10 DE DEZEMBRO DE 2024
68ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO e ALEX MADUREIRA
Secretaria: PAULO CORREA JR e CARLOS CEZAR
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 16h44min.
2 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de presença.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum. Coloca em votação o requerimento de método de votação ao PL 1510/23.
4 - DONATO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1510/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
5 - DR. JORGE DO CARMO
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - TEONILIO BARBA
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1510/23, em nome da Minoria.
7 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Anuncia a presença de autoridades da cidade de Três Fronteiras no plenário.
8 - CARLOS CEZAR
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1510/23, em nome do PL.
9 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PL 1510/23.
10 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
11 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
12 - EDIANE MARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
13 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
14 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
15 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
16 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
17 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
18 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
19 - PAULO FIORILO
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Responde a questão de ordem do deputado Paulo Fiorilo.
21 - DR. EDUARDO NÓBREGA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
22 - RAFAEL SARAIVA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do requerimento de método de votação ao PL 1510/23.
24 - GILMACI SANTOS
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
25 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Responde a questão de ordem do deputado Gilmaci Santos. Coloca em votação a emenda aglutinativa substitutiva ao PL 1510/23.
26 - DONATO
Encaminha a votação da emenda aglutinativa substitutiva ao PL 1510/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
27 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovada a emenda aglutinativa substitutiva ao PL 1510/23.
28 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
29 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
30 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
31 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
32 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
33 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
34 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
35 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
36 - EDIANE MARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
37 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
38 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação da emenda aglutinativa substitutiva ao PL 1510/23, restando prejudicados o projeto e as emendas. Convoca a Comissão de Constituição, Justiça e Redação para uma reunião extraordinária a ser realizada hoje, cinco minutos após o término da presente sessão. Coloca em votação o requerimento de método de votação ao PL 1632/23.
39 - TEONILIO BARBA
Encaminha o requerimento de método de votação ao PL 1632/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
40 - TOMÉ ABDUCH
Para comunicação, faz pronunciamento.
41 - CAPITÃO TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
42 - MARIA LÚCIA AMARY
Para comunicação, faz pronunciamento.
43 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Cumprimenta a prefeita eleita de Alumínio, Ana Paula, presente no plenário.
44 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
45 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PL 1632/23.
46 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
47 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
48 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
49 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
50 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
51 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
52 - ANALICE FERNANDES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
53 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
54 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
55 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
56 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
57 - JORGE CARUSO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
58 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Tece comentários acerca da eleição de Ana Paula, prefeita eleita de Alumínio.
59 - RAFAEL SARAIVA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
60 - ALEX MADUREIRA
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
61 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Responde a questão de ordem do deputado Alex Madureira. Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do requerimento de método de votação ao PL 1632/23. Coloca em votação e declara aprovado o PL 1632/23, salvo emenda.
62 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
63 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
64 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
65 - ALEX MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
66 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
67 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
68 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
69 - RAFAEL SARAIVA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
70 - ANALICE FERNANDES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
71 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
72 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
73 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do PL 1632/23, salvo emenda. Coloca em votação e declara rejeitada a emenda ao PL 1632/23.
74 - PAULO FIORILO
Declara voto favorável à emenda, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
75 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em discussão o PLC 148/23.
76 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Discute o PLC 148/23.
77 - ALEX MADUREIRA
Assume a Presidência.
78 - PAULO FIORILO
Discute o PLC 148/23.
79 - LUCAS BOVE
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
80 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA
Responde a questão de ordem do deputado Lucas Bove. Convoca uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão.
81 - MAURICI
Discute o PLC 148/23.
82 - PRESIDENTE ALEX MADUREIRA
Encerra a sessão às 19h14min.
* * *
- Abre a sessão o Sr. André do Prado.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior. Ordem do Dia.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Item n° 1,
votação adiada do Projeto de lei nº 1510, de 2023, de autoria do
Sr. Governador.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente,
nós vamos votar um projeto importante. Eu queria solicitar uma verificação
de presença.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de V. Exa., deputado Paulo Fiorilo, então eu solicito ao deputado
Paulo Correa Jr., juntamente com o deputado Carlos Cezar, para fazerem a
verificação de presença.
* * *
- Verificação de
presença.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado
quórum regimental, agradeço ao deputado Paulo Correa Jr e ao deputado Carlos
Cezar pela verificação de presença.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sempre de forma muito
clara, transparente, para fazer os encaminhamentos, isso é importante. Para
encaminhar o projeto, Sr. Presidente, eu quero indicar o deputado Antonio
Donato, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Um minutinho
só, deputado, só para eu colocar em votação.
Item 1 - Votação adiada do Projeto de
lei nº 1.510, de 2023, de autoria do Sr. Governador, com requerimento de método
em fase de votação adiada.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Então para encaminhar
o método em nome da Federação, o deputado Antonio Donato.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Com a palavra o deputado Donato para encaminhar
pela Federação PT/PCdoB/PV.
O
SR. DONATO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
todos que nos acompanham aqui nas galerias e aqueles que nos acompanham pelas
redes da TV Alesp e pelas redes sociais. Venho aqui mais uma vez discutir esse
projeto e encaminhar contra, porque considero que o governador está cometendo
um grave erro e vou explicar por quê.
A origem da
propositura veio a partir de um projeto meu aprovado por unanimidade nesta Casa
que trazia para o estado uma lei que existe no município de São Paulo desde
2014, que dá desconto no IPVA para carros elétricos, híbridos e, eventualmente,
quando houver, movidos a hidrogênio, com conteúdo ambiental, naturalmente.
Quando vim para
cá, propus que a cota-parte do ICMS que é do estado - porque o município tem
dois por cento e o estado tem os outros dois por cento -, a gente pudesse
também ter esse incentivo à eletromobilidade, à descarbonização da nossa
frota, absolutamente necessária neste
momento de extremos climáticos, de toda crise climática que vivemos. Bom, o
projeto foi aprovado aqui neste plenário, mas, infelizmente, recebeu veto do
governador.
Nas razões do
veto, o governador explica que “embora as circunstâncias conduzam ao veto
governamental, a propositura acabou por impulsionar o Governo do Estado a
submeter a este Parlamento, nesta data, projeto de lei que prevê a concessão de
isenção de IPVA como instrumento voltado para, concomitantemente, preservar o
meio ambiente...”
Registrem bem:
preservar o meio ambiente é o primeiro ponto da justificativa desse projeto.
“Proteger a saúde da população e ainda valorizar a matriz energética paulista
ao estimular o uso do etanol e do biometano como combustíveis veiculares.”
Bom, eu vou
procurar demonstrar aqui que esse projeto não cumpre os objetivos que o próprio
governo colocou na sua justificativa do veto ao meu projeto de lei.
Curiosamente, na cidade de São Paulo, a minha lei de 2014 completou dez anos e
na Câmara Municipal de São Paulo está havendo um debate de renovação da
validade da lei até 2030. Diferentemente daqui, lá estão acontecendo audiências
públicas que estão discutindo de verdade o conteúdo do projeto.
Eu queria
trazer aqui um vídeo de dois minutinhos, de um vereador que não é PT, não é do
PSOL, é do MDB, vereador Marlon Luz, muito ligado aos aplicativos, estudioso da
questão, em que ele explica algo que já expliquei semana passada aqui, mas que ele
fala com bastante clareza.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Bom, como estão
vendo, em São Paulo está tendo um debate de atualização da lei, até porque o
mercado se atualiza, inova, e para quem está assistindo televisão no horário
nobre está vendo uma campanha monstruosa da Fiat, do Fiat Híbrido, mas é um
híbrido de araque, é um híbrido fake, que economiza no máximo 5% do
combustível, mas que vai ter acesso aos benefícios.
O deputado
Barba, que conhece bem a indústria do setor, o motorzinho que eles colocam
embaixo do banco custa 200 dólares, mil e poucos reais. E por colocar esse
motorzinho, eles têm um benefício de IPI de 3 por cento.
O carro vale
150 mil. Então, eles colocam um motorzinho de 1.200, economizam 4.500, e vendem
o carro mais caro ainda. São dois mil reais mais caro do que o modelo sem ser
híbrido. Então, é uma farsa, é uma fraude, é um híbrido fake.
E por que eu
falo isso? Porque esse carro pode ser beneficiado por essa lei que nós estamos
fazendo aqui, e essa lei exclui o carro que polui menos, ou melhor, que não
polui, que é o puramente elétrico. É inconcebível quando você fala no início da
sua justificativa como instrumento voltado para preservar o meio ambiente, e a
tecnologia menos poluidora você elimina.
Nada contra o
híbrido com etanol, até porque os carros híbridos, e esses da Fiat também, eles
são carros flex. Carro flex, todo mundo sabe, usa etanol ou gasolina. Mas
pesquisas de mercado de como se utilizam esses carros flex mostram que 70% das
pessoas usam gasolina ao invés de etanol.
Então, na
verdade, a gente está dando um incentivo para o carro a gasolina, para a velha
indústria poluidora. E isso a gente não pode aceitar.
O outro
discurso do governo é que é fomentar o emprego no estado de São Paulo, porque a
gente sabe que a Toyota se movimentou muito por essa lei. Isso é público,
frequentou gabinetes aqui, ligou para deputados, assim como o setor do
agronegócio sucroalcooleiro.
Faz parte,
entendo. Entendo, mas isso devia ser mais claro. Eu até me perdi aqui no
raciocínio. Mas excluir o carro elétrico não tem o menor sentido. Então, a
gente quer, primeiro, colocar o carro elétrico e evitar que o híbrido fake seja
beneficiado, até porque o híbrido fake vai tomar conta da indústria.
Todas as
montadoras vão colocar esse motorzinho que não vale nada, que não economiza
nada, mas que dão a condição de desconto no IPI e, possivelmente, desconto no
IPVA, se a gente aprovar a lei do jeito que está.
Então,
nesse sentido, a gente queria que o governo fizesse uma reflexão, a base do
governo fizesse uma reflexão, não votasse esse projeto hoje. Acho que eu, do
jeito que ele está hoje, ele não interessa nem para o governo, porque vai
perder uma arrecadação muito maior do que ele estima, porque esses
micro-híbridos ou híbridos fake vão tomar conta do mercado, porque é da lógica,
é colocar um motorzinho embaixo do banco, que vale 200 dólares e, com isso,
eles ganham quatro mil, cinco mil reais.
Então, a gente
quer fazer um apelo aqui para que a gente possa ter mais tempo para discutir,
que a gente não aprove a toque de caixa. É o meu último apelo aqui para que a
gente possa aprofundar esse debate e fazer uma lei que, de fato, preserve o
meio ambiente, que garanta o emprego. E o emprego agora, se a Corolla queria o
emprego aqui para a fábrica dela de Sorocaba, que é justo, vai para Minas
Gerais, porque a Fiat é em Minas Gerais, não é em São Paulo.
A Fiat não
produz aqui, mas ela vai ser beneficiada por essa lei, se ela passar do jeito
que está, e é por isso que a gente faz um apelo ao presidente, à base do
governo, um último apelo para que não seja votado, e a gente possa continuar
discutindo com o governo e ter um projeto melhor que esse para o estado de São
Paulo, e que seja exemplo do ponto de vista ambiental, social, inclusive de
diálogo com o mundo do trabalho, o que é necessário ter.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Márcia Lia.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Para indicar o
deputado Barba, pela Minoria, para encaminhar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência.
