5 DE SETEMBRO DE 2025

43ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS VETERANOS DAS FORÇAS ARMADAS E ATIRADORES DE TIRO DE GUERRA

        

Presidência: TENENTE COIMBRA

        

RESUMO

        

1 - TENENTE COIMBRA

Assume a Presidência e abre a sessão às 20h18min.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia as autoridades presentes. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

3 - PRESIDENTE TENENTE COIMBRA

Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene para prestar "Homenagem aos veteranos das Forças Armadas e atiradores de Tiro de Guerra", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Cumprimenta as autoridades presentes. Anuncia a apresentação de vídeo sobre os veteranos das Forças Armadas.

        

4 - LAUDO STORANI

Presidente da Associação dos Reservistas do Exército Brasileiro de Santo André, faz pronunciamento.

        

5 - JOEL DOS SANTOS

Presidente executivo e Comunicação Social da Agruban, faz pronunciamento.

        

6 - GILBERTO RICCI

Presidente da AVFA - Veteranos, faz pronunciamento.

        

7 - PRESIDENTE TENENTE COIMBRA

Lembra a trajetória do ex-presidente da AVFA - Veteranos, Ernesto Vespasiano, falecido.

        

8 - CESAR GALDINO FILHO

Diretor do projeto “Plano de Chamadas”, faz pronunciamento.

        

9 - PRESIDENTE TENENTE COIMBRA

Comenta os desafios e a importância da reinserção no mercado de trabalho para os veteranos das Forças Armadas.

        

10 - ANTÔNIO DE BARROS MELLO NEVES

2º vice-presidente da Abseg, faz pronunciamento.

        

11 - PRESIDENTE TENENTE COIMBRA

Ressalta a importância dos valores da carreira militar na atividade laboral civil.

        

12 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia homenagens, com a entrega de "Medalha Mérito Tiro de Guerra Escola de Civismo e Cidadania" a atiradores, antigos atiradores, chefe de instrução, instrutores e colaboradores dos Tiros de Guerra do Brasil, bem como a entrega de "Medalha dos Veteranos das Forças de Segurança Pública do Brasil" a veteranos das Forças Armadas do Brasil.

        

13 - PRESIDENTE TENENTE COIMBRA

Faz agradecimentos gerais. Convida o público a entoar, de pé, a Canção do Exército. Encerra a sessão às 21h42min.

 

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ÍNTEGRA

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Tenente Coimbra.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de homenagear e valorizar os veteranos das Forças Armadas e atiradores de Tiro de Guerra. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.

Convido, para que componha a Mesa Diretora, veterano Joel, presidente da Agruban; veterano Alves, presidente da Soape; Sr. Antônio Neves, vice-presidente da Abseg; Sr. Tenente Galdino, diretor do projeto “Plano de Chamadas”, da Divisão; Sr. Veterano Ricci, presidente da AVFA; Sr. Laudo Storani, presidente da Associação de Reservistas de Santo André; e o proponente e presidente desta sessão, Sr. Deputado estadual Tenente Coimbra. (Palmas.)

Convido a todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É reproduzido o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, passo a palavra ao proponente desta sessão solene, deputado estadual Tenente Coimbra.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Primeiramente, boa noite a todos. Iniciamos os nossos trabalhos, nos termos regimentais.

Senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo à minha solicitação, com a finalidade de homenagear e valorizar os veteranos das Forças Armadas e atiradores do Tiro de Guerra.

Antes de mais nada, quero me desculpar pelo pequeno atraso no início. Obviamente, a gente espera até as pessoas que vão ser homenageadas chegarem. Então aos mais antigos: depois não me deixem de flexão, não me mandem para o chuveiro. A gente já estava a postos, mas a gente faz aquele “delay” até, obviamente, para quem mora um pouco mais distante conseguir chegar na Alesp.

Gostaria de agradecer por algumas presenças, algumas delas inclusive já citadas pelo cerimonial. Quero agradecer ao meu amigo Antônio Neves, meu grande parceiro, vice-presidente da Abseg; tenente Galdino, diretor do projeto “Plano de Chamadas”.

Cadê o Galdino? Galdino é um grande guerreiro também, que agora está com um projeto da Divisão, esse projeto do “Plano de Chamadas”, que tanto requalifica e coloca no mercado de trabalho também os nossos veteranos.

Veterano Alves, presidente da Soape; veterano Ricci, presidente da AVFA; veterano Joel, presidente da Agruban; Laudo Storani, presidente da Associação de Reservistas de Santo André; veterano Fratti, presidente da AVFAB; veterano Rui, presidente da AVPE; veterano Vitaliano, presidente do Ralo dos Caveiras; veterano Madeira, presidente da Unip; veterano Vigo, presidente da AVZPG; veterano Calibas, presidente da ACVARRT; veterano Rodnei, presidente da ASREB; veterano Uehara, presidente da CVEx.

Obviamente, não daria para todos os veteranos estarem aqui conosco, na Mesa Diretora, então uma representação de algumas das associações, obviamente, representando todos os senhores aqui presentes.

Para quem não me conhece, sou o Tenente Coimbra, deputado estadual. Tive a grande honra e satisfação de servir às fileiras do Exército durante o meu período como militar temporário, servi durante mais de oito anos.

