Por Dirceu Dalben, deputado estadual

Um dos fatores que explicam o dinamismo econômico do estado de São Paulo é a sua excelente arquitetura logística. O seu modal de transportes, incluindo rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos, é um elemento fundamental para o desenvolvimento contínuo do território paulista.

A gestão do governador Tarcísio de Freitas tem impulsionado ainda mais o setor de transportes de São Paulo, com um pacote histórico de empreendimentos em todas as regiões do estado, com destaque para as parcerias com a iniciativa privada. Um exemplo recente é o leilão para a construção do túnel Santos-Guarujá, uma obra ousada que representará um salto para o transporte na Baixada Santista.

Alguns números indicam como São Paulo vive um novo ciclo virtuoso no trânsito e transporte de cargas e passageiros. De acordo com dados da Fundação Seade, entre 2021 e 2024 foram anunciados R$ 115,6 bilhões em investimentos destinados à infraestrutura de transportes paulista, um aumento de 33,2% em relação aos R$ 86,8 bilhões anunciados entre 2017 e 2020. Os recursos noticiados por concessionárias privadas, segundo a Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), da Seade, tiveram alta de 61,9%, representando dois terços dos investimentos divulgados desde 2021 para os transportes.

Mais da metade dos recursos noticiados entre 2021 e 2024, por concessionárias privadas, direcionaram-se à construção, expansão e/ou modernização de rodovias do Estado de São Paulo (R$ 42,2 bi). Outros R$ 25,6 bi envolveram os investimentos destinados à rede metroferroviária de passageiros. Destacam-se ainda R$ 5,8 bi para o transporte ferroviário de carga e R$ 3 bi relacionados à operação aeroportuária.

São muitos os casos de grande melhoria na mobilidade no estado de São Paulo, decorrentes desses investimentos recordes nos últimos anos. Podemos citar, entre outros, a conclusão do Rodoanel Norte, que vai completar a ligação do Porto de Santos à Rodovia Fernão Dias, rodovia estratégica que cruza São Paulo e liga o Estado de Minas Gerais ao Nordeste. No interior, temos a instalação da terceira faixa em vários pontos da igualmente estratégica Rodovia Washington Luiz, como entre Cedral e Mirassol, na região de São José do Rio Preto.

As obras na malha ferroviária também têm resultado em importantes melhorias no âmbito da mobilidade paulista, por exemplo com a instalação de passarelas de pedestres, viadutos, passagens inferiores de veículos e pedestres e vedação da faixa de domínio, possibilitando a segregação total entre o tráfego rodoviário e a ferrovia. Muitas dessas obras são realizadas pela Rumo Logística, que opera a Malha Paulista, compreendendo 1.989 km de extensão de ferrovias entre Santa Fé do Sul (SP), divisa com Mato Grosso do Sul, e o Porto de Santos (SP). Viadutos em Sumaré e Hortolândia são algumas das obras previstas nesse pacote da Rumo.

Tenho acompanhado com muita atenção todo esse vigor de novos investimentos em mobilidade em São Paulo. Em minhas seguidas visitas a cidades do interior, constato pessoalmente o entusiasmo dos moradores e autoridades com as obras que apontam para novas oportunidades de geração de empregos e renda.

Particularmente, como idealizador e líder da Frente Parlamentar pela Melhoria das Ferrovias de São Paulo, criada na Assembleia Legislativa, tenho apoiado todas essas ações que resgatam o modal ferroviário, que foi essencial para colocar o estado como protagonista no conjunto do Brasil. Tenho mantido constantes encontros com representantes do setor ferroviário, de modo a garantir que a retomada dos investimentos no modal seja permanente e cada vez maior, com muitos ganhos em mobilidade sustentável para a população de São Paulo. Tudo isso é trabalho, muito trabalho, e é isso o que o meu mandato continuará oferecendo para o digno povo paulista.