Com a palavra o deputado Teonilio
Barba, para encaminhar pela Minoria.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Dr. Jorge do Carmo.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Enquanto o deputado
Barba se dirige à tribuna, uma comunicação?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Tem dois minutos V. Exa., deputado.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente. Boa tarde, Sras. Deputadas e
Srs. Deputados. Sr. Presidente, deputados e deputadas fizemos aqui uma grande
batalha contra a privatização da Sabesp. Inclusive, houve até...
A polícia,
penso, que se excedeu aí, porque não havia necessidade de acontecer o que
aconteceu. Mas, infelizmente, foi aprovada aqui a privatização da Sabesp por
mais de 60 votos. Mais de 60, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, colocaram suas
digitais para entregar o patrimônio público para a iniciativa privada.
Pois bem, Sr.
Presidente, e nós, bancada do Partido dos Trabalhadores, Federação PT/PCdoB/PV
e outros deputados de esquerda votamos contrariamente. Hoje saiu uma matéria na
“Folha de S.Paulo”, veja bem o título da matéria, Sr. Presidente, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados: “Sabesp não vai mais fazer política pública, isso é
papel do estado”, afirma o Presidente Carlos Piani. O que quer dizer isso, né?
Todo o esforço, e nós já sabíamos disso.
Na verdade,
para nós, deputados da esquerda, do PT e dos demais partidos de esquerda aqui,
nós já sabíamos disso. No entanto, vejam bem, senhores, hospitais, museus,
órgãos que precisam do desconto de contratos, que previam descontos para tocar
aí a questão da saúde, por exemplo, foram rompidos pela atual administração da
Sabesp.
Ou seja, os
benefícios que a Sabesp promovia, ela simplesmente cortou, porque, como bem
disse o presidente, a Sabesp não é mais controlada pelo estado. “Quem tem que
fazer essa política pública é o estado”, acrescenta.
Por isso, as
políticas sociais, as tarifas sociais, serão as próximas a serem cortadas,
porque nós já sabemos disso. A Sabesp foi vendida para o interesse do capital,
contrariamente aos interesses da população paulista, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a
palavra o deputado Teonilio Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, André do Prado, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, público presente, telespectador da TV Alesp, funcionários desta
Casa, hoje já recebi ligação de pessoas que trabalharam na Volkswagen comigo,
na década de 80, de pessoas com quem eu tive relação na Toyota, nesse projeto
aqui da isenção do IPVA, de um rapaz que hoje está na Copersucar, não é.
Ele ligou para
falar em nome da Copersucar - que eu respeito muito, porque é de uma relação de
negociação sindical que a gente tinha -, tudo pedindo para que a nossa Bancada
do PT fosse a favor desse projeto.
Quando o
deputado Donato fala aqui dos 3% na redução do IPI em função do motor, esse debate
tem origem, deputado Donato. Ele nasce dentro do programa “Brasil Maior”, da
presidenta Dilma; tinha um programa chamado “Inovar Autos”. Eu ajudei a
formular esse programa lá em 2011, que era a gente tornar o Brasil um país
fabricante de veículos automotores. Hoje o Brasil não é um país fabricante, o
Brasil é um país montador, porque toda a tecnologia é desenvolvida nas
matrizes, sejam elas europeias, americanas, coreanas, japonesas, chinesas. É
desenvolvido tudo lá.
Para vocês
terem uma ideia, quando dá uma batida de um caminhão, por exemplo, e tem que
abrir a caixa preta do caminhão, não é aberta no Brasil. Ela é aberta na
matriz, para identificar e investigar todos os problemas, deputado Conte Lopes,
que tem dentro do veículo, porque todo produto é desenvolvido lá fora. O que a
gente desenvolve aqui ainda é carroçaria, que é a coisa mais simples, mas
motor, câmbio, câmbio automático, é tudo desenvolvido lá fora.
O carro
híbrido, flex, hoje ele tem algo em torno de 6.600 itens. O carro elétrico, que
nós estamos defendendo aqui, tem em torno de 600 itens. Ele pode realmente
desadensar a cadeia automotiva, mas vai acontecer isso no mundo inteiro, as
empresas e os governantes vão ter que achar resposta para isso.
Mas ele é hoje,
realmente, menos poluidor do que os outros carros. É verdade que nós, aqui no
Brasil, temos uma geração de combustível, o hidrogênio verde, o biometano, o
biodiesel, o etanol, que são todas energias muito mais limpas do que a gasolina
e o diesel. Então esse programa é importante.
Lá no programa
“Inova-Auto”, do “Brasil Maior”, do governo da presidenta Dilma, nós prevíamos
uma redução de IPI para empresas que fizessem adesão ao programa, sejam
empresas que estavam instaladas no Brasil, ou empresas que só importavam, mas
que quisessem instalar as plantas no Brasil.
Tinha um
período, a partir do momento em que ela fazia adesão ao programa, quem só
importava através da Abeiva, depois que ela anunciasse que faria adesão ao
programa, tinha dois anos para instalar a fábrica.
E tudo aquilo
que ela pagou de imposto a mais, além da taxa normal, porque era 50% a taxa
cobrada, o imposto era 25%, os outros 25% viravam crédito para a hora em que a
empresa começasse a fazer o primeiro produto ser devolvido para a empresa,
assim como foi a Lei Kandir lá atrás.
Muito bem, e lá
nós previmos que empresas que fizessem investimento em laboratório, pesquisas,
inovação tecnológica, cada investimento em modal de ferramentaria - que aí você
torna uma empresa fabricante de veículos, começa a desenvolver a própria
tecnologia no Brasil -, cada empresa dessa ia acrescendo 0,5%, 1%, chegava até
2,5% de isenção do IPI, que é o imposto industrial, que é o imposto nacional.
Isso para que era? Para transformar as empresas brasileiras, que são apenas
montadoras de carro, em fabricantes de veículos.
Então o debate
que nós estamos trazendo aqui são dois debates. Não é só o debate da questão
ambiental, mas é a questão do debate também que, se é para incluir isenção, nós
temos que incluir isenção em toda a cadeia, já para favorecer os carros movidos
a etanol.
Aí o
governador, inclusive, tem que fazer campanha para que as pessoas passem a usar
o etanol, usar o carro híbrido, mas usar principalmente o etanol. Esse desconto
tem que ser dado para todos os carros que forem flex, ou então para todos os
carros que forem só a álcool e o carro híbrido.
Então,
exatamente para prever e combater essa coisa das pesquisas do mercado, em que
70% abastece com gasolina, e a economia gerada pelo motorzinho de caixa de
sapato - mas de sapato infantil, não é de sapato adulto, não é sapato 44, é
sapato 36, sapato 34 -, esse motorzinho que gera só 5% de economia, já que ele
vai ser beneficiado por isso, as pessoas passem a usar realmente o carro
híbrido a álcool, porque é uma energia muito mais limpa.
Eu estou
botando esse conjunto de informação para dizer o seguinte, que nós temos que
olhar os carros que custam 60 mil reais e que são flex, tem carro de 50 mil
reais, seminovo e que é flex. Mas, mais uma vez, o amigo de vocês, Tarcísio de
Freitas, assim como o João Doria lá atrás, só gosta de dar dinheiro para os
empresários.
Veja bem,
porque quem vai a uma concessionária e compra um carro de 250 mil reais não
está preocupado com os dez mil reais de PVA. Lógico que ele vai gostar da
isenção de dez mil reais, quem é que não gosta de dinheiro?
Nunca vi o
deputado Conte Lopes no programa do Silvio Santos, mas se o Silvio Santos
falasse “ô Conte, vem aqui que eu vou te dar uma grana” você iria. Todo mundo
gosta de dinheiro. Mas é isso que nós estamos vivendo, nós estamos tratando de
dar dinheiro para os ricos.
Eu deixei claro
para todos os empresários com quem eu conversei hoje, e foram três, que a nossa
bancada ia continuar obstruindo. Qual o problema aqui? Não é a obstrução da
nossa bancada.
O problema
aqui... Eu acho que o Tarcísio não está pagando as emendas da bancada aliada.
Porque, gente, é maioria dentro de 48 votos. Vocês botaram 43 votos na semana
passada. E eu dizia para vocês aqui no outro ponto, o seguinte: ainda bem que
não deu quórum, porque vocês, deputados, nós, deputados vamos ser cobrados por
isso lá fora, deputado Felipe Neto.
Não precisa
cobrar. Nós vamos ser cobrados: “escuta, por que vocês votam para ter isenção
de dez mil reais num carro flex zero, e eu, com meu carro usado, não posso ter
o desconto desse mesmo IPVA?”. É essa a cobrança que vai ser feita a cada
deputado e a cada deputada.
Eu discuti um
projeto parecido com esse - o Conte Lopes estava aqui, o Barros Munhoz estava
aqui, o deputado Altair Moraes estava aqui -, que foi o projeto do
IncentivAuto.
Vários
deputados, 59 deputados da legislatura passada estavam aqui quando discuti esse
projeto, que era o projeto apresentado pelo João Doria que não dizia nada; era
só um decreto de 1971. E eu peguei e mudei o projeto, dentro do programa
InovarAuto; fui às montadoras, negociei com as montadoras, conseguimos
apresentar uma emenda aglutinativa de 63 assinaturas.
E aqui
aprovamos o projeto. E o João Doria vetou o projeto - deputado Altair Moraes,
você que foi um grande apoiador dele -, exatamente na parte que era o coração
do projeto, que era a parte de inovação, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento,
modal de ferramentaria, o que não implicava nenhum custo para o governo
estadual.
Como ele não
entendia de indústria, ele vetou uma coisa que ele não conhecia. Eu conheço,
porque eu trabalhei na indústria automotiva por 30 anos - cinco de Volks, 25 na
Ford. Então acompanhei a evolução e a reestruturação produtiva das indústrias
montadoras do ABC.
Então o que nós
estamos pedindo agora, e nós apresentamos aqui... Ô governador, apresenta,
igual Minas Gerais apresentou, uma lei que valha para os carros produzidos em
São Paulo. Nem isso ele tem coragem de fazer, com medo de alguma questão
jurídica.
Minas Gerais
aprovou em 2022, passou 23, passou 24, e não foi judicializado. E está valendo
para o estado de Minas Gerais. Mas novamente o governador Tarcísio não está
preocupado com o povo, está preocupado em mandar dinheiro para as... Tarcísio,
se você pagar as emendas da sua base aliada, com certeza você bota 48 votos
aqui hoje.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente, para
encaminhar pela bancada do Partido Liberal - PL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Tem a palavra.
Deputado Carlos Cezar, antes de V. Exa.
começar o encaminhamento, gostaria de dar as boas-vindas ao nosso prefeito de
Três Fronteiras, o Bim Belão, trazido aqui pelo nosso deputado Carlão
Pignatari.
Também aos vereadores da cidade de Três
Fronteiras, Luciana Aparecida, Silvana Lemos, Evandro Cardoso, Tiago Rodrigues,
Salvador Baiano, Washington Azevedo, e ao secretário de Turismo, Evandro Marim.
Sejam todos bem-vindos. A cidade de Três Fronteiras...
Esta Casa estará sempre de braços
abertos para recebê-los.
Parabéns e obrigado pela presença.
(Palmas.)