Durante esse tempo tive gratas felicitações de ter servido às 11ª e 12ª Brigadas, ao Comando de Aviação do Exército, onde tive a oportunidade de comandar o resgate aéreo durante três anos.

Quando acabou o meu tempo de serviço, em 2018 - e eu faço essa síntese para todos entenderem o motivo da cerimônia do dia de hoje, o motivo da medalha -, me coloquei como candidato a deputado estadual sem ter disputado nenhum cargo, acho que nem para síndico de prédio tinha disputado. Pela graça de Deus, pelo propósito de Deus, eu me elegi na minha primeira eleição em 2018 e assumi em 2019.

A primeira coisa que eu pensei quando assumi como deputado estadual é de que forma eu poderia retribuir a força, a caserna aos nossos veteranos, que eu me encontro nesse grupo, tudo aquilo que a caserna me deu?

E eu não falo em remuneração, eu não falo em posto, graduação, ou até mesmo hoje com o meu cargo passageiro de deputado, mas de que forma a gente poderia ajudar tanto a instituição, e de que forma a gente poderia estar ajudando os nossos veteranos e os militares que lá se encontram?

Então começaram algumas das nossas iniciativas. A primeira iniciativa foi a nossa Frente Parlamentar em Defesa do Veterano, que nós estendemos até hoje. Criamos a Frente Parlamentar em Defesa dos Tiros de Guerra e criamos a Frente Parlamentar pelas nossas Escolas Cívico-militares, esses três projetos que caminham de vento em popa. As escolas... Hoje, as mais de cem escolas que nós estamos implementando no estado de São Paulo.

O nosso reconhecimento aos veteranos e o nosso reconhecimento, também, aos nossos atiradores, porque muitas das vezes o reconhecimento não vem do poder público, o reconhecimento não vem nem da própria força, então tem que vir de nós mesmos.

Nós mesmos que servimos a caserna, seja por um dia, seja por um ano, ou seja pelos 30 anos de serviço, aqueles que serviram durante a carreira toda, mas mais do que o tempo de serviço, continuam carregando consigo os valores que nós colocamos na caserna.

A instituição é meramente figurativa, as pessoas são passageiras, mentalidades passageiras, e a gente sabe do que a gente está falando nesse momento. A instituição é uma só, a instituição é aquilo que a gente sente, é aquilo que a gente vibra. Daqui a dez anos outras pessoas vão estar no comando, daqui a vinte anos outras pessoas vão estar no comando, mas a instituição vai se manter depois da nossa passagem, depois de muitos anos.

É isso que a gente tem que cultivar e cultuar, o verdadeiro valor, o mesmo valor que fazem vocês hoje estarem aqui depois de muitos anos, dez, vinte, trinta, quarenta, às vezes cinquenta anos depois da inatividade.

Então que a cerimônia de hoje possa ser para coroar esse tempo de serviço, para confraternizar com irmãos de diferentes forças, de diferentes tempos e de diferentes fardas, e também para deixar um legado, que esse espírito continue. A medalha é só um pedaço de metal, mas esse legado que faz as associações depois de muito tempo continuarem vibrando, continuarem ajudando a população, continuarem ajudando os seus próprios membros, os seus próprios veteranos.

O orgulho, que eu tenho certeza que vocês têm, de colocar a farda da associação e mostrar, sim, que são veteranos das Forças Armadas, é isso que a gente tem que cultivar, é isso que a gente tem que cultuar.

Enquanto Deus me permitir, como homem público, eu vou estar sempre cultivando e cultuando esses valores aqui dentro desta Casa e dentro da política. Para materializar um pouco dessa minha fala, queria pedir para a produção passar um vídeo que a nossa equipe preparou aí sobre os nossos veteranos.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Convido para fazer uso da palavra o Sr. Laudo Storani, presidente da Associação de Reservistas de Santo André. (Palmas.)

 

O SR. LAUDO STORANI - Boa noite a todos. Agradeço aqui a presença de todos, a Mesa Diretora, deputado Tenente Coimbra. Vou resumir em poucas palavras o que é vestir uma farda verde oliva. Faz 36 anos que vesti esta farda. Esta farda ainda não saiu de mim. Estamos com uma associação na região do ABC Paulista, dando apoio ao Tiro de Guerra, aos moradores, a quem precisar. Isso se resume somente a uma palavra: Brasil acima de tudo.

Obrigado, viu? (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Convido para fazer o uso da palavra o veterano Joel, presidente da Agruban.

 

O SR. JOEL DOS SANTOS - Uma boa noite a todos. Para mim é uma grande honra estar aqui falando pela minha associação e também para todos os veteranos aqui presentes. Agradeço o deputado Tenente Coimbra e o seu gabinete por esta honraria e é difícil falar para veteranos tão honrados como todos os senhores, até porque, pela questão da minha idade, sou, acho que um dos mais modernos aqui. Mas assim como o amigo falou, para mim, quando uso a farda, é como se voltasse no tempo e reaprendesse tudo aquilo que aprendi nas Forças Armadas, que carrego até hoje.

Para mim é uma grande honraria ser veterano e carrego, assim como todos vocês, uma missão de passar isso para os nossos associados e não só os associados, os nossos entusiastas e também o povo, as pessoas, as crianças, os jovens, que tanto vibram também com as Forças Armadas.

