25 DE FEVEREIRO DE 2025

16ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: DANILO CAMPETTI e CAPITÃO TELHADA

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - DANILO CAMPETTI

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h00min.

        

2 - MARCELO AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI

Cumprimenta policiais responsáveis pela segurança da Casa.

        

4 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - CAPITÃO TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - VITÃO DO CACHORRÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - CAPITÃO TELHADA

Assume a Presidência.

        

8 - DANILO CAMPETTI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - PAULO MANSUR

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - DANILO CAMPETTI

Assume a Presidência.

        

11 - CAPITÃO TELHADA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

12 - CARLA MORANDO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI

Cumprimenta os alunos do Senac Aclimação, presentes nas galerias.

        

14 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - THAINARA FARIA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

16 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI

Cumprimenta integrantes da Polícia Penal, presentes nas galerias.

        

18 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

19 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

20 - ENIO TATTO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

21 - ENIO TATTO

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

        

22 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h38min, reabrindo-a às 16h30min.

        

ORDEM DO DIA

23 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI

Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, requerimentos de constituição de comissão de representação dos deputados: Solange Freitas, com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa de São Paulo no Encontro de Lideranças Femininas do União Brasil Mulher, na sede do União Brasil, no dia 12/03, em Brasília-DF; Guto Zacarias, com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa de São Paulo em reuniões e eventos na Câmara dos Deputados, organizados pela Entertainment Software Association (ESA), sobre a proteção de crianças e adolescentes quanto ao uso de videogames, entre os dias 11 e 13/03, em Brasília-DF. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 26/02, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão às 16h32min.

        

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Danilo Campetti.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Boa tarde a todos, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, cumprimento também as assessorias, os servidores da Casa, os amigos que nos acompanham nas galerias, senhoras e senhores que nos acompanham pela Rede Alesp.

Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

No âmbito do Pequeno Expediente, nós vamos passar agora a lista de oradores, e convido o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado André Bueno. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Marcelo Aguiar, V. Exa. tem a palavra, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. MARCELO AGUIAR - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, presidente Danilo, quero cumprimentar a todos da Alesp, todos que estão nos assistindo pela TV Alesp também.

Bom, senhoras e senhores, nobres colegas parlamentares, hoje eu faço uso desta tribuna para expressar aqui a minha gratidão, meu reconhecimento também, ao trabalho incansável de alguns vereadores.

Eu que já fui vereador na cidade de São Paulo em 2007, 2008, fui vereador aqui e para mim foi um dos melhores mandatos, porque a gente fica muito próximo do munícipe, muito próximo dos bairros, da cidade, e eu sei o quanto isso é importante.

Mas eu quero fazer menção aqui dos vereadores de Ribeirão Pires, ao Valdir Nunes e também ao Edmar Oldani, e dos assessores também, Jadir Andrade e Rafael Celine, que têm se dedicado diariamente a levar demandas da cidade adiante, sempre com seriedade e com compromisso com a população de Ribeirão Pires. Vereadores que trabalham com seriedade, trabalham com compromisso, fazem um trabalho com honestidade, que é o mais importante.

O nosso mandato tem como prioridade atuar pelo desenvolvimento dos municípios paulistas, e Ribeirão Pires é uma cidade que merece todo o nosso olhar atento. Por isso, eu destinei uma boa parte das minhas emendas para o Hospital e Maternidade São Lucas, garantindo mais estrutura e qualidade no atendimento à saúde e à população de Ribeirão Pires.

Além disso, nós enviamos também 250 mil reais à entidade social “Tornar a Brotar” e, também, mais 166 mil reais para a Apraespi; instituições que realizam um trabalho fundamental na saúde, assistência e no acolhimento de quem mais precisa.

Reafirmo aqui que o nosso gabinete sempre está com as portas abertas para receber não só a população de Ribeirão Pires, mas também o entorno, as outras cidades do ABC, da região metropolitana, dos 645 municípios que nós temos no estado de São Paulo.

Quando você chega aqui à Alesp, quando você chega defronte ao meu gabinete, está sempre escrito ali: “Entre sem bater”. Isso é o que nós temos mais ouvido dos nossos vereadores, dos prefeitos: “Engraçado, a gente liga ao seu gabinete, não precisa marcar hora, não precisa mandar nenhum tipo de... marcar nenhuma agenda, porque você está sempre com as portas abertas, receptivo para nos ouvir”.

A gente tem horário para chegar, mas a gente não tem hora para sair, porque estamos aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo para ouvir as suas demandas, atender àquilo que é possível, atender àquilo que realmente o nosso governador do estado de São Paulo sempre nos orienta. Estamos aqui para atender a população de São Paulo, atender aquele que mais precisa, aquele que mais necessita.

Nem sempre podemos ter braço para chegar a todos os municípios, mas só uma questão de ouvir, às vezes levar até a Secretaria de Educação, a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Desenvolvimento Social. Não importa.

Onde nós pudermos abrir uma porta, pudermos dar uma atenção, já estamos fazendo o nosso papel, porque o meu patrão é você, você que me colocou aqui neste lugar, como deputado estadual do estado de São Paulo.

Por isso, muito obrigado à cidade de Ribeirão Pires. Parabéns a todos que receberam e que vão continuar utilizando essa demanda para que nasçam mais crianças na Maternidade São Lucas e que possa essa cidade se encher de esperança, de alegria e que o futuro da nossa cidade de Ribeirão Pires, possam vir crianças que, sem dúvida nenhuma, tragam mais alegria à cidade de Ribeirão Pires.

Que Deus abençoe a vida de todos vocês.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Marcelo Aguiar. Em tempo, quero fazer um cumprimento especial aos meus irmãos da Polícia Militar, da Polícia Civil, que garantem a nossa segurança aqui.

Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Danilo Campetti, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, o governador Tarcísio de Freitas tem atacado como nunca a educação do estado de São Paulo, reduzindo o orçamento da Educação, fechando turnos, fechando salas de aula, impedindo que os alunos trabalhadores possam estudar no período noturno, demitindo em massa milhares de professores categoria “O” em todo o estado de São Paulo, privatizando escolas, leiloando escolas na Bolsa de Valores de São Paulo, instalando escolas cívico-militares. A rede estadual nunca foi tão atacada como nesse momento.

Está demitindo também - o governador, através logicamente do seu secretário de Educação, Renato Feder -, demitindo professoras da área de educação especial, professoras com formação especializada na área do atendimento de crianças e adolescentes com deficiência, Sr. Presidente. E no meio de tudo isso, ainda temos o sucateamento e a degradação material da rede estadual.

Nós acompanhamos, fiscalizamos, conversamos com as comunidades escolares do interior paulista, da Capital, da Baixada Santista, da Grande São Paulo e diariamente nós recebemos denúncias, Sr. Presidente, sobre esse sucateamento.

Quero aqui registrar dois casos da Diretoria Norte 1 - Freguesia do Ó, da região norte de São Paulo. A primeira escola a que me refiro, Sr. Presidente, é a Escola Estadual Professor Jácomo Stávale, que fica na Freguesia do Ó. Olha só a situação desta escola, uma escola estadual, escola do Tarcísio de Freitas, escola do Renato Feder.

Isso eles não mostram na propaganda, lá na rede social da Seduc ou do governador Tarcísio. Lá houve o desabamento do forro do anfiteatro. As instalações elétricas estão comprometidas, e está chovendo dentro da escola.

Olha só esta foto, Sr. Presidente. As crianças estão tendo aula dentro da escola com guarda-chuva. Inclusive lá tem um balde no meio da sala, porque está caindo água. Esta é a situação dessa escola.

Os equipamentos essenciais estão todos comprometidos, o telhado está danificado, o teto e o reboco estão correndo o risco de queda. Isso pode colocar em risco, logicamente, a vida e a segurança das crianças, dos adolescentes, das professoras e dos funcionários.

Então esse é um caso, a Escola Estadual Profº Jácomo Stávali, Norte 1, Freguesia do Ó. Cadê a FDE? Cadê a Secretaria da Educação? Onde está o secretário Renato Feder, o empresário que tem contratos com a própria Secretaria da Educação da empresa dele? Ele disse que se afastou agora. Esse é um caso gravíssimo, Sr. Presidente. Eu, aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, quero exigir providências imediatas para que a FDE, juntamente com a Seduc, resolva essa situação.

Tem outro caso também gravíssimo, que é a Escola Estadual José Oscar Abreu Sampaio, também da mesma Diretoria de Ensino Norte 1. Essa escola fica lá no bairro Sulina. É absurdo que, no maior estado da América Latina, o estado mais rico, que tem um orçamento de 370 bilhões de reais, nós tenhamos uma quadra interditada há mais de dois anos.

Há mais de dois anos os alunos não estão tendo aulas de educação física nessa escola, na Escola José Oscar Abreu Sampaio. A escola está interditada pela Defesa Civil porque tem rachaduras, tem fissuras, tem buracos, a cobertura pode desabar. Enfim, tem várias denúncias sobre essa escola, sobre a questão estrutural, a falta de reforma estrutural.

