5 DE FEVEREIRO DE 2025
2ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: FÁBIO FARIA DE SÁ, SOLANGE
FREITAS, EDSON GIRIBONI e VALDOMIRO LOPES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - FÁBIO FARIA DE SÁ
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h03min.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - ANA PERUGINI
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - VITÃO DO CACHORRÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - VITÃO DO CACHORRÃO
Para comunicação, faz pronunciamento.
7 - DONATO
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - LUCAS BOVE
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
11 - LETÍCIA AGUIAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - SOLANGE FREITAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - SOLANGE FREITAS
Assume a Presidência.
14 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - PAULO FIORILO
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - DANILO CAMPETTI
Para comunicação, faz pronunciamento.
17 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - EDSON GIRIBONI
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - EDSON GIRIBONI
Assume a Presidência.
21 - VALDOMIRO LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - GIL DINIZ
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
23 - VALDOMIRO LOPES
Assume a Presidência. Defende a derrubada de vetos do
governo estadual a projetos aprovados nesta Casa.
24 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - PRESIDENTE VALDOMIRO LOPES
Endossa o pronunciamento do deputado Gil Diniz.
26 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
27 - PRESIDENTE VALDOMIRO LOPES
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 06/02, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão
às 16h12min.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Fábio Faria de
Sá.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o Expediente.
Lista de oradores do Pequeno
Expediente. Com a palavra o deputado Danilo Campetti.
(Pausa.) Gil Diniz. (Pausa.) Itamar Borges. (Pausa.) Nossa deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.)
Deputado, nosso decano, Barros Munhoz. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez.
(Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.)
Deputado
Leonardo Siqueira. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.)
Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Dr.
Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Reis.
(Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.)
Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi, presente, vai
fazer uso da tribuna.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Fábio Faria de Sá, seja
bem-vindo a esta Casa; deputados e deputadas, telespectador da TV Assembleia.
De volta agora
à tribuna, nas nossas sessões, eu gostaria, Sr. Presidente, de aqui denunciar
mais uma vez o que o governador Tarcísio de Freitas está fazendo, a partir do
seu secretário de Educação, Renato Feder, o empresário da educação, que não tem
nenhum compromisso com a educação pública, o que esse governo está fazendo com
a Educação Especial, com os nossos alunos, com crianças, com adolescentes e
jovens com deficiência. Nós estamos assistindo um dos maiores ataques a essa
área na rede estadual.
Eu já vinha
denunciando, desde o ano passado, Sr. Presidente, a terceirização, a
precarização desse tipo de atendimento, que é um atendimento que tem que ser
feito com pessoas formadas, com professores, com professoras, com pessoas com
licenciatura plena, com curso superior, com especialização. É disso que se
trata o atendimento na área da educação especial, como reza a nossa legislação,
como determina a LDB, a Lei de Diretriz e Base da Educação Nacional.
No entanto, o
governador contratou uma empresa terceirizada, que, por sua vez, vai contratar
pessoas sem formação para atender os nossos alunos da rede estadual, alunos com
deficiência. Olha só o absurdo.
Então, o
governo está praticamente descartando as professoras habilitadas com formação,
com pós-graduação, inclusive na área da educação especial, para contratar
pessoas sem formação, apenas com o nível médio de formação e com um pequeno
curso técnico de algumas horas nessa área. Então, é isso que está acontecendo
hoje, Sr. Presidente.
Eu já acionei o
Tribunal de Justiça, através de uma ação popular, que foi assinada pelo
vereador Celso Giannazi, aqui da Câmara Municipal, e também pela deputada
federal do PSOL, a Professora Luciene Cavalcante. Estamos esperando uma decisão
do Tribunal de Justiça, porque é inconcebível.
A Educação
Especial é uma garantia da nossa legislação, tanto da Constituição Federal,
como da LDB, da nossa Constituição Estadual. E, no entanto, o que o governo
está fazendo é isso, Sr. Presidente.
Nós já fizemos
manifestações, ocorreram várias manifestações pelo estado, em várias regiões,
denunciando esse fato. E o governo, agora, disse que vai, ao invés de um
professor atender um aluno com necessidade especial, ele vai colocar um
professor para atender até cinco alunos, precarizando ainda mais essa situação,
Sr. Presidente. Então, isso é uma agressão à legislação e à dignidade humana
dos nossos alunos com deficiência da rede estadual.
Nós já tínhamos
aprovado aqui um projeto de lei, que virou lei, inclusive, que eu apresentei,
que virou a Lei nº 15.830, que já garante um número máximo de alunos em salas
como alunos com deficiência, que o governo não tem respeitado, a não ser que os
pais ou as entidades acionem; quando elas acionam, na verdade, a Defensoria
Pública, o Ministério Público, em algumas regiões, em algumas diretorias de
ensino, ao cumprimento da lei.
Mas, no geral,
não, porque o governo, esse governo é muito estranho, Sr. Presidente, ele não
respeita a lei. Estranho não, ele afronta a legislação e afronta as medidas
judiciais, como, por exemplo, o que nós estamos vendo. Uma criança com
deficiência, para ter acesso a um professor na rede estadual com formação nessa
área, ele precisa de uma ação judicial, o que seria um direito garantido por
lei, e esse aluno, essa família, tem que acionar a Justiça para conseguir.
Então, todos esses
alunos que eu citei, que estão perdendo seus professores, foram obrigados a
acionar a Justiça para ter direito a uma vaga com um professor com formação
adequada e que são professoras preparadas, professoras que se dedicam a essa
causa, que estudam, professoras que amam o que estão fazendo, porque não é uma
tarefa fácil trabalhar com educação especial, com crianças e adolescentes com
deficiência.
A pessoa tem
que gostar, tem que se preparar, tem que estudar, tem que se qualificar, tem
que ter formação. E as nossas professoras estão preparadas e qualificadas, mas
estão descartadas pelo governo estadual.
Então, diante
disso, Sr. Presidente, nós, como eu disse, já entramos com uma ação popular
contra essa medida do governo estadual, para que haja garantia desse
atendimento, e sem demissão das professoras de educação especial.
E também nós já
pedimos a convocação do secretário da Educação, Renato Feder, para que ele
venha depor aqui na Assembleia Legislativa. Já pedimos também audiência com o
Ministério Público, com a Defensoria Pública.
Estamos tomando
todas as medidas para reverter essa gravíssima situação e esse gravíssimo
ataque, repito, às nossas crianças e adolescentes com deficiência que estão
matriculados na rede estadual. E também contra a demissão em massa de
professoras formadas na área de Educação especial.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Carlos Giannazi. Dando sequência à nossa lista de oradores no Pequeno
Expediente, no dia cinco de fevereiro de 2025, deputada Márcia Lia. (Pausa.)
Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Eu vi o deputado por aqui... Dando sequência,
deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.)
Deputada Paula da Bancada Feminista.
(Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado
Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Simão Pedro.
(Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Emídio de Souza. (Pausa.)
Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.) Deputada
Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.)
Deputada Andréa Werner. (Pausa.)
Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada
Carla Morando. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Dr. Elton.
(Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada Monica Seixas do Movimento
Pretas. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes.
(Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.)
Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)
Deputada Ana Perugini. Com a palavra, a
nossa deputada.
A
SRA. ANA PERUGINI - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, satisfação em vê-lo à frente dos
trabalhos de hoje. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, deputado Mansur, que está
chegando, nós acabamos de sair da celebração dos 190 anos de vida da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo. Quis toda a energia do mundo, quis Deus que
nós estivéssemos aqui hoje para tratar de um assunto bastante importante. Eu já
deveria tê-lo feito ontem, mas ontem a sessão foi suspensa assim que nós
estávamos chegando aqui, depois dos trabalhos no gabinete.
Mas enfim, cá
estamos nós. E o motivo não é um motivo de alegria. Nós recebemos um veto a um
projeto. A competência é absolutamente concorrente. O veto veio alegando vício
de iniciativa. Não há em absoluto vício de iniciativa. Mas, conversando com
mais deputados desta Casa, nós tivemos a notícia de muitos e muitos outros
projetos que foram vetados por vício de iniciativa.
Eu acredito
que, nesse marco dos 190 anos que nós completamos agora, no dia dois de
fevereiro, e hoje, ouvindo a fala do governador Tarcísio, que fala com
evidência de um projeto importante, que foi votado primeiro nesta Casa, que foi
a proibição do uso de celular nas escolas... Primeiro nesta Casa, e depois na
federação.
Eu quero trazer
um registro aqui deste projeto, que está tramitando desde 2017 na federação.
Foi debate no G20, aqui no nosso País está sendo implementado. Mas ele nasceu
não da luta dessa deputada lá no Parlamento, mas na luta de outras mulheres que
estiveram antes; não no Parlamento, mas no dia a dia, na pesquisa de cinco
estados brasileiros, e que sabem a importância do que nós chamamos, e foi
intitulado por essas mulheres, de PIB da vassoura.
Faz-se uma
confusão danada em relação ao que seja esse PIB da vassoura, mas quando se fala
que o trabalho da mulher é importante, que o trabalho da mulher é um trabalho
de amor, o homem também o exerce. Mas ele foi naturalizado, naturalizado à vida
das mulheres no mundo e quiçá no nosso País de uma maneira muito singular.
Esse trabalho
que foi naturalizado às mulheres, naturalizado, não tem qualquer
reconhecimento. Eu acredito que o deputado Giannazi e os deputados que estão
aqui já ouviram mulheres à beira de um balcão de informação prestando ficha,
não é, deputado Simão? Preenchendo a ficha para o filho ser atendido pelo
médico, que ela não trabalha, que ela é do lar. “Não, eu não estou trabalhando,
eu estou em casa”.
Mas nós sabemos
- e a pesquisa de amostra feita pelo IBGE em cinco estados brasileiros mostrou
- que se as mulheres deixassem de fazer o trabalho não remunerado no nosso País
por um único dia, seria o equivalente, nós já testemunhamos isso no nosso País,
a uma greve de caminhoneiros de sete dias no nosso País. O País pararia.
E hoje, outros
países, depois de uma mostra que nós fizemos na ONU Mulheres, no México, ainda
no ano de 2017, os países já aderiram a essa contabilização, a saber quanto do
tempo a mulher depreende dentro de sua casa, ora trabalhando fora e dentro de
casa, e ora trabalhando só dentro da casa. Já foi feita essa pesquisa.
Nós precisamos
fazer essa mensuração. Nós precisamos saber o quanto que essa estrutura e o que
isso deve ser feito pelo estado de posse dessas informações em uma conta
satélite, não é uma conta dentro do PIB - apesar de nós sabermos que o nosso
PIB, o que nós produzimos, é semelhante ao que a indústria produz no País -,
mas de nós sabermos o quanto o estado de São Paulo e a Seade têm toda a
condição de fazer isso, o quanto o estado de São Paulo hoje tem de riqueza nas
mãos, desse trabalho não remunerado exercido majoritariamente por mulheres.
Todas as vezes
que eu andei pelo estado de São Paulo, andei também outros estados no País, e
falei sobre o PIB da vassoura, eu sempre vi um homem olhando para sua
companheira ou vice-versa cutucando, cutucando o outro: “Nossa, não tinha
pensado nisso, não tinha pensado nisso”.
Mas o
importante é ainda registrar que ainda que fosse oposto um veto justo a esse
projeto, esta Casa de Leis tem profissionais competentes, tem deputados
competentes. Esta Casa de Leis sabe o que faz. É o primeiro parlamento em
grandeza, em tamanho, na América Latina, de parlamentos estaduais.
Naturalmente, o
parlamento da Câmara Federal é maior que este. Mas precisamos fazer valer a
nossa competência aqui, porque para que esse projeto fosse aprovado, primeiro
nós tivemos que passar pelo crivo de todos os partidos aqui, para dizer: “ah,
esse pode; esse não pode; esse dá, esse é possível de conversar”.
Aí você tem o
parecer das comissões, e esse projeto teve parecer das comissões. Foi aprovado
por esta Casa por unanimidade. Eu lembro do deputado presidente desta Casa, que
muito bem conduziu também a cerimônia, hoje, dos 190 anos desta Casa, ele
falou, no dia da aprovação, que este Parlamento tem por praxe aprovar projetos
de alta envergadura e que o Parlamento aqui funciona de fato.
Então venho
resgatar essa fala e dizer que precisamos, nesses 190 anos, em absoluto... eu
já fui chamada a apresentar projetos para que nós possamos divulgar o trabalho,
eu falei: “em absoluto, como profissional do Direito, eu não posso apresentar
um projeto que seja inconstitucional ou que não seja da minha competência
apresentar enquanto deputada da Casa”.
Então, quando
digo que o projeto é de competência concorrente, ele é de competência
concorrente. É da nossa competência também apresentar esse tipo de propositura
aqui no Parlamento.
Então, é
inadmissível ouvirmos de qualquer setor técnico que venha com o veto dizendo
que é de competência exclusiva do governador. E ainda que taxativamente, se
fosse entendido isso, por conta da implicação de qualquer tipo de aumento de
receita, este Parlamento tem como fazer emenda nas peças orçamentárias para que
haja a condição financeira.
