6 DE FEVEREIRO DE 2025
3ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: OSEIAS DE MADUREIRA, CARLOS GIANNAZI e MAJOR MECCA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - OSEIAS DE MADUREIRA
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h06min.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
5 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Determina que seja feito um minuto de silêncio em homenagem a Rafael Novais, policial militar, vítima de homicídio no dia de hoje.
7 - EDIANE MARIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
9 - OSEIAS DE MADUREIRA
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE MAJOR MECCA
Determina que seja feito um minuto de silêncio em homenagem à bispa Keila Ferreira, em razão do seu falecimento.
11 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - PRESIDENTE MAJOR MECCA
Endossa o pronunciamento do deputado Conte Lopes.
13 - CONTE LOPES
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
14 - PRESIDENTE MAJOR MECCA
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 07/02, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 15h02min.
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* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Oseias de
Madureira.
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-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
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O
SR. PRESIDENTE - OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Primeiro orador inscrito para o Pequeno
Expediente, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Delegada Graziela. (Pausa.) Nobre
deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Oseias de Madureira,
telespectador da TV Assembleia.
Sr. Presidente,
o governador Tarcísio de Freitas, juntamente com o seu secretário da Educação,
o empresário Renato Feder, está fazendo escola aqui em São Paulo, porque eles
estão destruindo a educação estadual, retirando direitos dos profissionais da
Educação. E estão sendo seguidos por prefeitos, sobretudo pelo prefeito da
cidade de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes.
Ele, no final
do ano passado, aprovou um famigerado e nefasto projeto de lei, na Câmara
Municipal, retirando também direitos dos profissionais da Educação, direitos
conquistados historicamente.
Sobretudo na
área da carreira do Magistério, atacando os professores readaptados, aqueles
professores que adoeceram, sobretudo no trabalho nas escolas, por conta da
superlotação de salas, da precarização, da violência contra os profissionais da
Educação.
Então nós temos
muitos professores que adoeceram e foram justamente readaptados. Estão
trabalhando nas escolas, mas não dentro da sala de aula. Eles permanecem
professores, permanecem participando do processo pedagógico dentro da escola,
mas não em sala de aula.
São os
professores readaptados, que existem em todas as redes de ensino. E na rede
municipal, então, eles já foram prejudicados, já foram penalizados por conta do
adoecimento no trabalho.
No entanto, o
prefeito Ricardo Nunes, não contente já com essa situação, do professor ser
readaptado, agora resolveu também retirar a jornada especial desse
profissional, desse professor readaptado.
E, retirando a
jornada, ele retira também a remuneração. Haverá uma redução salarial dos
professores readaptados da rede municipal de ensino por conta da aprovação e da
sanção da Lei nº 18.221, de 2024, e de uma instrução normativa.
Nós, o nosso
Coletivo Educação em 1º Lugar é constituído pelo mandato do vereador Celso
Giannazi na Câmara Municipal; pelo mandato da deputada federal da professora e
ex-supervisora de ensino, deputada Luciene Cavalcante, e o nosso mandato aqui
da Assembleia Legislativa.
E o nosso
mandato, aqui da Assembleia Legislativa, através do nosso partido, o PSOL,
ingressamos com uma ADIN logo que a lei foi aprovada e que está sendo analisada
aqui no Tribunal de Justiça.
A nossa ADIN
visa revogar, anular, essa famigerada Lei nº 18.221, mas essa lei não prejudica
só os professores readaptados, ela prejudica também os outros professores.
Então o professor, hoje, que tirar licença médica, que estiver de licença,
perde também essa remuneração, ele perde a JEIF.
É o que já está
acontecendo na rede estadual de ensino. O professor da rede estadual também não
pode mais adoecer, porque ele também tem perdas terríveis, e até mesmo a perda
do contrato, no caso do professor da categoria “O” admitido pela Lei nº 1.093.
Então a
carreira do Magistério Municipal, que é uma carreira consistente, que foi uma
conquista do Magistério Municipal avançou muito na gestão da prefeita Erundina,
e na gestão do Paulo Freire e do Mario Sergio Cortella, porque ambos foram
secretários municipais de Educação na gestão da Luiza Erundina. Então nós
tivemos um grande avanço nessa gestão, sobretudo na área da Educação e no
avanço nas conquistas da carreira do Magistério Municipal.
Então o
prefeito Ricardo Nunes agora faz um ataque nefasto, perverso e execrável contra
os profissionais da Educação, tentando retirar direitos conquistados e
sobretudo tentando destruir a carreira do Magistério Municipal, mas não vai
conseguir porque a luta, a resistência, as entidades representativas dos
servidores da Educação já estão mobilizadas.
Nós entramos
com a ADIN, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, através do nosso Coletivo
e nós faremos a luta para reverter essa perversidade, esse ataque que tenta
precarizar a carreira do Magistério Municipal.