Essas duas escolas que eu mostrei aqui, da Norte 1, elas representam um retrato, elas ilustram a situação de abandono da rede estadual de ensino, de uma boa parte, pelo menos, da rede estadual, que precisa de reformas estruturais.

Precisa também da instalação de climatização, de aparelhos de ar-condicionado, de climatizadores, de bebedouros de água potável, até por conta, agora, da emergência climática, do superaquecimento, do aquecimento global.

Então as escolas devem passar por reformas estruturais para garantir arejamento, ventilação, Sr. Presidente, e nada disso é feito. Muitas escolas do interior paulista e mesmo de São Paulo não têm nem cobertura das quadras, e outras não têm nem quadras para as aulas de educação física.

No entanto - para terminar, Sr. Presidente -, o governador aprovou um projeto aqui na Assembleia Legislativa, através da sua base de sustentação, reduzindo o orçamento da Educação de 30 para 25%, retirando, por ano, mais de 11 bilhões da escola pública. Esse dinheiro vai fazer falta para essas reformas estruturais, para investir no Magistério, nos profissionais da Educação e para equipar as nossas escolas.

Então, Sr. Presidente, eu gostaria de que cópias do meu pronunciamento fossem encaminhadas imediatamente à Secretaria da Educação e à FDE, para que as duas escolas que eu citei sejam reformadas imediatamente e as providências sejam tomadas.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Carlos Giannazi. As providências serão tomadas e encaminhada cópia do pronunciamento de V. Exa. para a Secretaria de Educação e para a FDE.

Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) O deputado Tomé Abduch. (Pausa.) A deputada Professora Bebel. (Pausa.)

Passamos agora à Lista Suplementar de oradores. Convido para fazer uso da palavra o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) O deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) A deputada Thainara Faria. (Pausa.) A deputada Professora Bebel. (Pausa.) O deputado Capitão Telhada.

Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Excelente tarde, Sr. Presidente, deputado Danilo Campetti, meus amigos deputados estaduais, as galerias que nos acompanham, aos nossos irmãos policiais militares e civis, funcionários civis desta Casa, uma excelente tarde de terça-feira.

Dirijo-me à tribuna, Sr. Presidente, nessa oportunidade, para mais uma vez cumprimentar, parabenizar, enaltecer as ações de Segurança Pública que nós temos notado dentro do nosso estado de São Paulo, dirigidas, protagonizadas pelas polícias e sob a batuta do nosso secretário de Segurança Pública e do nosso governador Tarcísio de Freitas.

Nós temos nesta Casa, hoje, em trâmite aqui, Sr. Presidente, na Assembleia Legislativa, o PLC 02. O Projeto de lei Complementar nº 02, que valoriza mais ainda a carreira do soldado e do cabo da Polícia Militar, também traz vantagens, benefícios, diretos ao segundo-sargento.

Eu explico o que é esse projeto para os amigos que nos acompanham pela TV Alesp, para aqueles que nos acompanham também pelo YouTube. Esse projeto de lei corrige uma injustiça de muito tempo dentro da Polícia Militar, que era a questão da promoção do acesso à promoção e do acesso às escolas de formação, tanto escolas de sargento como a escola de aperfeiçoamento.

Pois o policial, para acessar essa escola de formação ou para ser promovido de soldado para cabo, obrigatoriamente tinha que apresentar as suas últimas quatro avaliações de desempenho. Avaliações as quais eram feitas a cada seis meses, então uma avaliação semestral. Era obrigado a apresentar as últimas quatro, as últimas quatro sequenciais, referentes aos quatro últimos semestres.

O que ocorria? Muitos policiais que se afastavam legitimamente dos seus serviços, das suas atividades, ou por um acidente de trânsito, decorrente até do patrulhamento ou então por um ferimento em serviço, o policial era alvejado e ficava numa licença de tratamento de saúde ou a própria policial militar feminina que dava à luz e gozava de sua licença maternidade, acabava por ficar um período afastada e não era avaliada em algum semestre.

Perdia uma dessas quatro últimas avaliações e ao retornar para suas atividades, como houve um lapso das últimas quatro avaliações, dos últimos quatro semestres, recomeçava a contagem de dois anos para trás, porque não eram aceitas, por exemplo, três avaliações sequenciais, uma licença e uma quarta avaliação com uma interrupção nesse meio.

Então esse projeto corrige essa injustiça a partir da tramitação e da aprovação desse projeto aqui na Assembleia, que eu tenho certeza de que nós faremos, e o policial terá um justo reconhecimento e terá essa correção elaborada.

E passarão a valer então as últimas quatro avaliações, não obrigatoriamente sequenciais, desde que o policial tenha se afastado de maneira justificável. Então parabéns por esse passo à bancada da Segurança Pública, que construiu junto com indicações, com conversas e reuniões com nosso secretário e com nosso governador.

Também nessa linha da Segurança Pública, eu quero trazer um vídeo de uma operação da Rota, nessa semana, em Paraisópolis, junto com a Inteligência da Polícia Federal, tirando de circulação drogas, armas e indivíduos de alta periculosidade. Por gentileza, põe na tela, Machado.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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É isso aí, pessoal. A mesma comunidade, comunidade do Paraisópolis, Zona Sul da capital, a mesma comunidade onde foi presa aquela bandida que alugava armamento, capacete, mochila de pizza para falsos entregadores que vieram assassinar o Vitor Medrado, dias atrás aqui na capital.

Então, parabéns à Rota, ao sistema de inteligência da Polícia Militar e da Polícia Federal, que juntas estão enfrentando o crime organizado. O nosso secretário, junto com os comandos das polícias, e com o governador estão tendo a coragem de encarar o que ninguém antes encarou, encarar a lavagem de dinheiro, encarar a retomada dos bens que foram adquiridos através de dinheiro sujo, encarar o combate ao crime organizado, retomar áreas que, territorialmente, estavam dominadas por criminosos pelo tráfego de drogas.

Não é um trabalho fácil, não é uma vitória que nós saborearemos do dia para a noite, mas é uma construção que tem que ter resiliência, que tem que ter inteligência, tem que ter coragem e apoio. Apoio da população, apoio do governo, apoio dos políticos e, acima de tudo, transformação de lei.

Mas eu tenho certeza que São Paulo está desenhando, está escrevendo uma história que o Brasil todo vai ter que seguir, que é o combate ao crime organizado, sem jogar para baixo do tapete a sujeira, mas encarando de frente, dando nome aos bois, fazendo o que tem que ser feito.

Parabéns, secretário, mais uma vez. Parabéns, governador. Contem com o apoio dos deputados da Segurança Pública e os deputados que defendem os cidadãos de bem aqui dentro da Assembleia.

Eu tenho certeza que nós seremos vitoriosos.

Deus abençoe a nossa polícia.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Capitão Telhada.

Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão.

Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Muito obrigado, presidente em exercício, Danilo Campetti; cumprimentar também aqui os deputados, deputadas; estão aqui nossos amigos Eduardo Suplicy, Carla Morando, Capitão Telhada, em especial o pessoal que trabalha aqui na Casa.

Eu vim de uma família muito simples, tenho orgulho quando se fala Vitão do Cachorrão. Eu fui vereador, Telhada, e agora, deputado, perguntaram: “Vai deixar o seu nome no painel de Vitão do Cachorrão?” Eu falei: “Vou deixar, sim, porque eu tenho orgulho de ser vendedor de hot dog até hoje e atender o povo, Suplicy. Não perder o contato com o povo, e o melhor projeto vem do povo.

E olha só, eu estava vindo aqui no caminho, meu coração se alegrou; um vereador, que é parceiro da cidade de Fartura, que é cadeirante. Quero cumprimentar todos que vêm no nosso gabinete aqui, viajam 400, 500 quilômetros, Telhada, às vezes para buscar uma ambulância, para salvar uma vida. E, a pedido aqui do vereador Anderson, ele vem agradecer.

Eu quero mandar um abraço para todas as mães atípicas do estado de São Paulo e do mundo. Ele veio agradecer uma emenda que a gente encaminhou lá para pai de Fartura no seu nome também.

Falando em melhor projeto - que o melhor projeto vem do povo -, eu tenho dois escritórios do povo. Não coloquei nem escritório político em Sorocaba, Capitão Telhada, deixei lá, escritório do povo. Ali vem o prefeito, vem o vereador, vêm também os secretários para falar comigo, mas o pessoal que limpa o chão, o pessoal que cata reciclagem. É bem no Mercado Municipal de Sorocaba. Eles entram lá e tomam um café comigo e trazem as suas demandas.

E olha só que bacana, vou falar de alguns projetos de lei. Aqui vou ser breve, mas eu protocolei na semana retrasada, ouvindo, Danilo Campetti, estava bem ali também de presidente, meu amigo Danilo Campetti, ouvindo o pessoal, as mães, os alunos, os professores e inspetores, no meu escritório eu protocolei um projeto de lei, e o Governo já assinou, que vai colocar ar-condicionado em todas as escolas estaduais do estado de São Paulo.

