21 DE MAIO DE 2024
22ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO
Secretaria: CARLOS CEZAR e DELEGADA GRACIELA
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 16h47min. Coloca em votação o requerimento de método de votação ao PLC 9/24, de autoria do deputado Guto Zacarias.
2 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de presença.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum.
4 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 9/24, em nome da Federação PSOL REDE.
5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Anuncia a presença de autoridades em plenário.
6 - DR. JORGE DO CARMO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 9/24, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
7 - BARROS MUNHOZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Dá boas-vindas aos visitantes de Itapira presentes em plenário.
9 - LUCAS BOVE
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 9/24, em nome do PL.
10 - PAULO MANSUR
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 9/24, em nome do PL.
11 - EDMIR CHEDID
Para reclamação, faz pronunciamento.
12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Solicita comportamento regimental ao público presente nas galerias. Tece comentários acerca do pronunciamento do deputado Edmir Chedid, sobre o funcionamento dos elevadores da Casa.
13 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
14 - ANA PERUGINI
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 9/24, em nome da Minoria.
15 - MARINA HELOU
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 9/24, em nome da Minoria.
16 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PLC 9/24.
17 - CARLOS GIANNAZI
Solicita verificação de votação.
18 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação pelo sistema eletrônico.
19 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
20 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
21 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
22 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
23 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
24 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
25 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
26 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
27 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação o PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas. Solicita comportamento regimental ao público presente nas galerias.
28 - MÁRCIA LIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
29 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Afirma que manifestantes tentaram invadir este plenário.
30 - ANDRÉA WERNER
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome do PSB.
31 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - TENENTE COIMBRA
Para comunicação, faz pronunciamento.
33 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
34 - LETÍCIA AGUIAR
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome do PP.
35 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Solicita comportamento regimental ao público presente nas galerias.
36 - EMÍDIO DE SOUZA
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome da Minoria.
37 - PROFESSORA BEBEL
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome da Minoria.
38 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
39 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
40 - ALEX MADUREIRA
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome do PL.
41 - GIL DINIZ
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome do PL.
42 - CAPITÃO TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
43 - TEONILIO BARBA
Para comunicação, faz pronunciamento.
44 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
45 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
46 - THAINARA FARIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
47 - RÔMULO FERNANDES
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
48 - EDUARDO SUPLICY
Encaminha a votação do PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
49 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado o PLC 9/24, salvo substitutivos e emendas, restando prejudicados os substitutivos.
50 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
51 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão. Determina que seja feito o processo de verificação de votação pelo sistema eletrônico.
52 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
53 - VALDOMIRO LOPES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
54 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
55 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
56 - RUI ALVES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
57 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
58 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
59 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Encerra a sessão às 19h21.
* * *
- Abre a sessão o Sr. André do Prado.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior. Ordem do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM
DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votação do
Projeto de lei Complementar nº 9, de 2024, de autoria do Sr. Governador, com
requerimento de mérito e votação apresentado pelo deputado Guto Zacarias, na
20ª Sessão Extraordinária. Em votação o requerimento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Sr. Presidente, nós vamos votar o
requerimento, e eu vejo que o plenário ainda não está presente. Então, eu
queria pedir uma verificação de presença.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Faremos então uma verificação de presença. Solicito
ao deputado Carlos Cezar, juntamente com a deputada Dra. Graciela, para
fazermos a verificação de presença.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, só quero deixar
registrado, como já entrou em processo de encaminhamento, que eu vou encaminhar
pela liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.
Após a verificação de presença, V. Exa. terá a palavra para encaminhar pela
bancada PSOL Rede.
* * *
- Verificação de presença.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado o
quórum regimental, passo a palavra ao deputado Carlos Giannazi, que solicitou
para encaminhar pela bancada do PSOL Rede.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente na galeria da Assembleia
Legislativa, quero registrar que nós vamos encaminhar e votar contra esse
famigerado, nefasto e perverso projeto de lei do governador Tarcísio de
Freitas, da gestão Tarcísio/Feder que institui, no estado de São Paulo, esse
projeto do governo de extrema direita aqui de São Paulo, a famigerada escola cívico-militar.
Primeiro eu
queria dizer que é um absurdo, é surreal, é inacreditável que o governador
apresente um projeto como esse no pior momento da rede estadual de ensino, no
momento em que a rede estadual está sendo destruída, arrasada pelo próprio
governo em todos os níveis do ponto de vista estrutural, do ponto de vista do
financiamento, do ponto de vista da destruição do projeto pedagógico da rede.
Em todos os
níveis, há em curso um projeto de destruição da rede estadual da escola pública
do estado de São Paulo, através das plataformas digitais, a máfia, a ditadura
das máfias digitais, que estão sendo instaladas hoje e acabando com a autonomia
pedagógica do Magistério estadual, que estão prejudicando sobretudo a
aprendizagem dos nossos alunos e com isso beneficiando os grandes grupos
econômicos que vendem essas plataformas por milhões de reais.
Uma plataforma
dessas outro dia eu vi, no “Diário Oficial”, custou 70 milhões de reais por 18
meses e uma outra custou 120 milhões de reais. Inclusive eu já acionei o
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e o Ministério Público para fazer uma
profunda investigação, uma profunda devassa na venda ou na compra dessas
plataformas digitais.
E quero
registrar ainda, Sr. Presidente, que hoje em São Paulo nós não temos um secretário
de Educação. Pela primeira vez na história do estado de São Paulo, nós não
temos secretário. Hoje o secretário Feder, o dono da Multi, antiga Multilaser,
virou um secretário das plataformas digitais. Então queria fazer primeiro esse
registro.
Ao mesmo tempo
registrar, Sr. Presidente, e denunciar que a Secretaria da Educação está
promovendo a maior exclusão de todos os tempos de alunos e professores, fechando
salas em todo o estado de São Paulo, fechando o período noturno das escolas
estaduais, fechando a Educação de Jovens e Adultos, fechando o Ensino Médio
noturno, impedindo que os alunos trabalhadores possam estudar no período
noturno como garante a Constituição Federal, a LDB, os planos de educação, o
plano nacional, o plano estadual - são vários ataques -, o não pagamento do Piso
Nacional do Magistério.
O estado mais
rico do Brasil não paga o piso nacional, não deu o reajuste agora em janeiro. Nós
estamos no dia 21 de maio e até agora o piso não foi pago no estado mais rico
da Federação. Eu acho que o governador deve estar usando o dinheiro do Piso
Nacional do Magistério para comprar as plataformas e enriquecer ainda mais
essas empresas que vendem esses equipamentos para a Secretaria da Educação.
E no meio desse
turbilhão todo, registro também ainda e denuncio o projeto, a PEC do governo
estadual e do governo Tarcísio de reduzir o Orçamento da Educação de 30% para
25%, retirando aproximadamente da rede estadual dez bilhões de reais. Uma rede
que já está sucateada, degradada, abandonada, com escolas de lata, com centenas
de escolas sem quadras para as aulas de Educação Física.
Qualquer deputado
pode visitar uma escola estadual aqui, não só na Capital, mas no interior
paulista, na Baixada Santista, qualquer lugar, e vai perceber essa degradação,
esse abandono da rede. Então são muitos os ataques à rede estadual e no meio
disso o governador apresenta a solução: escola cívico-militar.
Mas eu quero rapidamente
aqui porque o tempo é curto, Sr. Presidente, dizer que primeiramente esse
projeto de educação de escola cívico-militar é um projeto doutrinador,
altamente ideológico. Não sou eu quem está dizendo isso.
Vou colocar
aqui, o próprio Tarcísio de Freitas, no ano passado, em um evento em Brasília,
no lançamento de uma frente sobre esse tema, com senadores, com deputados,
disse, tenho aqui a matéria, quero destacar, Sr. Presidente, não é essa, não, é
uma outra matéria. Por favor, pode colocar a outra, que diz o seguinte:
“Futuros bolsonaros, diz Tarcísio sobre alunos e escolas militares”.
Tem mais um,
está aqui, olha. Matéria do “Metrópoles”, do site “Metrópoles”, que diz
exatamente isso. O que ele diz, olha, isso é o Tarcísio de Freitas dizendo que
a escola cívico-militar vai formar futuros bolsonaros, minha gente. Não sou eu
que estou dizendo, o próprio Tarcísio entregou o ouro aqui, afirmou em um
depoimento, em um pronunciamento.
Ele diz o
seguinte: “A gente olha aqui os alunos das escolas cívico-militares e vê que a
gente está diante de um novo Bolsonaro lá na frente”, discursou o Tarcísio para
a plateia de parlamentares aliados e alunos. Está aqui, olha, Tarcísio de
Freitas dizendo, afirmando, que a escola vai doutrinar, que a escola
cívico-militar, está aqui a matéria, “futuros bolsonaros”, do site
“Metrópoles”, exatamente.
Então é uma
escola ideológica que vai criminalizar a pobreza, vai criminalizar, sobretudo a
periferia, porque ele diz que o projeto será implantado nas regiões mais pobres
e mais violentas.
Ou seja, ao
invés de ele levar Educação, Assistência Social, Cultura, emprego,
oportunidades para as áreas mais vulneráveis, ele vai levar a polícia para
essas regiões. Não vai resolver absolutamente nada isso. Esse é um ponto
fundamental da nossa crítica.
Um outro,
importante, é que o projeto diz que vai combater a violência nas escolas. Isso
não procede, porque o governador tem afrontado, tem vetado medidas, projetos,
inclusive, aprovados aqui dentro do plenário da Assembleia Legislativa.
Eu destaco
dois, entre eles, projetos importantes que poderiam estar contribuindo para o
fim da violência, ou a diminuição da violência, nas escolas. O primeiro deles é
o veto ao projeto que nós aprovamos aqui na Assembleia Legislativa,
regulamentando já uma lei federal, trazendo a obrigatoriedade da presença dos
psicólogos nas escolas estaduais.
Esse projeto
foi aprovado por nós na Assembleia Legislativa e vetado pelo governador. Tem a
matéria aqui, que nós destacamos. Vou pedir para o pessoal da técnica colocar
essa matéria do veto ao projeto dos psicólogos, da assistência psicológica.
*
* *
- É exibido o
eslaide.
*
* *
Aqui, olha:
“Tarcísio veta projeto para a contratação de psicólogos para escolas
estaduais”. Então o governo não tem nenhuma preocupação em combater a violência
nas escolas.
E um segundo,
que eu aprovei, de minha autoria, que a Assembleia Legislativa aprovou, que é o
segundo projeto, do eslaide que eu queria mostrar aqui, que é exatamente esse:
“Tarcísio veta programa de apoio aos direitos de professores vítimas de
violência escolar”. Foi o projeto que nós aprovamos, que eu apresentei, os 94
deputados votaram a favor, mas o governador vetou o projeto.
Então o
governador Tarcísio não tem nenhum compromisso com o fim da violência nas
escolas, porque ele veta os projetos que podem, poderiam, estar ajudando. Sr.
Presidente, tem mais, o projeto é inconstitucional, ele não tem previsão na
LDB, na Constituição, nos planos de educação, ele afronta o financiamento da
Educação, porque ele usa dinheiro público para pagar policiais militares, que
vão ganhar o dobro do que ganha o professor.
Nada contra os
policiais. Os policiais são importantes, mas na área da Segurança Pública, e
não dentro das escolas. É uma agressão aos professores, que estão recebendo um
dos piores salários do Brasil aqui no estado de São Paulo. Então, um policial
vai ganhar, policial aposentado nove mil reais por mês.
Então, esse
projeto, Sr. Presidente, é inconstitucional. Nós temos aqui um parecer do
Núcleo Especializado de Infância e Juventude, da Defensoria Pública do Estado
de São Paulo, apresentando todos os argumentos jurídicos. E se o projeto for
aprovado, espero que não, nós vamos judicializar.
Nós vamos ao
TJ, nós vamos ao Supremo, porque esse projeto afronta a LDB e toda a legislação
educacional. Por isso que nós somos totalmente contra o projeto.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem o
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, para
encaminhar o método pela Federação PT/PCdoB/PV o deputado Dr. Jorge do Carmo.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dr. Jorge do
Carmo para encaminhar pela Federação PT/PCdoB/PV.
Antes, porém, também gostaria de
anunciar entre nós, aqui na tribuna de honra, o prefeito Caio Aoqui, da cidade
de Tupã; o vereador, também pastor, Eliezer, da cidade de Tupã; também o
secretário de Agricultura de Tupã, o Anderson; e o pastor Valdo,
superintendente do Conselho Estadual da Igreja Quadrangular. Também conosco a
vereadora Luciana Alves, que é vereadora do PSOL aqui da cidade ...
Luana, desculpe. A Luana, que é nossa
vereadora aqui do PSOL, da cidade de São Paulo.
Com a palavra deputado Dr. Jorge do
Carmo.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente.
Boa
tarde, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Boa tarde, público da galeria, que hoje
está aqui atentamente a essa possibilidade de mais uma devassa contra a nossa Educação.
E esperamos que isso não seja aprovado nesse plenário. Cumprimentar os
servidores, policiais, público da TV Alesp.
Sr. Presidente,
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, PLC 09, de 2024. Nós temos travado aqui na
Assembleia uma batalha muito grande contra as malvadezas, as perversidades que
o governador tem feito aqui contra a Educação.
Nós queremos e
lutamos tanto por uma Educação libertadora, por uma Educação realmente que
forme pessoas e que não tenha um cunho ideológico militar. Por isso, nós
queremos apresentar aqui os equívocos e contradições desse PLC.
Vamos lá, Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Já falou aqui, o deputado que me
antecedeu, o professor Carlos Giannazi, bem como outros que falaram aqui por
diversas vezes, que esse projeto é inconstitucional e tecemos alguns
comentários.
Ele fere o
Estatuto da Criança e do Adolescente, que é a Lei 8.069, de março de 1990. Ele
conflita com o Plano Nacional de Educação, que é o PNE, e também conflita com a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Ademais nós
temos exemplos, deputado Rômulo, em São Paulo, só em São Paulo, de vários
municípios, cito ali alguns - Taquaritinga, Santa Fé do Sul, Sorocaba, Taubaté,
São Vicente - que foi esse projeto, não esse projeto, mas projeto dessa
natureza, declarado inconstitucional por Ação Direta de Inconstitucionalidade,
Adin.
Então, como
disse aqui o deputado que me antecedeu, como vamos aprovar um projeto aqui que
é ilegal, além de ser imoral, porque nós não podemos concordar, e também não
posso dizer nada contra os policiais.
