Assembléia realiza pré-estréia do documentário A Guerra dos Paulistas

O filme é uma co-produção da TV Cultura e da TV Assembléia (com fotos)
09/07/2002 18:07

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DA REDAÇÃO

A pré-estréia do documentário A Guerra dos Paulistas - A Revolução Constitucionalista de 1932, comemorativo dos 70 anos da Revolução de 1932, foi realizada na tarde desta terça-feira, 9/7, no auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa. O documentário, dirigido por Lais Bodansky, é uma co-produção da TV Cultura/Fundação Padre Anchieta e da TV Assembléia, com apoio do jornal O Estado de S. Paulo e da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Fizeram parte da mesa de abertura, além do presidente e do 1º secretário da Assembléia, o presidente da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima, o diretor do Departamento de Comunicação da Casa, Florestan Fernandes Júnior, a diretora de A Guerra dos Paulistas, Lais Bodansky, o também diretor e roteirista do documentário, Luiz Bolognese, e o diretor de Planejamento Estratégico Corporativo do Estado de São Paulo, Júlio Moreno.

A diretora do documentário agradeceu à Assembléia Legislativa e à TV Cultura, "principalmente ao núcleo de documentário", pela oportunidade que teve de "poder mergulhar" na Revolução de 1932 e no vasto arquivo com que se deparou. Agradeceu o empenho das pessoas que trabalharam no documentário, que mescla imagens de época com outras ficcionais, e aos atores que participaram do filme, Caco Ciocler, Tiago de Brito e Zedu Neves, presentes à pré-estréia.

Jorge Cunha Lima lembrou que apenas 70 anos nos separam da Revolução. "Vivemos num tempo que quem consagra não é o valor, é o ibope. Quem consagra é o índice do que se consome." Segundo suas palavras, na história da humanidade, mesmo na derrota, o que se consagra é a luta dos homens. "Quem ganhou a guerra de Tróia? Quem ganhou foi a luta, foram os heróis consagrados, foram as convicções", disse. "E no Brasil? Vamos a Canudos. Quem ganhou? Os heróis, todos os que lutaram. Até quem lutou contra, porque lutava por suas convicções, pelo que acreditava." Relembrando Zumbi, o presidente da Fundação Padre Anchieta, concluiu que quem ganhou foi o Brasil, "que é o único país com uma raça de brancos e negros".

Sobre a Revolução de 1932, Cunha Lima ressaltou que essa seja "talvez a única epopéia brasileira. Provavelmente, apesar ter apenas 70 anos, seja tão distante para um jovem como são a de Tróia, a de Canudos e a de Zumbi. Mas uma epopéia que se repete a cada dia, lutar pelo pão e pela Constituição, pela participação", disse ele. Destacando o valor da parceria para a produção do documentário e a sensibilidade de Lais Bodansky, Cunha Lima disse que todo herói é de ficção, mesmo quando real, "porque o herói é o sonho".

O presidente da Fundação Padre Anchieta entregou as quatro primeiras cópias do documentário a sobreviventes da Revolução de 1932 e representantes. Encerrou seu discurso afirmando que "sobreviventes e ex-combatentes somos todos nós. É preciso que o espírito de 1932 esteja em nossa cabeça para que esta democracia não esmoreça e se torne a República que sempre almejamos".

Para a Mesa da Casa, a parceria com a TV Cultura e com o jornal O Estado de São Paulo tem feito muito bem à Assembléia Legislativa. A TV Cultura seria a televisão que precisamos, que relata e mostra nossa história, nossa cultura e nossa arte. A Guerra dos Paulistas é, para a Presidência da Assembléia, o filme definitivo sobra a Revolução de 1932.

A TV Cultura apresenta A Guerra dos Paulistas - A Revolução Constitucionalista de 1932 no próximo sábado, dia 13 de julho, às 21 horas.

Exposições

O Espaço do Servidor da Assembléia recebe, também por ocasião das comemorações de 9 de Julho, a exposição das 1as páginas dos jornais da época - promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo -, de granadas, bombas, capacetes, vestimentas e desenhos técnicos dos armamentos utilizados. No mesmo local pode ser visto o projeto do arquiteto Masarani para a reforma do Monumento-Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932 - M.M.D.C. O governo estadual já destinou recursos para as obras.

alesp