
14 DE OUTUBRO DE 2025
46ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO
Secretaria: CARLOS CEZAR e LUCAS BOVE
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 16h55min.
2 - DONATO
Solicita verificação de presença.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença.
4 - GILMACI SANTOS
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Responde a questão de ordem do deputado Gilmaci Santos. Constata, visualmente, quórum regimental e interrompe a verificação de presença. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PLC 9/25.
6 - DONATO
Solicita verificação de votação.
7 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
8 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
9 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
10 - ANDRÉA WERNER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
11 - MARCELO AGUIAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
12 - DONATO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
13 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
14 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
15 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
16 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
17 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
18 - ROGÉRIO SANTOS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
19 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
20 - DELEGADO OLIM
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.
21 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do requerimento de método de votação ao PLC 9/25. Coloca em votação o PLC 9/25, salvo substitutivos, mensagem aditiva e emendas.
22 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação do PLC 9/25, salvo substitutivos, mensagem aditiva e emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
24 - BETH SAHÃO
Encaminha a votação do PLC 9/25, salvo substitutivos, mensagem aditiva e emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
25 - GUILHERME CORTEZ
Encaminha a votação do PLC 9/25, salvo substitutivos, mensagem aditiva e emendas, em nome da Minoria.
26 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado o PLC 9/25, salvo substitutivos, mensagem aditiva e emendas. Prejudicados os substitutivos nº 1 e nº 2.
27 - DONATO
Solicita verificação de votação.
28 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
29 - EDIANE MARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
30 - THAINARA FARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
31 - ANDRÉA WERNER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
32 - DANILO CAMPETTI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
33 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
34 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
35 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
36 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
37 - ITAMAR BORGES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
38 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
39 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação a mensagem aditiva ao PLC 9/25, salvo emendas.
40 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
41 - GUILHERME CORTEZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
42 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Suspende a sessão às 17h57min, por conveniência da ordem, reabrindo-a às 17h59min.
43 - BETH SAHÃO
Para comunicação, faz pronunciamento.
44 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Responde à deputada Beth Sahão acerca do processo de votação.
45 - DR. JORGE DO CARMO
Encaminha a votação da mensagem aditiva ao PLC 9/25, salvo emendas, em nome da Minoria.
46 - DONATO
Declara voto contrário ao PLC 9/25, salvo substitutivos, mensagem aditiva e emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
47 - EDIANE MARIA
Declara voto contrário ao PLC 9/25, salvo substitutivos, mensagem aditiva e emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
48 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
49 - ANDRÉA WERNER
Declara voto contrário ao PLC 9/25.
50 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações.
51 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Encaminha a votação da mensagem aditiva ao PLC 9/25, salvo emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
52 - EDIANE MARIA
Encaminha a votação da mensagem aditiva ao PLC 9/25, salvo emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
53 - PAULO FIORILO
Encaminha a votação da mensagem aditiva ao PLC 9/25, salvo emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
54 - TEONILIO BARBA
Encaminha a votação da mensagem aditiva ao PLC 9/25, salvo emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
55 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovada a mensagem aditiva ao PLC 9/25, salvo emendas.
56 - DONATO
Solicita verificação de votação.
57 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
58 - EDIANE MARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
59 - ALEX MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
60 - ANDRÉA WERNER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
61 - MARCELO AGUIAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
62 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
63 - DONATO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
64 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
65 - ITAMAR BORGES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
66 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
67 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
68 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação, englobadamente, e declara rejeitadas as emendas ao PLC 9/25. Convoca a Comissão de Constituição, Justiça e Redação para uma reunião extraordinária a realizar-se hoje, às 18 horas e 57 minutos.
69 - EDIANE MARIA
Declara voto favorável às emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
70 - DONATO
Declara voto favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
71 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações.
72 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
73 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a sessão às 18h52min.
* * *
ÍNTEGRA
* * *
-
Abre a sessão o Sr. André do Prado.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior. Ordem do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votação do Projeto de
lei Complementar nº 9, de 2025, de autoria do Sr. Governador.
Há sob a mesa o requerimento de método
de votação apresentado pelo deputado Gilmaci Santos.
O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.
O SR. DONATO - PT - Para uma verificação de presença.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Solicito ao
deputado Carlos Cezar, juntamente com o deputado Lucas Bove, que façam a
verificação de presença.
* * *
- Verificação
de presença.
* * *
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente. Presidente? Uma
questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não, deputado Gilmaci Santos.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, o nobre deputado
Donato solicitou uma verificação de presença, só que regimentalmente ele não
está presente porque a assinatura dele não consta no painel. Eu queria ver com
V. Exa. se é possível.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Gilmaci, mesmo não tendo marcado a presença, no
momento em que ele pediu a verificação de presença ele estava presente, então
isso valida a sua verificação.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Muito obrigado, presidente.
O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado.
O SR. DONATO - PT - Eu queria retirar a minha verificação de presença.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não cabe, deputado Donato, porque já começamos o processo de
verificação.
O SR. DONATO - PT - Então, mas pode verificar que estão presentes já.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Ainda não tem quórum, faltam
dois deputados ainda. Agora entrou o deputado Paulo Fiorilo.
Então
constatado o quórum regimental. Há sob a mesa o requerimento de método de
votação apresentado pelo deputado Gilmaci Santos.
Em
votação o método de votação. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem
favoráveis ao requerimento, permaneçam como se encontram. Aprovado o
requerimento de método de votação.
O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado.
O SR. DONATO - PT - Para uma verificação de
votação.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de V. Exa. Deputado Donato. Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder com a verificação de votação pelo
sistema eletrônico. A partir deste momento, estão fazendo soar o sinal
intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que
não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Queria fazer uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi. Dois minutos. Não é pertinente, mas vou abrir espaço
para Vossa Excelência.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente, deputado André do Prado,
primeiramente registrar a honrosa presença dos pesquisadores do estado de São
Paulo aqui no plenário da Assembleia Legislativa, lutando contra esse
famigerado PLC 9, que destrói a carreira dos pesquisadores e pesquisadoras do
estado de São Paulo, bem como também destrói a Pesquisa e a Ciência do nosso Estado.
(Palmas.)
Só quero, Sr.
Presidente, repercutir aqui os documentos apresentados aos deputados pelo
movimento hoje presente aqui e fazer um apelo aos deputados da base do governo
para que votem contrariamente ao PLC 9. Queria até colocar aqui no telão, Machado,
esse documento.
“Ciência em
risco.” Um documento importante, Sr. Presidente, “O Governo do Estado quer
desestruturar a carreira de pesquisadores científicos. Vacinas, alimentos
saudáveis, conservação ambiental, enfrentamento à crise climática. Pesquisas
científicas essenciais para a sociedade paulista estão ameaçadas pelo Projeto
de lei 09/2025 que o governador Tarcísio de Freitas enviou à Alesp. Não ao
negacionismo científico. Não ao PLC 9 de 2025.”
Então fica aqui
o nosso apelo, que é o apelo do povo do estado de São Paulo contra esse
projeto, o apelo à base do governo. Nós não podemos reproduzir o que o
ex-governador Doria fez com os institutos de pesquisa ao extinguir o Instituto
Florestal, o Instituto Geológico, Instituto Butantan e também a própria Sucen,
Sr. Presidente. (Palmas.)
Então é o
momento de se fazer uma reparação histórica, recriando os institutos e votando
contra o PLC 09.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Carlos Giannazi. Com a palavra o deputado Milton Leite Filho.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Para colocar o
União Brasil em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil
em obstrução.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente, para colocar o PSB em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Andréa Werner. PSB em obstrução.
O
SR. MARCELO AGUIAR - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente, para colocar a Bancada do Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Marcelo Aguiar. Podemos em obstrução.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, para
colocar a Bancada da Federação PT/PCdoB/PV em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato. Federação PT/PCdoB/PV em obstrução
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente, colocar o Republicanos em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado. Republicanos em obstrução.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente, para colocar a Bancada do PSOL em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi. PSOL em obstrução.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr.
Presidente, colocar o PDT em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Marcio Nakashima. PDT em obstrução.
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
Sr. Presidente, colocar o Partido Liberal em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Cezar. Partido Liberal em obstrução.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente, colocar o PSD em obstrução. (Palmas).
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado
Oseias de Madureira. PSD em obstrução.
O
SR. ROGÉRIO SANTOS - MDB - Pela ordem, Sr.
Presidente, colocar o MDB em obstrução. (Palmas).
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Rogério Santos. MDB em obstrução.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente, colocar a nossa Federação Cidadania PSDB em obstrução. (Palmas).
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Rogério Nogueira. Cidadania PSDB em obstrução.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr.
Presidente, Progressistas em obstrução. (Palmas).
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Delegado Olim. Progressistas em obstrução. (Manifestações nas
galerias.)
Tendo transcorrido os quatro minutos, o
sistema eletrônico então, agora, ficará aberto para que as Sras. Deputadas e
Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais postos
em suas mesas.
Não havendo mais deputados interessados
em fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, abriremos, então, os microfones de
aparte, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não conseguiram fazer
pelo sistema eletrônico possam, assim, fazer nos microfones de aparte.
* * *
- Verificação de votação pelo sistema
eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputado interessado em consignar o seu voto, passaremos a perguntar se
algum dos Srs. Deputados e Sras. Deputadas gostaria de alterar o seu voto. Não
havendo deputados interessados em alterar o voto, passaremos à proclamação do
resultado. Quarenta e sete votos “sim”, um voto “não”, mais esse presidente,
total de 49 votos, quórum suficiente para aprovar o método de votação.
Item nº 1. Em votação o projeto, salvo
substitutivos...
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem o
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para encaminhar pela
liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Antes, porém, vou dar só o comando, Giannazi.
