28 DE MAIO DE 2025
72ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: SIMÃO PEDRO, DR. JORGE DO CARMO e VITÃO DO CACHORRÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - SIMÃO PEDRO
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h07min.
2 - DR. JORGE DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE SIMÃO PEDRO
Parabeniza o deputado Dr. Jorge do Carmo por seu pronunciamento.
4 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - DR. JORGE DO CARMO
Assume a Presidência.
6 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE DR. JORGE DO CARMO
Endossa o pronunciamento do deputado Simão Pedro.
9 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - VITÃO DO CACHORRÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - PRESIDENTE DR. JORGE DO CARMO
Parabeniza o deputado Vitão do Cachorrão por seu pronunciamento. Cumprimenta os alunos da Fundação Getúlio Vargas, presentes nas galerias.
12 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - VITÃO DO CACHORRÃO
Assume a Presidência. Cumprimenta os alunos da Fundação Getúlio Vargas, presentes nas galerias. Cumprimenta autoridades de Sorocaba, presentes no plenário.
GRANDE EXPEDIENTE
14 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
15 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
16 - PRESIDENTE VITÃO DO CACHORRÃO
Defere o pedido. Defende que professores e auxiliares escolares tenham direito à merenda escolar. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 29/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 15h12min.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Simão Pedro.
*
* *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Então daremos inicio aos discursos do
Pequeno Expediente. Começar aqui a chamada dos oradores inscritos, deputado
Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Thainara
Faria. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar.
(Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. Tem V.
Exa. o tempo regimental para usar a tribuna.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT -
Sr. Presidente deputado Simão Pedro, presidindo o Pequeno Expediente nesta
quarta-feira, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, os assessores aqui presentes, os
policiais, público da TV Alesp, vim mais uma vez falar um pouco sobre os
problemas no nosso estado, os problemas da nossa cidade de São Paulo também.
Hoje, quero
falar de um tema que tem preocupado muito os moradores daquela região do
Lajeado, onde V. Exa. conhece tão bem e também tem base eleitoral naquela
região pela sua atuação.
Tem uma
previsão de uma grandiosa obra entre a Estação de Guaianases, da CPTM, e a
Estação Antônio Gianetti, que já fica no município de Ferraz de Vasconcelos.
Estão dando nome para essa obra: Nova Centralidade Urbana Lajeado.
Queria que o
Machado passasse algumas imagens, só para... Essa obra aí, uma obra grande na
região do Lajeado lá perto de Ferraz de Vasconcelos. Qual que é a expectativa
dos governos municipais e estadual?
Porque envolve
aí vários órgãos - CPTM, CDHU, Cohab, SPTrans, SPI -, a previsão é que vai
construir uma nova estação, chamada Estação Lajeado, lá nessa região. Isso faz
com que toda obra de melhoria, para melhorar a vida das pessoas, tenha também
os seus impactos.
Então, essa
estação, mais aqueles prédios que aparecem ali naquelas imagens, é a
possibilidade, a expectativa de construir 1.500 unidades habitacionais, por
isso envolve a Cohab, envolve a prefeitura, e essas construções, para atender,
pelo menos, parte das famílias que serão desapropriadas, que serão impactadas
do ponto de vista negativo, porque vão ter que sair das suas casas, elas
poderão, espero eu, que sejam atendidas nesse novo empreendimento.
O
empreendimento em si é muito bom, porque fala de terminal, que daqui a pouco
vai passar, terminal, área de lazer, a nova estação, tem obras também de
combate às enchentes.
Para soltar a
imagem, essa imagem aí é impactante, porque olha a quantidade de famílias, de
pessoas que moram lá há muitos anos, dez, 20, 30, 50 anos, e que serão
impactadas, ou seja, que serão removidas.
Ali a conta,
pelas informações que, na tela posterior, vão aparecer, são 70 lotes, mas não é
lote de cinco por 25 ou dez por 25, são lotes maiores, porque, como tem várias
pessoas ali e talvez não esteja devidamente regularizado, então, o lote está
inserido em uma área maior, as construções.
Então ali são
centenas de famílias, como dá para perceber nessa outra imagem. São centenas de
famílias que serão removidas desta área no Lajeado para permitir a construção
dessa nova estação, que é a Estação Lajeado.
Lembrando que
esse deputado, e penso que nenhum deputado ou deputada aqui são contra melhorar
a mobilidade, resolver os problemas de acessibilidade, de transporte público e
de infraestrutura.
Mas é preciso
discutir isso com muito cuidado em envolver os atores, para que a população não
fique sem informação, para que tenhamos muita transparência, para que tenhamos
a certeza de que as pessoas, ainda que sejam impactadas, sejam indenizadas,
sejam, se for haver desapropriação, que tenham a certeza de que vão receber um
preço justo ou que vão ter um apartamento nesse empreendimento de interesse
social, que é o que se prevê.
Passe a próxima
imagem, por favor. Ali, não está muito legível, mas é a lista de tantos imóveis
que serão removidos, desapropriados. Ou seja, as pessoas vão ter que sair para
construir esse empreendimento, essa estação, essa área de lazer, um terminal de
ônibus, que eu estava esquecendo. Um terminal de ônibus também vai ser
construído ali.
Então, quanto à
infraestrutura, à necessidade da obra, todos nós somos favoráveis. No entanto,
precisamos ter certeza de que não vamos deixar as pessoas sofrerem com essa questão.
Ademais, só
para ir concluindo, tem, como eu disse, impacto negativo e impacto positivo.
Ademais, também, nesse terminal, nas imediações ali, também vai construir um
piscinão, no Córrego Itaquera-Mirim, que é para permitir que essas famílias
também, mais para baixo, ali no centro de Guaianases, não sofram com enchentes
como sofrem até o dia de hoje. Então, toda essa obra, todas essas imagens, que
são bastante bonitas, mas, para chegar aí, muitas famílias serão impactadas.