Então era isso,
Sr. Presidente, nós vamos continuar em luta e acompanhar o julgamento da nossa
ADIN aqui no Tribunal de Justiça, para que haja a revogação imediata dessa
legislação e que não haja retirada de nenhum direito dos servidores da educação
municipal aqui em São Paulo.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Obrigado
deputado Carlos Giannazi. Próximo deputado, Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)
(Pausa.) Deputado Atila. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.)
Deputado Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Deputado Ortiz Junior. (Pausa.) Deputado
Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Reis.
(Pausa.)
Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado
Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Thainara
Faria. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.)
Deputado Rogério Santos. (Pausa.)
Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado
Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado
Donato. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos
Giannazi.
*
* *
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente; os meus amigos aqui na
Assembleia, funcionários civis e militares.
Eu venho à
tribuna nesta tarde, inicialmente gostaria e iria falar de coisas positivas, o
Aniversário da Assembleia que foi ontem, 190 anos, desde 1835, iria destacar
pontos positivos da reunião hoje, no Palácio do Governo, junto com o
governador, junto com aproximadamente 600 prefeitos, que estavam lá. Foram
apresentados os programas do governo para 2025, para nós deputados, para os
prefeitos.
Gostaria muito
de destacar os pontos positivos, que a gente está planejando para esse ano, mas
tudo foi interrompido, tudo que a gente tinha organizado para falar hoje foi
interrompido mais uma vez, infelizmente, por uma ocorrência catastrófica, mais
uma vez, pela morte de um policial militar, soldado Rafael Novais, soldado R.
Novaes, como era conhecido, do 4º Batalhão, trabalhava ali na 1ª Companhia do
4º Batalhão, na Lapa.
Muito famoso
nas redes sociais, inclusive por ter um Instagram, um TikTok, inclusive no
YouTube, e divulgava lá ocorrências policiais positivas, como o rádio
patrulhamento de motocicleta, como o contato dele com a periferia, com a
juventude, com as crianças - ele que fazia um trabalho social. Vira e mexe,
compartilhávamos alguns vídeos, alguns trabalhos que ele fazia, levando cestas
básicas para comunidades.
Um jovem
policial militar, exemplar na execução do seu serviço, que envergava sua farda
com orgulho. E hoje pela manhã foi covardemente assassinado na Zona Norte de
São Paulo.
Uma ocorrência,
um crime, onde teve um abuso de confiança, onde o assassino que conhecia a
vítima, o assassino que conhecia o policial, porque morava nas proximidades,
era vizinho dele, ele premeditou a morte do Novaes e de maneira covarde, sem
chance de defesa, efetuou diversos disparos no nosso guerreiro, nosso herói, na
cabeça, inclusive quando já estava no chão, recebeu mais disparos e foi morto.
Conversamos
pela manhã com o secretário de Segurança, conversei com o comandante do 4º
Batalhão, iniciamos uma rede entre amigos de informação, o que tinha
acontecido, o que levou a essa ocorrência.
A Polícia
Militar e a Polícia Civil identificaram o criminoso, presidente, eu acabei de
ter a notícia agora, às 14 horas e 15 minutos - cerca de cinco, seis horas após
a ocorrência - que o indivíduo identificado como autor dos disparos, o
indivíduo... O assassino do soldado R. Novais, já pagou pelo seu crime.
Foi
identificado, foi localizado e no momento da abordagem - ele que já tinha
matado um policial - novamente reagiu à prisão, atirou contra os policiais do
dezoito, que estavam no seu encalço, e foi morto. Mais uma vez uma notícia de
um policial... Pela crise de autoridade que a gente vive no Brasil, onde um
indivíduo criminoso julgou que poderia tirar a vida de um policial por causa de
uma briga, por causa de uma discussão, por causa de algum fato pretérito.
Hoje a vida do
policial não vale mais nada, em vez de resolver a situação, em vez de
conversar, ele julgou que seria inteligente ou que seria de melhor
custo-benefício para ele tirar a vida do policial, assassinar um policial,
porque nada acontece, ninguém fica preso no Brasil.
Muitos dos
homicídios, mais de 90% não são nem identificados. É esse o raciocínio que o
ladrão faz, que o criminoso faz no Brasil. Infelizmente, o crime compensa. Em
vez de resolver uma situação pontual, que fosse de dívida, que fosse de briga,
que fosse qualquer situação, resolveu que seria melhor tirar a vida do
policial.
E isso acontece
não só em São Paulo, não só no interior, em outros estados a nossa vida não
vale nada, a vida do agente de Segurança, infelizmente - para o estado que
continua com essas leis perversas, que continua com leis que apenas defendem,
que apenas protegem os criminosos -, nossa vida continua não valendo nada.
E, em que pese
o criminoso assassino já ter sido morto durante a operação policial, não traz a
vida do nosso herói de volta. A família dele vai sofrer com esse fantasma para
sempre, da perda de um ente querido covardemente, assassinado por nada, só por
ser policial militar.
É essa a nossa
briga que a gente tem que conscientizar no Brasil, conscientizar a população, a
sociedade, e conscientizar as autoridades. Nós deputados, os deputados
federais, o Senado, e que nós não podemos continuar com essas leis ridículas no
Brasil, que não defendem o cidadão de bem e não dão resguardo, não dão
retaguarda para os nossos heróis.