Em votação o projeto, salvo o
substitutivo, com Mensagem Aditiva e emendas.
Com a palavra o deputado Carlos
Giannazi, para encaminhar pela bancada do PSOL REDE.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Peço
comunicação enquanto o deputado chega à tribuna, pode ser? Com a autorização
dele.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com certeza,
deputado Gilmaci.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, queria aqui só
agradecer agora por essa votação, do método de votação, e solicitar que todos
os deputados e deputadas permaneçam em plenário, porque nós teremos, a partir
de agora, mais cinco votações aí, não é, presidente? Quatro votações,
encaminhamento e mais votações.
Então, precisamos aqui que os senhores
permaneçam para que possa fazer e encerrarmos essas votações no dia de hoje.
Obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra
o deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, pesquisadores e pesquisadoras do estado de São
Paulo.
Primeiramente,
fica aqui o nosso profundo agradecimento a vocês, responsáveis pela pesquisa,
pela Ciência e pelo desenvolvimento do estado de São Paulo na área da Saúde, na
área do Meio Ambiente, na área da Agricultura. Vocês serão sempre essenciais
para que o estado de São Paulo seja um estado protagonista no Brasil na área da
pesquisa e da Ciência.
E é por isso
que nós estamos aqui nos perfilando, nos emanando na luta contra a aprovação
desse PLC nº 9, um projeto que foi gestado na Secretaria da Agricultura. Não
houve debate na Secretaria da Saúde, na Secretaria do Meio Ambiente e o projeto
foi gestado por pessoas aqui, no mínimo, duvidosas na sua ética, no seu
compromisso com a pesquisa e com a Ciência.
Eu falei isso
na semana passada e quero aqui recuperar uma gravíssima denúncia de um dos
formuladores desse projeto. Quero colocar no telão aqui da Alesp uma matéria
dando conta de que um dos formuladores, um dos ideólogos desse projeto foi
exatamente esse Ricardo Lorenzini, que era subsecretário e está aqui a matéria:
“Do Agro tem bens bloqueados por contratos suspeitos em São Paulo”.
Ele foi chefe
de gabinete na gestão do Rodrigo Garcia e, depois, subsecretário na atual
gestão e ele é um dos formuladores desse PLC nº 9. Olha, sendo investigado por
improbidade administrativa.
Então, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, V. Exas. vão votar em um projeto de lei formulado
por uma pessoa investigada por improbidade administrativa. Esse projeto, como
já foi colocado aqui à exaustão, nós já apresentamos milhares de argumentos
contra esse projeto, tivemos audiências públicas, não só uma, mas várias
audiências públicas, uma formulada exatamente pela própria Assembleia Legislativa,
outras formuladas pelos mais variados mandatos da Assembleia Legislativa, todos
contrários à aprovação desse PLC.
Nós deveríamos
estar discutindo aqui não a mudança da carreira, porque essa não é uma
reivindicação da categoria, dos pesquisadores e pesquisadoras. A reivindicação
é outra. A reivindicação é a valorização salarial, a valorização funcional, a
melhoria das condições de trabalho. (Manifestação nas galerias.)
As
reivindicações são, além dessas, a abertura de concursos públicos de provas e
títulos para a carreira de pesquisadores, mas também para o quadro de apoio dos
servidores que trabalham dando apoio aos pesquisadores, à pesquisa. (Manifestação
nas galerias.)
Esse é o debate
que tinha que ser feito. Esse era o projeto de lei que o governo tinha que
estar encaminhando à Assembleia Legislativa de São Paulo, mas não esse projeto
que não tem apoio. Noventa por cento da categoria é contra esse projeto.
Naquela
audiência pública realizada no Plenário Paulo Kobayashi, eu percebi que tinha um
grupo ali, pequeno, defendendo o projeto, mas nós percebemos que era um grupo,
assim, me parece que era o grupo do pró-labore, se não me engano, que é uma
minoria, que não conta. (Manifestação nas galerias.)
Eu tenho
conversado com vários pesquisadores de outras secretarias, da Saúde, do Meio
Ambiente, e ninguém concorda com esse projeto, e também da própria Agricultura.
Então, é um projeto que não tem apoio da categoria, um projeto que veio de cima
para baixo, formulado por pessoas sem a mínima condição de apresentar uma
proposta para a pesquisa e a ciência do estado de São Paulo.
Sem contar
ainda que o governo... Tem que deixar claro aqui: o governo, além de tentar
destruir a carreira dos pesquisadores do estado de São Paulo, ele também
pretende vender 35 áreas de pesquisa da Secretaria da Agricultura. (Manifestação
nas galerias.)
Não fosse a
ação rápida e competente da APQC, na pessoa da pesquisadora Dra. Helena Dutra e
da Dra. Helena Goldman, grande jurista, essas áreas já estariam sendo vendidas,
porque o governador Tarcísio de Freitas só pensa em vender o estado de São
Paulo.
Ele não é mais
o governador do estado. Aliás, nunca foi. Ele é um corretor de imóveis, ele
vende o patrimônio público. (Manifestação nas galerias.) Ele privatiza áreas de
pesquisa, CPTM, Metrô, parques públicos. Até mesmo escolas públicas estão sendo
leiloadas na Bolsa de Valores de São Paulo.
Ele já fez um
leilão de 33 escolas aqui na B3, na Bolsa de Valores de São Paulo, e disse
estar preparando mais um lote de escolas aqui da Capital, da Leste 5 e
Centro-Oeste: 143 escolas estaduais serão leiloadas brevemente pelo governo Tarcísio,
pela famigerada gestão Feder e Tarcísio de Freitas.
Então é isso, o
governo vende escolas, vende áreas de pesquisa. Está leiloando tudo. Vai
leiloar, vai vender também, vai privatizar o Poupatempo, que ele já ameaçou.
Recentemente, privatizou as balsas do estado de São Paulo. É uma “privataria”
jamais vista. Eu chamo de “privataria bolsotucana”. Esse governo é o governo bolsotucano.
É uma junção do bolsonarismo de extrema-direita com o tucanato, o “Tucanistão”,
que lançou aqui o maior programa de privatização do estado de São Paulo, mas o
governador Tarcísio de Freitas conseguiu superar o PSDB nessa área das
privatizações.
E, para
completar, não posso deixar de registrar também a farra dos pedágios do
governador Tarcísio de Freitas, que anunciou a implantação de mais de 100
praças de pedágios no estado de São Paulo. Agora não é pedágio, não é praça de
pedágio, são pórticos “Free Flow”, que é uma nova modalidade de extorquir o
bolso do povo de São Paulo, transformando o direito constitucional de ir e vir
em mercadoria.
Então, 100
pórticos serão instalados nas mais variadas regiões do estado de São Paulo, na
Raposo Tavares, na Rodovia Manuel da Nóbrega, na Mogi-Bertioga, na Mogi-Dutra,
na região de Paranapanema, na região do Circuito das Águas, em Sorocaba.
Enfim, nós
temos o mapa dos pedágios que serão instalados no estado de São Paulo. Então,
esse é o governo da privataria bolsotucana, que ataca a Ciência, a Pesquisa, a Educação
e a Cultura. É uma característica de governos de extrema-direita.
Então, nesse
pouco tempo que me resta, Sr. Presidente, fica aqui novamente o nosso apelo aos
deputados da base do governo. Vamos votar contrariamente ao PLC 9 e reconstruir
os institutos fechados, esse é o nosso compromisso.
Nós queremos a
reconstrução do Instituto Florestal, de Botânica, do Geológico e da Sucen. PLC
9, não! Viva a Ciência! Viva os pesquisadores e pesquisadoras científicos do estado
de São Paulo!
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado
Carlos Giannazi.
O
SR. DONATO - PT - Pela Ordem.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela Ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela Federação PT/PCdoB/PV,
a deputada Beth Sahão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada Beth
Sahão, para fazer o encaminhamento pela bancada PT/PCdoB/PV, nossa Federação.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputadas e deputados desta Casa,
telespectadores que nos acompanham pela TV Alesp e, sobretudo, os nossos
queridos pesquisadores que, de uma forma brava, guerreira, de muita luta, estão
aqui há meses já, percorrendo os corredores desta Casa, visitando os gabinetes
de deputadas e deputados que, infelizmente, uma grande parte deles insensíveis
com a causa de vocês.
Vocês não têm
que se culpar pela luta, porque vocês lutam até o fim, estão lutando até o
último instante. O que têm que se preocupar, infelizmente, é com a falta de
compromisso de boa parte de deputados e deputadas desta Casa com relação à Ciência.
Isso sim que é
motivo de preocupação, isso sim que é motivo de frustração, de tristeza, de
falta de uma expectativa de a gente poder, de uma perspectiva de
desenvolvimento para este Estado que vocês promovem no dia a dia da tarefa de
vocês nos respectivos institutos de pesquisas que atuam.
Isso sim que é
importante. E eu lamento muito, Sr. Presidente - que deveriam, ao invés de
conversar, estar prestando atenção aqui no desenrolar desta sessão - eu lamento
muito que muitas pesquisas serão interrompidas, porque tem pesquisa que tem
começo, meio e fim. E muitos pesquisadores às vezes se aposentam e não
conseguem dar continuidade para uma pesquisa que leva anos de dedicação, anos
de estudo, e isso é interrompido pela irresponsabilidade desse governo de
plantão que aí está.
Eu vou dizer
uma coisa para vocês, eu estou aqui faz tempo. Esse governo Tarcísio, ele manda
os projetos para esta Assembleia e ele não dialoga, não conversa, não aceita
uma emenda, não faz uma mudança. Eu nunca vi isso.
Em governos
anteriores, mesmo nós aqui, a nossa bancada, sendo de oposição, de forma
civilizatória e respeitosa, sentava, discutia, conversava, tentava encontrar um
meio-termo em algum projeto, de modo que a categoria não fosse tão prejudicada
como está sendo agora. E vocês, 742 pesquisadores, o que isso significa perto
de um orçamento de bilhões neste estado?
