26 DE AGOSTO DE 2025
31ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO e ALEX MADUREIRA
Secretaria: CARLOS CEZAR, THIAGO AURICCHIO, LUCAS BOVE e ROGÉRIO NOGUEIRA
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 17h39min. Coloca em votação, englobadamente, as emendas ao PLC 20/25.
2 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Solicita verificação de presença.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum.
4 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Encaminha a votação das emendas ao PLC 20/25, englobadamente, em nome da Federação PSOL REDE.
5 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação das emendas ao PLC 20/25, englobadamente, em nome da Minoria.
6 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
7 - DONATO
Encaminha a votação das emendas ao PLC 20/25, englobadamente, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
8 - PAULO FIORILO
Encaminha a votação das emendas ao PLC 20/25, englobadamente, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
9 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
10 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
11 - GIL DINIZ
Encaminha a votação das emendas ao PLC 20/25, englobadamente, em nome do PL.
12 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Para comunicação, faz pronunciamento.
13 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
14 - GILMACI SANTOS
Encaminha a votação das emendas ao PLC 20/25, englobadamente, em nome da liderança do Governo.
15 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
16 - BARROS MUNHOZ
Encaminha a votação das emendas ao PLC 20/25, englobadamente, em nome da Federação PSDB Cidadania.
17 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara rejeitadas, englobadamente, as emendas ao PLC 20/25.
18 - GUILHERME CORTEZ
Solicita verificação de votação.
19 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
20 - ALEX MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
21 - ANDRÉA WERNER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
22 - DANILO CAMPETTI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
23 - DONATO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
24 - DIRCEU DALBEN
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
25 - GUILHERME CORTEZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
26 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
27 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
28 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
29 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
30 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a rejeição das emendas ao PLC 20/25, englobadamente. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PL 410/25.
31 - GUILHERME CORTEZ
Solicita verificação de votação.
32 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
33 - SEBASTIÃO SANTOS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
34 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
35 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
36 - DONATO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
37 - ANDRÉA WERNER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
38 - GUILHERME CORTEZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
39 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
40 - ALEX MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
41 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da
verificação de votação, que confirma a aprovação do requerimento de método de
votação ao PL 410/25. Coloca em votação o Item nº 1 do requerimento de método, que é a votação
do PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas.
42 - DRA. DAMARIS MOURA
Para comunicação, faz pronunciamento.
43 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
44 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Encaminha a votação do PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
45 - TEONILIO BARBA
Encaminha a votação do PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
46 - ALEX MADUREIRA
Assume a Presidência. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término da presente sessão.
47 - DR. JORGE DO CARMO
Encaminha a votação do PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas, em nome da Minoria.
48 - EDIANE MARIA
Encaminha a votação do PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas, em nome da Minoria.
49 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA
Tece comentários regimentais a respeito do andamento da sessão.
50 - GUILHERME CORTEZ
Solicita verificação de presença.
51 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença.
52 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência. Interrompe a chamada de verificação de presença quando observado quórum.
53 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Encaminha a votação do PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
54 - LUCAS BOVE
Encaminha a votação do PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas, em nome do PL.
55 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado o PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas.
56 - DONATO
Solicita verificação de votação.
57 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
58 - ANDRÉA WERNER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
59 - DONATO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
60 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
61 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
62 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
63 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
64 - CAPITÃO TELHADA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.
65 - ITAMAR BORGES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
66 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
67 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
68 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
69 - SEBASTIÃO SANTOS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
70 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do PL 410/25, salvo emenda aglutinativa e emendas. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 20 horas e 19 minutos. Encerra a sessão às 20h09min.
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* *
ÍNTEGRA
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* *
-
Abre a sessão o Sr. André do Prado
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O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Item 1 -
Votação adiada do Projeto de lei Complementar nº 20/2025, de autoria da
Defensoria Pública, com requerimento de método aprovado na 30ª Sessão
Extraordinária, com o Item nº 1 aprovado.
Então nós vamos para o Item nº 2. Em
votação as emendas, englobadamente, com pareceres contrários do Congresso de
Comissões.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu gostaria de
encaminhar pela bancada do PSOL, mas, antes disso, pedir uma verificação de presença, por gentileza.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - São regimentais
os dois pedidos de Vossa Excelência.
Então, a pedido da nobre deputada Dra.
Paula, faremos uma verificação de presença, solicito ao deputado Carlos Cezar,
juntamente com o deputado Thiago Auricchio, que possam fazer a verificação de
presença das Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados.
*
* *
- Verificação de presença.
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* *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Constatado o quórum regimental, agradeço ao deputado Carlos Cezar e ao deputado
Thiago Auricchio e passo a palavra, para fazer o encaminhamento pela bancada do
PSOL REDE, à nobre deputada Dra. Paula.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, presidente André do
Prado, boa tarde aos deputados e deputadas aqui presentes.
Boa tarde aos
funcionários e funcionárias desta Casa, as pessoas que nos acompanham pela
galeria, especialmente defensores e defensoras públicas, servidores e
servidoras públicas da Defensoria, e quem nos acompanha também pela Rede Alesp.
Quero dizer, com relação a esse projeto de lei, a esse PLC, nós tivemos, na
semana passada, uma vitória muito importante.
Eu considero
que uma vitória da oposição desta Casa, uma vitória que garantiu a votação da
parte do PLC, da Defensoria Pública, do PLC, encaminhado pela Defensoria
Pública Geral para esta Casa, que garantia duas questões que nós estamos
dizendo desde o início do debate desse projeto, desde que esse projeto foi
discutido no Conselho da Defensoria Pública e apresentado nesta Casa
Legislativa, que são questões essenciais.
A primeira
delas, a ampliação da estrutura da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Todas as vezes que eu subia essa tribuna ou que eu estive em audiência pública
debatendo esse tema, eu falei sobre a importância da Defensoria Pública do
Estado de São Paulo e o quanto a Defensoria Pública do Estado de São Paulo é um
exemplo, não só para o nosso país, mas para toda a América Latina, para todo
mundo que insiste em garantir o direito de acesso à Justiça para todas as
pessoas.
A criação da
Defensoria Pública do Estado de São Paulo é um marco para o nosso país, é um
marco porque serviu como espelho para que outras Defensorias Públicas ao redor
do Brasil, em outros estados do Brasil, fossem também criadas e garantissem um
direito amplamente garantido na Constituição Federal, mas que ainda precisava
de um detalhe, o detalhe da criação da Defensoria Pública para existir, que é o
direito do acesso à Justiça.
E eu entendo
que a ampliação da estrutura da Defensoria Pública, como foi prevista no
projeto, é uma ampliação que vai garantir que a Defensoria Pública, seja por
seus defensores, seja pelos servidores, chegue ainda mais longe, atinja ainda
mais pessoas e com isso consiga concretizar esse direito tão importante que é o
direito de acesso à Justiça.
Mas também o
projeto votado na semana passada, ou melhor, a parte do projeto votado na
semana passada garantiu o aumento dos salários da Defensoria Pública. E eu acho
que é imprescindível, não só quando a gente fala de Defensoria Pública, mas
quando nós falamos sobre qualquer tipo de serviço público do nosso Estado,
entender que serviço público é de qualidade, é serviço público que tem servidor
público valorizado.
E é por isso
que a ampliação, é por isso que o aumento salarial foi uma pauta tão
importante, defendida desde o início, por essa oposição, pelos parlamentares do
PSOL, partido que eu faço parte, mas também da Rede, mas também do PT, do PCdoB
e do PSB aqui nesta Casa.
Mas tem um
detalhe, nós lutamos pela separação desse projeto, no projeto de forma
englobada, no projeto de forma total, da parte que nós votaremos agora, nesse
momento, que são as emendas apresentadas por diversos parlamentares. São 16
emendas no total. Emendas que dizem respeito a dois aspectos.
O primeiro
deles, a criação do grupo de assessoramento de demandas estruturais, que eu já
falei muitas vezes aqui, não só nesta tribuna, mas também nas audiências
públicas, em vídeos, em muitos debates com defensores públicos sobre esse tema,
que é um grupo que muito nos preocupa diante da possibilidade de atacar a
autonomia funcional de defensores e defensoras públicos, especialmente dos núcleos
especializados da Defensoria Pública.
Por que esse
debate extrapolou tanto a estrutura da Defensoria? Muitos colegas deputados
diziam: “Vejam só esse é um projeto que nos foi encaminhado pela defensoria.
Por que vocês não querem só votar o projeto como ele está? Por que é tão
importante debater para além dos muros da Defensoria?” E eu disse e repito,
porque tudo que é debatido e que diz respeito à Defensoria Pública do Estado de
São Paulo, não é restrito só aos muros da Defensoria para dentro.
A existência da
Defensoria Pública do Estado de São Paulo é uma conquista de movimentos sociais
do nosso Estado, que batalharam muito pela sua existência. E que nesse momento,
centenas deles, uma centena deles, assinou uma carta dizendo, muito nos
preocupa a criação do GADE, porque a criação do GADE pode ferir a autonomia de
núcleos especializados que são responsáveis por lidar todos os dias com
movimentos sociais.
Núcleos
especializados que são responsáveis por lidar com mães que tiveram seus filhos
vítimas de violência do Estado, com mulheres que são todos os dias agredidas
por seus companheiros - por seus chamados companheiros.
E eu nem
preciso dizer que hoje nós tivemos um episódio lamentável nesta Casa, que viu,
no Conselho de Ética, por seis votos a um, sendo o único voto de uma mulher, um
caso arquivado no Conselho de Ética de um deputado acusado de agredir a sua
esposa.
Lida todos os
dias com casos como esse. Lida todos os dias com casos de pessoas que vão
perder as suas casas, comunidades que vão perder as suas casas, fruto da
especulação imobiliária. São desses núcleos especializados que nós estamos
falando. Núcleos que garantiram uma vitória importantíssima, como a
concretização das cotas raciais nos serviços públicos, a exemplo das cotas
raciais na Defensoria Pública.
O que nós
queremos é proteger essa atuação, essa autonomia funcional. Nós queremos
impedir que defensores e defensoras públicas possam falar como quiserem,
articular como acham que devem, porque a sua prerrogativa, o seu dever
funcional é defender os direitos, é defender a lei.
E é um absurdo
- e eu repito isso - que existam defensores e defensoras sendo perseguidos e
perseguidas a pedido de deputados desta Casa Legislativa, que usurpam as suas
funções, que ferem a autonomia funcional de servidores públicos para perseguir
defensores que fazem o seu trabalho - que é a defesa dos direitos humanos de
forma absolutamente incondicional.
Então o que nós
estamos debatendo hoje não é mais a parte do projeto que quer, que quis e que
aumentou os salários, a parte do projeto que aumentou a estrutura da Defensoria
Pública. Tudo isso está superado e, como eu disse que aconteceria, houve
votação, por unanimidade, a favor dessa parcela do projeto.
O que nós
estamos debatendo hoje é a existência ou não de um grupo de assessoramento que
pode alterar a forma como a Defensoria existe. E também estamos debatendo
emendas que dizem respeito à votação do orçamento pelo Conselho que,
infelizmente, a partir deste momento, passa a ser só consultivo e não mais
deliberativo a respeito do orçamento, se o projeto for votado como ele está.
Mas o que eu
quero dizer aqui, no tempo que me resta, é que para a gente esse debate é de
suma importância. É de importância porque extrapola os limites da Defensoria
Pública. É de importância porque valoriza a manutenção da Defensoria Pública
assim como ela foi pensada.
E nós tentamos
muito aqui nesta Casa reunir todos os esforços para que não todas as emendas
fossem votadas, emendas que dizem respeito ao Conselho e ao orçamento, emendas
que dizem respeito à composição do Gade...
Nós lutamos
para que uma única emenda fosse aprovada, a emenda que insere no texto - no
caput do artigo que cria o Gade - a palavra “consultivo”, para garantir, como
nos foi prometido pela defensora pública geral, que eu tenho certeza que vai
cumprir o seu compromisso, mas eu não sei se os próximos irão garantir que esse
Gade, que esse grupo criado seja, na verdade, um grupo consultivo.
Nós,
parlamentares da oposição, apresentamos uma emenda de plenário para garantir de
forma unificada uma única luta: a luta pela inserção da palavra “consultivo” no
caput. E o que os deputados da base do Governo fizeram foi rejeitar
integralmente essa emenda.