Com a palavra, o deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, Sras. Deputadas e
Srs. Deputados, eu quero aqui lembrar que nós estamos fazendo o encaminhamento.
E desde já deixar bem claro que eu encaminho o voto favorável a esse projeto,
não só da bancada do PL, mas de todos aqueles que querem o desenvolvimento do
estado de São Paulo.
Parabenizando,
já, o governador Tarcísio. Aliás, nós estamos falando aqui de um projeto que
trata de redução de imposto, de redução de IPVA de veículos automotores, de
veículos que sejam produzidos aqui no nosso estado.
O governador
Tarcísio, com isso, está fomentando o estado, fomentando o desenvolvimento,
ajudando uma região importante do estado de São
Paulo. Vamos lembrar
que a montadora Toyota, que muitas pessoas vêm aqui querendo recriminar, é uma
das montadoras mais respeitadas do mundo. Está aqui no País já há mais de 60
anos, no Brasil. E nos enche de orgulho, sobretudo a cidade de Sorocaba.
Porque agora
nós tivemos há pouco o lançamento da pedra fundamental. É um investimento de
mais de 11 bilhões de reais. Essa montadora vai gerar mais de 2 mil empregos
diretos, mais de 10 mil empregos indiretos. Muda porque é emprego de qualidade,
é injeção na veia. É emprego que traz trabalhadores de qualidade, pessoas que
estão dispostas a crescer na vida, trazer desenvolvimento, e fomentando aquilo
que é produzido no Estado.
Então esse projeto que nós estamos discutindo,
trata justamente do incentivo, de estarmos dando redução do imposto, conceder a
isenção do IPVA à propriedade de ônibus ou caminhões movidos exclusivamente a
hidrogênio ou gás natural, inclusive o biometano. Sendo que essa isenção vai
vigorar para os exercícios dos próximos anos, até 2028.
Os veículos
automotores a que se refere o inciso 3 da referida lei são exclusivamente
veículos movido a hidrogênio, ou híbridos, com motor elétrico, ou com motor a
combustão que utilize, alternativamente ou exclusivamente, etanol.
Ou seja, vamos
lembrar que o nosso estado é o estado mais produtor de cana de açúcar, que é
produzida aqui. O etanol, que nós temos muito orgulho de produzir, de ser um
estado pujante, um estado que fomenta o desenvolvimento.
O governador
está buscando alternativas inovadoras, alternativas de redução. Eu fico feliz
de ver aqui o próximo prefeito da cidade de Piracicaba, que é uma das cidades
mais produtoras, que dá muito orgulho no agronegócio.
Então é um
projeto que, ao mesmo tempo que incentiva o agronegócio, incentiva também a
indústria automobilística, que gera emprego aqui no nosso Estado. Indústria que
está gerando impostos para o nosso estado.
Não dá para se
falar que vamos fazer isenção com veículos que vão ser produzidos e gerados em
outros estados. É ótimo que outros estados deem os seus incentivos. Mas aqui,
mais uma vez, o governador acerta nessa proposta. Eu quero crer que nós vamos
aprová-la com louvor. Isso vai contribuir para que a gente continue a ter muito
orgulho daquilo que é produzido no nosso Estado.
Este Estado,
que é o maior estado da Federação, responsável por mais de 40% do produto
interno bruto, de tudo o que é produzido no País. A maior riqueza do País está
sendo produzida aqui, nós somos a locomotiva deste País. Se o PIB do País tem
crescido, é por conta daquilo que São Paulo tem produzido, por conta daquilo
que São Paulo
tem feito.
Então eu não
tenho dúvida que nós vamos aprovar este projeto no dia de hoje. Vamos ter os
votos necessários, e vamos fazer com que o estado continue caminhando cada vez
mais longe.
É isso, Sr. Presidente.
Encaminho voto
favorável.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
requerimento de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao requerimento, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento. Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Solicito verificação
de votação nominal.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Faremos então a verificação de votação. Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo
sistema eletrônico.
A partir desse momento, estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e
Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação
que se realizará.
* * *
- Verificação de votação pelo sistema
eletrônico.
* * *
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSOL REDE em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada. Ediane Maria. PSOL REDE em
obstrução.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a
Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo. Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o Partido
Liberal, PL, em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado
Carlos Cezar. Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSD em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Correa Jr. PSD em obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a
Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, nobre deputado Barros Munhoz. Federação
PSDB Cidadania em obstrução.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Altair Moraes. Depois o deputado
Caio França.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pode ser para
ele, pode ser, meu amigo.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O deputado
Caio França foi o primeiro.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Os mais velhos
primeiro, presidente.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Os mais feios
primeiro, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Mais feio,
então o deputado Altair é o mais velho, e concedeu a palavra ao deputado mais
jovem, deputado Caio França.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Colocar o PSB em
obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- PSB em obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Presidente,
colocar o Republicanos em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL –
Republicanos em
obstrução, a pedido do deputado Altair Moraes.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Questão de ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, uma
sugestão ao senhor, que preza sempre pela transparência. Acho que a
gente poderia ter o tempo que se dá para que os deputados se manifestem ou
votem pelo painel e tal, que pudesse ser público. Talvez a gente pudesse ter um
cronômetro para acompanhar o tempo regimental.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Vamos
implantar esse cronômetro. Mas, atendendo o pedido de V. Exa., já que
transcorreram os quatro minutos, o sistema eletrônico então vai ficar aberto
agora para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim”, “não”, ou
registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.
Por favor, o
microfone do deputado aqui. Por favor, o microfone do deputado Eduardo Nóbrega.
O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Obrigado. Sr. Presidente, para colocar o Podemos em
obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Podemos em
obstrução. Pedido do deputado Dr. Eduardo Nóbrega.
O sistema
eletrônico agora não está computando mais votos. Passaremos agora para os
microfones de aparte para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados não
conseguirem fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, possam, assim, fazer
pelos microfones de aparte.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - Pela ordem,
presidente. Colocar o Partido União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O Partido
União Brasil em obstrução. A pedido do deputado Rafael Saraiva.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Lucas Bove.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Qualquer projeto que
reduz imposto tem o meu apoio, “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado
Lucas Bove vota “sim”.
A SRA. MARINA HELOU - REDE - Pela ordem,
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Marina Helou.
A SRA. MARINA HELOU - REDE - Esse projeto é um
retrocesso antiliberal, dá isenção para a gente rica e incentiva a
gasolina. Eu voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada
Marina Helou vota “não”.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Beth Sahão.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Apesar do meu partido
hoje ter uma posição, minha posição hoje vai destoar do meu
querido Partido dos Trabalhadores e em nome da economia da minha região eu
vou votar “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada Beth
Sahão vota “sim”.
Como vota o deputado Teonilio Barba?
O SR. TEONILIO BARBA - PT - Contra
a redução de imposto para os ricos, eu voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Teonilio Barba vota “não”.
* * *
- Verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Consulto o
plenário. Mais alguma das Sras. Deputadas e Srs. Deputados gostaria de
realizar o seu voto? Não havendo mais deputados interessados em realizar o
seu voto, passaremos agora a alteração de voto. Consulto o plenário, se
algum dos Srs. e Sras. Deputados gostaria de alterar seu voto.
Não havendo
deputado interessado em alterar o seu voto, passaremos à proclamação do
resultado. Votaram “sim”, 54 deputados, votaram “não”, 13 deputados, mais este
presidente, totalizando 68 votos, quórum que aprova o método de votação.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr.
Presidente, uma questão de ordem, por gentileza.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de
ordem do deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO
DE ORDEM - Sr. Presidente, nós aprovamos agora o método de votação do projeto
do IPVA?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Sim.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Neste momento,
nós passaremos então a encaminhar e fazer a votação do projeto propriamente
dito?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim, vamos
passar agora. Vou dar o comando da votação da emenda aglutinativa substitutiva.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Ok. Obrigado,
presidente. Só para pedir para os deputados que permaneçam em plenário porque
agora vamos votar o projeto. Obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Item 1. Em
votação a emenda aglutinativa substitutiva.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Para destoar do líder
do Governo, vou indicar o deputado Antonio Donato para encaminhar a emenda
aglutinativa em nome da federação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Com a palavra o deputado Donato para encaminhar a
emenda aglutinativa pela Federação PT/PCdoB/PV.
O
SR. DONATO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
todos que nos acompanham nas galerias e pela Rede Alesp, aproveitar que o
plenário está mais povoado, vou repetir alguns dos argumentos que eu já fiz
aqui na discussão do método de votação, mas que eu pude discutir o conteúdo do
projeto.
O projeto,
claramente, é um projeto de retrocesso ambiental. Como eu expliquei no início,
existe lei na cidade de São Paulo, de minha autoria desde 2014, lei em vários
estados, que estimula, com a isenção de IPVA, carros elétricos e híbridos.
Aqui nesta
Casa, aprovei neste plenário, por unanimidade, que a cota-parte de ICMS do
estado, porque o município tem 2% e o Estado fica com 2%, também pudesse seguir
a mesma premissa de isentar carros elétricos e híbridos, com uma preocupação
ambiental.
Fundamentalmente,
em todos os fóruns se discutem no mundo a descarbonização necessária da
indústria automobilística. E uma das formas de estimular isso é baratear o
custo dessas novas tecnologias, que são mais caras do que as antigas, porque
elas são novas. Elas têm mais tecnologia e, portanto, são mais caras enquanto
elas não se massificam.
Portanto, os
incentivos têm que ser finitos no tempo, até que eles cumpram o seu objetivo de
baratear essa tecnologia, mas com o objetivo fundamental de preservar o meio
ambiente.
Não existe
tecnologia mais limpa do que a do carro elétrico, o 100% elétrico, e é
justamente esse carro que está excluído desse projeto. Nada contra dar isenção
para o híbrido, desde que ele não seja essa farsa do microhíbrido da Fiat, que
recentemente lançou um microhíbrido que não resolve quase nada, que tem um
motorzinho vagabundo elétrico, que é uma fraude, mas uma fraude com o objetivo
de ser isento do IPI de 3% e também, agora, de se encaixar na isenção do IPVA.
Essa fraude a
gente não pode aceitar, porque vai ter impacto, inclusive, na receita do
estado, porque em breve todas as montadoras serão veículos híbridos. Dessa
forma, o híbrido fake, o híbrido de araque, o híbrido que não economiza nada,
mas que vem com o rótulo de híbrido e vem com desconto do IPI e um desconto do
IPVA. Então não tem o menor sentido aprovar um projeto que abre as portas para
esse híbrido.
Falando também
sobre o etanol, sobre a indústria sucroalcooleira. Não sei se vocês sabem, mas
27% da energia elétrica de São Paulo vem de usinas de biomassa, de bagaço de
cana, 27% da energia elétrica.
Portanto, você
estimular o uso de energia elétrica não quebra o agronegócio, nem a indústria
sucroalcooleira. Na verdade, até permite que eles tenham uma destinação, porque
hoje o estado de São Paulo tem superávit de produção de energia elétrica.
Tem problemas
de distribuição, mas, na conta final, você tem superávit de produção de energia
elétrica. E vai ter cada vez mais, na medida em que a energia fotovoltaica está
aí nos telhados das casas, se ligando como energia, geração distribuída.
Portanto, cada vez mais você vai ter energia elétrica.