Obrigado a todos por esta honraria e parabéns a todos por esta grande sessão solene. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Obrigado pelas palavras Joel. Convido agora para fazer o uso do microfone o veterano Ricci, presidente da AVFA. (Palmas.)

 

O SR. GILBERTO RICCI - Boa noite a todos. Nunca fui muito bom com palavras assim sérias, mas hoje estou aqui como presidente da AVFA, primeiramente representando o nosso presidente eterno, o sargento Vespasiano, o famoso Vespa. Eu acho que ele foi um marco importantíssimo para nós, veteranos. Ele marcou uma época e eu pretendo seguir em frente com o que ele ensinou para nós.

Então eu gostaria de agradecer ao Tenente Coimbra, que desde o início sempre apoiou os veteranos, sempre nos deu muita força para que a gente pudesse, sempre, continuar em frente. Muito obrigado por essa oportunidade.

E eu acho que falar para veteranos é chover no molhado. Todos nós sempre falamos a mesma coisa. O que nós temos que carregar sempre é a nossa história, para que a gente possa passar à frente alguma coisa de honra, de valor para os que estão vindo aí. Está bom?

Não quero me prolongar demais, mas quem um dia frequentou a caserna, teve amigos de caserna, que são amigos para sempre, sabe do que eu estou falando. Temos que seguir sempre em frente, e arrastando o que aprendemos lá. Força, honra, dignidade, e fazer valer cada momento que nós temos juntos.

Muito obrigado pela gentileza de vocês.

Obrigado, Coimbra. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Obrigado Ricci pelas palavras. E o Ricci fez uma saudação especial. Acho que hoje é a primeira cerimônia que nós fazemos para os veteranos sem o nosso grande guerreiro, Vespasiano, acho que desde 2019, quando começamos essa cerimônia de veteranos.

O Vespasiano, sempre um veterano muito ativo, sempre extremamente atuante. Ajudava a gente nas organizações também, ajudava nos projetos sociais, arrecadações de alimentos, arrecadações de fraldas e várias outras atividades, e atividades também cívicas, quando tinha os desfiles dos veteranos do 7 de setembro. Uma grande perda para todos nós.

Mas certamente muito bem representado por toda a associação. E onde quer que ele esteja, certamente está vibrando e vai prestar continência a cada um dos senhores na hora do recebimento da medalha. Então obrigado pelas palavras, e excelente saudação ao nosso eterno Vespasiano.

Gostaria de convidar para fazer uso da palavra o tenente Galdino, diretor do projeto “Plano de Chamadas”, que faz um brilhante projeto de recolocação no mercado de trabalho com os nossos militares. (Palmas.)

 

O SR. CESAR GALDINO FILHO - Bom, boa noite, Exmo. Tenente Coimbra, deputado proponente desta sessão solene, demais autoridades civis, militares, veteranos, veteranas e familiares.

Primeiro, é uma grande alegria estar recebendo todos vocês aqui na nossa Casa do povo, nossa Assembleia Legislativa, onde eu tenho o orgulho, também, de trabalhar como analista legislativo, na nossa honrada Divisão de Registro de Pronunciamentos, que incansavelmente faz o registro de todas as sessões solenes, CPIs, enfim. Então eu tenho que prestar, também, essa homenagem.

Além disso, em paralelo, toco essa ação social que o Coimbra citou hoje, o nosso “Plano de Chamadas”, que faz parte da Divisão. Uma iniciativa que surgiu no ano passado, mas eu, pessoalmente, venho há mais de dez anos lutando pelos veteranos brasileiros, desde que saí aqui do nosso quartel general em 2014. Tive uma carreira de oito anos. E quando saí... Na verdade, antes de sair, olhando para o lado, percebi que não tinha ninguém esperando a gente, não é, Coimbra?

Então a gente sair de uma instituição de grande credibilidade, que são as nossas Forças Armadas, olhar para um lado, olhar para o outro, ver que não tem nenhuma empresa estendendo a mão, realmente é uma tristeza. E aí resolvi atuar nesse sentido, costurando parcerias, indo até empresas, e tentando movimentar e sensibilizar toda a nossa sociedade.

Então uma sessão solene como essa é muito importante. Muito importante para mostrar o valor do veterano brasileiro, principalmente para as empresas - que é essa frente que eu atuo muito. A nossa sociedade vive reclamando que não tem mão de obra, e eu costumo falar que o problema é a fonte onde a gente busca essa mão de obra.

Temos, por ano, mais de 100 mil militares passando para a reserva. Só no estado de São Paulo, são mais de 10 mil, não é, Coimbra? Você sabe bem. O estado de São Paulo é muito numeroso no número de militares.

E mais de 100 mil todos os anos buscando uma oportunidade, um lugar para se encaixar, um grupo para pertencer. Então quando a gente vê uma solenidade como essa, realmente dá orgulho, e de ver a galeria aqui cheia, o nosso plenário recebendo tantos homenageados.

Falando um pouco mais sobre o Tiro de Guerra, eu acredito que o Tiro de Guerra é um grande milagre brasileiro. Porque quando eu estava aqui no nosso quartel-general como assessor jurídico, eu tinha o prazer de analisar os contratos de parceria, os acordos de cooperação entre as cidades e os nossos Tiros de Guerra.