Mas sabe por
quê? Porque o governo está mais preocupado em ir lá para Brasília, gastando
dinheiro público, para tentar defender um condenado pela Justiça do que de fato
encarar aquilo que é importante neste estado. É isso que é a realidade. Esse é
o governo que vocês têm, esse é o governador que vocês defendem.
Um governador
que deveria estar sentando com vocês para ver como é que a gente faz para
proteger os consumidores do metanol, que já matou cinco pessoas neste estado. Mas
ele não quer saber disso. Aliás, ele disse que só se preocuparia se atingisse a
Coca-Cola, porque, quem sabe, a Coca-Cola é multinacional, às vezes tem
interesse em atingir a Coca-Cola.
Quer dizer, uma
falta total de responsabilidade, uma falta total de cuidado com a população
paulista, porque se tivesse cuidado com a população paulista, teria já retirado
esse projeto. Poderia até fazer um projeto, mas fazer um projeto com a
participação de vocês, com as propostas de vocês, com aquilo pelo que vocês
estão encaminhando, com aquilo que vocês estão lutando.
Eu, sinceramente,
terça-feira passada, depois daquela sessão aqui, eu cheguei no meu gabinete com
uma sensação de frustração. Sabe quando você fica frustrada, de não poder... De
uma sensação de impotência, às vezes, de a gente não ter conseguido levar a
cabo todas as lutas que vocês materializaram e personificaram durante esses
meses todos? Mas de uma coisa a gente pode estar certo: todos nós, todos
lutamos, mas vocês foram os protagonistas dessa luta, e é para vocês que a
gente tem que cumprimentar e que parabenizar.
E a luta não para
aqui, não vai parar aqui. É porque a gente não pode desistir disso. Se esse
projeto for aprovado, como parece que será, infelizmente, vocês têm que
judicializar, têm que entrar na Justiça, têm que ir até a última gota. Enquanto
tiver alguma esperança, vocês têm que lutar pela profissão de vocês, por aquilo
a que vocês se dedicaram a vida toda.
Abriram mão,
muitas vezes, da vida pessoal, de coisas pessoais, para se dedicar com esmero,
com força, com compromisso, com respeito, com competência, algo que esse
governo não tem. Esse governo não tem competência, não tem compromisso com a
produção da Ciência, com a pesquisa, com as inovações tecnológicas que vocês
promovem no dia a dia da tarefa, do trabalho de vocês.
Então, isso
sim, para mim, é motivo para eu tirar o chapéu e ir respeitando vocês até o
último instante. E nós vamos continuar de olhos bem-abertos, porque a gente
sabe que a intenção do governo é privatizar, é vender áreas onde vocês estão
atuando, como já foi a área de Pindamonhangaba, que foi vendida no apagar das
luzes, que foi vendida no escuro, com um acordo espúrio que ninguém sabe como
se deu.
E se a gente vacilar,
eles vendem todas as áreas deste estado. Ele ainda diz que não tem dinheiro
para recuperar e valorizar o salário de vocês, que está desde mais de quase 15
anos sem reajuste, apenas com reajuste da inflação.
Vocês não
tiveram a recuperação salarial, vocês não tiveram o reajuste necessário que
pudesse valorizar a categoria. Mas isso significa o desprezo que o governador
Tarcísio tem pela Ciência, tem pela produção do conhecimento, tem pelo trabalho
que vocês desenvolvem.
Eu não sei por que,
eu gostaria de saber por que uma categoria - se algum de vocês tiver a resposta,
vocês me falem -, por que uma categoria de pesquisadores que não faz mal para
ninguém, só faz o bem, só promove o bem, foi objeto de tanta fúria contida
nesse projeto que ele mandou aqui.
Gostaria de
saber, sinceramente, por que a pesquisa incomoda tanto esse governo? Por que a
pesquisa incomoda tanto esse governo? Por que ele não quer ver o crescimento do
nosso estado através dos resultados que vocês obtêm nessas pesquisas que vocês
fazem? O que acontece com esse governador?
E agora ele
está mandando aqui para a Assembleia também a extinção da Furp - eu não sei se
vocês sabem -, que é a Fundação para o Remédio Popular, porque ele não quer
nada que deva estar no caminho dele, alguma coisa assim. Ele deve ter alguma
síndrome. Eu vou dizer, eu, como psicóloga, acho que esse homem tem alguma
síndrome, porque ele detesta o papel do Estado.
Ele quer tirar
isso das costas dele. Falar: “Não, eu não quero governar. Eu quero que isso
tudo seja terceirizado. Eu quero que isso tudo seja privatizado, porque eu não
quero ter responsabilidade nenhuma. A única responsabilidade que eu quero ter é
preparar o meu caminho para ver se eu vou ser candidato à reeleição como
governador ou se eu vou ser candidato à Presidência da República”.
Eu espero que
ele perca os dois, tanto para um quanto para o outro, aquele que ele se
decidir. (Manifestação nas galerias.) Porque um governo como esse não merece a
nossa confiança, não merece o nosso respeito. E é por isso mesmo que nós temos
que dizer não ao PL 09.
Esse coro que
vocês fizeram pelos corredores desta Casa durante longos meses é um coro que é
legítimo, é um coro que vem de dentro de quem sabe aquilo que está
reivindicando, de quem sabe aquilo pelo que está lutando, que tem um objetivo
na vida - algo que muitos aqui, infelizmente, não têm. Portanto, parabéns para
vocês. Continuem contando comigo. Salvem a ciência, salvem os pesquisadores e “não”
ao PL 09.
Um abraço a
vocês todas e todos, e continuem na luta. (Palmas.)
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Thainara Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Para indicar o nobre
deputado Guilherme Cortez para encaminhar pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Com
a palavra o deputado Guilherme Cortez, para encaminhar pela Minoria.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente, minha líder, deputada Thainara
Faria, meus colegas deputados, servidores desta Casa e o público que nos
acompanha através da galeria, sobretudo os pesquisadores e pesquisadoras do estado
de São Paulo, que estão aqui hoje, presidente, não para lutar meramente por um
interesse particular, pelas suas carreiras, o que já seria muito importante.
Mas estão aqui hoje lutando pelo desenvolvimento do estado de São Paulo, porque
não existe estado rico, não existe estado desenvolvido que não valorize a
pesquisa científica.
Eu quero dizer
uma coisa: vocês são orgulho para o estado de São Paulo. E deveriam...
(Palmas.) E deveriam estar sendo muito melhor tratados por este governo e por
esta Assembleia. Esta Assembleia e este governo deveriam estar discutindo
projetos para valorizar a carreira do pesquisador científico, para abrir mais
concurso público, para atualizar uma carreira que já tem 50 anos.
Mas,
lamentavelmente, nesta Casa, que virou o cartório do retrocesso, que só carimba
o retrocesso que o governo apresenta, a gente está discutindo um projeto que
acaba com uma carreira com 50 anos, que está regulamentada, porque ela altera o
regime de tempo integral, que é fundamental para que os nossos servidores e pesquisadores
tenham tempo para se dedicar ao seu trabalho e à sua pesquisa.
Pesquisa leva
tempo. Pesquisa dá trabalho. Pesquisa exige dedicação. E, alterando o tempo de
estudo e de trabalho dos nossos pesquisadores, você prejudica a qualidade dessa
pesquisa.
Estamos
discutindo um projeto, presidente, que cria uma comissão muito estranha, uma
comissão que não diz como vai ser composta, que não diz qual vai ser o
critério. E que, a partir de agora, vai avaliar a progressão de carreira e o
desempenho dos nossos pesquisadores. Nossa preocupação é que essa comissão seja
um instrumento que o governo vai passar a cercear, a censurar, a controlar o
trabalho que os pesquisadores científicos do nosso Estado realizam.
Então, esse
projeto, presidente, não é uma prioridade para o estado de São Paulo. Não
deveria estar sendo discutido com essa urgência na Assembleia Legislativa. O
que é urgente para o estado de São Paulo é valorizar a Educação e a pesquisa científica.
É valorizar as nossas universidades... (Palmas.) A Fapesp, que há 30 anos... Há
30 anos as universidades estaduais de São Paulo não veem o seu investimento ser
reajustado. Antes de eu nascer.
Mas este é o estado
do avesso. A gente está vendo São Paulo do avesso, deputada Thainara. É o
estado do pedágio invisível, é o estado onde o PCC está entrando em tudo quanto
é lugar, é o estado do metanol e é o estado onde o governo desestrutura a
pesquisa científica, ao invés de valorizar o pesquisador, porque o governador
prefere fazer acordo para pesquisar o ET Bilu e Ratanabá do que valorizar o
pesquisador sério, com anos de pesquisa científica.
E daí a
deputada Beth perguntou: quem tem medo? A quem interessa? Por que desestruturar
o trabalho dos pesquisadores? Porque esse é um governo negacionista. Vamos
lembrar que é o governo que, para presentear o Bolsonaro, anistiou as pessoas
que foram multadas durante o período da pandemia, da Covid. É um governo
negacionista porque quem tem medo da Ciência, quem tem medo da Educação, quem
tem medo do pensamento crítico é negacionista, porque vive da treva, porque
vive da ignorância.
E por quê? Com
a ignorância é mais fácil enganar as pessoas, com a ignorância é mais fácil defender
bandido presidiário, pedir anistia para quem tentou dar um golpe no nosso país,
com a ignorância é mais fácil você enganar a população do estado de São Paulo
que está sofrendo com os pedágios, que está sofrendo com a desastrosa
privatização da Sabesp e que está sofrendo com um governo incompetente, um
governo inútil.
