11 DE ABRIL DE 2025
15ª SESSÃO SOLENE PARA OUTORGA DO COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO AO PROFESSOR DR. WAGNER GINOTTI PIRES
Presidência: DR. JORGE DO CARMO
RESUMO
1 - DR. JORGE DO CARMO
Assume a Presidência e abre a sessão às 09h53min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
3 - PRESIDENTE DR. JORGE DO CARMO
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente solenidade para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Professor Dr. Wagner Ginotti Pires", por solicitação deste deputado. Declara iniciado o 11° Seminário de Políticas Públicas da UNIP - Universidade Paulista, Faculdade de Direito - Campus Tatuapé e Mackenzie, com o tema "Constituição Federal, Direitos e Garantias Fundamentais, arts. 1° ao 5°".
4 - VANESSA MARIA CORRÊA DE LACERDA BRHY
Professora de Direito, faz pronunciamento.
5 - JOUBRAN KALIL NAJJAR
Professor de Direito, faz pronunciamento.
6 - GIANFRANCO FAGGIN MASTRO ANDRÉA
Professor de Direito, faz pronunciamento.
7 - RENATA SILVA CUNHA
Professora de Direito, faz pronunciamento.
8 - ROGÉRIO FERREIRA
Professor de Direito, faz pronunciamento.
9 - DANIELA MARIA SNICHELOTTO MIKAKI
Professora de Direito, faz pronunciamento.
10 - FLÁVIO KATINSKAS
Professor de Direito, faz pronunciamento.
11 - RENATA MÜLLER
Professora de Direito, faz pronunciamento.
12 - DENIS CORTIZ DA SILVA
Professor de Direito, faz pronunciamento.
13 - LUIZ CARLOS TUCHO DE SOUZA E CASTRO VALSECCHI
Professor de Direito, faz pronunciamento.
14 - JOSÉ CARLOS FLORINDO BONFIM
Professor de Direito, faz pronunciamento.
15 - LIBERATO FELIX DE OLIVEIRA FILHO
Professor de Direito, faz pronunciamento.
16 - PRESIDENTE DR. JORGE DO CARMO
Enaltece a realização deste seminário. Valoriza a democracia. Discorre a respeito das atribuições parlamentares. Critica o governo estadual pela redução no orçamento da Educação e pela privatização da Sabesp. Reflete sobre atividades relacionadas ao mandatos eletivos, nesta Casa. Tece considerações acerca da experiência profissional do homenageado.
17 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a exibição de vídeos em homenagem ao professor Dr. Wagner Ginotti Pires. Informa a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao homenageado.
18 - WAGNER GINOTTI PIRES
Professor de Direito homenageado, faz pronunciamento.
19 - PRESIDENTE DR. JORGE DO CARMO
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 12h03min.
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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr.
Dr. Jorge do Carmo.
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A SRA.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, bom dia, sejam todos bem-vindos
à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a
finalidade de outorga com o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de
São Paulo, ao professor Dr. Wagner Ginotti Pires.
Comunicamos aos presentes que esta sessão solene
está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.
Também informamos que a solenidade está sendo realizada concomitante ao 11º
seminário de políticas públicas da Universidade Paulista, Unip, Faculdade de
Direito, campus Tatuapé e Marquês, com o tema “Constituição Federal, direitos e
garantias fundamentais, Art. 1º ao 5º”.
Convido para que componha a Mesa Solene o
deputado estadual, Dr. Jorge do Carmo; o professor, Dr. Wagner Ginotti Pires,
homenageado desta sessão solene; a professora Dra. Vanessa Maria Corrêa de
Lacerda Brhy, Faculdade de Direito, campus Tatuapé da Unip; professor Dr.
Joubran Kalil Najjar, Faculdade de Direito campus Tatuapé da Unip. (Palmas.)
Professor Dr. Gianfranco Faggin Mastro Andréa,
Faculdade de Direito, campus Tatuapé da Unip; professora Dra. Renata Silva
Cunha, Faculdade de Direito, campus Tatuapé; professor Dr. Rogério Ferreira,
Faculdade de Direito, campus Tatuapé da Unip; professor Dr. Liberato Felix de
Oliveira Filho, Faculdade de Direito, campus Tatuapé, Unip. (Palmas.)
Convido a todos presentes para a posição de
respeito para ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda do
Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do
maestro sargento Geziel.
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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.
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Agradecemos à banda do Corpo Musical da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, pela execução do Hino Nacional Brasileiro.
Registramos e agradecemos a presença das seguintes personalidades: coronel
Alexandre Rodan, chefe de assessoria militar da Alesp, representando o
comandante geral da polícia militar, Coronel Cassio; professores da Unip do
campus Tatuapé e Marquês; alunos da Unip e o presidente André do Prado. Passo a
palavra ao proponente desta sessão solene, deputado estadual Jorge do Carmo.
O SR.
PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Bom dia a todas e todos, agradecer a
Deus pela oportunidade de estar aqui com vocês, todas as pessoas que foram
convidadas e estão compondo aqui a Mesa, mas também aos que estão no plenário,
estão nas galerias. Dizer da minha alegria em poder recepcionar nesta Casa de
Leis, que é o maior Parlamento Estadual da Amarica Latina.
Iniciamos os nossos trabalhos nos termos
regimentais, senhoras e senhores. Esta sessão solene foi convocada pelo
presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo a minha
solicitação, com a finalidade de outorga o Colar de Honra ao Mérito Legislativo
do Estado de São Paulo, ao professor doutor Wagner Ginotti Pires.
Saudamos a presença dos alunos, professores e
coordenadores pela participação nesta oportunidade do 11º seminário de
políticas públicas da Universidade Paulista, Unip, Faculdade de Direito, campus
Tatuapé e Marquês, com o tema: “Constituição Federal, direitos e garantias
fundamentais, Art. 1º ao 5º”.
Desejo um
excelente seminário a todos, sejam muito bem-vindos à esta Casa. (Palmas.)
A SRA.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao deputado Dr. Jorge do Carmo e damos
início ao 11º seminário de políticas públicas da Universidade Paulista, Unip,
Faculdade de Direito, campus Tatuapé e Marquês com o tema: “Constituição
federal, direitos e garantias fundamentais, Art. 1º ao 5º”.
Convidamos para
fazer o uso da palavra e dar início oficial ao seminário a professora, doutora
Vanessa Maria Corrêa Lacerda Brhy, da Faculdade de Direito, campus Tatuapé.
(Palmas.)
A SRA.
VANESSA MARIA CORRÊA LACERDA BRHY - Bom dia a todos, bom dia a todos da
Mesa. Agradeço o convite, na pessoa do nosso ilustre coordenador do curso de Direito,
professor doutor Wagner Ginotti Pires.
E a minha reflexão de hoje é sobre um assunto
que tem tudo a ver com o nosso dia a dia. Eu vou usar essa linguagem, porque eu
estou vendo muitas carinhas conhecidas aqui dos meus alunos. O assunto do nosso
dia a dia: “as políticas públicas e o Art. 3º da nossa Constituição Federal de
1988”.
O Art. 3º basicamente responde a uma pergunta
muito importante: Qual é a função do Estado brasileiro? Para que serve o Estado
brasileiro? Pois bem, a resposta vem dividida em quatro partes que nos mostram
essas missões principais da República.
Um: Construir uma sociedade livre, justa e
solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a
marginalização; e reduzir desigualdades sociais, promovendo o bem de todos, sem
preconceito de qualquer natureza.
O que isso tem a ver com políticas públicas?
Tudo, porque através das políticas públicas que o governo consegue levar isso a
efeito, cumprir com essas missões criadas pelo legislador constituinte. Então
pode ser por um programa social, por uma lei, uma campanha, uma obra, enfim,
qualquer ação do Estado que tenha um impacto direto na vida das pessoas.
Então pensem comigo, se o governo cria um
programa de moradia popular, está tentando garantir uma sociedade mais justa,
certo? Se ele investe em Educação e em Ciência, busca o desenvolvimento
nacional, quando criam políticas que ajudam pequenas comunidades, busca reduzir
as desigualdades sociais e quando o estado cria leis para combater racismo,
proteger as minorias, garantir acessibilidade, ele está fazendo nada mais, nada
menos do que promover o bem de todos sem qualquer tipo de preconceito.
Então eu tenho
para mim que o Art. 3º é um verdadeiro manual de instruções sobre como devemos
fazer essas políticas públicas. Só que na prática nós sabemos que nem sempre
esse caminho é seguido à risca. Muitas políticas públicas não alcançam quem
realmente precisa, ou elas são feitas sem um planejamento adequado, ou até são interrompidas
por conta de interesses políticos.
Por isso
conhecer o Art. 3º, na minha opinião, é muito importante, porque ele nos dá uma
base, uma régua, um respaldo para cobrar que as autoridades realizem políticas
realmente comprometidas com justiça social, inclusão e desenvolvimento de
verdade.
Resumindo, e
finalizando a minha fala, eu tenho que o Art. 3º diz que o Brasil deve ser um
país mais justo, mais desenvolvido, menos desigual, mais inclusivo e todas as
políticas públicas deveriam ajudar a construir esse país. Era esse país que o
legislador constituinte queria. É disso que nós temos que lembrar quando nós
ouvimos falar de política, de orçamento, de emendas parlamentares, de decisões
do governo.
A pergunta que
sempre vale: é essa a política pública, aquela outra, ou aquela outra
política... Elas estão ajudando a cumprir o que reza o Art. 3º do Constituição
Federal? Sim? Não? Se a resposta for não, senhores, tem alguma coisa errada.
Muito obrigada.
(Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Agradecemos a professora Dra. Vanessa Maria Corrêa de Lacerda Brhy, por suas
palavras e por enriquecer ainda mais este momento. Neste momento passamos a
palavra ao professor Dr. Joubran Kalil Najjar da faculdade de Direito, campus
Tatuapé, da UNIP. (Palmas.)
O SR. JOUBRAN KALIL NAJJAR -
Bom dia a todos, é um prazer estar aqui presente. Agradeço o convite. Um evento
importante... Falar de políticas públicas. Eu confesso que a desigualdade
social não faz mal apenas para o próximo, ela faz mal a todos nós. A sociedade
sofre com a desigualdade social, principalmente em relação à saúde, ao
saneamento básico, às transmissões de doenças.
Querendo ou não
a desigualdade social faz com que a violência acabe aumentando, o que é ruim
para todos nós. Até poucos dias atrás eu estava vendo uma reportagem em uma
emissora... A pessoa consegue sobreviver com 109 reais por mês. Houve um
aumento significante na extrema pobreza. Como é que a pessoa vive com R$ 3,60
por dia?
Então as
políticas públicas, apesar de estarem previstas nos artigos do 1º ao 6º da
Constituição Federal, precisam ser analisadas junto com o Art. 37 da
Constituição Federal, que fala sobre os princípios constitucionais que devem
ser respeitados, principalmente no que diz respeito à moralidade e à
eficiência.
Nós queremos
órgãos públicos eficientes justamente para que esta pobreza diminua. O que
mais? Nós queremos um país justo. Se igualdade é tratar todos iguais, na medida
da igualdade, dos desiguais, na medida da desigualdade, se você for parar para
pensar, um mendigo quando vai até a padaria comprar um pão, ele está pagando o
mesmo imposto quando um empresário vai e compra o mesmo pão. É justo?
Já pararam para
pensar nisso? Será que existe, realmente, essa igualdade que todos nós
defendemos? Eu quero encerrar dizendo que uma autoridade pública só merece
respeito quando ela satisfaz os desejos de toda a sociedade.