E, Coimbra, quando eu li o contrato, eu pensava: “Isso aqui não vai dar certo”, porque não envolvia recurso financeiro. Quem é do Tiro de Guerra aqui sabe, a prefeitura entra com o edifício, entra ali com o telefone e o nosso Exército entra ali com o seu pessoal, então é uma parceria de um ente federal com um ente municipal, sem recurso envolvido, e que dá certo.

Se não me engano, o primeiro Tiro de Guerra aqui do estado de São Paulo, eu acho que é o de Rio Claro, se não estou enganado, em 1902, então temos aí uma instituição mais que centenária, que está se perpetuando e só cresce.

O estado de São Paulo é referência nacional nos Tiros de Guerra, então nós, que conhecemos alguns, visitamos durante a nossa carreira, realmente dá orgulho de ter o nosso Exército Brasileiro no posto avançado, em uma cidade em que não existe uma unidade militar, uma organização militar como a gente conhece, mais robusta, mas temos ali uma, entre aspas, “filial” do nosso Exército, formando esses jovens.

Cidades menores com 50 atiradores, cidades maiores com 100 atiradores, mas que vão receber toda essa noção de civismo, de pontualidade, de respeito, de hierarquia, que às vezes eles não têm nem no próprio lar. Então o Tiro de Guerra exerce um papel muito relevante na nossa sociedade.

Muitas vezes é esquecido, muitos militares não conhecem o papel do Tiro de Guerra, infelizmente, e tem incentivo, quem não conhece, a visitar um Tiro de Guerra, conhecer, falar com o chefe, ver todo o trabalho que é realizado ali e os atiradores cumprindo o expediente na parte da manhã e depois seguindo aí para os seus afazeres, para a sua rotina.

Infelizmente, eu tenho até notícia que, às vezes, muitos atiradores passam um ano desempregados. Eles cumprem ali a sua jornada, vocês não me deixam mentir, eu tenho essa notícia. Então das seis às oito da manhã, se não me engano, e depois, por falta de uma oportunidade, de um emprego, de uma empresa que acolha, eles voltam para suas casas.

Então tenho feito um trabalho incansável, costurando com algumas cidades, alguns municípios, algumas empresas que têm a sede aqui em São Paulo, mais filiais nas cidades onde existe Tiro de Guerra, para a gente ter esse aproveitamento dessa mão de obra. E esse atirador, no futuro, vai se tornar um empresário, vai se tornar um policial, então ele vai fazer parte daquela sociedade, daquele município.

E o Tiro de Guerra é um exemplo principalmente pelo pertencimento, algo que a gente tem perdido hoje em dia, até entre os militares de cidades maiores, ele cumpre ali o seu serviço militar e depois ele começa a se afastar do quartel.

Ele queria até estar mais presente, mas ele não tem aquela oportunidade, mas o atirador não, ele está ali vivenciando, ele passa na frente do Tiro de Guerra, ele lembra ali do que ele cumpriu como serviço militar e, depois, quando se torna um empresário, ele quer contratar o atirador. Então é muito interessante esse vínculo que se forma entre o Tiro de Guerra, o município e os seus cidadãos.

E o chefe do Tiro de Guerra, é bem curioso também, é uma grande autoridade na cidade, é o prefeito, é o delegado, é o juiz, o promotor e o chefe do Tiro de Guerra. Então o Exército se posiciona em cada um dos municípios onde a gente tem o Tiro de Guerra de uma forma muito relevante e muito exemplar para levar adiante os nossos valores.

Então me coloco à disposição de todos que precisarem, principalmente nessa parte da empregabilidade e capacitação, com o nosso planodechamadas.com.br que já está no ar também pela nossa Divisão, que é uma startup que nasceu recentemente, mas que já está causando uma grande relevância no nosso meio, não é Coimbra?

Trazendo toda essa parte de pertencimento, de valorização, para um público que às vezes é esquecido, mas muito numeroso. Nós somos hoje mais de quatro milhões de veteranos no País, então é um público enorme e que realmente precisa ser lembrado.

Então agradeço demais, Coimbra, por essa lembrança, por esse convite, por estar aqui na Assembleia Legislativa e a todos aqui por estarem presentes nessa solenidade.

Muito obrigado e boa noite. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Eu que agradeço, Galdino. Agradeço a você pelo trabalho, pelo trabalho também da Divisão.

Essa recolocação no mercado de trabalho é de suma importância para aqueles militares que fazem um serviço militar obrigatório e até para aqueles que também, de forma de carreira, vão para as reservas, para a reserva, porque ainda tem uma longevidade e, às vezes, a formação dele é estritamente militar.

Quanto nós cansamos de ver, colegas de farda extremamente operacionais, extremamente qualificados, com todos os estágios e cursos em ambientes operacionais, etc., mas falta uma capacitação, às vezes, de um inglês.

E aí ele vai bater, procurando um mercado de trabalho, e fala, “não, fui para a selva, eu tenho Caatinga, eu tenho Pantanal, fiz Aeromóvel, mergulhador”, mas sabe inglês? Você sabe fazer uma planilha?