E, ainda assim,
se assim fosse, e graças a todo o movimento que teve no nosso País, desde a
Constituição de 1988, que goza de relativo bem-estar social no nosso País. É
ali que está escrito. Nós, aqui no Parlamento, em qualquer estado, nós temos a
competência concorrente de legislar sobre tudo o que influi na vida do nosso
povo, no que diz respeito aos impactos financeiros que podem gerar um impacto
ainda maior na nossa Previdência.
Então fica aqui
o nosso registro e a minha responsabilidade de fazer esse chamamento a este
grande Parlamento lindo, por sinal, para que tome a responsabilidade de reaver
a sua condição, o respeito por esta Casa, de que se houver qualquer veto
naquilo que é de competência exclusiva nossa ou de competência concorrente...
Porque nós não estamos criando estruturas, absolutamente, nenhuma que seja
oposta ao veto “porque eu não quero fazer”. Eu não concordo com isso. Não tem a
condição.
Nosso governo
não pensa dessa forma, mas jamais alegando a nossa ignorância em relação ao
papel que nós devemos representar nesta Casa, diante da Constituição Federal e
diante da Constituição aqui do Estado de São Paulo.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputada Ana Perugini. Dando sequência à lista de oradores inscritos do Pequeno
Expediente, do dia 05 de fevereiro de 2025, convoco o deputado Enio Tatto.
(Pausa.)
Agora vamos para a Lista Suplementar. O
deputado Carlos Cezar. (Pausa.) O deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) O
deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) O deputado Ortiz Junior. (Pausa.) A deputada
Thainara Faria. (Pausa.) O deputado Paulo Mansur. (Pausa.) O deputado Vitão do
Cachorrão. Com a palavra, V. Exa., o deputado Vitão do Cachorrão.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Que Deus
abençoe a todos, agradecer a Deus por mais um dia de vida. Para quem não
conhece Vitão do Cachorrão, com muito orgulho, vendedor de hot-dog até hoje e
filho de pedreiro. Eu quero cumprimentar todos das galerias, os jovens, aqui é
a Casa do povo, muito obrigado por virem aqui, a voz do povo, a voz dos jovens é
muito importante.
Quero falar
aqui sobre a educação no estado de São Paulo, e agradecer também ao secretário
que me atendeu quando eu liguei. Ele falou comigo, até mesmo no sábado, quando
o lanche estava mais tranquilo.
Eu trabalho
ainda na chapa, lá na lanchonete, faz 30 anos, fazendo cachorro quente e
atendendo o povo. Eu não fechei, nem quando eu fui o vereador mais votado de
Sorocaba. Eu continuei vendendo lanche, e ali se tornou, praticamente, um
escritório do povo. E as melhores demandas vêm do povo. E tive algumas
reclamações, atendi...
Quero mandar um
abraço para todas as mães, em especial às mães atípicas. Atendi muitos jovens
ali, e o que está acontecendo? E falei para o secretário - muitas escolas estão
com o período integral. É bacana isso aí. Tira a criança da rua, tem melhorado
a educação, tendo mais aulas de matemática, português, mais atividades. Só que
precisa manter e abrir mais classes, no interior e na Capital, no período
noturno.
Tem muito jovem
aprendiz... Eu trabalhei desde pequeno, eu tenho registro com 14 anos de idade.
E eu trabalhei com muito orgulho de peão, eu trabalhei de servente de pedreiro,
eu trabalhei em marcenaria, ajudante. Faz 30 anos vendendo hot-dog, até mesmo sendo
deputado.
Então o jovem
aprendiz, o jovem do primeiro emprego, que muitas das vezes, ou o jovem que
está trabalhando vai conseguir um registro na carteira e ele precisa estudar à
noite. Aí eu falei para o secretário que tem que abrir mais escolas no período
noturno, das 19 horas às 23 horas. Muita gente me procurando - eu tenho um
escritório no Mercado Municipal em Sorocaba -, precisando estudar à noite.
E eu quero
agradecer, secretário Feder - que o Vinicius da equipe que me falou - que
ninguém vai ficar sem vaga, que vai abrir mais classes no período noturno em
Sorocaba. Mas não tem que ser só em Sorocaba. Eu quero agradecer. Tem que ser
em todo o estado, Donato, tem que ter também o período noturno. Muito jovens,
às vezes, a mãe e o pai estão desempregados.
Eu vim lá da
periferia. O pai está preso e ele, na verdade, ajuda ali, Lucas Bove, a trazer
o alimento na casa, então ele precisa estudar à noite, deputado Campetti, e não
está tendo horário noturno. Então tem que ter a aula no horário noturno.
Conversei
também, recebi as mães atípicas... Está pré-agendado para ter em Sorocaba, para
vir o pessoal da secretaria, ou o Vinicius ou o próprio Feder, ir lá alguém e
dar valor... Eu pedi para eles tentarem fazer de tudo para manter os
professores auxiliares que estão cuidando das nossas crianças especiais.
A criança
autista já acostumou com esses cuidadores, com esses professores que estão
cuidando. Então já virou, praticamente, um segundo pai. Fazer de tudo para
manter esses cuidadores dessas crianças.
Têm crianças
com um grau altíssimo de autismo e aí precisa de especialista. Tudo bem, podem
contratar mais especialistas, porque tem aumentado muito o número de crianças
especiais e a procura com as mães atípicas. A reunião da gente que atende o
povo é para manter esses cuidadores, essas professoras que os alunos
acostumaram.
Então eu pedi
uma reunião junto com as mães. E nada melhor, Donato, do que o olho no olho.
Você falar com as mães. Você que é da secretaria, você atender as mães: “Olha,
meu filho é acostumado com essa cuidadora. Essa professora aqui é excelente. Eu
quero que essa professora continue”, Giannazi. “Essa cuidadora aqui já cuidou
três anos do meu filho autista e agora, se trocar, vai ficar difícil a
situação. É complicada”.
Então ouvir e
dar prioridade para a cuidadora que está. Mas quando precisar, também,
contratar especialista em saúde de casos de crianças autistas com grau elevado
que precisam de pessoas especialistas para ajudar os professores também, e
contratar quem é da área especializada em cuidar das crianças autistas que
merecem respeito.
É isso. Meu
tempo está acabando. Eu quero agradecer todas as visitas de prefeitos,
vereadores... E a gente rodou muito no estado, Giannazi, nesses dias aí. A
gente nunca está de férias.
A gente que é
deputado, que é vereador, que é prefeito, que é governador, tem que ser
empregado do povo. E eu estou à disposição aqui na Alesp e no meu escritório lá
em Sorocaba, outro em Itapetininga e outro também que eu vou atender em
Itapeva.
Que Deus
abençoe a todos.
O
SR. PRESIDENTE - FABIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Vitão do Cachorrão, pela nossa região de Sorocaba.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Pela ordem, Sr. Presidente. Só para uma breve comunicação, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FABIO FARIA DE SÁ - PODE - Claro,
deputado Carlos Giannazi, dois minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Queria só, primeiro, parabenizar o deputado Vitão do
Cachorrão pelo pronunciamento e pela cobrança que V. Exa. fez ao governo
estadual referente a esses dois temas.
O primeiro, o
fechamento de salas do período noturno que nós já tínhamos denunciado desde o
ano passado. O governo estadual, o governo Tarcísio de Freitas está fechando
salas no período noturno, impedindo que os alunos do Ensino Médio possam
estudar. Os alunos trabalhadores estão impedidos de estudar na rede estadual de
ensino.
Esse é um ponto
importante. O governo está, na verdade, enxugando a rede estadual, tentando
fechar escolas, turnos, salas de aula, até porque ele reduziu o orçamento da
Educação.
Ele aprovou
aqui dentro da Assembleia Legislativa a redução do orçamento da Educação,
retirando, deputado Vitão, quase 11 bilhões de reais por ano da Educação
estadual. Então ele vai enxugar a rede cada vez mais, por isso que ele está
excluindo, está expulsando os alunos trabalhadores do período noturno,
sobretudo do Ensino Médio.
E o outro
tópico, também, que V. Exa. tocou, importantíssimo, que eu acabei de falar na
tribuna, que é sobre a educação especial. O governo está demitindo professoras
habilitadas, formadas, com pós-graduação nessa área de educação especial, e
substituindo essas professoras por uma empresa terceirizada que contrata
pessoas sem nenhuma formação, praticamente, em nível médio, também para reduzir
o que ele considera gasto. Para nós é investimento, mas para o governo é gasto.
Então é um dos
maiores ataques, é uma das maiores precarizações da educação estadual que nós
estamos assistindo neste governo. Nós já acionamos o Ministério Público, a
Defensoria Pública, entramos com ação popular no Tribunal de Justiça contra
todas essas medidas, contra todos esses ataques que V. Exa. colocou aqui.
Mas tudo isso
tem a ver com a redução do orçamento da Educação. O governo está destruindo a
rede estadual, enxugando a rede estadual, porque ele não pretende mais investir
em educação pública.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FABIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - FABIO FARIA DE SÁ - PODE - Tem a palavra
o deputado Vitão do Cachorrão por dois minutos.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Agradecer o deputado Giannazi, sempre lutando também pelo
servidor, pelos professores, pelo profissional da Saúde, mas eu não posso
deixar de agradecer ao secretário Feder, que me respondeu imediatamente.
Eu pedi para ele atender as mães
atípicas. Como eu falei, é o olho no olho. Manter os professores, os cuidadores
das crianças especiais e, se precisar, contratar mais ainda na Saúde, na
Educação. Não tem que economizar, tem que investir.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Vitão do Cachorrão. Dando sequência à nossa lista de oradores inscritos
no Pequeno Expediente, com a palavra V. Exa., deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, todos que
nos acompanham na galeria, todos que nos acompanham pela Rede Alesp, trago hoje
um tema que eu trouxe no início da legislatura que diz respeito a um bairro lá
na região do Butantã, Vila Nova Esperança, e que a gente teve todo um embate
com a CDHU na época.
É um assunto
que eu nem tratei mais aqui, porque, enfim, eles tinham encontrado um caminho
de conversa, de negociação, e sempre prezo por isso. Mas, infelizmente, teve
uma manifestação da CDHU - eu vou explicar aqui - em um processo, me atacando
gratuitamente. Eu sou obrigado a responder, a explicar e a me colocar, porque
foi muito desrespeitosa e mentirosa. Então vamos lá à situação.
Vila Nova
Esperança é um bairro lá na divisa do Butantã com Taboão, Osasco. Ela está no
meio de uma antiga área chamada Fazenda Tizo, que se tornou um parque estadual.
O Alckmin, quando oficializou esse parque, preservou essa área, que já era um
bairro há mais de 20 anos, como um bairro.
Mas existiu uma
ação do Ministério Público pleiteando a retirada dessa área com uma ação da
CDHU para fornecer moradia. Era uma ação do Ministério Público Ambiental. Isso estava
andando por muitos anos lá.
Enfim, logo
depois da eleição estadual, a atual direção da CDHU, que é a mesma que estava
antes, só trocaram de cadeiras... O presidente Iapequino era diretor, ou o
antigo presidente virou diretor, só teve uma dança de cadeiras.
Logo depois da
eleição, promoveu uma ação de tentar retirar as famílias, encaminhando-as para
um empreendimento privado na região da Raposo Tavares chamado Reserva Raposo,
de uma construtora chamada RZK, que eu vou mostrar aqui, que faliu.
Teve todo um
esforço da Prefeitura de São Paulo - eu acompanhava esse caso como vereador em
São Paulo - e da CDHU para salvar esse empreendimento. Eu não vou entrar nem
dentro desse debate, mas eu quero mostrar o contexto. Bom, a gente procurou o
Ministério Público.
Na época, eu
fui procurado por moradores, procuramos o Ministério Público, fizemos uma
audiência pública ainda como vereador, encontramos um caminho de conversa para
o Ministério Público do Meio Ambiente, que reviu sua posição e falou que era
possível urbanizar aquela área e não removê-la, o que me parece de bom senso e
era o óbvio. A gente vê um bairro consolidado.
A CDHU,
estranhamente, resistiu muito a isso. Nós tivemos uma conversa muito difícil
lá. Estava eu, estava também a deputada Marina Helou, moradores. Uma conversa,
uma postura agressiva por parte do presidente Iapequino... Iapequeno, não sei
se era Iapequino ou Iapequeno. Eu acho que era Iapequeno, pela postura.
Ele veio aqui
em uma audiência pública na comissão, e eu fiz essa pergunta a eles, se eles ou
o Ministério Público provocaram o juiz. O juiz consultou a CDHU se podia
urbanizar. A resposta dele aqui foi essa.