Nós não somos
contra policial, nem escola militar. Escola militar no seu devido lugar, não na
escola onde a gente precisa formar nossas crianças, onde a gente tem as pessoas
que precisam de uma formação que não seja necessariamente militar.
E a gente não
está falando de ideologia. Nós, por tantas vezes, já discutimos essa questão
aqui, já foi até palco de debates, essa questão ideológica aqui nesta Casa.
Passar para o
próximo, por favor, Machado.
Crítica
pedagógica. Militar não é educador. Militar é a pessoa que quer disciplinar a
escola. O modelo que o Tarcísio de Freitas quer apresentar é um modelo
hierárquico, ideológico, de quartéis nas escolas, de doutrina disciplinar, e
nós não concordamos que isso vá reduzir a violência nas escolas.
Por essas
razões é que nós não precisamos de militares na escola; precisamos de militares
na rua. Aqueles que são já aposentados da reserva que fiquem nos seus devidos
lugares.
Ademais, vamos
chegar daqui a pouco nisso, nós não temos orçamento para ficar esbanjando. Ao
contrário, nós estamos vendo o governador numa contradição tamanha: enquanto
quer gastar milhões para colocar militares nas escolas sob o pseudo pretexto de que a violência vai reduzir, por
exemplo, é um dos argumentos do projeto, a gente vê que isso não é resultado,
não é o que nós queremos, não é o que a sociedade quer, não é o que a sociedade
aprova. Passa para o próximo, por favor.
O programa “Intervenção
militar nas escolas”. Educação pública. O projeto é polêmico, já foi rejeitado
no Ministério da Educação, o projeto do ex-Governo
Bolsonaro já foi rejeitado. Nós não queremos um projeto que venha em desencontro
daquilo que é a política nacional.
O Estado é o
Estado membro, nós não podemos ter cunho, viés ideológico, porque enfraquece o
ensino público. Nós queremos uma Educação, de fato, que possa dar libertação,
formar cidadão, formar pessoas com consciência, para que a pessoa possa
desenvolver o seu trabalho. Não precisa necessariamente ser militar.
Por isso, eu
quero dizer que nós não queremos uma escola, nem a sociedade quer uma escola de
cunho ideológico, de cunho militarizado, de cunho de obediência, de cunho de
quartéis, de doutrinação e domesticação. Não é esse o propósito da Educação. Por
isso, nós somos contrários a esse projeto e tecemos ainda mais comentários.
Passe, por favor.
Desvalorização
do educador. É aquilo que eu falei agora há pouco: enquanto o governador quer
pagar entre sete e oito mil para cada policial, se a gente multiplicar isso, dá
um recurso de, aproximadamente, 48 a 50 milhões, nós temos uma outra
contradição, que é a retirada do recurso, de 5% da Educação, o que corresponde
a aproximadamente 10 bilhões.
Nós estamos
aqui em uma batalha muito grande contra a retirada de recurso da Educação. E o
governador, ao contrário disso, na contramão disso, da PEC 9, que ele
apresentou aqui, está exatamente aportando recurso, ao invés de usar os
recursos da Educação para melhorar a Educação, e não para militarizar a
Educação.
Por fim, como
eu disse anteriormente, nós não somos contra o colégio militar. Ninguém é
contra o colégio militar. O colégio militar é mantido pelo Ministério da
Defesa, ou PMs, no caso dos estados.
E a escola
cívico-militar, proposta nesse PLC 09, é apenas para tirar recurso das escolas
estaduais, enquanto nós temos escolas no estado de São Paulo, muitas delas,
sucateadas, muitas delas precisando de reforma, muitas delas precisando de
profissionais. Enquanto isso, o governador não faz concurso, simplesmente
desvaloriza os profissionais da Educação, querendo instalar aqui uma escola
cívico-militar.
Por isso, Sr. Presidente,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, eu queria encerrar a minha participação
dizendo que nós lutamos bravamente aqui contra o programa que cria a escola
cívico-militar. O PLC 9 atropelou todos os procedimentos. Sob a urgência que é
prevista no nosso Regimento Interno, nós deixamos de discutir esse PLC na
Comissão de Constituição e Justiça, nós deixamos de discutir na Comissão de
Educação.
Por todo o
atropelo, ou seja, quando o governador quer aprovar algo que é do seu
interesse, quando ele quer aprovar algo aqui que tem o objetivo de sucatear o Estado,
vender o Estado, entregar para os amigos, como foi o caso da Sabesp, como é o
caso de tantos projetos maldosos que vieram aqui, nós somos contrários. Nós
sempre fizemos debate e esta Casa não pode se furtar a isso.
Deputados e
deputadas aqui que têm interesse, vontade, querendo entregar, colocar suas
digitais nesse projeto, eu quero dizer para vocês que vocês são inimigos da
Educação.
O deputado e a
deputada que têm coragem de votar um projeto dessa natureza para o nosso Estado,
para, ao invés de a gente aportar mais recursos, a gente militarizar as
escolas, a gente colocar profissionais da Polícia Militar, que, ao invés de
cuidar da Segurança Pública, que é o que nós queremos, pelo contrário, nós
temos um projeto equivocado e que nós vamos votar contrário, nós vamos aqui
encaminhar para que esse projeto não seja votado.
Primeiro, o
Governo e o líder do Governo aqui têm que colocar os 48 votos “sim”, e esperamos...
Acho que parece que a base hoje está bem mobilizada, não deputado, nosso líder
do Governo, para que esse projeto seja aprovado? Porque nós não iremos colocar
as nossas digitais num projeto, que é equivocado do ponto de vista ideológico,
do ponto de vista daquilo que nós acreditamos para a Educação pública do nosso
Estado.
Muito obrigado,
senhor presidente.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela hora, senhor
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Senhor presidente,
para encaminhar pela bancada do PL, eu indico o deputado Lucas Bove, que vai
dividir o tempo com o deputado Paulo Mansur. (Manifestações nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Carlos Cezar indica Lucas Bove e Paulo Mansur para compartilharem o tempo de
encaminhamento do Partido Liberal.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, senhor
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado
Barro Munhoz.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Para
anunciar aqui a presença dos itapirenses: Muller, Elisandro,
Éder e Diego, que vêm conhecer essa, que é a maior Parlamento... Essa
Assembleia, que é o maior parlamento da América Latina. E um grande abraço a
todos eles.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sejam todos bem-vindos,
também os demais, que eu já acabei de anunciar. Uma salva de palmas aos nossos
visitantes. (Palmas.) Com a palavra o deputado Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - A gente... Bom, primeiro queria desejar uma boa tarde a
todos aqui, cumprimentar os meus pares, os deputados; os servidores; os nobres
e bravos policiais militares, policiais civis, que estão fazendo um excelente
trabalho aqui hoje contendo alguns arruaceiros; ao público aqui nas galerias
presente; e também queria cumprimentar quem nos assiste pela TV Alesp. E a
gente vê, justamente ali fora, por que é que o estado de São Paulo precisa de
escolas cívico-militares.
Estudantes que
não têm a menor noção do que é disciplina, do que é hierarquia, do que é
respeito ao patrimônio público e privado, do que é importante na defesa dos
nossos valores, na defesa de um País mais sério, de um País menos desigual. Tudo
isso passa pela Educação, sem sombra de dúvidas.
E não há como
se falar em Educação quando nós temos ambientes escolares extremamente
conturbados, quando nós temos professores acuados, quando nós temos estudantes
com medo, quando nós temos comunidades inteiras, no entorno de escolas, que se
tornaram verdadeiros pontos de tráfico de droga, Major Mecca, pontos onde o
crime organizado domina e já coopta os nossos jovens desde cedo.
Nós vemos
exemplos de quem defende... De quem é contra o modelo. São justamente esses que
gritam, vaiam e não respeitam a palavra do outro. Isso mostra a falta de
educação que nós temos no estado de São Paulo e no Brasil, infelizmente, mas
essa realidade vai mudar no estado de São Paulo, porque quer eles queiram, quer
não, nós vamos aprovar o projeto das escolas cívico-militares aqui hoje e vamos
implementá-las em várias cidades.
E o que é dito
no projeto, só para deixar claro, porque é necessário restabelecer a verdade.
Existem diversos critérios. O primeiro deles é: nas imediações de uma escola
que vai se tornar escola cívico-militar, precisa existir uma escola comum, uma
escola regular, para que os pais tenham a opção de colocar os seus filhos na
escola cívico-militar ou não.
Ninguém vai ser
obrigado a estudar numa escola cívico-militar. Os pais vão decidir. Isso é
liberdade. Não é a esquerda que defende a liberdade, a
igualdade. Então, os pais têm a liberdade de decidir se eles querem colocar os
filhos numa escola cívico-militar ou não.
Depois, a
região precisa ter índices de Educação e índices sociais que estejam abaixo da
média. Justamente para quê? Para que essas escolas cheguem e façam a diferença.
Para onde nós vamos levar essas escolas? Para as periferias, para as regiões
onde as notas são mais baixas, para regiões onde tem mais violência contra professores,
contra alunos.
E assim
melhorar o ambiente todo. Depois, ter um número mínimo de habitantes nas
cidades. Enfim, diversos outros critérios, mas mais importante do que isso
tudo, são os critérios práticos adotados.
Os índices de
violência, de depredação de patrimônio, de ameaça, de violência física e
psicológica, inclusive, que hoje em dia está muito em voga, diminuíram todos
eles entre 70% e 80% nas escolas cívico-militares que existiram no estado de
São Paulo e no Brasil nos últimos anos, graças ao governo do nosso sempre
presidente Bolsonaro.
Graças ao
governo do presidente Bolsonaro, os habitantes, os munícipes conheceram as
escolas cívico-militares e agora pedem à sociedade... Grande
parte da sociedade paulista pede escolas cívico-militares. Por isso, o
governador Tarcísio tinha isso em sua proposta de governo, que foi vencedora no
pleito de 2022. Por isso, a maioria dos deputados é a favor e vai aprovar o
projeto nesta Casa hoje.
E, para quem tem dúvida, para quem fala que professor
vai dar aula, para quem fala que não sabe como funciona, para quem fala que vão
se tornar novos Bolsonaros... Melhor novos Bolsonaros do que novos Lulas, né.
(Manifestação nas galerias.) Então, eu prefiro o que fala palavrão ao ladrão.
Agora, cada um educa o filho como quiser.
Eu também acho que você tem o direito de educar o seu
filho de outra forma. Mas quem tem dúvida, basta ir a uma escola cívico-militar
e ver como é a realidade. Os pais adoram, os professores adoram, os alunos
adoram, os policiais e bombeiros da reserva adoram, que podem trabalhar e fazer
uma grana extra. Então, é só benefício. E simples: você quer criar o seu filho
de uma forma progressista, eu respeito; coloque-o numa escola convencional.
Então, finalizando a minha fala aqui, presidente, utilizando
metade do meu tempo; regimentalmente, queria indicar aqui o Paulo Mansur para
fazer uso do restante do tempo.
Muito obrigado a todos.
E eu reitero aos mais de 130 mil eleitores que votaram
em mim e aos mais de 55% de eleitores que votaram no Tarcísio: nós aprovaremos
e implementaremos, sim, as escolas cívico-militares no estado de São Paulo.
Muito obrigado. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO
PRADO - PL -
Com a palavra, pelo tempo remanescente, deputado Paulo Mansur. Um minutinho,
deputado. Preservado o seu tempo. (Manifestação nas galerias.) Por favor,
silêncio. Com a palavra, o deputado Paulo Mansur.
O SR. PAULO MANSUR - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Olha, em 21 de julho de 2023, o desgoverno Lula
fez um decreto para acabar com as escolas cívico-militares, construídas pelo
presidente Bolsonaro. Ele que fez um decreto, em 2019, e conseguiu, nesses
longos três, quatro anos de Presidência, colocar 216 escolas dentro de cinco
regiões do nosso Brasil.
Não foram implementadas tantas escolas assim, e essas
escolas precisam ter um perfil; não são quaisquer escolas que podem ser cívico-militares.
E, principalmente, dentro do projeto, as escolas devem ter algo social a ser
melhorado.
A gente tem mais de cinco mil escolas estaduais dentro
do estado de São Paulo. Se forem implementadas 100 escolas como
cívico-militares, vai ser uma vitória do estado de São Paulo e vai dar
democracia aos pais e mães, aos estudantes que querem a volta da escola
cívico-militar. E não só a volta, mas que tenha mais escolas implementadas.
Eu vi o depoimento de uma mãe e de uma professora na
cidade do Guarujá, onde, em Vicente de Carvalho, teve uma escola cívico-militar.
E ela pede, pelo amor de Deus, para voltar, que a escola virou um caos lá na
cidade. A vulnerabilidade.
São locais onde a escola cívico-militar é
implementada. E deputados do PT e do PSOL sobem a esta tribuna falando que são
a favor das escolas cívico-militares, e a militância do PT vaiando. E eles
falando, propriamente, aqui, que são a favor. E o que eles têm de contra nesse
projeto, que é tão maravilhoso, do governador Tarcísio?
Esse projeto do governador Tarcísio mantém, sim, a
Educação dentro da Secretaria Estadual. A Educação não vai ser levada para o
militarismo. A Educação é algo que vai ser gerido pela Secretaria Estadual.
A Secretaria do Derrite vai escolher, junto com a
diretora do colégio indicado; e vai ser votado numa comunhão ali, numa
conjuntura de professores, de diretores que estão escolhendo ali que naquele
local tenha escola cívico-militar... Naquele local ali, o secretário Derrite vai indicar
militares da reserva para estarem nas escolas. Isso vai trazer segurança para
os professores que sofrem com isso hoje dentro do ensino.
Isso vai trazer
também, para os alunos, algo que é o amor pela bandeira. Toda semana, sim, vai
ter Hino Nacional. O exemplo dos militares para as crianças. Quando a
criança... Não tem nenhuma criança que não tenha um carrinho da Polícia
Militar. Não tem nenhuma criança.
Eu tenho um
filho de seis anos de idade. Não tem nenhuma criança que não tem um carrinho de
bombeiro, que não se veste de polícia. A gente tem o maior exemplo de hoje, que
é, sim, o Exército, a Marinha, a Polícia, que protegem os cidadãos.
Então, temos
que ter realmente a escola cívico-militar dentro do estado de São Paulo para
termos um equilíbrio de democracia na Educação do nosso estado de São Paulo. A
gente aqui, dentro do Parlamento, precisa realmente...