Porque é um
governo que assume que não tem a capacidade para gerir a Ciência, a Educação,
que não tem capacidade para gerir o Transporte, que não tem capacidade de gerir
o saneamento, e por isso só sabe falar de privatização, é um governo
incompetente.
É um governo
que quer se desfazer das suas obrigações com o povo do estado de São Paulo. É
uma vergonha. Uma vergonha que, além desse projeto, o governo esteja leiloando
áreas de pesquisa do nosso estado, fazendas públicas do estado de São Paulo.
Ele já leiloou
a preço de banana as terras públicas devolutas, lá do Pontal do Paranapanema.
Uma bagatela, uma mamata. Isso porque era o governo que falava que iria acabar
com a mamata, mas para os amigos dele a mamata nunca termina, é terra pública
vendida com 90% de desconto.
Para o Skaf, da
Fiesp, que apoiou a candidatura dele, é leilão com desconto de fazenda pública
de área de pesquisa no interior de São Paulo. Agora, para o pesquisador científico
de São Paulo, é desestruturação da carreira, é arrocho, é desvalorização. Esse
governo está acabando com a educação pública do estado de São Paulo em todas as
suas áreas.
Na pesquisa
científica, na educação básica, os relatos que nós recebemos dos professores da
rede estadual é de terra arrasada. Essa última resolução horrorosa da
Secretaria de Educação, o que você encontra, quando você entra numa sala de
aula numa escola estadual de São Paulo, é um verdadeiro descalabro, porque é um
governo que só sabe privatizar e sabe militarizar. E investir na Educação que é
bom ele não gosta. Por isso, com o apoio dos deputados da sua base, nesta
Assembleia, aprovou um corte de 11 bilhões de reais na rede estadual de ensino.
Então é o
governo do corte. Ou, melhor, é o governo do corte para o povo. No lombo do
povo, sempre ele pega mais pesado. É “privatiza-se a Sabesp”, é “tira dinheiro
da Educação”, é “não tem dinheiro para a política pública”, é “vamos
desestruturar a pesquisa científica, vamos privatizar, vamos leiloar”.
Para os amigos
dele, nunca faltou nada. Para o amigo dele, é terra pública com 90% de
desconto. Para os amigos do governador, é recorde de isenção fiscal, 85 bilhões
de reais que o estado de São Paulo vai deixar de arrecadar no ano que vem, com
isenção fiscal, deixando de cobrar imposto dos grandes empresários. E tem quem
acha pouco, e quem acha pouco está pagando propina para pagar ainda menos, como
é o caso do dono da Ultrafarma, o Sidney Oliveira, que é apoiador desse
governo.
Então, Sr. Presidente,
durante a campanha de 2022, a gente dizia que trazer esse cara para São Paulo iria
ser um mau resultado, ia fazer mal para a população de São Paulo, porque é um
cara que não conhece a realidade de São Paulo, que não morou no estado de São Paulo,
que nunca administrou nada neste estado, não iria ter a capacidade de gerir bem
o maior estado do País.
Quase
três anos depois, a gente está aqui para falar que, infelizmente, nós estávamos
certos. O estado de São Paulo está numa situação nunca antes vista. Pela
primeira vez, o nosso Estado vai crescer abaixo da inflação no próximo ano. A
situação que a gente está vendo, do enraizamento do crime organizado, da
contaminação por metanol, da piora da qualidade da nossa Educação, de serviços
públicos que antes eram um orgulho para a população de São Paulo.
Como é o caso
da Sabesp, agora virando motivo de vergonha, virando motivo de desespero da
população, que tem que pagar uma conta mais cara e receber um serviço de pior
qualidade, quando recebe serviço. Quando a água não sai rosa, não sai marrom,
não sai água da torneira da população do estado de São Paulo. Agora o governo
quer colocar a pá de cal, e terminar de desestruturar a pesquisa científica do
nosso Estado.
Não basta, para
o governo, não reajustar o investimento nas universidades, na Fapesp. Pelo
contrário, tentou diminuir, na LOA passada, o investimento mínimo na Fapesp.
Não basta, para esse governo, leiloar as áreas públicas dos nossos institutos
de pesquisa.
Ele também quer
acabar com a carreira dos pesquisadores. Nós, da bancada do PSOL, votaremos
contra esse projeto, porque é uma vergonha. Se aprovado, vai trazer sérias
consequências para a população do estado de São Paulo.
Era para esse
governo estar valorizando pesquisador científico. Como os pesquisadores da
Unesp, que estão pesquisando como resolver o problema do metanol. Mas o Governo
do Estado está de cabeça para baixo, não é prioridade do governo. A prioridade
do governo é deixar a população à própria sorte, e acabar com serviços essenciais
para a população.
Então nós, da
bancada do PSOL, encaminhamos contra esse projeto. Se ele for aprovado, vamos
para a Justiça. Porque é um projeto inconstitucional, e a população do estado
de São Paulo não pode pagar para ver o fim e a desestruturação da pesquisa
científica no nosso Estado. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
projeto, salvo substitutivos, mensagem aditiva e emendas. As Sras. Deputadas e
Srs. Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o projeto e prejudicados os substitutivos nºs 1 e 2, itens 2 e 3 do
método de votação.
Pela ordem, deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder
à verificação de votação pelo sistema eletrônico.
A partir desse momento, estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e
Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação
que se realizará.
Pela ordem, deputada Ediane Maria.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - A bancada do PSOL
está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL em obstrução.
Pela ordem, deputada Thainara Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a bancada do PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PT/PCdoB/PV
em obstrução. Pela ordem, deputada Andréa Werner.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução. Pela ordem, deputado Danilo Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Para colocar o Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução. Pela ordem, deputado Milton Leite Filho.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, Sr.
Presidente. União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil
em obstrução. Pela ordem, deputado Rogério Nogueira.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar Federação Cidadania/PSDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
Cidadania/PSDB em obstrução. Pela ordem, deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução. Pela ordem, deputado Ricardo França.
O SR. RICARDO FRANÇA -
PODE - Pela ordem.
Sr. Presidente, para colocar o Podemos em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Ricardo França coloca o Podemos em obstrução.
O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o
MDB em obstrução, presidente. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em
obstrução.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o PSD em obstrução. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
Tendo transcorrido os quatros minutos,
o sistema eletrônico agora ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados
votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas
mesas.
Não havendo mais deputados para fazer o
seu voto pelo sistema eletrônico, abriremos, então, os microfones de aparte
para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados possam, assim, fazer os seus
votos.
Mais alguma das Sras. Deputadas e dos Srs.
Deputados gostaria de consignar o seu voto?
* * *
- Verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputados interessados em fazer o seu voto, passaremos agora à alteração
dos votos. Algum das Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados gostaria de alterar o
seu voto?
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Presidente, acabou.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não passei
ainda, deputada. Tem o processo de alteração de voto. Um minutinho. Algum das
Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados gostaria de alterar o seu voto? (Pausa.)
Não havendo deputados interessados em
alterar o voto, passaremos agora à proclamação do resultado. Votaram “sim” 48
deputados; “não”, um deputado; mais este presidente, quórum de 50 votos, quórum
suficiente para aprovar o item 1.
Item 2 - Em votação a emenda aditiva.
As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem...
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Thainara Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Indicar o nobre
deputado Dr. Jorge do Carmo para encaminhar pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Passaremos, então, a palavra ao deputado Dr. Jorge
do Carmo para discutir o item 2, que é a emenda aditiva.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Enquanto o orador se dirige
à tribuna, posso ter uma comunicação?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pode ser, deputada Monica. Dois minutos.
A SRA. MONICA SEIXAS DO
MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, presidente. Quero me dirigir aos
trabalhadores e aos pesquisadores científicos com quem nesses anos eu me
aconselhei, aprendi e me ajudaram. Inclusive recomendo demais aos demais
deputados que, para legislar sobre este estado, é preciso o apreço à ciência.
A gente acabou de ter a votação do mérito, por ser um
PLC, eram necessários 48 votos “sim”. Vocês perceberam que em um momento eles
não tinham, e a gente estava gritando: “Acabou, acabou”. O que aconteceu foi
uma chantagem em tempo prorrogado para que pessoas mudassem a posição de voto e
desse o quórum. Quando o Giannazi tentou registrar o voto dele contrário, o
microfone não foi mais aberto, então vocês entenderam como foi.
Infelizmente o projeto foi aprovado em detrimento aos substitutivos,
mas agora nós vamos batalhar pelas emendas e manter o projeto pendurado. Espero
que nas próximas votações que forem apertadas não se repita o que a gente
assistiu. Vamos continuar lutando.
Muito obrigada.
O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO
PRADO - PL - Pela ordem, deputado Guilherme Cortez.
O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito brevemente, para não tomar o tempo do orador,
registrar obviamente a nossa posição contrária a este projeto que nós não
pudemos votar por conta dessa manobra, e falar que os dois deputados que haviam
votado contrariamente e mudaram o voto são covardes, porque não têm opinião
própria.
Tudo
bem, votam do jeito que quiserem, mas são covardes, votarão como covardes.
Claro que não, porque deram o voto deles e depois mudaram porque foram cobrados
pelo governo. É regimental. Isso é covarde também, não vem para cima de mim
não. Foi covarde, foi covarde, e quem não tem coragem de manter o próprio voto
...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor. Suspensão dos trabalhos, por favor. Está suspensa
a sessão por questão da ordem.
* * *
- Suspensa às 17 horas e 57
minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 59 minutos, sob a Presidência do Sr.
André do Prado.
* * *
A SRA. BETH SAHÃO - PT - Para uma comunicação, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Beth, antes, porém, de voltar a nossa sessão, aqui
tem que ser reestabelecida a verdade. Primeiramente: tem um processo de
alteração de voto que permite que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
votaram de uma forma possam alterar o seu voto de “sim” para “não”. Nós
estávamos nesse processo e dois deputados, deputado Thiago Auricchio e deputado
Sebastião Santos, alteraram os seus votos.