Muito obrigado,
bom dia a todos. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Registramos os nossos sinceros agradecimentos ao professor Dr. Joubran Kalil
Najjar, pelas reflexões compartilhadas conosco. Neste momento convidamos para
fazer o uso da palavra o professor Dr. Gianfranco Faggin Mastro Andréa da
faculdade de Direito, campus Tatuapé, da UNIP. (Palmas.)
O SR. GIANFRANCO FAGGIN MASTRO ANDRÉA - Bom dia, bom dia a todos, bom dia à
Mesa composta, que eu cumprimento na pessoa do nosso anfitrião Dr. Jorge,
cumprimento também os demais professores na pessoa do nosso coordenador,
querido coordenador, professor Vagner.
Pessoal, hoje eu venho aqui para tratar de uma temática
dentro de políticas públicas. Minha formação foi em um mestrado e doutorado
sobre políticas públicas, então eu me sinto à vontade aqui com essa temática
muito interessante, que é palpitante e tem que ser tratada com muita seriedade
nos dias atuais.
Eu venho falar de um tema aqui, rapidamente, que não sei se
vocês já ouviram falar, que está em alta, e o Supremo Tribunal Federal vem
declarando em vários casos, que é o estado de coisas inconstitucional no
Brasil. Essa temática nasceu na Colômbia e foi trazida aqui para o Brasil,
incorporada no nosso vocabulário constitucional.
Mas afinal, o que é esse estado de coisas inconstitucional?
O estado de coisas inconstitucional foi criado justamente para combater
omissões ou falhas estruturais nos poderes, na realização de políticas públicas
por esses poderes - Executivo, Legislativo e até mesmo do próprio Judiciário.
O caso emblemático que nós temos hoje, que é a ADPF nº 347,
de 2015, trata do sistema carcerário brasileiro. Já foi reconhecido. Nosso
sistema carcerário seria um caso de coisas inconstitucional e o Supremo tem
avançado nessa pauta. Recentemente teve uma homologação de um plano, chamado Plano
Pena Justa.
Então buscasse, na figura do Judiciário, estabelecer balizas
como um coordenador para que os poderes realizem as políticas públicas que não
estão sendo realizadas. Isso é perigoso, porque empodera muito o poder
Judiciário com questões que deveriam estar sendo debatidas nessas casas
legislativas.
Então o deputado... Não é, deputado? É importante o debate
constante de implementação de políticas públicas mesmo em situações que são
polêmicas. Situações, às vezes, polêmicas. É complicado porque, por exemplo, é
difícil ter um debate em uma casa legislativa sobre direito de pesos. Isso daí
não dá um dividendo político razoável, mas aí entra a figura do Supremo
Tribunal Federal com uma posição contra a majoritária, ou seja, para defender
quem é considerado mais vulnerável, etc.
Muitos outros casos já estão andando lá, aí eu elenco para
vocês alguns. Nós temos lá a ADPF das favelas, que é a ADPF que trata da
segurança pública no Rio de Janeiro. Uma questão seríssima ali e que estabelece
a exigência que os poderes Executivo e Legislativo apresentem planos de ação
para a diminuição da letalidade e tudo mais.
Além disso, nós temos a ADPF que trata dos moradores em
situação de rua, os moradores de rua. Justo, principalmente em época de inverno,
que aí muitos acabam morrendo pelas ruas de hipotermia. Então temos essa ADPF
andando também lá no Supremo. Olha quantas questões que estão relacionadas com
políticas públicas e estão sendo totalmente judicializadas.
Então o que eu entendo é que as Casas Legislativas
e o Poder Executivo devem se empoderar mais e assumir essas pautas
efetivamente, porque isso está sendo deixado para o Judiciário que, em muitos
casos, não vai ter a capacidade institucional para resolver esses problemas.
E aí vem a
grande crítica que temos, não é? O ativismo judicial, os juízes se metendo em
políticas públicas, onde deveriam - quem está elaborando - ser os próprios
órgãos, que têm uma estrutura, que têm uma assessoria, uma formação específica
para isso.
Então a gente
está, hoje, nessa questão e nesse dilema. Isso é muito pesquisado, hoje, no
direito, a questão da judicialização de políticas públicas perante situações de
omissões reiteradas e massivas. Esse Estado de Coisas Inconstitucional tem um
conceito baseado em pressupostos, para você reconhecer um caso porque senão
vira banalização, não é?
Há muito tempo,
o professor Lenio Streck, muito conhecido nosso daqui, um excelente jurista,
logo que saiu o reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional, falou:
olha, se a gente levar isso a ferro e fogo, a gente fecha o Brasil, porque o
Brasil é um Estado de Coisas Inconstitucional em vários setores. Mas a gente
não quer que esse conceito seja utilizado de forma banal.
Nós precisamos
de pressupostos. E o pressuposto é... Para vocês olharem e também verificarem,
será que isso é um Estado de Coisas Inconstitucional? O primeiro pressuposto:
violação massiva e reiterada de direitos fundamentais, esses do nosso Art. 5º.
Segundo pressuposto: omissão ou ação defeituosa em políticas públicas dos
demais poderes. Terceiro: necessidade de remédios estruturais para a solução do
problema.
Porque
problemas, por exemplo, de moradia, de Saúde, de Educação, não são problemas
que se resolvem com uma ação que impõe uma obrigação de fazer ou não fazer, que
impõe uma multa. Não essa ação tradicional. Eu vou precisar de uma tutela
estrutural para atacar o problema que é a base da discussão, porque senão a
gente vai estar utilizando de efeitos paliativos.
Eu dou um
exemplo rapidamente aqui do direito à creche. O direito à creche agora, em São
Paulo, foi praticamente quase superado com a construção de novas creches, mas
há um tempo atrás isso foi judicializado porque não tinha creche para todas as
crianças. As pessoas ficavam na fila, virando a noite para conseguir a vaga na
creche.
Mas o que
acabou acontecendo? Com a existência da Defensoria Pública e o maior acesso,
essas pessoas, essas mães, individualmente, começaram a procurar a defensoria e
ingressaram com ações individuais. E os juízes dão porque está lá, é direito à
creche, está na Constituição. O juiz fala: tem que fazer cumprir. E ele dá.
Só que ele não
está pensando no macro, na situação macro, porque ele dá essa vez, o outro juiz
dá também, forma uma situação insustentável, porque se forma uma nova fila de
crianças.
Só que agora
que têm uma decisão judicial para entrar - e decisão judicial cumpre-se - então
chega lá na creche um monte de criança e não tem espaço físico suficiente para
essas crianças. A quantidade de professores vai ficar desproporcional, não vai
dar para dar a atenção que precisa. Não tem a merenda para todos eles.
Então, veja, é
um problema que o Poder Judiciário acaba criando, tentando resolver algo que é
estrutural à conta-gotas. E é isso aí, pessoal. É um copo, não é? Você vai
pingando cada uma, uma hora transborda esse copo.
É a nossa
situação hoje, que está sendo superada em relação às creches porque teve uma
ação lá no TJ, que foi tratada como um processo estrutural, e levou a um debate
com a sociedade, tiveram as audiências públicas e tal.
É esse tipo de
diálogo que a gente precisa entre os Poderes para superar políticas públicas. E
indo para o final, aqui, e encerrando já a minha fala, que eu espero que tenha
despertado a curiosidade de todos para ir procurar saber o que é o Estado de
Coisas Inconstitucional e a aplicabilidade dele.
Eu vejo que tem
muitos alunos, entre todos os que nos assistem, muitos alunos também, eu deixo
um recado para vocês: se você quer ser diferente, se você quer fazer diferença
na nossa sociedade, eu dou duas sugestões. Estude. Mas não é... Estude muito.
Estude muito. Mas, sobretudo, seja gentil com as pessoas. Isso tem até mais
importância, porque é assim que a gente constrói uma sociedade que não esteja
dividida, bipolarizada, uma sociedade que é justa e tem que crescer junta, de
forma solidária.
Muito obrigado.
(Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Nosso agradecimento ao professor Dr. Gianfranco Faggin Mastro Andréa, pela
brilhante exposição e pela generosa partilha de seu conhecimento.
Convido a fazer
parte do uso da palavra a professora Dra. Renata Silva Cunha da faculdade de Direito,
campus Tatuapé, da Unip. (Palmas.)
A SRA. RENATA SILVA CUNHA -
Primeiramente, bom dia a todos. Eu gostaria, inicialmente, de agradecer o
convite, agradecer ao deputado Dr. Jorge pela oportunidade de estarmos aqui
nesta manhã de hoje, e também ao professor Dr. Wagner Ginotti, primeiro os
parabéns e depois os agradecimentos.
Bom, eu acho
relevante falar que esta manhã de hoje já é uma oportunidade para a discussão
de direitos fundamentais. Ela já é um exercício, de certa forma, de buscar a
garantia desses direitos.
Então o fato de
estarmos aqui nesta manhã de hoje falando sobre a garantia desses direitos,
sobre a busca da proteção desses direitos, já é um fator de grande relevância.
Já movimentamos várias pessoas em um assunto de tanta importância.
Esse assunto é
de extrema importância. Uma porque a gente está falando de cláusula pétrea, a
gente está falando de direitos e garantias fundamentais a todos os indivíduos
que aqui residem. Os direitos fundamentais, que estão essencialmente, ali, no
5º da Constituição Federal, são pautados em quê? No interesse coletivo e na
proteção, também, de direitos individuais.
Bom, essa ideia
de proteção de direitos fundamentais faz parte da ideia do Estado Democrático
de Direito. E quando eu falo de buscar proteção, de buscar a realização de
políticas públicas pautadas em direitos fundamentais, é de grande valia. De
grande valia porque a Constituição... A previsão legal existe, está lá no 5º
constitucional. Existem diversos direitos fundamentais garantidos e assegurados
na nossa proteção da lei.
No entanto, e a
eficácia? E a execução desses direitos? E a busca pela proteção desses
direitos? Isso é o que a gente tem que, talvez, dar um pouquinho mais de
atenção e desenvolver um pouquinho melhor.
Com relação a
isso, eu também trago uma reflexão e um questionamento que eu acho que cabe a
todos nós aqui fazer, seja como advogados, que têm, sim, uma função social de
grande relevância, ou ainda seja como professores, estudantes de Direito, que a
gente tem vários alunos aqui presentes hoje: qual é a importância de cada um de
nós para a proteção desses direitos? Qual é a nossa participação e a nossa
responsabilidade com relação a essa tutela?
Essa reflexão
eu acho de extrema importância, porque o advogado tem que ter uma função
essencial de buscar a proteção desses direitos. Não é só falar sobre eles, mas
buscar a proteção.
E nós, como
advogados, querendo ou não, nós exercitamos muito isso, essa função social. E
os estudantes de Direito começam a ter noção de qual é o nível dessa
reponsabilidade assumida. De qual é a importância, a relevância desses
direitos.
Então quando a
gente fala de liberdade, dignidade da pessoa humana, quando a gente fala de
questões relacionadas aos direitos, proteção de dados pessoais, tudo isso a gente
está falando de proteção de direitos fundamentais. Não basta só a previsão
legal, não basta só a garantia constitucional que já existe e se faz presente.
É necessário, também, o exercício das políticas públicas no sentido de buscar
garantir esses direitos.