Ninguém está aguentando de calor, ninguém aguenta, a criança, o adolescente, que está aprendendo... é um calor insuportável, tendo que sair e tomar água toda hora, sem ventilação, ventiladores quebrados.

E o governador, quero agradecer aqui também ao Feder, o pessoal da FDE acenou que vai atender o nosso projeto, que é ter ar-condicionado em todas as escolas estaduais. Esse projeto vem de você, Vitão? Não.

Faz 30 anos que eu estou vendendo cachorro-quente ali, hot dog, mas eu continuei atendendo e ouvindo o povo. Não estou mais na escola, mas não perco contato com os alunos. Muitos vão ali depois comer um hot dog comigo... e falando do calor insuportável.

Outra coisa que eu pedi também para o secretário de Educação: muita gente precisa trabalhar e ajudar no sustento da casa. E ele trabalha, conseguiu um emprego de jovem aprendiz. Fui procurado por uma agência, em Sorocaba, de mais de 600 pessoas que estavam precisando estudar no período noturno.

Então tem que aumentar também o horário noturno nas escolas estaduais. Eu estudei no período noturno e, olha só, com muita alegria. Eu trabalhava o dia inteiro de servente de pedreiro com meu pai, ajudava minha mãe no final de semana, no final do mês, com a renda, e aprendi a dar valor ao dinheiro suado, dinheiro suado mesmo, de bardear massa.

Então o jovem, às vezes, infelizmente, o pai é separado da mãe, ou lá da comunidade de onde eu vim, do Jardim Nova Esperança, o pai está preso e ele precisa trabalhar, daí não tem horário noturno. Então, peço aqui, o Feder está atendendo, disse que não vai faltar.

Eu preciso de mais salas de aula no período noturno, não só em Sorocaba, mas no interior, na Capital, na Grande São Paulo, porque o trabalho dignifica o homem. Então a pessoa tem que trabalhar e tem que poder estudar à noite também.

Outra coisa que eu imploro desde o começo do mandato: a carreta da mamografia. Você sabe que o diagnóstico precoce - Suplicy, V. Exa., que tem uma experiência imensa, os outros deputados também - salva vidas.

A mulher com câncer que tem o diagnóstico, o tratamento, o medicamento correto, vai salvar a vida, o governo vai economizar. E, quando eu entrei aqui, eu até liguei para o governador. Eu tomei um susto, Suplicy. Mais de 40 municípios eu tenho protocolado lá querendo a carreta de mamografia na sua cidade, para ter o diagnóstico precoce. Já vou concluir.

E absurdo: eu fiquei sabendo que só tinha uma carreta de mamografia funcionando. Não pode acontecer isso. Tem que fazer mais dez carretas de mamografia. Tem que levar lá pra Itararé, pra Itapeva, tem que levar lá pra Aparecida do Norte, porque nada se compara à vida de uma mulher, de uma mãe.

Então, carreta de mamografia em todo o estado de São Paulo.

Muito obrigado, Capitão Telhada.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Capitão Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Obrigado, Exmo. Deputado Vitão do Cachorrão. Convido o deputado Danilo Campetti para o uso da palavra no Pequeno Expediente.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Capitão Telhada, que brilhantemente fez um elogio aqui às nossas polícias, uma atuação fantástica do Governo do Estado de São Paulo, do governador Tarcísio e da Secretaria de Segurança, na pessoa do secretário Derrite, que trouxe respaldo às polícias, e as polícias exercem sim o seu papel com maestria, retirando esses meliantes do seio da nossa sociedade.

Quero cumprimentar as senhoras e os senhores deputados aqui presentes, reiterar os cumprimentos às assessorias, aos servidores da Casa, aos nossos heróis policiais civis e militares e a quem nos acompanha pela Rede Alesp. Sr. Presidente, quero externar toda a minha gratidão e a minha felicidade.

Ontem realizamos a instalação oficial da Frente Parlamentar em Defesa da União Entre Brasil e Israel e suas Soberanias, um evento fantástico aqui no plenário Juscelino Kubitschek, dizer que estaremos aqui em defesa do legítimo direito de defesa de Israel, no combate ao antissemitismo.

E dizer que a nação de Israel merece sim, e assim o tem desde 1948. Merece ter seu território e sua soberania assegurados. Então, agradecer a todos que que compõem a frente parlamentar, já são quase 30 deputados, e que comungam, com a gente, dessa mesma defesa. Outro assunto Sr. Presidente, eu gostaria de fazer um contraponto aqui no que se refere à questão da educação no Estado de São Paulo.

E eu trago avanços, ao contrário de deputados que disseram aqui, que apontam eventuais pontos ainda que não foram alcançados pelos avanços da gestão do secretário Feder e do secretário executivo Vinícius Neiva. Eu trago questões que nos orgulham aqui em São Paulo.

Por exemplo, nós temos aqui um resultado sobre a fluência leitora no estado. Vejam só: no ano passado, mostraram que 181,5 mil alunos, 48% no total, eram leitores iniciantes ou fluentes.

Essa fluência leitora é medida no segundo ano. Em 2024 houve um aumento de 57%, que resultou em 286,6 mil alunos leitores no segundo ano, 77% total. Então eu acho que política pública tem que ser baseada em dado e evidência.

Nós estamos trazendo aqui indicadores que comprovam que a administração do governador Tarcísio, da Secretaria de Educação, está indo também na direção certa. Criticam os leilões da Educação. Só que foi mostrado aqui escolas que ainda não foram alcançadas, entre as 2.000 escolas que serão reformadas, entre as mais de 1.000 escolas que serão objeto de climatização.

Esse processo está em andamento, e eu vejo que os leilões são um instrumento inovador em termos de gestão pública. Foram 2,1 bilhões investido em leilões de algumas escolas que serão construídas. Serão 33 escolas em 29 municípios, que beneficiarão mais de 30 mil alunos. E lá o diretor e o professor não se preocuparão com outra coisa senão a questão pedagógica.

Olha o avanço. Onde que isso é um retrocesso? Essas questões, por exemplo, de manutenção predial, questão de corte de grama, a climatização, ficará a cargo daquela concessionária. Então os prefeitos e os diretores só se preocuparão em quem dá aula. Onde que nós estamos avançando na Educação?

E aqui eu deixo meus cumprimentos sim, ao secretário Feder, ao secretário executivo Vinícius Neiva, ao governador Tarcísio. Por essa gestão inovadora que está implementando aqui no Estado de São Paulo.

Fica aqui o meu registro, muito obrigado, Sr. Presidente.

Fiquem todos com Deus, um grande abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Obrigado, excelentíssimo deputado Danilo Campetti. Convido para fazer uso da palavra o deputado Paulo Mansur no Pequeno Expediente.

 

O SR. PAULO MANSUR - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar o presidente capitão Telhada, Carla Morando aqui presente, deputado Suplicy também e o nosso amigo Campetti.

Bom, dois pesos e duas medidas: é assim que a gente vê o nosso País e a Justiça. Eu me recordo que em 1992 a gente teve um impeachment do Collor neste País. Só que, quando ele soube que iria ter o impeachment, ele tentou fechar o Congresso Nacional. Mas acabou ocorrendo o impeachment, e ele não foi impedido de concorrer às eleições.

Ele não se tornou inelegível por tentar, naquele momento, no desespero do impeachment, ter tentado fechar o Congresso Nacional. Aliás, tornou-se senador e até hoje está dentro da política. Dilma Rousseff, também em 2016, quando houve o impeachment, muitos não sabem, mas ela tentou falar com os militares para que não tivesse votação.

Isso, quem disse, foi o Cardoso, que era advogado dela na época, e declarou que tentou usar os generais, usar os militares do Exército para que não houvesse votação no Congresso Nacional. E, mesmo assim, ela não continuou impedida de concorrer às eleições. Inclusive, no último pleito, ela tentou para senadora e perdeu a eleição, a Dilma Rousseff.

Mas, com o Bolsonaro, a Justiça está agindo diferente, a Justiça está agindo diferente. Com o presidente Bolsonaro, ele não assinou nenhum papel de golpe, não tem assinatura dele, não tem uma troca de e-mail dele falando sobre golpe.

Ou seja, muito mais concreto foi, e declarado se foi na época, uma tentativa dos outros presidentes anteriores de parar o Congresso Nacional. E, com o presidente Bolsonaro, não houve isso. E estão tentando deixá-lo inelegível, e eu pego essa palavra aqui, que a Justiça decidiu torná-lo inelegível - e eu pego essa palavra aqui - porque, supostamente, ele articulou um golpe.

E é isso que a PGR está fazendo. Querendo deixar o presidente Bolsonaro inelegível porque ele articulou um golpe. E aonde que está a prova em cima disso? É isso que nós temos no País? É isso que nós queremos para o nosso País? E a pergunta fica, a pergunta fica aqui.

