REQUERIMENTO Nº 3550, DE 2005 Requeremos, nos termos regimentais, seja consignado na ata dos nossos trabalhos um voto de louvor, "post mortem", ao grande político e jornalista Plínio Salgado, cujo 30º aniversário de falecimento será comemorado no dia 7 de dezembro do corrente ano. Requeremos, outrossim, que desta manifestação seja dada ciência aos familiares, amigos e admiradores de Plínio Salgado, na pessoa do Professor Paulo Fernando Melo da Costa, Diretor de Relações Públicas da Casa de Plínio Salgado, localizada na Avenida Casper Líbero, nº 36, sala 212, Cep 01033-000 / São Paulo. JUSTIFICATIVA Plínio Salgado nasceu em 22 de janeiro de 1895, na cidade paulista de São Bento do Sapucaí. Desde criança demonstrou seu interesse pela leitura e aos 18 anos de idade já participava de movimentos políticos, tendo fundado na época, o Partido Municipalista, cujo objetivo era defender o municipalismo e fazer oposição ao Governo Estadual. Em 1919, Plínio Salgado mudou-se para São Paulo, onde ingressou no jornal "O Correio Paulistano", o que lhe propiciou contato e conhecimento com intelectuais e políticos. Em 1927, elegeu-se Deputado Estadual com expressiva votação. Foi membro da Academia Paulista de Letras, onde atuou ao lado ao lado de Menotti Del Picchia, Alfredo Ellis Júnior, Cassiano Ricardo e outros. Escreveu diversas obras entre as quais: "O Estrangeiro, Literaturas e Políticas, Discurso às Estulas, O Curupira e o Carão. Participou e incentivou inúmeros movimentos políticos, escreveu artigos em jornais, lançou manifestos e foi um dos maiores e mais importantes defensores do que se chamou de "integralismo", tendo sido fundador da Ação Integralista Brasileira, da qual foi o grande líder. Foi, também, Deputado Federal pelo Estado de São Paulo e pelo Estado do Paraná. Foi candidato a Presidência da República em 1955, representou o Brasil em conferências internacionais, tendo sido nosso representante na Conferência Geral da UNESCO, realizada em Paris, no ano de 1961. Plínio Salgado foi um idealista, um patriota e um nacionalista. Sua vida foi inteiramente voltada para a solução e defesa das grandes causas nacionais, tendo deixado seu nome marcado de forma indelével na história do Brasil. Faleceu no dia 7 de dezembro de 1975, sendo que sua morte foi objeto de grande consternação e pesar pelos que o conheceram e com ele conviveram. Pela oportunidade, cabe inserir nesta justificativa parte do que sobre ele escreveu José Baptista de Carvalho, na apresentação do livro intitulado " Plínio Salgado, in memoriam", da associação, entre a Editora Voz do Oeste e a Casa de Plínio Salgado. "Plínio Salgado iniciou sua vida política e sua trajetória de grande escritor e jornalista na década de 20. Depois de ter fundado o primeiro Partido Municipalista do Brasil foi redator do Correio Paulistano e eleito Deputado à Assembléia Legislativa de São Paulo. Participou ativamente do Movimento Modernista, liderando a corrente verde - amarelista. Seu romance, O Estrangeiro, é considerado obra pioneira do romance modernista. Na década de 30 fundou a Ação Integralista Brasileira, o maior movimento político autenticamente nacionalista do País, com núcleos em todos os Municípios e Vilas do Brasil. Foi candidato à Presidência da República nas eleições que se realizaram em 1937. Teve seu movimento político fechado por Decreto da ditadura instalada em 10 de novembro de 1937 e em seguida, foi preso e exilado em Portugal. Nessa época escreveu grande parte de sua obra literária. No período de exílio na Europa continuou sua vida de escritor e didata, pronunciando inúmeras conferências e produzindo uma vasta literatura. Anistiado, retorna ao Brasil e é eleito Presidente Nacional do Partido de Representação Popular (1946) pelo qual foi candidato à Presidência da República (1955), e, posteriormente, Deputado Federal pelo Paraná e por São Paulo. Suas atividades parlamentares foram registradas pela publicação de vários discursos e pareceres, inclusive em Perfis Parlamentares, editado pela Câmara dos Deputados em 1982. Manteve-se em atividade constante como líder político e escritor até o seu falecimento em 1975". Assim sendo, na oportunidade em que será comemorado o 30º aniversário do falecimento de Plínio Salgado, entendemos que a data deva ficar registrada nos anais desta Casa, com a justa homenagem do povo paulista a este grande brasileiro. Sala das Sessões, em 30/11/2005 a) Antonio Salim Curiati