Por favor.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
Bom, essa foi a
fala do Iapequino. Mas aí, olha a manifestação do CDHU, no processo, que eu
havia cobrado naquela reunião. Vamos para o próximo slide. Veja só:
“Quando tudo
caminhava bem, com a adesão das famílias, o então vereador de São Paulo,
Antonio Donato -, que fora também presidente da Câmara e secretário municipal,
ignorando a decisão judicial e as negociações anteriores, e atuando em parte
fora da sua jurisdição (a Vila Esperança fica entre três municípios) -,
tumultuou o processo do CDHU, promovendo reunião na Câmara Municipal de São
Paulo.”
Ele não entende
o papel do parlamentar, não entende o papel da democracia. Eu fui procurado por
moradores, não fui atrás de ninguém. Fiz uma audiência pública, que está aqui.
Mais de 300
pessoas. Lá são 600, 700 famílias. Foi uma audiência pública concorrida. Peço
só uma tolerância para a gente poder explicar esse caso. Foi uma audiência
pública concorrida.
A partir daí,
iniciamos uma negociação com o Ministério Público, que é o autor da ação. O
Ministério Público concordou com os nossos argumentos. Pediu ao CAEx, órgão
técnico do Ministério Público, que fizesse um parecer. Ele fez um parecer
dizendo “lá cabe urbanização, e não a retirada das famílias”.
O juiz pediu
para consultar o CDHU, e o CDHU faz esse ataque ao mandato parlamentar. Vamos
lá: a audiência pública, você vê que foi uma audiência pública lotada, tinha
mais de 300 pessoas. Ou seja, eu só chamei a audiência pública, não paguei
ônibus, não fiz nada. Só chamei a audiência pública, e as pessoas foram lá.
Olha só, o
funcionário do CDHU agora tem uma confusão com os moradores, porque eles querem
retirar as famílias, querem derrubar as casas, aqueles que aderiram ir para a
Reserva Raposo. Olha o que o funcionário do CDHU fala sobre mim:
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
“Deputado
Donato entrou com uma ação.” Eu não entrei com ação nenhuma. Eu só propus uma
negociação entre as partes, não entrei com ação nenhuma. Então eles ficam
criando um ambiente...
Para terminar,
a Vila Nova Esperança era ruas de terra. Não foi emenda, não tenho nada a ver
com isso. O prefeito e o vereador Thammy foram inaugurar o asfalto do bairro
que eles querem tirar. Ou seja, a Prefeitura investiu lá, está aqui o vídeo do
prefeito comemorando o asfalto.
Não preciso nem
passar o vídeo, pode pular. Porque o prefeito foi lá. Ou seja, o bom senso não
se coloca. E, em vez de fazer o que o bom senso manda, o presidente do CDHU
tenta me atacar. Está atacando a pessoa errada, presidente. Está atacando a
pessoa errada. Porque eu queria só resolver esse problema.
Mas agora, o
senhor quer avançar no debate? Nós vamos avançar: por que o CDHU está querendo
salvar esse empreendimento Reserva Raposo?
É um
empreendimento de 18 mil unidades, na Raposo Tavares, é uma cidade, que faliu.
É de um fundo imobiliário, da RZK, que faliu. As ações despencaram lá. A partir
daí... Só um minutinho, é que é importante, deputado. Mais um minuto, para
acabar. O fundo faliu. Aí teve uma ação coordenada, do CDHU e da Prefeitura de
São Paulo, para comprar 10 mil unidades lá.
Não vou entrar no
mérito, pode ser até meritório comprar unidade para moradia popular. Mas, para
isso, eles precisavam criar uma demanda. E, para criar a demanda, precisava
despejar a Vila Nova Esperança. Então nós vamos continuar nessa história,
presidente Iapequino. Iapequino no nome, e “Iapequeno” nas atitudes.
Então nós vamos
continuar brigando, porque não vai passar barato. Eu não gosto de confusão.
Mas, já que chamou a gente para a confusão, a gente vai, não tem problema. E a
gente tem bastante argumento para essa confusão, presidente.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Donato. Com a palavra, o deputado Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Boa tarde aos policiais militares
e civis que nos acompanham aqui, a toda a população que nos acompanha pela TV
Alesp e redes sociais. Aos meus nobres pares, em especial o presidente Fábio
Faria de Sá. Muito obrigado. Parabéns pela condução aí dos trabalhos. Muito
contente em ladear as batalhas junto de você aqui na Assembleia.
Bem,
primeiramente só registrar que estivemos hoje no Memorial da América Latina
para comemorar os 190 anos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o
que é motivo de muito orgulho e muita felicidade, não só por fazer parte dessa
história, mas também porque nós aqui estamos levando adiante uma agenda que
foi, de fato, eleita nas urnas.
O povo paulista
escolheu uma agenda liberal, sob o ponto de vista econômico; escolheu um
governador que é temente a Deus, que é cristão e que honra a sua fé, apesar de
respeitar todas as outras.
Motivo de muito
orgulho saber e fazer parte de uma assembleia que trouxe projetos tão
importantes para discussão, como a privatização da Sabesp, como a primeira fase
da reforma administrativa e tantos outros que aprovamos aqui. Teremos, neste
segundo biênio, ainda mais projetos. Tenho certeza de que o povo do estado de
São Paulo vai poder se orgulhar ainda mais do nosso trabalho aqui.
Infelizmente,
infelizmente, deputado Campetti, não é o que acontece no restante do Brasil. Nós
estamos vendo aí o governo Lula - até antes das nossas previsões, antes das
previsões até mesmo dos economistas - afundar a economia do País.
O presidente
outro dia falou que a inflação está relativamente sob controle. Mas é claro que
está sob controle. Com a taxa de juros mais alta do mundo, a inflação tem que
ser controlada.
E para quem
usava o discurso de que aquilo era uma política nefasta do presidente Roberto
Campos Neto, está aí a prova. O presidente Galípolo, que é o presidente atual
do Banco Central, indicado pelo governo Lula, aumentou em 1% a taxa de juros.
Mas não é só
isso. O governo Lula tem uma dificuldade tremenda em dialogar com o Congresso.
Não consegue conversar e não consegue levar adiante a sua agenda, porque sequer
tem uma agenda. Então não adianta liberar bilhões de reais em emendas se não
tem uma agenda bem definida.
Os ministros
não sabem o que fazer; o presidente está perdido; o Congresso também está
perdido; as lideranças do governo estão perdidas. A única que parece que sabe
alguma coisa ali - ou acha que sabe alguma coisa ali - é a primeira-dama, que,
aliás, me parece que governa mais do que o presidente.
Mas não é só. A
política externa é controversa demais. O presidente Lula faz ataques sucessivos
ao presidente eleito - e agora empossado - dos Estados Unidos, Donald Trump,
que é a maior potência do mundo, é a maior potência do ocidente, é o guardião
da nossa segurança aqui no ocidente.
Enfim, é, sem
dúvida nenhuma, de extrema relevância. E o Lula fica ali atacando enquanto faz
gestos a ditaduras, como a de Nicolás Maduro, que, aliás, fomos proibidos de
citar na campanha eleitoral de 2022. Mas isso é página virada.
A segurança
pública, terrível também, com uma política de desencarceramento, uma política,
eu diria até, de incentivo à criminalidade. Porque, quando o presidente dá o
exemplo, colocando sigilos em gastos do governo - o que ele combatia, aliás, na
época da eleição, ou dizia que iria combater -, ele dá o exemplo, como fez
também ao dizer que roubar um celular para tomar uma cervejinha não seria
grande problema.
E o pior de
tudo, na minha opinião: um governo precisa dialogar e se comunicar com a
população. E a comunicação do governo é péssima. Quem não viu o vídeo aí outro
dia do marqueteiro novo do Lula, o Sidônio, ao lado dele fazendo um monte de
careta enquanto o Lula falava, pelo menos daquela vez, a verdade.
Dizia que o
governo não entregou, que o governo não tem projeto, que o governo está devendo
à população. E aí o marqueteiro ali ao lado fazendo careta e querendo levar o
presidente para um outro caminho.
Infelizmente, o
Brasil está em uma situação terrível. Vocês sabem que eu não sou da turma do
quanto pior melhor - porque ver o nosso povo sofrendo é o pior castigo que nós
podemos ter - mas a situação é realmente calamitosa e, na minha opinião,
irreversível.
A única maneira
da economia brasileira voltar a ter um sopro de esperança seria esse governo
dar um cavalo de pau, uma guinada na sua política pública, combater o aumento
da máquina, reduzir gasto, cortar na carne. E isso o governo não vai fazer,
porque para isso precisa “secar a teta da companheirada”. E aí o buraco é mais
embaixo.
Então, eu
queria aqui parabenizar a Assembleia Legislativa; parabenizar o povo de São
Paulo por ter escolhido um governador tão imbuído no que realmente é necessário
para a população; parabenizar o povo do estado de São Paulo, que deu maioria
nas eleições de 22 ao presidente Bolsonaro.
E dizer ao
resto do Brasil que, infelizmente, nós estamos em uma situação muito
degradante. Mas dias melhores virão. E, se Deus quiser, com Jair Messias
Bolsonaro na presidência a partir de 1º de janeiro de 2027.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Lucas Bove. Dando sequência na nossa lista de oradores, com a palavra,
V. Exa., o deputado Danilo Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Quero
cumprimentar aqui, com muita alegria, o presidente, deputado Fábio Faria de Sá.
Meus parabéns no exercício da nossa Presidência, fazendo tão bem feito.
Cumprimentar meus pares, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, cumprimentar as
assessorias, cumprimentar os servidores, cumprimentar aqueles que nos
acompanham nas galerias da Alesp.
E um
cumprimento muito especial, porque a Alesp faz 190 anos, e nós estávamos...
Tudo bom, Bruno? Nós estávamos no evento hoje com os demais deputados, então é
um evento que marca realmente a dimensão deste que é o maior Parlamento
estadual da América Latina.
Cumprimento
também aqueles que nos acompanham pela TV Alesp, policiais militares, policiais
civis, todo o meu respeito, todo o meu cumprimento, toda a minha continência.
Eu vou me aliar aqui ao que brilhantemente disse o deputado Lucas Bove. Aqui em
São Paulo nós temos o gabarito do que deve ser feito, deputado Lucas. Nós temos
várias realizações.
O povo
paulista, com enorme discernimento, escolheu pela economia liberal, pelo
conservadorismo dos costumes, por manter o Estado no caminho certo, aquele
caminho que estava sendo seguido pelo presidente Bolsonaro, que entregou o país
com 40 bilhões nos caixas, e que logo no começo, esse governo que aí está, do
Lula, já começou estourando o teto de gastos.
Já começou com
160 bilhões na PEC da transição. Já começou quebrando o nosso Estado antes mesmo
de entrar. E hoje a gente vê uma situação muito ruim. Temos notícia hoje,
deputada Letícia, de que parte dos servidores dos Correios não receberam seus
salários do mês de janeiro. Temos o maior rombo da história dos Correios: 3,2
bilhões de reais.
Vamos nos
lembrar, vamos nos lembrar lá atrás, deputado Ortiz, de quando era o presidente
Temer, por exemplo, que fechou os Correios, as estatais, com 700 milhões nos
Correios de superávit. Vamos lembrar do presidente Bolsonaro que em 2021
entregou a administração dos Correios com 3,7 bilhões de lucro; 3,7 bilhões de
lucro.
E nem vamos
entrar agora na questão dos fundos de pensão. Porque, se nós entrarmos agora na
questão dos fundos de pensão, nós vamos entrar em depressão muito maior do que
nós estamos vivendo. Um Estado que teve um déficit, esse ano, de 40 bilhões. Um
Estado onde a relação dívida-PIB está chegando a 78 por cento.
O Bolsonaro, o
presidente Bolsonaro, mesmo com a pandemia, mesmo com a pandemia, o presidente
Bolsonaro entregou o governo com uma relação dívida-PIB de 72 por cento. Não
vamos falar, então, por exemplo, da nossa política, do governo federal, a
política internacional desastrosa.
Um dos sete
países que mandaram representantes naquele teatro na Venezuela, naquela eleição
fraudada, comprovadamente fraudada, que manteve no poder um ditador. E nós
estávamos lá. Nós, não, mas o governo federal, representando o país, mandou lá
um representante com outros seis países, só que mandaram representantes. Um
verdadeiro absurdo.
Não falamos
também do desastre com relação ao que acontece, a posição do Brasil com o que
acontece no Oriente Médio. Suas posições anti-Israel. Uma nação que luta para se
manter é atacada a todo momento por terroristas de todos os lados. A única
nação democrática do Oriente Médio. E o nosso presidente que se posiciona
contra é persona non grata lá em Israel. Então é um absurdo.
O País está
sendo reduzido a um anão diplomático de total irrelevância internacional.
Enfim, passadas
as notícias ruins, eu vou voltar aqui no Grande Expediente, mas eu queria fazer
também, terminar com uma parte boa fazendo os meus cumprimentos. Queria que o
Machado colocasse a foto do nosso coronel Tofanelli, que ontem foi homenageado
aqui na Assembleia Legislativa pelos relevantes serviços prestados à nossa
Polícia Militar do Estado de São Paulo, e também como comandante aqui da
Assessoria Legislativa Policial Militar da Assembleia aqui do estado de São
Paulo.
