O clima de montanha deu a Bragança Paulista a condição de estância climática desde 1964. A cidade está a apenas 89 quilômetros da capital, e fica na região sudeste do Estado, na serra da Mantiqueira, perto da fronteira com Minas Gerais. Fica entre sete colinas, e é chamada de "cidade poesia". Em cada colina, uma paróquia: Santa Libânia, Santa Terezinha, Santa Luzia e São José; a Catedral e Rosário, no centro (quinta colina); a paróquia da Vila Aparecida (sexta colina), e, por fim a sétima colina, onde fica o Cruzeiro, bairro de Vila Maria. Bragança foi fundada em 15 de dezembro de 1763, numa colina à margem direita do ribeirão Canivete (hoje ribeirão Lavapés, afluente do rio Jaguari), pelo casal Antonio e Inácia da Silva Pimentel em cumprimento a uma promessa feita a Nossa Senhora da Conceição, com o nome de Conceição do Jaguary. Quando, em 1797, foi levada à categoria de vila, passou a ser Nova Bragança, em homenagem à dinastia que então reinava em Portugal e, após um discutido desmembramento com Atibaia, passou, em 1856, a cidade, com o nome de Bragança, sendo o Paulista acrescentado em 1944, para diferenciá-la de homônima no Estado do Pará. Localizada na região mais desenvolvida do país, Bragança Paulista hoje é um centro industrial. Em 1984, a cidade, que conta com cerca de 140 mil habitantes, foi reconhecida como sede da Região Bragantina, composta por 13 cidades vizinhas. A cidade Logo na entrada o visitante vindo da rodovia Fernão Dias pode admirar o lago Taboão, cartão postal que embeleza a cidade, cujas margens são usadas para a prática de caminhadas, corridas, e onde há quadras e playground. No seu entorno se localizam bares, restaurantes e o Centro de Artesanato, que realiza exposições aos domingos. Ainda na cidade, as atrações são o Jardim Público, com alamedas e árvores centenárias e um minizôo, e a praça Raul Leme, localizada no centro da cidade, onde está a catedral. Lá ocorrem em julho o Festival de Inverno e, em dezembro, programação cultural de natal, ocasião em que o templo recebe iluminação especial. O turista pode conhecer no Museu Municipal Oswaldo Russomano, instalado em um casarão de 1896, um acervo de peças pessoais de grandes nomes da história do município e objetos que retratam a época dos barões de café, dos constitucionalistas e da ocupação indígena do Guaripocaba. Também podem ser vistos objetos da antiga estrada de ferro e obras de arte sacra. Ainda no centro da cidade está o Museu do Telefone, em prédio construído em 1907, com acervo de 60 peças da extinta Companhia Telefônica Bragantina, uma das primeiras do país. Natureza A geografia acidentada de Bragança Paulista atrai ecoturistas e praticantes de turismo de aventura. A Montanha Leite Sol (1.125 metros de altura) e do Guaripocaba (1.200 metros) e o Pico do Lopo (1.750 metros), acessíveis por trilhas, dão uma bela visão da região. Para os escaladores esportivos, além dessas montanhas, a pedra de Guaraiúva e as rochas do Refúgio, Urubu Malandro e do Negativo do Visual, parte do chamado Circuito Visual das Águas, são diversão garantida. Ainda podem ser praticados arvorismo, cavalgadas, tirolesa, rapel, rafting e vôo de paraglider e trilhas off-road. Anualmente, é realizada a Caminhada de São Tiago de Bragança, inspirada na de Santiago de Compostela, na Espanha. Trata-se de uma peregrinação tem 19 quilômetros de extensão, com cerca de 4 a 5 horas de duração. No Aeroclube de Bragança Paulista há cursos de pilotagem e passeios. Lá ocorre, em junho, uma etapa do Campeonato Brasileiro de Acrobacia. No município fica parte da represa Jaguary-Jacareí, que possui 50 km² de água límpida circundada por montanhas e uma natureza exuberante, usada para os mais diversos esportes náuticos e onde há pousadas e campings.