E é por isso
que nosso mandato está conversando com os órgãos públicos que vão tratar desse
assunto, CPTM, CDHU, SPI, Cohab, Siurb, todos os órgãos que vão tratar desse
assunto, para que possamos fazer uma audiência pública nos próximos dias, para
explicar, detalhar, e para que todos os moradores daquela região do Lajeado
tenham informação de que será beneficiada toda a região, mas quem for impactado
também não será prejudicado, porque é isso, e é para isso que o nosso mandato
estará sempre na defesa daquela região, do nosso estado e para uma cidade
melhor.
Obrigado, Sr.
Presidente.
Boa tarde a
todos.
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns,
nobre deputado Dr. Jorge, pela sua brilhante atuação em defesa do povo mais
sofrido, povo ameaçado da nossa querida zona leste.
Dando sequência, chamo o deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado
Donato. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino, tem V. Exa. o prazo
regimental de cinco minutos.
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente, nobre deputado Simão Pedro,
Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários da Assembleia Legislativa.
Sr. Presidente,
eu quero tratar hoje, aqui, um debate importante para o estado de São Paulo,
para o Brasil e também para a nossa cidade, que nós não podemos mais aceitar
nos parlamentos municipais, estaduais, ou federais parlamentares que
desrespeitam não só lideranças do Executivo, ou do próprio Legislativo, mas,
principalmente, pessoas que atacam, como atacaram no dia de ontem a ministra
Marina, lá no Senado Federal.
Quando você não
concorda com uma pauta ou quando você defende uma pauta, a defesa sempre tem
que vir baseada nas ideias, nas proposições, nas ações, no papel que o
parlamento tem, seja pela produção das leis ou ser guardião das próprias leis
que eles mesmos acabam discutindo, aprovando ou, muitas vezes, até rejeitando
eventuais propostas que discordam.
E o projeto que
a ministra Marina estava debatendo no Senado Federal é um projeto que tem que
ser debatido pela sociedade, porque a gente olha aqui o projeto na hora que for
apresentado, um projeto - inclusive que foi aprovado às pressas pelo Senado por
54 votos favoráveis e 13 contrários - que não passou com um debate mais amplo
com a sociedade e coloca o meio ambiente do nosso país e das nossas cidades em
risco, porque ele coloca e flexibiliza as regras da legislação ambiental.
É um crime,
nobre deputado Reis, porque essa proposta apresentada pelo Senado permite que
empresas se auto licenciem, que projetos com hidroelétricas não precisem mais
de análise técnica do impacto que acabam causando para a sociedade. Nós já
vimos aqui casos como o de Mariana, lá em Brumadinho. Nós vimos vários casos
acontecendo Brasil a fora e nós sabemos que nem sempre as empresas que estão
ali respeitam a questão da legislação ambiental.
Se você
flexibiliza essa parte da legislação ambiental, o risco que tem, e como vem
tendo muitas mudanças climáticas em todo o território nacional, é que isso
ocorra cada vez e de maneira cada vez mais intensa.
E aí o que
coloca na lei é uma licença como essa. Basta apenas uma autodeclaração do
empreendedor, que você já passa a ter o direito de fazer essa licença ambiental
para produzir ali o seu equipamento.
Mas, mais do
que isso, no dia de ontem, a gente percebeu que podemos ter... O pessoal fala:
“Ah, uma flexibilização vai melhorar o desenvolvimento do município, do estado
e do Brasil”, pode ter deputado, senador que tenha esse posicionamento, mas
faça o debate nas ideias. Aprove ou rejeite uma proposta na sua convicção.
Mas o que nós
temos visto cada vez mais aqui no parlamento, seja aqui do estado ou lá em
Brasília, seja na Câmara ou no Senado, são ataques, como teve desses dois
senadores de ontem, tanto do Rogério como o do Valério lá, em Brasília.
O que a gente
percebe desses ataques que foram feitos à ministra no dia de ontem? A gente
percebe que são pessoas que não estão preparadas para assumir o parlamento,
seja no Senado ou seja na Câmara Federal, que passam a ser ou ter posições cada
vez mais extremistas, e muitas vezes são em posições extremistas por interesse
próprio, não um interesse coletivo.
É um interesse
de alguns agrupamentos que não concordam e não acham que mulher tem que ocupar
o espaço do parlamento, que a população negra não pode ocupar o espaço do
parlamento.
E aí esses
ataques, além de ser um ataque que prejudica o meio ambiente e o nosso país,
faz um ataque direto. E eu falo, acaba sendo um ataque que a gente pode dizer
que acaba sendo um ataque antigênero, racista, autoritário. Isso tem
demonstrado um pouco a cara do nosso Senado Federal e do nosso Congresso, da
nossa Câmara de Deputados do Congresso Nacional. Isso nós não podemos aceitar.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Dr. Jorge do Carmo.
* * *
O parlamento é
um espaço de ideias, é um espaço de debates, é um espaço de construções
políticas. Nós não admitimos que ações como essas sejam feitas, em qualquer
parlamento: seja municipal, estadual, federal ou no próprio Senado. Então nós
não aceitamos o que foi feito ontem com a ministra Marina, eu quero deixar aqui
o meu repúdio.
Há uma porção
desses parlamentares que não são dignos de ocupar um espaço no Senado Federal.
E quero deixar aqui reafirmado, também: nós vamos trabalhar junto com a
ministra Marina Silva, para que esse projeto que passou pelo Senado e vai à
Câmara... Vamos trabalhar para que ele não seja aprovado na Câmara Federal, e,
se for, vamos pedir ao presidente da República vetar um projeto como esse, que
é um projeto que não traz o desenvolvimento para o nosso País.
Vai abrir
margem, uma flexibilização a partir de uma auto-regulamentação, em que o
próprio setor privado vai poder determinar se pode ou não efetuar uma obra. Eu
sou a favor do desenvolvimento, eu sou a favor do crescimento econômico; mas
nós temos e devemos garantir o crescimento econômico combinado com o
desenvolvimento social, o crescimento econômico combinado com o meio ambiente.
Não podemos aceitar o ataque, como foi feito ontem, à ministra Marina Silva.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado,
deputado Luiz Claudio Marcolino.