A diferença do tratamento entre Collor, Dilma Rousseff e o presidente Bolsonaro. É isso que a Justiça faz no nosso Brasil? É uma Justiça política? Nós sabemos que, quando se dá um golpe no país, você precisa de um armamento pesado, você precisa de militares, como aconteceu na Venezuela e entre outros países. Sabemos como tem um golpe.

E eu trago esse assunto porque a PGR tentou, está tentando, deixar o presidente Bolsonaro inelegível. Coisa que é um absurdo que vem acontecendo no nosso País. Esteve viajando agora ontem para um lugar do País, que eu vi nas redes sociais dele, e as pessoas parando-o na rua, cumprimentando, agarrando, aquela multidão, indo atrás do presidente Bolsonaro, coisa que a gente não vê com o Lula.

A gente não vê com o Lula. Por exemplo, vai ter agora o túnel Santos-Guarujá, tenho muito carinho pela cidade de Santos, ajudei muito a cidade até agora como deputado estadual, mas no mesmo palco que o Lula eu não fico. Ele vai estar lá em Santos quinta-feira.

Estou lutando pelo túnel Santos-Guarujá, mas no mesmo palco do Lula eu não piso. Então fica aqui o meu carinho por Santos, o meu carinho pela Baixada Santista. Eu espero que vá sair, tenho certeza, o túnel Santos-Guarujá, mas no palco com o Lula eu não fico.

Muito obrigado, presidente.

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- Assume a Presidência o Sr. Danilo Campetti.

 

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O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Paulo Mansur. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputada Carla Morando, V. Exa. tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Presidente, pela ordem, uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Capitão Telhada, para uma comunicação.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Quero trazer a informação completa da operação da Rota no Paraisópolis, zona sul da capital, que culminou com a prisão de três indivíduos faccionados, indivíduos de alta periculosidade, que atuavam na chamada “restrita tática”, do PCC.

É uma equipe tática, de fato, com indivíduos que têm certa qualificação operacional para atuar em crimes, presidente, de alto poder agressivo, seja no “novo cangaço”, seja em roubos a bancos, roubos a carro forte, enfrentamento às Forças de Segurança.

Então essa operação da inteligência da Polícia Militar com a Rota, e com outros órgãos policiais, tem uma importância ímpar hoje no que tem acontecido no estado de São Paulo, justamente porque lá em Paraisópolis é o mesmo local onde a mandante do crime que vitimou o Vitor Medrado se escondia e cometia os seus crimes, mesmo local em que uma equipe do 16º Batalhão foi agredida a tiros agora em janeiro.

Teve um tenente, tenente Ronald, baleado em uma troca de tiros com um fuzil, inclusive. E, diga-se de passagem, o criminoso foi preso em flagrante pela Polícia Militar e ficou 31 dias preso. Já está em liberdade, solicitada por uma promotora do Ministério Público, o que é um tapa na cara da sociedade essa questão. Preso em flagrante por homicídio qualificado tentado.

Essa operação, que desarticulou esse bunker, teve um sucesso de apreender um fuzil calibre 556; dois coletes balísticos; oito granadas defensivas - então são granadas utilizadas em conflitos, em guerra -; 50 quilos de maconha; 46 quilos de cocaína; 12 quilos de pasta base; um quilo de metanfetamina; 15 litros de lança-perfume; além de bloqueadores de sinal de celular e de veículo, de alarme; uniformes táticos; camisas e uniformes da Polícia Civil; celulares. Três indivíduos foram presos.

Mais uma vez eu parabenizo a Rota, na figura do seu comandante, tenente-coronel Takahashi; parabenizo a Secretaria de Segurança Pública e a inteligência das polícias do nosso governador. Tem que ter coragem para colocar o dedo na ferida e enfrentar o crime organizado cara a cara, sem se vender a narrativas fáceis.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Capitão Telhada. Deputada Carla Morando, V. Exa. tem a palavra.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Muito obrigada, presidente, nossos colegas deputados aqui presentes. Hoje eu venho aqui para falar de um órgão tão importante do nosso estado que é a Defensoria Pública. A Defensoria Pública, que foi feita, foi aprovada a criação por esta Casa e traz muitos benefícios à população de bem que a procura, as pessoas mais necessitadas.

Quero aqui parabenizar o trabalho da nossa defensora-geral, Dra. Luciana Jordão; também a vice-defensora, Dra. Bruna; a Rebeca, que também faz parte da equipe. Agradecer todo o trabalho que elas desenvolvem em nosso estado.

Também dizer que elas ajudam aí na defesa da Polícia Militar e da Polícia Civil, onde nós estamos aí com tratativas e que, em breve, nós estaremos com um novo ponto de defesa do policial militar e policial civil dentro do Comando Geral da Polícia.

Porém, a Defensoria é muito boa, mas existe sempre o ruim dentro das coisas que são boas. E aqui eu venho destacar algumas questões sobre alguns ofícios encaminhados à Prefeitura de São Paulo, que vão contra as pessoas de bem.

Então, foi um ofício da Defensoria Pública pedindo que não fosse utilizado o “Smart Sampa” agora, durante o carnaval, dizendo que é uma manifestação cultural. Concordo, é uma manifestação cultural onde as pessoas de bem devem poder se divertir tranquilamente.

Mas ela quer, ela não, elas. Três defensoras públicas, que eu vou citar nome aqui: Dra. Fernanda Penteado Balera, Dra. Gabriela Galetti Pimenta e Dra. Surrailly Fernandes Youssef. Porém, as três mandaram um ofício, tanto para o prefeito Ricardo Nunes, e também para o secretário de Segurança Pública, Orlando Morando, e os dois receberam com surpresa e muito indignados.

Eu acredito que a população de bem, 100%, está indignada com o que elas pediram: para que não fossem fiscalizados os grandes blocos; para que não mexesse com o bandido, se ele estivesse ali, se manifestando pacificamente.

Ora, eu de verdade, eu chego a não acreditar que três defensoras possam fazer um tipo de ofício como esse. Já não bastasse a questão do muro, onde foi feito para proteger a Cracolândia, para que eles não sofressem nenhum acidente, já que aquela rua ao lado é muito movimentada, elas já queriam que tirassem o muro.

Agora elas querem que não faça nenhum tipo de fiscalização. Então, deputado Suplicy, não é normal. O bandido vai pular o Carnaval dele dentro da cadeia. Não é para ele pular o Carnaval junto com a sociedade de bem.

Então, eu fico muito indignada com esse tipo de ofício, e eu trago aqui os números, porque foi hoje, inclusive, inaugurado o prisômetro, que é para trazer transparência ao “Smart Sampa”, onde foram capturados, foragidos, 719, e isso já tem algumas horas, então, provavelmente esse número já esteja defasado.

Presos no ano de 2025, 401 foragidos; presos somente no mês de fevereiro, 143 foragidos; também nas últimas 24 horas, dois foragidos, e o total de presos em flagrante foi de mil novecentos e seis.

Uma tecnologia usada para ajudar e para proteger a população de bem, agora sendo cerceada. Então, além da ampla aceitação, o direito de lazer das pessoas de bem e a garantia de segurança. Isso é o que as três defensoras não querem, porque o bandido pode se manifestar tranquilamente e pacificamente.

Então, um estuprador pode estar lá no meio, pode estar também o traficante, pode estar uma pessoa que cometeu diversos homicídios, mas ela está se manifestando em paz, então deixa ela ficar feliz ali. O lugar deles é na cadeia, doutoras, é na cadeia que eles têm que estar.

É inadmissível - só para finalizar, mais um minutinho - é inadmissível que um órgão público deixe de utilizar meios tecnológicos para segurança e proteção da população. É inadmissível.

A função da Defensoria é a proteção dos necessitados e não a garantia de lazer e impunidade aos criminosos. O lugar de criminoso, de curtir o Carnaval, não é nas ruas, junto com a população de bem, ele tem que estar na cadeia.

Fica aqui uma pergunta que eu deixo a todas as pessoas que estão nos acompanhando. Essas defensoras públicas, Dra. Fernanda, Dra. Gabriela e Dra. Surrailly, elas estão, em verdade, defendendo os interesses de quem? De quem elas estão defendendo os interesses?

Me desculpem, mas não é o interesse da população de bem. Eu, na atuação como servidora pública, tomarei todas as medidas necessárias para que a defesa da população e do bem-estar do nosso estado e da população de bem sejam preservados.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputada Carla Morando. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Eduardo Suplicy. Enquanto o deputado Eduardo Suplicy se dirige à tribuna, eu quero cumprimentar os alunos do Senac Aclimação - muito obrigado pela visita -, que nos acompanham hoje aqui na Assembleia Legislativa. Deputado Eduardo Suplicy, V. Exa. tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Danilo Campetti, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, caro deputado Reis, ontem, no fim do dia, saiu uma matéria na “Folha de São Paulo” que relatava a redução do número de usuários de drogas na Rua dos Protestantes, em São Paulo, como resultado de um monitoramento intensivo com drones, guardas civis e um painel virtual.

