O segundo dia da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, realizado nesta terça-feira (29), proporcionou um momento de descontração, reflexão e conhecimento sobre as diversas facetas da felicidade, que inclui a própria saúde no ambiente de trabalho.

Organizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e pelo Instituto Legislativo Paulista (ILP), o evento começou com uma breve sessão de ginástica laboral, seguido pelo lançamento da cartilha da CIPA e encerrado com workshop de gestão da felicidade.

"A prevenção de acidentes significa observar e perceber o humano e com isso trazer mais felicidade para o dia a dia, permitindo a construção de uma jornada de trabalho mais leve", declarou a professora, advogada e cientista da felicidade, Aline Freitas.

Corpo em movimento

"A ginástica laboral é um conjunto de movimentos que previne lesões como LER (Lesão do Esforço Repetitivo) e síndrome de DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Além de promover um ambiente organizacional de bem-estar para todos os colaboradores", afirma o Cabo PM Júnior, profissional de Educação Física que conduziu os exercícios.

Ele pontua que, apesar de serem exercícios básicos de alongamento, são de extrema importância para melhorar a saúde. "O intuito é que o colaborador em algum momento do trabalho pare para fazer exercícios importantes que aliviam o estresse, a tensão e a fadiga no trabalho", disse.

Felicidade como direito

"O que é a felicidade senão a conexão com o outro, cuidar da sua saúde e da sua qualidade de vida?", provocou Aline Freitas. Para a pesquisadora, a construção de uma cultura organizacional focada na felicidade e no bem-estar dos colaboradores envolve pensar num tripé que deve sustentar todas as decisões para uma vida feliz: saúde integral (mente, corpo e espiritual), qualidade de vida e, principalmente, a qualidade dos relacionamentos.

"É preciso cuidar das amizades no trabalho, a chamada amizade social. Pois é no convívio social que a gente se realiza", afirmou. É nesse aspecto que ela explica a dimensão dupla da felicidade, que envolve a individual e a coletiva. "Seremos mais felizes se conseguirmos expandir essa felicidade para a sociedade, e a melhor forma de fazer isso é desempenhando bem e com saúde o nosso trabalho", disse.

É a partir dessa mentalidade que Freitas acredita que a felicidade está nas pequenas ações do dia a dia, como no senso de gratidão, reconhecendo as atividades que trazem satisfação e propósito, e na atenção plena ao que está acontecendo. Para ela, a felicidade não deve ser "buscada", mas sim garantida, assim como saúde, educação e segurança. "As pessoas têm direito de serem felizes", defende.

Para ajudar nesse desenvolvimento contínuo da felicidade, Freitas apresentou duas estratégias principais. A primeira é a qualidade da respiração, que ela aponta como ferramenta de autorregulação das emoções. A segunda é a presença no tempo e espaço, reconhecendo sentimentos, emoções, aprendendo a dizer o que incomoda. "A felicidade é um estímulo para que a gente aprenda a lidar melhor com os conflitos", afirma.

Impacto

Para a jornalista da Alesp Daiana Rodrigues, o evento foi marcante. "Eu senti que tanto a ginástica como workshop ajudaram a integrar e a engajar melhor os funcionários. Ficou nítido no rosto das pessoas que elas se divertiram e ficaram mais leves", comentou.

A jornalista também pontuou que considera a criação de uma rede de apoio no trabalho essencial. "O bom relacionamento no ambiente de trabalho não é só sinônimo de felicidade, mas também de saúde e de integração", disse.

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