São Paulo é o Estado que mais enviou atletas para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Dos 456 brasileiros, 156 eram paulistas. Alguns desses atletas e técnicos receberam a Medalha do Mérito Esportivo, em cerimônia ocorrida no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, nesta quinta-feira, 25/8, e prestigiada pelo presidente da Assembleia, Fernando Capez. "Nosso país praticamente dobrou o quadro de medalhas nesta Olimpíada no Rio, em relação a anterior de Londres. Essa conquista mostra que o esporte olímpico, no Brasil, reage bem quando recebe investimento continuado e conta com um programa específico", disse Capez, lembrando que a Inglaterra também desenvolveu um programa especial de esportes e saltou de uma colocação intermediária em 2012 para o segundo lugar no quadro de medalhas em 2016", disse Capez. Para Capez, a atuação dos atletas brasileiros incentivará as crianças brasileiras. "Vocês, atletas, podem servir de exemplo para a implantação de um projeto de esporte nas escolas públicas, como um programa consistente de apoio ao esporte desde o início da vida escolar até a universidade, visando as Olimpíadas e um caminho de inclusão social", finalizou Capez. Homenagem O governador Geraldo Alckmin declarou que a Medalha do Mérito Esportivo é a maior homenagem que o povo de São Paulo presta aos seus esportistas. "As Olimpíadas fizeram bem ao Brasil, pois levantou a auto-estima do brasileiro", disse Alckmin, que reafirmou o compromisso com os Centros de Excelência e Formação de Atletas, o Bolsa-Talento e o Proac do Esporte, o qual apoia organizações não-governamentais que fomentam o esporte. Poliana Okimoto, medalha de bronze na maratona aquática da Rio 2016, agradeceu ao governo do Estado pelo incentivo ao esporte. "Como atletas, esperamos que os incentivos sejam prolongados, uma vez que a Rio 2016 acabou, mas Tóquio 2020 já começou. Agradeço à torcida brasileira, cujo apoio fez muita diferença para todos nós", considerou Poliana. O líbero Serginho, ouro no vôlei de quadra masculino, agradeceu e disse se considerar abençoado por inspirar tantas crianças. "Não me sinto melhor que ninguém. Também não vou festejar enquanto nosso país vive um momento difícil. Mas a medalha é exemplo para todos entenderem que quando há um problema, temos que superá-lo e ir atrás da vitória. Assim o incentivo aos esportes deve continuar", pediu Serginho. Para Gustavo Guimarães, do pólo aquático, sem o incentivo do governo é difícil ser atleta. "Temos contas a pagar, portanto é fundamental todo o apoio financeiro, além de estrutura para treinar e poder representar São Paulo e o Brasil nas competições." Arthur Mariano, bronze no solo da ginástica artística, reconhece a importância da homenagem por incentivar atletas a continuarem sua luta por medalhas. "Sozinho ninguém chega lá. Precisamos da continuidade das bolsas e da construção e manutenção dos centros de treinamento, para que novos talentos surjam. As leis de incentivo a clubes e empresas, para ajudar atletas, foram fundamentais na Rio 2016. O legado olímpico foi o de dar visibilidade aos esportes e despertar o interesse nos jovens", disse Mariano. Também foram homenageados Gabi Gol, Zeca e Thiago Maia, medalhas de ouro no futebol masculino; Maicon Andrade, bronze no taekwondo; Francisco Carlos Barreto, da ginástica artística; Peterson Santos e Eder Souzado, do atletismo; Rudá Franco, do polo aquático masculino; Diana Abla, Luíza Carvalho e Viviane Bahia, do polo aquático feminino; Henrique Martins, João Gomes Júnior e Manuela Lírio, da natação; e os técnicos Cristiano Albino, da ginástica artística, Ricardo Cintra, da maratona aquática, Eduardo Abla, do polo aquático masculino, e Claudio Castilho, do atletismo masculino. Participaram da cerimônia o deputado Carlão Pignatari (PSDB); o secretário do Esporte, Lazer e Juventude, Paulo Gustavo Maiurino; o medalhista olímpico de salto (em outra edição) e secretário-adjunto do Esporte, Lazer e Juventude, Jadel Gregório; o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro; e alunos do Centro de Excelência Esportiva do Governo do Estado.