Então hoje,
apesar de todos os esforços que nós travamos, esforços inclusive que
possibilitaram a votação do projeto nas suas melhores partes na semana passada,
hoje nós voltamos aqui para pedir mais uma vez: votemos a favor das emendas
apresentadas pelos deputados e deputadas da oposição.
Garantamos,
nobres colegas deputados, que a Defensoria Pública seja preservada em sua
autonomia funcional assim como ela foi pensada, assim como ela foi articulada,
assim como ela foi criada pelos movimentos sociais do estado de São Paulo. É
muito importante que a valorização do serviço público e dos servidores públicos
não seja rifada em troca do controle da autonomia funcional dos defensores e
defensoras públicos.
E é por isso
que hoje, nesta Casa, nós, deputados da oposição, deputados da bancada do PSOL,
a quem eu represento aqui hoje nesta tribuna, votaremos favoravelmente às
emendas para que toda a parte do texto que diz respeito ao Gade seja
modificada.
Obrigada, Sr.
Presidente.
A SRA. THAINARA FARIA - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Thainara Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Para indicar o nobre
deputado Carlos Giannazi para encaminhar pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Tem a palavra o deputado Carlos Giannazi, pelo
tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado André do Prado, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, venho a
esta tribuna para encaminhar aqui não mais o Projeto de lei Complementar nº 20,
porque ele já foi aprovado e ele representa uma conquista importante do ponto
de vista salarial, do ponto de vista da valorização salarial dos servidores,
das servidoras, dos defensores e das defensoras do estado de São Paulo.
Quero registrar
aqui que eu acompanho a criação da Defensoria Pública desde o seu início, desde
a sua aprovação, em 2006, quando ela foi aprovada, e eu fui aprovar... Eu fui
eleito no meu primeiro mandato aqui em 2007.
Então logo que
ela foi instalada nós acompanhamos toda a sua trajetória, sua construção, as
suas conquistas, o aumento do número de defensores, de defensoras, de
servidores e servidoras, que, eu queria registrar aqui, não é suficiente ainda.
O estado de São
Paulo tem 42 milhões de habitantes e nós não temos nem mil defensores e
defensoras. É pouco ainda. Nós temos que aumentar ainda mais o número de
defensores e defensoras. Nós temos que aumentar toda a estrutura de servidores
e servidoras da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Bem como,
sobretudo, aumentar o orçamento da Defensoria, que é baixo, que está muito
aquém de poder atender às demandas do nosso Estado, com os seus 645 municípios.
Então a
capilaridade da Defensoria Pública não é suficiente. Longe de ser suficiente,
de atender toda a demanda da nossa população, que precisa ter acesso à Justiça.
E a nossa luta histórica aqui na Assembleia Legislativa sempre foi nesse
sentido, de que haja expansão da Defensoria Pública e a valorização salarial e
funcional de todas as pessoas que trabalham nela.
Tanto é que
anualmente nós apresentamos emendas. Tanto a LDO, como fizemos agora no
primeiro semestre, como também na Lei Orçamentária, que começou a ser debatida
agora na Assembleia Legislativa já através das audiências públicas regionais.
Nós
apresentamos emendas justamente para aumentar o investimento e o orçamento da
Defensoria. Então essa é uma luta cara a todos nós aqui, que temos compromisso
com a expansão da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Então esse
projeto... Foi importante a sua aprovação. A nossa crítica a ele é em relação à
possibilidade, que ficou muito latente para todos nós, de um ataque, de um
comprometimento da autonomia dos núcleos de assessoramento.
Essa é a
questão que nos incomodou e continua nos incomodando. Por isso que nós
apresentamos emendas a esse projeto, para que ele fosse aperfeiçoado. Fosse
não, para que ele seja aperfeiçoado e melhorado ainda mais.
Por isso que
nós pedimos o apoio dos deputados e deputadas, para que as nossas emendas sejam
aprovadas. Até porque elas não vão comprometer a aprovação do projeto em si,
que tem como foco central o reajuste salarial dos defensores, dos servidores e
também a criação de cargos para defensores e para servidores. Esse é o foco central
desse projeto.
Nós queremos,
então, no dia de hoje, aperfeiçoar o projeto, melhorar o projeto, votando
favoravelmente às emendas que foram apresentadas, que vão corrigir, que vão
garantir essa autonomia, para que não paire nenhuma dúvida em relação à autonomia
desses núcleos. É isso o que nós estamos pedindo hoje na votação que será feita
agora, dentro de alguns poucos minutos.
Reforçando o
papel fundamental da Defensoria Pública do Estado São Paulo, que muitos de nós
aqui utiliza no sentido de levar denúncias, levar demandas a ela, na área da
Educação pública, na área da Saúde, na área da Habitação popular.
São demandas
que nós, de forma parceira com a Defensoria, lutamos também. A Defensoria
cumpre um papel fundamental. Inclusive, com a prerrogativa de entrar com ação
civil pública. Quero elogiar, por exemplo, a Defensoria, no papel fundamental
que ela teve, soltando um parecer contra a escola cívico-militar, que está
sendo criada aqui no estado de São Paulo.
A Defensoria se
manifestou na nossa Adin. Nós entramos com uma ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, através do PSOL. Nós
formulamos a Adin aqui em São Paulo, com os nossos mandatos, protocolamos. Ela
está, inclusive, com o Gilmar Mendes. E tem o apoio escrito, através de um
posicionamento, uma nota técnica da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Ela, de forma
acertada, percebeu a gravidade da situação, da implantação de um modelo de
escola, no estado de São Paulo, que é uma escola doutrinadora, uma escola que
atenta contra a LDB, contra o Plano Nacional de Educação, contra o Plano
Estadual de Educação, contra o capítulo da Educação da Constituição Federal.
E em tantas
outras situações, a Defensoria tem sido uma grande aliada das causas da
população. Então, por tudo isso, que quero registrar que defendemos, aprovamos
o projeto, PLC 20. E agora nós queremos aprovar também as emendas que foram
apresentadas ao Projeto de lei Complementar nº 20.
Por isso eu
peço aqui o apoio de todos os deputados e deputadas.
Era isso, Sr.
Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado líder da Federação PT/PCdoB/PV.
O
SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela bancada da
Federação PT/PCdoB/PV, compartilhando o meu tempo com o deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É
regimental. Tem a palavra V. Exa., deputado Donato.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Uma breve
comunicação, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos
para V. Exa., deputado Paulo Mansur, até que o orador vá à tribuna.
O SR. PAULO MANSUR - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Quero cumprimentar o Renan, que é vereador na cidade de
Piracicaba, cidade muito importante no nosso estado de São Paulo. Está aqui
presente hoje, do nosso partido, o PL. E já foi policial nesta Casa. Muito nos
honra, como policial militar, e hoje vereador.
Impressionante como hoje o PT vai votar
contra no que falam que acreditam. Porque falam que acreditam que as pessoas
precisam ter as suas terras, são a favor do MST. Então hoje eles vão votar aqui
no que eles falam que acreditam. Porque, sim, o governador do estado de São
Paulo vai distribuir terras para as pessoas que realmente precisam.
Como o presidente Bolsonaro, que deu
440 mil títulos de terra, foi o presidente que mais deu título de terra nessa
História deste Brasil. E o governador Tarcísio, trabalhando junto com o
presidente Bolsonaro, sendo ministro dele, aprendeu com ele. A realidade é
essa. Aprendeu tanto com ele, que trouxe essa lei para o Parlamento. E é
impressionante como o PT quer votar contra, e também os partidos de centro
esquerda nesta Casa.
Muito obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a
palavra, deputado Donato, para encaminhar pela Liderança do PT/PCdoB/PV.
O
SR. DONATO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, todos que nos acompanham aqui na Assembleia Legislativa, todos que
nos acompanham pelas redes sociais da Alesp.
O deputado
Paulo Mansur está no ponto errado. Mas é difícil esperar bom senso do deputado.
Ele vai ter oportunidade de defender o Bolsa Grileiro depois. Agora estamos
defendendo o projeto da Defensoria. E me inscrevi porque esse projeto gerou um
grande debate na Casa, um debate bastante importante, que começou no semestre
passado. E a gente queria deixar bem clara a posição da bancada do PT e da
nossa federação.
Se
teve alguém, alguma bancada e algum partido que desde o início da Defensoria,
há 25 anos atrás, se eu não estou enganado, 20 anos atrás, esteve na linha de
frente da criação, do fortalecimento e da valorização da Defensoria Pública,
foi a bancada do PT.
Não
exclusivamente nós, naturalmente, mas nós estivemos na linha de frente e
continuamos comprometidos com o fortalecimento da Defensoria Pública, com a sua
valorização e com a sua ampliação, que estão contempladas nesse projeto e a
gente tem total acordo com isso.
Mas é
necessário também explicitar que aqueles que lutaram pela Defensoria Pública,
dezenas de entidades, de lutadores por direitos humanos, de personalidades,
tinham dúvidas sobre um aspecto do projeto, dúvidas e discordância, e nos
procuraram, e a gente procurou fazer o debate mais transparente possível.
Foi graças à
ação da bancada do PT que a gente conseguiu uma audiência pública de muita
qualidade, onde as posições se explicitaram, onde a Defensora Pública pôde
colocar sua posição e onde a Ouvidoria, representando um conjunto de entidades
e as próprias entidades, puderam colocar suas preocupações.
A nossa
expectativa era de uma sensibilidade da Defensora Pública em ter uma nova
redação sobre um único ponto, que era o grupo de assessoramento de demandas
estruturais, aonde se paira a dúvida do projeto todo. Infelizmente, a gente não
teve sucesso nessa sensibilização. Às vezes eu tenho a impressão de que esse
ponto, esse parágrafo, foi escrito sob inspiração divina.
Às vezes eu
fico imaginando, no Monte Sinai, Moisés recebendo as tábuas de Deus, com as
leis que não poderiam ser mudadas. Qual era o problema de ter uma redação mais
adequada? E era essa e continua sendo essa a nossa divergência. Era possível
ter uma redação mais adequada.
E a
intransigência não coaduna com a história e com o papel da Defensoria. Nós
apresentamos emendas e vamos votá-las aqui. Continuamos considerando que uma
única palavra, deixando claro o papel consultivo, ou seja, não deixando nenhuma
dúvida sobre a autonomia dos grupos de trabalho e dos defensores, melhoraria o
projeto.
Infelizmente,
não logramos êxito, vamos fazer uma última tentativa votando aqui as emendas.
Não se trata aqui de protelar, nem mais de obstruir. O debate foi feito e,
infelizmente, a gente não conseguiu sensibilizar a defensora e a direção da
Defensoria. Mas continuamos achando que esse debate valeu a pena, porque deixou
claro aonde existe a divergência e aonde existe a dúvida.
E que estaremos
vigilantes para, primeiro, garantir o fortalecimento da Defensoria e a sua
ampliação, mas principalmente para garantir a autonomia de cada defensor. Ainda
que aleguem que está inscrita na Constituição, mas tem muita coisa inscrita na
Constituição, tem muita coisa.
Nós vamos
discutir, inclusive, no projeto do “Bolsa Grileiro”, que está inscrito na
Constituição e está sendo rasgado neste plenário. Mas isso é para depois. Então
eu queria dizer que a gente vai votar a favor da nossa emenda e a gente faz um
último apelo para que tenha essa sensibilidade para que a gente possa avançar e
ter o melhor projeto possível.
Então eu
agradeço e passo a palavra para o deputado Paulo Fiorilo, para completar o
tempo aqui da bancada do PT.
O
SR. PAULO FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
presente, já há algum tempo nós estamos debatendo esse projeto de lei aqui
nesta Casa. Nós apresentamos emendas, a bancada do PSOL, a do PT, e outros
parlamentares também o fizeram.
E nós tentamos,
ao longo desses meses, mesmo antes do recesso, tentar aprovar o projeto, até
porque o projeto vai trazer benefícios salariais, melhorar a estrutura da
Defensoria, que são instrumentos necessários para que se avance na defesa dos
direitos daqueles que mais precisam.
Mas nós
trouxemos um debate a essa Casa, procurados por defensores, pelas entidades
sociais, que inclusive participaram de uma audiência pública, que só foi
possível porque o líder da federação, o deputado Donato, propôs ao líder do
Governo que pudéssemos realizar uma audiência pública, para que também a
Defensoria pudesse ouvir os argumentos dos movimentos sociais e dos deputados e
deputadas que defendiam apenas uma, uma, palavra.