Os nossos
policiais militares estão sendo dizimados. Nós sofremos um verdadeiro genocídio
no Brasil, em ocorrências similares a essa. Quando um policial é identificado
como policial, seja em um assalto, seja na vizinhança, ele se torna alvo. E ele
é morto pelo simples fato de ter escolhido a sua profissão de servir e
proteger. Ele é morto por ser policial.
Nós sofremos um
“policídio”. Nós sofremos um genocídio no Brasil, enquanto bandido continua
tendo “saidinha” de preso, continua tendo audiência de custódia, continua tendo
visita íntima, continua tendo progressão na pena, continua tendo salário
reclusão, recebendo na cadeia, e continua sendo melhor ser criminoso no Brasil
do que ser trabalhador honesto.
Continua sendo
mais vantajoso tirar a vida de um policial com a crença da impunidade que hoje
paira na cabeça do cidadão comum aqui no Brasil, que inclusive é estimulada
pelo presidente da República, que em diversas inserções, que em diversas falas,
já colocou, defendendo o bandido, que é lícito roubar para tomar uma
cervejinha, roubar um celular para tomar uma cervejinha, e etc.
É por causa de
mentalidades perversas e criminosas como essa que a gente continua
testemunhando ocorrências tristes e desastres como esse. Eu gostaria de
encerrar as minhas palavras externando os meus sentimentos a cada familiar do
Rafael, do Rafinha, externar os meus sentimentos aos amigos que trabalhavam com
ele, que ombreavam o dia a dia na companhia, no batalhão.
Gostaria de
externar as minhas condolências, os meus sentimentos a todos os policiais
militares, a todos nós como Instituição, a todos nós como povo de São Paulo,
como sociedade, porque hoje nós sangramos todos, não foi apenas o Rafael Novais
que sangrou, nós todos como povo de São Paulo, como sociedade, como seres
humanos, como um país, uma cidade, um estado que ainda sonha em ser um dia
organizado, em ser um dia uma nação democrática, em alcançar algum tipo de
estado, de fato, que tenha moral perante a comunidade internacional.
Nós todos
sangramos nessa manhã, nós todos sentimos esses tiros. Então, a todos os
amigos, meus sentimentos, fica aqui esse registro, Presidente, e mais um herói
policial militar, que infelizmente estará na lembrança dos seus amigos, dos
seus familiares, mas que hoje, para o Brasil, infelizmente, não passa de um
número.
Quantos
soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, coronéis, quantos policiais
civis, quantos policiais penais, quantos guardas civis, também, não tiveram
suas vidas ceifadas em atos covardes, em atos criminosos como esse? E quantos
ainda não precisarão e não terão que sangrar para que a gente alcance um nível
decente de sociedade?
Então, fica a
nossa indignação, fica o nosso reconhecimento ao legado e a história deixada
pelo Rafael na Polícia Militar e nos seus trabalhos sociais, que sempre foi um
entusiasta. Fica a nossa gratidão a cada policial que se empenhou na operação
para a captura desse criminoso, que agora também escolheu a maneira que viria,
escolheu o jeito que viria.
Parabéns às
autoridades e, inclusive, ao secretário que empenharam energia nessa operação e
fique de exemplo o legado de mais um herói da Polícia Militar.
Obrigado,
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente. Com a palavra o
deputado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra a deputada Letícia Aguiar. (Pausa.) Com a palavra a deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Com a
palavra a deputada Solange Freitas.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Com a palavra o deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Com
a palavra o deputado Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Com a palavra o deputado Altair
Moraes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca, que fará uso regimental da
tribuna.
Fazendo uma correção, eu chamei também
o deputado aqui Sebastião Santos, mas então com a palavra agora o deputado
Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr.
Presidente, os deputados, as deputadas que estão na Casa hoje, os nossos
funcionários que nos dão suporte aos nossos trabalhos, aos nossos heróis
policiais militares, policiais civis que estão aqui garantindo o Estado
Democrático de Direito, o nosso trabalho legislativo.
Presidente, eu
gostaria, antes de iniciar a minha fala, pedir um minuto de silêncio do
plenário desta Casa, desta Casa Legislativa, ao soldado Rafael Rodrigues
Novais, mais um herói da Polícia Militar, executado no estado de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - A Presidência atende o pedido de
Vossa Excelência. Então solicito a todos que fiquem de pé e um minuto de
silêncio.
* * *
- É feito um
minuto de silêncio.
* * *
Devolvo a
palavra a V. Exa., Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA - PL - Senhor Jesus, acolha o nosso
irmão, o soldado Rafael Novais, e conforte o coração da sua família e de todos
os amigos e de todos nós, policiais.
É isso aí que
acontece no estado de São Paulo e em todo o Brasil com esses Direitos Humanos,
política que condenou os homens de bem, as mulheres de bem desta Nação a serem
executados na mão de bandidos. Está aí, presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, ministro da Justiça, Lewandowski, o resultado dessa política
podre que vocês exercem há mais de 40 anos neste País.