Como o
professor Gian falou, a questão de o Judiciário se envolver nessa questão
muitas vezes causa mais problema do que propriamente solução. Então assim, o
Judiciário tem que ser a última instância, ele tem que ser a resolução do
conflito quando o conflito já não é mais passível de resolução. Se eu tenho uma
possibilidade de prevenção, de buscar uma proteção preventiva, eu tenho que
focar nisso. E eu posso muito bem fazer isso através de políticas públicas, não
é?
Então a minha
reflexão é exatamente sobre isso. A questão do conhecimento, o buscar a
informação é essencial. E quando eu falo de conhecimento, não estou falando de
Google nem de ChatGPT.
Estou falando
de uma pesquisa mais aprofundada, estou falando da leitura da Constituição, da
busca pela doutrina, isso é essencial e é mais um motivo para eu ter tanto
orgulho de fazer parte desse time que está aqui, hoje, defendendo com tanto
afinco e dedicando esta manhã para homenagear o nosso querido coordenador, mas
também para falar de um tema de tanta relevância e importância.
Então crio esta
reflexão: o que cada um de nós pode fazer, não é? As dicas do professor Gian
foram excelentes, quer dizer, buscar o conhecimento. O conhecimento transforma.
A Educação tem
que ser pauta na política pública, talvez a mais importante de todas elas. Tudo
bem que vai demorar um longo prazo para ter um reflexo, para ter um resultado
desse investimento em Educação. Mas a Educação é essencial ao desenvolvimento
de todo ser humano, e esse tem que ser um dos focos essenciais das políticas
públicas na minha opinião.
Novamente,
aqui, gostaria muito de agradecer o convite, por fazer parte desse time, que é
um time que eu tenho muito orgulho de pertencer, e agradecer a presença de
todos aqui, e peço que tenham, sim, essa reflexão sobre esse tema de tanta
relevância.
Muito obrigada,
um excelente dia.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nosso
muito obrigado à Professora Dra. Renata Silva Cunha, pela presença e pelas
ideias compartilhadas conosco. Tenho que agradecer aqui também, e avisar que
nós estamos com o plenário Juscelino Kubitschek em grande lotação, e o nosso
plenarinho também está sendo assistido, e com a presença de alguns alunos, e
agradecemos à TV Alesp.
Convido a fazer
parte do uso da palavra o professor Dr. Rogério Ferreira, da Faculdade de
Direito Unip, Campus Tatuapé.
O SR. ROGÉRIO FERREIRA - Em primeiro
lugar, bom dia a todos. Gostaria de cumprimentar a Mesa, na pessoa das
autoridades máximas, Dr. Jorge, Dr. Wagner, aos meus colegas, aos alunos que
vieram nos prestigiar, prestigiar a homenagem ao Dr. Wagner, e agradecer pela
oportunidade de externar um pouco o meu pensamento sobre a questão das
políticas públicas e dos direitos fundamentais.
Ao pensar em
políticas públicas, direitos fundamentais, eu me remeto ao Art. 1º da
Constituição da República, que, em dois incisos, me chama muita atenção. Um é a
dignidade da pessoa humana e o outro é o valor social do trabalho e a livre
iniciativa. Nós procuramos buscar a efetivação das normas que garantam as
políticas públicas, proporcionando uma vida digna, só que nós não paramos para
pensar em algo, a reserva do possível.
Na verdade, o
Estado necessita, sim, do reconhecimento do direito de personalidade da pessoa
jurídica e da comunhão existente entre a livre iniciativa e os empregados. Não
adianta eu ter uma empresa totalmente organizada, não adianta eu ter uma
empresa totalmente estruturada e um contingente desmotivado. Não gerará
recursos, não gerará receita, não gerará arrecadação.
E, sem
arrecadação, pergunto: Como o estado age? Como o Estado promove? Como o Estado
dá Saúde? Como o Estado dá Educação? Como o Estado promove uma vida digna? Aqui
eu deixo uma reflexão para os senhores. Quando nós atuamos de forma preventiva,
conforme os colegas já disseram, nós conscientizamos empregadores e nós
conscientizamos empregados.
Os empregadores
ao respeito aos empregados, os empregados ao respeito ao empregador. Se ele foi
contratado, ele tem que estar no horário certo para a produção, não fazer hora
extra.
Trabalhar no
horário que ele foi contratado e produzir o que foi a ele atribuído.
Consequência lógica, a empresa faturará, a empresa arrecadará, a empresa
arrecadará de forma digna. Por quê? Porque a ela está sendo respeitado o seu
direito de personalidade.
A arrecadação
de tributos para o Estado, para os municípios, para a União, são fontes que nós
não podemos ignorar que possam contribuir para que o Estado possa agir para a
efetivação dos direitos fundamentais em que a sociedade necessita e que muitos
padecem.
Aí eu deixo uma
reflexão aos senhores: O que é uma vida digna? O que é ter uma vida digna? Para
mim tem um conceito, para os senhores tem outro. E para aquele que mora em uma
periferia, que espera algo do Estado? Mas nós não podemos tão somente culpar o
Estado. Nós temos que verificar. Ele está sendo municiado? Ele está sendo
remunerado? Ele está sendo fomentado de recursos para que ele cumpra seu papel?
Aqui eu deixo a
minha reflexão aos senhores, agradecendo mais uma vez o convite.
Um bom dia a
todos.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nosso
agradecimento pelo professor Dr. Rogério Ferreira, pela participação e pelas
reflexões aqui apresentadas. Convido para fazer uso da palavra a professora
Dra. Daniela Snichelotto, da Unip, Campus Tatuapé.
A SRA. DANIELA MARIA SNICHELOTTO MIKAKI - Quero
agradecer a presença dos alunos, dos professores. Estou há 25 anos na Unip, com
o Wagner há 20 anos. Sobre políticas públicas. O que é? Gente, olha, não tenho
nem palavras. O que o professor Gian falou, o que todos os professores falaram,
o que falo para vocês por experiência própria, estudem.
Estou há 20
anos na Unip, mas, depois que comecei a me dedicar, não é só estudar por
estudar. Estudar de verdade, acreditar em você. Eles acreditam em mim e vocês
viram que eu não acredito em mim. Então, assim, faz diferença o estudo.
Sou formada em
Direito há 20 anos, mas só acreditei em mim para tirar OAB há uns três anos. E,
depois que tirei, era tudo o que eu precisava. Eu culpava os outros que não me
davam oportunidade, sendo que eu mesma a oportunidade estava em mim. Hoje, sou
mestranda. Nunca imaginei que iria entrar no mestrado.
Estou lá na
Unip, no Núcleo de Prática Jurídica, como advogada responsável pelo Núcleo do
Campus Tatuapé, e agradeço isso. Agradeço a todo mundo, principalmente ao
Wagner, ao diretor, Marcelo, aos professores, o professor Rogério me incentiva,
a professora Renata, o professor Gian, a todos os professores, o professor
Tucho.
Sempre que
preciso de um... Aprendendo... Porque é o que falo. A prática é muito necessária,
porque a teoria é outra. E é isso, gente. Tem a ver com as políticas públicas?
Tem, porque é o que o professor Gian falou. Estudar.
E isso faz com
que a desigualdade social seja privilegiada na sociedade. Gente, não preparei
nada. Todo mundo preparou, eu não preparei. E estou aqui, meu coração está...
Mas depois o Wagner vai ver. Não tomei nem uma água.
Mas tudo bem,
gente, é isso.
Eu falei sobre
a minha experiência.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - No
imprevisto é melhor, não é? Convido para fazer uso da palavra o professor Dr.
Flávio Katinskas.
O SR. FLÁVIO KATINSKAS - Deputado
estadual, Dr. Jorge do Carmo, na pessoa de quem cumprimento todos os membros da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Professor Wagner Ginotti Pires,
na pessoa de quem cumprimento todo o corpo docente da Universidade Paulista
Unip. Professora Vanessa Brhy, na pessoa de quem cumprimento a alta
administração da Universidade Unip.
Meus amigos e
minhas amigas. Bom dia. Na verdade, eu fui tomado por uma surpresa, porque eu
não tinha preparado nada para falar, mas, como eu sou professor há pouco tempo,
28 anos, e eu gosto muito do tema “políticas públicas”, eu penso que o ideal é
começarmos o estudo a partir do Art. 1º de todos os diplomas jurídicos, quer
seja direito penal, direito civil, e, sobretudo, direito constitucional.
Quando eu falo
no direito constitucional, tendo em vista o Art. 1º, eu tenho mais ou menos a
seguinte redação instituída no diploma legal:
“A República
Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados, dos
municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito
e tem como fundamentos: I - soberania; II - cidadania; III - dignidade da
pessoa humana; IV - livre iniciativa e os valores sociais do trabalho; V -
pluralismo político.”
Se nós estamos
falando de políticas públicas, me parece que o Art. 1º deve ser o ponto de
partida para toda e qualquer reflexão. Por quê? Porque na verdade o Art. 1º
diz, como em uma certidão de nascimento, o nome e sobrenome do nosso estado:
República Federativa do Brasil.
E diz respeito
da divisão dos poderes, formada pela união indissolúvel dos poderes federal,
estadual e municipal. E tem como fundamentos, ou seja, como colunas mestras:
soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, livre iniciativa e os valores
sociais do trabalho e o pluralismo político.
Como pensar em
políticas públicas sem ter em mente o que é preconizado pelo Art. 1º da
Constituição? Então, se eu penso hoje, mais modernamente, em direito ambiental,
que vem esculpido no Art. 225 da Constituição, eu tenho que ter o quê? Todos os
fundamentos previamente pensados e estruturados para depois pensar em políticas
públicas voltadas ao meio ambiente.
O meio ambiente,
hoje, é um tema que efetivamente ganha um grande destaque, porque, na verdade,
não diz respeito apenas à flora e à fauna, mas, sobretudo, aos ambientes
urbanos, aos ambientes laborais, ou seja, das empresas, das indústrias.
Então vejam,
meus amigos: se nós pensarmos no Art. 1º como estruturante, tudo o que vem em
termos de políticas públicas deve estar intimamente ligado ao que é preconizado
no Art. 1º.
Deixo aqui a
minha breve reflexão a respeito do tema, agradecendo mais uma vez o gentil
convite e desejando a todos que tenham um excelente dia e uma excelente
jornada.
Meu muito
obrigado. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Nosso muito obrigado ao professor
Flávio Katinskas. Convido a Dra. Renata Müller. (Palmas.)
A SRA. RENATA MÜLLER - Bom dia a
todos. Bom, trabalhar com o professor Wagner acho que dá direito a adicional de
periculosidade, não é? A gente faz teste cardíaco enquanto trabalha... bom,
enfim. Meu bom dia a todos, oficialmente, bom dia ao deputado que nos recebe,
bom dia aos meus colegas da Mesa.
Aproveitando a
oportunidade que me foi compulsoriamente concedida, vou falar um pouquinho
sobre dois conceitos muito importantes quando a gente trata de política
pública, que é o conceito de reserva do possível e de mínimo existencial.
O mínimo
existencial, para quem não sabe, é um conjunto de direitos básicos, como Saúde,
Educação e moradia, que garantem a dignidade da pessoa humana. Já a reserva do
possível é relacionada com o Orçamento Público, com o dinheiro que o governo
tem para promover esses direitos básicos para o cidadão.
Como se vê, a
gente está trabalhando dois conceitos que parecem antagônicos, mas eles
precisam ser compatibilizados. De um lado, eu tenho que garantir dignidade ao
cidadão e, de outro, tenho que ter dinheiro para isso.