Não é
absolutamente nada além de uma palavra, deputada Bebel, a senhora, que é
professora, uma palavra que poderia ter feito com que o projeto já tivesse sido
aprovado no semestre passado. Uma palavra que poderia ter ajudado a evitar
debates alongados, acalorados. Uma palavra que poderia ter resolvido a situação
de todos os defensores e da defensoria.
Mas
infelizmente, deputada Bebel, não houve por parte da Defensoria um gesto, um
movimento, uma inflexão. Não houve. O que fez com que, inclusive, a gente
pudesse debater com os deputados da base, perguntando qual era a orientação do
governo, porque a gente aqui nunca viu deputado da base defender tanto como a
gente está vendo agora, a Defensoria. Impressionante. Eu estou assustado. Até
parece que são eles os grandes defensores da defensoria. E não o são. Não o
são. Aliás, a gente aqui presenciou vários debates, discordâncias, críticas,
etc.
Eu tive a
oportunidade de conversar ontem com um defensor. Ele me disse: “Deputado, eu
acho que foi correto o debate, acho que vocês conseguiram apresentar e mostrar
quais são os problemas; infelizmente, nós podemos ter dificuldades no futuro”.
Eu disse, na última reunião do congresso de comissões, exatamente isso,
deputada Professora Bebel. Os deputados aqui depois vão receber defensores
reclamando ou vão receber representações feitas pelos defensores questionando a
sua autoridade.
Acho ruim isso.
Eu acho que a gente poderia ter resolvido apenas com uma palavra. Apenas com
uma palavra. Parece-me uma coisa tão simples, tão fácil, tão banal, mas não foi
e não tem sido.
Infelizmente,
nós vamos continuar esse debate, nós vamos continuar aqui nessa legislatura
mais um ano. Nós vamos poder, inclusive, ver deputados bolsonaristas,
defensores do governo, virem aqui para ou fazer mea-culpa ou para elogiar.
E nós vamos
acompanhar de perto, deputado Jorge do Carmo, que acompanha os movimentos de
moradia, deputados e deputadas que têm relações com aqueles movimentos que
atuam ou que precisam da Defensoria ou ter um defensor ao seu lado.
Nós vamos
trazer esse debate, porque ele não vai acabar, até porque a Defensoria, daqui a
algum tempo, vai precisar ampliar suas estruturas, vai discutir reajuste
salarial, vai discutir o Orçamento, aliás, um tema importante que a gente
deveria estar discutindo aqui.
O orçamento
apresentado à Defensoria, ao MP, ao TJ, sempre são orçamentos muito inferiores
daquilo que eles precisam. E aí o chapéu e o pires funcionam. E quando eles
funcionam, há sempre um problema, que nós deveríamos evitar aqui: evitar a
contaminação desse debate com o Poder Executivo.
O orçamento
deveria ter sido aprovado sempre com a expectativa e com a perspectiva daqueles
entes que mais precisam de recurso. Então, Sr. Presidente, para encerrar, eu
queria dizer que nós vamos votar favoráveis às emendas, até porque foi esse o
acordo possível de colocar as emendas englobadamente.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.
Para encaminhar como vice-líder da Bancada do PL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Até que ele assome, posso fazer uma comunicação?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Tem dois minutos Vossa Excelência.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Bem, deputado Paulo Fiorilo, eu acredito que ouvi a fala
do senhor, assim como também ouvi a fala do nosso nobre líder da bancada, o
deputado Donato, e é exatamente o que a bancada e a oposição expressam: um grande
compromisso que nós temos com a Defensoria Pública.
A Defensoria
Pública é, para nós, para onde a gente corre, onde, por exemplo, aquelas
crianças com deficiências, mulheres que são violentadas, enfim, vários casos, e
a Defensoria Pública tem cumprido um papel. Por isso é muito caro esse projeto,
porque ele traz consigo um plano de cargos e salários.
O lamentável é
que tem, como disse o Paulo Fiorilo, uma palavra que deixa dúbia, e a gente em
uma lei não pode ter dubiedade, tem que ter uma lei que seja precisa e
autoaplicável, deputado Barba. É muito ruim ter dúvidas se a palavra que está
lá dizendo: “Assessoramento, não sei o que...” Não, não pode ser assim. Ela tem
que ter autonomia, e foi em nome disso que a nossa emenda foi construída.
Poderíamos ter
mudado antes, como aqui foi dito, não mudou. No entanto esperamos agora, aqui,
que, com essa mudança, a gente aprimore esse projeto de lei e dê a César o que
é de César. Que os defensores e as defensoras públicas tenham os seus planos de
cargo e salários e, ao mesmo tempo, cumpram, venham poder cumprir o papel que
têm sempre cumprido. Aliás, muito necessário para toda a população do estado de
São Paulo.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputada.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Presidente, pela ordem. Só permitir uma comunicação com anuência do orador.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só queria
aqui agradecer a V. Exa. pela oportunidade e falar aqui com os deputados da
base. Daqui a pouco nós teremos aqui uma votação, quando estaremos votando as
emendas englobadamente, que foi um acordo feito aqui com a oposição, que
votaríamos dessa forma.
Solicitar
a bancada da base que, hoje, na hora da votação, que haverá verificação, que
nós devemos votar de acordo com aquilo que o presidente for encaminhar. Nós, a
base hoje votará “não” às emendas englobadamente, presidente.
Muito
obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o
deputado Gil, para encaminhar pela bancada do Partido Liberal.
O SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente André do Prado.
Cumprimentar os
deputados presentes aqui na sessão extraordinária, cumprimentar os nossos
assessores, os policiais militares e civis, o público seleto aqui desta galeria
e quem nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente, eu
gostaria de ter vindo aqui a este plenário com esse projeto já aprovado,
deputado Gilmaci, simbolicamente, já que há as emendas. Neste momento o mérito
foi aprovado, as emendas ainda não. Então, para quem está aqui na galeria, só
para vocês entenderem, se essas emendas, por ventura, não forem aprovadas hoje,
é votação adiada e fica para amanhã, para semana que vem.
A minha
vontade, o meu desejo, já que dizem aqui, as bancadas de esquerda, defenderem a
Defensoria, para que a votação fosse simbólica, não há porque protelar ainda
mais essa votação.
Mas, para a minha
surpresa, presidente, líderes aqui, deputado Delegado Olim, o primeiro ato da
esquerda aqui neste plenário hoje - esquerda paulista, PT e PSOL, a vanguarda
do atraso no estado de São Paulo - foi pedir uma verificação de presença para
derrubar a sessão.
Então, para os
senhores que tem interesse no projeto, que são da Defensoria Pública do Estado
de São Paulo, se a base do governador não tivesse colocado 24 deputados neste
plenário, este projeto, hoje, esta votação, hoje, já teria caído e vocês
voltariam para casa sem a aprovação total deste projeto. Então o primeiro ato
da esquerda hoje neste plenário, presidente, foi tentar obstruir mais uma vez,
como fazem há dois meses, este projeto que é do interesse de vocês.
Sobem aqui a
esta tribuna e versam as suas palavras de ordem, que defendem a Defensoria
Pública, que ajudaram a fundar a Defensoria, que a direita, os bolsonaristas, o
centro, o governador Tarcísio, são contra a Defensoria. São contra a
Defensoria, inclusive alguns aqui questionando a índole, a moral, o trabalho da
Defensora pública-geral.
É simplesmente
absurdo e inadmissível. Para minha surpresa, senhoras e senhores, deputado
Paulo Mansur, quando acabarem aqui os encaminhamentos, o presidente colocará em
votação as emendas englobadamente.
Senhoras e
senhores, essas emendas precisam ser rejeitadas aqui pela base do Governo. Só
que, para rejeitar, nós precisamos de 48 votos “não”. Porém, se a base do
Governo não tiver 48 votos aqui, a votação ficará adiada, porque a esquerda
paulista PT e PSOL, a vanguarda do atraso no estado de São Paulo, está dodói.
Não querem colocar o voto aqui no plenário.
Me disseram
aqui agora, só colocarão os votos, votarão “sim” às emendas deles, que eles
dizem defender vocês, só colocarão “sim” quando 48 deputados da base do
governador votarem. Ou seja, se nós tivermos aqui 47 deputados, bingo, votação
adiada, fica para a semana que vem. Quarenta deputados votando “sim”. Eles têm quórum aqui para votar.
Na verdade,
senhoras e senhores, eles nem precisam pedir verificação nominal. Esse projeto
pode ser aprovado hoje, finalizado com uma votação simbólica aqui neste
plenário. Mas, Delegado Olim, eles fazem questão aqui de conferir, um a um,
quem vota “sim”, quem vota “não”, deputado Barros Munhoz. Para quê? Para
inviabilizar essa votação? Para quê, deputado Gilmaci, correr esse risco?
Eu sou
testemunha da mobilização que V. Exa. fez aqui, chamando todos os líderes na
semana passada, presidente André do Prado, convocando todos os líderes aqui
para trazerem as suas bancadas e votarem para finalizar esse projeto que está
há mais de dois meses aqui neste plenário para ser votado.
Então, fiquem
atentos aqui. Não acreditem em vãs palavras. Não acreditem no que falam aqui.
Acreditem no que fazem, no que demonstram. Não precisa acreditar no que eu
digo. Acreditem no que eu faço. Não acreditem aqui nas palavras vazias destes
que estão, mais uma vez, inviabilizando um projeto importantíssimo para a
Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Então, anotem
bem, senhoras e senhores, o nome do deputado que pediu verificação nominal
nessas emendas. Por quê? Eles já perderam, vocês já viram. Teve audiência
pública, teve emenda, presidente, de plenário, teve congresso de comissões, já
fizeram tudo, mas continuam até o último segundo tentando obstruir o projeto
que é do interesse de vocês. Não faz sentido. Não faz sentido.
Eu agradeço a
presença de cada um de vocês aqui, que defendem sim uma Defensoria
independente, porque estão vendo aqui, in loco, a vanguarda do atraso
atrapalhar a categoria de vocês.
Eu não tenho
interesse nenhum nesse projeto, a não ser saber que atende a Defensoria, que
estrutura a Defensoria, que com o meu trabalho posso ajudar a Defensoria, mesmo
tendo divergências enormes com vários núcleos de vocês, e já apresentei isso à
categoria, sempre me coloquei à disposição para dialogar, para conversar,
quando concordo ou quando discordo.
Então, senhoras
e senhores, vejam bem o deputado que vier aqui a este microfone e pedir
verificação nominal, porque já pediram verificação de presença, e é
inadmissível, presidente, o que fizeram aqui no início dessa sessão, tentando
derrubar essa sessão para adiar essa votação por birra.
Por birra, por
meninagem, por molecagem, porque dizem aqui uma coisa, mas fazem outra. E é
isso, presidente, que fazem a todo momento na sua gestão, na gestão do governo
Tarcísio.
Eu falava aqui
para muitos de vocês. Tenho várias divergências com o governador. Ele sabe
disso, os deputados aqui sabem disso. Esse projeto sequer é um projeto de
governo, é um projeto institucional, mas estes aqui estão atrasando a vida do servidor
público da Defensoria.
Isso,
presidente, é inadmissível, porque, hipócritas que são, ainda vendem isso como
uma defesa da instituição e querem jogar aqui os deputados do Governo contra a
Defensoria. É uma paralaxe cognitiva enorme. É uma dissonância cognitiva
gigantesca.
Então, vocês
não precisam acreditar neste deputado. Só vejam novamente o vídeo desta sessão,
eles escondidos aqui no canto; pediram verificação, esperando os deputados
chegarem. É bizarro isso. É ridículo isso. É molecagem, é meninice.
Então, eu
convido os deputados aqui deste plenário, e peço aqui vênia, peço desculpas a
vocês que estão na galeria, ao líder de Governo, mas eu só voto, deputado
Gilmaci, quando os deputados da esquerda colocarem os seus votos aqui no telão:
“sim” ou “não”. “Sim” ou “não”.
E eu convido os
deputados a fazerem a mesma coisa, porque os deputados podem votar “sim” a
favor de suas emendas e nós votaremos “não” e derrubaremos, mas eu só voto
quando eles colocarem o voto deles aqui. Se, por um acaso, a base do Governo
não tiver quórum, paciência. Com os votos do PT e do PSOL nós teremos quórum e
aprovaremos o projeto que é do interesse institucional da Defensoria Pública do
Estado de São Paulo.