E esse trabalho que você faz chamando as empresas, capacitando os militares, eles entendendo quais as necessidades e as oportunidades que podem surgir tanto para o militar, como eu disse, que serviu só um ano quanto, também, para aquele homem já desenvolvido, no final, ali na sua meia vida, mas após a sua carreira militar, que ainda tem oportunidade, tem longevidade de buscar outras carreiras, buscar recolocação, buscar novos ares.

Então, o trabalho que você faz já há mais de dez anos e agora juntamente com o pessoal da Divisão é um trabalho brilhante. E já que você puxou o gancho do Tiro de Guerra, eu ia falar mais para o final, mas esse é o nosso trabalho via frente parlamentar, em defesa do Tiro de Guerra. É, principalmente, buscar a remuneração desses atiradores. Obviamente, os atiradores que estão aqui, veteranos, não vão pegar isso, mas esse é o nosso grande objetivo.

Nós já conseguimos em seis cidades que esses atiradores possam estagiar dentro da prefeitura, porque, você imagina, o atirador serve das seis às oito da manhã. Pode parecer um horário pequeno, mas inviabiliza, em muitas cidades, dele participar do mercado de trabalho; atiradores, muitas das vezes, não voluntários, que servem pelo serviço militar obrigatório.

Você imagina um atirador da cidade de Guarulhos, que, às vezes, tem que pegar um, dois ônibus para chegar no seu local de instrução, para chegar no seu Tiro de Guerra. Quando ele vai retornar para a casa dele, ele já chegou por volta de umas dez da manhã, até ele sair, isso quando não tem serviço.

Que empresa contrata? Que empresa contrata ele para trabalhar? Pouquíssimas, para não dizer nenhuma. E, às vezes, essa pessoa, esse atirador poderia estar trabalhando e ajudando dentro de casa, porque muitas das vezes é necessário. Então a gente começou esse trabalho muito por conta disso.

No ano de 2019, na época - na gestão do presidente Bolsonaro -, nós tivemos duas reuniões, inclusive, com a equipe do ministro Paulo Guedes antes da pandemia. Veio a pandemia, isso foi congelado.

Então, a gente passou para uma medida alternativa de procurar que isso fosse feito em algumas cidades, que contratasse de forma secundária esses atiradores, para trabalhar na forma de estágio, dentro das prefeituras, dando uma ajuda de custo para, pelo menos, ele ter um pouco de recurso para pagar sua graxa, para pagar seu corte de cabelo, porque embora não receba, é cobrado como tal.

É um militar de fato, tem que se portar como militar. Tem, óbvio, as diferenças de um atirador, mas ele precisa da sua apresentação individual, por exemplo, de uma farda melhor, ele gasta dinheiro. Então isso surgiu como o grande objetivo da nossa frente parlamentar.

Conseguimos também processo de capacitação desses atiradores, que eles possam fazer cursos para as mais diversas forças, para as nossas carreiras policiais, cursinhos preparatórios - isso a gente conseguiu via frente parlamentar. E também os nossos recursos de emendas parlamentares, que nós destinamos todos os anos para alguns Tiros de Guerra.

Tiro de Guerra, no estado de São Paulo, que corresponde a um terço dos Tiros de Guerra no Brasil. Cinco mil e setecentos atiradores, aproximadamente, servem todos os anos e todos os anos esses atiradores vão para a reserva.

Então essa importante iniciativa que você faz de recolocação no mercado de trabalho, que a possibilidade da gente alcançar esses Tiros de Guerra e é um desafio também da nossa parte, da parte política, porque você imagina, a cada, mais ou menos, dois anos, você precisa ter um novo trato de um novo comandante que está no Tiro de Guerra, de um novo comandante que está à frente, às vezes, do TG em específico, porque tem aquela resistência e tem aquele medo natural, não é?

“O Coimbra é político, ele quer aproveitar o Tiro de Guerra para fazer política.” Não, eu quero ajudar o Tiro de Guerra, a política é consequência. Eu quero mandar recurso para o Tiro de Guerra, eu quero reformar o Tiro de Guerra, porque, às vezes, o prefeito não liga.

Para o prefeito, muita das vezes, e não falando isso de forma geral obviamente, mas, em regra, é um peso às vezes para o município, porque, como você disse, o custo é do município, das instalações etc.

Tem prefeitura que não paga nem o ônibus para os atiradores, não tem a gratuidade, ele ainda tem que pagar o ônibus para servir. Você imagina em uma cidade grande, você imagina, como eu disse, a cidade de Guarulhos. Nem sei se tem gratuidade lá, mas só utilizando como exemplo.

Então essa é a finalidade, que a gente possa ajudar os veteranos, que a gente possa contribuir. E eu tenho certeza que a sua iniciativa com o “Plano de Chamadas” e a iniciativa anterior, que era a Reserva Ativa, eu tenho certeza de que é extremamente importante.

E eu também tenho que muitos aqui quando sair já vão pesquisar, já vão entrar ali no Google, dar uma olhada no site e ver as condições e ver como, também, podem trabalhar de forma conjunta.

Muito obrigado pela sua presença e pelas suas palavras.

Convido agora para fazer uso da palavra meu grande irmão Antônio Neves, vice-presidente da ABSEG. (Palmas.)