Seguindo a lista de oradores inscritos,
com a palavra o deputado Dr. Eduardo Nóbrega. Ausente. Com a palavra, o nobre
deputado Paulo Reis. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. REIS - PT -
Sr. Presidente, eu quero, aqui, fazer coro com o deputado Luiz Claudio
Marcolino, para deixar registrado, sim, aqui, o nosso repúdio ao comportamento
daqueles senadores da República contra a ministra Marina Silva, e dizer que o
lugar das mulheres é onde elas quiserem.
Senador,
senadores, eles não têm... Jamais poderiam ter dito o que falaram ontem para a
ministra Marina Silva. Isso mostra um senado na contramão do respeito, da
dignidade das mulheres e, obviamente, das pessoas, porque aquilo atingiu a
sociedade brasileira como um todo.
Ontem os meios
de comunicação, todos em que você ligava, estavam condenando a ação, o
comportamento ridículo, inapropriado, daqueles senadores que foram eleitos pelo
povo e, com a grande quantidade de mulheres que votaram para eles. A gente
espera que, na próxima eleição, as mulheres façam uma reflexão e não votem para
aqueles senadores. Deixar registrado aqui, então, o nosso repúdio.
Sr. Presidente,
ontem nós aprovamos aqui o Projeto 1.712, que trata da gratuidade para os
policiais civis, militares, penais e técnico-científicos no transporte que vai
de uma cidade para outra. Eu quero pedir aos policiais para que mandem carta
para o governador, mandem e-mails para o governador, pedindo a ele que sancione
esse projeto. Sancione esse projeto.
Se o governador
tem algum compromisso com os policiais, ele vai sancionar. Se ele não tiver,
vai ficar comprovado aí que ele não tem interesse nenhum em garantir a
segurança dos policiais. Policiais que vão de uma cidade para outra, e que
muitas vezes são vítimas, no dia a dia, da violência, do crime organizado, e
que garantir o transporte para eles é de suma importância. O transporte seguro,
o transporte com segurança.
E nós fizemos
um projeto que não dá muito trabalho para o governo, porque ele prevê a
compensação tributária. A empresa vai emitir o boleto e vai descontar, vai
abater no imposto o que ela tem a pagar para o governo, o ICMS.
Então não é
inconstitucional, não fere o interesse público, não tem vício de iniciativa. Se
o governador inventar alguma coisa é porque ele realmente estará demonstrando a
má vontade de atender esse pleito dos policiais que têm sofrido muito para
poder trabalhar em uma cidade e morar e residir em outra. Ontem mesmo um
policial me mandou que ele estava gastando R$ 250,00 para se deslocar até
Votuporanga.
Então a gente
precisa fazer justiça, porque se fala muito disso, mas, na hora de fazer, na
hora de agir, isso não aparece nos atos de quem tem o poder de fazer, não é?
Então hoje quem tem o poder de fazer é o governador. Ele é o imperador, ele é o
dono da caneta, ele que decide tudo no Estado. Nós demos uma ferramenta.
Quando nós
viemos aqui, aprovamos esse projeto, nós damos uma ferramenta. Olha, governo,
já que até agora você não apresentou nada, nós estamos apresentando uma
proposta que pode dar solução para essa questão. Então o que a gente espera é a
sanção do Projeto nº 1.712. Quero deixar registrado aqui, presidente.
Deputado Dr.
Jorge do Carmo, que até hoje o governador não sancionou o projeto, o PLC que
estabelece os cinco por cento. Ontem eu já falei, pedi a ele para sancionar,
porque o reajuste vai ter que ser dado. Já foi aprovado, o projeto é dele.
Então falta a sanção do governador. Cobrei ontem a sanção para que os
funcionários públicos possam receber o reajuste a partir de primeiro de julho.
Porque se ele
sancionar e publicar até sexta-feira, que ontem eu falei para ele sancionar na
sexta, mas tem um problema, se ele sancionar na sexta, poderá não ser publicado
sábado. Então, porque o Art. 13 do projeto, ele fala no mês subsequente à data
da publicação.
Então seria
importante que o governador pudesse sancionar até amanhã para publicar na
sexta-feira e aí começa a contar a partir de primeiro de junho, logo no mês de
julho os servidores públicos receberiam esse reajuste irrisório,
insignificante, mas é um reajuste de uma recomposição de perdas inflacionárias,
porque não é aumento de salário, receberiam a partir de primeiro de julho.
Se ele não
fizer isso, se ele não sancionar esse projeto até essa data, mostra sim o
descomprometimento que tem o governador, também, com o funcionalismo público e,
principalmente, com os profissionais da Segurança Pública, ficando o primeiro
pagamento com reajuste só a partir de agosto.
Primeiro
pagamento com reajuste só a partir de agosto. E não é retroativo a primeiro de
março, porque ontem eu fiz uma fala aqui, várias pessoas: "Não, mas não é
a partir de primeiro de março?
A data-base não
é primeiro de março?" Não. Porque senão teria que estar no corpo do
projeto que foi aprovado. E isso, esse termo a contar de primeiro de março, não
apareceu. Não está no texto.
Está que vai
ser considerado no mês subsequente à data da publicação. É esse o entendimento
que a gente tem que ter. Não é a contar de primeiro de março, como todos
esperavam, que a data-base é primeiro de março, que o governo pagasse essa
retroatividade. Não está previsto esse pagamento retroativo.
Então, o que se
espera é que até amanhã o governo possa sancionar, publicar na sexta-feira e
começar a contar a partir de primeiro de junho até o final do mês, contar com o
reajuste para se receber em julho. Se isso não acontecer, se ele sancionar a
semana que vem, só vai se receber com o reajuste de 5% a partir de agosto.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado,
deputado Reis. Seguindo a lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputada Andréa
Werner. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli.
(Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.)
Deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) E agora, sim, o
deputado Simão Pedro. Nobre colega, deputado Simão Pedro, tem V. Exa. o tempo
regimental.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Meu grande
companheiro, Dr. Jorge, queria cumprimentar os funcionários, os assessores, o
público que nos acompanha aqui pelas galerias e pela TV, pelas redes sociais.
Ontem vimos
cenas lamentáveis de machismo e misoginia no Senado Federal, na Comissão de
Infraestrutura, Dr. Jorge, contra a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente.