No entanto, essa diminuição tem sido acompanhada pelo aumento de aglomerações de usuários de crack em outras áreas da cidade, como, por exemplo, na Luz, no bairro de Santa Cecília, na Consolação, no Bom Retiro e Campos Elíseos. Moradores, comerciantes e presidentes de Conselhos Comunitários de Segurança, Consegs, apontam que a dispersão dos usuários para outras regiões tem gerado novos focos de consumo de drogas, onde o problema se agrava à noite e nos finais de semana.

A Prefeitura atribui a redução de pessoas na rua, dos protestantes, ao aprimoramento das abordagens de Saúde e Assistência Social. No entanto, o foco excessivo na Segurança Pública, com ações policiais e apreensões, não resolvem a questão de fundo, que é a falta de atenção psicossocial e de políticas públicas efetivas para a inserção social.

A dispersão da Cracolândia para outras regiões evidencia a falta de uma política integrada que vá além da repressão, revela a complexidade do problema e a necessidade de abordagens que considerem a dignidade humana e a inclusão social. Enquanto a Prefeitura e o governo estadual destacam a queda nos índices de roubos, furtos e apreensões de objetos perfurocortantes, é urgente questionar a falta de investimento em saúde mental, assistência social e programas de redução de danos.

A gestão municipal precisa reconhecer que a Segurança Pública sozinha não é suficiente para resolver o problema das drogas e da população em situação de rua. É essencial priorizar políticas públicas que garantam o acesso à tratamento em liberdade, moradia, emprego e dignidade, visando a melhoria da qualidade de vida desses munícipes, que hoje são tratados como um problema a ser deslocado, e não como cidadãos que precisam de cuidados e inclusão.

Mas também gostaria de tratar de outro assunto que saiu ontem na “Folha de S. Paulo”, sobre o gasto de 810 milhões de reais em obras sem licitação em ano eleitoral, feito pela gestão Ricardo Nunes, aqui na cidade de São Paulo.

Segundo a reportagem, a Siurb, Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras, assinou 28 contratos com dispensa de licitação e em regime de emergência no ano eleitoral de 2024, totalizando R$ 810,3 milhões.

Alguns foram assinados no período de campanha. Entre os contratos, há serviços como recuperação estrutural de um CEU e do sistema de drenagem, obras para contenção e recomposição da margem de córrego, recuperação de galerias de águas pluviais, reforço de muro em escola e contenção de talude. O maior contrato foi firmado em dezembro de 2024, ao custo de R$ 117 milhões, para obras de recuperação de galerias na avenida Dr. Gastão Vidigal, na zona oeste.

Reportagem da Folha de 2023 já mostrava que, no primeiro mandato de Nunes, o valor gasto com obras emergenciais, que não exigem licitação, teve um crescimento de 10.400% em cinco anos. O valor aumentou de R$ 20 milhões em 2017 para R$ 2,1 bilhões em 2022. O expediente passou a ser apurado pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas do Município.

Obras emergenciais devem ocorrer de forma responsável e somente quando realmente for urgente, e não por falta de planejamento ou outras motivações. É de extrema importância a apuração que tem sido feita pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas.

Eu teria mais para falar, mas...

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Vossa Excelência pode se inscrever no Grande Expediente, deputado.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Então me inscrevo no Grande Expediente, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Está joia. Muito obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Convido para fazer uso da palavra o deputado Reis. (Pausa.) Deputada Thainara. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo remanescente do Pequeno Expediente.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muitíssimo obrigada, nobre presidente, Srs. Deputados, um agradecimento especial ao deputado Reis pela possibilidade de fazer uso da palavra agora no Pequeno Expediente. Quero saudar as pessoas que nos acompanham aqui no plenário, os assessores, servidores, policiais. Muito boa tarde para o estado de São Paulo.

O que eu trago hoje é uma notícia extremamente triste. Todo mundo acompanhou a morte, através de um acidente, de 12 estudantes de São Joaquim da Barra que saíam da universidade em Franca. O que muitos não sabem é que o acidente ocorreu em um desvio, porque a ponte que o governador Tarcísio deveria ter reformado, através de sua secretária Natália, não cumpriu o prazo e nem iniciou a reforma necessária.

Doze vidas de doze estudantes universitários de São Joaquim da Barra, do interior do estado de São Paulo, que foram perdidas e que, infelizmente, nós não vamos recuperar essas vidas.

Nosso mandato fez um requerimento para questionar o governador sobre o porquê de esta obra estar parada. Por que nada foi feito? Essas famílias que agora choram a morte de seus entes queridos também querem uma resposta. Para que vocês acompanhem o nosso requerimento, o nosso questionamento foi o seguinte:

“Considerando que a Rodovia Fábio Talarico, SP-345, segue interditada desde novembro de 2024 para que seja realizada obra estrutural na ponte sobre o Rio Salgado e que o trecho interditado é de extrema relevância para a circulação de veículos entre as cidades ligadas pelo trecho - a notar, Franca e São Joaquim da Barra, entre outras -, quais têm sido as providências emergenciais para que essa obra seja realizada no regime de urgência?”

Lembrando que, se ela tivesse sido realizada antes, muito provavelmente esse acidente não teria acontecido. Lembrando que teve que desviar a rota, desviar o caminho, porque a obra na ponte do Rio Salgado, sobre o Rio Salgado, não foi feita.

Segundo questionamento: “Considerando que a Assembleia Legislativa, através de outros mandatos, notificou o DER e a secretaria em questão sobre a urgência e solicitou explicações sobre o andamento da obra ainda em janeiro, quais providências foram tomadas até então?” Isso é importante para saber que esta Casa não está inerte à necessidade de obras no estado de São Paulo.

O terceiro questionamento foi: “Considerando que respondido à imprensa em nota do DER que a obra ainda se encontra em estágio de estudos técnicos, gostaríamos então que fosse esclarecido se os estudos estão sendo internamente ou se serão contratados. Caso estejam sendo realizados internamente, que sejam enviados à Alesp os resultados já obtidos até o momento, visto que o estudo já vem sendo feito há três meses.”

“Considerando que alguns desvios não são adequados para os motoristas, quais medidas o DER vem tomando para que esses trechos sejam evitados? Existe uma política de alerta aos motoristas? Quais ações têm sido feitas para divulgação em rotas mais seguras?”

Além disso, colocamos na justificativa a triste notícia: “Na noite do dia 20 de fevereiro de 2025, um grave acidente envolvendo uma carreta e um ônibus, no trecho de desvio da obra citada, ocasionou a morte de 12 estudantes que voltavam da Universidade de Franca para suas residências em São Joaquim da Barra.

São vidas que foram perdidas em estrada perigosa sem acostamento e com situação precária. Os motoristas utilizavam o desvio justamente por conta da interdição da Rodovia Fábio Talarico, SP-345.

É imprescindível que o governo, através do governador, preste toda solidariedade e acompanhamento às vítimas, assim como a toda a população do estado de São Paulo que precisa dessas rodovias para trabalhar, estudar e escoar mercadorias.”

Como meu tempo está acabando, eu peço encarecidamente ao governador do estado de São Paulo: dê atenção à manutenção necessária das vias do estado de São Paulo. Não vamos permitir que outros acidentes aconteçam, que outras vidas sejam colocadas em risco por conta de desvios mal feitos e de obras atrasadas.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputada Thainara Faria.

Encerrado o Pequeno Expediente, imediatamente eu já abro o Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

 Convido o deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Convido o deputado Reis, em permuta com a deputada Professora Bebel.

Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. REIS - PT - Saudar os Srs. Deputados, Sras. Deputadas, o público presente, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica. Também saudar todos os funcionários públicos e todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pela Rede Alesp.

Presidente, eu quero deixar registrado aqui que, no dia 13 de março, nós vamos ter aqui uma audiência pública, 13 de março, às 18 horas, no Plenário Franco Montoro. Quero deixar aqui registrado o convite público para todos os policiais civis, os policiais técnico-científicos para participar dessa audiência em que será debatida a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, a Lei nº 14.735.

É uma lei nacional, uma lei que foi aprovada em Brasília e que os estados estão debruçando em cima desta lei para promover a sua regulamentação. E nós estamos convidando todos os sindicatos, todas as entidades de classe para fazer parte dessa audiência pública e também convidamos o Sr. Fraide Sales, que é o secretário-executivo da Casa Civil, que está coordenando o grupo de trabalho, um grupo de trabalho que tem participação de integrantes da Secretaria de Segurança Pública, da Procuradoria-Geral do Estado, da Secretaria da Casa Civil, de policiais civis, de integrantes da Secretaria de Gestão e Governo Digital.

Então, esse grupo foi formado. Ele está promovendo várias reuniões, inclusive uma em que eu participei, outra com as entidades classistas, e nós tiramos essa data no dia 13 de março, para fazer essa audiência pública e chamar os integrantes da Polícia Civil para ouvi-los, porque é uma audiência para ouvi-los, quais as impressões que estão tendo com relação a todo esse debate em torno da Lei Orgânica Nacional.