 

O SR. ANTÔNIO DE BARROS MELLO NEVES - Excelentíssimo Sr. Deputado, meu irmão de farda, Tenente Coimbra, presidentes das associações, Galdino, demais presentes e agraciados. É com muito orgulho, é com muita honra que eu estou aqui na figura e tentando, talvez, tentando, tentando, Tenente Coimbra, representar o setor de Segurança privada, o qual há mais de 20 anos me acolheu.

E o setor de Segurança privada, ele me acolheu pelo fato de eu ter sido um oficial R2, da Arma de Infantaria, recém-saído das fileiras do Exército. Aquele jovem perdido sem saber para o que, para onde e o que fazer, e, de repente, uma empresa de Segurança me fala: “Olha, com a sua experiência militar, você tem a capacidade de compor o quadro”.

E lá se vão mais de 20 anos. E lá se vão mais de 20 anos. E aquela época em que eu saí não era muito comum. Aliás, não tinha nenhum apoio aos egressos das Forças Armadas e tampouco das forças auxiliares.

Quando a gente vê um exemplo desses, como a Divisão, que valoriza aquele profissional que muitas vezes sai perdido, é um ato de sociedade, e aquele jovem perdido pode fazer algo que a gente não quer que faça. Então, esse acolhimento é muito importante.

E aí, numa sexta-feira, a gente vê a Casa cheia, a Assembleia cheia, com tantos veteranos aqui homenageando e sendo homenageados, que unem o propósito de estarmos congregando aqui, o que as Forças Armadas e as forças auxiliares nos deram é motivo de muito orgulho.

Talvez, Coimbra, você falou que a medalha é só uma lembrança que leva no peito, mas eu diria que essa pequena lembrança o trouxe até aqui. Conhecemos a sua história. Talvez aquela medalha lá do seu avô, que te inspirou a entrar nas Forças Armadas, que te trouxe à Assembleia, está trazendo toda essa família de veteranos aqui.

Nunca fomos tão bem representados como estamos sendo aqui. Então, o que estamos fazendo aqui hoje é um ato de civismo, é um ato de pensar na sociedade, é um ato de pensar no próximo, para a geração que vem, e facilitar a vida deles que vêm.

Depois de 20 anos no mercado de Segurança, posso afirmar que, se nós não dermos a mão, a gente começa e continua tendo pessoas que perdem a oportunidade de se empregar ou de fazer as coisas como têm que ser, como deveriam ser. A gente perde muitas vezes, meu irmão Coimbra, para o crime organizado, infelizmente.

Essa é uma bandeira que os valores que a caserna nos traz, nos deram e nos trouxeram até aqui, faz com que a gente mantenha ativa essa chama e que a gente não desvirtue. Então, só posso agradecer a oportunidade de falar aqui pela Abseg, eu só posso agradecer a oportunidade de estarmos aqui congregando com os veteranos e falar que é motivo de muito orgulho.

Lá em casa, Coimbra, minha família, minha esposa, minha filha, estão lá. E muitos aqui deixaram as famílias em casa para serem homenageados e prestarem a reverência a esse movimento.

Que a gente mantenha acesa essa chama que nos une, a chama do veterano, com a sua importância na sociedade civil. Meu muito obrigado a todos. Parabéns Coimbra, parabéns pela solenidade e por manter acesa a chama dos veteranos, a chama das Forças Armadas e das forças auxiliares.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Obrigado, Neves. Neves, que é suspeito para falar, porque é meu amigo, viu? Então esses elogios vocês não levam muito em conta, não, que é um amigo de longa data.

Mas, verdade seja dita, um excelente profissional, que fez sua transição para a carreira da iniciativa privada, passou por grandes empresas, comandou a parte de segurança da Heineken, comandou a parte de segurança da Rumo, da parte ferroviária, enfrentou muitas das vezes o crime organizado dentro dessas instituições com a sua equipe.

Então tem propriedade para falar e hoje representa a Associação Brasileira de Segurança Privada, com várias empresas, com vários setores, que eu tenho certeza que também contribuem, assim como o Galdino, nessa requalificação, entendendo esse posicionamento de mercado e entendendo que em qualquer lugar, em qualquer cargo, de forma alguma, nós podemos perder os nossos valores.

Então, ele, nos mais altos cargos, nas mais altas colocações, em empresas altamente relevantes, não perdeu o seu posicionamento e, muito pelo contrário, quando foi necessário, enfrentou. Enfrentou tudo aquilo que a gente abomina. Tudo aquilo que a gente fez o juramento para enfrentar, ele enfrentou. Por isso, eu tenho muito orgulho e muita honra de ser amigo dele e, hoje, representando essa importante instituição.

Quero fazer aqui, uma correção, uma falha minha, acabei não citando o nosso vereador Adier, da cidade de Registro, nosso veterano também. Queria pedir, inclusive, para o Adier fazer parte da composição da Mesa. Por favor, Adier, venha aqui à frente. Salva de palmas para o Adier. (Palmas.) Ele diz que é veterano. Eu tenho minhas dúvidas.

Pode prosseguir.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Daremos início à entrega de medalhas. A “Medalha Mérito de Tiro de Guerra, Escola de Civismo e Cidadania” foi criada nos termos da Portaria nº 003, de 18 de novembro de 2019, com o intuito de homenagear atiradores, antigos atiradores, chefes de instrução, instrutores e colaboradores do Tiro de Guerra do Brasil. O presidente da Mesa, acompanhado dos demais integrantes, realizarão a entrega de medalhas.