Então, mais uma
vez, faço um apelo aqui aos deputados para que votem favoravelmente à
finalização do projeto, que aprovem, que votem “sim” ou “não”, mas que votem
aqui, mas, se possível, para não protelar ainda, deputado Enio Tatto, V. Exa.
que é fundador da instituição, já coloque logo de início o seu voto no plenário,
ou, líder que é da bancada do PT - não de fato, mas talvez de direito -,
convença os pares do PT e do PSOL a não pedirem verificação, a não pedirem
verificação e votarem simbolicamente, porque se formos para a votação
simbólica, há sim o risco de não aprovarmos esse projeto hoje, de não
finalizarmos o processo regimental desse projeto, a votação ficar adiada e
protelarmos aqui mais uma semana com eles mentindo para vocês, dizendo que
defendem a instituição.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Dra. Paula.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Para uma breve
comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Está bom. Muito obrigada, Sr.
Presidente.
Eu acho que o
deputado Gil está um pouco exaltado, porque o julgamento do Bolsonaro está
chegando e daqui a pouco ele vai ser preso, mas eu queria só dizer que, também
na semana passada, o deputado Gil veio aqui, subiu a essa tribuna, esbravejou e
disse que a oposição não defendia a Defensoria Pública e que, por isso, se o
projeto não fosse votado naquela semana, ele nunca mais votaria o projeto e
convenceria a base do Governo a não votar mais o projeto.
Pois veja bem:
nunca foi intenção da oposição desta Casa não votar o projeto da Defensoria,
tanto é que, na semana passada, nós pedimos encarecidamente à liderança do
Governo que separasse as emendas para que as emendas fossem votadas, emendas
essas que nós elaboramos, porque nós tínhamos, como eu já disse, pleno acordo
com o restante do projeto, que diz respeito à ampliação da estrutura da
Defensoria e ao aumento dos salários.
Então, o que
nós estamos fazendo aqui hoje, diferente do que ele diz, que é falar que somos
a vanguarda do atraso, o que na verdade estamos fazendo é defendendo uma
instituição.
Então, o
deputado Gil vem aqui dizer que, se não votar, que pede à base do Governo... Eu
acho até engraçado, porque, que eu saiba, a base do Governo tem uma liderança e
não é o deputado Gil, por mais que ele queira muito, mas, neste momento, o que
nós, deputados da oposição, faremos é o que sempre fazemos: defender a
instituição Defensoria Pública, garantir que o governo, que diz tanto que tem
os seus votos, coloque os seus votos no plenário, mas, mais do que isso, quando
for a hora, nós votaremos favoravelmente às emendas que foram elaboradas pela
bancada do PSOL, pela bancada do PT.
Então, não
adianta o deputado Gil, que tem um total de zero votos na Defensoria Pública,
vir aqui e tentar angariar algum voto, porque, na verdade, todo mundo sabe que
ele não defende em nada a Defensoria Pública e que a verdadeira vanguarda do
atraso aqui é representada pelo bolsonarismo e pela extrema-direita, da qual o
deputado Gil tanto se orgulha de ser o representante. Daqui a pouco vai ter que
ir à cadeia visitar o presidente dele.
Obrigada,
presidente.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente,
para encaminhar pela liderança de Governo, por cinco minutinhos só.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a palavra
V. Exa., deputado líder de Governo.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Breve comunicação,
presidente, por favor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vossa
Excelência tem dois minutos, deputado Gil.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, é simplesmente constatar o óbvio, o que a
deputada Paula disse aqui. Esse deputado tem zero voto da Defensoria. É isso.
Ela acha que é uma crítica, é um elogio. Sou bolsonarista? Sou bolsonarista. Os
defensores aqui sabem disso, eu acho que se eu não deixei claro, preciso deixar
ainda mais claro isso.
O que ela está
fazendo aqui é simplesmente inadmissível com a instituição que ela diz
defender, presidente. É fácil, é só votar simbolicamente, aprovar, e assim como
o PSOL e o PT sempre fizeram, ajudando o governo do estado de São Paulo, seja
Tarcísio, seja João Doria, seja Alckmin, registrem ao final da votação o voto a
favor ou contrário, às emendas. É muito simples de se fazer isso.
Eles vão
colocar mais uma vez em risco essa votação que é extremamente importante,
presidente. Eu não consigo entender o porquê. Eu não quero ser o pai da
criança, eu não quero ser o deputado que fez isso ou aquilo.
Somente sou um
deputado, sou um entre 94. Mas o que o PT e o PSOL fazem mais uma vez nessa
noite é provar que o discurso deles não combina com a prática. Essa práxis que
eles têm de mentir a todo tempo, de enganar os seus eleitores está
materializada aqui nessa noite, neste plenário.
Faça o desafio
ao PT e ao PSOL, se realmente são favoráveis à Defensoria Pública do Estado de
São Paulo, aprovem simbolicamente essas emendas, finalizem esse projeto e ao
final, presidente, registrem o voto “sim” ou “não” às emendas e não coloquem em
risco a aprovação desse projeto na noite de hoje aqui no plenário da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a
palavra, o deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. O senhor e a senhora que nos acompanham
agora pela TV Alesp, todos que nos acompanham.
Eu pedi para
vir falar aqui pouco tempo sobre esse projeto. Durante toda a discussão desse
projeto, se diziam... A oposição disse que esse projeto é do governador.
Primeiro deixar claro que o projeto não é do governador. O projeto é da
Defensoria Pública do estado de São Paulo.
E nós
entendemos que o projeto era bom. É bom. A defensora pública geral nos
procurou, pediu ajuda para que a gente pudesse aprovar o projeto. E pediu que o
projeto fosse aprovado da maneira que veio para cá, que não houvesse emendas,
que ela não gostaria que tivesse emendas, seja lá qual for. Inclusive,
presidente, nós sabemos que no último momento teve alguém que veio pedir mais
uma emenda.
E nós
entendemos, falamos com a defensora mais uma vez, entendemos que não era o
caso, porque já havia um acordo e se comprometido com a defensora pública que
esse projeto não sofreria emenda, como é o desejo dela, como tem sido o desejo
dela e da Defensoria Pública na sua maioria.
Porém, em todo
momento, a oposição ou alguns tentam jogar e dizer que é um projeto do
governador do estado de São Paulo. Deixar bem claro que não é. É um projeto de
Defensoria. Nós, base do Governo, vamos ajudar, porque entendemos que é bom
para o estado de São Paulo, é bom para a Defensoria, nos comprometemos a ajudar
e vamos fazer isso.
Agora, houve um
acordo, a semana passada, de votarmos esse projeto. A oposição votaria contra,
verificaria... Não votaria contra, o acordo que não votaria contra, votaria favoravelmente,
ainda que tivesse verificação, votaria favoravelmente. Pediu e nós concordamos
em separar as emendas englobadamente para que pudesse hoje a oposição votar
favoravelmente também às emendas. Concordamos com esse acordo.
Volto a dizer
aos Srs. Defensores, à Sra. Defensora Pública Geral, nós queremos votar esse
projeto hoje. Precisamos de 48 deputados votando. Se não houver quórum, o
problema aqui não será da base. Srs. Deputados e deputadas da base, eu quero
aqui me permitir discordar do deputado Gil Diniz e sugerir que os senhores
votem “sim”. Assim que abrir o painel, vote. Vote “não”. O senhor registra o
voto de vocês: “não”. Assim que abrir o painel. Se a oposição não quiser votar,
é problema deles.
Se não der
quórum para que o projeto hoje, que já está aprovado, só faltam as emendas a
serem aprovadas, mas sim as emendas rejeitadas, não haverá sanção, não será
problema nosso, da base; será problema da oposição. Então o que nós vamos
votar, não importa se nós temos 30, se nós temos 20, se nós temos dez... Nós
vamos votar “não” e vamos deixar o problema para a oposição. Se eles não
quiserem votar, votação adiada.
E eu aqui...
Não é nenhuma ameaça. Eu acho que ameaçados nós estamos aqui a todo momento. E
se não tiver quórum para rejeitar as emendas e eliminarmos, acabarmos com esse
projeto hoje, no dia de hoje, para que esse projeto possa ir para a sanção,
Srs. Defensores, Sra. Defensora pública geral, Dra. Luciana Jordão, não será
problema da base.
Eu vou pedir
mais uma vez, senhores da base, aqueles que estão aqui no plenário e aqueles
que estão nos seus gabinetes: assim que abrir o painel, votem “não”. Se não der
os 48, não será problema nosso. Aí, a oposição que se entenda depois com a
Defensoria, porque não terá o projeto delas aprovado hoje, para ir para a
sanção e também não sei quando será, porque o acordo é para hoje.
Se não votar
hoje, não será problema da base. Não votaremos hoje, não eliminaremos, não
terminaremos o projeto hoje, mas não será problema nosso. E também não sei
quando será retomado aqui para ser votado. Isso não é ameaça. Isso é só uma
conversa que eu estou tendo com os senhores, que os senhores fizeram acordo com
este líder.
E eu espero que
cumpram o acordo com este líder, porque o líder cumpriu o acordo com todos vocês.
Aceitamos... Porque nós poderíamos ter terminado o projeto na semana passada.
Se nós não quiséssemos fazer o acordo, nós terminaríamos o projeto na semana
passada. Nós votaríamos e rejeitaríamos todas as emendas também.
Nós tínhamos
gente para fazer isso. Nós tínhamos base para fazer isso. Nós atendemos a um
pedido dos senhores, consideramos os senhores, entendemos a posição dos
senhores, mas agora eu acho que hoje é o Dia D. Hoje é o Dia D.
Base, quando
abrir o painel, por gentileza, todos... O presidente vai dar o comando e todos
dizem “não”. Se não der os 48, não será problema nosso. Defensoria Pública,
defensora geral, não será problema nosso se o projeto de vocês não sair daqui
pronto para a sanção do governador.
Muito obrigado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Sr. Presidente?
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Comunicação
para o deputado Dalben?
O
SR. DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Sr. Presidente, o
deputado Barros Munhoz vai encaminhar pela Federação PSDB Cidadania.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Barros Munhoz, então, vai fazer o encaminhamento pela Federação PSDB Cidadania.
Enquanto isso, dois minutos para o deputado Paulo Fiorilo - e será a última
comunicação. Depois da fala do deputado Barros Munhoz, o debate já foi feito.
Já se abriram os microfones para o debate. A discussão já foi encerrada na
semana passada.
Logo após a fala do deputado Paulo
Fiorilo e o encaminhamento do deputado Barros Munhoz, darei o comando para
aprovação ou rejeição do Item 2.
Deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, acho que duas
questões aqui. Primeiro, deputado Gilmaci, eu não estou como líder da
Federação, é o deputado Donato, mas a gente acompanhou juntos a discussão.
É bom lembrar
que o que nós combinamos na semana passada foi não ter nenhum debate sobre o
projeto, não ter encaminhamento. (Vozes fora do microfone.) Não, não, do
projeto. A gente aprovou o projeto de forma simbólica - todo mundo concordou
aqui - com o acordo de que teríamos o destaque das emendas.
Agora, não teve
- em nenhum momento no acordo - como seria o processo de votação. Vota a
primeira, voto a segunda, voto a terceira. (Vozes fora do microfone.) Perfeito.
Então, assim, nós precisamos deixar claro, porque senão parece que nós fizemos
um acordo que nós não queremos cumprir.
E outra, para
poder deixar... (Vozes fora do microfone.) Não, para deixar claro. Nós vamos
discutir encaminhamento de votação. É um direito da bancada, da federação, do
PSOL, de todo mundo. O senhor não pode impor e nem jogar a culpa na oposição se
o projeto ficar pendente. Até porque o senhor disse aqui publicamente que assumiram
um compromisso com a Defensoria de aprovar do jeito que veio.
E aí, eu quero
dialogar com o deputado Gil para dizer: deputado Gil, nós estamos defendendo a
Defensoria. É que, diferente do senhor, que tem uma outra posição de defesa da
Defensoria, nós temos outra.
Nós entendemos
que a palavra “consultivo” era importante para consolidar a Defensoria,
principalmente na constituição do Gade. Então, não dá para poder jogar nas
nossas costas a responsabilidade... Se aprova hoje, se não aprova hoje.
O Governo, ou a base do Governo - e o líder
disse isso - assumiu um compromisso de votar do jeito que veio. A oposição
entendia que ela precisava fazer algumas modificações. E não toparam. Bom, não
toparam, e nós continuamos defendendo a Defensoria - e defendendo a Defensoria
com D maiúsculo, com estrutura, com recurso.