Marina Silva não é uma ministra qualquer. Marina Silva é um ícone mundial da
defesa do nosso Planeta, da defesa dos nossos biomas, principalmente da defesa
da Amazônia, e já cumpriu e prestou grandes serviços ao Brasil, com todo o
esforço de diminuir queimadas, desmatamentos, defender os povos das florestas,
uma pessoa respeitadíssima no mundo inteiro. E aqui no Brasil também. É a nossa
deputada federal aqui pelo estado de São Paulo, onde ela passou a militar.
E o que
aconteceu? Ela foi convocada para ir na Comissão de Infraestrutura, presidida
pelo senador Marcos Rogério, do PL lá de Rondônia, e esse também cometeu uma
grosseria, cometeu atitudes deploráveis, no sentido de dizer: “A senhora se
coloque no seu lugar”, como se ela fosse uma autoridade qualquer. Ela é
ministra, que está indo lá a convite da comissão.
O pior foi o
senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, que já disse em outra ocasião que
queria enforcar a ministra, por isso ele está sendo processado na Comissão de
Ética do Senado, e ontem ele também criou toda uma situação, ofendendo a
ministra, que ela disse: “Se ele não pedir desculpas, eu vou ter que me retirar
daqui”. Foi o que aconteceu. Então, cenas deploráveis.
Eu conheço
Rondônia, Sr. Presidente,
conheço um pedacinho da Amazônia. Eu fiz a minha dissertação de mestrado na PUC
aqui em São Paulo, falando sobre Rondônia, o estado onde mais se devastou a
floresta amazônica nos últimos 30, 40 anos. O que existe em Rondônia hoje são
as terras indígenas, parques nacionais e três parques estaduais. É o que restou
de um estado do tamanho do estado de São Paulo, colonizado pelos militares.
Eu conheço
porque meus pais migraram para lá em 1985. Tenho cinco irmãs, frequento. Estive
lá em 2022, quando terminaram as eleições, eu fui visitar minhas irmãs, meus
sobrinhos. Fiquei estarrecido, deputado Jorge, com o que eu vi.
Por exemplo,
antes se incentivou os migrantes a irem para lá para plantar frutas, cacau,
café. Isso não deu certo. Depois entraram os frigoríficos, incentivando o
pessoal a criar bois. O grande agronegócio da pecuária dos grandes fazendeiros
no Brasil, deputado Reis, e que exige cada vez mais terras. Por isso o
desmatamento.
Agora é a soja
que entrou lá fortemente. O vice-governador, deputado Reis, na eleição passada,
assisti a um vídeo que minha irmã me mostrou, dizendo o seguinte: “O meu sonho
é não ver uma árvore nessa região aqui, tudo plantado de soja”. Uma coisa
assim, absurda.
Bom, não é à
toa que esse deputado Marcos Rogério é de lá. Não é à toa que ele cometeu as
grosserias contra a ministra, não é à toa que ele é contra a ministra, porque
ela representa a defesa, a resistência das nossas florestas, dos povos que
moram nas florestas, de um desenvolvimento econômico com sustentabilidade.
A Marina acaba
sendo inimiga, vista como inimiga desses que querem destruir a natureza e não
estão nem aí com o amanhã, só pensam no imediato, no lucro, só pensam no
dinheiro, sem o mínimo de preocupação com a questão ambiental.
Então, é
lamentável o que aconteceu ontem. Toda a minha solidariedade à ministra Marina
Silva, toda a solidariedade às mulheres que entram na política, que ocupam um
cargo público.
Quando o
presidente da comissão, o Marcos Rogério, disse: “Coloque-se no seu lugar”, ele
está querendo dizer para ela: “O teu lugar não é aqui, o teu lugar não é a
política”. O lugar das mulheres, como sempre diz o nosso presidente Lula, é
onde ela quiser estar.
Então, força,
Marina Silva. Parabéns pelo seu trabalho. O Brasil deve a você muito. O Brasil
é muito grato ao seu trabalho. Nós vamos vencer esses que querem destruir o
nosso Planeta.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado,
deputado Simão Pedro, nosso colega de bancada, pela brilhante exposição.
Concordo plenamente com V. Exa., com vosso posicionamento, que é o nosso
posicionamento.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - Deputado Jorge do
Carmo, havendo acordo, queria pedir o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - O deputado
Reis...
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - Vai falar?
O
SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Vai, está na
Lista Suplementar.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - Peço desculpas.
O
SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado,
deputado. Seguindo a lista de oradores inscritos, deputado Emídio de Souza.
(Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes.
(Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.)
Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado
Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Ortiz Junior. (Pausa.)
Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputado Danilo Campetti. (Pausa.)
Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Alex
Madureira. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Dr. Elton.
(Pausa.) Deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira. (Pausa.)
Deputada Ana Perugini. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Fabiana Bolsonaro. (Pausa.)
Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Thiago Auricchio. (Pausa.) Deputada
Monica Seixas do Movimento Pretas. (Pausa.)
Agora a Lista Suplementar. Deputado
Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Agente Federal
Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos.
(Pausa.)
Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.)
Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio
Marcolino. (Pausa.) E agora, sim, deputado Reis. Tem V. Exa. o tempo
regimental.
O
SR. REIS - PT -
Presidente, deputado Dr. Jorge do Carmo, eu me reinscrevi para falar um pouco
da insegurança pública do estado de São Paulo, principalmente da Capital de São
Paulo.
Os números da
criminalidade, as estatísticas estão mostrando que o governo não está
conseguindo fazer a sua lição de casa: 61.829 furtos de janeiro até março deste
ano. A Capital já superou o número de casos de 2023, até então a maior marca. A
Secretaria de Segurança, que só faz política, agora tirou até cargos e
pró-labore da Polícia Civil.
Está um caos.
Eu tenho observado isso. É só política, porque o secretário é político, é
deputado, é candidato a senador, então ele está mais preocupado em fazer
política, em usar a estrutura de Segurança Pública para poder se promover, se
autopromover, do que realmente se concentrar na política de Segurança Pública.
