Na última sexta-feira (8/6), a Assembleia Legislativa realizou a 5ª Audiência Pública do Orçamento 2019 na Câmara Municipal de Fernandópolis, Região Administrativa de São José do Rio Preto. No encontro, presidido pelo deputado Gilmar Gimenes (PSDB), os principais assuntos abordados foram saúde, assistência social, infraestrutura e educação. O deputado Orlando Bolçone (PSB) também participou do debate. Além dos citados, compuseram a mesa o vereador Murilo Martins Jacob Filho (PR) e o prefeito André Pessuto (DEM), ambos de Fernandópolis. Saúde e assistência social A diretora regional da Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público de São Paulo (Apampesp) Esmeralda Guimarães Siqueira falou sobre um pleito que considerou antigo: "A Apampesp luta para que o governo repasse a sua cota-parte de 2% [da receita recolhida com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS] para o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe)". Liberato Rocha Caldeira, presidente da Associação dos Municípios do Oeste Paulista (Amop), solicitou a instalação de uma fábrica ou um depósito da Fundação para o Remédio Popular (Furp), "para que todas as prefeituras da região tenham acesso a medicamentos baratos". A vereadora do município, Maiza Rio (PSDB), pediu mais investimento em programas assistenciais para crianças e adolescentes vítimas de violência (atendimento médico e psicológico) e para prevenção e tratamento contra o uso do álcool. Sobre as entidades, disse: "O asilo e a Santa Casa de Fernandópolis precisam de mais recursos". Infraestrutura Para Gilmar Gimenes, "uma das principais reivindicações de Fernandópolis é o anel viário". O pedido do deputado foi reforçado por Jesiel Bruzadelli Macedo, representante da Associação de Amigos de Fernandópolis. O vereador da cidade João Pedro da Silva Siqueira (PTB) solicitou recursos para canalização da água de chuva que desce pelas avenidas 6 e 7 e para construção de uma ponte de ligação entre os bairros Rosa Amarela e Universitário. Liberato Caldeira considerou importante a instalação de postos de fiscalização, com balanças e bases da Polícia Rodoviária nas estradas da região; a construção da terceira faixa e o recapeamento das rodovias Percy Waldir Semeghini (SP-543), de Fernandópolis até a ponte da usina de Água Vermelha, e Cândido Brasil Estrela (SP-527), de Fernandópolis até Mira Estrela, passando por Macedônia; e a extensão do gasoduto - de Araraquara, passando por Fernandópolis, até Ilha Solteira. Aparecido Moreira da Silva (o Cidinho do Paraíso - PR), vereador de Fernandópolis, solicitou recapeamento asfáltico na cidade: "Essa verba já está aprovada, por meio da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP), desde o orçamento de 2014 - mas ainda não foi paga". Gimenes explicou: "A Desenvolve SP recebe financiamento federal para esse tipo de obra, via Caixa Econômica, e a verba ainda não chegou". Maiza Rios também pediu o asfaltamento de bairros em Fernandópolis. Educação e outros Esmeralda Siqueira defendeu: "A Apampesp pede que os professores aposentados continuem na Verba de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino. De todos os segmentos da educação, só o professor aposentado é excluído, os outros continuam recebendo". Ela também pleiteou que os professores aposentados que ocupavam cargos extintos, hoje renomeados, recebam o ajuste de 7% concedido este anos aos atuais. E, a favor da valorização da categoria, argumentou: "O que é um professor? Nós somos um país de analfabetos. Será que isso é bom? Não é. Todos deveriam saber ler e escrever bem. E quem é que faz isso? É o professor". A educadora Dirley Aparecida Malavazi Martins da Silva apoiou a extensão do reajuste salarial, dizendo: "É a primeira vez que há separação entre os tipos de professor. Isso nunca aconteceu". Além disso, sugeriu o desenvolvimento de uma política pública em que o Estado de São Paulo fique responsável pela formação dos profissionais dos ensinos infantil e fundamental I, por meio de núcleos avançados de formação do professor, configurados como extensão universitária, em parceria com os municípios e a União " sendo um deles instalado em Fernandópolis. O cidadão João Tarku, representante da loja massônica Benjamin Reis, solicitou a construção de um prédio para a Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Fernandópolis e um para a Promotoria Pública, além de uma concha acústica na praça Joaquim Antonio Pereira. O presidente avaliou positivamente a audiência. "Estou muito satisfeito, fiquei feliz. A população atendeu ao nosso convite. Recebemos aqui representantes do Legislativo, do Executivo e de toda a sociedade civil, de toda a região. Tivemos várias demandas, locais e regionais, todas de grande importância. Foi um evento muito profícuo", disse. "Essas audiências são importantes porque trazem ideias e sugestões que muitas vezes são transformadas em políticas públicas. Um exemplo disso é o Programa Recomeço, para internação, tratamento e recuperação de dependentes químicos", falou Orlando Bolçone. Murilo Jacob considerou: "Esse evento é de suma importância. A população tem de saber o que está sendo feito e o que está disponível para as cidades". Estiveram presentes o prefeito de Pedranópolis Marcos Adriano da Silva (PTB) e os vereadores Fausto Luano Rosa (PSDB) e Ubiratam Régis Martins de Oliveira (PTB), além da vereadora de Fernandópolis Neide Garcia (PP). A próxima audiência do orçamento ocorrerá nesta segunda-feira (11/6) em Itararé, às 18h. A programação completa e atualizada pode ser consultada pelo endereço www.al.sp.gov.br/alesp/audiencia-publica/?id=120.