Então, não tem
sentido a gente penalizar uma tecnologia não poluente excluindo-a. Não queremos
que se excluam as outras e que se beneficie apenas o carro elétrico.
Muito pelo
contrário: beneficie o híbrido de verdade, o híbrido plug-in, aquele que você
coloca na tomada, mas que também pode ter a gasolina ou o etanol, ou o próprio
híbrido do Corolla, que é flex, mas também com energia cinética, alimenta as
baterias e, portanto, tem 25% de economia. Agora, esse híbrido de araque, vamos
beneficiar com essa lei.
Então, a gente
faz um apelo aqui para a gente poder ter essa oportunidade de debate. Não quero
pedir para ninguém votar contra, mas simplesmente para a gente adiar essa
votação para discutir com o governo com bases técnicas, objetivas, inclusive do
ponto de vista da arrecadação do estado, porque esse híbrido fake, esse híbrido
fraude, ele surgiu este mês. Surgiu agora.
Quando foi
feito o projeto de lei, que no ano passado não conseguiu ser votado, ele ainda
não existia. Já existiam ensaios de baterias pequenas. Como disse o deputado
Barba, não é nem uma caixa de sapato, a bateria; é uma caixa de sapato
infantil. Não gera nem um cavalo a mais de potência, ele não serve para nada,
serve só para isentar de imposto com uma tecnologia fake, fraudulenta. Isso a
gente não pode aceitar.
Então, queria
fazer um apelo aqui a todos os Srs. Deputados e Sras. Deputadas, que a gente
pudesse ter um momento de reflexão, o líder do Governo, o presidente da Casa, e
a gente pudesse suspender esse projeto, não votá-lo, para permitir que esse
debate se aprofundasse. Podem escrever: essa lei vai ter que ser reescrita em
breve, porque ela é malfeita. É malfeita e vai ter impacto negativo.
Então, eu
queria dizer o seguinte: a gente não está aqui contra gerar emprego no estado.
Muito pelo contrário: a Toyota tem a planta em Sorocaba. Ótimo, mas essa lei
não beneficia só a Toyota.
Bom, a BYD, que
está na Bahia e o governador reclama que está na Bahia, e parece que aí é o
problema com os elétricos, ela já tem o híbrido com etanol. Acabou de lançar na
semana passada. Ela vai ser beneficiada por essa lei.
A Fiat é em
Minas Gerais. Vai ser beneficiada por essa lei. Então, não se trata de proteger
emprego no estado de São Paulo. Até acho que, se esse fosse o foco do debate, a
gente poderia fazê-lo em outros termos. Mas não é o foco do debate.
Eu vou ler aqui
a justificativa. Quando o governador vetou a minha lei, o último parágrafo do
veto dizia o seguinte: “Embora essas circunstâncias conduzam ao veto
governamental, a propositura acabou por impulsionar o Governo do Estado a
submeter a este Parlamento, nesta data, projeto de lei que prevê a concessão de
isenção de IPVA como instrumento voltado para, concomitantemente: preservar o
Meio Ambiente...” Ora, a tecnologia que
mais preserva o Meio Ambiente é do carro elétrico 100 por cento. Então, ele já
está renegando aqui.
“Proteger a
saúde da população.” Ora, os carros flex, todo mundo sabe, a maioria é
abastecida com gasolina. As pesquisas dizem que 70% dos motoristas abastecem
carros flex com gasolina. Não tem carro só etanol. A gente tem carro flex,
etanol e gasolina.
Portanto, não
tem nenhum controle. O benefício vai continuar sendo para a tecnologia que tem
que ser superada, que gera CO2, que precisa passar por um amplo processo de
descarbonização, que é da tecnologia antiga, velha.
A indústria
velha que não se preparou para estes novos tempos, resiste, faz lobby, se
movimenta. Mas infelizmente ou felizmente - felizmente, eu acho -, felizmente a
roda da história segue.
O carro
elétrico vai se impor com IPVA ou sem IPVA, porque é uma tecnologia muito mais
atraente, muito mais econômica, mais silenciosa. Em breve será mais barata,
porque é só o caso de massificar a produção, mas, enquanto ela não é mais
barata, ela precisa de algum incentivo. É esse o conteúdo do projeto. Precisa
ter esse incentivo que o Governo está negando.
Ele está
falando o seguinte: “nós temos uma fábrica de vela, mas gera emprego aqui no
estado com a fábrica de vela. Nós não queremos a energia elétrica. Ah, mas
podemos fazer uma fábrica de lamparina, porque a gente usa o pavio da vela, usa
ali um azeitezinho, um óleo”. É isso que está sendo feito nesse projeto,
achando que vai barrar a evolução tecnológica jogando no atraso.
O atraso vai
cobrar seu preço, inclusive no emprego, porque, se a gente tem indústrias de
carro elétrico, a gente fomenta o carro elétrico. O Brasil tem um mercado
consumidor enorme que já adotou o carro elétrico e que gosta do carro elétrico,
talvez nem por questões ambientais, mas por questões de conforto, de silêncio,
de economia. Essa tecnologia vai se impor, mas talvez a gente não esteja com a
indústria preparada do jeito que devia, por conta dessa visão obtusa do
governador do estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Donato.
Em votação a emenda aglutinativa
substitutiva. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Solicito verificação de votação
nominal.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Vamos nos ater aos quatro minutos aqui.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos
proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste
momento, estão fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem
conhecimento da votação que se realizará. São 17 horas, 47 minutos e 20
segundos.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para
colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para
colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a bancada do PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a bancada do Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido Liberal
em obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Sr. Presidente,
conquanto tenha me dedicado mais à desobstrução, via de regra, eu solicito a
obstrução em nome da Federação PSDB Cidadania.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de V. Exa., deputado Barros Munhoz. Então PSDB Cidadania em obstrução.
O SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Sr. Presidente, pela ordem.
Para colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A pedido do
deputado Ricardo França, Podemos em obstrução.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL REDE em
obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em
obstrução.
Tendo
transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico, então agora, ficará
aberto para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim” e “não” ou
registrem “abstenção” nos terminais postos em suas mesas.
Não havendo mais deputados interessados
em fazer a votação pelo sistema eletrônico, abriremos então os microfones de
aparte, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados possam assim fazer o seu
voto.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Como vota o deputado Carlos Cezar?
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente, com
muita alegria eu voto “sim”, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Carlos
Cezar vota “sim”. Como vota, deputado Lucas Bove?
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Sempre pela redução
de impostos, presidente, “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Lucas
Bove vota “sim”. Como vota, deputado Altair Moraes?
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - “Sim”, pela
redução de imposto, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Altair
Moraes vota “sim”. Pergunto se mais alguns das Sras. Deputadas e Srs. Deputados
gostaria de consignar o seu voto? Pergunto mais uma vez se alguns das Sras.
Deputadas e Srs. Deputados gostaria de realizar o seu voto pelos microfones de
aparte?
* * *
- Verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputados interessados em realizar o seu voto pelos microfones de aparte,
pergunto ao plenário, às Sras. Deputadas e Srs. Deputados se gostariam de
alterar os seus votos? (Pausa.) Não havendo, também, deputados interessados em
alterar os seus votos, passaremos à proclamação do resultado.
Votaram “sim” 53 deputados, “não” dez
deputados, uma “abstenção” e mais o voto do presidente, totalizando 65 votos,
quórum suficiente para a aprovação da emenda aglutinativa substitutiva, ficando
prejudicado o projeto e as emendas.
Antes de chamar o item nº 2, convocar
as Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea
“d”, combinado com o Art. 45, § 5°, ambos do Regimento Interno, para uma
reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a
realizar-se hoje, cinco minutos após o encerramento da presente sessão, no
Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de oferecer a redação final ao
Projeto de lei nº 1.510, de 2023, de autoria do Sr. Governador.
Em votação o item nº 2 - Projeto de lei
nº 1.632, de 2023, de autoria do Sr. Governador, com requerimento de método de
votação apresentado pelo líder de Governo. Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, para
encaminhar o deputado Teonilio Barba para encaminhar o método.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Deputado Teonilio Barba fará o encaminhamento do
método de votação ao item nº 2.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, como é
bom ver esta Casa com alto quórum e eu particularmente fico muito feliz por
isso, acho que devia ser assim todos os dias que a gente discutisse aqui os
projetos desta Casa, principalmente projetos dos deputados.
Mas vi, durante
a votação do Projeto nº 1.510, alguns deputados dizendo que “fica muito feliz
quando vota”, deputada Bebel, é a favor de redução de imposto, só que eles não
falam que estão votando para a redução de impostos só para os ricos.
E
não falaram como é que vão fazer a compensação durante quatro anos dos 2%, que
uma parte vai para a educação e outra parte vai para as prefeituras. Não
falaram dos 5% que já tiraram da educação duas semanas atrás.
Então eles
gostam realmente de cada vez mais dar bônus para os abastados. Já vi isso
acontecer aqui. Já vi 39 que não retornaram aqui. Já vi bancada aqui quase
reduzida ao pó nesta Casa. E nós vamos ver novamente isso acontecer em 2026,
porque o povo acaba descobrindo.
Mas, enfim,
isso é porque o governador não está pagando as emendas. Por isso não tinha
quórum na semana passada, não é? Vamos ver se estará pagando esta semana,
porque o quórum realmente está alto.
Mas eu vim aqui
primeiro para também dizer à nossa bancada e a toda oposição aqui que está
chegando o final de dezembro, e nós vamos nos livrar neste País, líder Paulo
Fiorilo, de um sabotador da economia brasileira chamado Roberto Campos Neto.
Aliás, todo mundo aqui defendeu a independência e autonomia do Banco Central.
Ele praticou autonomia do Banco Central, independência, durante o governo
Bolsonaro.
Deputado Tomé
Abduch, você que homenageou ele aqui, tem o direito de fazer, porque é deputado
eleito pelo voto popular, e cabe a você escolher, homenagear quem você quiser.
Mas, durante o governo Bolsonaro, quando o dólar subia, ele fazia intervenção
no mercado.
Foram 132
intervenções no mercado que ele fez durante o governo Bolsonaro quando o dólar
subia. No governo Lula, ele tem independência e autonomia. Olhem a
independência e autonomia dele. Ele fez uma intervenção até agora. Uma
intervenção.
O país tem 370
bilhões de dólares de reserva. E os dólares de reserva são exatamente para o
presidente do Banco Central, se ele tem autonomia, se tem independência, são
exatamente para atuar na hora que o dólar está subindo. Ele vai lá no mercado e
compra títulos e bota dólar no mercado que é para equilibrar, manter o preço do
dólar baixo.
Então esse cara
nunca teve independência. Ele é um bolsonarista e não tem problema de ser
bolsonarista. Qual o problema que tem? Para mim, nenhum. Só que ele não cumpriu
a função dele. Cometeu um crime popular contra a economia brasileira, contra o
governo do presidente Lula, contra quem ganhou legitimamente as eleições na
urna.
Então esse é o
cara de que agora, em outubro, vamos nos livrar. Eu não sou formado em
economia, mas estudei economia e conheço um pouco desse debate da política
ortodoxa de como funcionar no mercado. O Banco Central... Na hora que a
inflação começa a aumentar, o Banco Central ir lá e aumentar a taxa de juros.
Não sou a favor dela. O problema do Brasil não vai se resolver com isso, vai se
resolver com outra coisa.