Eu vou mostrar
aqui no telão do plenário da Assembleia Legislativa - o vídeo é forte -, mas
tem que ser mostrado, porque a Rede Globo mostra 500 vezes quando um policial
vai executar uma prisão e tem qualquer desvio de comportamento.
Eles não querem
saber se o policial foi provocado, se o policial foi ameaçado. Eles mostram
cinco mil vezes por dia, das cinco da manhã até meia-noite, para querer colocar
a população contra nós, policiais.
Mas isso daí é
prática que já está caindo, porque o povo já sabe quem os partidos de esquerda,
quem o PT, quem o PSOL, quem esse presidente da República defende. Eles
defendem bandidos e está aqui, imagine o que um ladrão desse faz com um cidadão
de bem na rua.
Olha como ele
matou um policial, que foi conversar com ele, conversar. Não apresentou arma e
nas imagens percebe-se a boa intenção do policial em dialogar, por gentileza. E
olha como esse criminoso executa o policial.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Olha como o
policial está bem-intencionado e olha a maldade, a ousadia do criminoso. Ainda
vai lá terminar de executar o nosso policial. Covarde! É isso que nós estamos
passando no estado de São Paulo e em todo o Brasil. Nossa tropa está sendo
executada, assassinada.
É para isso, é
para esse tipo de gente que trabalha um presidente da República. Olha o
absurdo, olha a que ponto nós chegamos. Esse homem tem que ser “impeachmado”,
tem que ser retirado da Presidência da República. Como pode uma coisa dessas?
Falar que o ladrão rouba para tomar uma cervejinha? E olha que daqui a pouco
está morrendo mãe de família com meio quilo de carne na mão saindo do açougue.
O ladrão matou para comprar cerveja e vai matar para comer a carne, para fazer
o churrasquinho dele. É um absurdo o que nós vivemos.
Se não são os
nossos heróis policiais se importarem uns com os outros, investigarem, irem
atrás, identificarem, procurarem o paradeiro... Esse bandido hoje, com toda
essa violência, resolveu enfrentar quem foi lá prendê-lo para levá-lo às barras
da Justiça. A lei do retorno.
Mas eu deixo
registrado aqui o porquê de trabalharmos tanto para que o policial possa morar
em uma casa, em um ambiente digno onde ele seja respeitado, porque hoje, nas
ruas do nosso estado, nos bairros de toda essa Nação, quem manda, quem toma
conta é o crime. É o crime. Culpa desses políticos bandidos, corruptos que
estão no poder e não medem esforços para defender bandido.
Agora é capaz
que alguém se manifeste, porque o bandido morreu trocando tiro com a polícia.
“Ah, mas por que ele morreu?”. Vão se preocupar com o bandido. A Ouvidoria de
Polícia, não tenho nem dúvida, porque dali a gente já sabe o que vem: menos
apoio ao policial. Hipócritas! Vocês não valem o feijão que vocês comem. Vocês
estão condenando o povo brasileiro a morrer na mão dos bandidos.
Como falou aqui
o Capitão Telhada, o Conte Lopes... “Vamos, a saída temporária é um direito do
bandido, coitado! Visita íntima. Não, o que é isso? Leva maconha para dentro da
cadeia”. Pelos partidos de esquerda, é para dar maconha para todo mundo, para quem
está na rua, para os nossos filhos. Distribuir maconha.
É contra isso
que nós nunca deixaremos de lutar aqui neste plenário e na tribuna desta Casa,
porque os homens e as mulheres de bem, neste país, ainda são a maioria. Não
aprenderam a se organizar, não aprenderam ainda a cobrar da forma como esses
corruptos e políticos bandidos devem ser cobrados. Mas nós nunca desistiremos.
Fica aqui o
nosso respeito, a nossa homenagem ao soldado Rafael Rodrigues Novais, do 4º
Batalhão de Polícia Metropolitano.
Que Deus o
abençoe, meu irmão, e o receba em seu exército celestial.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra
o deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Gil
Diniz. (Pausa.) Deputada Ediane Maria, que fará uso regimental da tribuna.
A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito
obrigada, Sr. Presidente.
Quero
saudar esta Casa, todos os funcionários desta Casa; dirijo-me aqui ao plenário,
e eu, assim como vários parlamentares desta Casa, gostaria, sim, de trazer
excelentes notícias. Gostaríamos de falar de uma perspectiva de um estado e de
cidades aqui no estado de São Paulo maravilhosas.
Eu
acho que esse ano abriu o poço, tudo de ruim veio à tona. Bom, ano passado nós
passamos por várias campanhas municipais. Fui muito surpreendida com a fala, e
aí podemos até usar um termo, cara de pau de alguns, que colocou que a favela
venceu, a favela venceu.