Então, ontem
participamos de um evento em que o coronel se despediu para uma merecida
aposentadoria depois de 37 anos de relevantes serviços prestados. Eu agradeço
também por ter recebido a “challenge coin” lá e ficam aqui meus cumprimentos.
Desejo sucesso ao coronel Tofanelli e nossa homenagem aqui a ele e a todo o
serviço que ele prestou aqui para a Assembleia Legislativa.
Sr. Presidente,
era isso.
Muito obrigado.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Presidente, uma
brevíssima comunicação só para fazer uma adição ao que eu falei?
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Com a palavra
o deputado Lucas por dois minutos.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO - O
estado de São Paulo elegeu o Tarcísio, o estado de São Paulo deu maioria ao
Bolsonaro e elegeu o policial federal que prendeu o Lula também, o Danilo
Campetti. Então, mais um motivo para nos orgulharmos de sermos paulistas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputado Lucas. Obrigado, deputado Danilo Campetti. Com a palavra, V. Exa.,
deputada Letícia Aguiar.
A
SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., lhe dou
as boas-vindas a esta Casa, que Deus o abençoe e conte comigo para o que tiver
necessidade aqui nesta Casa. Quero cumprimentar meus colegas aqui presentes,
servidores da Casa e quem nos acompanha pela Rede Alesp.
Bom, hoje eu
quero vir a esta tribuna, no retorno do recesso parlamentar, para dizer, eu fui
processada. Pois é, eu fui processada por usar a minha voz, eu fui processada
por dizer algo que me deixou completamente indignada.
E se você me
acompanha aqui há algum tempo, você vai entender por que eu estou indignada e
certamente você vai se indignar novamente quando eu colocar essas imagens.
Machado, por gentileza, ponha na tela a imagem desta ocorrência.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Aí é um
criminoso que foi levado por três guardas municipais de Mogi Mirim para a
delegacia e ali é devolvida a ele, na delegacia, uma réplica de arma de fogo,
um simulacro que ele estava portando. É devolvida a ele, como vocês podem ver.
Ele levanta,
coloca a réplica de arma de fogo na cintura, questiona ali os guardas
municipais que fizeram o seu trabalho de levá-lo à delegacia e ele é libertado
pela porta da frente. Pode parar aí, por favor, Machado.
Eu trouxe essas
imagens aqui em agosto de 2023, quando trouxeram até mim esta cena bizarra,
absurda. Quem, em qualquer entendimento, qualquer pessoa consegue aceitar que
um criminoso, alguém que cometeu um crime, que tem uma réplica de arma de fogo,
que é levado por policiais pela Guarda Municipal para a delegacia e é libertado
e é devolvido a ele a arma de fogo, a réplica de arma de fogo? E essa réplica
foi reutilizada por ele dias depois num outro crime.
Então eu vim a
esta tribuna, revoltada, indignada, obviamente, e coloquei a minha indignação.
E adivinhem, o delegado que devolveu a réplica de arma de fogo para este
criminoso processou esta deputada, processou por eu utilizar a minha voz. Voz
esta que tem orgulho de representar no estado de São Paulo, voz esta que ecoa
por justiça, por verdade, que ecoa defendendo os nossos guardas municipais, a
nossa Segurança Pública, os nossos policiais. Eu estou do lado certo, do lado
correto.
Agosto de 2023,
nós estamos já em 2025, agora em fevereiro de 2025, e aqui está, estou com a
sentença em mãos do processo que levei por danos morais, por utilizar a minha
voz e defender aquilo que eu acredito. Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo. Comarca de Mogi Guaçu. Aqui está a sentença, em minhas mãos. Vou ler
apenas um trecho da decisão do juiz:
“A requerida
deputada estadual proferiu as palavras postas na inicial em atuação legislativa
e não pode ser punida por suas opiniões, quando se vê que não extrapolou os
limites impostos por lei.
Portanto, não
há nos autos comprovação de que a deputada tenha praticado qualquer ato
ilícito, tampouco causado constrangimento, humilhação ou exposição pública ao
autor, inexistindo elementos mínimos que fundamentem a configuração de danos
morais ou justifiquem a exclusão do vídeo das redes sociais. Diante do exposto,
julgo improcedente o pedido.”
Perdeu, doutor.
O senhor perdeu, porque quem ganhou foi a verdade. Quem ganhou foi a justiça,
mas quem perdeu mesmo foram os guardas municipais que foram prejudicados por
sua atitude. Os guardas municipais, as suas famílias. Eles ficaram mais de 90
dias presos. Foram julgados, perderam a liberdade deles, foram expostos a danos
que são irreparáveis.
E o senhor
tentou calar uma mulher, uma parlamentar, a presidente da Frente Parlamentar em
Defesa e Valorização das Guardas Municipais do Estado de São Paulo, uma voz que
foi eleita para ser voz e não para ser calada e cerceada na sua liberdade de
expressão, de expressar aquilo em que acredito, de expressar aquilo que
represento, que são os meus eleitores, que é o estado de São Paulo e que é a
Segurança Pública de verdade.
Espero que esse
seja um exemplo para que a gente não se cale diante das injustiças e que cada
político, cada parlamentar, cada eleitor que escolheu a mim para representá-lo
saibam que vocês têm aqui uma deputada corajosa, firme, que jamais vai desistir
de falar o que é correto e de defender o que é correto.
Nação Sangue
Azul Marinho, nós estamos juntos e iremos ficar juntos aqui representando a
cada um de vocês.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputada Letícia Aguiar. Com a palavra, a deputada Solange Freitas. Comunico à
deputada que o Pequeno Expediente está terminando, pelo período de dois minutos
e 30 segundos, por favor.
A
SRA. SOLANGE FREITAS - UNIÃO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde. Vou ser breve, deputado, muito
obrigada por ainda dar tempo de me dar a palavra.
Aliás, deputada
Letícia, estamos juntas nessa luta. Parabéns pela luta. É um absurdo o que
aconteceu. No que precisar de nós para estarmos juntas, lutando contra esses
absurdos, nós estaremos. Uma deputada que luta para ajudar a segurança pública
ainda ser processada por um delegado que toma uma atitude dessas? Absurdo, mas
estamos juntas nessa luta.
Quem me
acompanha todos os dias, já desde o início do meu mandato, sabe que venho
lutando incansavelmente pelo ar condicionado nos ônibus intermunicipais da
Baixada Santista. Quando eu era repórter, eu já tinha feito inúmeras -
inúmeras! - reportagens mostrando os transtornos dos trabalhadores nos ônibus
lotados, em horários de pico, naquele “calorão”.
Quando assumi
como deputada, eu falei: “Vou pegar essa bandeira, porque não é possível que
estamos ainda, no ano de 2023,” - que foi quando a gente assumiu - “ainda com
ônibus sem ar condicionado”.
Bom, comecei
uma grande batalha para que isso acontecesse. Fiz vários requerimentos, vários
pedidos, muitas reuniões com a EMTU. Fiz o pedido pessoalmente para o
governador Tarcísio, que falou que iria ver o que poderia ser feito. Fiz um
abaixo-assinado, chamei a população para me ajudar nessa luta. O
abaixo-assinado foi feito, conseguimos 10 mil assinaturas e o governador
atendeu o nosso pedido.
Ele realmente
fez um estudo e comprou, adquiriu 100 ônibus com ar condicionado para a Baixada
Santista. É o fim da sauna móvel, é a luta que comecei no meu mandato pelo fim
da sauna móvel. Todos os dias, nas minhas redes sociais, eu colocava lá: “Pelo
fim da sauna móvel”. O trabalhador sofria todos os dias.
Conseguimos 100
ônibus com ar condicionado, foi uma grande vitória, porque nunca teve ônibus
com ar condicionado na Baixada Santista. Pela primeira vez, tem. Temos as
imagens aí.
Até bloquinho
de carnaval eu fiz no Carnaval, no ano passado. Eu e minha equipe fizemos o
Bloquinho pelo Fim da Sauna Móvel. Em vez de pular Carnaval, a gente estava nas
ruas pedindo para o pessoal assinar o nosso abaixo-assinado e conseguir o
bendito ar.
O governador
Tarcísio nos atendeu, comprou 100 ônibus com ar-condicionado, e milhares de
pessoas hoje estão usando esses ônibus, mas a frota é ainda maior, são
quatrocentos. A nossa luta continua.
Já vou
terminar. A nossa luta continua, mas, sabendo que outras regiões do estado de
São Paulo também têm ônibus sem ar-condicionado, estou protocolando nesta Casa
um projeto de lei para exigir que, no transporte público coletivo
intermunicipal, todos os ônibus tenham ar-condicionado.
Já protocolei
esse projeto de lei aqui na Casa. Peço ajuda dos deputados nessa grande batalha
para que todos os ônibus intermunicipais no estado de São Paulo tenham
ar-condicionado.
Já que as
empresas não fazem pelo amor, vai pela dor, ou melhor, pela lei. Estamos
juntos, deputados? Então vamos que vamos conseguir ar-condicionado em toda a
frota intermunicipal do estado de São Paulo.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Obrigado,
deputada. Encerrando o Pequeno Expediente do dia 5 de fevereiro de 2025,
declaro aberto o Grande Expediente, às 15 horas e 01 minuto.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Vou fazer a
leitura da lista de oradores inscritos. Deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.)
Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado
Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado
Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputada Solange
Freitas, cessão do deputado Rafael Saraiva.
Vou passar a Presidência para deputada
Solange Freitas.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Solange
Freitas.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Próximo
orador, deputado Danilo Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, deputada
Solange Freitas, nossa presidente. Quero reiterar os cumprimentos já feitos
aqui no Pequeno Expediente.
Eu retorno,
presidente, a esta tribuna para que nós possamos fazer uma reflexão, reflexão
de que o tempo cura as chagas do corpo, cura as chagas da alma. O tempo é
aquela marcha inexorável que não pode ser freada. O tempo esclarece, o tempo
nos traz confirmações, certezas.
Ficamos muito
felizes em saber que aquelas pautas que nós defendemos seguiram no caminho
certo. Aquelas pautas que nós apoiamos aqui, aquelas pautas que nós defendemos
antes até de o governador Tarcísio assumir o Governo do Estado de São Paulo,
antes de o governador Tarcísio ser o governador Tarcísio, aquelas pautas de
economia liberal, pautas conservadoras, realmente refletem os anseios da
população.
São várias,
várias vitórias aqui do governador Tarcísio. Nós poderíamos citar, como
oradores anteriores a mim falaram, seja dentro das melhoras econômicas do
estado, da reforma administrativa que começou; seja da valorização dos
policiais, que obtiveram em média 20,2% em 2023, terão aumento agora porque
está no Orçamento; seja das repercussões para o Estado.
O estado hoje
tem 40 bilhões no Orçamento, 35 desses bilhões para investimento, seja em
melhoria nas escolas... Hoje, com dois leilões que foram feitos na Bolsa de
Valores aqui em São Paulo, dois dos nove leilões que foram feitos, uma maratona
de leilões colocou o estado na direção certa, no caminho do progresso, da
prosperidade.
Haverá salas de
aula climatizadas, mais de mil salas de aula climatizadas; são mais de duas mil
escolas sendo reformadas, a reestruturação na valorização dos professores, ou
seja, com esses leilões agora, os professores, os diretores, os coordenadores
só se preocuparão com a parte pedagógica.
A
concessionária é que vai se preocupar com alimentação, com a manutenção do
prédio. O diretor não vai mais acumular isso, pelo menos nessas 33 escolas em
29 cidades, que vão beneficiar mais de seis mil alunos, pelo menos nessa fase
inicial.
Avanços que
também trouxeram para São Paulo as escolas cívico-militares, que é uma opção
ali para os pais, que é uma opção ali e tem critérios, objetivos determinados.
Mas eu acho que o marco mais importante, o marco mais importante foi a
privatização, a desestatização da Sabesp.
Machado, se
puder passar o vídeo.
* * *
- É feita a
exibição.
* * *
Reconhecida
internacionalmente. Para vocês que estão nos acompanhando, senhoras e senhores,
essas são imagens da abertura da Bolsa de Nova York. O governador Tarcísio
recebeu um prêmio internacional, Deals of the Year Awards, está aí a foto, da
revista “LatinFinance”.
A Sabesp está
investindo esse ano, a previsão em 2025, 15 bilhões, 15 bilhões, três vezes
mais do que investia no ano passado, nos anos passados, que era uma média de
cinco bilhões.
Então, o tempo
comprova, os fatos comprovam que o governador Tarcísio está cumprindo todos
aqueles compromissos que fez antes de assumir e que esses compromissos trarão,
sim, já estão trazendo a prosperidade para o estado de São Paulo, um estado
enxuto, 27%, por exemplo, a menos de cargos no Metrô, um estado que tem que ser
mínimo.
O que der, o
que for possível privatizar, tem que ser privatizado para o estado poder
prestar, nos serviços essenciais, prestar aquele serviço com qualidade, que é o
que o cidadão merece.