Aqui neste
Plenário tem deputados que são empresários. Nada contra deputado que é
empresário. Tomé Abduch é um empresário da construção civil, se não me engano,
e ele sabe que só vai resolver o problema de aumento de preços quando aumentar
a produtividade.
Produção e
produtividade, que aí você atende a demanda. Enquanto você não aumentar, não
quebrar os gargalhos da produtividade, a única alternativa que resta é ficar lá
aumentando a taxa de juros para beneficiar os rentistas.
Aliás, pesquisa
da Genial/Quaest, terça-feira da semana passada, 90% dos entrevistados, de 105
investidores rentistas do mercado financeiro, não apoiam o presidente Lula; 41%
apoia o Haddad; 25% acha o Haddad regular e 24% contrário. Por quê? Porque são
rentistas.
E nós temos
três tipos de economistas: nós temos economista ligado ao setor financeiro, que
é ligado a Roberto Campos, que só quer aumento da taxa de juros para poder
garantir a renda lá, não precisa gerar nenhum emprego; nós temos economista que
trabalha no setor privado, nas indústrias, e esse não vai defender que a taxa
de juros tem que ser cada vez mais baixa, porque o empréstimo fica mais barato
para ser tomado.
E temos
economista tipo Marcelo Nery, que é um cara que mistura a questão social com a
questão da produção, que esse defende que a política de distribuição de renda é
através do salário mínimo, e você pode ter políticas compensatórias, como o
Bolsa Família.
Mas está
chegando ao fim a carreira do sabotador da economia brasileira, e fiz questão
de registrar isso, que ele cometeu um crime popular contra a nossa economia e,
principalmente, durante esses quase dois anos de mandato do presidente Lula.
Portanto, toda
a minha solidariedade ao presidente Lula e toda a minha solidariedade ao nosso
ministro da Fazenda, que é um dos melhores que já passou nessa pasta nos
últimos 30, 40 anos, desse País.
Por último,
presidente, a questão do equestre, passaporte dos animais. Eu quero ver se os
criadores dos animais daqui vão votar a favor disso aqui. Porque a GTA, que é a
Guia de Transporte Animal, que é recomendada e aprovada pelo Conselho de
Veterinários do Estado de São Paulo, e se duvidar até do Brasil, que você
prepara o animal para qualquer transporte que ele vai fazer e acompanha toda a
vida do animal, se ele é vacinado, como é que ele é vacinado, como é que ele está
sendo cuidado, se ele está sendo bem higienizado.
Eu estava
lembrando agora há pouco com a deputada Beth, em 2017 o deputado Rodrigo Moraes
estava aqui. Nós tínhamos aqui o pastor Feliciano, o deputado Feliciano Filho,
que apresentou um projeto em defesa dos animais, porque ele é defensor dos
pets, em função daquele navio chinês que atracou, ali no Porto de Santos, com
mais de 25 mil animais com maus tratos.
E nós não
tivemos nem recesso durante o mês de julho aqui, em função daquele projeto. Nós
trabalhamos aqui o mês de julho inteirinho, porque essa Casa é lotada em função
disso.
E agora,
novamente, o governador propõe um passaporte, deputado Maurici, com essa
palavra estranha, o Passaporte Equestre, que vem de equino, que é para tratar
dos grandes donos de hípicas, dos haras, que são os criadores de cavalo. Dá uma
fitinha, bota uma pulseira, e ele leva o cavalo na hora que quer, do jeito que
ele quer, sem acompanhamento sanitário nenhum.
É um crime
contra os animais. E, mais uma vez, vai vir a bancada aliada, e aliada
ideologicamente, e não tenho problema com isso. Isso faz parte, para mim, da
política. Aliás, eu admiro isso.
Aqueles que
estão votando por convicção, a maioria, eu sei que não é isso, está votando por
conta das emendas, que até a semana passada não estavam sendo pagas, mas que a
promessa, que a data final é até o dia 16, segunda-feira, todas as emendas
serão pagas. Então, é o que nós estamos vendo aqui.
Então, mais uma
vez, eu quero ver como é que vão se comportar os deputados. E aqui no meio tem
deputados que têm aí os seus agronegócios, tal, tudo que é importante para o
País, que cria lá os seus animais. E isso aqui, esse Passaporte Equestre, nós
estamos tratando apenas dos criadores de cavalos. Na verdade, é isso.
Por isso, não a
esse projeto, presidente.
O
SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - Uma breve
comunicação, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos V.Exa., deputado Tomé Abduch.
O
SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu queria falar um pouquinho sobre Roberto Campos Neto, que, no
meu ponto de vista, foi o melhor presidente do Banco Central que nós tivemos na
história do Brasil.
E ele foi, por
três vezes, homenageado como o melhor banqueiro central do mundo, exatamente
pela autonomia do Banco Central, essa autonomia que estão tentando quebrar a
todo o tempo no governo Lula.
E para a gente
poder falar um pouco de economia, nós temos que recordar um pouquinho que para
que a gente utilize as reservas do País, nós temos que ter um motivo importante
para isso.
Agora, quando
nós temos os gastos públicos totalmente desequilibrados - como nós temos hoje
-, como nós temos um País fatiado, que voltou para aquela política de coalizão,
criada lá atrás por Fernando Henrique Cardoso, que integrava ministérios de
porteira fechada para partidos políticos, e muitos lá atrás.
A gente viu o
que aconteceu da Operação Lava Jato - foram presos por crime de corrupção. Nós
não temos como tomar uma iniciativa de mexer nas reservas do País sendo que nós
podemos cortar custo.
O PIB do Brasil
hoje cresce, isso é uma verdade. Mas por que ele cresce? Ele cresce porque o
PIB do Brasil é balizado nos investimentos, no consumo, nos gastos públicos e
na balança comercial.
E o que cresce
hoje no Brasil são os gastos públicos, o que não traz para a gente um
equilíbrio para o futuro. O Brasil está quebrando com esse desgoverno Lula, e
todos nós sabemos disso.
Nós temos a
gasolina aumentando, nós temos a carne aumentando, nós temos os legumes
aumentando, nós temos o consumo caindo em todo o País por conta de uma forma de
governo totalmente equivocada, balizada numa política populista que ninguém
aguenta mais.
É por isso que
a esquerda está perdendo espaço em todo o País. Nós tivemos mais de 82% dos
prefeitos sendo de centro-direita ou de direita. Então, ou seja, precisamos
contar a verdade para a população, e não essas narrativas colocando a culpa no
presidente do Banco Central.
Vamos ver o que
vai acontecer no Brasil nos próximos anos.
É só uma
questão de tempo.
Obrigado.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem,
presidente. Uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Capitão Telhada. Mais algum dos senhores vai estar fazendo
encaminhamento? Comunicação.
Então, deputado Capitão Telhada.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO -
Obrigado, presidente. Fazendo os cumprimentos, desejar as boas-vindas à nossa
prefeita eleita de Alumínio, Dra. Ana Paula, do Partido Progressistas, eleita
no último pleito, juntamente com o Freide, nosso amigo e grande trabalhador lá
pelo município de Alumínio. Desejar muito sucesso na gestão, que Deus abençoe
sua caminhada e tenho certeza que Alumínio estará em ótimas mãos. Muito
sucesso.
Presidente, aproveitar também para
cumprimentar os nossos policiais militares de Sergipe, que são do Gabinete de
Segurança Institucional. É a Assessoria Policial Militar na Assembleia
Legislativa de Sergipe, na Alese. Então, o coronel Jonatas, a tenente Ane e a
tenente Camila, muito bem-vindos à nossa assessoria, à nossa Casa Parlamentar, à
nossa Assembleia Legislativa de São Paulo.
Espero que façam uma ótima viagem de
estudos e que levem um pouquinho de conhecimento e um pouquinho de experiência
positiva lá para Sergipe, está bom? Muito obrigado, presidente, e Deus abençoe
a permanência e o retorno para o seu Estado.
Muito obrigado.
A
SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Maria Lúcia Amary.
A
SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO -
Para cumprimentar a querida prefeita eleita da cidade de Alumínio Ana Paula,
acompanhada do Freide. Parabéns pela sua vitória brilhante. Conte conosco, a
nossa parceria na nossa região. Bem-vinda.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nossa Dra.
Ana Paula, nossa prefeita eleita da cidade de Alumínio. Parabéns pela vitória
na cidade, cumprimentada aqui por todos os nossos deputados, que nós
gostaríamos de homenageá-la com uma grande salva de palmas. (Palmas.) Seja
sempre bem-vinda a esta Casa. Que Deus a proteja no seu mandato.
Em votação.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma pequenina comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Professora Bebel. Para uma
pequenina comunicação, Professora Bebel, dois minutos. É a última comunicação e
vamos para a votação.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Cumprimento também a Sra. Prefeita eleita, mas passo para a
minha comunicação. Eu quero discordar veementemente da fala anterior ali
naquele outro microfone, e dizer que o Brasil hoje está quebrado.
O mandatário
anterior quebrou o Brasil em pedaços. O mandatário anterior acabou com a Saúde
deste País. O mandatário anterior foi responsável por mais de setecentas mil
vidas que nós perdemos. Esse foi o resultado do mandatário anterior.
E o senhor vem
falar de autonomia de Banco Central? Autonomia de Banco Central, que atuou, na
verdade, ideologicamente, porque era um governo eleito democraticamente pelo
povo, que os senhores perderam porque nunca houve na história deste País um
governante, presidente da República, com máquina na mão, perder. Perderam por
incompetência de governar o País. Por isso os senhores perderam.
Agora, quero
dizer para o senhor o seguinte: o senhor fala com tanto conhecimento, com tanto
equilíbrio, eu não vejo equilíbrio de V. Exa., por exemplo, em vários momentos.
Como lamento
dizer que para mim foi triste, deputado Abduch, saber que o senhor compôs o
acampamento do dito golpe lá em Brasília. Eu tenho foto do senhor, tem foto do
senhor nas redes, eu mostro para o senhor, está certo? O senhor estava lá com a
camisetinha “eu também quero um novo Brasil”.
Eu mostro para
o senhor, eu não tenho problema com isso, não. Não vai ter problema, se quiser,
a gente põe no telão, para o senhor ver que, de equilibrado, o senhor vai me
desculpar, o senhor tem muito para aprender, porque não me pareceu isso na
foto.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
requerimento de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao requerimento permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Eu solicito uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à
verificação de votação pelo sistema eletrônico.
A partir deste momento, estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação
que se realizará. São 18 horas, 16 minutos e 20 segundos.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Pela ordem, Sr. Presidente. Fico feliz com a orientação que o senhor tem dado
do tempo dos quatro minutos, mas sugiro que, se o senhor puder colocar o
cronômetro, todo mundo vai acompanhar de perto.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está marcado
aqui, deputado Paulo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, pela
ordem. Quero colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.
Colocar a bancada do Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução.
O SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela ordem,
presidente. Colocar o PSDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSDB Cidadania
em obstrução.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr.
Presidente. PDT em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PDT em
obstrução.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem,
presidente. Colocar o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Colocar o Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
Tendo transcorrido os quatro minutos, o
sistema eletrônico, então, agora ficará aberto para que as Sras. Deputadas e
Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais
dispostos em suas mesas.
O
SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
O
SR. JORGE CARUSO - MDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o MDB em obstrução. Não sei se o meu líder está aqui.