O
que nós vimos no começo do ano, em janeiro deste ano, o que nós acompanhamos
estarrecidos, os trabalhadores sendo mais uma vez violentados dentro do metrô,
dentro do trem, com os móveis que compraram com o salário, ou com a faxina, ou
com a diária, ou o cara que trabalha do Uber, no aplicativo que foi lá, comprou
sua televisão, seu guarda-roupa, um fogão, uma geladeira nova, foi lá, dedicou
a vida inteira.
Ano
passado, o que nós aqui falamos do projeto de extermínio, do projeto de
violência e de retrocesso no estado de São Paulo não está escrito. Inclusive,
queremos parabenizar, deputado Giannazi, aqui hoje existe uma Comissão de
Habitação, mas que muitas vezes atua apenas em grandes catástrofes, em grandes
desastres naturais. O alagamento é um deles, o alagamento é um deles, está aí.
Tem
bairros como o Pantanal, a Chácara Três Marias, estão lá e vários bairros,
Santo André, São Bernardo, Diadema, Guarulhos estão alagados. O povo está há
mais de cinco dias debaixo da água, gente, debaixo de água. Pessoas que, como
nós colocamos aqui em vários momentos desta Casa, que a privatização não
melhora em nada.
Mesmo
debaixo d´água, a conta da água está vindo. Moradores que estão tomando água
insalubre, água contaminada, pessoas doentes, estão adoecendo. E ontem, para
minha surpresa, estava na Chácara Três Marias ajudando os moradores, entregando
marmita e água, que as pessoas precisam do básico para sobreviver.
E
aí veio uma denúncia em cima da hora de mais de 140 famílias que estavam
abrigadas em uma escola estadual, onde, por incrível que pareça, mas para nós
nada mais surpreende, pelo menos para mim, eu acho muito mesmo para os
moradores, os trabalhadores que precisam de uma prefeitura e de um estado
atuante, tinha acabado de chegar para idosos, crianças, mulheres que estavam
ali vulnerabilizadas, porque perderam suas casas, perderam tudo, não podem
entrar na sua casa, a não ser com bote, a não ser com a caixa d'água que
esvaziaram para começar a circular e a salvar as pessoas, porque na comunidade
a gente se organiza, a gente vive realmente em comunidade.
Então,
se tem alguém que está preso dentro de uma casa, a gente vai, nem que seja para
arriscar a nossa própria vida, a gente vai lá para retirar essa pessoa, para
garantir dignidade. Ontem, fomos entregar, inclusive, comida, marmita e água
para pessoas acamadas que não conseguiam sair, para cadeirantes que não poderiam
sair de suas casas. Água batendo no meio da canela, no meio da barriga, da
cintura para cima.
É
essa a realidade das periferias de São Paulo. É essa a realidade que nós
estamos tendo que enfrentar. Agora, isso me surpreende bastante. Toda vez eu tomo
um choque quando eu vejo isso. Aqui é a cidade do progresso, do avanço, das
melhorias. Olha, São Paulo, o estado de São Paulo é a grande referência para o
Brasil.
Essa
referência, gente, está cada vez mais difícil. Está cada vez mais difícil de a
gente poder falar dessa grande referência, desse lugar que vai mudar a vida, a
realidade de todo mundo, porque as pessoas que estão alagadas na periferia, que
não conseguem circular, são as mesmas que vão trabalhar no centro, são as
mesmas, é aquele trabalhador de aplicativo que pega a pessoa no seu trabalho ou
leva para sua casa e está ali sorrindo, feliz da vida, muitas vezes sem ter
sequer o que comer, muitas vezes sem ter sequer o seu teto.
Por isso que
fizemos uma representação para o Ministério Público, cobrando. Cadê essas
melhorias? Tem que investigar esses investimentos, porque o prefeito Ricardo
Nunes, por incrível que pareça, que é o homem da favela, é o homem que está
ali, no meio da favela, ele vem de lá inclusive, segundo as falas dele, não vou
dizer que não acredito, mas ele esqueceu a favela, ele esqueceu a periferia,
ele esqueceu as pessoas que, assim como ele lá atrás, não têm as condições de
sair de lá e precisam do Poder Público atuando.
A gente está
falando de comunidades que estão ali, gente, há séculos, há 60 anos, 60 anos
ali, 40 anos, 30 anos, e que não conseguem ver essa melhoria, não conseguem ver
esse orçamento público, não conseguem ver o seu dinheiro, o seu investimento.
São seus
impostos que estão sendo gastos todos os dias, mas não conseguem voltar em
retorno, em saneamento básico, não conseguem. Pessoas que gastavam 40 reais de
energia.
Hoje, só do
esgoto, o esgoto que está inclusive dentro das casas hoje, porque não tem o
tratamento de esgoto necessário na periferia, várias pessoas com cano,
inclusive esgoto a céu aberto, mas a taxa do esgoto está sendo cobrada; só da
taxa de esgoto, 80 reais. Aí vamos imaginar mais a conta. A conta vem mais uns,
tem gente que está recebendo até cinco mil reais, quatrocentos, oitocentos,
seiscentos, setecentos.