Inclusive, eu
vou pedir ao Machado, da nossa assessoria técnica do plenário, para colocar um
vídeo lá do Campo Limpo.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Isso que nós
mostramos aqui, presidente, deputado Dr. Jorge do Carmo, é o que está
acontecendo na periferia de São Paulo como um todo, não é só no Campo Limpo. No
Campo Limpo, a matéria hoje foi lá e pegou esses casos, esses flagrantes, mas
isso, se a gente pegar o Capão Redondo, pegar a região de Guaianazes,
Brasilândia, para todo lado é reclamação.
A violência
está explodindo, e o Governo de São Paulo, que não conhece muito São Paulo, não
conhece o estado e não entende muito de Segurança Pública, não tem resposta
para isso.
Eu quero até
aqui na matéria... Foi o G1 que fez essa matéria, e aqui estão os comentários,
o povo comentando: “Está muito difícil essa região, um verdadeiro inferno. Não
tem policiamento, está a Deus dará. O cidadão que lute para sair de casa para
trabalhar e voltar ileso”. E assim vai, várias pessoas: “Na Rua Jaracatiá, é
assalto todos os dias; se você duvidar, a cada hora. Você sai tentando desviar
de tanto bandido naquela rua, é impressionante”.
“BO não serve
para nada. Roubaram meu celular, fiz o BO. Não recuperei meu celular e a falta
de segurança continua pior.” “Campo Limpo, terra de ninguém. Estamos
contratando delegados. O que tem aqui não serve.” “Está osso por aí.” E assim
vão os comentários na matéria. É o sentimento do povo no dia a dia pela falta
de Segurança Pública ou pela insegurança pública promovida pelo governo de
plantão.
Aí o governo
diz que está reduzindo a criminalidade, que reduziu nas áreas centrais. O
prefeito vai lá e diz que tem um sistema de câmeras que prende, que acontece,
mas não é. O fato é que você pode até ter reduzido um pouco a criminalidade nas
áreas centralizadas, mas esse crime vai expandindo para a periferia.
Realmente, lá
no centro, você andando no centro, você vê a presença da Polícia Militar, do
policiamento ostensivo, do sistema de câmeras. Mas, quando você vai para a
periferia, quando você vai para os bairros periféricos, isso vai deixando de
existir.
E tem um índice
aqui de Pinheiros, que diz que Pinheiros - a questão de celulares -, bairros da
zona sul, oeste e do centro da cidade com maior concentração de pessoas,
lideram a lista de roubos de celulares.
Pinheiros é o
bairro mais perigoso da Capital, com 1.023 casos no primeiro bimestre, o
equivalente a 17 celulares roubados por dia. A matéria traz esses índices.
Então, presidente, é cobrado, o governo, que precisa ter uma atenção melhor
para essa questão da Segurança Pública.
Precisa
recompor o efetivo tanto da Polícia Militar como da Polícia Civil, porque não
há policiais, não há policiais militares para fazer ronda. Aqui está
comprovado, nós passamos essa matéria do Campo Limpo, que você não tem rondas,
e aquilo que é registrado está em torno de nove, dez roubos todos os dias.
Então precisa
recompor o efetivo, precisa recompor o efetivo da Polícia Civil para
investigação. Tem um concurso em andamento, de 3.500 policiais, que o governo
acho que está esperando para nomear quando tiver na véspera da eleição, para
fazer política. Ele faz política para ter votos.
Enquanto isso,
o cidadão está sofrendo, está sendo vítima no dia a dia. Então, pedir ao
governador que nomeie o quanto antes esses 3.500 policiais civis, que
recomponha o efetivo da Polícia Civil, que recomponha o efetivo da Polícia
Militar, que compre viaturas e que tenha um policiamento mais efetivo, porque o
governo, pelos registros, tem conhecimento dessas ruas, onde mais acontece o
crime. No Infocrim, ele tem todo o entendimento e o conhecimento técnico,
científico de onde os crimes acontecem.
Então ele tem
que infiltrar agentes. Ele tem que colocar agentes esperando o motociclista
aparecer para prender, para dar voz de prisão. Tem que fazer mais bloqueios e
averiguar essas motos, pessoas armadas. Ou seja, tem como reduzir a
criminalidade.
Falta vontade
política, e falta o secretário de Segurança Pública deixar de fazer política e
fazer Segurança Pública. Ir mais para a questão técnica, e não política,
porque, se ele tem projeto só eleitoral, será muito difícil a gente ter
Segurança Pública no estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado,
deputado Reis. Seguindo a lista de oradores inscritos na Lista Suplementar, com
a palavra, agora, o deputado Vitão do Cachorrão. Tem V. Exa. o tempo
regimental.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Boa tarde,
presidente. Boa tarde, deputado Reis, pessoal que está aqui na Alesp
assistindo, acompanhando na Casa do povo.
Agradecer
também o pessoal que trabalha na limpeza aqui na Casa. Acabei de encontrar um
amigo que saiu limpando o banheiro e eu falei: "Olha, a gente é muito
grato pelo trabalho que vocês fazem aqui”.
A gente não
pode esquecer de onde a gente vem. Na minha família tem muitos, muito pessoal
que faz a limpeza, muito pedreiro. Com muito orgulho, eu agradeço o pessoal da
limpeza da Casa.
Falando em
limpeza, eu, como vendedor de cachorro quente, o Vitão do Cachorrão, vou mandar
um abraço para o Mineiro também, que faz o lanche aqui, Jorge do Carmo. A gente
já comeu lá junto o lanche dele, há mais de 30 anos trabalhando na frente da
Alesp. Então, um abraço para o Mineiro.
Eu vim nesta
tribuna para agradecer todos os deputados e deputadas que votaram a favor. Foi
em unanimidade o Projeto de lei nº 1.377, de 2023. Quero agradecer ao deputado
Reis, que também é coautor, ao deputado Gil Diniz, também coautor, e ao Marcio
Nakashima.