Aliás, o senhor
deve saber que o vice-líder do governador deixou o cargo aqui porque não
concordou com o projeto. Porque cria cargo, estrutura, “et cetera”, e tal. (Voz
fora do microfone.) Foi. Aliás, com
outros.
Então acho que
é preciso restabelecer a verdade.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está
encerrado, deputado Paulo. Tem a palavra o deputado Barros Munhoz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Estão obstruindo, mais uma vez,
esta noite.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vou
ser muito breve. Eu já disse e vou repetir. Uma das coisas mais importantes na
minha vida parlamentar, nesta querida Assembleia Legislativa de São Paulo, foi
a criação da nossa tão queria instituição que é a Defensoria Pública.
O deputado Enio
Tatto, com seu brilhantismo habitual, já disse, em palavras melhores do que as
minhas, de quão importante foi aquela luta nossa. E hoje, meu caro companheiro
e amigo, que eu respeito tanto, que eu admiro, Barba, eu confesso que, com 49
anos de vida pública, eu estou mais decepcionado do que alegre, do que
motivado, do que feliz.
Eu vejo o
governo federal se esforçando, sim. Eu vejo os governos estaduais se esforçando
também. Mas eu vejo algo que eu nunca tinha visto na minha vida pública.
Tristeza, aborrecimento, bagunça, desavença, roubo, assalto, bandidagem.
Eu não consigo
mais assistir televisão. Eu não consigo mais ler jornal. E nunca deixei de
fazer isso, ao longo de toda a minha vida. Nunca deixei de ler três jornais por
dia, nunca deixei de assistir cinco canais com noticiários de televisão.
De repente, eu
tenho medo disso. Eu tenho susto disso. O que estou querendo dizer? Nós estamos
fazendo coisas que não tem nenhum cabimento fazer. Nós estamos todos discutindo
a favor de uma expressão. Se ela é boa, se ela é correta, não precisa de outra.
Não precisa de absolutamente mais nada. Se o projeto é bom, para que mudar?
Então eu quero
deixar aqui a minha posição, que é a da nossa bancada, da nossa federação, de
dizer que não tem sentido isso. Até porque, se está indo bem, e ninguém
contesta que está indo bem a ação da Defensoria Pública de São Paulo, para que
mudar? Para que mudar, se está indo bem? “Não, mas não muda nada”. Então, se
não muda nada, para que mudar? Para que fazer? Para que colocar algo a mais no
projeto?
É por essa
razão que eu afirmo aqui, em nome da nossa federação, que nós vamos votar
contra emendas. E já votamos, e mantemos o nosso voto. E repito, em alto e bom
som: graças a Deus, temos uma instituição sólida, positiva e efetiva. Viva a
Defensoria Pública do Estado de São Paulo. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação
as emendas, englobadamente, com pareceres contrários do Congresso de Comissões.
As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários, permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Rejeitadas.
Pela ordem, deputado Guilherme Cortez.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Para pedir uma
verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder
a verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento,
estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem
conhecimento da votação que se realizará.
*
* *
- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.
*
* *
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr.
Presidente, desculpa, presidente. Sei que nós estamos em votação, processo de
votação, mas posso dar uma comunicada aqui para a base? De novo, só avisar aos
Srs. Deputados e às Sras. Deputadas que nosso voto agora é “não”.
Obrigado, presidente.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Como vice-líder do Partido Liberal, colocar o PL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a anuência
do líder Carlos Cezar, PL em obstrução.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem,
presidente. Para colocar o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Barros, sua vice-líder é a deputada Ana Carolina, da Federação, ou o deputado
Dalben.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Desculpe.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Colocar a
Federação...
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Colocar a bancada dos Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em
obstrução.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. Colocar a
bancada da Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Sr. Presidente,
Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB
Cidadania também em obstrução.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem,
presidente. Para botar a Federação PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL e Rede em
obstrução.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar toda a bancada do PDT em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Toda a bancada
do PDT está em obstrução.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem,
presidente. União Brasil em obstrução e orienta “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Orientação
“não” do União Brasil e União Brasil em obstrução.
O
SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem,
presidente. Colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução. Tendo transcorrido os
quatro minutos, o sistema eletrônico então ficará aberto agora para que as
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção”
nos terminais dispostos em suas mesas.
Não havendo
mais deputados, algum deputado gostaria de alterar o seu voto? Não havendo
deputados interessados em alterar os seus votos, passaremos então à proclamação
do resultado. Votaram “sim” 16 deputados; “não”, 49 deputados; mais esse
presidente: total de 66 votos, quórum que rejeita o Item nº 2, que são as
emendas englobadamente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. Uma
breve comunicação, presidente. Não é sobre a votação, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Só um
minutinho, deputado Gil, só para eu fazer a convocação agora do Item nº 2, que
é a votação adiada do Projeto de lei nº 410, de 2025, de autoria do Sr.
Governador. Há sobre a mesa o requerimento de método de votação apresentado
pelo deputado Gilmaci Santos.
Em votação o requerimento de método de
votação. As senhoras e os senhores deputados foram favoráveis ao requerimento,
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o método de votação.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem Sr.
Presidente. Para indicar a deputada Ediane Maria para encaminhar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Já foi dado
o comando, deputado Guilherme Cortez. Estamos em processo de votação.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para pedir verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente.
Comunicação, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vou passar
agora, deputado Gil. Passo a comunicação a V. Exa. depois de fazer a
verificação de votação.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, presidente.
Presidente, só anunciar aqui ao plenário, aos nobres pares...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Gil,
me desculpe. Está em processo de votação. Me perdoe. Se eu abrir uma exceção
agora. Logo em seguida, quando for permitido, eu passo comunicação.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Não, tudo bem,
presidente. Mas em qual momento o senhor vai me permitir?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Logo que eu
finalizar a verificação e a votação do requerimento. Na hora que eu for para o
Item nº 1, eu passo para V. Exa. fazer a comunicação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos
proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste
momento estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que
as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem
conhecimento da votação que se realizará.
Tendo transcorrido os quatro minutos, o
sistema eletrônico agora ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs.
Deputados votem “sim”, “não” ou “abstenção” nos terminais dispostos em suas
mesas. Lembrando que nós estamos votando o método de votação de autoria do
líder do Governo, deputado Gilmaci Santos.
O
SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o
Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem.
Republicanos em obstrução.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem. PSD
em obstrução.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o
Cidadania e o PSDB, a nossa Federação, em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem.
Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PT/PCdoB/PV
em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem.
Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem. PSB
em obstrução.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a federação PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL
REDE em obstrução.
O
SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução.
Não havendo mais deputados para votarem
pelo sistema eletrônico, abriremos os microfones de apartes para que as Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que não conseguiram fazê-lo pelo sistema
eletrônico, assim o façam pelos microfones de apartes.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Quero votar “sim” e chamar os deputados da base para que venham
registrar o seu voto “sim”. Precisamos de 48 votos agora para aprovar o
roteiro. “Sim”, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - “Sim”.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Com prazer, votar pela regularização de terra no estado de São
Paulo. “Sim.”
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Paulo Mansur
vota “sim”.
*
* *
- Verificação de votação pelo sistema
eletrônico.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputados interessados em fazer seu voto pelo microfone de apartes...
Deputado Gil, eu já tinha dado o comando. Desculpe. A pergunta agora é só para
alteração de voto.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Beleza, presidente. Só
para registrar que voto “sim”, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pergunto se
algum dos Srs. Deputados ou Sras. Deputadas gostaria de alterar o seu voto.
(Pausa.) Não havendo deputados interessados em alterar o seu voto, passaremos à
proclamação do resultado.
Votaram “sim” 51 deputados, mais este
presidente, total de 52 votos, quórum que aprova o método de votação proposto
pelo deputado Gilmaci Santos, líder do Governo.
Item 1 - Em votação o projeto...
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Pela
ordem.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Pela ordem, deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela Bancada
PT/PCdoB/PV da Federação, deputado Marcolino.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra
o deputado Luiz Claudio Marcolino.
A
SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PSDB - Presidente, para
uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos, V. Exa., deputada.
A
SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO -
Eu gostaria de cumprimentar, presidente, a Sra. Angeles, que está sentada aí na
tribuna. Ela é a diretora do Escritório Econômico de Taiwan, em São Paulo, e
está chegando com um grupo de empresários para um evento organizado pelo deputado
Gil Diniz. E eu quero cumprimentá-la como esposa de um taiwanês que sou.
Muito obrigada, Sra. Angeles, pela sua
presença conosco.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Para uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para uma
comunicação, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, pedir aqui ao plenário uma salva de palmas à
Angeles Chu, que seria a nossa cônsul-geral de Taiwan aqui em São Paulo.
(Palmas.) Povo taiwanês, presidente, que celebra 70 anos de imigração para o
Brasil. A deputada Damaris colocou aqui: ela que pertence à comunidade.
Seu filho é um
cidadão taiwanês, ela casou com um taiwanês, e nós estamos, nesta semana,
celebrando esse povo tão aguerrido, esse povo, presidente, que está na primeira
trincheira de defesa da liberdade individual. Então, Angeles, seja muito
bem-vinda. Essa comitiva de empresários são muito mais que bem-vindos neste
Parlamento.
Taiwan, que é
um parceiro de São Paulo e do Brasil. E, presidente, deste Parlamento, eu já
tive a oportunidade de visitar Taiwan, deputada Damaris também, deputado
Coimbra, deputado Vitão, deputado André Bueno. Nosso líder vai agora em missão
oficial com o Guto Zacarias, com o Tomé Abduch.
Taiwan, que
mostra esse compromisso, presidente, com o desenvolvimento do estado de São
Paulo. Então, uma alegria, Angeles, receber V. Exa. neste Plenário e acolher
aqui a comunidade taiwanesa que celebra 70 anos de trabalho mútuo pelo
desenvolvimento do nosso amado estado de São Paulo, presidente.
Muito obrigado,
Angeles.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência, então, à nossa sessão, com a palavra o deputado Luiz Claudio
Marcolino, para encaminhar pela Federação PT/PCdoB/PV.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente, senhoras e senhores
deputados. Como eu já tinha feito na discussão do projeto, a nossa bancada do
Partido dos Trabalhadores está contrária ao projeto ora apresentado.
E eu tinha já
colocado na argumentação passada que o governador Tarcísio ou não conhece o
estado de São Paulo, ou não conhece a legislação do nosso País. E eu fiz
questão de perguntar ao presidente, na minha fundamentação em relação ao
projeto, porque a lei, hoje, federal, pela Constituição de 88, não permite que
terras públicas sejam vendidas ou sejam repassadas para o setor privado. E a
possibilidade de você repassar uma terra devoluta, uma terra pública, é para a
reforma agrária.
E esse projeto
que o governador encaminha aqui para a Assembleia Legislativa, nobre deputado
Jorge do Carmo, legaliza a grilagem no estado de São Paulo. E além de legalizar
a grilagem no estado de São Paulo, esse projeto ainda tira do Itesp a
responsabilidade da análise das terras a qual o governo quer vender nesse
momento, ainda com deságio de 90 por cento.
Então, é um
presente que o governador do estado de São Paulo, o governador Tarcísio, está
dando aos grileiros do estado de São Paulo. Mas, mais do que isso, deputado Capitão
Telhada, queria trazer aqui algumas informações, que hoje, inclusive, a “Carta
Capital” traz essa denúncia, uma denúncia feita pela Mariana Serafini. Eu
queria colocar, pedir para o pessoal da técnica colocar aqui a apresentação.
Então, aqui:
“Lei de Tarcísio beneficiará ruralista condenado por desmatamento da Amazônia”.
Essa é uma denúncia que tem hoje na “Carta Capital”. Antônio Vilela Filho está
na lista de requerentes de terras devolutas em São Paulo e o projeto propõe
desconto de até 90 por cento.
Pode seguir. A
reportagem da “Carta Capital” demonstra que o PL 410/2025 amplia o programa de
regulação de terras, permite a aquisição de áreas devolutas com desconto de até
90%, facilita a regularização e inclui imóveis com mais de 2,5 hectares.
Essa é uma
forma de burlar o limite do Art. 188 da Constituição, que tornaria esse projeto
inconstitucional, mas o Tarcísio arruma uma forma de burlar a constituição para
tentar ampliar as terras e os latifúndios no estado - de terras griladas.