Quando o
cidadão requer, por exemplo, uma vaga na creche e não tem, como o professor
Gian estava falando, o que acontece? Acontece que o estado vai dizer que ele
não tem dinheiro naquele momento para suprir aquela demanda e, assim, acontece a
judicialização do tema.
O problema é
que a judicialização é algo que não se deseja e também o argumento da reserva
do possível é algo que não pode mais ser aceito pela sociedade. O mínimo
existencial é algo que se deve buscar todos os dias e esse argumento da reserva
do possível está caindo, inclusive quando esses processos chegam à Justiça e o
juiz manda que se prove que não há dinheiro para aquela medida.
Existem
inúmeros processos no Tribunal de Justiça que mandam então que o governo prove
que não há dinheiro disponível para suprir aquela demanda. É uma prova
diabólica, uma prova difícil de fazer. A gente sabe que a gente não prova o
“não”, a gente prova o “sim”.
Mas isso mostra
muito mais do que a falta de dinheiro ou o baixo orçamento. Isso prova que o
mínimo existencial é o conceito da vez e que a reserva do possível está sendo
deixada cada vez mais para trás, quando a gente trata de políticas públicas.
Eu espero que
vocês tenham gostado das palavras que consegui improvisar aqui de última hora.
Convido a todos a estudarem esses temas, porque eles são de suma importância.
Agradeço a
oportunidade aqui na tribuna. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Nosso muito obrigado à professora Dra. Renata Müller. Convido para fazer uso da
palavra o professor Dr. Denis Cortiz da Silva. (Palmas.)
O SR. DENIS CORTIZ DA SILVA - Bom
dia a todos. Gostaria de cumprimentar a Mesa, na pessoa do deputado Jorge do
Carmo. Obrigado pelo convite a todos. Queria parabenizar o professor Wagner,
homenageado do dia; queria agradecer a presença de todos os alunos da Unip que
estão aqui presentes e aos demais convidados também. Estendo meus cumprimentos
aos demais professores da Mesa, pelas brilhantes palavras.
Pelo
cerimonial, me foram facultados dois minutinhos. Então, não tem muito o que
falar em dois minutos, mas nunca vamos esquecer que isso aqui é a Casa do povo
e, quando a gente fala em políticas públicas... Isso aqui é a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo. A gente nunca pode esquecer que é o Poder
Legislativo do Estado de São Paulo.
As pessoas que
aqui trabalham, os legisladores, são os nossos representantes, os
representantes do povo. Eles que implementam, que ajudam o Poder Executivo a
implementar as políticas públicas. Como? Legislando. Se vocês já tiveram
direito administrativo ou se vocês ainda vão ter, já aprenderam ou vão aprender
que o estado, o Poder Público, atua mediante comandos legais. E as leis são
produzidas nesta Casa.
Então, a
importância desta Casa é muito maior do que às vezes a gente imagina. A
responsabilidade do deputado é muito maior do que muitas pessoas imaginam. É a
partir deles, dele e dos colegas dele, que o bem-estar social é promovido, como
a professora Vanessa falou sobre...
O professor
Kalil falou sobre justiça tributária, o professor Gian falou sobre Estado
Inconstitucional das Coisas. As deficiências da sociedade, através de
remanejamento de orçamento, tudo isso é resolvido nesta Casa e esta Casa, nunca
vamos esquecer, esta Casa foi eleita democraticamente.
A gente nunca pode
esquecer que estamos em um Estado Democrático de Direito, que é uma garantia,
uma cláusula pétrea na Constituição que não pode ser colocada em risco. Nunca
vamos nos esquecer disso. Vivemos em um Estado Democrático de Direito e temos
que defendê-lo a todo momento. E eles são nossos representantes
democraticamente eleitos.
Está ok?
Muito obrigado
pela palavra. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Nosso muito obrigado ao professor Dr. Denis Cortiz da Silva. Convido para fazer
uso da palavra o professor doutor Luiz Carlos Tucho Valsecchi. (Palmas.)
O SR. LUIZ CARLOS TUCHO DE SOUZA E CASTRO VALSECCHI -
Bom dia a todos. Bom dia, caro professor Wagner, meu amigo, deputado Jorge,
membros da Mesa, dois minutos, tem que ser rápido, mas eu não posso deixar de
passar um pouco da minha emoção de estar aqui nesta Casa.
Aliás, logo
quando cheguei, professor Wagner, eu numa memória afetiva - tudo em frações de
segundos - a minha primeira namorada morava aqui a poucas quadras, então já me
trouxe uma emoção.
Depois, um
pouco mais jovem, quando eu comecei a praticar futebol de terra “terrão”, hoje
vocês nem sabem mais o que é isso, mas era assim que se brincava antigamente, o
campo ficava aqui ao lado do antigo Detran, que é aqui do lado também, então,
mais um pouco de fortes emoções.
E mais tarde,
um pouquinho hoje, ainda um pouco depois, já aqui dentro, fiz uma reflexão,
esse prédio chama-se Palácio 9 de Julho, 9 de julho, pessoal, é a data magna do
estado de São Paulo, eu que vim pela 23 de Maio, e aí fazendo uma memória
reversa, 23 de maio é uma data importante para os paulistas.
Porque foi em
23 de maio que 14 pessoas caíram na revolta contra a ditadura do governo
Getúlio Vargas, 14 paulistas caíram no 14 de maio, 9 de julho iniciou-se a
Revolução de 32, que, do ponto de vista belicoso, houve uma derrota por parte
dos paulistas, mas acabaram vencedores, porque a Constituição acabou saindo,
que era a grande bandeira paulista, a Constituição de trinta e quatro.
E o monumento
aqui, um monumento maravilhoso que vocês, se não passaram, têm oportunidade,
estão ali enterrados os nossos heróis desta revolução, que redundou na morte de
mil pessoas, mil paulistas caíram mortos por conta desta revolta contra a
ditadura, ninguém segurava algodão doce, ninguém segurava batom, aquilo foi uma
revolta.
Não se fala em
políticas públicas, pessoal, sem conhecer a coisa pública, a res pública a
república. Não se fala em políticas públicas sem conhecer a democracia, o
governo do povo, e nós não vivemos nenhuma democracia e nenhuma república, a
nossa maior Corte de Justiça, e não há justiça sem direito, o nosso direito
está na UTI.
Eu vejo, você
vai dar aula de direito, o primeiro curso são as fontes do direito, você fala
na norma jurídica, você fala na Constituição, que ninguém está obrigado a fazer
ou deixar de fazer, senão em virtude da norma jurídica, e a fonte de direito
hoje é o coração, a fonte de direito hoje é a sua susceptibilidade, a fonte de
direito hoje é o seu fígado, você esqueceu que existe uma norma jurídica que
obriga você a fazer aquilo que você não quer.
E esse é o
bonito do direito, que adianta você falar de políticas públicas, se você
escondeu o direito embaixo da cama, se você discute o direito no boteco e não
nas academias, o direito está desaparecendo da sociedade brasileira, porque as
coisas, as vidas das pessoas estão sendo discutidas nos botecos.
Como é que você
pode encarar a nossa maior Corte com esta postura, e eu não estou falando aqui
nem de direita, nem de esquerda pessoal, quem foi meu aluno sabe o quanto
briguei pelas injustiças do impeachment da Dilma, o quanto alertei das
barbaridades do senhor Sérgio Moro em Parquet e em sala de aula.
E o quanto hoje
também luto pelas injustiças que se fazem com pessoas que estão privadas de sua
liberdade, sem nenhum julgamento, estou me referindo àquelas que vocês estão
pensando. Ou temos um direito, ou temos uma turma de amigos.
E aqui volto
novamente ao Ibirapuera, saudades de Martins, Miragaia, Drausio e Camargo,
obrigado. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nosso
agradecimento ao professor doutor Luiz Carlos Tucho Valsecchi. Convido para
fazer o uso da palavra o professor doutor José Carlos Florindo do Bonfim.
(Palmas.)
O SR. JOSÉ CARLOS FLORINDO BONFIM -
Bom dia a todos. Na Mesa doutor deputado Dr. Jorge do Carmo, coordenador da
Unip Wagner Ginotti Pires, Dra. Vanessa e demais da Mesa.
Pessoal, como é
importante ver esse plenário cheio de alunos, vocês já fazem parte dessa
política pública, você vê que o tema é importante, ele não acaba aqui, se nós
ficarmos aqui vai ficar mais de um mês falando do primeiro ao quinto, do
direito de ir e vir.
Todos têm
direito de ir e vir, mas o pessoal tem que acompanhar a política, não ficar com
essas mentiras, essas fake news, muitas mentiras falando, tem que conhecer primeiro
a Carta Magna, vocês são do direito, não é possível pessoal do direito apoiar a
ditadura, eu acho que é por aí, a ditadura não respeita direito, não respeita
nada, então é importante saber os seus direitos, de ir e vir, até que forem
julgados, as pessoas são inocentes, mas tem que ser... O Tucho falou, tem que
ser estudado, tem que respeitar o direito de ir e vir do processo legal.
Em 2013, a Lei
12.850 - estou tirando um pouco do foco - ela revogou a 9.034. Essa lei foi
muito importante, que prendia bando e quadrilha, hoje prende organização
criminosa e crime organizado, é importante vocês lerem essa lei. Em 2013, tudo
isso aconteceu, rasgaram a Constituição para prender uma pessoa inocente, trata-se
daquele ou do outro, mas procura estudar um pouco mais, parabéns para vocês
alunos, parabéns, vocês fazem parte...
Hoje o direito
está no meio da política, como é importante ter muita gente no nosso gabinete -
eu sou assessor do vereador Senival, do Dr. Jorge do Carmo e do Gil Matata - eu
faço assessoria direta e indireta, é importante também, tem vários alunos da
Unip hoje, doutora Alessandra, tem a Andressa, todo pessoal do direito saiu da
Unip, são 68, direto e indireto, tem vários amigos aí que a gente está vendo que
foram convidados: o Rui, a Susana, a doutora Susana, tem várias pessoas aqui
que foram convidadas, que já se formaram, já tem sua OAB.
É importante as
pessoas entenderem como é importante a política pública pessoal. Nós saímos do
mapa da fome, olha que diferença, nós estávamos lá, e outra, tiraram o
Ministério do Trabalho, acabaram com o Ministério do Trabalho, em 2022, 21, 20,
acabaram com o Ministério do Trabalho, o pessoal que é do direito sabe disso, o
Ministério do Trabalho tinha acabado.
Eles tiraram o
Ministério da Cultura, tiraram o Ministério do Esporte, eles tiraram tudo, quer
dizer, como que você tem políticas públicas, você acaba o ministério se não tem
políticas públicas, não é? Então é importante participar, parabéns para vocês
que estão participando, participam mesmo de todas as atividades.
E outra, nós
fizemos dez seminários de políticas públicas na Câmara Municipal, e tem muita
gente que foi lá, e nós fazemos o segundo aqui na Assembleia, a Casa do povo,
como o Tucho, como o Gian falou, como vários professores falaram, parabéns aos
professores, todos da Unip, de excelência, coordenador Wagner Ginotti Pires.
E o nosso
deputado Dr. Jorge do Carmo, que é advogado também. É advogado, e vários
advogados no gabinete dele. Então, muito obrigado por vocês estarem aqui hoje
presentes.
Parabéns para
vocês também. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Convido para encerramento do 11º Seminário de Políticas Públicas da
Universidade Paulista, e para fazer o uso da palavra, o professor doutor
Liberato Felix de Oliveira, da Faculdade de Direito Campus Unip, Tatuapé.