Então, registro aqui. Deixo o convite aqui, nesse Grande Expediente para que todos os policiais civis, todas as carreiras, delegados, investigadores, escrivães, fotógrafos, desenhistas, papiloscopista, auxiliar de papiloscopista, carcereiros, agentes policiais, agente de telecomunicação, peritos, auxiliar de necrópsia, médicos-legistas, para que todos possam estar presentes nesta audiência pública e, obviamente, trazer contribuições, ouvir e serem ouvidos. É o registro que eu deixo dessa audiência pública.

Depois eu quero, também já nesse Grande Expediente, Sr. Presidente, deixar registrada aqui a cobrança ao Sr. Governador de Estado de São Paulo, para que mande para esta Casa o projeto de reajuste dos servidores públicos e também dos funcionários da Segurança Pública, de todas as carreiras, a Polícia Penal, Polícia Técnico-Científica, Polícia Militar e Polícia Civil, porque é compromisso do governador, foi compromisso de campanha.

Ele falhou o ano passado, que ele não mandou nenhum projeto, não deu nenhum reajuste no ano passado para os policiais, para as forças de Segurança Pública, não deu nenhum reajuste para os servidores públicos.

Esta Casa deu reajuste para os servidores públicos, a Defensoria, o Ministério Público, a magistratura, o Tribunal de Justiça, a Câmara de São Paulo, a Prefeitura de São Paulo, todos deram reajuste para os seus servidores, menos o Governo do Estado de São Paulo.

Então, quero deixar registrado aqui essa cobrança, para que esse ano não aconteça o que aconteceu no ano anterior. Que o governador mande, sim, um projeto para reajustar o salário dos servidores públicos e reajustar o salário dos profissionais das forças de Segurança Pública.

E também deixar registrada a cobrança do reajuste do vale-refeição, mas conhecido como “vale-coxinha”. Ele continua R$ 12,00; desde quando o governador está aí que nós estamos cobrando, e já houve um período em que o líder dele prometeu que seria reajustado, mas até hoje não houve nenhuma ação do governador para reajustar o vale-coxinha, que é uma vergonha, R$ 12,00.

Depois eu quero deixar registrado também, Sr. Presidente, que estão aqui inclusive integrantes da Polícia Penal, estão aqui na galeria acompanhando esta sessão, uma saudação a todos os policiais penais.

Eu quero deixar aqui que há uma insatisfação muito grande da Polícia Penal com relação à nova legislação, à nova lei que foi aprovada e às ações do Executivo, às ações do governador, do Governo do Estado de São Paulo. Nós fizemos um requerimento de informação, encaminhamos para o governo.

Conforme manifestação do Sindicato dos Funcionários do Sistema Penitenciário do Estado de São Paulo, os procedimentos referentes ao pagamento dos policiais penais ativos e inativos apresentaram-se eivados de erros, podendo causar grave prejuízo e insegurança jurídica à categoria.

Tais equívocos envolveriam questões relacionadas ao enquadramento e cálculos efetuados em manifesto desrespeito ao artigo 1º das disposições transitórias da Lei n.º 1.416, de 26 de setembro de 2024, que instituiu a Lei Orgânica da Polícia Penal e definiu o Estatuto dos Policiais Penais no quadro da Secretaria da Administração Penitenciária.

Aí eu estou passando os erros que foram trazidos ao nosso mandato. Com relação aos erros identificados, foram realizados os seguintes apontamentos: não enquadramento de integrantes aposentados como policiais penais.

Então os policiais penais que se encontravam aposentados antes da aprovação dessa lei não passaram a policiais penais; eles continuam lá como agentes de segurança penitenciária e agentes de escolta e vigilância. Então essa é uma grande reclamação, porque eles não passaram para esse novo cargo.

Não enquadramento dos policiais da ativa em afastamento médico e pertencente à classe de agente de escolta e vigilância penitenciária, AEVPs, como policiais penais; incorreção nos cálculos aplicados para a retenção do IR e para a contribuição devida à SPPrev, o que exige correção imediata e individualizada; cálculo errôneo no pagamento do subsídio de policiais penais afetados por ações judiciais; supressão da vantagem pessoal decorrente do enquadramento do subsídio vantagem pessoal aos servidores que fazem jus ao seu recebimento.

Em razão dessas reclamações, desses erros que ora foram trazidos para nós, nós fizemos a seguinte indagação: Quais razões ensejaram os erros apresentados? Que medidas serão adotadas para a devida correção e para evitar eventual reincidência? Como se dará o cronograma para a correção dos pagamentos?

Aguarda-se a indicação de prazos e procedimentos claros para que os servidores possam acompanhar o processo. Quais serão os canais de atendimento junto à pasta? Aguarda-se a criação de canais específicos para que os servidores possam tirar dúvidas e solicitar informações sobre os seus casos individuais.

O presente requerimento é plenamente justificável, uma vez que os esclarecimentos requeridos e a solução dos problemas elencados são fundamentais para garantir a valorização e o reconhecimento dos policiais penais, que desempenham papel essencial à Segurança Pública do Estado de São Paulo. Deputado Reis.

Então esse foi um requerimento que nós encaminhamos. Porque os policiais penais, quando o governo foi fazer a aplicação da lei, e quando eles receberam os seus pagamentos, identificaram todos esses problemas. E um dos grandes problemas é que os policiais aposentados não foram reenquadrados na nova carreira de policial, ou de policiais penais.

Então, essa é a cobrança que nós estamos fazendo, deixando registrado este requerimento ao secretário e ao Governo do Estado de São Paulo, para que prestem informações, e deem satisfação aos integrantes da Polícia Penal.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Reis. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, em permuta com o deputado Dr. Jorge do Carmo. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de 10 minutos. Antes, porém, gostaria de cumprimentar os irmãos da Polícia Penal aqui presentes. São sempre bem-vindos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente deputado Danilo Campetti, Srs. Deputados e Sras. Deputadas.

Outro assunto que eu gostaria de falar a respeito é da gestão municipal de São Paulo na área da Saúde. No início deste mês, ficamos chocados com a informação de que, no Hospital Nossa Senhora do Pari, no Centro de São Paulo, estavam usando furadeiras domésticas em cirurgias ortopédicas.

Ontem a Globo retomou o tema com mais detalhes e relatos de funcionários e pacientes. Segundo um funcionário ouvido pela TV Globo, diversos pacientes desenvolveram problemas pós-cirurgia por conta da falta de higienização dos equipamentos utilizados para realizar os procedimentos.

‘“O funcionário afirmou: ‘Vários problemas, infecções. Problemas por conta da furadeira, que vazava óleo. Ela vazava muito, ainda mais uma furadeira antiga. Depois da denúncia, foi trocada. Mas antes disso era tudo coisa velha. As furadeiras também eram compartilhadas’.”

“Ele ainda complementou: ‘Só vejo essas amarelas de parede mesmo. E como que as parafusadeiras chegam até lá, dá para saber. Tem uma pessoa responsável por comprar as coisas do hospital e ela compra essas [caseiras] porque diz que é mais barato e também para manutenção é mais barato’.”

“Até mesmo pacientes que realizaram procedimentos simples tiveram sequelas por conta da falta de higienização dos equipamentos.

Um exemplo foi Íria Maria Assunção, que procurou o hospital para realizar uma cirurgia de retirada de joanetes nos pés, mas ficou com problemas de locomoção. O procedimento, simples, foi realizado em 2021.

‘O médico me disse que eu iria sair andando. Mas desde então, nunca mais andei. O sentimento que eu tenho é de indignação, sabe? Eu imaginei que ia me aposentar, curtir minha vida, continuar indo ao meu karaokê, no entanto, para mim, foi a pior coisa que poderia acontecer’.

O uso de furadeiras domésticas em cirurgias é proibido pela Anvisa desde 2008. A nota técnica, emitida pelo órgão, afirma que o uso representa um grave risco para a saúde e constitui infração sanitária por se tratar de produto sem registro na Anvisa.”

É de extrema importância a averiguação e a responsabilização dos culpados. Gostaria, ainda, de aqui registrar que moradores da zona sul de São Paulo dizem estar recebendo água com mau cheiro e coloração escura nas torneiras de suas casas. A situação estaria ocorrendo nas regiões de Santo Amaro, Capão Redondo, Interlagos, Cidade Dutra, Vila São José, Cidade Ademar e Grajaú.

Em alguns endereços, o problema teria começado em dezembro. Segundo relatos, a água sai amarelada, esverdeada ou marrom. O odor seria similar ao de enxofre. Responsável pela distribuição na cidade, a Sabesp, agora privatizada pelo governador Tarcísio de Freitas, afirmou que a alteração na coloração é causada por questões climáticas, mas a água é potável e segura para consumo.

"Parece que vem direto da represa para a torneira, sem tratamento nenhum", diz Joelma Gomes, de 33 anos, moradora da Vila Natal, no Grajaú. Sua vizinha, Lucrécia Freitas, 42, diz estar sentindo até coceira ao tomar banho e que seu filho de seis meses desenvolveu um quadro de dermatite. No Capão Redondo, Isabella Seglio, 26, relata que a água tem saído suja da torneira.