Terras griladas que o governador Tarcísio está repassando para o setor privado.
Pode passar para a próxima.
Então aqui são
as informações. Em 2023, o ruralista, AJ Vilela ou Jotinha, duas irmãs se
inscreveram no programa para pleitear a regularização de fazendas sobrepostas a
áreas devolutas pertencentes ao estado, com desconto de até 90 por cento. E
aqui nós trouxemos um pouco o detalhamento de como é que eles burlam a questão
da legislação para grilar ou para repassar terras hoje devolutas para grileiros
no nosso estado.
Tanto aqui o
Antônio Junqueira Vilela Filho, condenado por desmatamento na Amazônia, dizem
que é pecuarista, mas ele é, na verdade, um criminoso que devasta a terra hoje
na Amazônia. É um criminoso. Já está condenado pelo crime que lá cometeu. E
agora o governador Tarcísio vai repassar áreas do estado de São Paulo para esse
criminoso condenado por desmatamento da Amazônia.
Ele e duas
irmãs se inscreveram no programa para pleitear a regularização de uma área de
3,3 mil hectares em Pirapozinho, com desconto de 90%. Os estudos técnicos
apontam uma fazenda, tanto Juqueiravi I, Juqueiravi II.
Então é um
conluio entre ele e as irmãs para garantir que essa área, que hoje é uma área
devoluta, para a reforma agrária no nosso país, de acordo com a Constituição de
88... E agora o governador Tarcísio arruma brecha, nobre deputado Barba, para
fazer aqui um processo de...
E um outro
item, quero trazer aqui mais alguma informação. A Operação Rios Voadores,
deflagrada em 2016, na qual o AJ Vilela foi acusado de comandar um megaesquema
de desmatamento ilegal e grilagem de terras no Pará. O pecuarista responde
pelos crimes de grilagem de terras, trabalho escravo, falsidade ideológica,
organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e improbidade.
Então eu queria
trazer esse elemento. Passo agora ao deputado Barba, para dar continuidade aqui
ao debate da defesa, contrário a esse projeto, e pedindo aos deputados da base
do governo...
Além de querer
grilar terras devolutas, o governador Tarcísio agora quer passar essas terras
para um criminoso. Quero ver como a base do Governo vai votar nesse projeto
depois dessa informação.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado. Sr. Presidente, Sras. deputadas e Srs.
Deputados. Agradecer aqui ao deputado Marcolino, que está dividindo o tempo
comigo. Faço questão de vir à tribuna sobre este tema.
Quero resgatar
aqui o apresentado pela Professora Bebel, durante o debate desse projeto aqui
na semana passada, quando a Professora Bebel pega um período temporal de 1822 a
1850, das sesmarias, que, nesse período, deputada Bebel, nem cartório havia no
Brasil. Os caras grilavam a terra e registravam na cúria da Igreja Católica.
Era assim que funcionava.
E alguns
deputados aqui, quando apresentou esse determinado Projeto 410, que foi
aprovado lá atrás, diziam que era para democratizar a questão das terras
devolutas, que agora a terra ia ser democratizada.
Terra para ser
democratizada é se você utilizar um processo de reforma agrária para assentar
famílias que não têm terra. E aqueles deputados naquele momento, Vinicius
Camarinha, Carla Morando e outros... Aliás, o Vinicius Camarinha, desta
tribuna, dizia: “Agora vai haver democracia na terra”.
Veja bem. Eu
não conheço uma família da agricultura familiar que está assentada na terra
desde 1850. Foram todos expulsos do campo pelos grandes fazendeiros, pelos
herdeiros da chibata. E aí um deputado dizia aqui, a semana passada, que nós,
da oposição, andamos com o MST. Eu tenho a honra de andar ao lado do MST. Tenho
honra e orgulho.
Aliás, eu
caminhei, em 1992, de Santo Anastácio a Presidente Prudente, o dia inteiro.
E o prefeito lá
de Presidente Prudente era o Agripino de Lima, que fechou a cidade. Botou umas
40 viaturas para a gente não entrar, e nós acabamos entrando na cidade, e o
comércio nos recebeu. Era uma luta pela reforma agrária. É uma luta pelo
assentamento de pessoas que dependem da terra. Eu respeito uma boa parte do
agronegócio.
Alguns são
sérios, produzem de maneira correta, de maneira honesta. Mas tem alguns,
vários, que têm uma concentração de terra na mão, que expulsaram meus
antepassados. Que expulsaram alguém que tinha um sítio, que tinha uma chácara,
que tinha três ou quatro hectares de terra, e tomaram essas terras. E são essas
mesmas terras que o governador Tarcísio está entregando na mão desses caras, a
preço de banana.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Alex Madureira.
* * *
Não me estranha
a posição do Tarcísio, porque esse era o compromisso dele: tirar dos pobres,
para dar aos ricos, ou tirar do estado para entregar nas mãos dos empresários.
Assim como ele fez com a Sabesp. No ano que ele privatiza, lá no ano de 2022, a
Sabesp tinha dado 2 trilhões e 200 bilhões de reais de receita, de faturamento.
Então esse
projeto, o danado do 410, que botaram o jabuti em cima dele, e o cara que botou
jabuti sabe que estou falando dele. É um projeto para beneficiar os grileiros
de terra. Começou o debate na região do Pontal do Paranapanema. Era 1 milhão de
hectares de terra. E agora está se ampliando para o restante do estado.
Com certeza, esses
deputados que vão votar a favor, que vão fazer esse benefício de doar mais
terra para quem tem terra. Porque, gente, não é uma venda. É uma doação.
Engraçado que, na semana passada, o deputado Donato estava lendo famílias.
Oito pessoas da
família, com o mesmo sobrenome, cadastradas para poder comprar a terra a preço
de banana. Então esse é o governo do Tarcísio e a sua base aliada.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Pela ordem,
presidente. Vice-líder da Minoria, quero encaminhar, e vou dividir o tempo com
a deputada Ediane Maria.
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Tem o senhor
o tempo regimental.
Porém, antes disso, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso 1º, do Regimento Interno,
convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, 10 minutos
após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia.
*
* *
- NR - A
Ordem do Dia para a 32a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O.
de 27/08/2025.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Deputado
Jorge tem o tempo regimental.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT
- Obrigado, Sr. Presidente. Boa noite, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
da TV Alesp, que nos assiste, e todos que estão presentes.
Sr. Presidente,
esse projeto é muito caro para nós, para a bancada do Partido dos
Trabalhadores, para a oposição desta Casa. Porque nós defendemos a terra e a
democracia. E o que esse projeto possibilita, ele é exatamente a concentração e
a defesa dos latifundiários e dos grileiros.
Eu diria à
nossa assessoria técnica que colocasse aqui. Vamos lá, Sr. Presidente. O
Projeto 410, de 2025, perguntas sem respostas. Como já foi aqui mencionado por
diversas pessoas. Vamos lá. Pergunta, Sr. Presidente.
Quais são os
resultados da aplicação dessas três leis fundiárias, aquelas que o projeto se
propõe a alterar?
Outra pergunta.
Qual o perfil dos beneficiários?
São perguntas
que já foram feitas e que, infelizmente, não têm respostas.
Essas leis
atendem o interesse público? Pergunta para os Srs. Deputados que vão votar
favorável.
Existem
relatórios com dados dos beneficiários? Outra pergunta para aqueles que vão
colocar a sua digital nesse projeto.
Em relação à
Lei nº 17.557, foram enviadas ao Itesp diversas perguntas sobre a lei que
regulariza as grandes áreas de terras devolutas. Mais perguntas.
Por que a
Fundação Itesp e a Secretaria da Agricultura não responderam quais áreas foram
regularizadas?
Entre os
beneficiários, existe condenado na Justiça por crime ambiental? O que está
sendo feito com essas terras do ponto de vista da produção agrícola? E aí,
senhor, depois eu quero ver se o governador ou o líder do Governo ou quem se
habilitar pode responder essas questões.
Sobre a Adin,
sobre a lei que nós questionamos, que é a nº 17.577, sobre a Adin, por que o
governador agiu politicamente junto ao STF para suspender o julgamento? E lá a
ministra Carmen Lúcia até hoje não se manifestou, não concedeu a liminar desse
projeto, da nossa Adin que foi apresentada.
Se tem clareza
das suas razões, governador, por que não deixar julgar e acabar com a polêmica?
Se fez intervenção, deputada Professora Bebel, lá é porque tem dúvida e sabe
que essa lei é inconstitucional. Outras perguntas, Sr. Presidente.
Você sabia que
as três leis que o PL 410 altera são leis que permitem regularizar as terras
médias e as grandes? Vocês sabiam, Srs. Deputados? Vocês sabiam que a lei de
1999 já permite regularizar as terras dos pequenos agricultores familiares?
Certamente sabiam, mas não quiseram tratar desse assunto aqui.
Faz sentido
incluir mais uma lei fundiária sem debate, como foi feita essa aqui, de última
hora, e mais um jabuti, que é o que já foi falado aqui pelo deputado que me
antecedeu, o deputado Barba.
Quais foram os
resultados da aplicação da Lei nº 4.957 e depois da sua atualização em 2022?
Ainda, Sr. Presidente, faz sentido regularizar fazendas dentro de unidade de
proteção integral?
Como essa
fazenda estava lá? Essa área pública será regularizada como particular para
novamente ser doada para o governo estadual para fins de compensação ambiental.
É isso mesmo, Sr. Presidente? Certamente não vai ter resposta nenhuma, porque
nem há tempo e também quando nós fizemos não foram respondidas.
Por fim, Sr.
Presidente, o governo não deveria apresentar o resultado alcançado até a
execução dessas quatro leis? O governo não deveria apresentar o resultado
esperado com as alterações dessas quatro leis, Sr. Presidente? Por que não
organizar uma apresentação no formato de audiência pública?
Então, essas
questões, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, é que não foram
respondidas, pois diversas vezes foram questionadas neste plenário e pela
oposição aqui. Então, é por essas razões que nós não temos condições de colocar
a nossa digital para defender a grilagem de terra nesta Casa, porque é isso que
está acontecendo.
Foi isso que
aconteceu das outras vezes, é isso que vai acontecer se essa lei for aprovada e
sancionada pelo governador. Assim, Sr. Presidente, eu quero dizer que vou votar
“não” neste projeto e vou passar o meu complemento do tempo aqui para a
deputada Ediane Maria.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, deputado Jorge do Carmo.
Bom, é
impressionante o que está acontecendo aqui hoje, mas, olha, o estado de São
Paulo me deu a honra de, enquanto uma trabalhadora doméstica, poder ver de
perto o retrocesso que é esta Casa de Leis. A gente está votando aqui um
projeto, gente, estamos totalmente contrários a eles, porque aqui é a “Bolsa
Grileiros”. “Bolsa Grileiros”, é isso que está em jogo.
Mas o deputado
Jorge do Carmo trouxe algumas perguntas que não houve respostas, respostas
claras para a sociedade. Quem é o beneficiário? É a trabalhadora doméstica?
Não. É o pedreiro? Não. É a agricultura familiar que sustenta este País e
alimenta? Não.
Sabe quem vai
ganhar? E aí eu queria que o Wagner colocasse aqui para deixar mais claro,
porque o nosso mandato, assim como o PT, o PSOL, nós pedimos uma orientação de
quem são essas famílias, afinal de contas, por que o Tarcísio de Freitas está
tão preocupado em entregar essas terras devolutas?
E aí, olhem só,
senhores deputados, numa pesquisa que demorou 60 dias, que nós pedimos, essa
demanda veio para o Itesp, que demorou um bom tempo, foram 60 dias para
responder a nossa pergunta.
Quem são essas
famílias? Por que o interesse dessa pressa? Por que esta Casa está voltando com
tanta pressa, mais uma vez, um projeto que enterra, que entrega terras para
grileiros?
E aí, não se
surpreenda, gente, é para essas famílias que eles vão entregar. Por que chamou
a atenção do nosso mandato quando aparecem na pesquisa as famílias que serão
beneficiadas. E apareceu a família Vilela, os maiores pecuaristas e
destruidores de florestas no Brasil. E aí, gente, é assustador, assustador.
Chega a ser temeroso. Porque nós, que viemos do movimento social, nós, que
estamos lutando com várias e várias famílias que estão ali lutando, o portal do
Panamá que está lá resistindo e que a gente não vê um centímetro de terra, a
gente não vê nada acontecer, mas eu vou dar os nomes.