(Palmas.)
O SR. LIBERATO FELIX DE OLIVEIRA FILHO
- Bom dia a todos, bom dia a todos. (Manifestação nas galerias) Gente, eu fico
muito emocionado em ver esse plenário lotado, mas lotado de um público muito
diferenciado, que eu vou citar daqui a pouco, mas antes eu quero cumprimentar,
em nome e assim cumprimentando a todos desta Casa de Leis, o deputado Dr. Jorge
do Carmo.
Em nome do meu
amigo, companheiro, professor Dr. Wagner Ginotti Pires, quero cumprimentar toda
esta douta Mesa maravilhosa. Claro, não poderia deixar de citar a professora
Dra. Vanessa Brhy, cumprimentando todas as nossas colegas professoras aqui
presentes.
Cumprimentando
também nosso amigo, irmão, professor doutor Marcelo Brhy, e assim cumprimento
toda a nossa instituição, a qual eu amo e... É que não pode, senão, moraria lá.
Gente, em nome,
e com muita honra, com muita alegria eu a vi aqui na plateia, em nome da Dra.
Ingrid Prado Pires, eu quero cumprimentar toda a nossa plateia. Foi muito bom
te ver, doutora. Obrigado, viu? Bem, gente, muito obrigado todos os alunos que
atenderam o nosso pedido e estão aqui. E aí eu estava falando da plateia, dessa
plateia diferenciada.
Quando eu vejo
esse plenário lotado, me enche de esperança, me faz sentir que o mundo tem,
sim, jeito. Os nossos colegas... O bom de falar por último é que todo mundo já
falou tudo, aí eu pego um pouco de cada um, nada me pega de surpresa.
Os nossos colegas
falaram sobre - e falando no assunto políticas públicas, daqui a pouco vou
falar sobre o nosso evento de hoje, mas falando em política pública - falaram
sobre pobreza, falaram sobre trabalho digno, falaram sobre meio ambiente, fome.
Concordo com
tudo, mas tem algo que eu não posso deixar de falar, e está na Constituição
Federal, eu sou um dos - aqui temos vários -, mas sou um dos defensores da
Educação.
Penso eu que
tudo passa pela Educação. Como fazemos para erradicar pobreza? Educação. E
quando eu vejo a plateia lotada assim, eu percebo que nós temos um futuro muito
brilhante, nós estamos no caminho certo.
A Educação
muda. Muda pessoas, muda situação, muda destino. A Educação muda o mundo.
Vários problemas que temos em toda a nossa cidade, nosso estado, o problema
está na Educação.
E eu percebo
que, enquanto estamos nessa, nesse grande problema, nesse grande impasse - o
qual eu acho, penso eu, que precisamos valorizar ainda muito mais a Educação -,
eu me deparo com uma universidade que leva a Educação a sério, Universidade
Paulista, Unip. Mais precisamente, campus Tatuapé.
Não posso
deixar de dizer. Não posso deixar de dizer. Eu sempre falo, vocês estão na
melhor universidade, na maior e melhor universidade privada do Brasil. E falo
que vocês estão no melhor e maior e melhor campo, campus, das universidades
paulistas, Tatuapé, claro.
Penso que a
saída de tudo isso, nós temos que valorizar a Educação, valorizar o
profissional da Educação, professores. E nunca fui tão valorizado como na
Universidade Paulista.
Eu digo que a
Educação muda pessoas, e não estou dizendo porque eu li em alguma revista. Não,
não. Aliás, dificilmente eu falo alguma coisa que eu ouvi, eu falo coisas que
eu vivi. a Educação muda.
Um dia, para
minha alegria, eu conheci uma pessoa, e essa pessoa olhou em mim, e conseguiu
enxergar algo que nem eu enxergava, e essa pessoa olhou e me disse assim: “você
é meu irmão”.
E hoje nós
estamos aqui, e eu quero aqui parabenizar a brilhante iniciativa do deputado
Jorge do Carmo, homenageando uma das pessoas, que é meu irmão gêmeo. Estou
mentindo? Meu irmão gêmeo, professor Dr. Wagner Ginotti Pires. Mais do que
merecido. Um dia esse homem olhou para mim e disse: “você é meu irmão”. E, a
partir daí, hoje, o que vocês veem aqui é fruto das mãos desse homem.
E por isso a
minha homenagem, dupla homenagem, hoje é para esse homem, que tanto valoriza a
Educação, que me educou, que me ensinou, e hoje eu estou aqui. Se hoje eu sou
alguma coisa, se hoje eu estou aqui, eu devo de coração, Wagner, de coração a
você. Permita-me dizer a você, porque você é meu irmão. Em outras épocas
chamava senhor, mas já levei tantas broncas que não chamo mais de senhor.
E, finalizando
as minhas palavras, eu não posso deixar de falar sobre o Dr. Marcelo Brhy, que
me enxergou também, e hoje tenho a Universidade Paulista como minha casa.
Agora vocês
imaginam uma pessoa que defende a Educação, de unhas e dentes, morando dentro
de uma universidade, nas minhas folgas, eu passo na universidade, aí veio um
dia, um colega diz que soldado de folga em quartel, ou quer ser preso, ou
alguma coisa, não é mesmo? Quer ser preso ou faxina. Está aí.
Mas não tem
problema, eu posso ser preso dentro da universidade. Não tem problema. Eu amo o
direito, eu amo a educação. E vocês, pessoal, estão no caminho exato, vocês
estão vivendo um dos momentos ímpares na vida de vocês. Valorizem esse momento.
Valorizem a sua universidade. Valorizem isso, porque não é em todos os lugares
que existe isso.
Certa vez,
professor Dr. Marcelo Brhy, eu postei uma foto do júri simulado em minhas redes
sociais, um aluno lá de Campinas, de uma outra universidade, claro, que não é a
Unip, de uma outra universidade, perguntou: “o que é isso?”
Eu falei: “é um
júri simulado”. Ele falou: “mas eu estou no oitavo semestre de direito, nunca
vi isso”. Eu disse para ele, claro, enchi o peito: “na minha universidade,
desde o primeiro semestre, a gente faz isso. Sabe esses alunos todos que estão
aí na foto? São do primeiro semestre.”
E no primeiro
semestre eu boto todos os alunos na frente, para falar, para discutir, para
discursar. Uns tremem, outros ficam vermelhos, outros... Mas não tem problema,
eles me amam assim mesmo. E assim eu amo vocês. Deus abençoe todos vocês. Eu
amo vocês.
Obrigado pela
palavra.
Obrigado,
professor Wagner, eu também te amo.
Obrigado, Mesa.
Obrigado,
Alesp.
Muito obrigado.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS
- Registramos nosso agradecimento ao professor Dr. Liberato Felix, por sua
participação e consideração. Agradecemos aos professores pela contribuição durante
esse 11º Seminário de Políticas Públicas da Universidade Paulista Unip.
Nessa ocasião,
reunimos dois momentos significativos, o 11º Seminário de Políticas Públicas da Universidade Paulista e a
sessão solene de entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao Sr. Wagner
Ginotti Pires.
A união dessas duas iniciativas reforma o compromisso com o
reconhecimento de trajetórias que inspiram. Agradecemos a presença de todos e
damos continuidade à nossa cerimônia. Agradecemos as palavras dos membros da Mesa.
Agora convido a todos para assistir alguns vídeos especiais enviados por amigos
ao nosso homenageado.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
DR. JORGE DO CARMO - PT - O problema técnico aqui ou é o problema...
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
Os outros têm áudio ou é só esse? Peço desculpas para vocês, mas é um
problema técnico. Pode, pode sim.
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Enquanto
vamos consertar os problemas técnicos, eu passo o uso da palavra ao deputado
proponente, Dr. Jorge do Carmo.
O SR. PRESIDENTE -
DR. JORGE DO CARMO - PT - Pedir licença para os componentes aqui da Mesa, meus amigos, e também
para vocês, para eu falar lá da tribuna, tá bom? O deputado gosta de falar da tribuna, né? Porque,
como eu não sou Presidente da Casa, estou presidindo esta sessão, mas gosto
muito de falar desta tribuna, que é daqui que a gente fala dos nossos anseios, das
nossas inspirações, das nossas angústias, das nossas demandas, aquilo que nós
acreditamos, a defesa do povo paulista.
As injustiças que a gente vê, é daqui que a gente combate. É daqui que a
gente faz aquilo que o povo paulista me delegou, graças a Deus, já pela segunda
vez. Quero, antes de começar, eu não tenho nem palavras, viu, professor, Dr.
Wagner Ginotti Pires?
Eu não tenho nem palavras, me faltam palavras para falar, e eu tive que
escrever, tive que pedir, redigir aqui, porque eu quero, minimamente, falar
aquilo que é o meu coração, que o meu coração pede.
Então, quero muito agradecer a todos vocês, os alunos, as alunas, os
professores. E já vou antecipar aqui a equipe da TV Alesp, os assessores do
nosso gabinete, agradecer aos policiais militares, aos servidores desta Casa. A
gente teve, como disse, esse probleminha técnico, mas isso a gente corrige, né?
Os técnicos aqui são extremamente competentes nesta Casa.
Então, peço licença para vocês para eu ler aqui algumas palavras que
achei interessantes para aproveitar essa oportunidade. E, antes, porém, dizer
da minha alegria, da honra de poder aqui estar proporcionando, através do nosso
Presidente, deputado André do Prado, que convocou, a meu pedido, essa sessão
solene, e que também tem como objetivo fazer essa exposição dessas aulas que os
amigos aqui acabaram de fazer.
Como foi bom, e eu já estive sentado aí, igual vocês estão, o público
que está na galeria também, todas as vezes que eu ia da minha faculdade, os
cinco anos que eu fiquei na faculdade, eu não perdia um seminário.
Tinha a semana jurídica, a semana de políticas públicas, eu não perdia
uma aula e nenhuma palestra, porque eu sempre gostei da política, e não é à toa
que hoje eu estou deputado estadual. Como costumo dizer, eu sou advogado e
estou deputado.
Então, agradecer aos presentes por este evento, dessa mais que merecida
outorga do Colar de Honra ao Mérito ao professor Dr. Wagner Ginotti Pires, aqui
conosco. Além da realização do nosso 11º Seminário, com o tema Constituição
Federal, Direitos e Garantias Fundamentais, do artigo 1º ao artigo 5º, como foi
brilhantemente aqui exposto, as exposições de cada professor e cada professora.
Nesta oportunidade, quero ressaltar aqui a importância da democracia
como valor fundamental para o funcionamento da nossa sociedade. A pluralidade e
a diversidade de opiniões, como foi visto aqui, constituem pilares essenciais
para a nossa consciência em ambiente saudável, em que as divergências, também
como foi visto aqui, devem existir. Mas o bom entendimento, o restrito dever, o
respeito deve sempre prevalecer.
Tivemos, é verdade, um período de turbulência no nosso país, na
política. As instituições democráticas foram colocadas à prova e responderam e
reagiram com a altivez que o momento exigiu. Ganharam com isso a civilidade e o
estado democrático de direito. O Legislativo Paulista, bem sabemos, é a mais
importante e maior Casa Legislativa estadual da América Latina. Onde vocês
estão é o maior Parlamento estadual da América Latina, onde nós estamos.
Seu papel e sua responsabilidade com a democracia, portanto, não pode
ser menosprezado. Somos aqui, professores, alunos, alunas, 94 parlamentares das
mais diversas correntes de pensamento político e ideológico. O voto de
confiança do povo paulista nos concede o compromisso e a responsabilidade de
respeitá-lo por quatro anos, sendo possivelmente renovado, caso o povo paulista
assim o queira.