Segundo
item: deputada Monica, a senhora não condiz com a verdade. Eu esperei o
deputado Giannazi fazer o seu voto, ele não assim o fez, aí eu entrei no
processo de proclamar o resultado. Isso está gravado. Então o deputado Giannazi
não assim o fez, não quis o fazer, eu aguardei ainda alguns instantes e
assim o deputado Giannazi não o fez. Proclamei o resultado, simples assim.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
É que o microfone dele estava baixo, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não estava
baixo porque estou ouvindo bem, graças a Deus. Deputado Giannazi, pode pegar as
fitas, pode pegar lá o vídeo e V. Exa. vai perceber que esperei alguns
segundos, olhei para ver se a oposição faria o voto contrário, vocês assim não
o fizeram e proclamei o resultado, ponto.
Com a palavra o Dr. Jorge do Carmo.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Não, não, não, não.
Estou pedindo uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Beth.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Eu tinha pedido uma
comunicação. Eu tinha pedido uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Temos um
orador. Deputado Dr. Jorge do Carmo.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Pode dar a palavra
para ela.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Tinha uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É sobre este
assunto, deputada Beth? Deputada Beth? Deputada Beth, tem um orador na tribuna.
(Vozes sobrepostas.)
A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL -
Pela ordem, deputado. Mais uma vez o deputado Lucas Bove está gritando com uma
mulher na Assembleia Legislativa.
Sr. Presidente, peço, por gentileza,
que o senhor interceda para que o deputado indiciado, Lucas Bove, pare de
gritar com mulheres. Ele só grita com mulheres, com deputadas mulheres, o tempo
inteiro. Isso é insustentável, presidente. Eu peço que o senhor intervenha.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Beth?
Deputada Beth, por favor. Tem um orador na tribuna. Acho que agora... Houve o
processo de votação, pedi para... Peço a todos que mantenham os ânimos calmos.
Temos mais dois itens ainda para serem encaminhados. Temos tempo para a
discussão ainda, não finalizamos a votação do projeto. Então tem tempo hábil
para obstrução, para discussão. Tem um orador na tribuna.
A deputada Beth tinha pedido para mim,
e fiquei de dar dois minutos. Serão dados dois minutos e, depois, com a palavra
o deputado Dr. Jorge do Carmo. Não abrirei mais o microfone para qualquer
comunicação.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Deputada Beth.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Duas coisas. A primeira: foi V. Exa. que me concedeu a palavra, portanto,
gostaria que esses deputados que ficam berrando aqui na minha orelha, que
parassem, porque, quando eles forem presidentes, podem falar. Por enquanto,
eles são deputados como eu. Então eles que se coloquem no lugar deles. Este é o
primeiro ponto. Este é o primeiro ponto. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está correndo o
tempo, deputada Beth.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Segundo ponto: nós
tínhamos o direito de votar “não”. Nós não tivemos o direito de votar o “não”.
Porque, como disse a deputada Monica, o “sim” teria que ter 48 votos. Vocês
ainda não tinham os 48 votos. Depois que nós votássemos o “não”...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Beth.
Deputada Beth, deixa eu explicar uma coisa...
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Então nós temos que
registrar que nós não vamos votar, não vamos nos calar e nem nos omitir diante
desse projeto. É “não”, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não tinha, sabe
por quê? Deputada Beth, só para explicar para V. Exa. com todo o respeito. Nós
já estávamos na alteração de voto. Vocês tinham que ter votado no processo de
votação. Vocês não, assim, o fizeram.
Entrei no processo de alteração de
voto, perguntei se tinha mais alguém para alterar o voto. Não tinha mais
ninguém, a proclamação... Não caberia mais, naquele momento, votação, deputada
Beth, infelizmente.
Com a palavra o deputado Dr. Jorge do
Carmo.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Mas nós tínhamos que votar
o “não”.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO -
PT - Sr. Presidente, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, queria saudar o pessoal que está nas galerias, que
bravamente está vindo todos os dias aqui nas galerias ver quem, aqui na
tribuna, está do lado do povo ou está contra vocês. Todas as vezes, vocês estão
vendo aqui e agora foi uma prova muito clara aqui.
Para votar
aqui, para se comprometer e assumir, é preciso ter coragem. Ter coragem. E o
que aconteceu agora foi exatamente o que foi falado aqui: faltou coragem de
manter a palavra, faltou coragem de manter aquilo que havia assumido, deputado
Cortez, mas ainda tem outras votações. Vamos à frente, vamos à frente. (Manifestação
nas galerias.)
Eles estão no
limite, no limite! Tem alguns deputados e deputadas aqui que estão com
vergonha, estão com vergonha de colocar as suas digitais em um projeto tão
maldoso quanto esse. E vocês estão vendo.
Mas o líder do
Governo está aqui pressionando, pressionando, pressionando, quase que obrigando
as pessoas a votarem ou mudarem o seu voto - o que é um absurdo, ficar aqui
colocando pressão em deputado.
Porque deputado
tem livre-arbítrio, tem livre escolha, tem a sua consciência. É isso o que a
gente espera dos deputados e das deputadas que nós elegemos, que votem com sua
consciência e não que votem sobre livre e espontânea pressão, como nós vimos
aqui neste plenário.
Mas não tem
problema. Cada deputado, cada deputada faz o que bem acha e serão cobrados
posteriormente. As digitais de V. Exas. ficarão gravadas aqui, da maldade que vocês
estão fazendo com os servidores. Aliás, fazer maldade com os servidores, agora
é com vocês, agora é com os pesquisadores, agora é com os pesquisadores da
Ciência, do desenvolvimento do nosso Estado.
Mas vou elencar
aqui, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quantas maldades os
governos do PSDB e, agora, do bolsonarismo já fizeram com o povo paulista.
Vou elencar
aqui algumas delas, que é mais uma, infelizmente, daquela que está acontecendo
hoje aqui. Vamos lá. Em 2020, governo Doria, aquele governo “calcinha
apertada”. Vocês se lembram dele? O governo “calcinha apertada” mandou um
projeto aqui que era o projeto para privatizar tudo, senhoras e senhores, que é
o famigerado Projeto nº 529, de 2020.
Nada menos, vou
citar aqui para vocês. Esse projeto privatizava a fundação zoológico, parque
zoológico, privatizava a CDHU, privatizava a EMTU, privatizava a Sucen,
privatizava o Instituto Florestal, privatizava o DAESP.
Só para vocês
terem ideia da quantidade de empresas que prestam serviço, que prestam trabalho
decente, necessário para o Estado, necessário para a população do nosso Estado,
mas eles simplesmente... O “calcinha apertada” resolveu privatizar tudo,
entregar tudo para a iniciativa privada, que esse era o compromisso que ele
tinha com o povo, com aqueles que elegeram ele.
Mas,
infelizmente, muita gente que elegeu ele se enganou. Porque tenho certeza que
não queria e não achava que isso ia acontecer. Mas foi isso o que aconteceu. E
muitos deputados e deputadas que aqui, hoje, cometeram mais essa maldade com
vocês, também o fizeram, também tiveram coragem de colocar as suas digitais
aqui para privatizar, para entregar o patrimônio paulista para aqueles que
já... Para o mercado financeiro.
É esse o
compromisso desse governo. É com o mercado financeiro. Não é com os servidores,
pesquisadores. Não é com as pessoas que querem um Estado melhor, um Estado do
bem-estar social. Eles querem é o Estado mínimo, aquele em que o Estado se
responsabiliza por nada. Que não tem que se preocupar exatamente com ninguém e
nem com nenhum serviço público.
Outra maldade
que eles fizeram aqui, senhoras e senhores. E essa lei foi aprovada aqui e
publicada. A Lei nº 17.293, de 15 de outubro de 2020. Essa da privatização de
tudo. E quase...
E digo para
vocês: só não privatizaram o Butantan porque nós evitamos aqui. Porque, se não,
mais uma maldade teriam feito. Imaginem, senhoras e senhores, se naquele ano,
2020, com a pandemia da Covid-19, a gente não tivesse o Butantan para salvar
milhares e milhões de vidas.
Quantas pessoas
foram salvas com a vacina do Butantan? (Palmas.) Se não tivesse, deputada Ana
Perugini, se a gente não tivesse salvado o instituto, a gente teria tido...
Infelizmente, com esse governo negacionista que nós tínhamos no Brasil, teriam
morrido muito mais milhões de pessoas. Infelizmente, ainda morreram quase 700,
ou mais de 700 mil pessoas. Por causa de um governo negacionista que foi o
governo Bolsonaro. Isso porque também as maldades que foram feitas aqui nesta
Casa.
Em seguida,
senhoras e senhores, já em 2022, foi aprovada aqui a Lei nº 17.517, de 8 de
março de 2020. Com essa lei... É aquela que alienou as terras públicas, aquela
que entregou as terras públicas também para o patrimônio do agronegócio, para o
patrimônio das pessoas que grilaram essas terras. E nós fizemos aqui um cavalo
de batalha, para evitar que essa lei fosse aprovada, para evitar que essa
maldade fosse feita.
Mas, deputadas
e deputados que aqui, muitas vezes, não têm coragem de vir aqui nesta tribuna
para defender. Se são tão bons esses projetos, por que não vêm aqui defender?
Por que não usam essa tribuna e têm coragem de falar aquilo que pensam e de
dizer: “Eu quero votar porque eu acho que esse projeto é bom”.
E nós vamos
debater aqui, e nós vamos fazer exatamente o contraponto, porque é para isso
que existe o Parlamento. O Parlamento é para “parlar”. É para melhorar leis. É
para trazer os projetos aqui e a gente apresentar emendas, e a gente discutir
esse projeto. Porque, se não, não precisava de Parlamento.