Eu preciso
parabenizar o governador Tarcísio, parabenizar o André do Prado, que tem
presidido a Assembleia Legislativa colocando em pauta bons projetos, os líderes
aqui presentes, da direita, do centro, que estão votando a favor desse projeto
hoje, que é um projeto importante para o estado de São Paulo.
Hoje, o estado
de São Paulo vai dar um passo muito importante na Educação e acolher os anseios
de pais e mães que realmente querem uma escola conservadora.
Muito obrigado,
presidente.
Muito obrigado
a todos vocês.
O
SR. EDMIR CHEDID - UNIÃO - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. EDMIR CHEDID - UNIÃO - Deputado Enio Tatto,
por gentileza, um minuto. Sr. Presidente, o meu motivo da reclamação... (Manifestação
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Um minutinho, por favor. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. EDMIR CHEDID - UNIÃO - Dá para ficar quieto?
Tem educação aí? Vocês não têm educação. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor,
silêncio. Deputado Edmir Chedid, para uma comunicação. (Manifestação nas
galerias.)
O
SR. EDMIR CHEDID - UNIÃO - PARA
RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, o
senhor é um homem muito democrático. Eu mandava esvaziar a tribuna. Eles não
sabem o que fazem.
A minha
reclamação é a seguinte: presidente, o senhor sabe que estou com um problema de
locomoção. Quatro AVCs, uma broncoembolia
pulmonar. O senhor me ligou todos os dias para saber como eu estava. (Manifestação
nas galerias.) A Polícia Militar da Assembleia...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, silêncio, senão vou
ter que esvaziar a galeria. Por favor. Estou de olho aqui, estou vendo. Estamos
discutindo coisa séria aqui neste plenário.
Se eu verificar
mais uma vez brincadeiras entre vocês, na galeria, que estão aí desrespeitando
os deputados que estão aqui nesta tribuna ou nos microfones de aparte,
infelizmente, terei que cumprir o Regimento e esvaziar a galeria. Não quero
assim fazer, mas vai depender de vocês.
Com a palavra,
o deputado Edmir Chedid. (Manifestação nas galerias.)
O SR. EDMIR CHEDID - UNIÃO - Presidente, então, para continuar
a reclamação, é o seguinte: a Polícia Militar... A gente tem todo o respeito
pela Polícia Militar, principalmente a desta Casa de Leis. Outro dia, fiz um
evento sobre AVC, de saúde, para melhorar a vida das pessoas, vendo o que eu
passei, e a polícia já queria que eu esvaziasse o plenário lá. Quase que nem
termino o evento.
Agora, a
Polícia Militar, por um motivo que eles chegaram à conclusão... Não estou aqui
para discordar. É que eu sou quase uma pessoa com deficiência. Tomara que eu
não fique com deficiência. Mas não tem um elevador na Casa funcionando,
Excelência. Nenhum. Fui obrigado a descer do meu jeito, quase caí.
Quero votar
aqui. Por outro lado, é um projeto do governo, mas o governo também,
secretários, as pessoas marcam audiência justo no dia da sessão, no horário da
sessão. Não deixam a gente apreciar um projeto importante como é esse, que tem
que ser debatido por todos.
Eu peço a sua intercessão
para que não aconteça mais esse tipo de coisa, para a gente poder trabalhar com
tranquilidade e, acima de tudo, presidente, nesta Casa, as pessoas que vieram
aqui às galerias sempre souberam respeitar as pessoas que falam aqui, porque
têm o direito de falar a favor ou contra.
Eu tenho meus
amigos do PT. São companheiros. Adoro meus amigos. Adoro os amigos aqui,
companheiros. Ninguém vai se matar por causa da coisa, mas tem que ter respeito
por quem fala da tribuna.
Desculpe minha
reclamação, Excelência, mas é para o senhor saber.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrada a reclamação de V.
Exa., deputado Edmir. Os elevadores já voltaram a funcionar, deputado Edmir, e
a gente pede desculpas.
O SR. EDMIR CHEDID - UNIÃO - É bom que se diga, a PM deu toda
a liberdade de eu passar por onde eu tive que fazer.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - (Inaudível.) das suas
necessidades, a gente pede desculpas. É que por algum momento nesta Casa ficou tenso
o ambiente, até o plenário podendo ser invadido, e algumas medidas de segurança
tiveram que ser tomadas, mas já foram contornadas, e a segurança já foi retomada,
e a gente pede nossas desculpas a Vossa Excelência.
O SR. EDMIR CHEDID - UNIÃO - Queria agradecer ao Enio Tatto,
por ter dado a oportunidade.
Obrigado.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Toda solidariedade ao
nobre deputado Edmir Chedid. Parabéns. Já foi resolvido o problema.
Sr. Presidente,
para encaminhar em nome da liderança da Minoria, vão dividir o tempo a deputada
Ana Perugini e a deputada Marina Helou.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É
regimental. Então com a palavra a deputada Ana Perugini, para encaminhar pela
Minoria, na sequência a deputada Marina Helou.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos
para V. Exa., deputado Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente,
eu gostaria de parabenizar os policiais militares que estão trabalhando
aqui na Assembleia Legislativa. Está mais uma vez provado que sem a Polícia
Militar não há Estado Democrático de Direito.
Militantes da esquerda mais uma vez
tentaram impedir o trabalho legislativo desta Casa, e não conseguiram, e nunca
conseguirão, porque há sempre uma instituição nobre como a Polícia Militar do
Estado de São Paulo para vigiar e manter a Constituição Federal.
Espero que as duas policiais militares
que foram arremessadas ao chão, se machucaram, por baderneiros, estejam bem, e
que as providências legais sejam adotadas contra arruaceiros que não sabem o
que é democracia.
Muito obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra a
deputada Ana Perugini.
A
SRA. ANA PERUGINI - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sras. Deputadas
e Srs. Deputados, aqueles que estão em casa nos ouvindo sobre o projeto da
escola cívico-militar, eu acredito que cada um de nós aqui na Casa já sabe o
que cada deputado e o que cada deputada pensa a respeito desse projeto.
Certa feita, o
deputado que cuidava das prerrogativas dos deputados aqui na Casa, Campos
Machado, ele enviou aos nossos gabinetes uma solicitação para que nós oferecêssemos
uma alternativa para melhorar a segurança dos deputados e das deputadas aqui
dentro da Casa.
Eu respondi
oficialmente ao deputado, pedindo a ele que nós providenciássemos a retirada de
qualquer separação entre estas cadeiras e o público que participa aqui. Eu
justifico isso porque à medida da separação, há a contenção e a correlação de
forças de um lado e do outro lado.
Com certeza, se
esse projeto fosse como uma proposta para todas as escolas, para que os
professores, para que as professoras, para que os educadores, para que os
estudantes, as estudantes pudessem fazer opção, modificação, sugestão, para que
a Educação do estado de São Paulo fosse a Educação que me trouxe com orgulho
para cá na década de 70, nós não teríamos plenário tendo manifestação.
Porque o projeto,
antes de chegar a esta Casa, deveria ouvir as pessoas que vão usufruir. Em um país
democrático deveria ser assim. Usufruir do projeto que está sendo votado aqui.
Daí o porquê da legística, das implicações das leis na vida do cidadão, mas este
País está muito longe, muito longe mesmo de ser um país democrático. Muito
longe.
Vejam, eu
conheço o estado de São Paulo, o interior do estado de São Paulo, por conta
inclusive da luta pela terra, que foi um enfrentamento que nós fizemos na
década de 80, mas principalmente pelos mandatos que nós tivemos a partir do ano
de 2007 aqui na Casa. Não há uma única cidade onde eu não chegue e que não haja
uma reclamação, uma demanda em relação à escola estadual ali.
Primeiro, que a
escola foi transformada numa escola em tempo integral, mas ela não tem
absolutamente estrutura alguma para receber os estudantes que estão chegando naquela
escola. Segundo, porque a alimentação ou a merenda ou o lanche ou a comida que
chega nas escolas é muito diferente das escolas municipais no local.
Então não há
como as crianças permanecerem em período integral na situação em que elas estão
vivendo hoje nas escolas estaduais. Segundo, porque os pais ficam desesperados
quando saem do município e tentam colocar seu filho na escola estadual. Não
falta reclamação nem no WhatsApp do gabinete, eu acredito que nem nos e-mails dos
deputados, nem na linha direta, mas aí nós nos deparamos com o sequestro,
porque é diferente.
É diferente
remanejar em período em que você não sabe, que foi o que foi feito em Brasília,
que foi feito pelo presidente Lula, e você contingenciar um valor porque você
não sabe, não pode ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
É diferente de
mudar a Constituição Estadual que avançou para além da Lei de Responsabilidade Fiscal
e diminuir na Lei de Responsabilidade Fiscal a alíquota que é destinada à Educação
no estado. E é isso que estava sendo proposto lá atrás e que nós estamos
debatendo e que vai piorar a condição que já é ruim das escolas estaduais.
Mas para além
disso, a proposta que o governador traz aqui não dialogando e por isso a
violência, por isso a truculência e onde não chega o aparelho público do Estado
com educação de qualidade, com respeito aos professores, com a qualidade de
moradia adequada, com saneamento adequado... Só se fala em privatização aqui.
A violência
impera sim e para além da Polícia Militar o que se propaga aqui no estado de
São Paulo é para as milícias e nós sabemos o que aconteceu no Rio de Janeiro. Ninguém
aqui é ignorante a ponto de não saber o que aconteceu.
Há um projeto
em andamento aqui e nós não podemos deixar isso acontecer, mas essa proposta da
escola cívico-militar autorizando a conversão, fusão, desmembramento e
incorporação das escolas estaduais já em funcionamento para o modelos da escola
cívico-militar aconteceu de uma maneira muito sutil lá atrás em relação às
escolas Paula Souza que cuidavam do Ensino Médio e essas escolas tiveram uma
alta elevada em detrimento da escola pública normal no estado de São Paulo.
O que foi
feito? A escola Paula Souza teve que absorver inclusive o Ensino Técnico para
garantir uma média maior aqui no estado de São Paulo. A manobra é sempre a
mesma e nunca se mexe onde tem que de fato se investir. Nós precisamos de
professor valorizado aqui no estado de São Paulo. Nós precisamos de salas com
condição de se dar aula.
É impossível se
dar aula para 40 crianças, 40 estudantes numa mesma sala. Nós precisamos de
educação inclusiva. Eu estou ultrapassando, perdoe-me Marina. Eu vou voltar
agora aqui para a sala que cuida da Polícia Civil porque nós temos dois
adolescentes que foram machucados e mais quatro jovens de maior também que vão
ser levados agora para a delegacia.
E nós
precisamos garantir - aqui a Polícia Legislativa é muito educada, mas a Polícia
Civil recebe ordens - e é por isso que o nosso encaminhamento, o meu
encaminhamento é para que nós votemos contra a escola cívico-militar. Não deu
certo em Brasília, não vai dar certo no estado de São Paulo e nós vamos
continuar lutando para que haja democracia no nosso País.
Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Compartilhando
o tempo, com a palavra a deputada Marina Helou.
A SRA. MARINA HELOU - REDE -
Presidente, deputadas, deputados, peço só para parar o tempo.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Garanta o
tempo da deputada Marina Helou. Deputada Marina Helou.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, presidente. Eu não conhecia quase nada do mundo
militar antes de virar deputada.
Aqui eu conheci
coronéis, majores, tenentes, aprendi muito sobre o mundo militar, aprendi a
respeitá-los. Inclusive é importante lembrar que é por conta de parte da cúpula
dos militares deste País que a gente conseguiu evitar o golpismo do Bolsonaro e
garantir a nossa democracia.
Eu respeito
muito os militares por conta disso, mas é importante salientar que lugar de
militar não é na escola.
É por isso que
eu sou contra esse projeto. E aqui tem grandes deputados, como o Tenente
Coimbra, que defendem esse projeto com bons argumentos, os quais eu respeito.
Entendo a preocupação com a Educação.
Mas na minha
opinião esse é um projeto extremamente errado, principalmente por três motivos:
eficiência do gasto público, a situação das nossas escolas e o direito à
educação de qualidade de todos os alunos.
O primeiro
motivo, o excelentíssimo deputado Paulo Mansur assomou à tribuna hoje e disse
que foram implementadas apenas 120 escolas cívico-militares no governo
Bolsonaro.
É verdade, só
que elas gastaram 87 milhões de reais, o que dá, em média, 725 mil reais por
escola, um valor extremamente elevado, comparado com as escolas em geral. Essa
má alocação dos recursos públicos é salientada quando hoje a gente não tem
nenhuma pesquisa séria que esse investimento trouxe realmente um resultado em
aprendizagem relevante.
É um gasto
público mal feito. Não fosse esse o problema, a gente tem o segundo ponto muito
grave, que é a situação das nossas escolas hoje em dia. A gente tem escola que
está durante as aulas tendo obras. O Tribunal de Contas esteve em mais de 450
escolas, e comprovou que mais de 60% das escolas não têm banheiro adequado aos
estudantes.
A gente tem
falta de investimento em banheiro; a gente tem 85% das escolas, de acordo com o
Tribunal de Contas, sem o alvará dos Bombeiros adequado, colocando os nossos
alunos em risco. A gente tem muito gasto, e gasto de qualidade, a ser feito com
os nossos alunos, que não pode ser desviado para projetos pontuais como este. É
um projeto pontual, para poucos alunos, que não traz retorno na aprendizagem.
Esse é o segundo ponto.
O terceiro, a
gente traz para o direito à Educação de qualidade. A gente não contratou
psicólogos, como a gente prometeu, e como é lei neste País, para as escolas, a
gente não deu as condições para que os professores pudessem ser formados e
capacitados no tempo, a gente não está cuidando da estrutura das escolas, e vai
gastar muito dinheiro assim para colocar militares, que eu respeito,
aposentados na escola.
Não faz sentido
um projeto desses. É um projeto pontual, midiático, que drena recursos da
Educação e não cuida para que a gente tenha, de fato, uma educação de
qualidade, liberdade e desenvolvimento para os nossos alunos. Por conta disso,
eu sou contra esse projeto hoje e a favor de uma educação que seja prioridade
no nosso Estado, mas que seja a educação para todos os alunos.
Eu não quero
falar de duas, três, quatro, escolas, cinco escolas, vinte escolas, que drenam
recurso de trezentas, quatrocentas. Eu quero projetos que sejam para todas as
nossas alunas e alunos, para todas as nossas escolas, ampliando a qualidade,
como a nossa prioridade absoluta. Esse é o meu compromisso, e é assim que eu
oriento o meu voto.