Veja só: o
estado de São Paulo era o único lugar em que, para você levar o seu filho nos
estádios e nos ginásios, em eventos de MMA, UFC, e para você assistir ao seu
time de coração, quando era uma final então da Libertadores, de Campeonato
Brasileiro, de Campeonato Paulista, ou quando um time grande ia para o
interior, e é o sonho do pai levar a família, e às vezes ele ganha só um
salário mínimo e a mãe ganha um salário mínimo também, tem três crianças, a
criança de colo, de menos de dois anos, eles subiam o ingresso na final, R$
500,00, R$ 400,00, às vezes, final, até R$ 1.000,00 e a criança de colo tinha
que pagar ingresso.
E esta Casa
aprovou ontem, aprovou para que criança com até dois anos de idade,
incompletos, não pague mais ingresso, porque ela não ocupa nem assento. Isso
era uma loucura.
O único estado,
Evandro, que cobrava das pessoas. Você levar um filho ao estádio, uma criança
de colo, deputado Marcolino, e você ter que pagar pelo ingresso. Você tem três
filhos, Jorge do Carmo - me perdoe, deputado Jorge do Carmo -, você ter três
filhos e ter que pagar R$ 300,00, R$ 400,00 para cada filho.
Então agora, o
governador sancionando a lei, o Brasil está com um novo técnico, que é o
Ancelotti, e muitas crianças, vai ser a volta da família aos estádios. Se o
governador sancionar - ele tem 15 dias úteis para sancionar - se ele sancionar
essa lei, então a criança de colo não vai ter gasto nenhum, custo zero para o
estado de São Paulo, não vai pagar ingresso.
E o jovem, que
não pode trabalhar até os 12 anos de idade, pagava também um absurdo na final,
R$ 1.000,00, R$ 500,00, R$ 300,00; não vai pagar, somente a meia-entrada. Então
será a volta das famílias aos estádios e ao ginásio.
Eu quero
agradecer aqui pessoalmente a todos que trouxeram esse projeto e a um amigo
meu, um irmão meu de Sorocaba, que hoje já não está, infelizmente, no meio de
nós, mas Deus sabe de tudo, o Marco Aurélio. Eu tenho muita saudade no meu
peito, ele é considerado um verdadeiro irmão.
Marco, o projeto
foi aprovado aqui, o 1.377. Graças à sua ideia, ninguém - o governador
sancionando -, nenhum pai, nenhuma criança com menos de dois anos vai pagar
mais para entrar no estádio ou no ginásio. Adolescente até 12 anos, somente
meia entrada.
Que Deus abençoe
a todos.
Muito obrigado
aos deputados que ajudaram a aprovar esse projeto, que é para o povo, que é
para o esporte.
Esporte é vida.
O SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Muito
bem, deputado Vitão do Cachorrão. Parabéns pela aprovação desse projeto
brilhante. Esporte é vida, esporte é saúde, é vida e é inclusão social. Então
parabéns pela aprovação desse projeto.
Antes de seguir na lista de oradores
inscritos, quero registrar, com muita alegria, a presença nas galerias dos
estudantes da Fundação Getúlio Vargas. Sejam muito bem-vindas, muito bem-vindos
à Casa do povo, à Casa de Leis.
Parabéns pelo brilhante trabalho que
vocês fazem, que certamente amanhã serão grandes profissionais, inclusive
deputadas e deputados, se assim tiverem esse espírito e esse propósito.
Seguindo a lista de oradores inscritos,
com a palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra o deputado Reis.
Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. REIS - PT -
Presidente Jorge do Carmo...
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Vitão do Cachorrão.
* * *
Agora o
presidente Vitão do Cachorrão. Quero cumprimentar aqui o público presente.
Eu fiz questão
de voltar à tribuna porque, como só se pode falar cinco minutos, e nós temos
tanta coisa para falar, então eu tenho que ir me inscrevendo e reinscrevendo,
inscrevendo e reinscrevendo. Eu voltei aqui à tribuna, presidente Vitão do
Cachorrão, primeiro para dar os parabéns a V. Exa. pelo excelente projeto que
V. Exa., na data de ontem, aprovou neste plenário.
Depois, para
dizer que eu tenho o maior orgulho de ser coautor, junto com Vossa Excelência.
Vossa Excelência redigiu esse projeto, me deu a coautoria, meu nome figura lá
como coautor, então eu fico muito feliz e grato pela coautoria desse projeto
que vai ser muito importante para as nossas crianças, para os bebês de colo,
até dois anos, as crianças até 12 anos terem essa condição de poder frequentar
lá o estádio de futebol e o ginásio também.
Então parabéns
pelo projeto. E vamos, obviamente, fazer gestão junto ao governador, para que
ele sancione, porque ele gosta muito de vetar as coisas aqui. Então a gente
pede para ele que o projeto seja sancionado.
Eu quero deixar
registrado, presidente Vitão do Cachorrão, que o ministro Flávio Dino, do
Supremo Tribunal Federal, deu um parecer favorável a uma Adin que foi proposta
pelo Partido dos Trabalhadores, a pedido nosso.
Eu pedi para o
PT entrar com essa Adin, que é a Adin nº 7.676, de 2023, em que o voto do
ministro Flávio Dino reconheceu a inconstitucionalidade dos dispositivos da Lei
nº 1.354, que trata das aposentadorias dos servidores públicos e que
estabeleceu que, para que o servidor pudesse ser aposentado no cargo em que ele
se encontra, ele tinha que ter cinco anos no cargo, classe ou nível.
Esse termo
“classe ou nível” foi colocado para mais nessa Lei nº 1.354. Também a emenda
constitucional, uma emenda que foi aprovada, a nº 49, que trata da questão
previdenciária dos servidores do estado de São Paulo, também traz esse
dispositivo “cargo, classe ou nível”.
Obviamente, a
Constituição Federal, a Lei Maior, fala de cargo - cinco anos no cargo. Classe
não é cargo; nível não é cargo. Então eu tenho lá um professor de nível 1,
professor de nível 2; ele continua sendo professor, o cargo dele é de
professor. Ele não foi concursado para ser diretor de escola.
O cargo é
professor. Então é cinco anos no cargo de professor, não no nível, não na
classe, como é o caso dos policiais civis, dos policiais penais, que têm que
ficar cinco anos no cargo, e eles só têm direito a receber aposentadoria na
classe se ele tiver cinco anos na classe.