Bom, quem é a
família Vilela? Pode subir o eslaide e vamos mostrando. Bom, trata-se de uma
família com histórico marcante de envolvimento em crimes ambientais e violação
de direitos humanos.
A família é
composta por Antônio José Rossi Junqueira Vilela e seus filhos, José Antônio,
Antônio José Junqueira Vilela Filho, e Ana Luísa Junqueira Vilela Viacava, além
do gênero Ricardo Caldeira Viacava. Eles acumulam denúncias e processos por
trabalhos análogos à escravidão, grilagem e desmatamento ilegal.
O patriarca da
família, Antônio José Rossi Junqueira Vilela, tem histórico de envolvimento em
crimes graves, como o massacre de garimpeiros, em 1983, e o suposto extermínio
de indígenas isolados por envenenamento e ataques, além de ter recebido uma
multa de 60 milhões, em 2005, por desmatamento em área protegida no Mato
Grosso, maior multa aplicada pelo estado até o momento.
Seu filho,
Antônio José Junqueira Vilela Filho, é apontado como o maior desmatador
individual da Amazônia, com mais de 332 milhões em multas ambientais pelo
Ibama.
Antônio Vilela
Filho foi um dos principais investigados na Operação Rios Voadores, em 2016,
que desmontou uma organização criminosa especializada em grilagem e
desmatamento na Amazônia. As acusações incluem corrupção ativa e passiva,
lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação de documentos e invasão de
terras públicas.
Bom, é esse o projeto que está em jogo. É o
Projeto nº 410, do governador Tarcísio de Freitas.
Muito obrigada,
presidente.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. O tempo, Sr. Presidente.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - O deputado
Lucas, lógico, questionou a questão do tempo. Mas demorou um pouco para a
deputada vir, a deputada Bebel até pediu para segurar um pouco o tempo, o
deputado Dr. Jorge do Carmo pediu, então a gente deixou um pouquinho por conta
dessa questão de a deputada Ediane chegar até o plenário.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para indicar a deputada Monica Seixas para encaminhar pela Bancada
do PSOL. E eu gostaria de pedir uma verificação de presença também, porque não
me parece que o quórum está verificado para garantir que todo mundo esteja aqui
para ouvir a deputada Monica e depois o deputado Lucas.
Então, para indicar a deputada Monica,
e pedir verificação de presença.
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Vou pedir ao deputado Lucas Bove, se puder fazer
o favor de nos ajudar aqui com a verificação de presença, e também deputado
Rogério Nogueira, por favor, se puder nos ajudar aqui. Tenho certeza de que vai
ser rápido, nós vamos constatar o quórum aqui.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. André do
Prado.
*
* *
- Verificação de presença.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado
o quórum regimental, agradeço o deputado Lucas Bove e deputado Rogério Nogueira
e devolvo a palavra à nobre deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRESTAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom, semana passada eu trouxe aqui um
pouco do resultado das vendas da primeira lei de 2023, que o governador
Tarcísio está prorrogando agora.
Porque se é
para as pessoas dizerem que não sabem qual é o resultado disso, eu trouxe o que
foi que aconteceu nos últimos dois anos com o PL da grilagem, que eu vou
recapitular.
O projeto fala
de terrenos a partir de 15 módulos rurais. O tamanho dos terrenos em São Paulo,
o Incra divide em cinco regiões com metragem diferente. Tem módulo rural que
tem a partir de cinco hectares até 110 hectares, e cada hectare tem dez mil
metros quadrados.
Se os senhores
conseguirem fazer a conta do que representa 15 módulos rurais, se os senhores
conseguirem imaginar o que é esse tanto de terra, os senhores me expliquem qual
é a situação de vulnerabilidade desse pobre coitado que foi beneficiado por
essa lei de terras. Porque não entra na minha cabeça esse tamanho de terras, e
não entrava na legislação também.
Qual que é a
grande sacada dessa lei? O Congresso diz, a lei brasileira diz que para dar o
título de terra para uma pessoa desse tamanho, o limite era dois módulos
rurais. Para cima disso, tinha que passar pelo Congresso, e é isso que o
governador Tarcísio está burlando aqui. Vocês conseguem imaginar o que são 750
mil metros quadrados a quatro milhões de metros quadrados? É disso que a gente
está falando.
E aí você vai
me perguntar. Regularização fundiária é uma bandeira que a gente defende, que a
gente quer ver para casinhas pequenas das favelas de periferias, que a gente
quer ver para Itaquaquecetuba, onde 70% da população não tem o título da sua
casa, a gente quer ver para Taboão da Serra, a gente quer ver para os bairros
periféricos de Itu e Sorocaba, que têm bairros que não tem regularização
fundiária, a gente quer ver para Brasilândia, a gente quer ver para a favela 14
de Osasco, a gente quer ver para as favelas e periferias para poder chegar a
CEP, saneamento básico e dignidade, com energia elétrica.
Porque as
pessoas não acessam o direito porque não têm regularização fundiária, mas
quando é 20, 30 metros quadrados de um barraco, o que o governador faz?
O que vocês
repetem aqui o tempo todo, Lucas Bove, que hoje foi absolvido pelo Conselho de
Ética e usou um processo que eu venci de um assediador de mulheres na Justiça,
mas não aqui no Conselho de Ética na Alesp? O que vocês falam? Polícia, bala,
não é?
Agora 15
módulos rurais é terrinha, não é? (Fala fora do microfone.) Rurais ou fiscais,
são sinônimos, você pode ver que para o Incra valem a mesma coisa. É, posso te
ensinar isso como posso te ensinar também que o processo que perdi na
Assembleia Legislativa, esse sim, foi político, mas a Justiça honrou a minha denúncia
e puniu o agressor. (Fala fora do microfone.)
É o que eu
desejo também.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Lucas Bove, por favor,
respeite a oradora na tribuna.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - É o que eu desejo para o senhor
também.
E aí a gente
precisa olhar, Sr. Lucas Bove, que eu desejo encontrar na Justiça, o que foi o
resultado da lei de 2023. E aí vou pedir para a técnica colocar para mim, por
favor. A gente ficou meses, meses! Procurando no “Diário Oficial do Estado de
São Paulo” o resultado das terras regularizadas, segundo a primeira lei.
A “Carta
Capital” conseguiu - eu ainda não consegui ir tão longe - achar quem foi um dos
beneficiados, o Jotinha, grileiro, criminoso ambiental, multado em milhões de
reais por desmatamento na Amazônia, mas eu não consegui tanto, porque o
governador não dá transparência.
Você não acha
no “Diário Oficial” quem são as pobres pessoas em situação de vulnerabilidade
que compraram terrinhas, terrinhas de a partir de 750 mil metros quadrados,
pela Lei de Regularização Fundiária.
Aí eu vou
mostrar para os senhores o que a gente encontrou aqui, por favor. Vamos lá. Eu
mostrei isso já, outro dia, para vocês. Na coluna do meio, tenho o que o estado
apresenta como o que seria o valor venal do terreno.
O que o estado
apresenta; pode estar para baixo, pode estar para cima. Na última coluna, o que
realmente custou, quanto a pessoa pagou. Estou falando de fazendas de a partir
de 750 mil metros quadrados até quatro milhões de metros quadrados.
Se o Tarcísio
colocasse isso aqui em um leilão da BTG, a gente iria se estapear para
participar. E com certeza iria arrecadar mais. Mas não foi para leilão. Ele deu
para quem ele quis, sem nenhuma transparência ou participação.
Duvido que
algum dos senhores tenha comprado o terreninho ou a casinha dos senhores pelo
que a Fazenda Triunfo, que pagou 85 mil reais. Terrinha, coisa pouca. Olha, é
Triunfo I e II, o que me faz acreditar que a pessoa comprou duas vezes, como a
matéria da “Carta Capital” mostra. Por favor, troca de página.
Aí, na segunda
página, na oitava linha, já aparece uma das fazendas que eu não sabia, mas que
apareceu hoje, do Sr. Jotinha, que ele pleiteou e comprou, a Junqueiravi III;
730 mil, ele pagou. Terrinha, coisa boba. Não é nenhuma porcentagem das multas
por crime ambiental que ele pagou. A III, tá? Olha ali os valores das terras:
73 mil reais, 211 mil reais.
Eu vivo
repetindo: pega uma terra dessas e destina para moradia popular. Funda uma
cidade, para a gente zerar nossa fila de habitação popular. Vende cada unidade
habitacional por esse preço. Quanto o estado de São Paulo não foi lesado aqui?
E de novo vamos
retomar: do que a gente está falando, além do tamanho? A gente está falando de
terras devolutas. Terras devolutas são terras públicas que você olha no mapa...
Deveriam ou eram floresta em pé. Quem montou a sua fazendinha nessa terra,
colocou o seu gadinho, plantou a sua cana, desmatou floresta.
Portanto,
deveria ser punido por nós por crime ambiental. Ou, se o Tarcísio fizesse o que
faz com o pobre, porque é racista, porque polícia e bala para a ocupação é só
com gente pobre e preta, mandaria a polícia para desocupar.
Mas esse daqui,
além do projeto da instituição da grilagem, é o projeto que demonstra, desenha
para a gente o que é o racismo estrutural. Quando a gente fala de racismo
estrutural, que é político, econômico, é isso daqui, são os escândalos que
fazem com polícia, bala de borracha, violação de direitos humanos, humilhação
para as pessoas que constroem um barraco de 20 metros quadrados, enquanto o
estado faz essa daqui.
Olha o que rico
ganha. Vire a página, por favor. Na penúltima linha, você acha de novo aqui o
Jotinha, Fazenda Junqueiravi I, R$ 741 mil. Ele comprou. Não, não, não, gente,
vou repetir para ficar bem explícito. Na coluna do meio é o que o Estado diz
que a terra vale.
Eu não tenho a
mínima condição se vale mesmo isso, mais ou menos, mas estou usando os próprios
dados que o estado me deu em “Diário Oficial”. O Estado diz que a terra valia
aquilo e, na última linha, é o valor que a pessoa pagou com abatimentos de até
90% do valor.
Então, ele
pagou lá no latifúndio R$ 741 mil, certo? Se você for olhar nessa página mesmo,
você vai ver que tem gente comprando o sítio Nossa Senhora de Fátima por R$ 112
mil. E aí eu vivo provocando. Me dá um apartamento por esse preço? Me dá um
CDHU por esse preço? Me dá um CDHU por esse preço? E eu não estou falando
prédio, não.
Eu estou
falando a unidade habitacional. Troca a página. Troca a página. Bove, você foi
isento por assediar sua ex-esposa. Durante a minha fala, eu vou pedir para você
ter calminha, tá bom? Eu sei o que eu falo. Para terminar, olha ele ali de
novo. Próxima página. Só vou pedir para você acelerar rapidinho para a última.
Quando eu faço o cálculo do que diz o Estado e o que o Estado vendeu.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, presidente. O tempo,
presidente, nós temos que agilizar...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Lucas, por favor, deixe a
deputada finalizar. Depois dou o mesmo tempo para você.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Só o dado que o Estado dá entre
o que a terra vale e o que ele vendeu, o prejuízo para o estado de São Paulo
nos últimos anos é de 1 bilhão de reais. Além disso, o Estado colocou o
subsídio de 7 bilhões de reais nessa regularização.
Custou para o
seu bolso 8 bilhões de reais.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para concluir, deputada Monica.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - E tem gente chocada com o
desvio de 1 bilhão de reais da Ultrafarma. Doar o estado de São Paulo é isso
daqui. Isso daqui que a Assembleia Legislativa vai autorizar a prorrogar com
essa votação.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Para encaminhar
rapidamente pela bancada do Partido Liberal, indico o deputado Lucas Bove.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental,
com a palavra o deputado Lucas Bove, fará encaminhamento pela bancada do
Partido Liberal.
O
SR. LUCAS BOVE - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, Sr. Presidente. Obrigado, obrigado, meu
líder Carlos Cezar. Boa noite a todos que estão aqui hoje nos acompanhando.
Mais uma votação muito importante. Prometo não tomar muito do tempo, que é o
que a oposição quer.
Atrasar os
trabalhos desta Casa, como quer atrasar o estado de São Paulo. Mas não posso
deixar de notar que houve uma denúncia aqui nessa tribuna. O deputado que
esteve aqui antes, ele disse que o governador Tarcísio, prestem atenção, agiu
politicamente junto ao STF para intervir numa decisão do Judiciário e que a
ministra Cármen Lúcia não julgou o processo até agora.
