A invasão do conjunto residencial da USP pelo Exército, em 17 de dezembro de 1968, quatro dias após a decretação do AI-5, foi relembrada nesta quarta-feira, na Assembléia Legislativa, decorridos 40 anos. O presidente da Comissão de Educação da Assembléia, deputado Simão Pedro (PT), deu as boas vindas aos cruspianos e falou da importância do evento para manter vivas na memória tanto a violência da repressão como a resistência dos estudantes moradores do conjunto. Adriano Diogo, da Comissão de Direitos Humanos, sugeriu que se colocassem placas nos blocos do Crusp com os nomes dos alunos que lá estavam quando da invasão e dos que morreram no enfrentamento, como uma homenagem e um alerta para as gerações que se sucedem na moradia estudantil. A mesa dos trabalhos foi composta pelos deputados acima citados, pelo deputado Rui Falcão (PT) " que falou um pouco da época em que morou na Casa do Estudante, do Centro Acadêmico XI de Agosto, e de como a invasão do Crusp atingiu mesmo aqueles que, como ele, já não eram estudantes ", pelo vereador e cruspiano Eliseu Gabriel, pela diretora da Faculdade de Educação, Sonia Penin, que representou a reitora da USP, e pelos cruspianos Rafael de Falco Neto, Hugo Marques Rosa, Fúlvia Molina, Cecília Garçoni e Victor Foroni. Durante o evento foi exibido um vídeo mostrando imagens da época da invasão e de encontros entres os cruspianos depois de 5, 10, 20 e, agora, 40 anos.