Mas sabe o que
acontece aqui? Quando a gente cobra e a gente acha que o projeto é tão maldoso
quanto tantos outros que vieram aqui, aí a gente pede para marcar uma audiência
pública, e houve audiência pública nesse projeto também, nesse projeto dos
pesquisadores, que é o PLC nº 9.
E sabe o que
aconteceu na audiência pública? Sabe o que mudou a audiência pública? Nada!
Nada, porque eles fazem de conta, fazem de conta, marcam a audiência pública
para achar que está enganando vocês. Então vocês não serão enganados, porque
vocês sabem aqui quem está colocando suas digitais nesse projeto.
Então, esse
governo é o governo do entrega tudo. E vamos mais à frente. Já falei das terras
devolutas. Vamos falar de uma outra batalha que tivemos aqui nesse parlamento,
que foi a privatização da Sabesp, uma maldade sem precedentes que foi feita com
o povo paulista.
Uma empresa
saudável, uma empresa de mais de 50 anos do estado de São Paulo, um patrimônio
que dava lucro e muito lucro, mas, na verdade, o governo Tarcísio precisava de
lucro era para os banqueiros, era para o mercado financeiro, era para aqueles
com quem ele tem compromisso e não para o povo paulista.
E mais uma vez
os deputados e deputadas tiveram coragem de aprovar aqui, por 62 votos, 62
deputados e deputadas tiveram coragem de entregar a Sabesp - que é um dos
maiores patrimônios do estado de São Paulo - para o mercado financeiro. Então
esse governo é o governo da maldade, é o governo da entrega, é o governo de
entregar tudo que é patrimônio do povo paulista. E assim segue, senhoras e
senhoras, e assim segue.
Mais outra
maldade que foi feita aqui, esse governo mandou para cá uma PEC, um projeto,
uma Proposta de Emenda à Constituição para retirar nada menos que 5% do
orçamento da Educação. Sabe quanto que significa isso por ano, senhoras e
senhores? A Constituição do estado de São Paulo previa que, ao menos, 30% fosse
colocado na Educação.
Do Orçamento do
Estado, eles retiraram cinco. Sabe quanto significa isso? Um bilhão e trezentos
milhões por ano retirados da Educação! Essa semana eu fui em uma audiência
pública do orçamento e lá eu via as pessoas falarem: “A escola aqui está
deteriorada, a escola está sucateada, não tem melhoria na escola, não tem
melhoria na Educação, precisa de recurso para a Educação”.
E eu, quando
fui na tribuna, falei: “Sabe o que esse governo faz? Retira o dinheiro da
Educação, tira, sucateia a Educação, sucateia a Saúde, sucateia os serviços
públicos”. Então, senhoras e senhores, esse é o governo da entrega e é por isso
que nossa bancada, a bancada do Partido dos Trabalhadores, não vai colocar as
suas digitais e eu tenho certeza de que as outras bancadas de esquerda também
aqui.
Nós não temos
coragem de fazer maldade com vocês, mas muitos deputados e deputadas aqui farão
essa maldade. Então, marque bem aqueles que tiveram essa coragem de fazer isso
com vocês.
É isso aí, Sr.
Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos Vossa Excelência.
O
SR. DONATO - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Só para deixar claro a posição da
bancada do PT nesse processo aqui. Nós acompanhamos atentamente a votação e
como é de costume, nós deixamos a base votar primeiro para saber se ela
atingirá o número de votos necessários.
Nós verificamos que tinham 46 votos a
favor e três deputados da base que haviam votado “não”. Nós abrimos mão de
votar “não”, abrimos mão de votar “não” para agilizar o processo e impedir que
tivesse uma pressão sobre os deputados da base, que, infelizmente,
configurou-se e mudaram dois votos.
Então, não tem nenhuma restrição à
condução de V. Exa. sobre esse processo, a decisão foi nossa, mas eu queria
deixar claro aqui a nossa posição política de ser contra esse projeto, queria
que consignasse em ata que a nossa posição da nossa bancada é contrária,
completamente, ao PLC nº 9.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o pedido de V. Exa., deputado Donato.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem
deputada Ediane Maria.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Para registrar “não”
também o posicionamento da bancada ao projeto. Depois desse golpe sofrido pela
base do Governo, não esquece de manifestar, posicionar-se. Que loucura, hein,
presidente? Que loucura, está cada vez pior.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está
registrado o pedido de V. Exa., deputada Ediane.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - E eu quero indicar a
Paula para encaminhar pela bancada do PSOL REDE.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Dra.
Paula tem o tempo regimental para encaminhar pela bancada PSOL REDE.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem
deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, só
uma comunicação em um minuto.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não,
deputado.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Em primeiro lugar, eu queria parabenizar o líder Donato. Donato,
parabenizar V. Exa. pela coerência, por entender realmente que houve uma falha
da bancada. E repudiar mais uma vez aqui a fala da deputada Ediane, dizendo de
golpe. O líder Donato acabou de reconhecer que não houve golpe, que foi tudo
certo. Por que V. Exa. insiste com a palavra “golpe”?
Difícil, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra
a deputada Dra. Paula.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem, presidente.
Gostaria só de deixar registrado que o meu voto foi “não”. Não pela bancada,
mas o meu voto foi “não” também.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está
registrado o pedido de Vossa Excelência. Com a palavra a deputada Dra. Paula.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Boa
noite. Boa noite especialmente aos lutadores e às lutadoras que há semanas
ocupam as galerias da Assembleia Legislativa, que rodaram gabinetes para
conversar com deputados e deputadas sobre a importância da preservação dos
institutos de pesquisa no estado de São Paulo, algo que, infelizmente, não só o
governador, mas também a base do Governo não entendeu a importância.
A gente corre
um risco gigantesco, a partir do dia de hoje, de ter um dos maiores patrimônios
do estado de São Paulo completamente destruído a partir da aprovação desse
Projeto de lei Complementar nº 09, de 2025. Então, para que não haja também
nenhuma dúvida, eu quero fazer coro aos meus colegas parlamentares que me
antecederam para dizer que, sem nenhuma dúvida, o voto de todos os deputados e
as deputadas da Federação PSOL REDE é “não” para esse projeto.
Todos nós aqui
presentes no plenário também nos colocamos em completo repúdio à aprovação do
PLC 09, de 2025, assim como, presidente, não posso deixar de dizer que também
repudiamos veementemente que o plenário tenha se tornado uma gritaria, uma
confusão generalizada, e que tenham deputados que insistam em gritar com
mulheres de forma deliberada e não respeitar uma deputada mulher no microfone. (Manifestação
nas galerias.)
Pois bem, por
mais que eles queiram muito que a única coisa que a gente faça aqui seja ficar
se defendendo e falando sobre a importância de combater a violência, política
de gênero, eu quero falar, nos minutos que me restam, e que vou compartilhar também
com a nossa líder, deputada Ediane Maria, sobre o quanto esse projeto...
E falo aqui em
nome dos institutos, do Instituto Butantan, do Instituto Biológico, Instituto
Florestal, Instituto de Zootecnia, Instituto Geológico, de Pesca, Instituto
Adolfo Lutz, entre tantos outros, para parabenizar esses trabalhadores e dizer
que é graças a eles que o estado de São Paulo é referência nacional e
internacional em pesquisa científica aplicada à Saúde, ao Meio Ambiente, à
Agricultura e à Inovação Tecnológica, mas o que o Governo do Estado de São
Paulo quer fazer é um verdadeiro desmonte dessa carreira, e o pior, sem nenhum
diálogo, porque a gente não pode dizer que o que houve até aqui foi diálogo com
a categoria, foi diálogo com os trabalhadores.
Pelo contrário.
Esse projeto de lei, infelizmente, impõe mudanças graves injustificáveis para a
categoria, que já foram ditas aqui pelos meus colegas deputados que me
antecederam.
Quer substituir
o atual sistema de remuneração por um modelo de subsídio; extingue o Registro
em Tempo Integral, o RTI, e, ao extingui-lo, precariza a pesquisa, desestimula
vocações científicas, jovens pesquisadores, coloca em risco a continuidade de
projetos fundamentais para o estado. Além disso, substitui a Comissão Permanente
do Regime de Tempo Integral - CPRTI.
O problema de
tudo isso é entender que são os institutos de pesquisa... Ou melhor, não
entender que são os institutos de pesquisa que garantem a excelência em
pesquisa científica do nosso estado, mas, mais do que isso, que garantem o
avanço tecnológico, científico e de Meio Ambiente para tantas áreas da nossa
sociedade.
O que a gente
vê é que a extrema-direita tem ódio à pesquisa científica. A extrema-direita
tem ódio à Ciência. Dos mesmos criadores da terra plana, a gente viu também as
pessoas que tentaram lutar para que não houvesse vacina no estado de São Paulo
durante a pandemia da Covid-19.
Se não fosse o
nosso Instituto Butantan - que tanto lutaram para precarizar, que tanto lutaram
para extinguir - garantir a existência de vacina para a população brasileira,
provavelmente muito mais mortes teriam acontecido diante da irresponsabilidade
de uma Presidência da República negacionista, que felizmente está condenada e
já, já estará na Papuda, não pelos motivos que a gente gostaria, mas pelos
motivos importantíssimos de ataque à democracia brasileira.
Mas eu quero
deixar aqui registrado que, no que depender de nós, a votação desse PLC não
será o fim. Nós levaremos até as últimas consequências a necessidade de
proteção dos institutos de pesquisa do estado de São Paulo.
Nós somos
aqueles e aquelas que, assim como somos os que defendemos a democracia,
defendemos também a necessidade de existência de excelência e proteção da
pesquisa científica no estado de São Paulo. Quando o servidor público é
valorizado, o serviço público é valorizado.