Por isso, ela está comprando água em galões. Moradores de vários bairros atingidos têm compartilhado a situação em grupos nas redes sociais. Eles reclamam ainda da demora da Sabesp em atender suas solicitações de vistoria. Ainda na zona sul, residentes convivem com falta d’água, como mostrou a “Folha”. O desabastecimento, porém, tem se tornado cada vez mais longo, afirmam.

No Parque Alto do Rio Bonito, na Cidade Dutra, a água na casa de Gabriel Freitas, de 23 anos, tem acabado no início da noite e voltado somente após as 6 horas. Mesmo assim, relata ele, sua conta aumentou 400% em comparação ao último mês, indo de R$ 120,00 para R$ 480,00.

Isabella Seglio também enfrenta desabastecimento no Capão. Às 16 horas desta segunda-feira, dia 24, ela já não tinha água. "Isso sempre aconteceu por aqui, mas antes começava umas 22 horas e 30 minutos, depois 19 horas, agora já no começo da tarde."

Segundo Samanta Souza, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Sabesp, o crescimento populacional na zona sul sobrecarrega a tubulação que retira a água da represa de Guarapiranga - reservatório responsável pela região sul - e distribui para as casas.

"Se um duto foi projetado para atender mil residências, ele vai ter problemas quando a demanda cresce muito", disse. Isso, afirma, piora quando o clima é quente e seco. Nessas condições, a população tende a aumentar o consumo, forçando ainda mais a canalização.

A Sabesp afirma estar investindo 55 milhões de reais em obras e que coloca em operação até março três novas estações de tratamento, um reservatório e uma nova central de bombeamento para levar essa água para os moradores da Capital e da Grande São Paulo. Espero que o problema possa ser logo resolvido.

Sr. Presidente, muito obrigado por sua atenção e possibilidade de que eu pudesse falar todo esse tempo.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.)

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Eu queria falar pelo Art. 82, pela liderança da Minoria... Se tem alguém inscrito para falar no Grande Expediente, eu espero, não tem problema.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Seria o deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Então pode colocar ele na minha frente, que depois eu falo pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Convido o deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Convido a deputada Thainara Faria. (Pausa.) Convido o deputado Luiz Claudio Marcolino, em permuta com o deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, nobre deputado Danilo Campetti. Eu quero trazer aqui uma denúncia da população do estado de São Paulo em relação ao transporte escolar de Ribeirão Pires. Pedir ao Machado colocar aqui a apresentação.

Então eu estive na semana passada conversando com as mães da cidade de Ribeirão Pires. E, justamente, o prefeito da cidade altera um decreto da cidade, deixando milhares de crianças sem o transporte escolar.

E aqui eu trouxe algumas figuras que são os caminhos perigosos: estudantes caminham por ruas esburacadas; trechos com mato alto; vias com valas nas laterais, sem calçadas; passam e atravessam a Rodovia Índio Tibiriçá, sem faixa de pedestre e sem acostamento para chegarem à escola.

Todos esses alunos, que estão inclusive aqui nessas imagens, até o final do ano passado tinham direito ao transporte escolar na cidade e simplesmente por uma alteração do decreto municipal... Queria que colocasse a próxima, Machado. Aqui tem o Decreto nº 7.527, de 2024, que foi publicado no dia 22/01/2025, faltando apenas dez dias para o início das aulas na cidade de Ribeirão Pires.

Então a consequência desse decreto pelo prefeito são 98 crianças, hoje, na cidade de Ribeirão Pires que estão sem transporte - incluindo aqui alunos com TDH, dislexia e deficiência intelectual. Essa retirada do transporte gratuito para os alunos de 11 anos... Então qual foi o critério? Então alunos acima de 11 anos e que residem até dois quilômetros da escola ficariam fora dessa distribuição.

O problema é que o prefeito está se utilizando e fala que se utiliza de um decreto, também, do Governo do Estado de São Paulo. Mas nós fomos atrás do decreto do Governo do Estado de São Paulo. Mesmo quando coloca a questão dos dois quilômetros, você tem que levar em consideração que tem regiões, tem bairros que não são uma linha reta.

O Governo do Estado de São Paulo, para esse critério, utiliza-se inclusive depois de uma avaliação... Inclusive com a avaliação individual, muitos dos alunos que são atendidos na região têm o transporte funcionando normalmente, quando se fala do transporte estadual. E o prefeito se utilizou desse decreto estadual para tirar 98 crianças - dez dias antes de começar o período escolar - do acesso ao transporte gratuito.

Queria que colocasse aqui a próxima... Então aqui, essa mesma. Pode deixar. A anterior. Pode deixar. O secretário Raphael Volpi, que inclusive é irmão do próprio prefeito, publicou um vídeo alegando fraudes no cadastro do transporte escolar. Primeiro, as mães se sentiram ofendidas pois estavam sem atendimento e sem informações.

Na realidade, mais de 100 famílias prejudicadas por um decreto injusto. Então esses alunos que nós estamos falando da cidade de Ribeirão Pires já haviam sido atendidos. E esse decreto, essa retirada desses 98 alunos, foi feito inclusive sem diálogo com os pais e responsáveis dessas crianças.

Então coloco aqui, inclusive, uma imagem da rua da escola, que sempre alaga em dias chuvosos e que não se chega sequer a pé no portão da escola. Mostrar aqui um pouco da realidade nas áreas de Ribeirão Pires.

Agora a luta que as mães têm feito... Elas têm se mobilizado lá na cidade pelo direito dos seus filhos. Hoje além do problema da falta de transporte, tem o problema de segurança no trajeto, para a volta às casas. Inclusive tem uma parte dessas escolas que os alunos saem a partir das 18 horas, colocando ainda mais em risco a vida dessas crianças.

Então, já são dez dias que os alunos estão com a falta de transporte. E isso já tem caracterizado falta, inclusive, para os alunos. Porque as mães não conseguem deixar os filhos irem para a escola sozinhos, porque já tinha toda uma programação, esse transporte já era garantido a cada um e cada uma dessas alunas. Simplesmente o prefeito corta por esse decreto.

Então, o que está se propondo aqui, os pais e as mães desses alunos? Revogação imediata do Decreto nº 7.527, de 2024, reestabelecimento do transporte escolar gratuito para todos os alunos que necessitam e transparência e diálogo, que hoje falta por parte da Prefeitura Municipal. Então é importante a transparência e diálogo com a comunidade.

Para finalizar, a educação e um direito, não é um privilégio. Aqui reafirmando o nosso compromisso que fiz lá junto com as mães em Ribeirão Pires. Nós vamos ter que trabalhar até que, efetivamente, esse problema seja sanado, e tem que ser sanado o mais rápido possível.

A Prefeitura é obrigada a garantir a volta segura para casa das crianças e dos adolescentes. Se não cumpre o básico, que é manter as vias iluminadas limpas e com infraestrutura de calçada e pavimento, no mínimo tem que garantir o transporte seguro para as crianças e adolescentes da cidade de Ribeirão Pires.

Como é uma questão urgente, Sr. Presidente, eu queria que fosse encaminhado. Eu já encaminhei um ofício ao prefeito, para que ele revogue esse decreto que ele publicou no começo de 2025. Os alunos já iniciaram o período escolar. Então, gostaria que esse meu discurso fosse encaminhado à Secretaria Municipal de Educação de Ribeirão Pires, que seja encaminhado ao prefeito de Ribeirão Pires, e gostaria que fosse encaminhado também ao secretário de Educação e à FDE aqui também do estado de São Paulo.

Porque o prefeito tem se utilizado, e o secretário de Educação, de que ele tem seguido o mesmo decreto que é utilizado pelo governo do estado de São Paulo. Então o governo faz uma maldade, e tem se acobertado a partir do Governo do Estado - o decreto também é estadual -, para não garantir esse transporte para 198 crianças da cidade de Ribeirão Pires.

Então queremos que isso seja resolvido o mais rápido possível. Então, gostaria que meu discurso fosse encaminhado ao prefeito, ao secretário municipal de Educação de Ribeirão Pires, ao secretário de Educação e também à FDE também no estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Luiz Claudio Marcolino. A Presidência determina os encaminhamentos, conforme solicitado pelo deputado.

Convido, seguindo agora o Grande Expediente, convido para fazer uso da palavra o deputado Enio Tatto, em permuta com o deputado Donato. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, público que nos assiste, funcionários aqui da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, eu queria falar nesses dez minutos sobre três assuntos que eu acho de suma importância. Primeiro, de uma audiência pública que teremos no dia 27 de fevereiro, que vai ser na próxima quinta-feira, que vai tratar sobre a linha do Metrô até o Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo.

É uma grande luta, uma história que já passa de 20 anos. Uma reivindicação daquele povo que mora lá no fundão da Zona Sul e que reivindica esse prolongamento da Linha 5, do Capão Redondo até o Jardim Ângela, até o Hospital do M’Boi Mirim. São duas estações, e o Governo do Estado está programando, convocando essa audiência pública, que terá a presença da CCR e da ViaMobilidade, que vão fazer a gestão daquela linha de Metrô que vai até o Jardim Ângela.