Não é o que
está fazendo, por exemplo, o governo federal. O governo federal que hoje está
perdido, porque tem 39 ministérios, e nem com 39 ministérios consegue ter uma
estabilidade política para votar os seus projetos.
É um governo
que se rende, o governo federal se rende àquela política antiga, àquela
política analógica. Não, não é isso que nós queremos aqui para São Paulo. Nós
queremos para São Paulo é Tarcísio de Freitas. É isso, é o reconhecimento
internacional.
Enquanto o
governo federal nos envergonha com atitudes, como eu falei no meu outro pronunciamento,
fomos um dos sete países que marcou presença na Venezuela. Enquanto nós
passamos... O atual presidente diz que resolve uma guerra numa mesinha de bar,
tomando cerveja. E a picanha, e a cervejinha, e aí troca a laranja por outra
fruta, ou então pega o café, faz um café mais fraco, que subiu 60%, aliás, 40%,
60 reais o quilo do café. Não, nós não queremos isso para São Paulo, nós não
queremos isso para o Brasil.
Nós queremos
que o governo federal possa olhar a gestão do governador Tarcísio aqui em São
Paulo, que serve de base, sim, para uma política econômica que pode ser
difundida.
São Paulo
representa um terço do PIB nacional, 22% dos brasileiros moram em São Paulo.
Nós aqui, nesta Assembleia, representamos 44 milhões de brasileiros. Não é possível
que o que está dando certo aqui em São Paulo não possa ecoar para o Brasil.
Temos a
Polícia, as polícias mais preparadas do País, uma diretriz de segurança, que é
exemplo, porque combate, vai para o enfrentamento contra o crime organizado.
Uma polícia que
atende, a Polícia Militar atende 30 milhões de ligações 190. Dessas 30 milhões,
18 milhões geram despacho, ou seja, 18 milhões de viaturas no ano chegam a
locais onde está tendo algum problema, 52 mil ocorrências por dia.
Uma instituição
que foi valorizada ontem, teve uma cerimônia de valorização aqui, muito
bem-feita pela Assembleia Legislativa. Eu fico feliz, porque foi no esteio dos
190 anos, muito bem-feita, também pelo nosso presidente André do Prado.
Uma polícia que
é exemplo, eu posso dizer, porque eu sou professor na Academia Nacional de
Polícia, eu formei várias turmas de policiais em Brasília e eu conheço a
polícia aqui de São Paulo, o corpo docente, conheço os policiais, sei da
dedicação desses homens e mulheres, sei da formação deles.
São Paulo
enfrenta o crime e São Paulo não vai se curvar. O programa “São Paulo na
Direção Certa” já reduziu o Estado, negociou subvenções, subsídios tributários,
conseguiu reduzir o Estado, conseguiu prestigiar as instituições, conseguiu
otimizar a gestão de uma forma positiva, os resultados estão aí. São números,
nós temos que nos basear em dados e evidências, dados e evidências, e os dados
e os indicadores estão aí: 3,4 a menos de homicídios, temos o índice de 5,9
mortes por 100 mil habitantes, enquanto estados que são governados pela
oposição têm índice de quase 30 mortes a cada 100 mil habitantes. Então, São
Paulo é exemplo.
E não é só esse
indicador, presidente. Temos o indicador de roubos. Roubos e furtos diminuíram
15 por cento. Então, São Paulo se faz como um dos estados mais seguros do País,
São Paulo está na direção certa, a Segurança Pública do estado de São Paulo
está na direção certa.
Por isso, eu
deixo aqui o meu cumprimento ao secretário Derrite, ao governador Tarcísio e a
toda a sua equipe pelo excelente desempenho na gestão do estado de São Paulo.
Parabéns, que
Deus abençoe a todos.
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito
obrigada, deputado Danilo Campetti.
Continuando a lista de oradores, agora
no Grande Expediente, deputado Gil Diniz. (Pausa.) Itamar Borges. (Pausa.) Leci
Brandão. (Pausa.) Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Edson Giriboni. (Pausa.) Luiz
Claudio Marcolino. (Pausa.) Barros Munhoz. (Pausa.) Conte Lopes. (Pausa.)
Teonilio Barba. (Pausa.) Jorge Wilson. (Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.)
Guilherme Cortez. (Pausa.) Ediane Maria. (Pausa.) Leonardo Siqueira. (Pausa.)
Danilo Balas. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Paulo Fiorilo.
Vai falar, deputado Paulo Fiorilo?
É regimental, o senhor tem dez minutos.
O
SR. PAULO FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, Srs. Deputados, aqueles que nos
acompanham pela Rede Alesp, assessoria, assessoria militar, hoje nós tivemos a
oportunidade de comemorar os 190 anos da Assembleia Legislativa, desta Casa,
uma casa que tem muita história. Hoje, de uma forma ou de outra, essa história
foi recuperada não só através do livro que foi entregue aos deputados, mas
também das várias falas que foram feitas ao longo da cerimônia.
Algumas dessas
falas me chamaram a atenção, uma delas a do presidente do Tribunal de Contas,
quando ele fez referência ao deputado que instituiu, por lei, o ensino
gratuito, obrigatório e gratuito.
Isso mostrou e
mostra a importância que teve a Assembleia naquele momento. E outra fala que
também tem muito a ver com isso, se não me engano acho que foi do governador,
que fez referência ao projeto que nós aprovamos aqui, iniciativa da deputada
Marina Helou, sobre os celulares nas escolas.
Eu acho que nós
temos dado passos importantes. É verdade que muitas vezes os passos são para
trás, infelizmente, muito em função daqueles que governam, quando propõem as
suas pautas.
Por exemplo, se
a gente teve o primeiro deputado, lá em 1837, que aprova um projeto da
Educação, a gente teve agora um governador que propôs tirar 11 bilhões da
Educação. Na realidade, a gente tem que avaliar o estado a partir dos números:
11 bilhões é um número vultoso. Cinco por cento da Educação serão retirados
para flexibilizar o uso.
Um outro dado
importante: a venda de patrimônio público. A Sabesp - esta Casa aprovou a
entrega do maior patrimônio deste Estado, construído com suor, sangue, lágrimas
de muitos trabalhadores. Uma empresa lucrativa, com um ativo impressionante.
A gente tem que
olhar os números. Mas eu quero falar de outros números. O governador não falou,
não tem falado, mas eu vou aproveitar aqui, até porque já foi motivo de debate.
São Paulo bate o recorde de receita com a ajuda de tributo sobre a herança e
parcelamento de ICMS. O ICMS do Estado tem crescido muito.
E uma das
formas para fazer crescer é o aumento da gasolina e do álcool. Uma coisa
impressionante: o governador aumentou em 0,10 centavos... Não só o governador
deste Estado; aliás, de todos os outros estados.
Esse 0,10
centavos tem um impacto, não só em quem tem carro; tem impacto também naqueles
que vão ao supermercado, depois vão pegar ônibus e assim por diante. Mas esse
não foi o único aumento: ele já fez outros aumentos.
Então nós
estamos vivendo, no estado... A gente precisa ter os números. E infelizmente a
gente percebe que os números não são tão benéficos, tão positivos como a gente
tem visto.
Eu ouço sempre
as críticas ao governo federal: governo federal e tal. O governo federal, do
Lula, assume o governo anterior, que era do Bolsonaro, que tentou se reeleger a
qualquer custo.
Pôs Polícia
Rodoviária Federal para bloquear ônibus, reduziu ICMS dos estados, fez
embaixada com o chapéu dos outros para poder ganhar a eleição; fez, assim, de
tudo. O que traz, óbvio, consequências para o governo seguinte, que tem que
tentar equacionar ajuste fiscal, devolver os recursos que eram necessários, e
assim por diante, para os estados.
Bom, é preciso
dizer isso, mas é preciso dizer mais. O governador publicou um artigo no final
do ano dizendo que o estado está no rumo certo. Mas assim: é preciso mostrar
onde estão as mazelas também, porque se o estado está no rumo certo, não está
tudo certo.
Eu ouvi o
deputado que me antecedeu falar dos números da Segurança Pública e tal. E eu
não vi nenhum governista, nem o governador, nem a nota, nem o texto que foi
lido aqui pelo secretário, e nenhum outro deputado colocar o dedo na ferida.
O estado de São
Paulo está vivendo a maior crise na Segurança Pública. Eu vou repetir: o estado
de São Paulo está vivendo a maior crise na Segurança Pública. Sabe por quê?
Porque nós corremos o risco de ter o crime organizado tomando conta das
instituições.
A gente está...
Opa, o deputado Campetti está bravo. A gente tem, a cada dia, uma notícia de
envolvimento de alguns policiais, ou civis ou militares... Eu vou continuar,
fica tranquilo, deputado Campetti. Sabe por quê? A instituição tem que ser
valorizada, mas é preciso extirpar o câncer que se instalou. Ou a gente faz
isso ou passa a mão na cabeça.
E eu estou
vendo muita gente passando a mão na cabeça. Aliás, eu vou dizer ao senhor: nós
propusemos, no Colégio de Líderes, que viesse aqui, para falar com os
deputados, o PGJ, Dr. Paulo Sérgio, e o secretário. O PGJ veio. O secretário
está com uma dificuldade enorme; acho que está sem helicóptero, está sem avião.
Talvez esteja com um problema de locomoção, porque está difícil para vir.
Na última
reunião, a gente fez uma conversa, e eu acho que o senhor estava na reunião,
inclusive. O presidente, imbuído em dar respostas para a Assembleia, garantiu a
vinda do comandante Cássio, que é importante, e também deve vir o... O Artur,
né, da Polícia Civil? Isso. E possivelmente o Artur, que estava hoje,
inclusive, no evento, e eu conversei com ele.
Mas ainda é
preciso trazer o secretário, porque a gente não pode passar a mão. E eu vou de
novo aqui: eu defendo a instituição; o que eu não defendo é a apropriação da
instituição pelo governo.
E é isso o que
tem acontecido neste Estado. Quando o governador indica um secretário que
aparelha, que troca as referências policiais da forma como fez, significa
apropriação do estado.
E eu falei isso
e vou falar de novo. Nós não podemos nos apropriar das instituições. As
instituições estão acima dos governos. Agora o que nós não podemos permitir é
que isso aqui ocorra no estado de São Paulo. A gente está vendo o crime
organizado infiltrado... Agora eu tenho outra denúncia que, assim, o delegado
da Polícia Civil foi preso; é um delegado de classe superior, classe especial,
e foi detido.
A gente tem uma
outra coisa. Denúncia hoje de manhã, ontem à noite, sobre celulares com os
policiais presos. Estamos vivendo o total descontrole. Eu estive com o
comandante Cássio, vou falar aqui... Aliás, eu fui um dos que sugeriu ao
comandante que viesse para poder explicar o que está sendo feito.
E nós vamos
precisar mexer em determinadas situações na polícia para poder, de fato,
resolver essa situação. Vou dar dois exemplos - e um é dele. Tem um capitão que
foi afastado, só que ele ganhou e voltou. O capitão você coloca aonde? Porque
ele está acima de muita gente. Então é preciso ter normas para poder evitar
esse tipo de coisa.
Segundo
problema: a gente sabe que o salário dos policiais é insuficiente. O governador
disse que ele pagaria o melhor salário do País. A gente não esquece o que o
governador fala. Não conseguiu. Ainda não conseguiu. Ainda não conseguiu. Ainda
não conseguiu... Nós estamos já no terceiro ano.
Bom, o que o
comandante diz: “Olha, a Operação Delegada poderia ser uma boa alternativa. O
problema é que só tenho seis mil vagas para um efetivo de 80 mil.” Então,
assim, é preciso buscar saídas. Nós apresentamos um projeto, nós levamos para o
comandante...
Aliás, eu vou
sugerir ao deputado Campetti que pudesse olhar, até porque é um homem
experiente, participou de várias operações, deve ter conhecimento acumulado
para ajudar nesse debate. O projeto de lei que a gente apresentou propõe tentar
resolver alguns problemas que a polícia tem enfrentado: a questão da
transparência, a questão das punições.
Então uma delas
é esse exemplo do capitão, que a gente precisa pensar o que fazer. É preciso
mexer na instituição. Nós não podemos achar “não, está tudo certo, é um caso,
dois casos”. Não, tem 17 presos. Têm mais situações sendo desvendadas. A gente
tem Polícia Federal, a gente tem Polícia Civil, a gente tem um monte de
instituições que estão investigando.
Eu quero
terminar dizendo o seguinte: eu tenho pela Polícia Militar do Estado de São
Paulo toda a gratidão e a referência da importância de uma polícia bem
equipada, bem paga, capacitada para defender o cidadão. Agora nós não podemos
fechar os olhos. Se a gente fizer isso nós não abriremos mais, porque eu já
falei no Colégio de Líderes e vou terminar, a gente viu o crime organizado na
disputa eleitoral.
O senhor é de
uma cidade do interior, uma cidade visada - o senhor sabe disso - pelo tráfico.