E quem não
entendeu isso não tem como dizer que foi eleito pelo povo do estado de São
Paulo para representar o povo do estado de São Paulo. Está indo na contramão da
Ciência, está indo na contramão da garantia de direitos e está indo mais uma
vez chancelar o atraso que é tão defendido pela extrema-direita neste
Parlamento, seja pela base do Governo, seja pelo governador do estado de São
Paulo.
Vou
compartilhar meu tempo com a deputada Ediane, que vai seguir defendendo o nosso
projeto contra o projeto e a defesa aí da bancada do PSOL.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, deputada Paula.
Eu quero saudar
aqui todos os pesquisadores e pesquisadoras que estão aqui presentes, mas que
ocuparam essas galerias, esses gabinetes e trouxeram o olhar da categoria, da
necessidade da categoria de dialogar, de articular, e que apresentaram e que
mostraram para nós que esse projeto não atendia à demanda da própria categoria,
que precisa de melhorias, mas não essa que é apresentada pelo governador.
Bom, depois de
dois anos e seis meses nesta Casa, eu vejo que esta Casa é um instrumento de
destruição de todo o serviço público do estado de São Paulo. Vimos aqui a
Sabesp ser entregue. Nós vimos aqui as escolas estaduais virarem escolas
cívico-militares.
Nós vimos aqui
todo o retrocesso e toda a falácia de um governador que abandona o estado de
São Paulo e que vai para Brasília articular e lutar para que um golpista não
fosse para trás das grades, para a Papuda, que é o lugar que o Bolsonaro vai
querendo ele ou não.
Nós vimos,
inclusive, o próprio Tarcísio de Freitas nas suas declarações horrorosas, em
que traz com os contaminados, as vítimas do metanol, que quando fosse com a Coca-Cola,
aí sim ele se preocuparia.
Isso mostra
claramente para o estado de São Paulo, para o Brasil inteiro, a preocupação do
governador Tarcísio de Freitas, que, com certeza, com a sua manobra, com a sua
articulação, inclusive derrotada, que ele falou que não articulou, não
conversou, não interviu naquela votação das BBB - das bets, dos bilionários -,
a gente viu muito bem - e das big techs -, a gente viu muito bem, gente... Sabe
o que me irrita? A gente viu o que ele é capaz de fazer.
É um homem que
vem transplantado para o estado de São Paulo. Sai do Rio de Janeiro, vem para o
estado de São Paulo, é colocado aqui dentro, e usa o estado de São Paulo, que é
um lugar de grande referência, como um trampolim para a Presidência da
República.
É bom que ele
se candidate ano que vem. É bom porque ele vai perder e o estado de São Paulo
vai ganhar, porque vai tirar o retrocesso, que é a máquina do Tarcísio de
Freitas aqui de dentro do estado de São Paulo.
Não dá mais,
não dá mais para a gente ver um governo que foi eleito para lutar pelo povo.
Hoje estamos vendo o sucateamento de tudo, gente. Nada mais vai para frente com
o Tarcísio de Freitas.
Ele foi eleito
para entregar o estado de São Paulo, entregar para as empresas privadas. Ele
não consegue governar o estado de São Paulo. Ele simplesmente olhou para o estado
de São Paulo como um lugar que ele falou assim: “Calma aí, eu vou ser eleito
aqui, mas eu vou entregar tudo”.
Ou seja, quando
você vê um governo entreguista é sinal que ele não tem capacidade de governar.
Se ele não consegue governar o estado de São Paulo, deixe que nós, mulheres,
governemos o estado de São Paulo. Deixe que os trabalhadores governem, porque
ele está nos precarizando.
É água rosa nas
torneiras, é água barrenta, água insalubre, gente doente por causa da água,
sendo que aqui eu vi falas muito calorosas, muito bonitas, tanto que eu até
falei aqui para alguns deputados, falei: “Olha, se eu, deputada, não estivesse
aqui vendo o que está por trás dessas falas.. Olha, é uma fala que convence
todo mundo, só que, por trás, o pano de fundo, há maldade, há crueldade, o
retrocesso”. Porque também, vamos ser sinceros, será que os deputados aqui,
eles estão preocupados com a conta de água que está R$ 600,00, R$ 700,00, R$
1.000,00?
Pessoas
trabalhadoras que ganham um salário mínimo, pessoas que não têm nem sequer
registro de carteira muitas vezes e que estão aí pagando altas taxas na
cobrança da água. Ou seja, é o descaso, fora a Segurança Pública aqui do estado
de São Paulo, que está um total abandono.
Então vejam
vocês que se manifestaram, pesquisadores e pesquisadoras que ocuparam este
lugar e viram que o Tarcísio de Freitas é igualzinho ao Bolsonaro: na mente
dele, quem tomar vacina vai virar jacaré. Se perguntar para o Tarcísio mais uma
vez sobre isso, ele vai querer falar isso, porque ele é o bolsonarismo de terno
e sapato envernizado.
É isso que o
Tarcísio é. Mas a máscara dele já caiu faz um bom tempo. Isso a gente já
percebeu a partir de cada ação, de cada atuação. Aqui virou um cartório. O
estado de São Paulo, a Assembleia, virou um cartório, onde só vem para carimbar
e autorizar o governador a fazer tudo o que ele quer, o manda e desmanda do
governador Tarcísio de Freitas.
Então, a
Bancada do PSOL, a Coligação PSOL, Bancada PSOL REDE, vai votar contrária a
esse retrocesso e vamos pra cima nos organizar junto com vocês que realmente estão
na categoria e sabem o que os pesquisadores precisam.
Muito obrigada.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
Para encaminhar, pela Bancada do PT, os deputados Paulo Fiorilo e Teonilio
Barba.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a
palavra o deputado Paulo Fiorilo, que fará encaminhamento pela Federação
PT/PCdoB/PV e compartilhará seu tempo com o deputado Teonilio Barba.
O
SR. PAULO FIORILO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quem
nos acompanha aqui nas galerias, TV Alesp, assessoria, eu quero primeiro
parabenizar os pesquisadores que desde maio acompanham esse debate. Um debate
longo, exaustivo, mas vocês não desistiram de estar aqui na Assembleia, de
visitar gabinetes, de conversar com deputados e deputadas. Eu, antes de falar
da votação, preciso falar de uma outra situação que diz respeito também a
vocês.
Sr. Presidente,
a cidade de Leme está vivendo uma situação muito delicada. O deputado Alex
Madureira esteve já comigo mais de uma vez na comemoração da data festiva da
cidade. Não lembro se o deputado Carlos Cezar também esteve, mas o deputado
Alex eu tenho certeza. A cidade de Leme registrou um caso, um caso de uma
menina que acabou de morrer com meningite. A cidade está preocupada.
Todo mundo sabe
que a meningite já deveria ter sido extinta na rede pública se a vacina fosse
aplicada da forma correta. Nesse caso, a menina tem a vacinação, mas a cidade está
preocupada, as crianças estão preocupadas. E sabe o que salva vidas? A vacina.
Vacina, que é feita por pesquisadores, como vocês.
Vacina que, se
não fosse aqueles que lutaram para que a gente pudesse ter aqui no Brasil, mais
de 700 mil pessoas morreram, muito mais poderiam ter morrido, enquanto aqueles
que negam, riam e faziam gracinha da morte das pessoas, como fez o governador
com a brincadeira da Coca-Cola.
Agora, eu quero
falar com os deputados e com as deputadas. Foram 48 votos a favor. Quarenta e
oito. A votação foi exatamente no número que eles precisavam para poder
aprovar. E a gente teve três votos contrários, três. Um, do deputado Olim, que
eu quero aqui de público, deputado Olim, parabenizá-lo pela sua postura.
E eu tenho
certeza que o senhor, com a consciência que tem, vai manter a sua postura,
independente da pressão do governo. Até porque o senhor sabe como é que é esse
governo. O senhor, mais do que ninguém, conhece a postura do governador. E eu não
preciso entrar em detalhes porque o senhor sabe do que eu estou falando.
Então, deputado
Olim, eu quero muito que o senhor mostre aqui, mais uma vez, a sua postura e
firmeza. É isso que vai diferenciar o senhor do resto da base. É isso que vai
mostrar o caráter que o senhor tem e que eu conheço. Segundo: vários deputados
aqui da base, da base, não têm recebido emendas.
Vários. Aliás,
eu vi um que tinha lá vinte milhões de emendas voluntárias. Sabe qual foi a
execução? Zero. Zero. Então, eu queria pedir para os deputados que pudessem ter
um pouquinho só de consciência e mostrar a esse governador, que vacila, que
oscila, que não tem palavra, que os deputados existem, que os deputados precisam
ser respeitados.
E eu estou
falando com a base, não estou falando com a oposição, porque a oposição tudo
bem, não vai pagar as emendas, não tem problema. As impositivas, vai ter que
pagar porque é lei.
Terceira
questão, antes que vença o meu tempo, para eu dividir com o deputado Teonilio
Barba. Vocês que estão aqui, que defendem o “não”, conhecem vários deputados,
vários, que dialogaram com vocês sobre pesquisa, sobre a construção de
tanques-redes, sobre a questão da agricultura familiar, do agro, vocês conhecem
pelo nome, vocês sabem quem eles são, onde eles moram.
E aqui eu
queria fazer um apelo ao deputado Sebastião, que conhece vocês, que sabe a
importância que vocês tiveram quando foi discutido o tanque-rede. Eu não sei se
o deputado Sebastião está aqui, se está me ouvindo, mas eu sei da relação que
ele tem com vocês. E agora é a hora dele retribuir a vocês a possibilidade de
manter o “não”, de dizer a esse governador que nós não queremos esse projeto.
(Palmas.)
E aí, Sr. Presidente,
eu encerro dizendo aquilo que já foi dito pelo líder da bancada. A posição do
PT é contra esse projeto que não resolve o problema, não resolve, mas que estão
sendo enganados aqueles que acreditam.
