A espessa camada de espuma formada pelo processo de poluição do rio Tietê que atinge vários municípios da Região Metropolitana, chegando até Salto, tem solução. É o que garante o deputado Rodolfo Costa e Silva (PSDB), membro da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa e autor da proposta de audiência pública que vai discutir o assunto com especialistas e representantes do Departamento de Águas e Energia Elétrica, da Empresa Metropolitana de Águas e Energia e da SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Apesar de tratar-se de um problema complexo, cuja solução definitiva acontecerá a longo prazo, com a conclusão do Programa de Despoluição do Tietê, o parlamentar está solicitando ao governo do estado "providências concretas" para reduzir os efeitos da espuma. Ele sugere, por exemplo, "a implantação de diluição da espuma através de aspersões".

Outra medida sugerida pelo deputado é a aplicação de produtos que minimizem a formação de odores, como forma de combater o mau cheiro decorrente da anaerobiose concomitante com a presença de sulfetos. A aplicação, segundo o deputado, pode ser feita nos períodos de longa estiagem.

Nesta semana, a espuma gerada pela poluição que cobre o rio Tietê ocupou as primeiras páginas dos principais jornais de São Paulo e despertou a atenção de especialistas para o problema. Preocupado com a situação dos municípios à jusante da cidade de São Paulo, o deputado Rodolfo Costa e Silva defende também a criação de medidas compensatórias pelo governo estadual para atender, sobretudo, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Cabreúva e Salto, justamente o trecho de maior poluição.

O parlamentar defende que os recursos sejam direcionados à implantação de Estações de Tratamento de Esgoto e outros investimentos em saneamento básico.



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