A gente sabe de cidades... Porque está na confluência... A gente sabe de
cidades em que teve candidato nosso aqui que foi proibido de fazer
campanha. Então se a gente... Olha lá, o
deputado Campetti tem exemplos disso, Paraisópolis, mas a gente teve em outras
cidades. Eu não vou declinar aqui, porque a lista é grande.
Então se a
gente achar que está tudo bem, vamos comemorar os 190 anos, beleza e tal, sem
olhar o que está acontecendo, nós vamos correr um sério risco de perder o
controle não só da Segurança Pública, mas das outras instituições.
Eu vou
encerrar. A gente viu recentemente um caso de uma pessoa que passou em um
concurso público, que era ligado ao PCC, que ia entrar no MP. A gente viu que
tinha gente dentro do MP que estava vazando informação. A mesma coisa na
polícia.
Então quando eu
faço referência à polícia, não estou fazendo só à polícia, eu estou dizendo que
a gente vive uma crise grave que pode envolver várias instituições. Ou nós
chamamos a responsabilidade para a Assembleia ou nós corremos o risco de não
ter mais Assembleia.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para uma
comunicação, Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito
obrigada, deputado Paulo Fiorilo. Pode falar, deputado.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Eu agradeço e aproveito até a presença
do deputado Paulo Fiorilo para dizer realmente, deputado Paulo, o Governo do
Estado de São Paulo, a Secretaria de Segurança, tanto está combatendo as maças
podres, que tem 17 policiais presos. As investigações estão em andamento e
ninguém aqui vai passar pano para nenhuma situação na Segurança Pública.
A Segurança
Pública aqui em São Paulo é referência e os indicadores dizem isso. Mas eu vou
aproveitar a presença do deputado Paulo. Eu queria que o... Se o Machado puder
passar o vídeo lá do Rodoanel. Porque no último congresso de comissões,
deputado Paulo, V. Exa. falou sobre as obras do Rodoanel, e me convidou para
que a gente fosse até o local.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
Então ali é um
canteiro de obras. Vossa Excelência disse que tinha parado as obras lá. Então
V. Exa. me convidou para ir junto com Vossa Excelência. Eu reitero o convite.
Inclusive falei com o secretário Benini para que nós pudéssemos agendar. Eu
gostaria de que V. Exa. viesse para que a gente estivesse lá no Rodoanel para
acompanhar as obras que estão em pleno andamento.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada,
deputado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sra. Presidente, para
uma comunicação só para eu poder... Como eu fui citado nominalmente.
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Obrigada,
deputado Danilo Campetti. Deputado Paulo Fiorilo?
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Se a senhora quiser
chamar o próximo orador, eu...
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Não, pode fazer
a comunicação.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado. Bom, primeiro, eu quero aqui, de público, aceitar
o convite que fiz. Então, assim, nós vamos fazer a visita. Como o senhor já
falou com o secretário, ajuda muito porque, às vezes, tem uma certa burocracia.
Eu,
normalmente, sou um deputado que atua muito na cidade, em que pese também ter
agendas no interior. Eu passo invariavelmente por lá. Eu fiz uma visita àquela
região do Rodoanel já há algum tempo. A informação que eu trouxe ao Colégio de
Líderes na época é que a obra não tinha sido retomada. Inclusive, eu sugeri que
a gente pudesse verificar.
Fico feliz que
o senhor teve a oportunidade de verificar, conversou com o secretário. Nós
vamos poder visitar, porque é uma parte importante da obra que precisa ser
concluída para poder desafogar, de fato, o trânsito, gerar emprego e assim por
diante.
Então eu queria
me colocar à disposição para fazer isso, até para a gente poder verificar em um
bloco essa situação.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada,
deputado Paulo Fiorilo. Continuando a lista de oradores, deputado Dr. Jorge do
Carmo. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.)
Deputado Edson Giriboni, cessão do deputado Atila Jacomussi. Muito bem-vindo de
volta a esta Casa, deputado Giriboni.
O
SR. EDSON GIRIBONI - UNIÃO - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Solange, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, todos que estão nos acompanhando aqui na Assembleia Legislativa de
São Paulo, queria cumprimentar a todos. Dizer da minha satisfação de retornar a
esta Casa depois de dois anos como primeiro suplente, retornando agora no lugar
do deputado Edmir Chedid, que foi eleito prefeito em Bragança Paulista.
Eu queria,
neste momento, agradecer a Deus, agradecer a minha família, a minha equipe,
todos que confiaram no nosso nome para este mandato que nós iniciamos agora,
procurando aqui representar, principalmente, a região sudoeste e o Vale do
Ribeira. Além do trabalho institucional a favor de todo o estado de São Paulo.
Estou muito
entusiasmado, com muita disposição, para que a gente possa fazer esses dois
anos se transformarem em quatro anos de resultados junto aqui a Assembleia
Legislativa, junto aos nossos prefeitos, às nossas lideranças e,
principalmente, junto ao governador Tarcísio, que tem feito um grande governo.
Mas eu queria
também deixar aqui registradas algumas demandas importantes que nós temos em
relação à região sudoeste e o Vale do Ribeira, região que eu represento nesta
Casa de Leis.
Nós temos aí o
compromisso do governador para um novo hospital regional na cidade de
Itapetininga. A gente pede ao governo Tarcísio que esse trajeto seja muito bem
acompanhado, tratado com prioridade para que a gente possa ter esse tão sonhado
que vai atender não só a região de Itapetininga, mas toda a região sudoeste e o
Vale do Ribeira, aproximando um pouco mais das nossas necessidades, em uma área
tão sensível como a Saúde Pública.
Temos uma
demanda importante para a região que é a duplicação da SP-258, Rodovia
Francisco Alves Negrão, de Capão Bonito até a divisa com o estado do Paraná, no
município de Itararé.
Uma frente
parlamentar que eu já tinha lançado no meu último mandato. Já teve início com a
duplicação do entorno da cidade de Itapeva, mas é importante que o Governo do
Estado, através da Arsesp, agilize os procedimentos com a conclusão do projeto
executivo.
Para que nós
possamos ter um aditivo contratual importante para essa importante ligação do centro
do Brasil ao Sul do Brasil, totalmente duplicada, sem precisar passar pela
Região Metropolitana de São Paulo, desafogando esse trânsito intenso, esse
congestionamento que nós temos na Região Metropolitana de São Paulo.
Temos também a
expectativa das ações junto à Prefeitura de Itapetininga, com o aeroporto
municipal na cidade de Itapetininga, em uma parceria com o Governo do Estado,
uma ação importante também do Governo do Estado a favor da região de
Itapetininga. No alto Vale do Ribeira, nós temos duas estradas fundamentais sob
a responsabilidade do DER, que precisam ser pavimentadas, recuperadas.
É a SP-249,
entre Apiaí e Ribeirão Branco; e a SP-168, entre Apiaí e Iporanga,
importantíssima para o desenvolvimento do Vale do Ribeira, uma das regiões menos
desenvolvidas do estado de São Paulo.
Precisamos
também da conclusão da vicinal Apiaí-Itaoca, que também foi licitada. Agora a
gente está na expectativa de que possa ter sequência agora no governo Tarcísio.
Nós temos
também uma demanda na nossa região, principalmente na cidade de Itapetininga,
que é o atendimento aos conveniados do Iamspe. A gente pede também uma
estruturação melhor, uma ampliação do atendimento aos funcionários públicos da
região de Itapetininga.
Temos também um
conflito com os mutuários do CDHU. Fui procurado por moradores de CDHU com
renegociações com valores muito altos, o que está impossibilitando que as
pessoas paguem as suas mensalidades. E ações judiciais, despejos, apartamentos
vazios. Acho que tem um problema sério para ser equacionado, para ser melhor
negociadas essas ações com a CDHU.
Eu abri também
um canal de comunicação com a população, e tenho recebido muitas demandas. Eu
acho que o papel desta Casa é se aproximar cada vez mais da população, escutar
a população.
Para que a
gente possa, através do nosso trabalho, sejam ações da Assembleia Legislativa,
através de projetos de lei, sejam ações junto ao Governo do Estado, para que a
gente possa atender melhor a população que confiou no nosso mandato.
Nós temos por
exemplo, Isabel Guidio, lá de Ipaussu, solicita melhorias na rodovia entre
Ipaussu e Santa Cruz do Rio Pardo. Antonieta Momberg, de Guareí, pede uma
atenção especial para o interior, para que a gente possa trazer mais
desenvolvimento, principalmente as pequenas e médias cidades.
Maria José, de
Itapetininga, ressalta a necessidade de agilizar as cirurgias eletivas, tendo
em vista que tem pacientes, há vários anos, aguardando cirurgias, em uma fila
muito demorada, com muitos anos de estrada.
Samuel de Souza
sugere a implantação do programa “Bom Prato”, para as cidades acima de 100 mil
habitantes, modificando a determinação do Governo do Estado, para as cidades
acima de 2 mil habitantes.
Essas são
algumas das manifestações que nós temos recebido da população. O nosso papel,
enquanto deputado, é a gente poder estar próximo da população, poder sentir as
demandas que nós recebemos. Para que a gente possa, através desta Casa de Leis,
ser um efetivo instrumento para melhorar a vida de todo o estado de São Paulo.
A gente sabe
que o Brasil vive um momento de turbulência. Mas o estado de São Paulo sempre é
o estado que puxa o Brasil. É o estado que tem que dar o exemplo. É o estado
que contribui para que o Brasil possa ser um país melhor.
Esta Casa, que
nesta semana completa 190 anos de existência, tem contribuído ao longo da
história. E o compromisso que nós temos, enquanto deputados da atual
legislatura, é continuar fazendo com que esta Casa seja proativa, seja
produtiva. E possa atender os anseios da população.
Então esse é o
nosso grande desafio que eu queria deixar registrado na nossa primeira
manifestação, no nosso retorno a esta Casa de Leis. Um grande trabalho, que
esta Casa possa, nos próximos anos, contribuir com o estado de São Paulo.
Contem com o
nosso trabalho.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito
obrigada, deputado Edson Giriboni. Continuando a lista de oradores, deputado
Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Dani Alonso. (Pausa.) Carlos Giannazi. O senhor tem o
tempo regimental de 10 minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente,
deputada Solange Freitas, de volta à tribuna no dia de hoje, eu queria dizer
que nesta semana houve a volta das aulas na rede estadual e nós vivemos uma das
maiores crises nessa área, com vários ataques ao Magistério, aos servidores da
Educação, aos alunos, praticamente em todas as áreas.
Nós tivemos a
redução do orçamento da Educação, redução que foi aprovada aqui pela Assembleia
Legislativa, através da PEC 9. Foi aprovada pela base do Governo, nós votamos
contrariamente.
Então, o
cenário é desolador. Salas fechadas, turnos fechados, alunos fora da escola,
sobretudo no período noturno, demissão em massa de professores, autoritarismo,
assédio moral, que nós denunciamos exaustivamente no ano passado e continuamos
denunciando neste ano.
Eu queria
chamar a atenção, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, para algo gravíssimo também
que está acontecendo do ponto de vista da área pedagógica. Todos se lembram de
que no ano passado nós tivemos uma luta imensa contra a retirada dos livros
didáticos das escolas estaduais.
O governador
Tarcísio de Freitas, através do seu secretário e empresário Renato Feder,
tentou retirar o livro didático da rede estadual de ensino e faria substituição
do livro didático por material digital.
Nós fomos ao
Tribunal de Justiça, entramos com uma ação popular, através do nosso mandato,
através do mandato da deputada federal Luciene Cavalcante, do PSOL, e através
do vereador Celso Giannazi, conseguimos deter essa retirada de livro didático.
No entanto, o governo continua sabotando o
livro didático e distribuindo apostila com vários erros, e material digital
também, com erros que nós denunciamos no ano passado, e agora nós recebemos
outros materiais com erros gravíssimos, induzindo os nossos alunos ao erro,
como, por exemplo, esses dois materiais que eu vou mostrar agora.
Essa é uma
apostila que o governo estadual - apostila do Tarcísio de Freitas, apostila do
Renato Feder - que o governo está distribuindo para a rede estadual. Aqui,
olha, é um material de história dizendo o seguinte: “a proclamação da República
do Brasil, ocorrida em 1989”, deputado Valdomiro. Um absurdo.
Que eu saiba, a
proclamação da República foi em 1889, e não em 1989. Um erro grave está aqui.
Essa apostila foi distribuída para toda a rede estadual de ensino. Os
professores de história estão horrorizados com esse erro, mas não tem só esse.
Tem um outro também, de uma outra apostila, de geografia, colocando o México na
América Central.
O México, que
eu saiba, e todos sabem disso, o México pertence à América do Norte. A América
do Norte é constituída pelo Canadá, pelos Estados Unidos e pelo México. Mas, na
apostila do Tarcísio de Freitas e do seu secretário empresário, Renato Feder, o
México fica na América Central. Acho que aqui eles já se anteciparam ao que o
Trump quer fazer. O Trump quer tirar o México, talvez, da América do Norte.
Então, um erro
grave aqui de geografia que induz o nosso aluno na rede estadual ao erro.