Muito obrigado,
Sr. Presidente. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Paulo Fiorilo. Com a palavra o deputado Teonilio Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, os
pesquisadores aqui presentes, vamos explicar para vocês como é que funciona
isso aqui, para vocês não ficarem batendo palma à toa.
Quando todos os
líderes de bancada vêm aqui e botam “obstrução”, vocês aplaudiram todos os
líderes de bancada. A obstrução é só um mecanismo de preservação de deputados
que estão ausentes do plenário. Não significa que eles vão votar “contrário”.
Eles vão votar a favor de destruir a carreira de vocês. É assim que funciona.
Nós já tivemos
aqui plenário lotado com a OAB, todo mundo aplaudia e eu fiz essa mesma
explicação. Porque a oposição, nós botamos aqui em obstrução e vamos votar “contrário”.
Eles botam em obstrução e vão votar a favor de destruir a carreira de vocês, de
prejudicar a carreira de vocês.
Sabe por que
eles vão fazer isso? Porque o Tarcísio mandou. E se o Tarcísio mandou, eles
seguem, de maneira correta, porque o Tarcísio manda naquela base e eles
cumprem. Então destruir a carreira de vocês é uma prioridade do Tarcísio.
Veja bem, o que
o Tarcísio fez a semana passada? Lutou o tempo todo para destruir a Medida Provisória
nº 1.303, que taxaria as bets, que estão há quatro anos no País sem pagar um
real de imposto; para preservar a turma da Faria Lima, que tem os fundos de
investimento, que não pagam um real de imposto.
Sabe o que o
Tarcísio está executando no estado de São Paulo? Aplicando o ICMS de 4% sobre a
gorjeta dos garçons. Esse é o governador Tarcísio: tira dos pobres para dar
para os ricos; privatiza a Sabesp para dar para os ricos; luta para as bets não
serem taxadas lá em Brasília, porque aqui em São Paulo ele tem como tirar dos
garçons e entregar para os ricos.
E aí o que é
que vocês, que são pesquisadores, bem preparados e bem formados, têm que fazer
daqui para frente? Uma luta de pegar o nome dos 48 deputados e deputadas que
votaram contra a carreira de vocês e denunciar eles. Esse é o caminho. Esse é o
caminho. (Manifestação nas galerias.)
O outro caminho
que tem, o outro caminho que tem é convocar o sindicato de vocês e vocês
partirem para uma luta, que é mobilização, são passeatas, são paralisações, é
greve. Porque essa é a linguagem que essa bancada, essa adesista do governo Tarcísio
entende. É essa a linguagem que eles entendem.
E eles só têm
medo, eles só têm medo quando veem a coisa ficando feia para o lado deles, igual
aconteceu com a PEC da blindagem. Igual aconteceu com a PEC da blindagem, que
os deputados federais em Brasília quiseram criar uma classe de cidadão que só
eles poderiam autorizar uma investigação sobre eles.
Não é o caso
aqui da Assembleia, mas, se passasse lá em Brasília, se não fosse enterrado lá
em Brasília, iria descer aqui para a Assembleia. Iria descer para a Assembleia
e olha lá se não for... Então provavelmente seria aprovado.
Então essa base
governista do Tarcísio... E alguns não voltarão aqui em 2026. No mandato
passado eu disse isso, e 35 não voltaram. E daqui, com certeza, alguns
deputados e deputadas que estão aqui, votando tudo contra os trabalhadores, a
favor dos empresários, a favor dos grileiros em terra, a mando do Tarcísio,
alguns não voltarão aqui. Eu tenho certeza disso. Agora vocês precisam nos
ajudar nesse debate.
É fácil pegar a
votação, nós vamos pegar o espelho da votação desse projeto aqui e vamos
entregar à mão de vocês lá quem votou “sim” e quem votou “não”, lá, e aí vocês
vão ter a oportunidade de dizer para aquele deputado governista: olha, lá nessa
cidade que nós moramos, esse deputado aqui votou contra o funcionalismo
público, votou para acabar com o funcionalismo público, votou para acabar com
pesquisadores.
Até porque o Tarcísio
é um filhote da ditadura. Quando começou a atacar o STF, que ele foi nomeado
governador por um dos poderes da Justiça, que é o Tribunal Superior Eleitoral,
e ele começa a atacar o STF.
Então tem o
mesmo comportamento do Bolsonaro, que apareceu no papel de bom moço, mas é lobo
em pele de cordeiro. Então esse é o governado do Tarcísio, que fala que o PCC
não tem problema na questão da bebida, mas pode ter no da Coca-Cola e aí ele
vai ficar preocupado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Eu queria pedir uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Professora Bebel,
estamos no processo de votação agora.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Desculpa, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Assim que
finalizar, eu passo dois minutos para Vossa Excelência. Obrigado, Professora,
pela compreensão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação a
mensagem aditiva, item nº 4. As senhoras e senhores deputados que forem
favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a mensagem aditiva.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Senhoras e senhores deputados, vamos proceder então
à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir desse momento, estamos
fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as senhoras e senhores
deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se
realizará.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL REDE em
obstrução.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido Liberal
em obstrução.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem,
presidente. Para colocar o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O
SR. MARCELO AGUIAR - PODE - Pela ordem,
presidente. Para colocar a bancada do Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente. Para colocar o Republicanos em obstrução, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
também em obstrução.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. Bancada
da Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem,
presidente. Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Alex
Madureira já assim o colocou, deputado Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Ah, não tinha visto.
Obrigado.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem,
presidente. União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil em
obstrução.
O
SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Itamar Borges.
O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem,
Sr. Presidente. Para colocar o MDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em
obstrução. Pela ordem, deputado Oseias de Madureira.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução. Pela ordem, deputado Rogério Nogueira.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a Federação Cidadania/PSDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
Cidadania/PSDB em obstrução.
Tendo transcorrido os quatro minutos, o
sistema eletrônico agora ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs.
Deputados votem “sim”, “não”, ou registrem “abstenção” nos terminais em suas
mesas.
Não havendo mais deputados interessados
em fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, abriremos então para que as Sras. Deputadas
e os Srs. Deputados possam fazer o seu voto pelos microfones de aparte.
O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, presidente. Para votar
“não” a esse projeto terrível para a ciência do estado de São Paulo. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Guilherme Cortez vota “não”.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Para votar “não”, em defesa de todos
aqueles que trabalham com a pesquisa científica. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Eduardo Suplicy vota “não”.
A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu
voto “não” ao desmonte dos institutos de pesquisa. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada
Dra. Paula vota “não”.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Com toda a minha convicção, voto “não”. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada Beth
Sahão vota “não”.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Esse projeto é um escárnio contra os pesquisadores. “Não”. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Márcia
Lia vota “não”.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para votar “não” a esse projeto nefasto, que destrói a carreira dos
pesquisadores. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Teonilio
Barba vota “não”.
Mais algum dos Srs. Deputados ou das
Sras. Deputadas gostaria de consignar o seu voto? (Pausa.) Não havendo mais deputados
interessados em consignar os seus votos, pergunto às Sras. Deputadas e aos Srs.
Deputados se gostariam de alterar os seus votos. (Pausa.)
Não havendo deputados interessados em
alterar o voto, passaremos à proclamação do resultado. Votaram “sim” 49
deputados; “não”, 17 deputados; mais este presidente, total de 67 votos, quórum
que aprova a mensagem aditiva.
Item 5. Em votação as emendas,
englobadamente. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.
Deputado Donato.
Antes de dar por levantados os nossos
trabalhos, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto...
O SR. DONATO - PT - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Foi dado o
comando de rejeitado, deputado Donato.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos
termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45,
§ 5º, ambos do Regimento Interno, convoco uma reunião extraordinária da
Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se hoje, cinco minutos
após o encerramento da presente sessão, no Salão Nobre Campos Machado, com a
finalidade de oferecer a redação final ao Projeto de lei nº 9, de 2025, de
autoria do Sr. Governador.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL – Como declara o voto, deputada Ediane Maria?
A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Para declarar “sim” às emendas ao projeto.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Está registrado o pedido.
O SR. DONATO - PT - Pela
ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.
O SR. DONATO - PT - Para
declarar o voto “sim” às emendas da bancada do PT. E eu gostaria de que a
deputada Bebel pudesse fazer uma declaração aqui, já que ela havia pedido
antes.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos para a Professora Bebel, para uma comunicação.
A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, eu
tenho uma formação de respeitar todas as posições. Mas esta Casa não é a
primeira vez...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Um minutinho, deputada Professora Bebel. A televisão está
voltando. Não sei nem por que saiu do ar, porque era para estar ainda.
Professora Bebel, tem dois minutos V. Exa., para uma comunicação.
Já
começou.
E eu quero fazer a seguinte pergunta: o Plano Nacional de Educação
será debatido nesta Casa... E lá não tem, pelo menos no nacional - tem o
nacional, e o estadual tem que seguir -, política de subsídio. Tem valorização
dos profissionais da Educação.
Como é que ficarão as carreiras que já tiverem subsídio? Esse é um
debate que nós vamos fazer nesta Casa, porque é humanamente impossível nós
concordarmos com essa afronta aos profissionais de carreira de estado. Porque
quem tem que ter subsídio são deputados, são comissionados; não são aqueles que
fazem, que têm relação com o serviço público.
Então, o que houve hoje, lamentavelmente, e que tem havido - a
gente tem acompanhado a votação, e que aconteceu conosco na Educação básica -,
é uma afronta à nossa carreira, à valorização de uma carreira para que todos
queiram continuar. Então, muito obrigada, Sr. Presidente. E lamentar,
tristemente, mais essa votação.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada Professora Bebel. Nada mais havendo a tratar,
está encerrada a sessão.
* * *
-
Encerra-se a sessão às 18 horas e 52 minutos.
* * *