Mas, independentemente disso, Sr. Presidente, aproveitar este momento para
cumprimentar nossa prefeita eleita, de Alumínio, a Ana Paula, nossa velha
conhecida, amiga. Eu e o André já estivemos muito juntos contigo, em grandes
eventos. Um prazer tê-la aqui. Parabéns.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em
obstrução. E a saudação do deputado Caruso, que eu tive a honra de estar com o
deputado Caruso na cidade da Ana Paula. Na outra candidatura, ela não venceu.
Uma grande reunião de horas, que valeu a pena nessa próxima eleição, e ela
virou prefeita.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para pôr o União em obstrução, por favor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União em
obstrução.
Não havendo mais deputados interessados
em fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, abriremos agora para que as Sras.
Deputadas e Srs. Deputados possam fazer o seu voto pelos microfones de aparte.
Mais algum das Sras. Deputadas e Srs.
Deputados gostaria de realizar o seu voto pelos microfones de aparte? Não
havendo deputados interessados, passemos à alteração de voto.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para alterar o meu voto para “sim”. Eu estou em obstrução.
O SR. PAULO FIORILO - PT - A falta de leitura do
Regimento, é isso que dá.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - (Vozes
sobrepostas.) Não, não. Primeiro finalizei o comando de votação. Agora estou
passando para a alteração do voto. Deputado Rafael Saraiva, agora sim, faço a
alteração do seu voto. Questão de ordem, deputado Alex.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL - PARA QUESTÃO DE
ORDEM - Há uma dúvida aqui entre os parlamentares se nós estamos votando o
método de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O método de
votação.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL - Então a pergunta é
se nós temos as duas votações? (Vozes sobrepostas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nós vamos ter
mais uma votação ainda, para votar o projeto.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL - Ok, Sr. Presidente. Obrigado.
* * *
- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pergunto se
mais algum das Sras. Deputadas e Srs. Deputados gostaria de alterar o seu voto.
Não havendo mais deputados interessados em alterar o seu voto, passaremos à
proclamação do resultado. Votaram “sim” 51 deputados; “não”, 13 deputados; mais
este presidente. Total de 65 votos, quórum que aprova o método de votação.
Item 1 do método. Em votação o projeto,
salvo emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo,
queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Solicito votação nominal.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder
à verificação de votação pelo sistema eletrônico.
A partir deste momento, estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se
realizará. São 18 horas, 27 minutos e 22 segundos.
* * *
- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.
* * *
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Com a anuência do meu líder, colocar o PL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a
anuência do líder Carlos Cezar, deputado Alex de Madureira coloca o PL em
obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a
anuência do seu líder, União está em obstrução.
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o PSDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSDB
Cidadania em obstrução, a pedido da deputada Analice Fernandes.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o PDT em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tendo
transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico então agora ficará aberto
para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem
“abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.
Não estão entrando mais votos pelo
sistema eletrônico, então abrirei agora os microfones de apartes, para que as
Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não conseguiram fazer o seu voto através
do sistema eletrônico possam fazê-lo pelos microfones de aparte.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pelo esporte, pela
desburocratização, pelo Agro, sim, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Lucas
Bove vota “sim”.
Mais algum dos
Srs. Deputados e das Sras. Deputadas gostaria de registra o seu voto? Não
havendo... Deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Primeiro para declarar
obstrução da bancada do PSOL e voto “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado
Carlos Giannazi coloca o PSOL em obstrução e vota “não”.
* * *
- Verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputados interessados em realizar o seu voto pelos microfones de aparte,
pergunto aos Srs. Deputados e Sras. Deputados se algum dos Srs. Deputados e das
Sras. Deputadas gostariam de alterar o seu voto? (Pausa.) Não havendo deputados
interessados em alterar o seu voto, passaremos à proclamação do resultado.
Votaram “sim”, 51 deputados, “não”,
16 deputados, “abstenção”, 1 deputado, mais esse presidente, totalizando
69 votos. Quórum que aprova o projeto, salvo emenda.
Item 2 - Em votação a Emenda n°
1. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários queiram
conservar-se como se encontram. Rejeitada.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Registre o voto “não” da
Federação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o pedido de Vossa Excelência. Mais
algum dos Srs. Deputados gostaria de fazer algum registro? (Pausa.)
Não havendo mais deputados
interessados, passaremos agora ao item n° 3. Discussão e votação do
Projeto de lei Complementar n° 148, de 2023, de autoria do Sr.
Governador. Em discussão, para discutir contra, com a palavra o deputado
Luiz Claudio Marcolino.
O SR. LUIZ CLAUDIO
MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputados, estava apresentando aqui um debate sobre o PLC 148, de
2023, que é do governador do estado de São Paulo.
Primeiro um
projeto, Srs. Deputados e Srs.
Deputadas, que o governo tratou inicialmente como um submarino, a PEC 09,
de 2023, que tratava sobre a questão da retirada de recursos da educação do
estado de São Paulo.
Como o
governador percebeu que havia um grande debate no estado de São
Paulo, contrariamente ao projeto ora apresentado, que retirava recursos da
educação, o governador retira esse submarino que estava na PEC 09 e
apresenta agora esse PLC 148, de 2023.
Quando se olha
aqui a proposta apresentada, o Projeto de lei Complementar n° 148, de
2023, redefine a estrutura para o funcionamento da Controladoria Geral do
Estado.
Aí fala o
artigo 7º, redefine a estrutura da Controladoria Geral do Estado da seguinte
forma: Primeiro, Gabinete do Controlador Geral do Estado. Segundo,
Auditoria Geral do Estado. Terceiro, Subsecretaria da Integridade. Quarto,
Corregedoria Geral do Estado. Quinto, Ouvidoria Geral do Estado. E, sexto,
Subsecretaria de Combate à Corrupção.
Aí vem um
problema, nobre deputado Maurici. Logo na sequência, que é o § 1º: “A
organização e o funcionamento da Controladoria Geral do Estado serão definidos
em decreto”.
Se o governador
quer a transparência, se o governador quer reconfigurar e reordenar a
Controladoria, o mínimo que teria que fazer é encaminhar à Assembleia
Legislativa já a proposta completa.
Aí ele coloca
que vai regulamentar depois via decreto, tirando inclusive da Assembleia
Legislativa a prerrogativa de debater depois como será feita a adequação do
funcionamento da nova Controladoria.
Outro ponto que
acho que vale a pena a gente estar tratando é que quando a gente analisa o
atual funcionamento da Controladoria Geral do Estado, e nós levantamos aqui um
pouco o balanço do que aconteceu no último período, no ano de 2022 - foram
feitos aqui alguns levantamentos - teve 4.896 procedimentos disciplinares.
Foram emitidas
1.138 portarias que foram instauradas de processos disciplinares e foram
concluídas 1.284 sindicâncias, que são processos disciplinares, além da
realização de 3.169 audiências e 6.261 depoimentos.
Então esse é um
pouco o balanço do que foi a Controladoria Geral do Estado no ano de 2022. E a
gente percebe que pelo menos a intenção do governador do estado de São Paulo,
agora com essa nova mudança, ele trata apenas como: “Não, é um processo só de
criação de cargos”. Não é só a criação de cargos.
A estruturação
e a criação de cargos, a qual o governo apresenta, vêm com uma perspectiva de
centralização na mão do controlador geral do Estado de São Paulo de
prerrogativas que hoje não são do controlador.
E na hora que
você muda e traz essas prerrogativas para dentro da Controladoria Geral do
Estado de São Paulo também, você está trazendo não só o processo da denúncia. O
processo da acusação, da investigação e da punição, tudo centralizado na mesma
estrutura da nova Corregedoria ora apresentada. Então é importante trazer esses
questionamentos ora para essa discussão.
E
um outro ponto preocupante, como acabei de colocar, na hora em que o governo
apresenta e unifica as funções fiscalizadora, acusatória, pode favorecer
inclusive a parcialidade nos diversos julgamentos no estado de São Paulo.
A gente tem
acompanhado alguns casos de fiscalização no estado de São Paulo e a gente
percebe que em várias áreas - da Educação, da Saúde - tinha muitos casos, nobre
deputado Barba, que já tinham sido, inclusive, arquivados processos
administrativos de gestões anteriores.
E simplesmente
o governo tem feito alguns processos de desarquivar processos administrativos
da área da Saúde, da Educação no estado de São Paulo, processos já arquivados e
acaba dando outras orientações, outros encaminhamentos.
Há processos em
que já tinham sido feitas oitivas, já tinham sido coletados depoimentos, já
tinha tido uma posição. Inclusive em muitas delas há processos já arquivados.
Simplesmente quando assume o governador Tarcísio no estado de São Paulo, ele dá
uma orientação a muitas secretarias para fazer desarquivamentos.
A gente tem
percebido que esses desarquivamentos de processos que estão ocorrendo no estado
de São Paulo são, em muitas vezes, por pessoas que fizeram algum tipo de
denúncia à estrutura de gestão do estado de São Paulo.
Nós tivemos
levantamentos e conseguimos chegar a alguns casos de pessoas que fizeram
denúncias, alguns representantes ou responsáveis pela gestão de hospitais
regionais no estado de São Paulo e, na sequência, um PAD que tinha sido
arquivado depois de ter sido feita a investigação, já ter saído o
posicionamento daquela investigação, simplesmente o Governo reabre esse
processo e muda completamente a orientação sem ouvir, inclusive, todas as
partes que haviam sido ouvidas naquele processo que foi de 2022, 2021, de anos
anteriores.
Então, é um risco
muito grande, o projeto ora apresentado da criação dessa nova estrutura de
cargos no estado de São Paulo, criando e reorganizando a Controladoria Geral do
Estado, o papel que será dado a esse novo controlador-geral do estado de São
Paulo.
Inclusive, a
pessoa que foi designada pelo governador do estado de São Paulo para assumir
esse cargo, para assumir essa função, não é uma pessoa necessariamente que tem
uma perspectiva de fazer um processo de investigação baseado na questão
técnica, baseado, de repente, em um eventual deslize ou delito de um servidor
público.
Nós defendemos
inclusive que, quando cometer um erro, tem que ser investigado e tem que ser
punido se eventualmente cometeu algum crime, se cometeu alguma prevaricação em
relação ao (Inaudível.) do estado de São Paulo.
Mas o que
estamos vendo já atualmente, hoje, com a nova Procuradoria Geral do Estado de
São Paulo, nessa nova configuração, ela está fazendo caça às bruxas com pessoas
que, por ventura, na eleição de 2022, se posicionaram contrariamente ao
governador Tarcísio, se posicionaram contrariamente à candidatura do Bolsonaro
nas eleições federais, na eleição para presidente da República.
Estamos vendo
hoje várias pessoas tendo seus processos, seus PADs reabertos, rediscutidos,
muitas vezes com condenação, com processos que já estavam anteriormente
arquivados.
Quando a gente
olha para a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, nós sempre defendemos e
achamos que é fundamental que haja um processo de análise correta, que é uma
das funções da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo.
Então, é
necessário que você tenha uma Controladoria forte, que deve combater a
corrupção no estado de São Paulo, que deve acompanhar o controle da renúncia da
receita no estado de São Paulo, que deve garantir que não haja um processo de
evasão de recursos do regime de Previdência do estado de São Paulo, uma
Corregedoria que esteja olhando e preocupada com as demonstrações contábeis do
estado de São Paulo, uma Corregedoria que tem que prezar pela transparência no
estado de São Paulo, que tem que estar preocupada com a dívida do estado de São
Paulo, entre outras atribuições.