Obrigada,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao
requerimento permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento de
método de votação.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A pedido do
deputado Giannazi, faremos a verificação de votação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.
A partir deste momento, estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se
realizará.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a bancada do PSOL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PSOL Rede em obstrução.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS
- Pela ordem, Sr. Presidente. Apenas para comunicar os deputados e as Sras.
Deputadas da base aliada que nós estaremos votando agora o método de votação.
Teremos mais duas votações, fora o método, que é o projeto e as emendas.
O
SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente. Oi, deu certo. Para colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O Podemos
está em obstrução, Ricardo.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - PSB em obstrução,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução, deputado Caio França.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Colocar o
Republicanos em obstrução, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Altair
Moraes coloca o Republicanos em obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Para colocar a
Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Oseias de Madureira.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Colocar o PSD em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução. Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará
aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou
registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.
Neste momento, após
as Sras. Deputadas e Srs. Deputados terem votado... (Manifestação nas galerias.) Finalizada
a votação pelo sistema eletrônico, agora ficarão abertos os microfones para que
as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não conseguiram fazer o seu voto pelo
sistema eletrônico possam assim fazê-lo pelos microfones de aparte. (Manifestação
nas galerias.)
O SR. TENENTE COIMBRA - PL - Dando o voto vencedor das escolas
cívico-militares, meu voto é “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Tenente Coimbra vota “sim”.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pelas nossas crianças
e o futuro do estado de São Paulo, é “sim”, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Lucas Bove vota “sim”.
O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela população do estado de São Paulo,
lindo projeto do governo, eu voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Alex Madureira vota “sim”. (Manifestação nas galerias.) Por favor, por
favor. Silêncio, por favor. Nós teremos mais votação. (Manifestação nas
galerias.)
O SR. MAJOR MECCA - PL - Escola cívico-militar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Major Mecca vota “sim”.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Contra a destruição da Educação, voto
“não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Paulo Fiorilo vota
“não”.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Pelas escolas
cívico-militares, “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Paulo Mansur vota
“sim”.
A SRA. ANALICE FERNANDES -
PSDB - Pelas escolas cívico-militares, meu voto é “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- A
deputada vota “sim”.
A SRA. THAINARA FARIA - PT - Ouvindo a voz dos estudantes, ouvindo a
voz do povo do estado de São Paulo, meu voto é “não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- A
deputada Thainara Faria vota
“não”.
A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Pela não militarização das
escolas, é “não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- A
deputada Márcia Lia vota “não”.
O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Contra a ditadura na Educação, meu voto
é “não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Dr. Jorge do Carmo vota
“não”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Contra a escola cívico-militar, eu voto
“não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Luiz Claudio Marcolino vota “não”.
O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Escola é escola e quartel é quartel.
Para que o dinheiro da Secretaria da Educação vá para a rede estadual, eu voto
“não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Guilherme Cortez vota “não”.
O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Contra essa aberração da escola
cívico-militar, voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O
deputado Simão Pedro vota “não”.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO
PRETAS - PSOL - Pela Educação que contrate professores, eu
voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- A
deputada Monica Seixas vota “não”.
A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Contra as escolas cívico-militares, Sr.
Presidente, eu voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Vota
“não”.
O SR. TEONILIO BARBA - PT -
Contra a escola cívico-militar, eu voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Teonilio Barba vota “não”.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Escola não é quartel,
e aluno não é soldado. Eu voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Giannazi
vota “não”. Mais algum...
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem Sr.
Presidente. Contra as escolas militares, eu voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Ediane
Maria vota “não”.
Mais algum dos Srs. Deputados e das
Sras. Deputadas gostaria de fazer seu voto no microfone de aparte?
* * *
- Verificação de votação pelo sistema
eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo mais
deputados interessados, passaremos agora à alteração de voto. Consulto as Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados, algum dos senhores gostaria de alterar o seu
voto? (Pausa.)
Não havendo deputados interessados em alterar
o seu voto, passaremos à proclamação do resultado. Votaram “sim” 53 deputados;
votaram “não” 21 deputados, mais este presidente, total de 75 votos, quórum que
aprova o requerimento de votação.
Item nº 1. Em votação o projeto
substitutivo de emendas.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Presidente, pela
ordem.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Enio Tatto.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Eu queria indicar para
encaminhar pela liderança da Minoria...
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente, deputado
Enio, eu pedi pela ordem antes, se for possível, posso fazer o encaminhamento
antes, para indicar a deputada Andréa Werner pela bancada do PSB?
O
SR. ENIO TATTO - PT - Em seguida, eu faço o
encaminhamento.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então está
fechado. Deputado Caio França, PSB, a deputada Andréa Werner.
E agora eu peço silêncio, silêncio, estou
pedindo silêncio para vocês, tem uma deputada agora que fará o encaminhamento.
Como vocês são educados, vocês são bem-vindos nesta Casa pelo sistema
democrático, deputada Andréa Werner vai agora se pronunciar. Na hora em que
acabar a sessão, vocês continuam fazendo a manifestação de vocês, vocês têm
todo o direito.
Com a palavra,
a deputada Andréa Werner.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente, para fazer um comunicado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Márcia
Lia, vou abrir um comunicado, dois minutos para V. Exa., depois a deputada
Andréa Werner, na sequência.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de falar com todos aqui para que
todo mundo saiba que a gente tentou mediar um acordo para que a gente acabe com
aquilo que está lá fora, para que a gente tenha o bom senso imperando, para que
a gente possa tirar todos aqueles policiais que estão ostensivamente tentando
nos intimidar lá no Monumental.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor,
silêncio, silêncio. Deputada Márcia Lia, termine a comunicação, por favor
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Estou esperando, né,
Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É diante disso
que a gente não vai...
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Infelizmente o bom
senso não imperou nesta Casa, então eu quero deixar registrado para que todo
mundo saiba que se houver algum confronto e alguém mais, além dos sete que estão
machucados, também se machucar, a responsabilidade é da Mesa Diretiva desta Casa.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A
responsabilidade, deputada Márcia Lia, não é nem da Mesa, a responsabilidade é
minha. Eu não permiti que se ocupasse toda a galeria porque houve invasão do
plenário, tentaram tomar o plenário desta Casa, e o plenário é soberano, jamais
vou deixar isso acontecer, então, a responsabilidade é minha. Com a palavra, a
deputada Andréa Werner.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - O senhor assuma a
responsabilidade então.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente, uma breve comunicação também. (Vozes sobrepostas.) não vou usar os
dois minutos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Depois da
deputada Andréa Werner, você terá dois minutos. Deputada Andréa Werner, por
favor. Por favor, silêncio na galeria.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos e a todas, boa tarde
a quem está na galeria, aos policiais desta Casa, colegas deputados e colegas
deputadas.
Eu já estive
aqui, na semana passada, falando sobre esse projeto e queria relembrar que eu respeito
todos os meus colegas que são a favor desse projeto. A gente tem diálogos muito
abertos sobre vários assuntos, e eu nunca vou falar atacando ninguém aqui, eu
vou falar de dados.
Eu falei, na
semana passada, que parte do meu trabalho é visitar escolas, e eu visito escolas
todas as semanas e já fui a dezenas de cidades para ver como está a situação da
Educação mesmo.
Só em uma das
viagens, eu rodei mais de 1.500 quilômetros em dois dias para ver como está a
situação do ensino aqui no Estado, porque a gente recebe muitas denúncias no
gabinete. Está cerca de 170 denúncias por dia no meu gabinete, e mais ou menos
metade disso é sobre, principalmente, falta de inclusão escolar.
Eu
conversei com diretoras, conversei com professoras, em Barretos, Ourinhos,
Jacareí, São José do Rio Preto, Ribeirão, Campinas, aqui em São Paulo, na zona
norte, no extremo da zona leste, Osasco, Guarulhos.
E
eu já falei aqui também semana passada que as coisas não estão boas, eu acho
que isso não é novidade para ninguém. Inclusive, eu mesma tive que entrar com
um processo contra o Estado, porque meu filho, quando passou da rede municipal
para estadual, eu descobri que ele não ia ter nenhuma acessibilidade na escola
estadual.
Meu
filho vai fazer 16 anos, é um autista grau 3 de suporte, não oralizado, com
deficiência intelectual. E eu tive que entrar com esse processo porque a escola
estadual não ia fornecer acompanhante, não ia fornecer material adaptado, não
ia fornecer nada que está previsto em lei.
Então,
a gente sabe que a Educação de São Paulo precisa de muita coisa, as escolas
estão com salas superlotadas. Eu recebi denúncia de professor que tem sala com
40 alunos, sendo que dez têm alguma deficiência. Esse é o Estado atual. Como um
professor vai dar conta? Uma sala com 40 alunos não é boa nem para aluno que
não tem deficiência. Imagina para aluno que tem deficiência.
A
gente tem poucos professores, tem denúncia de professor dando aula em três
classes ao mesmo tempo. Muitas instalações ainda não têm acessibilidade, apesar
de estar na lei. Não tem sala de atendimento educacional especializado. Não tem
AVE, que é aquela pessoa que leva ao banheiro, que ajuda com a alimentação dos
alunos com deficiência. Não tem acompanhante especializado, que está previsto em
lei. Não tem professor de educação especial qualificado.
De
uns tempos para cá, tem muita gente, de fato, achando que a solução é pegar
parte dos recursos do Estado e colocar em escolas cívico-militares. E acham
mesmo que isso vai ser bom para a Educação. Eu tenho certeza que todo mundo
aqui que é a favor desse projeto acredita que é a melhor coisa para a Educação
de São Paulo.
Mas,
como eu já falei também, política pública deveria, veja bem, deveria ser
baseada em dados, em ciência e não em ideologia. E para nenhum lado, gente. A
escola cívico-militar custa quase o dobro por aluno da escola regular, se a
gente olhar os dados dos estados que implementaram esse modelo. O problema é
que ela não entrega o dobro dos resultados. Então, a gente vai gastar mais para
não ter um resultado equivalente.
Das
50 melhores escolas públicas do Brasil, nenhuma é cívico-militar, mesmo esse
modelo tendo acesso a mais recursos, mais dados. A média das cívico-militares
lá do Paraná, no último Ideb, foi de 4,6 pela tabela publicada na “Gazeta do
Povo”. E como está o resto do País?
A
média das escolas públicas do Brasil é 4,9 nos anos finais, de acordo com o
Inep. E em São Paulo é 5,3, bem acima desse resultado alcançado pelas
cívico-militares do Paraná. Ou seja, a gente vai gastar mais para ter
indicadores piores? Isso não faz sentido.
E,
apesar das escolas cívico-militares apresentarem, sim, um desempenho bom em
assiduidade, na redução da evasão escolar, isso não é um problema crítico aqui
em São Paulo. A gente está, segundo o Unicef, com um índice menor do que 1%,
que é o adequado. Então, esse ganho, embora seja nobre, não faz muito sentido.
O
que a gente precisa é sala com menos alunos, a gente precisa de formação
continuada para os docentes, mais profissionais de apoio. A gente precisa que
os professores tenham uma remuneração à altura do Estado mais rico do País, o
que não acontece.
Mas
o meu foco hoje vai para a inclusão escolar, até porque não poderia deixar de
ser. No último ano, meu gabinete recebeu mais de 1.400 denúncias relacionadas à
falta de inclusão escolar, e a rede estadual figura na maior parte dessas
denúncias.
Crianças
com deficiência apanhando, sofrendo bullying, sofrendo abuso sexual no
banheiro, sem acesso a material adaptado, sendo privadas
da possibilidade de aprender porque os profissionais não têm a formação
adequada, falta AVE, falta tudo, falta professor de educação especial. O estado
de São Paulo não cumpre minimamente as leis que garantem a inclusão escolar.
E
eu queria trazer aqui hoje o exemplo de uma das minhas melhores amigas, que
faleceu nesse fim de semana de dengue, a Liliane. Eu queria pedir para pôr uma
foto no telão, que eu trouxe.
Eu
perdi, a comunidade do autismo perdeu e está em luto, o mundo perdeu e também a
rede municipal de ensino de São Paulo perdeu, porque ela era uma professora. A
Lili tinha 46 anos, isso aí é uma das primeiras fotos que a gente tirou lá em
2018. A Lili é mãe do Lucas, do Rafael e do Téo, três autistas de diferentes
níveis de suporte.
A
Lili era professora há 28 anos e, por causa dos filhos autistas que ela teve,
começou a estudar, ir atrás de ciência, para entender como podia ajudar os
filhos, isso a ajudou a ser uma melhor professora para os alunos com
deficiência da turma dela.
Apaixonada
por inclusão, apaixonada por ciência, fez vários cursos por conta própria e
entendeu rapidamente como aquilo poderia ser aplicado na escola. Sofreu
resistência, porque tudo que é novo gera resistência, mas seguiu fazendo a
diferença.
Na última
conversa que a gente teve, na quinta-feira, eu estava compartilhando com ela
essa sensação horrível que eu estou, que a falta de recursos para a inclusão
está gerando um clima dentro das escolas em que os professores têm raiva dos
alunos com deficiência, as famílias culpam os professores, os coleguinhas
culpam os alunos com deficiência, sendo que a culpa é do Estado.
O Estado está
se omitindo e deixando um bando de oprimido, embaixo, brigando entre si. (Manifestação
nas galerias.)
O SR. LUCAS BOVE - PL - Questão de ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reserve o tempo, por favor, da deputada
Andréa Werner.
O SR. GIL DINIZ - PL - Garantir a fala da deputada Andréa
Werner.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Questão de ordem, presidente. A deputada
está fazendo uma fala emocionada aqui, nitidamente, perdeu uma amiga. Respeitem
pelo menos a memória dos outros. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor.
O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Só um minutinho, deputado Gil. A
gente já vai...
O SR. TENENTE COIMBRA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, na
outra audiência, por muito menos, foi tirado alguém do outro lado. Fica nítido
que existe uma liderança puxando, inclusive, esse jogral.
Eu peço para V.
Exa. que a Polícia Militar identifique e retire. É simples. Também não pode
cobrar de um lado, e não cobrar do outro. Quem faz isso toda sessão e toda
pauta polêmica...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, por favor. Deputada
Andréa Werner, por favor, finalize sua fala.
A SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - A Lili, na última conversa que a
gente teve, na quinta, eu falei desse meu desconforto com ela e ela me contou o
caso de um aluno que escreveu uma cartinha para ela dizendo que ele estava
apanhando do coleguinha autista e que ele não podia fazer nada porque o coleguinha
era deficiente. Era uma carta extremamente dolorosa e ela resolveu agir naquele
caso.
