Comissão recebe entidades de estudantes para debate do Plano Estadual de Educação

Há três propostas em debate: a do Executivo, a do Fórum Estadual de Educação e a da Apeoesp
08/09/2015 19:18 | Da Redação

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Rita Passos preside reunião da Comissão de Educação<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2015/fg175436.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputados debatem Plano Estadual de Educação (PEE) com estudantes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2015/fg175437.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> UEE e ANPG vieram à Assembleia debater PEE<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2015/fg175438.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão de Educação e Cultura recebeu nesta terça-feira, 8/9, entidades de estudantes que vieram à Assembleia Legislativa apresentar aos deputados críticas e contribuições referentes ao Plano Estadual de Educação (PEE). Tramitando em regime de urgência, o plano contém as metas e estratégias da educação no Estado de São Paulo para os próximos dez anos e sua aprovação está proposta no Projeto de Lei 1.083/2015.

O seminário que discutiu o PEE foi realizado por proposta da União Estadual dos Estudantes do Estado de São Paulo (UEE). A presidente da entidade, Flávia Oliveira, sintetizou suas reivindicações observando os estudantes presentes nesta tarde no auditório Teotônio Vilela: "nós, negros e pardos, não estamos nas salas de aula das três universidades públicas estaduais, da mesma forma, a realidade da maioria dos estudantes do Estado não está no PEE".

Flávia destacou a necessidade de políticas públicas que possam apoiar estudantes da classe trabalhadora que hoje podem acessar a universidade por meio de cotas ou do Programa Universidade para Todos (Prouni). Disse ainda que é preciso incluir nos currículos, desde o ensino médio, a história dos indígenas e negros e as discussões de gênero, para combater qualquer forma de discriminação, racismo e homofobia.

Angela Meyer, da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, considerou que para a discussão do PEE é preciso pensar a educação no Estado de São Paulo. Segundo ela, "a escola precisa formar cidadãos para a liberdade e não mais ensinar e reproduzir os processos repressivos da sociedade".

Outra entidade presente foi a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), representada por Marcelo Arias, que propôs a ampliação da proposta de financiamento. "Se educação é prioridade, é preciso que isso esteja expresso na prática, no orçamento da Educação", considerou. Assim como as outras entidades, ele propõem a taxação sobre a propriedade hoje isentas: IPVA sobre barcos e aviões, por exemplo.

Henrique Domingues, do Diretório Central dos Estudantes das Faculdadedes de Tecnologia de São Paulo (Fatecs), reivindicou metas mais ousadas para o ensino das escolas tecnológicas.

Sobre a elaboração do PEE, falou Marilena Malvesi, representando a Secretaria de Educação. Ela tratou da encomenda feita pelo responsável pela pasta ao Fórum Estadual de Educação de São Paulo e do trabalho desenvolvido pelo Conselho Estadual de Educação e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

Também palestrante do seminário, João Palma, do Fórum Estadual de Educação, lembrou que há hoje na Assembleia três planos de educação: o PL de autoria do Executivo; a proposta original da entidade que ele representa entregue à Secretaria de Educação em março de 2015; e a proposta pela Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Segundo ele, entre estes documentos há 70% de consenso, no entanto, os 30% restantes, em que há incompatibilidades, diz respeito ao financiamento do sistema. Destacou, ainda, como importante divergência, o fato de que a proposta do Fórum acompanha o Plano Nacional da Educação quanto à universalização da educação e que, ao contrário, "os formuladores no governo do Estado, assim como as universidades estaduais, são contra as cotas".

Além dos deputados mencionados, participaram da reunião os deputados membros da Comissão de Educação e Cultura Rodrigo Moraes (PSC) e Welson Gasparini (PSDB), e a deputada Leci Brandão (PCdoB).

alesp