Clique para ver a imagem " alt="Mary Yamanaka: "Sertãozinho: caminhos cor de rosa" Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt="Uydad Nassar: "Explosão Rosa" Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt="Júlia Vespa: "Natureza em Flor" Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt="Roni Neufeld: "Parque Nacional da Bocaina" Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt="Myrthes Bernardes: "Ipê amarelo" Clique para ver a imagem ">

"Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos - e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou".

Assim se expressava Cecília Meireles em sua mensagem sobre a primavera, na década de 60.

Como todos os anos, a primavera chegou... Embora acreditemos que ela deva chegar, sobretudo ao coração dos seres humanos. No início desta primavera, oferecemos aos nossos leitores uma mensagem primaveril, através de alguns quadros do Acervo Artístico do Legislativo Paulista.

Gilda Gil: "Caminho de Paranapiacaba"

A estrutura de suas composições é feita com sabedoria e perfeito equilíbrio, sobretudo nas paisagens campestres e em suas imagens florais, nas quais a tradução fiel da realidade comporta necessariamente a busca de uma linha compositiva que leve em conta a complexidade do que é real.

Júlia Vespa: "Natureza em Flor"

Sua aproximação com a natureza é uma mensagem a todos os seres humanos que advertem tal retorno como o fenômeno da renovação da própria natureza e do homem. A forma e a cor são tratadas com extremo domínio de uma técnica pessoalmente elaborada e afinada na interpretação poeticamente colorística do ambiente.

Mary Yamanaka: "Sertãozinho: caminhos cor de rosa"

O seu realismo é, sobretudo, repleto de cromatismo, de poesia e de musicalidade. Sente tudo o que pinta como sente a vida, o sangue, o vento, a beleza da luz, do local, da cor. Tudo a faz palpitar. Por amor, restitui em poesia tudo o que capta da beleza do mundo.

Myrthes Bernardes: "Ipê amarelo"

Suas composições em esmalte bem demonstram o positivo de sua arte e apresentam um diálogo aberto, através de um figurativo, bem impostado no desenho e acompanhado de um cromatismo brilhante. Tudo isso é o reflexo de um ambiente em que a luz e a cor estão presentes, uma vez que o calor da terra permanece no sangue.

Roni Neufeld: "Parque Nacional da Bocaina"

Sua realidade paisagística está ligada à realidade do ambiente, das coisas e das pessoas: um discurso inequívoco que não deixa margem a polêmicas ou desvirtuamentos. Trata-se de uma pintura que se apresenta plenamente capaz de exprimir as sensações mais vivas da artista e nos faz participar de sua serenidade interior.

Sophia Tassinari: "Flores do meu Jardim"

Atenta na disposição dos tons, Sophia Tassinari se transforma em intérprete da festa das cores que a primavera promete às árvores, aos jardins, aos campos e às florestas. Ela dispõe a matéria com a mesma paciência da natureza ao desabrochar cada flor nos ramos de um ipê.

Uydad Nassar: "Explosão Rosa"

A força dessa pintora manifesta-se em todo o seu vigor, quase desejando acentuar por meio de suas flores o sentido da luz que deliberadamente se incorpora nas formas até transformá-las em valores expressivos. A artista encontra e descobre a felicidade da natureza, exaltando todo o perfume através das flores que pinta com um jogo de verdes, rosas, violeta e amarelos.

Valério Dias: "Flamboyant em Flor"

Intimamente ligado à natureza e ao meio ambiente, dedica essa fase pictórica à árvore na paisagem brasileira, uma visão que sugere um diálogo com a realidade. Sob o impulso de uma comunicação direta, o artista transmite em sua obra sensações, momentos emotivos e uma íntima necessidade de exprimir o que sente sua criatividade artística.