Então o voto do
ministro Flávio Dino recebeu esse entendimento de que é inconstitucional esse
dispositivo. E ele colocou esse voto no plenário virtual, para os demais
ministros do Supremo Tribunal Federal votarem. O que aconteceu é que o ministro
Gilmar Mendes acabou pedindo vista nesse projeto.
O regimento do
Supremo diz que ele pode pedir vista e ficar com o voto, o processo, por 90
dias. Então o que eu quero pedir é para que todos aqueles servidores públicos
que têm interesse no reconhecimento da inconstitucionalidade desse dispositivo
mandem emails para o ministro Gilmar Mendes, mandem cartas para o ministro
Gilmar Mendes, pedindo a ele que devolva esse processo para o plenário virtual,
devolva o quanto antes.
Não podemos
esperar 90 dias, porque a Justiça tem que socorrer os fracos e oprimidos; ela
não pode socorrer o governador, ela não pode estar aí para socorrer os ricos e
os fortes.
Então a Justiça
é para socorrer aqueles que precisam de justiça. E os policiais civis, os
policiais penais, os policiais técnico-científicos, os professores estão clamando
por justiça. Então é pedir: mande email para o Gilmar Mendes, mande carta -
Gilmar Mendes, devolva a vista.
Porque o
ministro Gilmar Mendes, em vários julgados, deu ganho de causa nesse quesito.
Então eu não entendo por que ele pediu vista. Será que alguém pediu para ele
isso? Eu não acredito, eu não estou acreditando.
Então eu quero
deixar registrado aqui e pedir aos colegas, àqueles que têm interesse, àqueles
para quem é importante que seja reconhecida essa inconstitucionalidade, que
mandem email para o ministro Gilmar Mendes, mandem carta, pedindo para ele:
“devolva o processo da vista, Sr. Ministro”.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. REIS - PT - E quero aproveitar aqui para
pedir a V. Exa. o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Reis. Antes eu quero
citar aqui também os estudantes da Fundação Getúlio Vargas. Sintam-se em casa.
Eu estou com Junior Rocco aqui. Em Sorocaba, todos querem estudar na Getúlio
Vargas. Eu acredito que aqui em São Paulo também.
Então quero cumprimentar os alunos,
professores, inspetores, pessoal que limpa o chão lá da escola. Todos do
Getúlio Vargas, sintam-se cumprimentados. A Casa é sua, a Casa é do povo.
Também quero cumprimentar aqui, olhe
que honra, Junior Rocco, controlador-geral de Sorocaba. Antes de ser vereador,
o Junior Rocco é meu amigo. Comia lanche lá no hot dog do Vitão do Cachorrão,
Reis. Olhe que honra!
O
SR. REIS - PT - Ele pagava quanto no hot dog?
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Naquele tempo não estava R$ 12,99 ainda. Está aqui também o Otávio Martinez,
corregedor-geral de Sorocaba - o pessoal de Sorocaba que veio dar um abraço na
gente aqui na Casa do povo - e também está o Leonardo aqui, auditor-geral.
Muito obrigado pela visita. Que Deus abençoe, Reis.
E havendo acordo de lideranças...
Chegou o deputado Giannazi. Vai querer usar a palavra, Giannazi? Então, Reis,
como aqui é a Casa do povo e ainda tem o tempo regimental, acho que por
comunicação.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Por
favor, Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de fazer a
utilização da tribuna pelo Art. 82, do Regimento Interno, pela liderança do
PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Então
encerro o Pequeno Expediente, porque já foi o horário, mas eu passo a palavra
para o deputado Giannazi no Grande Expediente, pelo Art. 82.
*
* *
-
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Giannazi,
tem o tempo regimental do Grande Expediente, de dez minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO
ART. 82 - Sr. Presidente, deputado Vitão do Cachorrão, deputado Reis, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia, eu quero fazer aqui uma
gravíssima denúncia contra o prefeito Ricardo Nunes, que está copiando o
governador Tarcísio de Freitas nas maldades, nos ataques à Educação e sobretudo
na perversidade que ele está colocando em prática contra os profissionais da
Educação da rede municipal de ensino, sobretudo agora nesse momento contra
diretoras e diretores da rede municipal, afastando compulsoriamente 25 gestores
das escolas municipais.
Escolas bem
avaliadas, escolas com projetos importantíssimos que geram aprendizagem dos
alunos, projetos que são premiados inclusive por organizações internacionais,
Sr. Presidente.
E o prefeito
Ricardo Nunes copiando o seu padrinho político que está fazendo a mesma coisa
com a rede estadual, afastando centenas de diretores das escolas estaduais, ele
agora anunciou, fez uma publicação no “Diário Oficial” sem nenhum respaldo
jurídico, afrontando o Estatuto do Funcionalismo Público Municipal, afrontando
o plano de carreira, o Estatuto do Magistério Municipal, afrontando o princípio
da gestão democrática da escola pública, afrontando também o Art. 37 da
Constituição Federal, que trata da questão dos princípios administrativos da
Administração Pública.
Ele afasta
esses diretores efetivos, concursados, que têm lotação nessas escolas e que têm
o respeito das suas respectivas comunidades escolares, afasta até o final do
ano, de maio até dezembro, com a justificativa de que as escolas não estariam
tendo um bom desempenho.
Uma das
justificativas é bem bizarra, bem patética, dizendo que eles estão há muito
tempo nessas escolas. Olhe, veja só, Sr. Presidente, é importante que os
diretores e que os professores fiquem um bom tempo nas escolas, porque daí eles
vão acompanhar todo o desenvolvimento dos seus alunos, eles vão conhecer a
comunidade escolar.
Parece que, com
essa argumentação, o que o governo municipal quer é que os professores não
criem vínculos com a comunidade escolar. Isso sim vai prejudicar a aprendizagem
dos nossos alunos. Mas, enfim, ele afastou pelo “Diário Oficial”
compulsoriamente.