O Jardim
Pantanal tem um levantamento importante, mais de 90% do Jardim Pantanal são de
mulheres, e sabe quanto elas ganham? Sabe qual é a renda dessas mulheres? Não
chega a um salário mínimo, estão na informalidade do trabalho.
E ontem a maior
cara de pau foi ver marmitas azedas, mandaram marmita azeda, estragada. Como a
tragédia vai vindo, dali a pouco, um vídeo rolando, os GCMs agredindo quem
estava na fila para receber um benefício, jogando gás, spray de pimenta, tudo
no povo.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Major Mecca.
* * *
Fora a
dificuldade também, as denúncias da dificuldade que o povo está enfrentando.
Muitas vezes tem que fazer dois ou três cadastros, pegar aquela fila duas ou
três vezes, porque o seu nome não consegue entrar no sistema para receber o
benefício.
Denúncias
seríssimas, inclusive de pessoas que dizem que, dependendo da aparência com que
você chega lá, não consegue acessar esse benefício, sendo que para acessar esse
benefício eu tenho que falar onde moro, ou onde pelo menos a minha casa se
encontra, porque muitas vezes o lugar em que eu estou morando no momento é
dentro de uma escola, dentro de um alojamento, que deveria dar o mínimo de
dignidade, e que muitas vezes não tem.
Por isso,
protocolei hoje uma moção de repúdio à atuação da GCM, por violentar, mais uma
vez, quem já está sofrendo a violência dessa crise ambiental, que, na verdade,
não tem investimento nenhum das prefeituras, muito menos do estado de São
Paulo. E quero até saudar a Defesa Civil, que está fazendo um papel
fundamental, que é ir lá com as condições que ela tem, que é salvar e resgatar
as pessoas, mas que a gente sabe, foram votadas, no passado nesta Casa,
inclusive, as limitações da própria atuação da Defesa Civil.
É uma vergonha
que nós discutimos, a Comissão de Habitação do estado de São Paulo, sobre,
gente, se tem um mapeamento das áreas de risco, por que não atua antes da
tragédia? Por que tem que esperar vir a tragédia, para depois ir lá resolver,
para depois colocar a vida de quem mora na comunidade em risco, da Defesa Civil
em risco, de todo mundo em risco? Tem que arrumar antes.
É o que nós
estamos fazendo. Nós, enquanto mães, temos uma coisa que é importantíssima, nós
olhamos o problema antes. Arruma a casa antes, arruma os filhos antes, organiza
tudo para depois. A gente pensa em remediar. Não dá mais para a periferia viver
no imediatismo.
Não dá mais
para a gente ver um prefeito rodando de helicóptero, enquanto o povo está se
afogando e morrendo, como um Uber que morreu afogado dentro do seu carro,
achando que viria, em algum momento, ajuda. Não veio ajuda. Não está chegando
ajuda.
Então quero
prestar minha solidariedade a todas as famílias que estão sendo atingidas e
dizer que essa luta e esse enfrentamento têm que partir daqui, desta Casa, dos
espaços políticos. E olhar, inclusive, para a distribuição de renda, que muitas
vezes não chega. Comunidades que estão esperando a melhoria faz tempo.
Ninguém mora na
periferia ou em área de risco porque quer. Romantizaram e colocaram que é
porque a gente quer. Na verdade, quem mora na periferia são aqueles, mesmo, que
constroem grandes prédios e mansões no centro da cidade.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando
sequência à lista de oradores desse Pequeno Expediente, deputada Beth Sahão.
(Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista.
(Pausa.)
Entrando na Lista Suplementar, deputada
Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputada Beth Sahão. Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. Deputado Valdomiro Lopes. Deputado Lucas Bove.
Deputado Oseias de Madureira.
Tem V. Exa. cinco minutos regimentais
para o uso da tribuna.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, queridos
amigos que trabalham aqui na Alesp, público presente, aqueles que nos assistem
nas nossas redes sociais e pela TV. Talvez esse seja um dos pronunciamentos
mais difíceis que eu já fiz nesta Casa.
E, para isso,
eu não poderia deixar de registrar que, no último final de semana, nós fomos
atingidos por uma dor imensa, que ecoou nos nossos corações, e até hoje, de
todos nós - membros da Assembleia de Deus do Brás e para toda a comunidade
evangélica -, que foi a partida da nossa querida bispa Keila Ferreira, que
deixou um vazio que é impossível nós descrevemos.
Sem dúvidas,
hoje ela já descansa nos braços de Deus, mas somos movidos pela saudade e a dor
que carregamos da sua ausência. Falar da bispa Keila é falar de uma mulher que
se entregou inteiramente à obra de Deus, que viveu para servir e para nos
inspirar. Seus títulos e responsabilidades são muitos: escritora, bacharel em
teologia.
Mas existia um,
acima de tudo, que ela sempre fez questão de mencionar, e que a ela fosse dado,
que é o título de mulher de Deus, que sempre buscou transmitir o amor de Cristo
e a importância da transformação através do evangelho. A sua liderança não era
apenas sobre posições ou títulos, mas sobre tudo o que ela fazia, que tocava a
vida daqueles que estavam ao seu redor.