Então, o governo, além de continuar sabotando a utilização do livro didático,
porque o professor não tem tempo mais de usar o livro didático, ele é obrigado
a usar as plataformas digitais, os conteúdos digitais e essas apostilas com
vários erros. Isso é grave, isso é um atentado à Educação do estado de São
Paulo que nós não podemos permitir.
Nós estamos
cobrando que a Seduc faça a correção imediata desse material e de outros
materiais. São várias denúncias que chegam aqui à Assembleia Legislativa, ao
nosso gabinete e ao gabinete de outros deputados em relação a esse tema. Eu
queria fazer esse registro, Srs. Deputados e Deputadas, dizendo que a Educação
vai muito mal no estado de São Paulo, em todos os níveis e também do ponto de
vista pedagógico.
O secretário da
Educação sabe disso e, já preocupado com a falência, com o fracasso da sua
política educacional, ameaçou recentemente os diretores das escolas estaduais,
dizendo que as escolas que não atingirem as metas, os resultados, bons
resultados no Saresp e no Saeb serão afastados, serão transferidos.
Ele fez uma
ameaça pública aos diretores e reconheceu o fracasso da sua própria política
educacional, inclusive das plataformas digitais, que estão enriquecendo as
empresas e prejudicando, tirando a autonomia pedagógica dos professores e
prejudicando a aprendizagem dos nossos alunos. Então, quero fazer esse
registro, essa denúncia, e dizer que nós estamos tomando várias providências em
relação a esse tema.
Quero ainda,
Sr. Presidente, tratar de um outro assunto muito importante que nós estamos
acompanhando aqui na cidade de São Paulo, que é referente à proibição na
Avenida Paulista, que é aberta às atividades culturais aos domingos - a
Paulista é aberta ao público com várias atividades artísticas - e, no domingo
passado, houve a proibição de apresentação musical.
Todos os
músicos, grupos musicais foram proibidos de se apresentar na Avenida Paulista,
mesmo com uma legislação. Nós temos uma lei, que é justamente a Lei nº 16.607,
de 2016, que é a lei conhecida como “Ruas Abertas”, e essa lei não proíbe
atividade musical. Ao contrário, a atividade musical é uma das grandes atrações
da Avenida Paulista aos domingos.
E os músicos
foram surpreendidos com a proibição das apresentações, que é um absurdo, porque
o governo Ricardo Nunes, a gestão Ricardo Nunes já tinha atacado a Feira de
Antiguidades do Masp, uma feira que já existe há quase 50 anos. O que fez o
Ricardo Nunes, o prefeito de São Paulo?
Ele deu uma
concessão para o Masp de 20 anos, mas na concessão que ele fez, no documento,
no decreto que ele assinou, ele não colocou nenhuma cláusula, nenhum artigo
garantindo que a Feira Histórica de Antiguidades fosse realizada aos domingos
no vão livre do Masp, e o MASP não quer a feira.
Então a feira
foi escanteada, foi colocada em um outro lugar, sem condições adequadas. Então,
não satisfeito em já atacar a Feira de Antiguidades, que, repito, é uma feira
tradicional, histórica, que tem a ver com o turismo da cidade de São Paulo,
agora o prefeito ataca os músicos, proibindo música na Avenida Paulista.
Nós também
estamos tomando várias providências em relação a isso. Dia 09, domingo, haverá
um grande ato na Avenida Paulista, em frente ao Masp, às 11 horas da manhã, nós
estaremos lá. Estamos divulgando esse ato em defesa dos músicos, que nós
possamos continuar tendo atividade musical na Avenida Paulista, porque essa é
uma conquista da cidade de São Paulo.
E nós não vamos
permitir que um governo desse, agora já, com vários integrantes de
extrema-direita, porque a extrema-direita é contra a música, contra a Cultura,
contra a Educação, contra o bem-estar social, que eles ataquem uma conquista,
que é a abertura da Avenida Paulista e as suas atividades culturais, artísticas
e, sobretudo, na área da música.
E, por fim, Sr.
Presidente, eu quero aqui trazer o debate sobre a questão do reajuste do Piso
Nacional do Magistério. Saiu agora, recentemente, uma portaria do MEC,
referente à Lei nº 11.738, de 2008, na verdade, que é a lei que estabeleceu o
Piso Nacional do Magistério, dando um reajuste para o Piso Nacional do
Magistério de 6,27 por cento.
Então, com
isso, o piso nacional por 40 horas semanais vai para R$ 4.867,77, o que é pouco
por 40 horas semanais. Mas acontece que muitos prefeitos do estado de São
Paulo, das cidades, não cumprem a lei e, sobretudo, o próprio governador
Tarcísio de Freitas também não cumpre de forma adequada essa lei. Ele usa um
truque e dá o reajuste através de abono complementar, o que é proibido por lei.
E nós queremos
que haja punição, tanto para o governador, porque esse reajuste tem que ser
dado com repercussão em toda a carreira do Magistério, inclusive para os
aposentados. É o que determina a lei. E que os prefeitos também cumpram a lei,
Sr. Presidente. Isso é improbidade administrativa.
Defendemos que
haja punição. Infelizmente, o Tribunal de Contas apenas faz citação de
irregularidade, mas não há nenhuma punição para quem desrespeita a Lei do Piso
Nacional do Magistério, aprovada em 2008 pelo Congresso Nacional e sancionada e
reconhecida pelo próprio Supremo Tribunal Federal.
Ressalto ainda
que temos tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei muito importante
que resolve a situação, que vai criminalizar prefeitos e governadores que não
cumprirem ou que cumprirem de forma irregular a Lei do Piso Nacional Salarial,
que é o PL 961, de 2023, da professora, deputada federal, Luciene Cavalcante,
um projeto importante que vai criminalizar, que vai punir, repito, prefeitos e governadores
que não cumprirem a Lei do Piso Nacional Salarial, com repercussão em toda a
carreira, porque piso é piso, não é teto.
Então, fica
aqui o nosso registro e a nossa luta para que todos os prefeitos dos 645
municípios do estado de São Paulo paguem o piso nacional salarial corretamente,
inclusive respeitando a própria jornada do piso.
Era isso, Sr.
Presidente.
Muito obrigado.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Edson
Giriboni.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - EDSON GIRIBONI - UNIÃO - Dando
sequência aos oradores inscritos no Grande Expediente, convocamos a nobre
deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Mauro
Bragato. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.)
Deputada Professora Bebel. (Pausa.)
Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Dirceu
Dalben. (Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy.
(Pausa.) Deputado Emídio de Souza. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary.
(Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.)
Deputada Solange Freitas. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Marcos
Damasio. (Pausa.) Deputada Monica Seixas do Movimento Pretas. (Pausa.) Deputado
Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada Delegada
Graciela. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes.
Tem V. Exa. dez minutos regimentais.
O
SR. VALDOMIRO LOPES - PSB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, deputado Giriboni, que preside os trabalhos
desta tarde na nossa Assembleia.
Estou ocupando
esta tribuna para fazer um lamento. Não é um protesto, é um lamento muito
forte. Dizer que estou muito decepcionado com a atitude que o atual Governo de
São Paulo tomou com relação a um projeto de lei meu que teve um veto total e
que é um projeto muito importante.
Todos os
senhores e senhoras sabem que sou médico. Estou no meu quarto mandato de
deputado. Quando voltei agora, neste atual mandato, logo que assumi em 2023,
tomei conhecimento de um registro de preço que foi feito pela Secretaria
Estadual de Saúde.
Imaginem: o
governo do governador Tarcísio de Freitas se iniciou no dia 1º de janeiro de
2023. No dia 7 de janeiro - acredito que até o governador não soubesse desse
registro de preço -, foi publicado um registro de preços para a compra de um
medicamento chamado cannabis medicinal.
A cannabis
medicinal é um medicamento que tem sido usado para tratar principalmente
convulsões de crianças de espectro autista, convulsões de outras doenças, mas
existem estudos que mostram que ela está sendo aplicada em várias doenças
neurológicas, como, por exemplo, Parkinson, enfim, doenças dolorosas, vários
tipos de doenças.
É um
medicamento que custa caro e que não é distribuído pelo SUS, a não ser em
pequena quantidade em um número pequeno de doenças, cuja lei também foi
aprovada aqui pela Assembleia de São Paulo.
O que eu fiz?
Como deputado, fui pesquisar. Vocês sabem que o estado de São Paulo tem uma
fábrica de medicamentos chamada FURP. O que eu fiz? Peguei o registro de preço,
fui até a FURP e me reuni com o farmacêutico-chefe da FURP, o Dr. Ricardo. E
perguntei: “Dr. Ricardo, tem como a FURP ter os meios para fabricar aqui a
cannabis medicinal?” Ele falou: “Tem, deputado Valdomiro.”
Então eu gravei
um vídeo, que passei inclusive para o governador Tarcísio de Freitas, para o
secretário da Saúde, Dr. Eleuses Paiva, e nesse vídeo nós mostramos lá os
infusores, mostramos que, inclusive a Anvisa autoriza a FURP a fabricar a
cannabis medicinal.
E foi baseado
exatamente nisso, e baseado exatamente nessa ata de registro de preços que eu
pedi ao Dr. Ricardo que fizesse um custo de importar o IFA, que é um insumo
farmacêutico ativo, que vem da Áustria, vem da Colômbia, para poder fabricar a
cannabis medicinal, quanto custaria a medicação cannabis medicinal fabricada
pela FURP, em comparação com a ata de registro de preços.
E olha, pasmem
os senhores e senhoras, na Ata de Registro de Preços 200/2023, especificação
canabidiol, que é a cannabis medicinal, publicada em 9 de janeiro de 2023,
portanto, em janeiro, no início do governo Tarcísio de Freitas, com o valor de
61,00 reais por mililitro de canabidiol fabricado.
O frasco de 30
ml está sendo comprado, foi comprado pela Secretaria de Saúde, 30 ml por
1.830,00 reais. Se a FURP fabricasse esse mesmo medicamento, sabe quanto seria
o custo da FURP? Menos de 400,00 reais, uma imensa economia para o estado de
São Paulo. São Paulo poderia dar o exemplo para todo o Brasil com a fabricação
através da sua fábrica de remédios. Qual não foi a minha surpresa?
Então, fiz esse
projeto de lei, a minha surpresa foi na própria Assembleia de São Paulo. Eu
tive uma imensa dificuldade, ficando praticamente dois anos para convencer a
presidência da Assembleia a pautar esse projeto de lei, para convencer os
nossos líderes partidários todos, porque um ou dois líderes, que eu não vou
citar aqui por uma questão ética, eram contra a votação desse projeto. Mas depois
de muito trabalho e de muito convencimento, eu tive êxito e nós votamos esse
projeto, que virou lei aprovada pela Assembleia de São Paulo no finalzinho do
ano passado, dezembro do ano passado.
Eu fui ao
governador, expliquei para ele agora em janeiro: “Governador, gostaria muito
que o senhor sancionasse esse projeto de lei, porque ele representa uma
economia imensa e abre um leque importante para que todo o estado de São Paulo
e todas as pessoas que compram essa medicação, que compram e que não têm dinheiro
para fazer isso, porque não são atendidas pelo SUS, através da distribuição de
medicamentos gratuitos vão economizar nos seus tratamentos de dores, de dores
neurológicas, de doenças de Parkinson, as convulsões.
Tem exemplo de
crianças de espectro autista que tinham 30 convulsões por dia, com o uso da
cannabis medicinal, zeraram essas convulsões. Imagine os senhores e as
senhoras, se essa criança fosse o seu filho ou a sua filha o que isso poderia
representar.
Infelizmente, o
governador, que sempre me atende com muito carinho, com muita atenção, falou:
“Deputado, olha, eu acho que vou ter que acabar vetando, porque a FURP vai ser
transferida lá para o Butantan.” Eu disse: “Governador, não tem nada a ver. Se
transferir para o Butantan, continua a fabricação disso”.
A Furp vai ser
administrada pelo Butantan, mas por que não ela fabricar essa medicação tão
importante que é a cannabis medicinal, que vai ajudar tanta gente,
principalmente pessoas mais pobres, mais humildes, que hoje cotizam, às vezes,
a família, a coletividade para comprar um frasco desse, porque o SUS não dá?
Aí o Estado vai
fazer, naqueles casos que distribui, vai fazer uma imensa economia. Ao invés de
pagar, por 30 ml, 1.830, vai pagar por 30 ml menos de 400 reais, porque tem a
sua fábrica de remédios própria.
Acho que o
governador, tendo em vista até a boa relação que eu tenho com ele, porque tenho
ajudado muito o governo, e ajudo de coração, porque vejo um governador
bem-intencionado, vejo um governador que quer fazer São Paulo melhor, que quer
fazer muita coisa boa para o nosso estado, eu acho que ele não teve coragem de
vetar, mas pediu para o seu vice, o vice-governador, quando assumisse, na sua
ausência, fazer o veto total desse projeto de lei.
O que me deixou
com uma decepção muito grande, com uma tristeza muito grande, porque não tem
sido essa a postura do governo frente a vários assuntos que têm sido abordados
aqui.