Nós entramos -
quando digo “nós”, o nosso coletivo Educação em Primeiro Lugar, que é
constituído pelo mandato da deputada federal Luciene Cavalcante, do vereador
Celso Giannazi, na Câmara Municipal e pelo meu mandato aqui na Alesp -, nós
fomos ao Ministério Público estadual, com uma representação que já está
surtindo efeito, porque o MP deu cinco dias para a Prefeitura explicar esse
ataque aos diretores e às diretoras.
Fomos ao
Tribunal de Justiça também e entramos com uma ação popular. Fomos ao Tribunal
de Contas do Município de São Paulo, e o vereador Celso Giannazi apresentou um
PDL, revogando a publicação de afastamento de diretores e diretoras da rede
municipal, Sr. Presidente.
Então nós
estamos tomando várias medidas jurídicas, políticas, que sejam no Legislativo,
sejam no Judiciário, mas também apoiando as lutas das comunidades escolares que
estão reagindo, se colocando contra, exatamente, a essa intervenção. A
Prefeitura retira o diretor que está lá há um bom tempo efetivo, concursado e
coloca um interventor, como na ditadura militar.
Na ditadura
empresarial-militar, colocavam interventores nos sindicatos, nas universidades,
e o Ricardo Nunes prefeito está fazendo a mesma coisa aqui na cidade de São
Paulo, mas está tendo muitas reações, os alunos estão reagindo, vários atos
estão acontecendo na rede municipal.
Eu quero só
colocar um deles, Sr. Presidente, aqui no telão da Assembleia Legislativa, que
é a manifestação da Emef Caio Sérgio, onde a comunidade se revoltou, rebelou-se
e está exigindo a volta do diretor.
O diretor
Carlos, conheço, inclusive, que faz um trabalho excepcional na escola. A escola
dele é uma referência hoje na rede municipal.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
São os alunos
fazendo uma manifestação pela volta do diretor da Emef Caio Sérgio. O diretor
tem feito um trabalho importantíssimo com a comunidade escolar há muitos anos,
tinha que ser condecorado, parabenizado e não afastado.
Então, Sr.
Presidente deputado Vitão do Cachorrão, é um absurdo, é um crime o que o
governo municipal está fazendo com os diretores. Esse tipo de manifestação está
ocorrendo em todas as escolas da rede municipal onde houve esta intervenção
perversa e nefasta.
Concluo, Sr.
Presidente, dizendo o seguinte. Por trás desses afastamentos existem dois
interesses, o primeiro é privatizar as escolas. O prefeito já tinha anunciado
que iria privatizar 50 escolas da rede municipal.
Para privatizar
as escolas, tenta se livrar de diretoras e diretores que não aceitariam,
logicamente, a privatização das escolas, como o governador Tarcísio de Freitas
já está fazendo, leiloando escolas na bolsa de valores aqui em São Paulo, na
B3. Já fez um leilão de 33 escolas, entregando escolas para o mercado financeiro,
transformando a Educação do estado de São Paulo em ativo financeiro.
Agora anunciou
a privatização, o leilão de mais de 143 escolas estaduais. Para isso, eles
precisam se livrar dos professores efetivos, dos diretores efetivos para
entregar as nossas escolas públicas para, exatamente, os empresários terem
lucro, receberem dinheiro público do Orçamento da Educação. É isso o que está
por trás, presidente desta sessão, Vitão do Cachorrão.
Não é à toa que
ontem saiu uma matéria na “Folha de S. Paulo”, Sr. Presidente. Tenho aqui só um
título para encerrar o meu pronunciamento de hoje. Gostaria de colocar aqui o
título da matéria de ontem, da “Folha de S. Paulo”, que é muito bom que as
pessoas leiam.
Olhe só: “O
Governo de São Paulo - governo estadual, governo Tarcísio de Freitas - quer
levar PPPs a todas as escolas públicas e aproximá-las das privadas”. Aí o
diretor da Companhia Paulista de Parcerias: “Sonho seria chegar nas mais de
5.500 unidades da rede”.
Ou seja, na
matéria, lendo a matéria, ele fala: "nós queremos privatizar as 5.500
escolas da rede estadual. Nós queremos nos livrar de todas elas, entregar para
a iniciativa privada, ter lucro para que ela receba dinheiro do orçamento da
educação".
É isso que está
em jogo, Sr. Presidente, hoje, tanto na rede municipal... Ricardo Nunes, o
prefeito, vai fazer a mesma coisa, ele quer privatizar escolas e o governo
estadual também.
No caso da
prefeitura, tem um agravante, ele escolheu escolas a dedo onde tem diretores e
diretoras sérios, combativos, pessoas que defendem uma educação libertadora,
uma educação crítica, uma educação que prepara os alunos para o pleno exercício
da cidadania.
Então, ele vai
punir esses diretores e essas diretoras, que tem uma preocupação com a
emancipação, com a educação libertária dos alunos, por isso que elas foram
escolhidas. Então ele tenta resolver essas... “Vamos privatizar as escolas e
nos livrar desses diretores”, mas isso não vai acontecer, Sr. Presidente, nós
vamos, se for necessário, ao Supremo Tribunal Federal, vamos tomar todas as
medidas junto com a rede municipal, com as entidades representativas do
Magistério para que isso não ocorra.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Não havendo mais
nenhum orador inscrito e havendo, também, acordo entre as lideranças, eu
solicito o levantamento desta sessão.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Obrigado,
Giannazi. Quero também falar de uma indicação que eu fiz aqui para o secretário
de Educação Feder - espero ser atendido -, e também para o governador Tarcísio
de Freitas.
Professores e auxiliares da escola
estadual, a comida que sobra está sendo jogada no lixo e o professor não pode
comer na escola, tem que levar marmita, tem auxiliares aí que ganham menos de dois mil por mês, tendo que levar
marmita. Então permita que o professor coma a merenda da escola quando ele
quiser, não só o professor, como também o auxiliar.
Então havendo aqui acordo de
lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca
V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do
Dia.
Está levantada a presente sessão.
Obrigado, Getúlio Vargas.
*
* *
- Levanta-se
a sessão às 15 horas e 12 minutos.
*
* *