Convido a ocupar o lugar de destaque o Sr. Daniel Gonçalves da Silva. Por favor, Sr. Daniel Gonçalves da Silva, à frente. Sr. Nicolas Henrique de Almeida. Sr. Daniel Cosentino Breion. Sr. Arthur Dias de Godói. Por favor, à frente. Sr. João Pedro Almeida Andrade. Sr. Thiago Poli Marques Barcelos.

Por favor, ocupe o seu lugar de destaque. Sr. Rian Carlos dos Santos. Sr. Lucas de Carvalho Medeiros. Sr. Gustavo Henrique Machado de Souza. Por favor, ocupe o seu lugar. Sr. Eric Toshio Rodrigues Reis. Sr. Matheus da Costa Alves. Sr. Marley Muniz Gonçalves. Sr. Gabriel Albiero Mussi. Sr. Lucas Silvestre Oliveira.

 

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- São entregues as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Prosseguindo: Sr. Ricardo Takao Mariano; Sr. William Garcia Ribas; Sr. Daniel Ruppi da Silva; Sr. Gabriel Morgante Santelo Ferreira; Sr. Anderson Gomes da Silva; Sr. Alexandro de Morais Junior; Sr. Gustavo Henrique de Siqueira Carvalho; Sr. Hugo Trindade Lino da Silva; Sr. Gabriel de Almeida Leite; Sr. Vinícius Teodoro Lopes Cunha; Sr. Gustavo Bersanguin; Sr. Samuel Felipe de Souza; Sr. Erick Louro da Penha Rossi; Sr. Raphael Hitomu Sano Freire; Sr. Lucas Rodrigues Bergamo.

 

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- São entregues as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convido agora o Sr. Felipe Aveiro de Andrade, Sr. Marcelo Gailardetes, Sr. Kevin Ryuji Kawai Otubo, Sr. Ezequiel Nilton Martins Caetano, Sr. Andrei Iacabo Sacanaca, Sr. Vitor Castellani Garcia, Sr. Felipe Pinto Neves, Sr. Guilherme Lundiski da Costa, Sr. Wendell Jackson Carvalho da Silva, Sr. Hugo Bonetti Miguelão e Sr. Murilo Sousa Lopes.

 

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- São entregues as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Antigos atiradores: Sr. Ricardo Sanches Martim, Sr. Élder Marcelo de Morais, Sr. Felipe Cardoso do Prado, Sr. Cícero Gomes Florencio e Sr. Hamilton Ciccone.

 

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- São entregues as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Algum antigo atirador ou atirador não foi chamado? Convido também o Sr. Ryan Binatto Esteves para ser agraciado. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Iniciaremos a entrega de medalhas aos nossos veteranos. O gabinete do deputado estadual Tenente Coimbra da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em consonância com o que preconiza o Decreto Estadual nº 64.353 e Portaria nº 003, de 20 de setembro de 2021, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil de São Paulo, criou a medalha “Veteranos das Forças de Segurança Pública do Brasil”, com o intuito de homenagear todos aqueles que contribuem com a Segurança Pública e a Defesa Nacional do País.

Convido o Sr. Márcio Veronese dos Santos. Sr. Vitor Antônio Xavier. Sr. Antenor Ribeiro de Queiroz. Ary Cunha dos Reis. Patrícia Bento Ribeiro. Rogério Carlos Camargo. Edinaldo Rui da Silva. Ederson Lino Domingues. Ivo Ferreira de Brito. Pedro Luiz Barbosa Ramos.

 

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- São entregues as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Sr. Carlos Alberto da Silva Maciel. Sr. Renato Vigo. Sr. Renê Guize. Sr. Tiago Pereira dos Santos. Sr. Roberto Natal. Sr. Hélio Dibiasi. Sr. Paulo José Brito Xavier. Sr. Robespierre Rodrigues Heleno. Sr. Ramiro de Sousa Fidalgo. Sr. Carlos Roberto Munhoz Batista.

 

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- São entregues as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Sr. Gilson Jacintho, Sr. Clodoaldo da Silva Ribeiro. Sr. Rogério Parecido de Lima. Sr. Alberto Silva Lemos. Sr. Vanderlei Furtanato. Sr. Humberto Chileno Pixinine. Sr. Eduardo Lopes da Silva. Sr. Luiz Gonzaga Rodrigues Jr. Sr. Adier Pires da Silva. Sr. Nelson Fernando Buck de Godoy.

 

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- São entregues as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Sr. Marcelino Rodrigues dos Santos. Sr. Paulo Cezar Antonio. Sr. César Vinicius Patti. Sr. Ivan Ricardo Perez Tozzi. Sr. Jessé da Silva Brito. Sr. Ronaldo Vitaliano. Sr. William Braga Fávero. Sr. Alberto Jabur. Sr. Paulo Rodrigues da Silva. Sr. Joaquim do Nascimento. Sr. Nelson Câmara. Sr. Luiz Carlos Silva Miranda. Sr. Percio Colleti. Sr. Alexandre de Moura. Sr. Sergio Duarte Teixeira.