O que ela fez
foi analisar aquela situação, fazer o que a gente chama de análise funcional para
entender por que o coleguinha autista estava batendo no outro. Ela acabou
descobrindo que o coleguinha autista desenvolveu uma fixação no outro porque
ele usava óculos igual a um personagem de desenho que ele gostava, ele gostava
do lanchinho do coleguinha que não era autista. E ela, com muita técnica,
conseguiu fazer esse autista se comunicar ao invés de bater, falar “oi”,
cumprimentar, de uma forma que dois meses depois os dois são amiguinhos. O
outro parou de ter medo do coleguinha autista.
O meu sonho e o
sonho da Lili é que todas as professoras tivessem acesso a esse tipo de
formação, a esse tipo de técnica. Infelizmente, o MEC rejeitou o Parecer 50 que
veio do CNE, devolveram para o CNE. Era justamente isso a intenção do Parecer
50, que as professoras tivessem acesso a técnicas baseadas em evidência, para
fazer justamente isso. Infelizmente, a Lili faleceu sem ver isso ser
concretizado.
Bom, para ir
encerrando, porque meus 15 minutos passaram muito mais rápido do que eu
imaginava, a Lili deixou claro que mais difícil foi fazer isso tudo sozinha,
porque é preciso todo um sistema para esse tipo de coisa funcionar, e ela
estava sozinha. E esse sistema só vai existir com investimento, com o Estado
contratando formação continuada, baseada em ciência, para os docentes,
contratando acompanhante especializado.
Então é aí que eu
acredito que o Estado deve investir, para que a gente tenha uma escola decente
para todos os alunos. Então por que, ao invés disso, a gente está discutindo
trazer um modelo que não é novo? Ele é velho e ele não tem provas de
efetividade, muito antes, pelo contrário. Isso mostra que essa decisão está
sendo ideológica, e não técnica.
O que está
faltando na Educação atual é investimento. Um modelo ainda mais rígido de
Educação me preocupa, porque eu não acho que vai favorecer crianças
neurodivergentes, que precisam de flexibilidade de adaptação, crianças com
TDAH, crianças autistas.
Por fim,
infelizmente, não dá tanto direito de escolha, porque se a cidade tiver duas
escolas como tem em Vinhedo e uma delas for tempo integral, as famílias não têm
tanto direito de escolha, se o filho não pode ficar na escola de tempo
integral. Então só as famílias que podem pagar uma escola particular, de fato,
vão poder escolher.
E, para
encerrar, pela minha amiga que eu perdi, que o mundo perdeu, na verdade, por
tudo que a gente perdeu com a partida dela, por um modelo de políticas públicas
baseadas em evidência e por uma Educação que valorize a diversidade e uma
educação inclusiva de verdade, eu peço à bancada do PSB que vote não.
Obrigada.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, senhor presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado dr. Olim.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Para encaminhar pelo
Progressista, a deputada Letícia Aguiar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental a
deputada Letícia encaminhará pelos progressistas.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado
Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Uma breve
comunicação, menos de dois minutos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos, Vossa Excelência.
O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só queria
registrar uma palavra contrária aqui ao registro anterior da deputada Márcia
Lia. A Polícia Militar não está oprimindo ninguém, nem restringindo ninguém.
Ela está
simplesmente defendendo o patrimônio público, inclusive esses deputados que, se
estão aqui dentro hoje, conseguindo fazer a discussão e avançar nos temas
importantes para o Estado - quer um lado concorde, quer outro discorde -, nós
só estamos hoje conseguindo fazer isso de forma civilizada graças à nossa brava
Polícia Militar.
Quer entrar no
acordo? É rápido, é fácil. É só estudante não invadir plenário, é só estudante
não gritar estudante, não é? Entre aspas, aqui pseudoestudante,
militante, enquanto tiver deputado falando, é só não empurrar policial, é só
respeitar, gritar na hora aqui... Porque tem um momento de gritar também, não é
só ficar quieto, tem uma hora que entra um deputado e outro tem um momento de
se expressar. É só cada um respeitar o seu espaço que não tem problema.
Eu tenho
certeza que nenhum policial invadiu o espaço dos estudantes, tenho certeza
disso. Sem sombra de dúvida, os estudantes invadiram o espaço no qual eles não
poderiam estar e aí os policiais, para garantir ordem pública - para isso eles
são pagos, mal pagos, infelizmente, mas são pagos. Eles estão aqui justamente
nesse sentido.
Então não tem
policial oprimindo, reprimindo ninguém. Policial está aqui para cumprir a lei e
os estudantes deveriam fazer a mesma coisa. Mas se Deus quiser, no futuro
próximo, nós teremos estudantes mais civilizados graças a esse projeto que
aprovaremos aqui hoje.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra deputada
Letícia Aguiar.
A
SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada senhor presidente. Cumprimento todos os
colegas, cumprimento o público presente que nos acompanha
pela Rede Alesp também. Que sonho, que sonho sendo realizado na data de hoje, escola
cívico-militar no estado de São Paulo.
Parabéns
governador Tarcísio pela iniciativa. Parabéns pela coragem, parabéns a esta Casa
por estar debatendo esse assunto tão importante. Isso é investimento em ensino
público de qualidade, porque quando a gente busca um ambiente saudável, um
ambiente sem nenhum tipo de ideologia, doutrinação, um ambiente onde os
estudantes não se tornam militantes, a gente está investindo em Educação, a
gente está investindo em ensino público, a gente está investindo no professor.
O que aconteceu
aqui hoje nesta Casa, esse vandalismo, esses estudantes sendo cooptados por uma
ideologia marxista, uma ideologia de esquerda, uma ideologia nefasta baseada no
comunismo, é exatamente o reflexo que a gente vê, inclusive nas universidades
federais. Quando você vai nas universidades federais, você vê vandalismo, você
vê pichação, você vê utilizando droga dentro da sala de aula, dentro das
universidades públicas.
E é isso que essa militância de esquerda quer,
que é desconstruir o indivíduo, o filho dos outros, para que eles sejam
militantes e possam perpetuar no poder com essa ideologia marxista. (Palmas.) Mas
nós estamos aqui para mostrar que nós iremos, sim, combater.
Eu acredito no
amor à pátria. Eu acredito no “ordem”, no “progresso”.
Eu acredito num Brasil que construa filhos melhores para o Brasil. E isso passa
pelo impedimento de doutrinação comunista e marxismo no ambiente escolar. E na
escola cívico-militar isso é impedido.
E por que o
desespero da esquerda aqui hoje? Porque sabe que dentro de uma escola cívico-militar
hoje tem regras, hoje tem disciplina onde não tem sexualização, erotização,
onde tem e é ensinado aos jovens, amor ao País. É isso que eles querem impedir,
mas nós temos uma vitória hoje nesta Casa.
A escola cívico-militar
é um projeto aprovado nesta Casa junto com o governador Tarcísio. E eu faço
parte dessa história com muito orgulho, com muito amor, porque eu fui ensinada
pelo meu pai e pela minha mãe a amar o meu País. Eu fui ensinada pela minha
família, pelo sangue que eu carrego aqui, a honrar a minha bandeira, que jamais
será vermelha.
A minha
bandeira é verde, amarelo, azul e branca, nela está escrita “ordem e progresso”.
E o que eu busco é através do ensino público de qualidade, formar estudantes e
não militantes. Chega do sindicato cooptar os nossos alunos, os nossos
professores.
É por isso que
a escola cívico-militar para vocês é o desesperador. E é por isso que nós
sabemos que, assim que o presidente Lula voltou ao poder, a primeira coisa que
ele fez foi extinguir esse programa.
Mas, graças a
Deus, em São Paulo nós temos um governador conservador, de direita, ex-militar, que sabe que a escola cívico-militar é um projeto sério. Só quem já visitou uma escola
cívico-militar sabe da importância que isso tem na formação dos alunos, na
formação de professores não doutrinadores.
E eu não estou falando que todo professor é
doutrinador, não. Meu respeito aqui à classe dos professores, que são tão
importantes. Mas eu não quero que nenhum professor diga à minha filha, diga ao
meu filho, diga ao filho dos outros como ele deve pensar. Isso é um direito
meu, de cada pai, de cada mãe, de cada família.
E dentro da escola cívico-militar, a gente tem tudo
isso: valor à família, valor à pátria, respeito aos militares, respeito às
pessoas mais velhas, o que não existe dentro de um ambiente normalmente cooptado
pela ideologia da esquerda.
Nós apoiamos, sim, os militares, porque, através do
regime militar, a gente tem disciplina, a gente tem um ambiente onde o aluno
sabe os seus direitos, mas sabe os seus deveres; sabe que toda ação tem uma
reação, e que toda ação deles gera uma consequência.
E vou falar para vocês: tem professor desesperado aí
no plenário, né? Tem professor desesperado aí, porque vai acabar essa onda de
professor utilizando da sua liberdade de cátedra, de ensino, para doutrinar o
filho dos outros! (Manifestação nas galerias.)
E eu garanto a vocês que em 2026 nós iremos seguir ao
lado do presidente Jair Bolsonaro, com os valores que ele passou para a gente
enquanto ele foi presidente, honrando a bandeira que nós carregamos.
Sr. Presidente, claro que esse assunto é um assunto
quente, mas não deveria, porque, já que todos aqui defendem a democracia, já
que todos aqui defendem a pluralidade de ideias, já que todos aqui defendem a
nossa República como uma democracia, por que são contrários àquilo que eles não
querem? Por que não permitem que a gente aprove um projeto como esse?
Mas esse sonho, hoje, está sendo realizado - a escola
cívico-militar no estado de São Paulo. A vocês que nos acompanham em São José
dos Campos: Senna, parabéns pelo seu trabalho para colher as assinaturas da escola
cívico-militar em São José dos Campos.
São José dos Campos será uma das cidades contempladas
com a escola cívico-militar, porque nós queremos qualidade de ensino e nós
queremos os nossos estudantes formados e qualificados, e amando o nosso Brasil.
Porque aqui é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.
Muito obrigada, Sr. Presidente. (Manifestação nas
galerias.)
O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO
PRADO - PL -
Pela ordem, deputado Enio Tatto.
O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, pela
liderança da Minoria, para discutir Educação com profundidade, queria indicar o
nobre deputado Emídio de Souza, que vai dividir o tempo com a Professora Bebel.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO
PRADO - PL - Deputado Emídio de Souza fará o encaminhamento pela liderança da Minoria,
compartilhando o tempo com a deputada Professora Bebel. (Manifestação nas
galerias.) Por favor, silêncio.
O SR. EMÍDIO DE SOUZA - PT -
SEM REVISÃO
DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos
acompanha também pela TV Alesp. Presidente, peço que suspenda o tempo até a
plateia ordeira da Polícia Militar...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO
PRADO - PL - Está paralisado o tempo. Congela o tempo do deputado Emídio de Souza.
(Manifestação nas galerias.) Por favor, silêncio. Vocês que estão aí, por
favor, sentem-se, senão vocês vão ter que ser obrigados a se retirar.
Com
a palavra, o deputado Emídio de Souza.
O SR. EMÍDIO DE SOUZA - PT -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, a deputada que me antecedeu
aqui falou muito que a esquerda está desesperada. O que me causa desespero de
verdade é que esta tribuna sirva de palco para tanta bobagem como essa deputada
falou. Tanta bobagem!
Quem
ideologizou as escolas e quem está ideologizando é o Sr. Tarcísio de Freitas.
Essa história de escola sem partido que a direita brasileira tanto propaga,
agora estão mostrando o que é escola sem partido.
Não é escola
sem partido. O que eles querem é escola sem pensamento. É escola onde as
pessoas aprendam a obedecer, como é no quartel. O que a senhora quer, deputada,
não é escola cívico-militar. O que a senhora quer é um quartel escolar. Então,
se a senhora quer educar as pessoas que lhe são caras de maneira militar, bote
no Exército, bote no quartel, bote na Polícia Militar.
A Educação em
país nenhum do mundo avançou com policiais dentro da sala de aula. Se a Polícia
Militar quer ser útil à Educação de São Paulo...
Presidente! Meu
tempo, por favor, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está paralisado o tempo. Com a
palavra, o deputado Emídio de Souza.
O SR. EMÍDIO DE SOUZA - PT - Se a Polícia Militar quer
realmente ser útil à Educação de São Paulo, a Polícia Militar deveria não estar
dentro da sala de aula, mas sabe onde? Na porta da escola, garantindo a
segurança para os alunos. É lá que acontece o problema. Não é dentro da sala de
aula que acontece o problema.
O que eles
querem é, sim, uma escola com partido, e um partido de direita. O que eles
querem ensinar para os alunos são os valores que o Tarcísio acha correto,
valores como ir à Baixada Santista e executar mais de 80 pessoas dizendo que
são bandidos.
Ele quer
valores como a polícia liberar alguém que atropela, a 150 por hora, uma pessoa,
um trabalhador e o mata. Soltar essa pessoa. Esse é o tipo de valor que ela
quer. Eu quero saber o seguinte: quer dizer, aqueles que vão orientar dentro
das escolas são os mesmos que praticam e assassinam antes de pedir documento da
pessoa? São esses que têm algo a nos ensinar?
Ora, eu respeito
a Polícia Militar e acho que não tem país que viva sem Segurança Pública.
Agora, não conheço uma só experiência - uma só - de país ou de estado que deu
certo militarizando a Educação, em lugar nenhum do mundo.
O Sr. Tarcísio,
o que ele quer é agradar ao Bolsonaro. Ele precisa entender. É só isso que ele
quer. Não quer mais nada. Ele quer fazer tudo o que ele acha importante... Se
ele quer agradar, quer ser candidato, que ele seja candidato, que se eleja. O
Bolsonaro não pode mais, meu amigo, porque ele está inelegível. Isso se não for
preso até lá.
Quero dizer, Sr.
Presidente, que educação cívico-militar... Para amar a pátria, nós não
precisamos aprender isso com militares. Eu não sou militar, não tenho ninguém
na minha família que seja militar, e aprendi a amar a pátria, aprendi a
respeitar nossa bandeira.
Então, é
conversa-fiada da direita brasileira, dessa ultradireita fascista, achar que
são donos dos símbolos nacionais. Não são donos dos símbolos nacionais. A
bandeira brasileira não pertence ao Bolsonaro, nem aos bolsonaristas. A
bandeira brasileira pertence ao povo brasileiro.