Com as mais diversas atribuições. Destaco, por exemplo, o nosso dever de
propor e elaborar projetos de lei, como foi aqui também muito bem exposto e
mencionado. Aqui é a Casa de Leis.
Então, uma das principais atribuições do parlamentar, da parlamentar, é
a propositura de projetos de lei. Aliás, em segundo mandato que exerço, tenho a
honra de ter alguns projetos aprovados e sancionados pelo governador, que hoje
são leis estaduais.
Além da elaboração de projetos, acompanhamos também e fiscalizamos os
atos do Governo do Estado. É o exercício da democracia na prática. Havendo
divergência, promovemos o debate e vamos aos questionamentos cabíveis.
Como eu disse anteriormente, daqui desta tribuna, a gente expõe os
nossos pensamentos, sejam eles convergentes ou sejam eles divergentes. E as
ideologias, os pensamentos, as divergências, a gente expõe, mas sempre de uma
forma muito respeitosa.
A cada ano, o governador do estado apresenta a sua proposta de Lei
Orçamentária Anual. É uma outra atribuição desse parlamento, é, para o âmbito
seguinte, quando nós, deputadas e deputados, debatemos e apresentamos sugestões
acerca da destinação de investimentos para as áreas de Saúde, de Educação, de
Habitação, de Transporte Público, de Cultura, de Meio Ambiente, como também foi
mencionado aqui, de diversas frentes que nós temos, cada um tem um segmento e
que prefere seguir, entre outros.
O tema é sempre polêmico, muitas vezes. Leva meses, leva tempo de debate
aqui. Muitas vezes a gente fica madrugadas aqui, debatendo, porque quero
aproveitar a oportunidade de dizer, às vezes o governo quer fazer um debate aqui,
que manda pra cá um projeto que nós discordamos.
E vou citar um,
Dr. Liberato acabou de falar, um que retira dinheiro da Educação. A nossa
Constituição Estadual previa, professor Dr. Wagner Ginotti Pires, 30% para a
Educação no estado de São Paulo.
Pois nesta
Casa, a maioria dos colegas, deputadas e deputados, aprovaram a redução de 5%,
o que significa um déficit na Educação, um prejuízo para a Educação de mais de
11,3 bilhões de reais por ano. Aí vocês podem perguntar, e como você se
comportou, deputado? Eu sou membro da Comissão de Constituição, Justiça e
Redação, e, tanto lá quanto aqui, nós fizemos de tudo para evitar que essa
catástrofe acontecesse em São Paulo.
Mas,
infelizmente, como o povo paulista escolheu a maioria de deputadas e deputados
que muitas vezes não querem vir discutir aqui, preferem simplesmente votar
aquilo que vem do governador, e esses, infelizmente, colegas meus, são maioria.
Essa Casa aprovou a redução do recurso da Educação, professores.
Então, eu votei
contrário. Eu quero ressaltar, lembrar e jamais deixar de falar que nós,
Federação PT/PCdoB/PV, a esquerda aqui, votou contrário. Mas infelizmente a
aprovação da redução desse recurso, bem como a privatização da Sabesp, senhoras
e senhores, que também foi aprovada aqui.
Foi um clima de
guerra aqui, praticamente. Mas, infelizmente, o povo escolheu os deputados.
Nenhum deputado é biônico, foi o povo que escolheu. Então, eles estão aqui
para, presumo e acredito, defender o povo paulista. Mas, muitas vezes, as
pessoas, o deputado, a deputada, preferem vir aqui votar aquilo que o
governador manda. Então, essa Casa não pode ser um puxadinho do Palácio dos
Bandeirantes.
Essa Casa tem
que ter altivez. Essa Casa tem que discutir e divergir. Por isso que nós
falamos aqui da importância da democracia. Mas, deixando a empolgação, porque
eu acabo me empolgando quando falo dessas questões, eu falo que, às vezes, leva
muito tempo nesse plenário até a aprovação do Orçamento.
Ao meu
entender, outra coisa que é importante, além de fiscalizar o Poder Executivo e
a execução do Orçamento, a gente também, em outra atribuição do parlamentar,
que penso também ser fundamental, que é a representatividade.
Quando você escolhe
o seu deputado ou a sua deputada, você está delegando a ele, você está
delegando a ele que lhe represente, que fale aqui, que seja a sua voz nessa
tribuna. Por isso, a importância de saber quem a gente escolhe para ser o nosso
deputado, a nossa deputada, o nosso vereador, a nossa vereadora.
Este, senhoras
e senhores, é um breve resumo sobre o papel e atribuição do deputado estadual.
Mas tem muito mais que também acontece nessa Casa, como as comissões temáticas.
Eu falei que sou membro da Comissão de Justiça, tem a Comissão de Habitação, do
Meio Ambiente, de diversos temas, do Transporte, do Esporte, da Cultura, da
Saúde.
Então, essas
comissões, de Administração, do Trabalho, de Segurança Pública, tem diversas
comissões que os parlamentares também têm a oportunidade de debater os
projetos.
Tem também as
CPIs, que é a oportunidade de também estar acontecendo algo no estado que a
gente discorde, que a gente precisa que seja discutido nessa Casa de Leis.
Também podemos aprovar CPIs, debater, convocar autoridades, convocar pessoas
que a gente entenda que precisam vir aqui esclarecer para o público paulista.
Tem as audiências públicas, tem as sessões plenárias e os regulares debates,
como eu já mencionei aqui.
Além, é claro,
de momentos como esse. Olha que maravilha, estava aqui conversando com o
professor Wagner Ginotti, isso aqui é uma festa, é uma festa da democracia.
Temos que festejar momentos como esse, de alunas e alunos que aqui estão e que
certamente poderão amanhã ser deputadas, deputados, vereadores, vereadoras,
governadores, presidentes da República ou presidentas da República.
Então, momentos
como esse, para mim, são especiais. Da realização de eventos dessa natureza
para, merecidamente, também homenagear essa figura ilustre, o professor Dr.
Wagner Ginotti Pires, que muito contribui para que o estado de São Paulo tenha
essa pujança política, econômica e social, com a persecução nacional e
internacional.
E agora,
professor Dr. Wagner, tomo a liberdade de falar de algo que eu pesquisei e
espero que eu esteja fiel, que se alguma coisa não for verdadeira, depois o
senhor vai ter a oportunidade de falar.
Professor Dr.
Wagner Ginotti Pires, advogado: formado pela Universidade Estadual de Maringá,
chegou em São Paulo em 1987, onde atuou por quatro anos no direito de família.
Isso é verdade, porque o senhor falou agora exatamente ali para a TV Alesp, né?
Frustrado,
sobretudo, devido às ameaças que sofria por parte dos cônjuges em casos de
divórcio litigioso. Às vezes as pessoas
acham que o advogado é o culpado, né? Ele briga, ela briga com o marido, o
marido briga com ela, eles vão se divorciar e o advogado é que é culpado. O
advogado não faz divórcio, a gente representa.
Então,
frustrado com os cônjuges, talvez até ameaçado, em casos de divórcio litigioso,
deixou de lado esta atividade profissional. Surge, então, a sugestão do tio
para ingressar na carreira pública por meio de concurso para delegado de
polícia, como todas e todos sabem.
Aprovado na
segunda tentativa, abraçou e se apaixonou pela profissão que exerceu por três
décadas. Estudioso, após o mestrado, iniciou e concluiu seu doutorado em
Direito. Em seus 30 anos como delegado, buscou especialização na área, o que o
levou a conquistar novos e mais elevados cargos na Segurança Pública.
O professor Dr.
Wagner Ginotti Pires aprofundou estudos no meio acadêmico, tornou-se professor
e, em seguida, coordenador do curso de Direito da Unip Tatuapé. Consolidou sua notável contribuição à
sociedade paulista ao longo de tantos anos, com a entrega do saber no
desenvolvimento intelectual e profissional dos formandos do Direito pela Unip
Tatuapé.
Seja como
coordenador do curso ou como professor, sua valorosa contribuição acadêmica é
vista a cada cinco anos quando novos cidadãos e cidadãs são formados em Direito,
a partir de um conjunto de normas éticas e morais ensinadas no decorrer do
curso.
Sob a sua
batuta, do professor Dr. Wagner Ginotti Pires, o fato é que, na Unip, são
formados alunos prontos para transformar vidas através da Educação, como disse
o professor Liberato. A Educação não muda o mundo, ela transforma pessoas, e
pessoas mudam o mundo. São sábias palavras do nosso queridíssimo professor, do
nosso professor da Educação, Paulo Freire.
O fato é que a
Unip, exatamente como já falei, e estabelecer questionamentos acerca de
políticas públicas e necessárias para a evolução da sociedade. O professor Dr.
Wagner Ginotti Pires é também autor de importantes obras acadêmicas, que vocês
possivelmente já as conheçam.
Vou elencar
aqui algumas delas: “Culpa, Direito e Sociedade; Indignidade Penal”;
“Protágoras e Direito Penal do Inimigo da Natureza”; “Estudos sobre o Direito
Brasileiro Contemporâneo”; “Razão e Retórica No Crimen Culpae”.
Por isso,
senhoras e senhores, é que eu tenho orgulho, honra, alegria de estar hoje aqui
proporcionando, junto com a minha equipe, junto com os colegas que me ajudaram
a provar essa honraria, essa justíssima homenagem ao professor Dr. Wagner
Ginotti Pires.
E mais que
isso, professor, eu tenho alegria de ser seu amigo. Eu tenho a honra de você
ter me adotado como seu amigo, de você ter me conquistado. E eu penso que a
recíproca é verdadeira.
Então, que Deus
te abençoe. Essa última homenagem, essa justa homenagem que nós vamos prestar
agora aqui. E com esse plenário, a galeria cheia, que maravilha, só V.Exa.,
V.S.ª, consegue trazer tantas pessoas que gostam e amam você.
Eu também te
amo.
Beijo no seu
coração. (Palmas.)
*
* *
- É exibido um
vídeo.
*
* *
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos
ao professor Dr. Marcelo Brhy, à professora Dra. Daniela Maria Snichelotto, ao
José Carlos Florindo Bonfim e ao professor Dr. Katinskas. O Colar de Honra ao
Mérito Legislativo é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo.
Foi criado em
2015 e é concedido às pessoas naturais ou jurídicas, brasileiras ou
estrangeiras, civis ou militares, que tenham atuado de maneira a contribuir
para o desenvolvimento social, cultural e econômico do Estado.
Como forma de
prestar-lhes pública e solenemente uma justa homenagem, esta sessão solene
homenageia com a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de
São Paulo o professor Dr. Wagner Ginotti Pires.
Estamos aqui
com a presença do deputado estadual Danilo Campetti, que recebe a Comitiva da
Eslovênia, composta pela embaixadora Sra. Mateja Kracun e deputados e
representantes da Eslovênia em São Paulo. (Palmas.)
Bacharel em
Direito pela Universidade Estadual de Maringá, mestre e doutor em Direito das
Relações Sociais, subárea Direito Penal, pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo, PUC, títulos obtidos, respectivamente, nos anos de 2000 e 2003,
especialista em ensino a distância, especialista em docência do Ensino
Superior, especialista em Pedagogia Institucional, especialista em
Administração Geral, professor titular da Universidade Paulista, Unip,
coordenador do curso de Direito do campus Tatuapé, delegado de polícia
aposentado, corregedor da Secretaria dos Negócios da Segurança Pública do
Estado de São Paulo, cidadão paulistano honorário, título conferido pela Câmara
Municipal da Cidade de São Paulo, por iniciativa do vereador Senival Moura, em
2011, jornalista, avaliador externo de sinais, Diretoria de Avaliação da
Educação Superior, advogado inscrito na OAB.
