu nomear o Andrei.
E na época,
quem conduziu a investigação do atentado, da tentativa de homicídio, perpetrada
por um ex-filiado do PSOL contra o presidente Bolsonaro, foi aquele que era
diretor da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, do Andrei.
Então assim,
não há como dizer que o presidente Bolsonaro capturou a Polícia Federal, porque
a investigação, que era de maior interesse do presidente Bolsonaro, que atentou
contra a sua vida, ele não conseguiu dar o desfecho que ele queria.
Então, está aí
a prova que a Polícia Federal, quando da gestão do presidente Bolsonaro - e eu
lá estava, fui assessor especial de 2020 a 21 no Ministério da Agricultura, e
depois fui assessor especial no Ministério da Infraestrutura com o então
ministro Tarcísio, naquela época a instituição policial da Polícia Federal -, a
instituição policial federal, tinha toda liberdade para poder atuar conforme os
fatos investigados.
Hoje, o que nós
podemos... e a análise aqui é de fato com base no Art. 53, é a minha opinião,
palavras e votos que são invioláveis. Hoje, qual é a nossa análise? A nossa
análise é que esse processo, entrando no mérito, deputado Conte Lopes, esse
processo, em comparação ao que já ocorreu na Polícia Federal, com a construção
da Operação Lava Jato, foram oito anos, 80 fases. Para a prisão do presidente
Lula foram quatro anos, começando no Juízo de 1º Grau com todos os direitos ao
duplo grau de jurisdição, ampla defesa e contraditório.
Eu falo o
termo, esse termo é um termo que a gente precisa enfatizar, existe a ampla
defesa, não a ampla acusação. Então, o que acontece? A nossa análise jurídica
do caso é que as provas não confluem para que haja um nexo causal que culpe o
presidente Bolsonaro, ou que haja o cometimento desse crime. Isso é a nossa
opinião.
Só para
concluir, Sr. Presidente. Hoje nós temos, por exemplo, foram 298 delações
premiadas na Operação Lava Jato, muitas delas que não foram aceitas, como a do
ex-ministro Palocci. Nessa operação agora, cuja denúncia foi recebida hoje
diante de alguns réus, de alguns denunciados que se tornarão réus, houve uma delação,
deputado Conte Lopes, e nessa delação com nove versões. A cada vez, ele foi
ouvido nove vezes o Cid, cada vez ele dizia alguma coisa.
Então,
obviamente, como foi dito, o processo terá transcurso, as oportunidades de
defesa aparecerão, e eu rogo para que seja mantida a total imparcialidade e que
o julgamento transcorra com direito à plena e ampla defesa, já dizendo que nós
entendemos que o presidente Bolsonaro nem deveria se tornar réu.
Então, Sr.
Presidente, muito obrigado pela oportunidade, fiquem todos com Deus.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Danilo Campetti.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Sr. Presidente,
havendo acordo entre os líderes, peço que seja levantada a sessão.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência,
antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão
ordinária de amanhã, 27 de março de 2025, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 15 horas e 44
minutos.
*
* *