Artista de alma sensível, Marise Braga nos leva a encontrar em sua obra pictórica uma serena correspondência entre a força emotiva e a autenticidade dos episódios descritos. Sua pintura nasce de uma profunda carga emotiva, que se manifesta através de um cromatismo equilibrado, agradável e surpreendente, onde a figura humana, enfocada como parte predominante da natureza, é enfrentada e reproduzida com escrúpulo. Seguindo uma harmônica distribuição dos planos definidos pelo traço do contorno, que flui rítmico, os personagens de Marise Braga possuem estrutura sólida dentro de uma composição apropriada. Mantendo perfeito equilíbrio entre a figura e os valores cromáticos, eles parecem aflorar do fundo com uma luminosidade que se distende para dar maior densidade plástica às imagens. Com predisposição para retratar o panorama figurativo e seguindo uma temática relativa ao ser humano, suas etnias, costumes e crenças, a pintora se direciona a uma prioridade de caráter espiritual, não se afastando de um certo virtuosismo estético. A obra "Jarros d"Água", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, se afirma por meio de um sentido vivo de observação realística, que lhe permite exaltar a representação no seu valor mais íntimo, quase com um tom afetivo em direção às particularidades mínimas da vida cotidiana. A artista Marise, pseudônimo artístico de Marise Coting Braga, nasceu em São Paulo, em 1958, tendo iniciado seus estudos de desenho e pintura com Anita Fraga (1982-1984) e Anna Cortazzio (1984-1999). Realizou exposições individuais no Espaço Cultural da Assembléia Legislativa de São Paulo (1997); Saguão Central do Aeroporto de Congonhas, São Paulo, SP (1998); Associação Atlética do Banco do Brasil, São Paulo, SP (2001 e 2005); e Espaço Cultural V Centenário, da Assembléia Legislativa de São Paulo (2006). Participou de mostras coletivas no Departamento de Bibliotecas Públicas, Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo, SP (1993); Espaço Cultural da Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP (1996); Salão Nobre do Teatro Municipal de Santo André, SP (1997); Espaço Cultural da Faculdade Oswaldo Cruz, São Paulo, SP (1999); Taverna Country, São Paulo, SP (2000); Espaço Cultural do Sesc Consolação, São Paulo, SP (2000); XXVI e XXVII Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário, Secretaria de Cultura de Ilhabela, SP (2002 e 2005). Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil e no exterior e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.