Se a gente quer
Educação de qualidade, a gente precisa ter professor remunerado, a gente
precisa investir em Educação, a gente precisa fazer como fizeram outros países,
como a Educação brasileira já teve qualidade sem ser militarizada. Nós não
precisamos de militar. Professor não serve para ir à guerra e militar não serve
para educar ninguém. Militar serve para obedecer ordem
e essa disciplina serve para dentro de quartel.
Dentro das
escolas, o que precisamos é de gente capacitada. Quando você investe em Educação,
você tem Educação Pública de qualidade. Olha os institutos federais, deputado
Barba.
Por que não
transformam as escolas estaduais em São Paulo na qualidade de ensino que tem o Instituto
Federal, que é a melhor qualidade de ensino técnico do país, e que o presidente
Lula mandou fazer mais 100 agora, 12 deles no estado de São Paulo.
Isso é investir
em educação de qualidade. Quem quer investir em educação de qualidade olha para
a condição do professor, respeita o professor. Quem não quer isso, quem quer
transformar, em vez de formar alunos, formar soldados, bote seu filho no
quartel, e não nas escolas.
Desculpe, deputada
Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa noite para
todos e todas que estão neste Plenário. Cumprimento as Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, todos que nos ouvem através da Rede Alesp, e lamentavelmente também
estão vendo o enfrentamento contra os estudantes ali no hall de entrada aqui do
Salão Monumental.
Podem vaiar à
vontade, viu, Polezi, que eu conheço sua prática lá em Piracicaba. Te conheço,
não vem não. Ele nem é professor, não é nada. É vereador, e está aqui. Então, é
bem marcada essa turma aí.
Mas eu quero
dizer o seguinte. Eu quero dizer que nós temos que fazer uma luta, porque uma coisa
é aprovar aqui. Uma coisa é nos enfrentar, e o Polezi sabe, lá no chão da
escola.
Porque
enfrentar pais, alunos e professores é muito difícil. Vocês tentaram impor
Escola Militar no Catharina, lá em Piracicaba. Conseguiram? Não conseguiram, e
não conseguirão, assim como não conseguiram em mais de dez municípios do estado
de São Paulo.
É importante
entender por que nós somos contra. Porque a gente é contra
por ser contra? Não. Porque a gente defende a pluralidade de ideias e de
pensamento pedagógico. Eu não quero pensamento único para minha filha, assim
como nenhum de vocês aqui quer pensamento único. Eu quero consciência crítica
construída por eles, e não imposta, como fez a Ditadura Militar.
Não me refiro
aos policiais militares, não me refiro a eles, mas digo que o regime
autoritário tentou nos suplantar e não conseguiu. Aqui estou eu, filha da
Ditadura, que estudou na escola, e tenho voz crítica.
Tem o Emídio,
tem mais pessoas aqui. Ninguém ficou batendo o pé no chão, como no quartel, porque
nós entendemos que a luta pela Educação pública de qualidade passa por aquilo que
defendemos na Constituição. Passa pelo Art. 211, que diz o quê? Tem que ter
plano nacional, estadual e municipal de educação, e passa pelo que diz a LDB.
O que diz a
LDB? Que nós temos que ter uma sólida formação, e essa sólida formação é que
vai nos fazer. Aí sim, no futuro, se quiser a minha filha ser militar, ela vai
ser, mas ela passou por uma (Inaudível.), ela teve uma formação, teve educação infantil,
fundamental, médio, depois ela fez a escolha.
Então, vou
pedir para as Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Não é uma questão meramente de “sim”
ou “não”, é uma questão do papel que a escola pública ocupa na vida da
juventude, e eles é que tem que fazer a escolha, não pode ser uma imposição, como
está sendo essa escola cívico-militar.
Se o Governador
Tarcísio quer fazer acenos para sua base bolsonarista raiz, que o faça de outra
forma, mas não faça usando a escola pública, a cabeça dos jovens, porque não
conseguirá.
Nós seremos
lutadores e lutadoras, para dizer que não aceitaremos imposição de pensamento
único nas nossas escolas. Por isso lutamos arduamente, dia a dia.
Muito obrigada.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr.
Presidente, para indicar, pela Bancada do Partido
Liberal, o deputado Alex Madureira, que vai dividir o tempo com o deputado Gil
Diniz.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Alex
Madureira tem o tempo regimental Vossa Excelência.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Breve
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Danilo Balas. Dois minutos.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, primeiramente, elenco dez
pontos importantes sobre esse projeto de lei importantíssimo que vem do nosso governador
Tarcísio de Freitas sobre as escolas cívico-militares.
Esse projeto
importantíssimo, que será aprovado nesta Casa nesta noite, traz a disciplina e
o respeito como base da sociedade das escolas cívico-militares, traz segurança para
alunos e professores ali atuarem no dia a dia, valores cívicos trazidos que
foram se perdendo ao tempo.
Então
parabenizar o nosso governador, V. Exa. como presidente conduzindo este
plenário, todos os deputados que hoje vão aprovar uma melhora também - é um
ponto importante - na qualidade de ensino público, formando o caráter e
formando o cidadão para o mercado de trabalho.
Há prova, presidente
e nobres colegas, que há um combate à evasão escolar. Aquele aluno da escola cívico-militar
tende a ficar mais na escola e aí a escola cívico-militar vem combatendo a
evasão escolar em todo o estado de São Paulo. É uma retomada do nosso governador
pelo que aconteceu em anos anteriores, valorizando sim a Educação.
É uma
referência para a comunidade local em todas as cidades onde nós temos escolas cívico-militares.
A fila é gigantesca, presidente, para que os alunos ali estudem e se matriculem.
Também há a prevenção do crime e é exemplo de organização.
Então mais uma
vez parabenizar o nosso governador Tarcísio de Freitas, o secretário de Educação,
Feder, e esta Casa que hoje aprovará esse projeto de lei tão importante. E o
nosso posicionamento é “sim” pelas escolas cívico-militares.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela
ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Orador,
uma comunicação também para o nosso canto. Posso ter uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Obrigada, presidente. Primeiro, eu quero saudar a mobilização da sociedade civil, sobretudo dos estudantes
aqui presentes, lamentar que a gente tenha tido mais uma votação violenta aqui
e dizer que se a gente tivesse a polícia como mediadora de conflitos, algo que
a gente ainda precisa avançar, a gente não teria mais um episódio vexatório como
a gente teve hoje: sete estudantes detidos, dois muito machucados na nossa
enfermaria e não é isso que a gente quer para a escola pública.
Num cenário que falta professor na
escola pública, o projeto de hoje fala de ódio aos professores, de perseguição
aos professores e perseguição à liberdade de livre pensar, de oposição de
ideias. E educação eu acho que faltou para todo mundo, vide a chuva de erros de
concordância nos discursos dos meus colegas que subiram na tribuna hoje para
defender um outro projeto de repressão da educação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra
o deputado Alex Madureira.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Hoje é um dia muito especial para
o estado de São Paulo. Essa que é uma Casa representativa, os 94 deputados que
aqui estão representam 45 milhões de habitantes do estado de São Paulo e a
demonstração na votação que nós tivemos agora, o exemplo que nós tivemos agora,
o resultado da primeira votação demonstrou de forma satisfatória a decisão da
maioria.
E é assim que
se fazem as leis deste País até hoje e essa lei não é diferente de qualquer
outra. A decisão da maioria vai decidir aquilo que será feito com as escolas
estaduais no estado de São Paulo. Esse programa, que será criado a partir dessa
lei que será aprovada daqui a pouco, tem o objetivo principal de garantir a
segurança das escolas, mas não só isso, Sr. Presidente.
Eu cresci na
escola José Martins de Toledo no bairro de Artemis,
lá em Piracicaba, um bairro de zona rural, Sr. Presidente, cantando o Hino Nacional.
Nós ficávamos enfileirados na porta da classe e cantávamos o Hino Nacional e
uma vez por semana nós hasteávamos a bandeira, a bandeira, deputado Emídio, que
é verde e amarela.
E quando a
gente olha os símbolos que... O deputado Emídio disse aqui que a bandeira não
pertence ao Bolsonaro, que a bandeira não pertence àqueles que a defendem. Mas
por que então o governo atual não usa a bandeira?
Porque no
símbolo lá do governo federal está tudo colorido agora. No símbolo do governo
passado, dizia assim: “Pátria amada, Brasil”, era o símbolo do governo. Hoje,
você olha escrito “Brasil” todo colorido.
Eu não entendo
por que, mas como disseram aqui que a bandeira não pertence a Bolsonaro, quero
deixar muito claro que então use a bandeira, use o símbolo máximo da nossa
Nação. Cantar o Hino Nacional na escola, isso é civismo. Civismo.
O deputado Carlos
Cezar estava junto comigo, nós fomos visitar uma escola em Piracicaba e eu
fiquei surpreso quando eu vi as crianças, crianças de cinco, seis anos,
cantando o Hino Nacional, sem letra e sem nada, cantando porque sabem cantar.
Só que naquela
escola especificamente, esse trabalho foi feito pela diretora da escola. Mas
isso não vai acontecer mais em São Paulo. As escolas que quiserem aderir ao
programa da escola cívico-militar não vão acontecer mais, como aconteceu lá na
Escola Catarina, que a deputada Bebel citou aqui: uma escola que foi indicada
pela Prefeitura para poder fazer o programa com o governo federal e implantar a
escola.
E foi lá o
Sindicato dos Professores, a Apeoesp, para intimidar os pais, intimidar a
comunidade, para que eles não aceitassem a escola. Esse é o absurdo que nós
vivemos hoje.
Ué, você estava
lá? Você não estava lá para saber se é mentira. Eu moro lá, eu moro lá. Para
você falar que é mentira, você devia estar lá para saber. Então você não estava
lá, você não sabe.
Eu não tenho
compromisso com a mentira, não; o compromisso aqui é com a verdade. Ninguém vai
intimidar ninguém mais neste Estado para que não seja implantada a escola
cívico-militar. Parabéns ao governo de São Paulo, está tendo coragem.
“Ah, é um
projeto polêmico.” Pode ser polêmico. Polêmico para quem? Para quem não aceita?
Então ganha a eleição aqui e governa do seu jeito. Vereador Fabrício, obrigado
por ter vindo, você, que é um dos representantes da direita lá em Piracicaba,
amigo do deputado Gil Diniz.
Tenente
Coimbra, não posso me esquecer de você. Se eu falasse aqui e não falasse o seu
nome, iria faltar alguma coisa. Você teve coragem de apresentar esse projeto,
mesmo sabendo que tinha vício de iniciativa, mesmo sabendo que ele poderia ser
considerado inconstitucional.
Mas V. Exa. fez
o primeiro movimento para que o governo de São Paulo tomasse esse projeto nas
suas mãos e apresentasse aqui nesta Casa. Deputado Gil, por favor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a
palavra o deputado Gil Diniz, para compartilhar o tempo com o deputado Alex
Madureira. Silêncio na galeria.
O
SR. GIL DINIZ - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, para complementar aqui as palavras do
deputado Alex Madureira, agradecer obviamente aos deputados que votaram
favoravelmente no método e vão votar no mérito também; agradecer ao nosso
líder, Carlos Cezar, pela indicação para encaminhar pela Bancada, e já peço
aqui os votos dos deputados nesse projeto. Agradecer ao Tenente Coimbra, a
deputada Letícia Aguiar, ao deputado Major Mecca, ao deputado Lucas Bove.
Todos os
deputados aqui que trabalharam na construção desse projeto e, obviamente,
responder aqui aos ataques do deputado Emídio. O deputado Emídio perguntou se
nós, que vamos aprovar esse projeto, queremos assassinos dentro de escolas,
orientando as nossas crianças.
Ora, nenhum
assassino do prefeito Celso Daniel vai dar aula para criança na sala de aula.
Nenhum assassino do prefeito Toninho, do PT, em Campinas, vai dar aula. Cesare Battisti, tão louvado pela esquerda revolucionária
que hoje não defende mais a revolução, essa esquerda adesista, vide aí as
palavras de Zé Dirceu. Nós não teremos assassinos em sala de aula.
Então, mais
respeito, deputado Emídio, quando você se referir aos nossos policiais
militares, aos nossos veteranos que poderão estar dentro das escolas orientando
as nossas crianças. Não são assassinos. Assassinos são esses que vocês
defendem, como Che Guevara, como Daniel Ortega, amigo de Luiz Inácio, que está
prendendo, senhores, hoje, padres, religiosos em seu país. Eles invertem a
narrativa, é um duplo pensar, eles os acusam daquilo que eles fazem. (Palmas.)
Nós aqui já
mostramos por A mais B, Flávio Dino, ministro de Lula e hoje ministro no STF,
comunista, implantou a escola cívico-militar no Maranhão. Wellington Dias,
ministro de Lula, implantou a escola cívico-militar no Piauí. Rui Costa,
ministro de Lula, implantou escolas cívico-militares na Bahia.
Ou seja, quando
essa esquerda hipócrita ganha o governo, eles implantam escolas
cívico-militares. Quando eles perdem o governo em São Paulo, eles jamais serão
governo aqui, porque aqui o povo rechaça o Partido dos Trabalhadores, o povo
detesta essa ideologia hipócrita. (Palmas.)
Nós aqui
subimos a esta tribuna para defender, presidente, esse projeto, porque na nossa
campanha nós prometemos ao povo de São Paulo que, se o governador Tarcísio
fosse eleito, nós, sim, daríamos essa opção ao pai e à mãe de família.
E eu falo aqui
para a população de Piracicaba. A deputada Bebel não quer a filha dela na
escola cívico-militar? É só não matricular, Polezi, é só não matricular a filha
dela lá.
O deputado Emidio
não quer, deputado Gerson, uma escola cívico-militar em Osasco? Primeiro que
ele não vai ser eleito em Osasco, nós sabemos aqui quem será o futuro prefeito
na cidade de Osasco.
Não matricule
seus filhos, seus netos lá. Agora, vir acusar esses policiais militares,
policiais femininas, hoje, deputado Coimbra, agredidas aqui na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, e a esquerda feminista não vem aqui para
defender essas profissionais, essas servidoras públicas de agressões desses
pequenos marginais que são apoiados por essa esquerda hipócrita.
Então, nós
subimos aqui a esta tribuna, deputado Barros Munhoz, porque na nossa campanha,
olhando no olho do povo de São Paulo, nós prometemos que aqui estaríamos e que
votaríamos favoravelmente e colocaríamos, presidente, esse projeto para uma
opção do povo de São Paulo escolher entre esse modelo falido, que a Apeoesp defende,
e essa opção de escola cívico-militar.
