Carlos Giannazi (PSOL) participou no sábado (7/8) da manifestação convocada pela Frente Ampla em Defesa da Cinemateca, que reuniu cerca de 500 pessoas em frente à sede da instituição, na Vila Clementino. O objetivo é impedir que se repitam as cenas vistas há poucos dias no galpão da Vila Leopoldina.

Em discurso, o deputado afirmou que vai continuar pressionando o Ministério Público Federal (MPF) para que denuncie criminalmente o secretário nacional de Cultura, Mário Frias, e seu adjunto, Hélio Ferraz, conforme representação protocolada em 3/8, em conjunto com o vereador Celso Giannazi (PSOL).

"Nós estamos dialogando com delinquentes, com bandidos. Agora não há mais dúvidas, eles foram contratados para destruir a cinemateca, querem que ela seja de fato incendiada", afirmou o parlamentar, que lembrou ter havido, antes do "genocídio sanitário", muitas outras ações do governo Bolsonaro contra a cultura, a educação e o meio ambiente. "Não podemos tirar do contexto o que vem acontecendo na Cinemateca."

Tal como o galpão da Vila Leopoldina antes do incêndio, a sede da Vila Clementino está sem técnicos cuidando da conservação do acervo e sem brigada de incêndio. Essa situação de abandono foi constatada há um mês, quando o vereador Celso Giannazi, com os demais membros da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, realizou uma vistoria no imóvel. O governo federal não teve como negar o acesso dos vereadores, já que o imóvel é propriedade do município, entretanto, os parlamentares foram proibidos de fotografar.