O setor de saúde na aglomeração urbana recém-criada também está comprometido Recentemente aprovada, a Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) mereceu da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP) uma audiência pública para debater o Orçamento estadual 2012. A reunião desta sexta-feira, 14/10, no Ciesp de Jundiaí, foi presidida por Mauro Bragato (PSDB) e contou com a presença de vários parlamentares. O presidente da CFOP esclareceu que os participantes poderiam fazer sugestões ao Orçamento, de forma que estas possam ser aproveitadas como emendas orçamentárias. A maioria dos cidadãos enumerou problemas no setor de transportes e na malha viária, entretanto, muitos pleitos referentes à saúde também foram apresentados. Ary Fossen (PSDB) representa a região no Parlamento paulista e pretende solicitar melhorias para os conjuntos habitacionais da CDHU. Igualmente representante de Jundiaí no Legislativo, Pedro Bigardi (PCdoB) sugeriu dotações para que entre em funcionamento com urgência o hospital regional, o Ambulatório Médico de Especialidades, juntamente com distribuição de remédios gratuita. Em nome do prefeito, José Antonio Parimoschi, secretário de Finanças de Jundiaí, destacou que o hospital e o AME já estão com obras em andamento e reivindicou recursos para obras viárias, para implantar o parque tecnológico, além de mais moradias populares. Além da conclusão das obras para o atendimento de saúde, transformar a serra do Japi em patrimônio ambiental do Estado é um dos objetivos de Julio Cesar Oliveira, presidente da Câmara de Jundiaí. O vice-presidente da CFOP, Luiz Cláudio Marcolino (PT), lembrou que é importante o envolvimento da Ciesp na realização desta audiência, uma vez que os empresários têm que participar do debate ao lado dos cidadãos. Para seu colega de comissão, Vitor Sapienza (PPS), Jundiaí tem pujança agroeconômica e pode ser considerada a Califórnia brasileira. Diminuição de leitos hospitalares e praças de pedágio são, para a deputada Ana Perugini (PT), problemas a se vencer no Estado de São Paulo. É da região, segundo a deputada, uma das cidades mais pedagiada do mundo, Itatiba. Marcos Martins (PT) disse que há participação do governo federal no custeio da saúde no município e criticou as obras na estrada de ligação Jundiaí-Itatiba, dizendo que deixaram muito a desejar. A cada ano, a forma de se fazer audiência pública é aprimorada. O desafio de Jundiaí é, segundo Regina Gonçalves (PV), colocar na prática tudo o que se refere à AUJ e está previsto no papel. Custeio da saúde e trens Para Pio Romeira, secretário de Várzea Paulista, o Estado tem que garantir o custeio da saúde e deve expor regras mais claras sobre a destinação das verbas para o setor. Edgar de Assis, de associação de aposentados, reclamou da falta de geriatras na rede pública e pediu insumos para diminuir o preço dos medicamentos para idosos. Ariovaldo Bonini, do Sindicato dos Ferroviários, propôs a extensão das linhas da CPTM até Campinas, com atendimento aos municípios de Valinhos, Vinhedo e Louveira, lembrando que a infraestrutura já existe, basta vontade política. Mais viadutos na região, principalmente entre Jundiaí e Várzea e entre esta cidade e Campo Limpo Paulista foram outras solicitações na área de transportes. Também foi pedida a pavimentação da estrada Campo Limpo-Jarinu. O vereador de Jundiaí, Silvio Ermane, chegou a propor um trem bala entre sua cidade e São Paulo. A transposição da linha férrea no bairro do Curupira foi mais um pedido na área de transportes. André Guimarães, da Frente Nacional de Vereadores pela Reforma Urbana, quer projetos da CDHU para os pequenos municípios da região, plano diretor regional para a AUJ, incrementar transporte metropolitano (trens) e mais investimentos para agricultura. Para a segurança pública foi pedido um quartel para o Corpo de Bombeiros e recursos para ampliar o efetivo policial. Na área da educação, a reclamação é de falta de salas de aula, de professores e de segurança nas escolas. Apesar da obra anunciada, o túnel de Botujuru, em Campo Limpo Paulista, continua servindo de passagem para um único carro e para crianças que caminham no acesso à escola. A informação foi do vereador Marcos Roberto que ainda protestou contra a Sabesp, por ter se recusado a fazer obra, que seria paga, para fornecer água potável a 120 famílias da cidade.