Funcionalismo marcou presença, assim como autoridades da região e segmentos da saúde Moradores de Ribeirão Preto e região compareceram à Câmara de Ribeirão Preto para apresentar demandas ao Orçamento estadual 2017, na sexta-feira, 10/6. Os trabalhos foram conduzidos por Leo Oliveira (PMDB) e a mesa composta pelo deputado Rafael Silva (PDT), pelo presidente da Câmara, Valter Gomes, os vereadores de Ribeirão Glaucia Berenice e Maurício Gasparini, a vice-prefeita de Serra Azul, Maria Salete Giolo e o prefeito de Altinópolis, Marco Hyssa Luiz. Leo Oliveira agradeceu a presença de todos que lotaram o plenário da Câmara. O deputado citou o projeto que transforma Ribeirão Preto e entorno em região metropolitana, lembrando que o mesmo deve ser votado no Parlamento paulista na próxima semana. Quanto à audiência, o deputado disse que é um espaço democrático para oitiva da população. Duplicação da rodovia Artur Costa Curta, melhorias na educação foram demandas citadas por Rafael Silva, que ainda falou da criação da região metropolitana de Ribeirão Preto. Representante do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustível (Ceise BR), Sebastião Macedo quer incentivos fiscais para o segmento. Câmara de Ribeirão Vereador Gasparini destacou que neste ano suas propostas estão voltadas à segurança pública: câmaras de monitoramento, aumento do efetivo policial e instalação de gabinete regional. Ele ainda pediu a internacionalização do aeroporto e pontes na estrada para Bonfim Paulista. A vereadora Glaucia Berenice solicitou recursos para o hospital Santa Lídia, implantação de casas de atendimento para crianças e adolescentes, recursos para o serviço de fortalecimento de vínculos escolares, instalação de centros-dia para atendimento de idosos e ampliação do programa Recomeço, voltado para dependentes químicos, de forma a atender os moradores de Ribeirão, uma vez que as clínicas da região têm atendido cidadãos da capital. Cultura e assistência social Miriam Fontana, representante do Fórum do Interior, Litoral e Grande São Paulo, pleiteou o aumento de recursos " R$ 100 milhões para o Proac Editais, programa cultural cujo aporte no Estado nunca ultrapassa R$ 30 milhões anuais. "Enquanto isso o Proac ICMS, voltado a grandes empresas, atinge com frequência mais de R$ 130 milhões". Verbas para a promoção de assistência social e atenção especial para o terceiro setor (ONGs) foi o pedido de Márcia Pieri, presidente da Associação Programa de Mãos Estendidas. Ela quer desburocratização e critérios na distribuição dessas verbas. Municípios O vereador Vitório, de Jaboticabal, sugeriu para a sua cidade novas viaturas, ambulâncias, construção de novas alas na Santa Casa, reforma dos prédios escolares estaduais, otimização de projetos de recuperação da bacia do Mogi Guaçu e incentivos à agricultura familiar. Taquaritinga foi representada pelo vereador José Girotto, que disse que a mecanização da colheita de cana gerou desemprego e uma forma de dirimir esse problema é gerar desenvolvimento. Para tanto, pediu a inclusão da cidade na nova região metropolitana. Ibitinga, terra do bordado, tem sofrido com o desemprego, afirmou Cristina Arantes, vice-prefeita da cidade. Ela pediu insumos para geração de empregos, infraestrutura urbana e ambulâncias. Francisco Mançano, prefeito de Guariba, reivindicou alargamento de ponte sobre rio Bonfim, na SP-044, no limite entre a cidade e Motuca. Já o prefeito de Altinópolis, Marco Hyssa Luiz, quer aumento do repasse dado pelo Estado no atendimento básico de saúde e a construção de um aeroporto internacional metropolitano. Servidores estaduais Vera Lúcia Morgado, da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Afpesp), defendeu o Iamspe, solicitando que o Estado ofereça contrapartida financeira no custeio do hospital. Deise Tiraboschi, diretora da Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo (Apampesp), sugeriu pauta que, segundo ela, se repete há muito tempo. "Os salários estão congelados. Desde março aguardamos uma posição para este ano. É um descaso para com os professores." Ela pediu revisão na Lei Complementar 836, que prejudicou substancialmente os aposentados. O Iamspe também foi tema de Esperidião Andrade e Silva, da Comissão Regional do instituto, que ainda falou da contribuição paritária e solicitou ampliação do atendimento do Iamspe. Fabio Sardinha, diretor da Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), reclamou que o governo estadual cortou o projeto Ler e Escrever, voltado ao aprendizado inicial de crianças. Disse que o índice de analfabetos no Estado é alto e que falta material básico nas escolas. Reivindicou aumento salarial. Saúde Ricardo de Oliveira, diretor de Relações do Trabalho do SUS, reclamou que a exata situação do sistema de saúde é "mascarada pela mídia paulista que protege o governo estadual". Ele disse que os hospitais públicos têm fila dupla: quem paga é atendido em meia hora e os demais aguardam cerca de dois meses para uma consulta. Ele ainda pediu aumento do vale-refeição para os servidores da saúde e a instalação de um restaurante Bom Prato no HC de Ribeirão Preto. Em nome do hospital de retaguarda Cantinho do Céu, Sonia Ponciano disse que a obrigatoriedade de a entidade " que atende crianças e deficientes " se transformar em hospital de retaguarda trouxe várias dificuldades. Pediu recursos, sobretudo para ambulâncias. Fatec Felipe Braz, do DCE da Fatec de Mococa, tratou da questão das bolsas-permanência, pedindo que os recursos para esse auxílio sejam descontingenciados. Lembrou que os alunos da Fatec desejam uma audiência com o secretário responsável pela área, intermediada pelos deputados, para resolver o impasse desse auxílio. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza, Emílio Costal, propôs a dotação orçamentária de 3,3% para o centro, promoção especial para servidores técnicos em julho, instituição de medicina do trabalho, plano de saúde institucional, sexta-parte, licença-gestante e demais direitos até então negados aos trabalhadores da autarquia, apesar do vínculo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Saúde, educação, segurança foram os temas mais votados em plenária realizada junto ao público pela comissão. A próxima audiência pública acontece na terça-feira, 14/6, às 10h, na Câmara de Itapeva.