Professores, estudantes e entidades ligadas à área educacional participaram, na última terça-feira (21/11), de reunião da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa. Os deputados membros da comissão receberam o secretário da Educação José Renato Nalini, que fez um balanço da sua gestão frente à pasta nos últimos dois anos. Em São Paulo há cerca de 5.200 escolas estaduais, com mais de quatro milhões de alunos. "O governo do Estado está aplicando 30% do orçamento na rede pública", afirmou Nalini, que destacou a ampliação de diversos projetos da secretaria. Nalini reforçou o apoio ao projeto de lei que autoriza o uso do celular nas salas de aula. "Utilizar a tecnologia para o aprendizado, para que aquele aluno que vive no universo digital possa se interessar pelo conteúdo, é algo bom." Para a presidente da comissão, deputada Beth Sahão (PT), os dados apresentados pelo secretário não retratam a realidade. "Houve uma redução nos investimentos, nos financiamentos e nas capacitações. A educação chegou nesse ponto devido ao descaso de muitos anos dos governos tucanos, que não a encararam como prioridade." Sobre a reposição salarial dos professores, Nalini disse que há perspectivas favoráveis. "Tenho a certeza de que deve haver um reajuste. Estamos pressionando os setores técnicos e buscando encontrar recursos." Questionado, o secretário admitiu o déficit de professores, mas lembrou do alto índice de falta dos docentes. "Dos 230 mil professores efetivos que deveriam estar em sala de aula, 70 mil não estão. É contratado o professor temporário, porque o efetivo está faltando por doença ou outro tipo de afastamento. Precisamos combater o absenteísmo." O deputado Carlos Giannazi (PSOL) apresentou para a comissão fotos de algumas unidades escolares com estruturas precárias. "O secretário expôs um quadro que não existe. A realidade da rede é de sucateamento e abandono, como mostram as fotos." Além dos citados, estiveram presentes os deputados Ana do Carmo, João Paulo Rillo, Luiz Turco, Márcia Lia, Marcos Martins e Teonílio Barba (todos do PT), Adilson Rossi, Carlos Cezar e Ed Thomas (todos do PSB), André do Prado e Marcos Damasio (ambos do PR), Carlão Pignatari, Célia Leão, Celino Cardoso, João Caramez, Hélio Nishimoto, Marco Vinholi, Pedro Tobias, Roberto Massafera, Vaz de Lima, Welson Gasparini (todos do PSDB), Celso Nascimento (PSC), Clélia Gomes (PHS), Davi Zaia e Fernando Cury (ambos do PPS), Delegado Olim (PP), Leci Brandão (PCdoB), Luiz Carlos Gondim (SD), Marta Costa e Rita Passos (ambas do PSD), Aldo Demarchi, Edmir Chedid e Rodrigo Moraes (todos do DEM) e Paulo Correa Jr (PEN).