Seu notável
percurso acadêmico, profissional e público consolida Wagner Ginotti como uma
referência de excelência e dedicação à justiça, à educação e ao serviço à
sociedade. Parabéns a esta justa homenagem.
Convidamos para
servir à frente os membros da Mesa Solene, juntamente com o homenageado para a
outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
Por favor, eu
convido a todos os professores que compõem a Mesa.
*
* *
- É feita a
outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
*
* *
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste
momento, ouviremos a palavra do homenageado desta manhã, professor Dr. Wagner
Ginotti Pires.
O SR. WAGNER GINOTTI PIRES -
Bom dia a todos, a todas. Eu havia preparado um escrito, mas, diante das emoções
- é bom ter emoções, como diz o Tucho, não todas, mas é bom ter -, eu saúdo,
antes de mais nada, o nosso paraninfo, o nosso patrocinador, o nosso amigo, o
nosso irmão, professor Dr. Jorge do Carmo, em nome de quem eu saúdo a Casa
política.
Saúdo o meu
querido amigo, o meu querido irmão, na figura do professor Dr. Marcelo Brhy,
que está aqui conosco e muito nos honra. Se parte, senão o todo do que nós
fizemos e temos feito de diferente no nosso campus Tatuapé e, de alguma forma,
também é feito na Marquês de São Vicente, diga-se de passagem -, aqui eu faço
uma ressalva, que a professora Dra. Mônica Bortolazzi não está presente por
fatores muito pessoais e absolutamente compreensíveis, e já retransmito o
pedido de desculpa dela aos alunos que são dessa casa, também tão maravilhosa,
como todas são, da Unip.
É Unip, é
multicampi, é multi-institucional e tem muito valor agregado. Também saúdo
aqui, na figura do meu irmãozinho gêmeo, professor Dr. Liberato Felix, o corpo
docente da nossa instituição.
Nas figuras
femininas, eu teria que nominar a todas, desde a Vanessa até as Renatas, por
quem, na realidade, tenho um apreço todo especial, seja pela Cunha, seja pela Müller,
seja pela Solange Tomiyama, essa mulher genial.
Também não
poderia deixar de saudar aqui os meus amigos Johnny e Marcelinho, que estão
ajudando aqui, trabalhando, participando desse processo. Não poderia deixar de
citar as Danis: essa Dani, a Adão, e a Snichelotto.
Como também
aqui eu não poderia deixar de agradecer a cada um de vocês com quem, de uma
forma ou de outra, maior ou menor, eu tenho absoluta proximidade e tento ser o
mais eu mesmo, dentro daquilo que é possível, dentro da civilidade, dentro do
respeito, dentro daquilo que se fala, amor ao próximo, porque, se não houver
isso, não há nada.
Eu acho que a
partir dessa mensagem de amor ao próximo nós construímos o respeito, nós
construímos a fraternidade, nós desenvolvemos a empatia. A partir daí, o mundo
passa a ser mais civilizado, passa a ser mais humano, passa a ser mais racional.
E os objetivos,
por extensão, passam a ser mais fáceis de serem conquistados. Mas, sem esse
amor ao próximo, sem a construção dessa empatia, sem a construção dessa
proximidade, não existe nada, simplesmente nada.
Seremos apenas
homens ocos, homens desalmados, uns nos outros amparados, com elmo cheio de
nada. Nossas palavras são como folhas sobre a relva seca, que não redundam em
nada, a não ser no silêncio. Isso é um poema final de Thomas Stern Eliot.
Aqui eu
repasso: o que nos transforma, o que nos configura é o amor. O amor ao próximo,
a solidariedade que se constrói, a solidariedade que se busca e a fraternidade
que resta. Temos aí alguns mitos, uns falsos mitos, de que nós temos poucos
amigos, seletos e tal.
Nós temos um
tempo hoje cada vez mais urgente, cada vez menor, que, infelizmente, não nos
permite aquilo que houve dentro de um passado: longas convivências, longos
relacionamentos.
Hoje tudo se
constrói dentro do próximo distante. Não temos mais aquela imediatidade que se
permitia longos e profundos relacionamentos, como se, mesmo dentro dessa
brevidade, não se pudesse atingir isso pelo instante. Eu sempre brinco que é só
o que nos resta, o instante. Não temos nem o depois, e o antes não mais existe,
a não ser como uma vaga lembrança - assim mesmo, episódica.
Então, se isso
acontece, é mais como uma oportunidade de um encontro de amigos, de irmãos, de
pessoas que se gostam, de pessoas que se respeitam e de pessoas que valorizam e
se valorizam dentro de um processo.
Fora isso, o
que existe? O que sobra? Fico muito feliz, fico muito honrado. Olha o Ruizão
ali em cima. Não é, Ruizão? Grande irmão. Sempre, é o que sobra, esse amor que
temos que construir. Ele é a escada, ele é o processo.
A partir dele,
aquilo que eu peço a vocês, às vezes até de uma forma um pouco, eu diria,
estranha, muito estranha: larguem disso, façam aquilo, abandonem, destruam
relacionamentos. Alguma coisa nessa linha. Dediquem-se ao estudo. Estudar,
estudar, estudar.
Antes era
“matar, matar, matar”, lembram? Mas, para isso, nós já temos o cinema, já tem o
cinema que cuida disso. Então é: estudar, estudar, estudar e acreditar em
vocês, acreditar nessa força transformadora que é o estudo.
Estudar,
estudar, estudar. “Vou assistir ao jogo”. Não, você vai estudar, estudar,
estudar. “Eu vou ao cinema”. Não, você vai estudar, estudar - vai virar um
mantra -, estudar. Aí você olha para o espelho: “estudar, você tem que estudar,
estudar”.
Vão falando
comigo: estudar, estudar, estudar. Olha, é um mantra, vai entrando. Estudar.
“Hoje eu vou fazer...” Estudar, estudar, estudar. Aí aquilo vai ressoando na
mente, vai encucando, vai penetrando.
Quando você
olha para o espelho, o que você vai ver? Alguém que vai estudar, estudar,
obsessivamente, loucamente, porque aquela pessoa que eu vejo, que eu amo
profundamente, quero o melhor para ela. Então aquela pessoa que eu vejo e que
eu amo, por ela eu vou, em princípio, estudar, estudar, estudar.
Porque, se eu
não amar aquela pessoa e não me dedicar àquela pessoa que eu vejo todos os dias
quando eu acordo, o que sobra? Se você não consegue amar aquela pessoa que você
vê, o que será do mundo? Você fala de uma construção de empatia.
Ora, se você se
detesta, se você se odeia, se você se desama, se você quer se morder, o que vai
sobrar para os outros? No mínimo,
canibalismo, no mínimo, morder, morder, morder. Não é morder, né? “Murder”.
Lembra? É “murder”, “murder”, “murder”, “murder”. Tudo bem.
Então, eu acho
que a grande forma de vocês se valorizarem, de vocês se respeitarem, de vocês
se construírem enquanto seres autônomos e independentes, é estudar, estudar e
estudar.
Aristóteles,
esse grande estagirita, esse grande pensador, e que depois, de alguma forma, os
outros, em maior ou menor grau, só irão repeti-lo, ele dividiu o mundo em dois
tipos, homem no sentido histórico, em dois tipos de homens, os que estudam e o
resto, literalmente o resto.
Que talvez ele
quisesse dizer algo que, para nós hoje, soa incompreensível, por conta das
mudanças do tempo. Em nome da educação, como um grande projeto, a partir do
momento que eu adquiri a minha liberdade parcial do serviço público.
Aposentadoria nada mais é do que isso: um decreto de alforria.
Ali eu recebo a
minha carta de alforria e eu sou livre. Antes disso, Tucho, não existe
liberdade. Enquanto ser social, porque o ser social se constrói e constrói a
sua dignidade sob duas colunas.
Uma coluna é o
trabalho, sem ela você não tem nada, você não tem família, você não tem
sociedade, você não tem bem-estar, você não tem nada. A segunda coluna, você
tem a educação. Então, para mim, a dignidade se constrói necessariamente sob
esses dois pilares: a educação e o trabalho.
Então, como eu
me libertei de um, sou um liberto, sou um escravo liberto do serviço público,
Denis. Demorou, mas me libertei, dignamente, segundo as regras, seguindo as
regras, honestamente.
Eu falei, não
vou ficar sem nada, até porque o nada não existe. Você perde um relacionamento,
sai de um relacionamento, abre um vazio. Ai, ai, ai. Esse espaço vai ser
ocupado por alguma coisa.
A natureza não
permite, não admite o vazio. Ela está
sempre, sempre, que o diga Lavoisier, em transformação, em transformação.
Dentro disso, e por medo, e por medo, porque eu também tenho medo, o medo que
nós temos dois caminhos para vencer: pela sabedoria...
No fundo, toda
filosofia fala isso, que o conhecimento é uma forma de libertação, é um
conhecimento profano, herético. E a segunda forma é a fé. A fé também nos
liberta, de alguma forma, desse medo, na medida em que eu acredito que alguém
está me protegendo, que alguém está do meu lado. A sabedoria é um projeto
individual de salvação.
Eu acredito em
mim mesmo e vou me salvar por mim mesmo. E vocês darão diferentes nomes,
começando por ateísmo. O outro é aquele que acredita no outro como um elemento
necessário a essa salvação.
E nisso,
entrando no terreno do “fidei”, da fé, da confiança. Pela sabedoria, eu aprendo
a confiar em mim mesmo. Pela fé, eu aprendo a confiar no outro, ou nos outros
se eu for politeísta. Mas sempre buscando a salvação. A salvação.
A salvação que
eu posso obter pelo conhecimento, pelo estudo, e a salvação que eu posso obter
pela fé. Ou eu me salvo pelo meu
trabalho, por aquilo que eu acredito e como eu faço.
Ou me salvo
esperando por Deus, por um milagre, por uma caridade divina, pela graça. São os
dois caminhos. Mas ao meu ver, neste momento, pra que jogar tudo para o outro?
Pra que jogar tudo nas costas do outro? E minha parte nesse latifúndio? É
improdutivo?
Eu não faço
nada? E por aí eu falo, é o trabalho e o estudo. E ainda mais quando esse
estudo se transformar em puro trabalho. Aqueles que estudam e estudam como
vocês fazem.
Vocês no mundo,
vocês são vistos, principalmente os que estudam à noite, vocês são vistos, no
mínimo, como heróis da resistência. Isso é uma exceção. O mundo dito civilizado
e superior, eurocentrista principalmente, ele parte do pressuposto que ou se
trabalha ou se estuda.
Não os dois.
Porque o trabalho que o estudo representa é absurdo. E eu vejo vocês, muitas
vezes no final do dia, no final das forças, com a pilha lá embaixo e o esforço
que vocês fazem.
Aí vem um
professor mal-amado, malcozido, mal digerido e quer impor as regras do jogo. Do
jogo matar ou morrer. O que é isso? Dando uma avaliação elaborada, sabe Deus
por qual fundamento, com a filosofia matar, matar, matar, matar. “Ce n'est pas possible”, isso não existe.