O problema é
que, na hora em que o governador apresenta uma proposta como essa, o que ele
faz é centralizar os processos administrativos do estado de São Paulo e, com a
ampliação do número de processos para um único órgão do estado de São Paulo,
que ainda não tem uma estrutura montada...
Mesmo que o
projeto hoje apresente a possibilidade de criação de cargos, só serão criados
por decreto em um segundo momento. Nós não sabemos quando isso vai acontecer.
Então, o que
nós primamos aqui no estado de São Paulo é o combate à corrupção, a questão da
renúncia, do controle de renúncia da receita no estado de São Paulo, a questão
do regime de Previdência, a questão das demonstrações contábeis, a
transparência do estado de São Paulo, o bom olhar e o acompanhamento da dívida
ativa, entre outras atribuições.
Na hora em que
você centraliza todos os processos em um único órgão, você começa a diminuir a
possibilidade de fazer uma gestão forte, uma gestão estratégica, que tem o
papel do controlador-geral do estado de São Paulo.
Então, essa é
uma grande preocupação que a nossa bancada do Partido dos Trabalhadores traz
para esta discussão. O governador queria aprovar esse projeto a toque de caixa
como submarino dentro da PEC 09. Essa era a ideia, essa era a intenção do
Governo do Estado de São Paulo. São aqueles projetos que estão ali nas pequenas
linhas, no final de um projeto.
O governador
tentou passar como submarino na PEC 09, em uma perspectiva de passar sem uma
avalição, sem um debate mais aprofundado dos 94 deputados e deputadas estaduais
aqui da Assembleia Legislativa.
Por isso que é
importante, nobre deputado Paulo Fiorilo, nosso líder da bancada, que esse
projeto venha agora numa discussão em que os 94 deputados podem colocar aqui a
sua posição. Podem esclarecer sobre o risco que nós temos por essa
centralização, ou esse poder excessivo que será dado agora à Controladoria
Geral do Estado de São Paulo, e isso pode beneficiar uma eventual ampliação, ou
uma estruturação endêmica de corrupção dentro da estrutura pública do estado de
São Paulo.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Alex Madureira.
*
* *
Uma diminuição
do controle fiscal, do controle tributário, de uma gestão administrativa onde
uma eventual pessoa que tenha um processo administrativo possa ter o seu
direito à defesa, que possa ser um processo de avaliação célere para que possa
ser uma avaliação baseada em dados técnicos, não apenas em denúncias muitas
vezes vazias, e muitas vezes a decisão não é técnica e é política no processo
de investigação da Controladoria Geral do Estado.
Então, é por
isso que a nossa bancada está se posicionando contrária a essa concentração de
poder na mão do controlador-geral do estado de São Paulo. Sabemos que é
importante que tenha uma estrutura que tenha que ser ágil, mas que não pode ser
centralizadora, como esse projeto ora traz.
Foi muito
importante tirar esse projeto do submarino que estava dentro da emenda
constitucional, que retira recursos da educação do estado de São Paulo, que já
foi um erro que o governador Tarcísio apresenta a esse projeto, de retirar
dinheiro da educação, onde todos nós clamamos, os prefeitos, os vereadores, os
deputados, a sociedade que é necessário mais investimento na educação.
O governador
Tarcísio apresentou um projeto retirando recursos da educação, e esse projeto
da Controladoria fazia parte, era um pedacinho desse projeto, ora apresentado
no ano passado.
Então, o
governador passou o rolo compressor, aprovou a retirada do recurso da educação,
mas pelo menos agora estamos fazendo um debate mais amplo, demonstrando que o
governador Tarcísio não é um governador transparente.
E se essa
Controladoria for aprovada do jeito que está sendo apresentada, também não será
um governador ético, também não será um governador que estará preocupado com as
contas, seja fiscal, seja tributário, previdenciário do Governo do Estado de
São Paulo, porque a hora que concentrar todos os poderes na mão de um único
controlador-geral do estado de São Paulo, não terá eficácia necessária, que o
estado, como o estado de São Paulo, o maior estado do nosso País, a maior
receita do nosso País, 370 bilhões de Orçamento para o ano de 2025, uma
controladoria geral estruturada como ora apresentada, nós teremos ainda muitas
notícias ruins para o estado de São Paulo com essa concentração do poder na mão
de apenas um órgão controlador do estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
Por isso, a
nossa bancada vai indicar voto contrário a esse projeto.
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Obrigado,
deputado Luiz Claudio Marcolino.
Seguindo aqui a ordem dos oradores
inscritos, chamar o deputado para falar contra,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quem nos
acompanha aqui pela galeria ou pela Rede Alesp; bom, nós iniciamos a discussão
agora do PLC 148, de 2023, necessário por conta da aprovação da PEC que trouxe
a mudança na Controladoria Geral do Estado.
Esse projeto
pretende reorganizar a Controladoria Geral do Estado, criado pela Lei
Complementar nº 1361, de 21 de outubro de 2021, e institui a carreira de
auditor estadual de controle do Quadro da Controladoria Geral do Estado e dá
outras providências correlatas.
O deputado Luiz
Claudio, que me antecedeu, levantou aqui várias preocupações que a bancada do
PT, do PCdoB, da Federação tem apontado nesse caso muito específico.
Uma preocupação
nossa, geral, e, aliás, eu acho que a gente poderia, inclusive, exemplificar,
diz respeito a quem vai ser o responsável por ações que anteriormente, ou que
agora, não passam pela Controladoria.
A gente está
ampliando as atribuições da Controladoria e colocando um cargo de confiança, um
cargo indicado pelo governador, para poder tratar das questões de procedimentos
administrativos, disciplinares etc. Qual é o problema, deputado Conte Lopes?
Vou dar dois exemplos que me preocupam, dois exemplos publicados inclusive pela
revista “Piauí”.
Quando um
secretário utiliza das suas prerrogativas para beneficiar alguém, e alguém
individualmente, a pergunta é: o controlador será o responsável para
investigar, averiguar ou até punir? Vamos a um caso concreto, deputado Conte
Lopes.
Um secretário,
o secretário de Segurança, que é o caso da revista “Piauí”, abrigou no espaço
da Polícia Militar um avião utilizado inclusive para viagens pessoais. Não
dele, um avião não dele - um avião particular.
Bom, o que nós
precisamos saber? Teve pagamento do aluguel pelo tempo de permanência da
aeronave, que era uma aeronave particular utilizando espaço público. Isso é um
problema que precisa ser investigado e averiguado.
Vou dar o
segundo exemplo, que tem ainda o secretário de Segurança como responsável na
mesma revista “Piauí”. Estou citando a fonte para que não haja dúvidas quanto à
denúncia. O secretário, voltando de uma viagem de Trancoso com os seus amigos,
a esposa do seu amigo...
O SR. LUCAS BOVE - PL - Questão de Ordem, presidente.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, a Questão de
Ordem ali.
O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Questão de Ordem, deputado
Lucas Bove.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Nós estamos discutindo o PLC, correto?
O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - O da Controladoria.
O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA QUESTÃO DE ORDEM -
Gostaria de pedir a esta Presidência que solicite ao orador que se atenha ao
tema. Eu entendo até fazer uma conexão em relação ao cargo de confiança, mas já
são cinco minutos falando do secretário Derrite.
Se o deputado
quiser falar do secretário Derrite, ele chegue às duas horas, temos o Pequeno e
o Grande Expedientes para isso. Gostaria de solicitar, portanto, a Questão de
Ordem, que o orador inscrito se atenha estritamente ao tema em discussão.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, desculpa, mas o
tema é pertinente. Então eu vou pedir que o senhor desconsidere o pedido do
deputado.
O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - O senhor pode continuar.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Até porque eu estou tratando de
um caso muito claro. E se o senhor não veio no Pequeno Expediente, eu já falei
no Pequeno Expediente. Aliás, eu trouxe uma outra denúncia do secretário
Derrite. Se o senhor quiser, eu falo aqui.
Mas não vou
falar, sabe por quê? Porque essa denúncia que eu trouxe não é correlata, ou até
pode ser correlata à questão da Controladoria. Aliás, eu vou aproveitar, porque
deve ser correlata. (Voz fora do microfone.)
Sr. Presidente,
ou o senhor pede para o deputado Bove ler o regimento ou se recolher ao seu
quadrado, ou fica difícil, porque eu vou perdendo meu tempo para poder fazer um
diálogo que não tem absolutamente nenhum interesse aqui.
Então eu vou
aproveitar, vou terminar esse caso específico do secretário Derrite, que utilizou
de um helicóptero águia, à noite, quando o procedimento, segundo relato, é: não
pode ser utilizado o helicóptero à noite para resgates. O helicóptero é
utilizado do nascer do sol ao pôr do sol.
Mas o
secretário pediu para usar o helicóptero para levar uma pessoa a um hospital.
Nossa, nobre, muito nobre. Agora, a pergunta é: pode fazer isso? Quem é que vai
verificar? O controlador, cujas prerrogativas nós estamos ampliando aqui?
Aliás, deputado
Conte Lopes, o senhor que é da polícia, que é um homem honrado, que por muito
tempo atuou nas ruas da cidade, tenho certeza de que não compactuaria com esse
tipo de postura. Se fosse o controlador, talvez o senhor o punisse.
Agora, eu trago
aqui a dúvida e vou trazer um outro exemplo, já que eu fui aqui provocado pelo
deputado, vamos ao outro exemplo, que tem tudo a ver. Um policial, um major
propõe mudanças que não estão nas normas do seu batalhão. Quem é que vai apurar
se o major cometeu ou não uma irregularidade? O corregedor indicado pelo
governador?
Aliás, esse é o
grande problema que nós estamos vivendo neste estado: o governador entregou as
rédeas da Segurança, entregou. E aí o preço é caro. Portanto, eu estou chamando
atenção aqui para uma situação gravíssima, que nós estamos dando de barato. Eu
vou dizer mais: governador, o senhor não pode, o senhor não deve possibilitar
esse tipo de mudança, principalmente no momento em que a gente vive uma crise
na Segurança, na Saúde, na Educação, em várias áreas do Estado, em que você
precisa ter os instrumentos do Estado funcionando.
Quando a gente
propõe uma mudança, quando o governador propõe uma mudança dessas, olhando o
que está acontecendo no Estado, a gente fica muito mais temerário. Então eu
quero deixar aqui registrados esses casos específicos, o do secretário e o do
major.
Vou dar o dado,
até porque hoje o presidente da sessão, no Pequeno Expediente, o deputado não
esteve aqui presente, não acompanhou, até porque deve ter outros compromissos,
mas o deputado Campetti presidia a sessão.
E eu disse
aqui, o major retirou soldados e sargentos de pequenas cidades para criar uma
força tática. Eu não sou da polícia, o senhor é. Para criar uma força tática,
precisa estar na estrutura do Batalhão daquela cidade, e eu tenho dúvida se
está ou não.
Então a
primeira pergunta feita é: eu quero saber se existe ou não uma força tática
naquela cidade prevista no Batalhão. Se não existe, o major vai ser punido pelo
corregedor? Se não existe, o major será, de fato, responsabilizado?