Para a Igreja
no Brasil - e por que não dizer no mundo? -, a sua partida representa uma perda
irreparável. Ela não foi apenas uma bispa, mas uma mãe espiritual para tantos
de nós. Sua presença irradiava segurança e amor.
E as suas
palavras nos guiavam, tanto em momentos de festas, quanto em tempos difíceis.
Cada ensinamento que ela nos dava era um gesto de carinho. E foi um reflexo da
sua dedicação a Deus e ao próximo.
Para mim,
pessoalmente, a dor é um pouco mais intensa, ela é mais profunda. Ela não foi
apenas uma líder, mas uma grande amiga. Uma amiga da minha casa, uma amiga da
minha família, que sempre tinha uma palavra de conforto, um sorriso acolhedor,
um abraço que trazia paz.
O que dizer de
tudo isso? Ela foi, sem dúvida, uma mulher de Deus. Seu carinho, sua generosidade,
suas orações constantes e o cuidado que ela demonstrava com todos era algo que
nos tocava. E eu quero aqui deixar grato, eternamente grato a Deus, por tudo o
que ela fez, por mim, por minha casa e por todos aqueles que estavam ao seu
alcance.
Sem dúvida ela
tocou a minha vida de forma única, ensinando-me a ser mais firme, mais dedicado
a fazer a obra de Deus com seriedade, a ter um mandato íntegro, a servir ao
próximo e a confiar em Deus.
Que a sua
memória, a sua história e o seu amor continuem a nos inspirar e a seguir em
frente, firmes na fé, como ela sempre fez. Sem dúvida, a sua partida é
dolorosa, mas o seu exemplo nos fortalecerá para continuar a jornada.
Minha palavra
de profunda gratidão a todos que lá estiveram; ao nosso querido governador
Tarcísio; ao presidente desta Casa, deputado querido André do Prado; aos demais
deputados que lá estiveram, à deputada Marta Costa; ao presidente Bolsonaro; à
sempre primeira-dama Michele; a todos que por lá passaram, a nossa palavra de
gratidão.
Termino as
minhas palavras, Sr. Presidente, com um texto da lápide de sua sepultura, ali
no mausoléu da Consolação, que diz: “Keila Campos Costa Ferreira, pregadora do
Evangelho, filha exemplar, irmã amiga, esposa fiel e amada, mãe dedicada e uma
avó maravilhosa, uma santa mulher de Deus.
Temente aos
princípios do Senhor, ela viveu sua vida dedicada ao Reino dos Céus. Amou e foi
amada. Se dispôs e se deixou gastar para o bem de todos. Ali jaz o seu corpo,
mas o seu espírito está vivo na presença de Deus Pai e um dia estaremos juntos
para sempre”.
Há um texto que
eu quero mencionar e terminar com ele, que está na Bíblia Sagrada, no Livro de
Atos, capítulo 20, versículo 24: “Todavia não me importo nem considero a minha
vida de valor algum para mim mesmo; se tão somente puder terminar a corrida e
completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou de testemunhar do próprio
Evangelho e da graça de Deus que me alcançou”. Descanse em paz, Bispa Keila
Ferreira. Logo estaremos juntos na eternidade. O céu é logo ali.
Sr. Presidente,
eu gostaria de pedir, nesta Casa, um minuto de silêncio, em memória à querida
bispa Keila Ferreira.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental. Que Deus acolha a
nossa irmã e conforte os amigos e familiares.
* * *
- É feito um minuto
de silêncio.
* * *
O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Sr. Presidente, muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado,
deputado Oseias. Dando sequência à lista de oradores, o deputado Conte Lopes.
Tem, V Exa., cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Primeiramente, meus
sentimentos aos familiares da bispa Keila, citada pelo deputado Oseias de
Madureira.
E também meus
sentimentos aos amigos e familiares do policial Rafael Novais, que o Major
Mecca e o Capitão Telhada colocaram aqui, quando ele é executado na zona norte
de São Paulo, zona norte, zona oeste. Aquilo ali é uma pena de morte.
Outro dia eu
debatia com o deputado Reis que existe pena de morte no Brasil. Só que a pena
de morte está na mão do bandido, ele mata quem ele quiser. Infelizmente o
bandido mata quem quiser. E pelas armas que eles têm, matam governador, matam
prefeito, matam deputado... Têm as armas que têm. Eles fazem o que bem entenderem.
Queria aqui
cumprimentar os policiais que em legítima defesa “sentaram o pau” no criminoso.
Isso impede de ele sair amanhã em uma audiência de custódia. Ele poderia até
sair em uma audiência de custódia. O juiz entende que houve uma legítima defesa,
o policial foi dar a mão para ele e quando o policial vai dar a mão, pensou que
o policial iria atirar nele.