Ele fez uma
denúncia aqui. Ele fez uma denúncia de prevaricação, de interferência entre os
poderes. Então não sei se essa Casa tem o poder de fazer isso, mas gostaria que
o Supremo Tribunal Federal fosse notificado, porque foi feita uma denúncia
aqui.
E é uma
denúncia grave, é uma denúncia que trata da isonomia dos poderes, da
independência dos poderes da nossa Constituição. Uma denúncia que nós vimos
fazendo há anos no Brasil.
Então é muito
importante e muito grave a denúncia do deputado, o ato falho do deputado, que
salvo engano foi o Dr. Jorge do Carmo que falou aqui, não tenho certeza, mas eu
vou buscar essa fala e vou fazer com que ela seja endereçada a todas as
instâncias, inclusive ao governador.
Porque se o
governador está interferindo politicamente no Supremo Tribunal Federal, e se a
ministra Cármen Lúcia - como foi acusada aqui nominalmente desta tribuna -
está, de fato, sendo conivente com isso, nós temos uma situação muito grave. E
nós temos aqui a corroboração da esquerda de tudo aquilo que nós vimos
denunciando durante anos.
Mas eu vou me
ater ao tema aqui. Vou aproveitar iniciando com uma fala do deputado também. “É
um projeto muito caro.” Caro para quem, cara pálida? Pergunte para os
assentados do assentamento Bela Vista, em Araraquara, que são do Incra, que
estão morrendo de inveja porque todos os assentados ao seu redor estão
recebendo título e eles não, porque o Incra é do governo federal, é o análogo
ao Itesp aqui no estado de São Paulo.
Nós vamos
assentar as 7.500 famílias do estado de São Paulo até o final do primeiro
mandato da gestão do governo Tarcísio. Quer a esquerda queira, quer não.
Enquanto isso, os assentados do Bela Vista, do Incra, passam necessidades
porque não têm o apoio.
Nós temos aqui
mais de um deputado de Araraquara. Tivemos vários governos do PT em Araraquara.
Então por que eles não fizeram nada? Porque eles querem manter a massa de manobra.
Da mesma forma,
no Pontal, que foi o Pontal da desgraça, do atraso, e hoje tem um secretário de
Agricultura que é de lá, meu amigo, amigo do Itamar Borges, presidente da
Frente Parlamentar de Agricultura, grande apoiador deste projeto, um homem que
luta pelo nosso agro e luta pelo Oeste paulista também.
Porque o PT, a
esquerda, deixou o Oeste sem apoio durante anos e décadas. Para quê? Para
manter a massa de manobra. Vejam onde eles têm maior votação: no Pontal do...
Tinham, né? Porque isso vai acabar.
Porque o
pessoal do Pontal, do Movimento dos Sem Terra, já falou para mim que realmente
o Tarcísio está fazendo aqui em São Paulo o que o Lula e os defensores da
reforma agrária, essa turminha do PSOL aí, do nanico, nunca, nunca fizeram por
eles.
Então, o
desespero está batendo porque está acabando a narrativa. Está acabando. Nós
vamos titularizar todo mundo, a exemplo de Bolsonaro, que titularizou 420 mil
famílias em quatro anos, mais do que Fernando Henrique, Lula 1 e 2, Dilma 1 e
meio - porque foi “impeachmada” - e Temer juntos. Bolsonaro, em quatro anos,
fez mais do que toda essa turma fez em vinte. Então, as narrativas vão
acabando.
Enquanto isso,
eles, em abril de 2025, bateram recorde de 55% de aumento do desmatamento na
Amazônia em relação ao ano passado. Enquanto isso, eles estão sem agentes de
fiscalização no ICMBio e no Ibama, porque não querem resolver o problema do
meio ambiente.
Aliás, o PL da
devastação, como era chamado - de maneira hipócrita - pela esquerda, foi
sancionado pelo Lula, com alguns vetos ali para fazer uma graça. O mesmo Lula
que está defendendo exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, na Amazônia.
Então, vejam a
diferença entre expectativa e realidade, entre verdade e mentira. Aí vem falar
de assuntos aqui que não têm nada a ver, porque trabalham só com a narrativa
mesmo. E é só o que resta a eles.
Aliás, se não
fosse assim... Vamos falar de transparência, que foi o que cobraram.
Transparente é o PSOL, porque o Boulos é um homem de coragem. Ele foi lá no
Conselho de Ética, já que estão falando aqui, bateu no peito e falou: “O
Janones é réu confesso de rachadinha, mas eu vou votar pela absolvição dele.”
O Boulos, pelo
menos, teve a coragem - que vocês não têm - de falar a verdade, de passar pano
para rachadinha. Falta coragem para vocês, porque não conhecem sequer o assunto
que estão falando.
A legislação
paulista que está sendo aprovada acompanha a Constituição e a legislação
federal. Nós não temos aqui a chance de mudar isso. Os módulos fiscais são
respeitados. Módulos fiscais. Nós estamos em São Paulo, no Itesp. Módulo rural
pode ser uma outra coisa. Talvez o ChatGPT tenha te confundido, deputada. Mas
não tem problema.
O fato é: quem
produz, quem cuida da terra, quem preserva o meio ambiente é o produtor rural.
Porque nós temos o Código Florestal mais denso do mundo. Em São Paulo, o
produtor rural é obrigado a preservar 20% da sua terra. Vinte porcento. E sabe
o que os assentados ou aqueles que não têm a propriedade fazem? Simplesmente
não preservam, porque eles não têm essa obrigação.
Então, o título
de terra é para defender o meio ambiente, para defender 80% dos produtores
rurais, que são compostos por pequenos produtores, que têm até quatro módulos
fiscais. Oitenta por cento.
E essa turma
que está lá, e eventualmente tem uma família que tem um pedaço aqui e um pedaço
ali, são pessoas que o pessoal precisa sair do Google e ir lá. De verdade. Ir
lá de verdade.
Não adianta
fazer proselitismo político na Favela do Moinho. A turma ali morando no lixo e
os caras lá querendo defender não sei o quê. Vamos arrumar moradia para essa
turma. Vamos lutar por isso. Aliás, o governador - mais de 200 mil moradias no
seu mandato - batendo recorde também. Mas os apóstolos do atraso só sabem
criticar.
Mas essa turma,
que está lá, ela está há 100 anos nessa terra. São 100 anos, tinha gente há 100
anos lá. Aí você diz que estou dando a terra praticamente de graça. O cara está
lá há 100 anos, plantando, cuidando. Não é que nem o MST, que entra lá, mata
cabeça de gado, devasta tudo, desgraça tudo. Eu visitei um assentamento no
Pontal. A única coisa que funcionava lá
era a vendinha do MST.
Por isso, a
despeito... Como é que foi a palavra que o Fiorilo usou outro dia? A despeito
dos gritos da oposição, que só sabe gritar e atrasar o estado de São Paulo, nós
aprovaremos o PL 410 hoje, sim.
Porque, se tem
alguém que promove a verdadeira reforma agrária, que promove a verdadeira
igualdade, isonomia, entre todos, todos mesmo, é a direita paulista, a direita
brasileira.
Parabéns,
secretário Piai.
Parabéns,
governador Tarcísio, e a toda a bancada da base do Governo aqui que,
certamente, aprovará esse projeto, na felicíssima terça-feira, dia 26 de
agosto, de hoje.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
projeto, salvo emenda aglutinativa. Pela ordem, deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Eu vou
colocar em votação, porque tenho até 8 horas. Depois, eu abro uma comunicação
para Vossa Excelência.
Em votação o projeto, salvo emenda
aglutinativa e emendas. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem
favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto. Pela
ordem, deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. Uma
votação nominal.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Então faremos uma votação nominal.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos
proceder a verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir desse
momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que
as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem
conhecimento da votação que se realizará.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem,
presidente. Para colocar o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução. Pela ordem, deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. Para
colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução. Pela ordem, deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
presidente. Para colocar o PL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução. Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem,
presidente. Para colocar a bancada do PSOL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Bancada do
PSOL Rede em obstrução. Pela ordem, deputado Milton Leite Filho.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem,
presidente. Para colocar o União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil
em obstrução. Pela ordem, deputado Ricardo França.
O SR. RICARDO FRANÇA - PODE
- Pela ordem, presidente. Para colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução. Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para uma breve
comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Estamos em
processo de votação, Giannazi. A hora que voltar, a segunda sessão
extraordinária, eu passo para a Professora Bebel, e passo para você uma
comunicação. Pode ser? Obrigado. Pela ordem, deputado Capitão Telhada.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem,
presidente. Para colocar o Progressistas em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Progressistas em obstrução. Pela ordem, deputado Itamar Borges.
O
SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem,
presidente. Para colocar o MDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em
obstrução. Pela ordem, deputado Oseias de Madureira.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem,
presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução. Pela ordem, deputado Marcio Nakashima.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr.
Presidente. PDT em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PDT em
obstrução.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem,
presidente. Colocar o PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB
Cidadania em obstrução. Tendo transcorrido os quatro minutos, então agora o
sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos
em suas mesas.
O
SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em
obstrução, deputado. Não havendo mais deputados que queiram votar pelo sistema
eletrônico, vamos então agora abrir os microfones de aparte para que os
senhores deputados possam fazer os seus votos.
Consulto as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados se mais algum deputado gostaria de consignar seu voto. Não havendo
mais deputados interessados, pergunto, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, se
alguém, algum dos Srs. Deputados gostaria de alterar o voto.
Não havendo deputados também
interessados em alterar o voto, passaremos à proclamação do resultado. Votaram
“sim” 48 deputados, “não”, 13 deputados, mais este presidente, totalizando 62
votos, quórum que aprova o Item nº 1, que é a votação do projeto, salvo emenda
aglutinativa e emendas.
Esgotado o objeto da presente da
sessão, antes de encerrar a sessão, lembro-os ainda da segunda sessão
extraordinária, a realizar-se dez minutos após o término desta sessão, para
darmos reinício à votação do Item nº 2 e do Item nº 3.
Está encerrada a sessão.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 20 horas e 9
minutos.
* * *
- É inserida Declaração de Voto, não lida em plenário.
* * *
REQUERIMENTO
Ao Excelentíssimo Senhor
Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – Deputado Estadual
André do Prado
Declaração de voto
Senhor Presidente, venho, por meio
desta, declarar meu voto favorável com ressalvas à aprovação do Projeto de Lei
Complementar 20/2025, de autoria da Defensoria Pública do Estado de São Paulo,
por razão das ambiguidades que permaneceram no texto do PLC, a despeito das
diversas tentativas de usuários da Defensoria Pública, assim como de
parlamentares e autoridades públicas, de propor emendas para melhoria do texto.
Destacam-se as diversas tentativas de
aprimoramento do texto do Artigo 71-A, para fazer constar do caput de forma
expressa, que o Grupo de Assessoramento de Demandas Estruturais teria caráter
consultivo, conforme proposta da Emenda de Plenário n° 17, da Bancada do PSOL.
Contudo, a despeito de ter a Senhora
Defensora Geral Luciana Jordão da Motta Armiliato de Carvalho alegado, por
diversas vezes, inclusive em audiência pública oficial realizada nesta casa,
que o Núcleo de Assessoramento em demandas estruturais seria, sem dúvida, de
caráter consultivo, posto tratar-se de prerrogativa constitucional dos
defensores a liberdade de atuação, não houve vontade política por parte da base
do governo para aprovação de melhorias ao texto.
Aponta-se, por fim, que as ressalvas
quanto o PLC 20/2025 também nascem de fundada preocupação de que a autonomia da
Defensoria Pública do Estado de São Paulo esteja sendo ameaçada, uma vez que o
presente projeto se mostra maculado por sérios indícios de que esteja
respondendo mais aos interesses do Poder Executivo, que busca se blindar de uma
ação mais contundente por parte da advocacia pública, que às necessidades de
seus beneficiários.
Solicito que a presente
declaração de voto conste em ata da 1ª Sessão Extraordinária do dia
de hoje para posterior publicação no Diário Oficial do Estado de
São Paulo.
Aproveito o ensejo para renovar os
votos de estima e consideração.
Gabinete, em 27 de agosto de 2025.
Ediane Maria do Nascimento
Deputada Estadual – PSOL
*
* *