Tipos diferentes de apoio: audiência pública discute na Alesp prevenção ao suicídio entre autistas
22/09/2023 18:51 | Saúde mental | Matheus Batista | Foto: Bruna Sampaio



As formas de prevenção ao suicídio e de acolhimento de pessoas autistas foram tema de uma audiência pública realizada nesta sexta-feira (22), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O evento foi promovido pela deputada Andréa Werner (PSB) e contou com a participação de especialistas sobre o tema.
A realização da audiência fez parte das ações que envolvem o Setembro Amarelo - campanha de prevenção e combate à depressão e ao suicídio promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria, junto ao Conselho Federal de Medicina.
Andréa Werner abriu o evento falando sobre a campanha voltada para a saúde mental e destacou o sofrimento psicológico que pessoas com deficiência enfrentam. "Saúde mental tem que ser prioridade e não só falada durante o mês de setembro. E a gente também sabe que pessoas com deficiência, inclusive pessoas autistas, têm mais chances de ter ansiedade, depressão e estão sob maior risco de suicídio", disse.
Saúde mental no espectro autista
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a OMS (Organização Mundial da Saúde), as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm três vezes mais chances de se engajar em comportamento suicida. No Brasil, 2,7 milhões de pessoas são diagnosticadas com o autismo.
Para a psicóloga Daniela Karmeli, que palestrou durante a audiência, a maior vulnerabilidade a doenças psicológicas enfrentada por autistas e pessoas com deficiência está relacionada à falta de cuidado e diagnóstico. "Temos que pensar no autismo nas suas diferentes formas e ampliar a rede de apoio. É isso que vai fazer a gente prevenir e propor intervenções cada vez mais apropriadas", afirmou.
Pertencimento
Baixa autoestima, isolamento social e solidão foram alguns dos alertas que as palestrantes e especialistas que participaram do evento desta terça destacaram durante suas explanações. A sensação de ser incompreendido ou a necessidade de se encaixar e não ser visto como diferente pode levar muitos autistas a tentar mascarar características do TEA. "Incompreensão por parte dos outros ou situações de preconceito podem aumentar a ansiedade e o estresse", disse Daniela Karmeli.
Para a psicóloga, a sociedade precisa oferecer maior flexibilidade e adaptação para que a inclusão de pessoas com deficiência seja efetiva. "A participação na escola, trabalho e vida social não deve depender apenas da mudança daqueles que estão no espectro", disse Daniela. "É um mito dizer que a pessoa com autismo não quer socializar. Ela quer pertencer e ter amigos", completou.
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