Nem no mundo da
Disneylândia, pelo menos, não na minha gestão.
Ficou claro? Noemi, ficou claro? Tudo bem, crianças? Vocês estão
seguindo a filosofia do meu diretor, do meu irmão, Marcelo Brhy.
Nós estamos
aqui para recebê-los, para abraçá-los, para ajudá-los, para que vocês se
tornem, a cada dia, a cada dia, a cada dia, melhor, melhor, melhor, melhor,
melhor. E vocês começam um dia com resistência a tudo que o dia irá
sujeitá-los.
Então, não
serei eu, na minha docência, no meu trabalho, que irei sabotá-los, que irei
desmotivá-los, que irei puxar o tapete de vocês. Não serei eu. Até porque penso
que Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, não me atribuiu este papel.
Então, estou literalmente lá para ajudá-los, para inseri-los, para orientá-los
e transmitir tudo aquilo que a vida me deu do bom e do ruim.
Lembrando o que
a polícia nos deu, não é, Flavinho? Não é, Denis? Nós trabalhamos com as
tristezas do mundo, com os dramas do mundo. Você não começa o dia vendo coisas
boas. Não entram pessoas numa delegacia
de polícia para dizer que acabaram de ganhar na Mega-Sena, que estão felizes
com a primeira maternidade, que acabaram de ser promovidos.
Não, não é isso
que você recebe. Esses canais populares, muitas vezes, mostram a vocês o lado
selvagem da vida, o lado mau do homem e do mundo, seja por qual razão for. Então, eu vi tudo isso na minha vida.
Então, posso
dizer como vocês, aqueles que são integrantes das forças policiais, que têm
essa grande responsabilidade da segurança pública, e como é difícil isso, como
é difícil. É um trabalho insano, insano, porque a maldade está no mundo.
Ela está no
mundo. Ela é um coeficiente que tem que ser avaliado em cada operação. Ela faz
parte do jogo. Ela faz parte. Ela é incitada à nossa condição. E não vai
desaparecer nunca. Nunca. É uma condição que veio e veio para ficar. Mas, ao
mesmo tempo, é como um incêndio, que não é porque é um incêndio que ele vai
poder lastrar à vontade.
Não, ele deve
ser combatido diuturnamente. Então, esse lado ruim, nós conhecemos, em
particular. E, quando eu vi esse lado, eu falei: “Não, se eu puder evitar a
formação desse lado, eu vou evitar”. E,
por isso, que eu sempre digo a vocês: estudar, estudar, estudar. Estudar para
quê? Para serem mais, para trabalharem mais e melhor, mais e melhor, e ganharem
mais. Porque dinheiro é bom.
Quem falou que
dinheiro é ruim? Dinheiro é bom. Dinheiro compra a boa vida. Dinheiro compra um
nível de satisfação razoável. Dinheiro nos permite pequenos prazeres. Ir ao
restaurante, comer uma pizza, nada absurdo. Comer uma feijoada no restaurante,
tomar uma cerveja com amigos, né, Flavinho?
Comer uma
comida árabe, né, Kalilzinho? Maravilhosas, aliás. E aí vai. Que é sempre com o
outro. Sempre com o outro. Sem o outro, a nossa vida não tem sentido. Alguém
gosta de comer sozinho? Imagine, pega um sanduíche e vai comer dentro do
banheiro, fechada a porta. O que é isso? Isso, para mim, é uma forma de
suicídio. Isso não é nada. Não é nada.
Então muito
obrigado a todos vocês. Desculpem a minha longa e sincera fala. Muito obrigado,
professor Dr. Jorge do Carmo, um irmão, por essa homenagem. Se eu estou aqui, é
por causa de vocês.
Eu estou
recebendo, isso aqui é um resultado - sabe, que interessante - do trabalho de
vocês. Olha, que bacana. Vocês que fizeram tudo. Os professores que fizeram
tudo. Os amigos que fizeram tudo, os irmãos, e eu estou aqui recebendo a
homenagem.
Então, no
fundo, é sempre injusto. Vocês que fizeram tudo. Vocês que me trouxeram aqui.
Não fui eu que cheguei aqui, vocês. Eu penso que, para ser verdadeiro, cada um
de vocês deveria ter duas dessas no peito. Duas dessas. Olhem esta Dani
Snichelotto, a chefa. O quanto eu devo a esta moça.
Marcelinho,
então, Marcelo, o que você sempre nos apoiou nos eventos. Marcelinho Brhy é um
brother. “Vamos fazer isso, Marcelinho?”, “Vamos, vamos fazer”.
Olha o que é a
nossa Feira das Profissões. É referência, não é, Marcelo? Hoje é referência,
Dr. Jorge, referência. Vossa Excelência foi homenageado. Recebeu e vai ser mais
ainda. Já foi no semestre passado, pelo tanto que nos prestigiou, que nos
prestigia. Esses meninos aqui. Olha o Jhonny. O Jhonny é o meu produtor.
Além de tudo
isso, então, como eu disse, eu tinha que ocupar aquele vazio - só para
encerrar. Aí eu comecei um podcast falando de Ciência, do qual vários de vocês
já participaram e vão participar, produzindo ciência, pegando... (Inaudível.)
Aquilo que tem de melhor, que já foi avaliado, não é, Dani?
Então eu não
corro riscos quando alguém falar da qualidade daquilo que estou apresentando.
Olha como eu sou malandro. Olha como eu sou ligeiro. Olha que malandragem.
Eu pego como,
por exemplo, o professor Gian, esta sumidade, como todos estes são, faço um
programinha, pegando o que ele produziu de melhor naquele instante na vida
intelectual dele e jogo para vocês, tornando o que é privado, o que é recluso à
Academia, aos seus escaninhos, às suas estantes, e tornando acessível a todos
que querem conhecer um pouco mais de Ciência, sobre uma perspectiva mais pura,
mais técnica, mais profunda.
Então estou
fazendo a minha parte. Estou fazendo a minha parte. É uma forma que eu valorizo
este intelectual, que estaria, talvez sobre outra condição, restrito a um mundo
fechado, a um mundo pequeno, que é o mundo acadêmico, que é um mundo que eu
diria que exclui, que afasta, porque é um mundo fechado, é um mundo de
privilegiados. Eu digo, eu sempre chamo e sempre falo que vocês são elite.
Não é porque eu
julgo vocês a elite. Porque para dois intelectuais italianos do século XIX,
Gaetano Mosca e Vilfredo Pareto, o que são as elites? As elites são o melhor de
um grupo social. Se você, na sua família, é a primeira a estar em uma
universidade e concluindo a universidade, você é a elite da sua família, como
você será do seu grupo social, como você será da sua comunidade.
Você é o que
naquele momento histórico-social se produziu de melhor, de mais avançado, de
mais técnico, de mais científico. Não só pelo fator econômico, que é muitas
vezes o reflexo de tudo isso, e não a causa.
Então meu muito
obrigado a vocês, eu devo isso a vocês. Se falarem assim: qual é o mérito que
eu tenho? Eu falo: nenhum. Nenhum, e realmente, se eu tivesse que usar aqui uma
honestidade intelectual, eu diria que sou tímido. Eu fico até emocionado, tanto
é que eu não trouxe todo um texto que eu preparei, não é, Jhonny? Como eu estou
preocupado, não é, Marcelinho? Sempre faço lá os meus apontamentos.
Professora
Edna, você, que apesar de não ser de Direito, é mais de Direito que muitos o
são. Esta mulher que tem sido, sistematicamente... Cadê o Mario? O Mario veio
hoje? Olha lá o Mario. Marião, sempre meu agradecimento a você. Olha lá o nosso
co-organizador do júri. Nossa, eu teria que agradecer...
Olha o Felipe
ali. Felipinho, essa pessoa maravilhosa. Esses meninos, vocês são meus filhos.
Olha, um outro filhote lá. Ingrid, sempre uma alegria. Trato vocês como filhos,
até porque a idade já me permite isso. A idade me dá esta condição.
Então muito
obrigado a todos, mais uma vez. Acho que não esqueci nada, esqueci? Ah,
Alessandra, muito obrigado. Olha, você... O Bonfa. O Bonfa é o Bonfa, não é?
Bonfim, você é a nossa medalha de platina da Casa. Tuchão, sempre o Tuchão.
Adoro você, Tuchão. Nem Deus sabe o porquê, mas adoro o Tucho. É aquela coisa,
sabe? Mas, enfim, ame-o ou deixe-o.
O Tucho eu até
falo, até brinco. Na minha concepção, ele é como aquele fruto que você ou ama
ou odeia. Eu sei, é polêmico, minha irmã adora, mas eu detesto. O Tucho, para
mim, é como jaca.
Você gosta dele
ou você não gosta, mas o que ninguém pode negar é que o Tucho é sempre o Tucho.
E o Denis vai nessa pegada também. Mas, enfim, muito obrigado a todos. Um beijo
no coração e desculpa por tudo.
Agradeço
sempre.
Obrigado,
obrigado. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Passo
a palavra ao deputado Dr. Jorge do Carmo, para que proceda ao encerramento
desta solenidade.
O SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Bom,
gente. Só aguardar um pouquinho, estamos encerrando. Que aula, hein? Que aula
deste ilustre, magnífico amigo, ser humano fantástico, não é? Fico muito
orgulhoso, como eu disse ali na tribuna, de ser amigo do professor Dr. Wagner
Ginotti Pires.
Antes de
encerrar aqui a nossa maravilhosa sessão solene, quero agradecer aqui às
professoras e professores que deram aula para nós aqui hoje. Vou deixar de
agradecer alguns porque eu não tenho aqui a nominata. Professora Dra. Vanessa
aqui ao meu lado, professor Dr. Gianfranco, professor Dr. Rogério Ferreira,
professor Dr. Liberato, professor Dr. Joubran Kalil, professora Dra. Renata.
Peço desculpa aqui a outros professores, doutores e professoras doutoras.
Vieram à tribuna, mas não me deram a nominata. Então sintam-se agradecidos e
homenageados.
Como eu disse
antes, agradecer antes de encerrar. Claro, agradecer e parabenizar o nosso
ilustre e brilhante professor Dr. Wagner Ginotti Pires. Já disse, mas vou
repetir, agradecer à minha equipe, à equipe dos nossos gabinetes, aos
assessores, às assessoras, à equipe da Casa, aos policiais, aos servidores, à equipe
da TV Alesp.
Como disse o
professor, ninguém é nada sozinho. Então é sempre o nós. Se tudo isso está
maravilhoso e, olha, eu sou suspeito a falar, viu, professor, doutor? Mas está
maravilhoso. Tudo organizado, tudo da melhor maneira possível.
Eu sou bastante
exigente até comigo mesmo, mas devo reconhecer e agradecer, que está
maravilhosamente bem organizado.
Assim sendo,
agradeço a Deus, como eu disse já, aos professores, aos coordenadores da
Universidade Paulista, a Unip, e também o Mackenzie, à minha assessoria, como
eu já falei, aos funcionários desta Casa, pelo cumprimento e dedicação pelo
êxito de hoje. Por essa razão, com o coração partido, eu vou encerrar, viu?
Porque eu queria ficar a tarde inteira, ouvindo o professor Dr. Wagner Ginotti
Pires.
Esgotado o
objeto da presente sessão, agradeço a todos os envolvidos na realização desta
solenidade, assim como agradeço a presença de todos.
Está encerrada
está solenidade. (Palmas.)
*
* *
- Encerra-se a
sessão às 12 horas e 03 minutos.
*
* *