Mas, deputado
Conte Lopes, o senhor que é policial de uma patente importante da polícia,
repare só, se o major cometer uma irregularidade, ela precisa ser apurada e
punida. A Corregedoria deve fazer isso, ou a polícia, ou os instrumentos que o
Estado possui.
Agora, eu vou
dar um exemplo pior ainda. A cidade de Itaoca tem uma escola estadual que teve
uma invasão por jovens, agora, recentemente. Sabe o que aconteceu? Não tinha
viatura, não tinha sargento, não tinha policial. Tiveram que esperar a viatura
vir de Barra do Chapéu, deputado Maurici, a mais de uma hora de distância, até
porque a estrada não está sempre em condições.
Nós vemos um
problema grave neste Estado. Algumas regiões, em especial o Vale do Ribeira, e
eu já trouxe essa denúncia aqui, principalmente quando chove, a situação fica
lastimável e lamentável.
A gente tem o
caso da estrada que liga Apiaí a Iporanga, que é um caso exemplar. Mas eu tive
agora, recentemente, uma outra informação, da trilha que liga a cidade de
Iporanga ao Quilombo de Bombas. Ela está intransitável. Falei, inclusive, com o
pessoal da Fundação Florestal, para tentar ver como era possível equacionar
essa situação.
Bom, volto aqui
ao texto da Controladoria. Repare bem. Trouxe dois, três casos, dois do
secretário Derrite e um do major, que eu não sei o nome dele, mas que está na
região de Itapeva, que fizeram mudanças que precisam ser investigadas e
verificadas no caso do major e o uso da máquina no caso do secretário.
De novo, vou
insistir, quando a gente transfere para a controladoria essa possibilidade, nós
colocamos em risco a possibilidade de o Estado fazer uma investigação séria,
com apuração e com punição em casos que se comprovem irregulares.
Bom, nós
estamos abrindo mão disso? O Governo do Estado está abrindo mão de mais um
instrumento importante e necessário de controle. Esse é o Governo do Estado que
nós temos aqui hoje.
Infelizmente, o
governo constituiu uma base de 52, 60, depende do caso, para aprovar os
projetos, mas a oposição vai continuar denunciando. Por quê? Hoje a gente ouviu
aqui o deputado Dr. Jorge trazer a matéria da Sabesp. A matéria da Sabesp que
diz que não vai mais se preocupar com as questões sociais. Aliás, é a lógica
desse governo, não se preocupar com as questões sociais.
Bom, vamos
continuar aqui, então, no texto. Nas contas de 2022 e de outros anos, o
Tribunal de Contas vem alertando para a ineficácia do controle interno, como a
gente pode ver aqui a seguir. Ressalvas do Tribunal de Contas, renúncia de
receitas.
Os dados e
documentos que se referem à renúncia de receitas apontados pelo Tribunal de
Contas sejam integralmente entregues a esse órgão fiscalizador. Não são
entregues. Isso é um problema gravíssimo, principalmente porque a gente tem
mais projetos, tramitando aqui, de desoneração.
Demonstrações
contábeis: o Governo do Estado deve enviar esforços concretos e efetivos para o
apoio às equipes responsáveis pela implantação dos procedimentos e providências
necessários à adoção de regras contábeis convergentes às normas internacionais,
conforme o padrão contábil vigente no Brasil.
Prejuízo das
estatais. Aliás, interessante, né: todas as estatais independentes vêm
acumulando recorrentes prejuízos, cujo saldo acumulado em 2022 passou de 13,27
bilhões. Em 2021, foi de 11,9 bilhões; em 2020, 9,67.
Isso aqui me
recorda um discurso que ouvi aqui hoje, de um deputado governista, defendendo o
inelegível e falando que o governo atual tem as estatais com prejuízo. Ele
devia ler os relatórios do Tribunal de Contas, até porque são as estatais
estaduais que vivem essa situação.
Bom, eu podia
aqui continuar lendo as ressalvas, mas não o farei, porque acho que é
importante que a gente aqui tenha clareza do equívoco que esta Assembleia pode
aprovar se continuarmos apoiando, se a base do Governo continuar apoiando esse
projeto, sem a devida parcimônia, sem o devido cuidado; porque senão depois
choraremos o leite derramado. E, depois que derramar o leite, nós não temos
como voltar atrás.
E aí eu queria
aqui avançar para uma conclusão interessante com relação ao Tribunal: a
Controladoria do Estado tem de centrar esforços no combate às irregularidades e
à corrupção; ampliar a transparência sobre a ação estatal; fazer cumprir as
recomendações do órgão de controle externo - nesse caso, o Tribunal de Contas,
entendendo que hoje a Controladoria não consegue realizar o seu papel com as
suas atuais atribuições, como apontam as ressalvas do Tribunal de Contas, que
eu fiz referência a algumas, e, se ganhar mais funções, corre o risco de
aprofundar a sua ineficiência.
Essa
preocupação aqui é a que nos orienta, para dizer: está errado esse projeto, não
podemos aprovar. Principalmente porque a gente vai sobrecarregar um órgão que
já é ineficiente; principalmente porque a gente está tirando atribuições de
órgãos que já funcionam. Mas, infelizmente, o Governo do Estado tem feito
ouvido de mercadores.
E aí eu queria
terminar com esse alerta: se o governador continuar fazendo isso, para além de
entregar as rédeas, nós não vamos ter volta. Nós não vamos ter volta. A gente
está vendo o que tem acontecido na Segurança Pública.
E eu vou
terminar aqui dizendo duas coisas: primeiro, o governador se comprometeu em
valorizar os profissionais de Segurança Pública. Deu um aumento. Aliás, quando
o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor era líder. Mas se esqueceu dos
outros.
Disse que teria
a polícia mais bem remunerada. Mas, se continuar nessa toada, não terá. Não
terá. E a bancada do Partido dos Trabalhadores, do PCdoB, vai o tempo todo
falar disso. Por quê? Porque nós temos um compromisso com os servidores do
estado, porque nós achamos que é importante recuperar salário. Agora, enganar,
não dá.
Tem uma outra
questão gravíssima, que o Orçamento mostra: o governador não está preocupado,
na questão dos policiais, com relação à saúde mental. É gravíssimo isso; a
gente já tratou disso aqui, falando de quantos policiais ou se suicidaram ou
vivem em uma tensão permanente. O Governo dá de ombros. E eu disse e vou
repetir: quem não prioriza o Orçamento não prioriza aqueles que mais precisam.
E nesse caso a Polícia Militar.
Por fim, não
menos importante, nós temos que valorizar a instituição. Uma instituição que
tem histórico de prestação de serviço e que não pode ser jogada, como está
sendo jogada, infelizmente, pelo secretário e pelo governador.
Tem
irresponsabilidade aqui. Quem usa farda ou quem usou farda sabe do que eu estou
falando. Eu nunca usei, mas sei da importância dos instrumentos e das
instituições do estado. Elas não podem ser apropriadas pelos governos. Se elas
forem sequestradas pelos governos, quem paga o pato é a população.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Seguindo a
ordem dos oradores inscritos, chamar o deputado Maurici.
Antes, porém, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V.
Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos
após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 69a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 11/12/2024.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Com a palavra
o deputado Maurici.
O
SR. MAURICI - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o que
me traz a esta tribuna é falar sobre o Projeto de lei Complementar nº 148, de
2023, de autoria do Executivo, que reorganiza a Controladoria Geral do Estado,
criada pela Lei Complementar nº 1.361, de 21 de outubro de 2021. Institui a
carreira do Auditor Estadual de Controle, do Quadro da Controladoria Geral do
Estado, e dá outras providências correlatas.
Eu tenho 15
minutos, é isso, pelo Regimento? Mas que horas encera a sessão, Sr. Presidente, por gentileza?
O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Às 19 horas e 14 minutos, e o
senhor vai ter mais 10 minutos remanescentes na próxima sessão.
O SR. MAURICI - PT - É o seguinte. Eu explico que pedi essa informação para
construir o raciocínio. Eu queria iniciar falando, fazendo uma analogia, com a
questão do Banco Central independente ou autônomo, que foi mencionada aqui por
um colega deputado, alguns minutos atrás.
Primeiro,
lembrar que a autonomia do Banco Central é um golpe de estado. Porque ela
retira, do presidente da República, eleito pela população do País, uma
ferramenta importante para que ele desenvolva a política com a qual ele se
comprometeu com o povo braseiro. Na medida em que o presidente do Banco Central
é nomeado e referendado pelo Congresso Nacional, tem autonomia para executar a
política monetária.
Isso,
obviamente, impossibilita ou dificulta demasiadamente que o presidente da
República, esse sim, em um cargo eletivo, desenvolva a sua política monetária.
Mas o orador falava, do presidente do Banco Central, que agora vai nos deixar,
felizmente, que ele foi eleito o melhor presidente de Banco Central, três
vezes. Bom, lembrando que ser eleito três vezes não quer dizer absolutamente
nada.
Depende de quem
elege. Vale lembrar o caso do Barrabás, que foi aclamado e foi liberto por
Pilatos, em lugar de Cristo. Quer dizer, depende das circunstâncias, depende de
quem faz essa eleição, de melhor presidente do Banco Central, não quer dizer
muita coisa.
Quero lembrar
também que, quando o deputado se refere aos governos de esquerda que, segundo ele,
estão desmoralizados na condução da economia, eu gostaria de lembrar o governo
atual da Argentina, governo Milei. Ele não só tem uma política econômica
desastrosa, que mergulhou na miséria milhões e milhões de companheiros vizinhos
argentinos, como agora acaba de depositar no estrangeiro as reservas cambiais
daquele país.
Isso coloca à
mercê de outros governos o produto reunido, acumulado, com tanto suor e esforço
pelas forças produtivas, pelos trabalhadores e trabalhadoras argentinos. Eu
reservei de fazer esse comentário agora, e não naquele momento, porque eu
resolvi me conter, Sr. Presidente.
Eu li esses
dias a história de um promissor poeta cubano. E não se espantem, não estou
falando da Cuba castrista. Estou falando de Cuba antes de sua independência,
ainda como colônia hispânica. Estou falando do ano de 1893, e a independência
de Cuba foi em 1895.
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Deputado
Maurici, nós não temos mais sessão. Já deu 19 horas e 14 minutos. Pedir só ao
senhor que vai ter o tempo remanescente na próxima sessão. O seu tempo está
garantido. Mas a nossa sessão encerrou. Então está levantada a presente sessão.
Gostaria de lembrar os deputados e
deputadas da redação final, agora, do projeto... Está encerrada a sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão às 19 horas e 14 minutos.
* * *
- É inserida Declaração
de Voto, não lida em Plenário.
* * *
Declaração de voto contrário ao PL
1510, de 2023
São Paulo, 11 de dezembro de 2024
Excelentíssimo Senhor Presidente
Por intermédio do presente, com fulcro
no caput do artigo 200 do Regimento Interno, venho, respeitosamente, perante
Vossa Excelência, declarar voto contrário ao Projeto de lei nº 1510, de 2023,
que altera a Lei nº 13.296, de 23 de dezembro de 2008, que estabelece o
tratamento tributário do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores –
IPVA, de autoria do Governador do Estado, aprovado na 68ª Sessão
Extraordinária, em 10 de dezembro de 2024.
Atenciosamente,
Leonardo Siqueira
Deputado
* * *