Mas eu, como
tenho ajudado muito, me vejo na obrigação de vir aqui nesta tribuna como
deputado estadual, como médico, para mostrar esse equívoco grave, esse erro
grave que foi cometido pelo Governo de São Paulo. Todo erro tem conserto. Então
espero que quando vier para cá o projeto de lei, passando a Furp para o comando
do Butantan, que esse projeto possa vigorar de novo e possa ser fabricado esse
importante medicamento, cannabis medicinal, conhecido também como canabidiol,
nas suas várias variações importantes, pelo Butantan quando for administrar a
Furp. Mas não poderia deixar de vir a esta tribuna lamentar isso.
Estive hoje,
inclusive, com o governador Tarcísio, na comemoração dos 190 anos da nossa
Assembleia de São Paulo, estava lá também o meu grande amigo e irmão Gil Diniz,
para falar com ele do meu lamento e dizer a ele que eu viria a esta tribuna
hoje para fazer, não é o meu protesto, mas o meu alerta, porque um governo que
quer ser verdadeiro, que quer ser bom com as pessoas, não pode tomar esse tipo
de atitude que tomou no caso da cannabis medicinal e do canabidiol.
Um abraço, Sr.
Presidente.
Muito obrigado pela
oportunidade.
O
SR. PRESIDENTE - EDSON GIRIBONI - UNIÃO - Dando sequência
aos oradores inscritos no Grande Expediente, convocamos o nobre deputado Caio
França. (Pausa.) Nobre deputada Ana Perugini.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Como vice-líder do Partido Liberal, solicito tempo regimental pelo
Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - EDSON GIRIBONI - UNIÃO - Tem V. Exa.
cinco minutos regimentais.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PELO ART. 82 - Boa tarde, presidente.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Valdomiro Lopes.
* * *
Trocamos aqui
agora, o presidente Edson Giriboni estava na Presidência dos trabalhos, agora
meu amigo querido, que me deixou órfão ali no quarto andar, mudou do quarto
andar.
E iria lhe
dizer aqui: bem-vindo ao clube dos vetos. Foi o primeiro veto que o senhor
tomou? Bem-vindo ao clube dos vetos. Este deputado já tem nesta Legislatura
três projetos aprovados por este plenário e 100% de aproveitamento por parte do
Palácio, por parte do governador.
O Palácio dos
Bandeirantes tem sido muito afiado com, principalmente, os aliados do governo.
Três projetos, três vetos. Acho que eu já posso pedir música no “Fantástico”.
Primeiro projeto: sancionar e multar administrativamente quem invadir culto
religioso em São Paulo. Vetado.
Segundo projeto,
solicitado pelo cônsul da Coreia do Sul, para alterar o nome da estação
Tiradentes para Tiradentes-Coreia. E ele me deixou bem claro que ele não
queria, Dr. Valdomiro, que o nome da estação mudasse para Tiradentes-Coreia do
Sul; ele gostaria que fosse Tiradentes-Coreia, em homenagem a todo o povo
coreano, que são um único povo, dividido ali por política, por ideologia.
Consegui aprovar. Vetado.
Aí você vai ler
o veto: a direção do Metrô que tem que se reunir e alterar a nomenclatura das
estações. Ok. No mesmo dia, ou no dia posterior, mudaram o nome da estação
Jabaquara para estação Jabaquara-Comitê Paraolímpico.
Justa homenagem
para o Comitê Paraolímpico, só que a justificativa para este deputado, que
representa quase 200 mil paulistas aqui em São Paulo, caiu por terra, porque
ali não foi uma decisão do conselho do Metrô. Foi uma decisão de governo.
E, para minha
surpresa agora, mais um veto, no caso da funcional digital dos nossos
policiais. Sabe a carteira, deputado Valdomiro, a CNH que nós temos, hoje, no
celular?
Eu gostaria que
os nossos policiais, a força de Segurança, tivessem, além do seu documento
físico, o documento digital também. Foi vetado, integralmente. E aqui eu
preciso dar a mão à palmatória. Tinha um artigo lá que, realmente, estava
complicado. Salvo engano, o Art. 4º. Era só vetar. Um veto parcial, uma sanção
parcial.
Então me uno
aqui, não ao protesto, mas nós precisamos aqui falar olhando no olho. Então, da
mesma maneira como eu falo com o governador olhando no olho dele, falo com o
meu eleitor, falo para todos vocês: não é correto, não estão agindo
corretamente conosco, como nós estamos agindo com o Executivo Estadual. Não
está sendo aqui uma parceria do Parlamento com o Executivo. Pelo contrário, é
veto pelo veto.
Houve projetos,
aqui, claramente inconstitucionais que foram sancionados. E a sanção do
governador sanou o vício constitucional. E, se for inconstitucional, alguém vai
entrar com uma Adin e vai acabar derrubando.
Mas, como os
amigos sabem que aqui eles têm parceiros sinceros, corretos, que não vão
boicotar o governo por conta disso, que às vezes ficam irritados, acabam
falando, né...
Hoje foi falado
de “sincericídio”. Aqui não é “sincericídio”, não; aqui é verdade. Aqui é olhar
no olho e falar o que a gente carrega no coração. Se gostarem, bem; se não
gostarem, paciência. Não vai ser por isso que eu vou boicotar o governador.
Como eu disse:
sou da base do Governo, mas esse tipo de ação, esse tipo de atitude,
principalmente quando a gente vê projetos de deputados que têm problemas, sim,
constitucionais, sendo sancionados, e o governador sanando esse vício
constitucional, aí entristece.
Por quê? Porque
nós somos 94 deputados aqui. A maior parte do ano - para encerrar, presidente
-, nós passamos discutindo a pauta do Executivo Estadual. E temos colaborado
muito com o Executivo Estadual, mas muito.
E aqui eu
preciso dar parabéns ao presidente André do Prado, que é realmente um parceiro
do governador e um parceiro destes deputados aqui. Tenta, da maneira como é
possível, conciliar esses interesses.
E, no tempo que
nos resta, nós debatemos aqui os nossos projetos. Como o senhor disse: olha a
dificuldade que foi V. Exa. pautar esse projeto no plenário. Olha a dificuldade
que foi V. Exa. aprovar esse projeto. Vossa Excelência falou comigo muitas
vezes.
Então eu
acredito que não é só, veja: apresente esse projeto para quem de direito, sei
lá em qual secretaria, antes de apresentá-lo. Acho que não é por aí, nós somos
independentes neste Parlamento e obviamente queremos o respeito, como
respeitamos o Sr. Governador, todos os secretários.
Presidente, dar
parabéns à Assembleia Legislativa pelos 190 anos, é uma história muito grande.
Representatividade desse Parlamento é gigantesca, 44 milhões, quase 45 milhões
de paulistas representados. Se São Paulo fosse um país, seria o terceiro maior
da América Latina, com seu povo, com a sua economia; é a Casa de todo povo
brasileiro que se reúne aqui.
Então eu tenho
orgulho, Sr. Presidente, de ombrear lado a lado com V. Exa., com os outros pares
aqui, fazendo parte desse trecho da história, vendo a história do Parlamento de
São Paulo sendo escrita aqui e ter a oportunidade de escrevê-la também.
E obviamente,
eu não poderia deixar de agradecer a todos os nossos assessores, de um lado ou
de outro, os que estão aqui no gabinete, que são os corações dos nossos
mandatos.
Sem a nossa
assessoria parlamentar, sem essas pessoas que não aparecem, mas que dão vida ao
nosso mandato, que dão vida a esse Parlamento, nada disso seria feito. Então
parabéns à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Viva a Alesp, viva
São Paulo, viva o Brasil.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - VALDOMIRO LOPES - PSB - Parabéns,
deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - VALDOMIRO LOPES - PSB - Você sabe que,
só para relatar, V. Exa., na reunião de líderes, que foi feita ontem, da qual
participei, eu fiz alavanca com o deputado, líder do PT, o Paulo Fiorilo, que
solicitou ao deputado André do Prado, nosso presidente, que fizesse o estudo de
alguns vetos, para que fossem derrubados.
Eu só vou dar um exemplo para Vossa
Excelência. Quando eu fui deputado lá atrás - já estou no quarto mandato -, a
gente sempre derrubava vários vetos, e o próprio deputado André do Prado, eu
falei...
Estou dizendo isso não é por causa do
meu projeto não, pode deixar o meu até fora para essa derrubada, mas o André
falou assim: olha, vamos dizer que desses 100% de vetos, tenha 90% que tenham
razão de ser, mas tem 10% que não são. Bom, então vamos derrubar os vetos pelo
menos desses dez por cento.
Eu acho que seria um gesto importante
da Assembleia, não é para enfrentamento com o governador, nada disso, mas é com
enfrentamento para a equipe que faz essa análise, lá na Casa Civil.
Enfim, em todo aquele, vamos dizer
assim, aquele grupo seletivo de pessoas que acham que deputados não têm o seu
direito, na verdade, de fazer leis como as que V. Exa. fez. Não tem explicação
na mudança de um nome de uma estação de metrô. Por que ter dois tratamentos
completamente diferentes?
Então eu acho que a gente tem que levar
isso de novo ao Colégio de Líderes.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Vossa Excelência me
permite uma comunicação para dialogar com Vossa Excelência?
O
SR. PRESIDENTE - VALDOMIRO LOPES - PSB - Pois não.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Concordo plenamente com Vossa Excelência. Nós que
acompanhamos um pouco mais a política de perto: veja as exceções do Congresso
Nacional quando se reúnem ali, Senado e Câmara Federal, para avaliar os vetos
do Executivo Federal.
Esta Casa
precisa mostrar, e eu não digo, presidente Valdomiro, não digo derrubar o veto
por derrubar, mas por que não ter a apreciação dos vetos? Nós temos o direito
constitucional. Os deputados aqui têm o direito de apreciar o veto e chancelar
o veto do governador. É isso mesmo, governador. E ele tem maioria para isso...
O SR. PRESIDENTE - VALDOMIRO LOPES - PSB - certo.
O SR. GIL DINIZ - PL - Para que todos os vetos que ele
deu, porque a última palavra, meus pares aqui, meus amigos, é do povo, a última
palavra é deste Plenário aqui, não é do Executivo, não é do governador, não é
do secretário; a última palavra é do deputado que representa o povo paulista.
Então acredito,
sim, que nós precisamos de sessões, e faz muito tempo que nós não derrubamos um
veto. Eu falo para o senhor quando foi derrubado o ultimo veto. O projeto do
deputado Paulo Correa, início do ano passado. No meu entendimento, o veto que o
governador fez ao projeto...
Era um projeto
que estipulava que todos os atestados sobre transtorno do espectro autista,
todos os atestados dados seriam “ad aeternum”. Eu, particularmente, deputado,
discordo do projeto do nobre par. E o veto... Concordei com o veto. O que
aconteceu?
A sociedade
caiu de pau na decisão do governador. Marcos Mion, o Instagram ali, o pessoal
arrebentando... Vem uma ordem do Palácio para o Parlamento derrubar o veto.
Então espera
aí. Que incentivo negativo é esse que estão dando? Olha, espera aí. Se você
brigar, se você reclamar, se você subir aqui nesta tribuna, de repente, sei lá,
tomou uma ou duas aqui, esculhambou o mundo inteiro, aí o governo, o Executivo
manda até um projeto para agradar o deputado.
E para quem
está junto, para quem empurrou o caminhão na subida: “Ah, não, veta aí.” Desculpem
a palavra aqui, a sinceridade. “Aquele babaca está com a gente mesmo? Não vai
fazer nada? No máximo vai subir na tribuna e reclamar?”
Então,
presidente, faço coro aqui à V. Exa. que esses vetos sejam apreciados, mas que,
principalmente, que os mandatos sejam respeitados, que cada parlamentar seja
respeitado.
E não porque
esse aqui é melhor do que aquele, não. Porque nós representamos o povo de São
Paulo. Cada um dentro ali de sua faixa de eleitor, cada um dentro da sua
ideologia, esquerda, direita, centro, cima, baixo não importa, mas nós
representamos o povo. E esse povo tem que ser respeitado, porque a última
palavra dentro de uma democracia é do povo, não deste ou daquele burocrata,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - VALDOMIRO LOPES - PSB - Tem todo o meu
apoio, V. Exa. E eu queria até convidá-lo, inclusive, para que na próxima terça
V. Exa. faça parte também da reunião de líderes e vamos levantar novamente essa
questão, na reunião de líderes, com a presença do presidente da Assembleia, André
do Prado.
Acho que essa é uma atitude não de
retaliação, não de protesto, mas de fazer justiça, na verdade, ao poder que o
Legislativo tem e à representatividade que nós temos.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Estarei lá,
presidente. Para finalizar, se houver acordo aqui entre os líderes, levantar a
presente sessão, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - VALDOMIRO LOPES - PSB - Então havendo
acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a presente sessão.
*
* *
-Levanta-se
a sessão às 16 horas e 12 minutos.
*
* *