Outro dia,
chegando aqui nesta tribuna... Porque o mês inteiro nós vimos problemas da
polícia de corrupção civil, delegado preso, investigadores presos, tenente
preso matando o cara lá em Cumbica, os policiais com o tenente também,
policiais da Rota envolvidos... Da Rota que... Eu quero até saber o que mais
aconteceu ali, porque o R que falou, então a gente tem que saber quem é quem,
em tudo isso.
Só posso dizer
ao deputado Reis, do PT, que eu estou feliz, muito feliz. O duro é que se o
tenente que matou o tal do Vinicius com os dois policiais deles estivesse
livre. O duro é se o delegado que estava achacando, o que morreu lá com os seus
investigadores, estivessem livres. Então é importante que a gente... fica feliz
com isso.
Eu já prendi
policial bandido, eu já prendi. Eu falava até o Major Luiz Carlos, que trabalha
comigo até hoje, tem mais de 50 anos de Rota, como eu, que não é o fim da Rota,
como muita gente está falando, o que tem a ver com isso? Se meia dúzia de
caras, ou um ou dois querem fazer cagada, para falar o português claro,
problema dele, ele que assuma o que fez, que vá para a cadeia.
Deputado Major
Mecca, eu tive a oportunidade, como capitão da Rota e buscando aqui no Vale do
Ribeira três policiais meus da Rota, que chamam até hoje de BTA, que é o nome
Batalhão Tobias Aguiar.
O Brasil, o
Tobias iria odiar, ele saiu em serviço da Rota, de madrugada, foram para uma
cidade, que eu esqueci o nome agora, caminho do litoral, aqui pelo sul, pararam
em um bar, tomaram cerveja e em dado momento o Brasil pôs uma máscara e com os
outros dois acusaram o assalto.
Aquele tempo
podia até fazer piada, não é? Eu até falei: “Brasil, você não deveria se chamar
Brasil”, quando eu fui buscá-lo, “deveria se chamar Portugal”. Você põe a
máscara depois para assaltar? Você aparece primeiro com a cara limpa e depois
vai pôr a máscara?
Aquele tempo
podia fazer piada, hoje não pode, aquele tempo fazia. Aí eu fui buscá-los, os
três, foram subir na viatura ao meu lado e eu falei: “não, não, vocês sentam no
chiqueirinho. Algema e chiqueirinho. Vocês são bandidos.”
Ou seja, são
bandidos. Então se o policial do Deic está achacando não sei de onde, ele é
bandido e graças a Deus ele foi preso. Os investigadores são bandidos e graças
a Deus estão presos.
Se ontem, por
exemplo, se encontraram 23 celulares lá, o Ministério Público, a Corregedoria
Civil tem que responsabilizar todo mundo também. Da mesma forma policiais da
Rota, tenente, capitão, sei lá o que, mas tem que responsabilizar.
Não pode
colocar só na imprensa como se nós todos da Rota, como falou o major Luiz
Carlos, tivessem alguma coisa a ver com isso. Então, desde que eu entrei na
polícia, há quase 60 anos, tem gente ruim. Tem gente que se envolve no crime. É
problema de cada um. Só que nós não aceitamos...
E eu sempre
falei da representatividade desta Casa, sempre da tribuna desta Casa, como
falava nos quartéis, que quem prende o policial bandido é o policial bom. Não é
o jornalista, não é o político, entendeu? Não é o político, não. Quem prende o
policial bandido é o policial bom, é o policial honesto. Por isso, nós temos
que valorizar o policial honesto, para ele prender os bandidos, inclusive os
bandidos da polícia.
Então não me
envergonha nada isso aí, pelo contrário, eu fico feliz de saber que quem
cometeu o crime... O cara entrar em Cumbica e depois matar o cara lá dentro. Um
tenente da Polícia Militar. Então eu acho, no meu modo de ver, pena de morte
para eles. Como devia ter pena de morte para esse cara que matou o policial
agora aí, hoje, mas ele já foi apenado, não é? Pelo tiro em um entrevero ele
morreu.
Então é
importante colocar isso. Nós não temos que... Como falou o major Luiz Carlos,
até pensando na Rota, nós queremos que a Rota continue trabalhando, a Polícia
Militar, a Polícia Civil. Se não, daqui a pouco, Major Mecca, vão querer a
imprensa, que fala isso todo dia... Insinuar o que? Que está havendo corrupção
por causa do secretário Derrite. Está havendo corrupção por causa do secretário
Nico. Não, não tem nada a ver uma coisa com a outra.
Graças a Deus,
quem é bandido na polícia, quem é corrupto na polícia está entrando em cana. A
gente fica feliz com isso. E parabéns ao governador Tarcísio de Freitas que
confiou a Segurança Pública na mão de policiais.
Essa é a minha
colocação.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito
obrigado, deputado Conte Lopes, parabéns pelas suas palavras. Policial
experiente, tem um extenso serviço prestado ao povo de São Paulo.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente,
havendo acordo entre as lideranças no plenário, solicito o levantamento da
sessão, por gentileza.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 15 horas e 02 minutos.
* * *