Parabéns,
deputados. Hoje, mais uma vez, nós fazemos história aqui em São Paulo, enquanto
a esquerda, vanguarda do atraso, defende aí essa política educacional arcaica.
Votemos, sim, e vamos fazer, mais uma vez, história do estado de São Paulo.
Obrigado,
presidente.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela
ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem
deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Para
encaminhar pela bancada do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.
Tem V.Exa. o tempo para encaminhar pela bancada.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Capitão Telhada e deputado Teonilio Barba. Depois passarei a palavra à
oradora que se encaminha para a tribuna.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Não
posso deixar de reconhecer, agradecer com muito orgulho por pertencer à Polícia
Militar, que é, mais uma vez, a responsável por garantir a nossa votação, por
garantir a nossa democracia.
Eu gostaria de solicitar um aplauso
caloroso à nossa Polícia Militar que está garantindo os trabalhos na nossa
Casa. (Palmas.) Muito obrigado a cada homem, a cada mulher que colocou o
próprio peito...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor,
silêncio, silêncio, tem um orador no microfone de aparte.
Com a palavra o deputado Capitão
Telhada.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Quero agradecer a cada
policial feminino, a cada policial masculino que se colocou para evitar a
invasão. Foi atropelado, como o Major Mecca trouxe aqui, policial machucada,
sete delinquentes detidos em apresentação na delegacia de polícia, e a gente
não pode deixar de reconhecer, assim como foi na Sabesp, que a ordem foi
garantida pela Polícia Militar, e está sendo hoje, mais uma vez.
A vontade do povo prevalecerá na
representação dos nossos votos no tema pertinente, e eu não tenho dúvida que
nós aprovaremos hoje, e voltará a ser ensinado nas escolas princípios, valores
pátrios, ordem, causa, comprometimento com a causa pública, que, infelizmente,
falta na nossa sociedade, não é dúvida para ninguém, mas graças a esse projeto
do nosso governo...
Parabéns ao deputado Tenente Coimbra,
que encabeçou essa luta. Nós o aprovaremos hoje, na Assembleia. Parabéns à
galeria, que esteve presente, vive de narrativas. Quem não aguenta ver a
derrota já saiu. Hoje nós comemoraremos a vitória das escolas cívico-militares.
Obrigado, presidente. (Manifestação nas
galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra
o deputado Teonilio Barba, para uma comunicação.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, só para desmontar uma fala do deputado Gil Diniz, é verdade que a
Bahia teve 100 escolas militares, todas elas municipais, cívico-militares,
todas elas.
Hoje só existe
uma escola cívico-militar na Bahia, em Feira de Santana, porque o próprio
prefeito banca. Não foi política do Governo do Estado, os prefeitos criaram. O
governo, como tem que mandar recursos, mandou recursos, que é obrigação do
prefeito. Então vamos desmontar essa história do governo da Bahia, do Rui
Costa, de cívico-militar.
E o
cívico-militar vai ser isso. Nós, da esquerda, quando gritamos lá, nós somos
baderneiros; o cívico-militar que está gritando ali à minha direita não é
baderneiro. Grita o tempo todo.
Quando qualquer
deputado aqui está falando, eles estão gritando. Provocam o outro lado, e não
podem ser provocados, porque o nosso lado, se provocado, são baderneiros. (Manifestação
nas galerias.)
A vaia de vocês
não me preocupa. Vaias de bolsonaristas não me preocupam. Vaias de
bolsonaristas não me preocupam. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, silêncio.
O SR. TEONILIO BARBA - PT - Aqui eu já fui vaiado por quem
defendia a ditadura, já fui vaiado por quem defendia os golpistas de oito de
janeiro, aqui eu já fui vaiado por vários motivos. Já fui vaiado pelos
herdeiros da chibata, quando nós debatemos aqui o projeto da grilagem de terras,
então não tenho problema com vaia.
Aliás,
presidente, eu acho que a vaia deveria ser garantida para todo mundo. Deputado
está na tribuna, fala; terminou de falar, quem quer aplaudir, pode aplaudir,
quem quer vaiar, vaia.
Eu acho que é
ruim vaiar no momento em que o deputado esteja falando, seja ele um deputado de
direita, conservador, seja ele um deputado de esquerda. Eu não tenho problema
com vaia, eu acho que a vaia é democrática e ela expressa uma rebeldia de
qualquer lado.
Então,
presidente, muito obrigado.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Para uma breve comunicação, presidente. (Manifestação nas
galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Você foi
citado, deputado Gil. Um minuto, tem Vossa Excelência.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só para responder ao
deputado Teonilio Barba. Na Bahia, presidente, mais de 100 escolas... (Manifestação
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, silêncio.
O SR. GIL DINIZ - PL - Mais de 100 escolas
cívico-militares foram implantadas, presidente, na Bahia, durante o governo do
Partido dos Trabalhadores. Havia uma parceria dos municípios, presidente, com a
Polícia Militar do Estado da Bahia.
Ora, o
governador do estado da Bahia, eu sei que ele é um incompetente, e por isso,
hoje, é ministro. Há vários incompetentes no ministério de Luiz Inácio, mas ele
ajudou, sim, a implantar mais de uma centena de escolas cívico-militares na Bahia.
Eu falei aqui de
outros estados também, onde os aliados do Partido dos Trabalhadores implantaram
essas escolas. Não há problema nenhum. Qual é o problema, presidente? O Partido
dos Trabalhadores, derrotado nas urnas aqui em São Paulo, quer fazer oposição
pela oposição.
Quanto pior,
melhor, presidente. Mais uma vez a população do estado de São Paulo enxerga na
esquerda paulista a vanguarda do atraso, por isso todos os deputados que
votarem “sim” hoje farão história e o povo de São Paulo vai agradecer a esses
deputados, presidente.
Então é uma
questão de ser coerente. Nós prometemos ao povo de São Paulo, nós vencemos a
eleição e nós vamos implantar esse modelo cívico-militar, assim como foi
implantado nesses estados onde o PT já ganhou as eleições.
Então não passa
de hipocrisia esse discurso vazio, porque os governadores do Partido dos
Trabalhadores implantaram as escolas cívico-militares. Fica aqui registrada
essa fala deste deputado que, sim, estudou o caso da Bahia, o caso do Maranhão
e o caso do Piauí. A esquerda, onde vence as eleições, implanta a escola
cívico-militar, porque sabe que é um modelo que dá certo, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra
a deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Ela pediu um “pela ordem”, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Comunicação só vou abrir no próximo intervalo, depois da sua fala, deputada
Monica.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Obrigada, deputada
Monica
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Pois não.
É difícil ter voz quando se é mulher. É... (Vozes fora do microfone.)
E a gente vai receber uma aula disso enquanto
eu falar, porque aquele lado simplesmente não gosta de me ouvir falar. Eu não
vou começar aqui pela falta dicotomia de quem gosta de polícia e de quem gosta
de professor, porque o Tarcísio odeia os dois e destruiu a carreira para os dois.
(Palmas.)
Não vou cair na
falta dicotomia de que é muito conveniente para o governo Tarcísio dizer para
uma polícia mal paga, torturada em seus quartéis, demitida sem justa causa, com
altos índices de violência sexual entre os colegas, de corrupção e etc., que
não tem carreira única, que não tem remuneração justa...
É muito
conveniente para o Tarcísio... Mal apoiada pela população, com os altos índices
de violência subindo, policiais que chegam na delegacia não tem delegado para
registrar boletim de ocorrência, como acontece na minha cidade, Itu, como
acontece em Peruíbe, como acontece em todos os lugares...
É muito
conveniente para o governo Tarcísio dizer para os policiais o tempo todo que os
inimigos dele são outros. Não somos nós que estamos destruindo a carreira de
você, retirando dinheiro da polícia do estado de São Paulo, desmontando a
polícia do estado de São Paulo e falando assim para vocês: “ah, quem sabe um
dia, quando vocês se aposentarem com a merreca que vocês ganham, os superiores
que vão se aposentar e etc., possam ir lá morder R$ 6.000,00 por mês da
Educação.”.
Eu não vou
dizer isso para vocês, mas eu vou falar desse projeto que é mais um projeto de
ódio aos professores. Mais um projeto de ódio aos professores. É disso que se
trata e eles não escondem.
A base do
governo, quando subiu aqui, fez questão de se dirigir aos professores e dizer,
é para acabar, é para acabar, é para acabar. E Tarcísio, está acabando mesmo. Por
que?
Se você vai
visitar a escola pública, e vale lembrar que a escola pública no estado de São
Paulo... São 5.100 escolas públicas. A gente ainda tem escola de lata. Se você
for visitar as escolas de período integral, que também foram aprovadas aqui
vendendo um sonho para as famílias que trabalham o dia inteiro, que seus filhos
iam ficar num lugar para serem cuidados em período integral, se vocês forem
visitar as PEIs, você vai ver que está faltando
merenda. As crianças estão passando fome. Sob a tutela da escola pública
estadual.
Mais grave do
que isso, está faltando professor, que é o central da Educação. O governo
Tarcísio deixou 40.000 professores fora da sala de aula esse ano. O resultado
disso é que tem estudante que não está indo para a escola e eu estava
conversando com eles nas ruas, inclusive nas escolas - meu marido trabalha numa
escola de período integral-, tem estudante que não vai para a escola, porque
dependendo do itinerário, ele prefere ficar em casa para estudar para o
vestibular.
Porque tem
ciência que hoje a ausência de professores na escola pública e esse itinerário
maluco que faz eles terem aula de introdução à informática três vezes por
semana, aprendendo a ligar o computador, e depois aprende a ligar o computador,
e depois aprende a ligar o computador de novo. Vai excluir eles do vestibular.
Que professor de português dando aula de história não é uma boa ideia.
Assim como não
é uma boa ideia não ter merendeira, não ter faxineira, não ter agente de
organização escolar. O projeto fala que os policiais desaposentados por R$
6.000,00, no mínimo, ou oito, da Secretaria de Educação vão cumprir o papel de
monitoria nas escolas.
Esse papel de
monitoria tem um trabalhador na folha de pagamento do Estado, que é o agente de
organização escolar. Ele ganha um salário mínimo, mas como o Tarcísio não paga
o mínimo para os servidores públicos... Lembra? A gente conversou sobre isso
aqui semana passada, que é uma vergonha. Eles ganham oitocentos reais.
O que justifica?
O que justifica contra o contratar um trabalhador pelo valor de seis dos outros
que cumpriram a mesma tarefa? Qual é o recado que o governo Tarcísio está
passando? Odiamos a Educação. Na escola, não precisa de educadores.
Não precisam
daqueles formados para isso. Disso, a plataformização
fala muito, porque o professor não tem tempo de adaptar matérias às
necessidades dos estudantes. E eu preciso falar que a gente tem estudantes com
deficiência intelectual nas escolas, que não aprenderão devido ao ritmo da
educação plataformizada.
Já trouxeram
esse dado aqui, mas o Tribunal de Contas visitou escolas públicas do estado de
São Paulo, em mais de 400 cidades, e 85% não têm AVCB, não têm condições que se
possam dizer seguras. E aí por que não reforçar o Corpo de Bombeiros, para que
possa adaptar às escolas públicas, para que os nossos estudantes estejam seguros?
Por que não
contratar professores de matemática, de história, de geografia, de português,
esses educadores que estão de fora e estão fazendo falta? Por que não valorizar
as pobres das merendeiras, que cozinham para 1.500 alunos por dia? Por que não
começar por contratar faxineira, para manter a boa condição de higiene na
escola?
Numa escola
pública em que falta tudo, inclusive papel higiênico e merenda, dois ou três
policiais não vão resolver o problema da Educação. Porque Educação é coisa de
educador, e Segurança Pública é coisa do pessoal de Segurança Pública. Mas,
como o Tarcísio não consegue convencer a tropa de que um dia vai remunerá-la
decentemente, quer abocanhar recurso da Educação e calar professores.
Hoje eu fico
muito mal, eu fico triste, quando a gente tem eventos como aconteceu hoje. Eu
fico triste quando a gente sabe que lá fora alguém acabou de ser vítima de um
furto, alguém acabou de ser vítima de um estupro, uma criança está numa
delegacia sem delegado, com dificuldade de processar um boletim de ocorrência,
porque não se contrata policial; e outra criança está na escola pública sem
aprender, para passar no vestibular, porque não se contrata professor; e que a
gente tenha eventos como esse aqui e que as pessoas se machuquem.
O que a gente
viu aqui hoje é que a juventude tem que aprender - e faz parte do processo do
ensinar e aprender - a lidar com conflitos, com opiniões divergentes, com
posições diferentes, com a política. O que aconteceu aqui - repressão, gente
machucada - não é o que a gente quer para o dia a dia da escola pública. E
também não é o que querem os pais, e também não é o que querem os estudantes.
Só que outra
questão que precisa ser dita é que geral aqui mente, mente para os seus
eleitores. Geral aqui mente para os seus eleitores. (Manifestação nas
galerias.) Presidente, o senhor deixa...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Silêncio, por favor. Você aí,
você mesmo. Ou você agora respeita ou vai ter que se retirar. (Palmas.)
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Muito obrigada. Geral mente,
mente para as famílias. Porque existem famílias que querem que seus filhos
estudem em escolas técnicas, escolas diferenciadas.
Nós estamos,
ano após ano, lutando pelas Etecs e Fatecs do estado de São Paulo, que o Tarcísio
também já destruiu. Essas sim, as mais bem avaliadas escolas públicas do
governo estadual, sendo destruídas. O Centro Paula Souza.
Eles vão e
dizem que vão entregar o projeto; inclusive, usam os dados das avaliações das
escolas militares. Se o Tarcísio fosse construir uma escola militar, duvido que
essa gente aí passaria no vestibulinho para dar aula lá. Assim como talvez não
tenha passado no processo dos militares, e por isso esteja aqui.
Mas, se o
Tarcísio fosse construir escolas militares com projeto político-pedagógico
diferente, fosse também abrir de gestão pública, de museologia, de outras
tendências de formação técnica, é justo que o estudante tenha, e as famílias
tenham, uma variedade de escolha.
Mas o que vai
acontecer é uma reedição das escolas de período integral: processos de adesão
fraudada. Hoje, quase 50% das escolas já são escolas de período integral; os
estudantes que têm que trabalhar não conseguem encontrar escolas.