Então, eu queria convidar toda a população daquela região, com certeza diversos parlamentares, vereadores, deputados federais, deputados estaduais, pessoal do Executivo, mas, de forma muito especial, quem mora naquela região, aquele pessoal que levanta de manhã, levanta às quatro, cinco horas, leva duas horas para ir trabalhar de ônibus, para chegar até o Brooklin, até o centro da cidade, e o mesmo acontece quando ele volta para sua casa.

Isso é uma luta de muitos anos do movimento pelo metrô da região, de parlamentares de todos os partidos, desses parlamentares. Já fizemos diversas audiências públicas aqui na Assembleia Legislativa, diversas audiências para aquela região, porque é uma região muito carente de transporte de massa. E todo mundo está esperando que agora saia essa extensão da Linha 5, Linha Lilás do Metrô.

Por que é que estou falando isso? Porque faz muitos anos, já tiveram muitas promessas, muitos lançamentos de pedras fundamentais, governadores das gestões passadas, que foram lá principalmente em véspera de eleição, falando que o prolongamento iria acontecer. Não aconteceu e a população sempre sofrendo. Agora parece que é para valer. Tudo indica que neste ano começarão as obras do metrô Jardim Ângela.

Então é uma grande luta, uma grande vitória e a população está muito esperançosa de que desta vez sai. Então dia 27, no CEU Capão Redondo, às 18 horas, todos estão convidados. A zona sul tem pelo menos quatro obras de mobilidade que faz muito tempo que a gente luta.

Primeiro a Linha 4 chegar até Taboão da Serra. Tem a promessa de começar este ano também. É a primeira vez que uma linha de Metrô vai sair da Capital. Vai sair para outra cidade e vai chegar até Taboão da Serra.

Também é uma luta grande, uma reivindicação grande, de muita gente. Então o pessoal está muito esperançoso. A outra é essa do metrô Jardim Ângela, de chegar até o Jardim Ângela, até o Hospital M’Boi Mirim, Menininha. Quem mora naquela região sabe muito bem.

Tem uma outra grande luta que a gente espera, que está emperrada e que também já foram feitas promessas, já foram feitos atos com o governador, com o prefeito, com os políticos da região, que não sai, que está demorando muito, que é a duplicação da estrada do M’Boi Mirim. O prefeito Fernando Haddad, quando era prefeito da cidade de São Paulo, fez a duplicação de um pedaço até o Hospital de M’Boi Mirim. Falta chegar em Itapecerica da Serra, que é uma região carente e que o povo sofre muito com o congestionamento.

A outra obra importante - e eu tive a felicidade de participar - foi do trem da CPTM até a Estação Varginha. Faz pouco tempo. Um mês atrás foi inaugurada enfim a Estação Varginha do trem da CPTM. Uma obra muito bonita. A população está feliz, mas demorou muito também. Foram mais de 15 anos para se construir quatro quilômetros de linha, de trilho.

Os primeiros dois até a Estação Bruno Covas, que é lá na Vila Natal. E os outros dois quilômetros - eu estava lá na inauguração, o governador foi lá - até a Estação Varginha. O governador já lançou a ideia e o estudo a pedido da gente, para fazer o estudo para o trem também chegar até Parelheiros e depois, futuramente, até a Baixada Santista.

Por que Baixada Santista? Porque nós estamos a 70 quilômetros para unir a região metropolitana, a capital de São Paulo, com a praia. Por que construir, duplicar outra via da Imigrantes para as pessoas pagarem pedágio, e não fazer uma linha de 70 quilômetros de trem para a população, principalmente a mais carente, chegar até a praia? E para trabalhar também. Não ficar pegando aquele congestionamento enorme na Imigrantes, na Anchieta, e pagando pedágios caros.

Outro assunto que eu queria falar é sobre a linha do Metrô, a Linha Lilás. Eu liguei essa semana também para o presidente da Casa, deputado André do Prado, e ele me ligou também.

Está tramitando aqui nesta Casa - eu gostaria da ajuda, inclusive do senhor, Sr. Presidente - um empréstimo do governo federal, através do PAC, que nós precisamos aprovar aqui para essa Linha Lilás do Metrô até o Jardim Ângela.

Então eu coloquei na minha bancada hoje. Minha bancada não tem problema nenhum. E a gente está à disposição para votar já, antes do dia 15, que é quando a gente muda a Mesa aqui - e depois tem que mudar as comissões e pode demorar demais -, para a gente aprovar esse empréstimo do Governo do Estado de São Paulo, um empréstimo do governo federal, uma autorização, que é isso que a gente faz, que vai ser usado para a Linha Lilás, que eu acabei de falar, do Jardim Ângela.

Então tem acordo. Vamos trabalhar para que, na próxima semana, antes do dia 15, quando da eleição da Mesa, a gente vote esse empréstimo. É um empréstimo de dois bilhões e 720 milhões, sendo que um bilhão e 736 milhões é do PAC, do governo federal.

Então, o governo federal entrou com dinheiro, e agora a gente espera que essa linha do metrô, a Linha Lilás, seja concluída, seja construída realmente para o bem daquela população.

Por último, eu queria falar para vocês, para todos, e acho que muitos parlamentares... A população está sofrendo muito e foi muito rápido. É a respeito da Sabesp. Não sei se V. Exa. tem ouvido, tem recebido reclamações. Duas reclamações: uma do aumento das contas de água. É muita reclamação em todas as regiões, em todos os municípios do estado de São Paulo. A conta chegou mais rápido do que a gente denunciava aqui na época da privatização.

Quem está mais sofrendo, onde tem mais reclamação, é quem tinha uma tarifa social, que está perdendo a tarifa social. A pessoa que pagava 20, 30 reais, que era uma tarifa social, está recebendo conta de 70 reais, 100, 200, 300 reais.

Uma reclamação generalizada. Isso vem de três meses para cá, ou seja, logo em seguida; terminou a privatização, já começaram a receber a conta em casa, uma conta absurda. Uma reclamação generalizada.

Reclamação de que não conseguem falar com a Sabesp. A gente alertava que, quando privatiza, você diminui o número de funcionários e diminui o número de atendimentos. A população já está com esse sofrimento.

Mais do que isso, uma reclamação da má qualidade da água. Hoje, teve pelas suas... lá da região do Varginha, onde eu moro, região de Parelheiros, região da Yervant, na Pedreira, Cidade Ademar e outras regiões, reclamando da qualidade da água, da sujeira da água, do barro.

E, em muitos lugares, faltando água. Faltando água em UBSs, faltando água em escolas. Ou seja, não faz nem um ano que foi privatizada e a população já está sofrendo as consequências.

Não chega o problema da Enel, que todo mundo conhece, que todo mundo sabe e sofre com a Enel, com a energia elétrica. Quando da discussão da privatização da Sabesp, a gente alertava que não tinha como dar certo, que a população ia pagar a conta. E já está chegando a conta, apenas três, quatro meses depois da privatização. Pior do que isso: a má qualidade da água.

Então, queria deixar registrado esse protesto e agora, aqui na Assembleia Legislativa, já tem iniciativa de pedido de CPI, de convocação dos dirigentes, para a gente discutir e fazer com que a Sabesp, a empresa que ganhou, corrija e não deixe faltar água de qualidade para a população.

Todo mundo sabe que quando falta água e a conta vem alta, quem sofre mais é a população mais carente. Não vai faltar água na região central. Vai faltar água sabe onde? Lá no fundão, lá na periferia, lá nos municípios mais longínquos. É isso que está acontecendo. Apenas três, quatro meses depois da privatização, já está tendo esse sofrimento que a gente denunciou na época.

Era isso, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo de lideranças, peço a suspensão da presente sessão até às 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Enio Tatto. Em atenção ao acordo de lideranças, os trabalhos estão suspensos até às 16 horas e 30 minutos. Muito obrigado a todos. Deus abençoe.

 

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- Suspensa às 15 horas e 38 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 30 minutos, sob a Presidência do Sr. Danilo Campetti.

 

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O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Boa tarde a todos.

 Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

                       

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Há sobre a mesa requerimento da nobre deputada Solange Freitas, com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de Encontro de Lideranças Femininas do União Brasil Mulher, a realizar-se no dia 12 de março do corrente ano, em Brasília, sem ônus para este Poder.

 As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa requerimento do nobre deputado Guto Zacarias, com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 53 do Regimento Interno para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de reuniões e eventos na Câmara dos Deputados sobre a proteção de crianças e adolescentes contra o uso de videogames, entre os dias 11 e 13 de março do corrente ano, em Brasília, sem ônus para este Poder.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Esta Presidência agradece a presença de todos.

Está levantada a presente sessão.

Deus os abençoe, boa tarde.

 

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Levanta-se a sessão às 16 horas e 32 minutos.

 

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