 

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- São entregues as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Algum veterano não foi chamado? Convidamos a todos para retornarem aos seus lugares na Mesa. Passo a palavra ao deputado estadual Tenente Coimbra, para que proceda ao encerramento desta solenidade.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Novamente, boa noite a todos. Fico muito honrado em ter tido a honra de, novamente, presidir essa solenidade. E cada vez que a gente homenageia, tanto nossos atiradores, como os nossos veteranos, nesse pouco tempo que a gente fica aqui, quantas histórias, quanto legado que é passado para frente.

Aqui, pude conhecer a história do nosso veterano, tanto das Forças Armadas, quanto da Polícia Militar, que foi acometido por um atentado de alguém que tentou assaltá-lo e hoje, infelizmente, se encontra na cadeira de rodas.

Os verdadeiros heróis anônimos de uma sociedade, muitas das vezes, ingrata, de uma sociedade que muitas das vezes não reconhece. E, como eu disse na minha fala inicial, cabe a nós, veteranos, reconhecer, porque se nós não nos reconhecermos, aí ninguém mais reconhece.

A gente vê outros países, outras nacionalidades, os valores que eles têm pelos veteranos. A gente pode observar, por exemplo, Estados Unidos, o veterano como é recebido, com aplausos. Onde ele vai, até desconto tem, quando não tem a gratuidade, porque lá o sentimento da sociedade é de devolução para quem jurou servir a Pátria, para o policial que jurou defender a sociedade,

E aqui, muitas das vezes, como eu disse, uma sociedade ingrata, que não reconhece os nossos verdadeiros heróis, como o senhor é, o senhor é um verdadeiro herói, que jurou defender a sociedade com a própria vida, e, infelizmente, foi ceifado. Ceifado não foi, acabou sendo acometido por um tiro, e, infelizmente, a sociedade não reconhece.

Então, cabe a nós, assim como o nosso cabo Reis, de 86 anos...86 anos, Reis?  Que eu tenho certeza, que se perguntar...uma salva de palmas. (Palmas.) Que eu tenho certeza, se perguntar para o Reis, ele lembra das histórias do Exército, ele lembra das histórias da caserna, das Forças Armadas, de todos aqui, porque são histórias que a gente não esquece.

Os instrutores que a gente não esquece. Quantos aqui foram os instrutores, de dezenas, centenas, ou até milhares de instruendos, que, com certeza, o nome de vocês, quando esses alunos chegarem aos 86, aos 90, se Deus quiser, passando dos 100, eles vão lembrar do nome dos senhores, vão lembrar das histórias, vão aumentar um pouquinho, como bom militar, aquela aumentada na história, mas, com certeza, referência que vocês foram e são na vida de muitos outros.

Então, na figura do cabo Reis, parabenizar a todos que já se passaram algum tempo da sua inatividade, e pessoas que passaram por pouco tempo dentro da caserna, e a caserna acabou contribuindo, ele, para fazer o seu serviço dentro da iniciativa civil, dentro do Poder Público.

Tivemos agora, com o subprefeito, o doutor estava conversando comigo agora há pouco, nessa última leva de homenagens, ele citando que ele foi PE, foi subprefeito aqui da Capital e o quanto isso contribuiu também na vida dele.

Então, esse é o motivo dessa cerimônia. O Neves falou que eu estou aqui graças a uma medalha, que ele já sabe dessa história. E essa história é uma verdade, porque meu bisavô, quando lutou em 1932, ele voltou para casa, estava com a medalha, a medalha que passou para a minha avó, a medalha que passou para a minha mãe, e graças àquela medalha, eu que recebi ela com 15 anos, me despertou a curiosidade de servir às Forças Armadas, de servir o Exército.

Não tinha outros militares na família, a não ser o meu bisavô, e aquela medalha, esse pedaço de metal que está com vocês, mesmo eu não tendo conhecido o meu bisavô, me fez sentir orgulho dele. E mesmo sem o conhecer, me fez despertar a curiosidade e eu servi, virei tenente, e certamente, se não fosse aquela medalha, eu não teria servido, não teria virado tenente, e certamente não teria virado deputado.

Então, esse é o peso da medalha, que transcende geração. Quando vocês já não estiverem mais aqui, vocês podem ter certeza que a família de vocês vai olhar para esse pedaço de metal, envolto numa fita e vai sentir orgulho de vocês.

Vão sentir orgulho do pai, do avô, do irmão, ou até mesmo do filho, como os nossos atiradores mais jovens aqui, e que isso continue se perpetuando; que essa cultura que nós aprendemos dentro da caserna, os valores que nós aprendemos dentro da caserna, nós possamos, até o final de nossas vidas, poder estar prestigiando e nos homenageando como veteranos.

E vocês podem ter a certeza de que, enquanto eu estiver como homem público, continuarei a fazer essa homenagem; continuarei lutando pelos Tiros de Guerra; continuarei lutando pelos verdadeiros valores de dentro da nossa Força e, principalmente, continuarei lutando por nós, veteranos.

E, para encerrar essa solenidade, gostaria de convidar a todos - peço desculpas aos amigos de outras instituições -, mas que possamos juntos encerrar essa solenidade na mais alta energia, na mais alta vibração, entoando juntos a Canção do Exército.

 

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- É entoada a Canção do Exército.

 

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O SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Esgotado o objeto da presente sessão, agradeço a todos os envolvidos pela realização desta solenidade.

Uma boa-noite a todos. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 42 minutos.

 

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