E no outro a
gente vai ter escola cívico-militar, em
que são dois ou três policiais aposentados, na escola pública, para cuidar do pátio. Por que isso
é mentir para as famílias que querem? Porque as escolas não querem isso. Elas
querem escola militar. Então, o Tarcísio que abra novas escolas.
Vai acontecer
com esses senhores como aconteceu com outro deputado, que colocou lá em São
Vicente: “Aqui vai ser a primeira escola cívico-militar”. Não entregou, a
escola continua super...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para concluir, deputada.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Para concluir. A escola continua
superviolenta, grave, contra professores e estudantes, apesar da zeladoria cara
de dois militares presentes na escola. E a população vai falar: “Vocês mentiram
para mim”.
E aí estou
dizendo para você, para concluir: estão mentindo para vocês todos, professores,
trabalhadores da Segurança Pública e famílias que querem uma escola digna para
seus filhos terem direito ao futuro.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para encaminhar pela federação PT/PCdoB/PV, indico o deputado
Rômulo, que vai dividir o tempo com o deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. O deputado Rômulo dividirá o tempo com o deputado
Eduardo Suplicy.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Thainara Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, apenas para pontuar a fala de um deputado que vem aqui e gosta
muito de implantar o ódio no estado de São Paulo, essa política do nós contra
eles, a qual eu repudio veementemente.
Por mais que ele chegue à tribuna e
diga que o estado de São Paulo detesta o PT, rechaça o PT e odeia a esquerda,
quero lembrá-lo de que os oito deputados do Partido dos Trabalhadores que aqui
estão somam quase dois milhões de votos e de que, na eleição, podemos ter
perdido, mas o nosso candidato, Fernando Haddad, somou mais de dez milhões de
votos, e os três primeiros deputados, eleitos com maior votação aqui nesta
Casa, são do PSOL e são do PT.
Então, é muito importante, Sr.
Presidente, que o senhor, na posição em que está, peça para os deputados
respeitarem os outros que foram legitimamente eleitos e diplomados, uns tanto quanto os outros. Não adianta chegar aqui e ficar
nesse “mimimi” de “odeiam o PT”, “não gostam disso, não gostam daquilo”. Olha o
presidente Lula eleito e o deles inelegível.
Muito obrigada. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, só
uma comunicação. É possível?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deixe o
deputado Rômulo terminar e dou dois minutos a V. Exa., deputado Gilmaci.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado,
presidente. Obrigado.
O
SR. RÔMULO FERNANDES - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite a todos e todas. Eu queria começar pela fala
da Thainara. É verdade, Thainara e todos os deputados aqui: ouvi dizer... Não
há absolutamente nada contra a PM. Absolutamente nada. Estamos falando de outra
coisa, de um processo pedagógico. A gente acredita que polícia não tem que
estar na escola; tem que estar fora dela, garantindo a segurança.
E falar que a
PM garantiu a democracia... Não é só isso, não. Quem garantiu a democracia
neste país foi o povo brasileiro, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva
presidente da República. Foi ele, foi o povo brasileiro. Depois que eles
perderam a eleição, eles tentaram um golpe no dia 8.
Tentaram
explodir um carro de combustível. Essas coisas a gente não pode esquecer.
Então, quem garantiu a democracia neste país, que eles tentam minar até hoje,
foi o povo brasileiro, que derrotou o Bolsonaro no país. Isso precisa ficar
muito claro.
E eu queria
dizer que isso é um processo que não é de agora: a militarização dos espaços
públicos. Eu comecei a olhar uns números aqui. No governo do Bolsonaro, foram
mais de seis mil militares em cargos civis.
Foram 6.700
candidatos militares. É um projeto de poder. Nem na ditadura militar teve tanto
militar em cargo civil. Vou dar um exemplo aqui, um número concreto: em 2015,
eram 1.783 militares em cargos civis; no governo do Bolsonaro, eram 6.157; é um
processo de militarização em todos os espaços. E eles querem começar pela Educação.
O governador Tarcísio,
que é cria do Bolsonaro, que não sabia nem onde votar aqui em São Paulo, que a
gente tem que lembrar que veio do Rio de Janeiro, eu queria que ele fosse às
escolas. Foram apresentados dados aqui. Que ele saísse da sua cadeira e fosse
visitar.
Alguns dados
foram colocados aqui: 11% das escolas não têm pátio. Onze por cento das
escolas. Setenta e nove por cento das escolas não têm vestiário. Outro dia
atendi uma mãe que foi até o gabinete. Ela deixou de mandar os filhos dela para
a escola porque não tinha porta nos banheiros. Não tinha porta nos banheiros!
Ele tinha que ir lá visitar e conhecer a realidade antes de colocar esse
projeto absurdo aqui.
Treze
por cento das escolas não têm quadra. Isso é um dado que não é nosso. É um dado
do Tribunal de Contas. Não estou inventando. O Tribunal de Contas... Como disse
a deputada que me antecedeu aqui, 82% das escolas não têm AVCB. Não têm AVCB.
Quarenta e oito por cento das escolas não têm sanitário acessível aos
deficientes, e 82% das escolas não tem sanitário, como disse aqui.
É isso que está
em jogo. Não há absolutamente nada contra a Polícia Militar, porque a gente
acredita que os educadores têm que estar dentro da escola, não a Polícia
Militar. Por isso a nossa recomendação contra esse absurdo desse projeto.
Senador.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o
deputado Eduardo Suplicy, para compartilhar o tempo com o deputado Rômulo.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Sr. Presidente,
André, e caros líderes, deputados e deputadas, vou aqui sintetizar uma
avaliação crítica dos principais aspectos desse projeto de lei.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, silêncio,
o deputado Eduardo Suplicy está na tribuna. Por favor.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - A introdução
de elementos militares nas escolas pode criar uma atmosfera mais autoritária e
hierárquica, onde o foco na disciplina e na obediência pode se sobrepor aos
princípios de liberdade de expressão e pensamento crítico. Isso pode afetar
negativamente o ambiente de aprendizado, desencorajando a criatividade e autonomia
dos alunos.
Pode haver
também um impacto negativo significativo emocional e psicológico nos estudantes,
uma vez que o ambiente militarizado pode gerar medo e repressão, especialmente
em alunos com necessidades especiais ou que já vivenciam situações de violência,
afetando negativamente o seu desenvolvimento emocional e psicológico.
Com respeito à
ausência de comprovação científica, não há estudos científicos robustos que
comprovem a efetividade das escolas cívico-militares na melhoria da qualidade
da Educação. Os resultados apresentados por seus defensores frequentemente se
baseiam em dados inconsistentes ou metodologias questionáveis, impedindo a
validação da sua efetividade.
Há ainda
relatos de experiências internacionais negativas. A militarização da educação
em outros países foi frequentemente associada ao aumento da violência, à evasão
escolar e à deterioração da qualidade da educação, evidenciando os riscos e
desafios desse modelo.
A
desvalorização do trabalho docente dos quadros de apoio escolar e a presença de
monitores militares sem formação específica em educação pode desvalorizar o
papel fundamental dos professores e agentes de apoio escolar na construção do
processo educativo. A remuneração mais alta oferecida aos policiais militares,
em comparação com os professores e outros profissionais de Educação, pode criar
disparidades salariais e desvalorizar o trabalho dos educadores. Isso pode minar
os esforços para atrair e reter talentos na área de educação, e agravar as
desigualdades já existentes no sistema educacional.
O valor pago
aos policiais da reserva em um mês, com 40 horas semanais trabalhadas, será de R$
6.034,00, o que equivale a quatro vezes o que recebe um agente de organização
escolar, R$ 1.550,00, e ainda é maior que o Piso Salarial do Magistério, de cinco
mil e 300 reais.
O
foco na segurança em detrimento da educação é outro aspecto importante. O
projeto parece priorizar medidas de segurança, como a presença de policiais militares
em detrimento da qualidade de educação.
Em vez de
abordar as causas subjacentes da violência e da criminalidade nas escolas, por
exemplo, como a desigualdade social, a falta de acesso a serviços básicos e
oportunidades educacionais e inadequadas, o programa adota uma abordagem
punitiva que pode não resolver os problemas reais enfrentados pelas comunidades
escolares. O programa parece muito mais valorizado do que a proposta dos
psicólogos na escola.
A título de
exemplo, os psicólogos contratados para apoiar a equipe escolar no programa de
convivência recebem cerca de três mil reais por 30 horas semanais trabalhadas.
Além disso,
foram contratados apenas 500 quadros, o que significa em média um psicólogo
para lidar com 6.500 estudantes, enquanto o programa de escola cívico-militar
contará com, no mínimo, um monitor policial por escola participante.
Com respeito à
participação da comunidade escolar, isso está em risco. A consulta pública
prevista no projeto não garante a efetiva participação da comunidade escolar na
tomada de decisões, limitando-se a procedimento formal sem mecanismos de
deliberação e representatividade.
É preciso
definir precisamente o que se entende por comunidade escolar, quais as
instâncias de representação participantes, as condições de votação, a qualidade
da informação prestada aos membros da comunidade escolar para que sejam
considerados satisfatoriamente esclarecidos sobre as opções quanto ao modelo de
ensino.
Há ainda, para
concluir, Sr. Presidente, riscos de discriminação e exclusão de estudantes,
aspectos financeiros e orçamentários que nos levam à conclusão de que o melhor
voto neste projeto de lei é “não”.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
projeto, salvo substitutivos e emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados
que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.)
Aprovado, prejudicados os substitutivos.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Solicito verificação
de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Faremos então uma verificação de votação. Antes,
porém, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas.
para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o
término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a
seguinte Ordem do Dia:
* * *
- NR - A
Ordem do Dia para a 23a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O.
de 22/05/2024.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema
eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente
por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se
encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a bancada do PSOL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL em
obstrução.
O
SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar a bancada do PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS -
Pela ordem, Sr. Presidente. Para pedir a todos os deputados e deputadas da base
aliada que votem “sim” ao projeto e que permaneçam em plenário que nós teremos
uma segunda votação que será para já rejeitar as emendas.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a bancada do Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução.
O
SR. RUI ALVES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar a bancada do Partido Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar a Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB
Cidadania em obstrução.
O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD
- Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tendo
transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico agora ficará aberto para
que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem
abstenção nos terminais dispostos em suas mesas.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputados que tenham interesse em fazer seu voto pelo sistema eletrônico,
abriremos agora os microfones de aparte para que as Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que não conseguiram fazer seu voto pelo sistema eletrônico o façam
nos microfones de aparte.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Para votar “sim” à
escola cívico-militar, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Carlos
Cezar vota “sim”. Mais algum deputado?
A
SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - Sr. Presidente, com
muito orgulho em fazer parte desta história da escola cívico-militar, eu voto “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada Letícia Aguiar vota “sim”.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pelas escolas cívico-militares, meu voto é “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Capitão Telhada vota “sim”.
O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL
- Pela
educação de qualidade, meu voto é “sim” pelas escolas cívico-militares.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Danilo Balas vota “sim”.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS -
Pela ordem, Sr. Presidente, para votar “sim” a um marco histórico do Estado
para o estado de São Paulo. Sim à escola cívico-militar, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Jorge
Wilson vota “sim”.
O
SR. TENENTE COIMBRA - PL - Novamente dando o voto
vencedor das escolas cívico-militares, meu voto é “sim”, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Coimbra
vota “sim”.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente, para votar “sim” por uma educação moral e cívica de qualidade. Viva
a escola cívico-militar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vota “sim” o
deputado Lucas Bove.
O
SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - Pela defesa de
princípios e valores e a promessa do nosso governador Tarcísio de Freitas, eu
voto “sim” às escolas cívico-militares.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Tomé
Abduch vota “sim”. (Manifestação
nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, eu
peço silêncio. Estamos em processo de votação.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Sr. Presidente, escola não é quartel e aluno não é soldado. Eu voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Carlos
Giannazi vota “não”.
O
SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - Em defesa dos
estudantes que estudam e contra os baderneiros, eu voto “sim”, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Guto Zacarias vota “sim”.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Polícia Militar,
escola cívico-militar, voto “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Major
Mecca vota “sim”.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Para que o estado de São Paulo ensine os alunos a pensarem e
não a obedecerem, porque lugar de militar é no quartel e de professor é na sala
de aula, sendo bem pago, eu voto “não” a esse projeto.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Guilherme Cortez vota “não”.
O SR.
HELINHO ZANATTA - PSD - Voto “sim”, a favor da escola cívico-militar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado
Helinho Zanatta vota “sim”.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Eu voto “sim” e também
por toda a luta do presidente Bolsonaro nas escolas cívico-militares.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Paulo Mansur vota
“sim”.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Sr.
Presidente, para pedir a todos os deputados da base aliada, Srs. Deputados e Sras.
Deputadas, que permaneçam em plenário, porque nós teremos a votação para
rejeitar as emendas, fundamental.
O
SR. DONATO - PT - Eu voto “não” e digo para a base
que está dispensada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado
Donato vota “não”.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela pluralidade de
ideias, voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada
Professora Bebel vota “não”.
O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Por uma Educação libertadora, eu voto “não”,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Dr. Jorge do Carmo vota “não”.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Contra a escola
cívico-militar, eu voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Marcolino vota “não”.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - Contra a excrescência
dessa escola cívico-militar, eu voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Simão Pedro vota “não”.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pelos
professores, pelos estudantes, inclusive os de Português, que fizeram falta
hoje, a gente vê, eu voto "não".
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada
Monica Seixas vota "não".
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Contra a militarização
da Educação, voto "não".
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Beth
Sahão vota "não".
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, contra
a destruição da Educação, eu voto "não".
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Paulo
Fiorilo vota "não".
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Presidente, pela
liberdade de pensamento dos adolescentes, das nossas crianças, da nossa
juventude, eu voto "não".
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Teonilio Barba vota "não".
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Consulto se
algum deputado em plenário ainda gostaria de registrar o voto.
Não havendo mais nenhum deputado para
registrar o voto, passaremos agora à alteração de voto.
Os deputados que quiserem alterar o seu
voto queiram se manifestar.
Não havendo deputados interessados em
alterar o voto, passaremos à proclamação do resultado.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
votaram "sim" 54 deputados, 21 deputados "não", mais este
presidente, total de 76 votos, quórum que aprova o projeto e prejudica os
substitutivos.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Esgotado
o objeto da sessão, está encerrada a sessão, lembrando-os ainda de que daqui a
10 minutos teremos a segunda sessão extraordinária que já foi convocada.
Está encerrada a sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão às 19 horas e 21
minutos.
* * *