Morre deputado Fausto Rocha


Faleceu nesta quinta-feira, 7/4, no centro médico da Universidade de Campinas, às 7h, de parada cardíaca, o ex-deputado Fausto Rocha. Fausto Auromir Lopes Rocha nasceu na cidade de São Paulo, em 4 de novembro de 1938, filho de Fausto Martins Rocha e de Odete Lopes dos Santos Rocha. Depois de cursar o ensino regulamentar, estudou Direito na Faculdade Vale Paraibano, em São José dos Campos, bacharelando-se na turma de 1966. Iniciou carreira profissional na televisão Tupi, canal 4, como apresentador do telejornal Imagens do Dia, ainda nos anos 60. Durante a gestão do governador Paulo Egydio Martins, 1975-1979, foi nomeado locutor oficial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
A popularização de sua imagem o levou a entrar em carreira política, quando concorreu em 15 de novembro de 1978, ao cargo de deputado estadual pela Aliança Renovadora Nacional - Arena, partido de apoio ao governo instalado no Brasil pelo movimento revolucionário de 1964, obtendo 61.691 votos, sendo o mais votado de seu partido. Assumiu seu mandato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em 15 de março de 1979, para a 9ª legislatura (1979-1983). Integrou como membro efetivo as comissões permanentes de Constituição e Justiça, Finanças e Orçamento, e Esportes e Turismo, e como suplente a de Promoção Social. Fez parte também da comissão especial que investigou a situação dos menores abandonados.
Com o fim do bipartidarismo em 1978, se filiou ao Partido Democrático Social - PDS, sucessor da Arena, e também de apoio ao governo federal. Na administração de Paulo Maluf no governo paulista, 1979-1982, licenciou-se do mandato parlamentar para ocupar o cargo de secretário extraordinário da Desburocratização, entre 22 de junho de 1981 e 12 de maio de 1982.
Nas eleições de 15 de novembro de 1982, foi reeleito deputado estadual, para a 10ª Legislatura com 71.721 votos, pelo PDS. Empossado em 15 de março de 1983, fez parte das comissões permanentes da Alesp, no período de 1983/1987: Relações do Trabalho; Cultura, Ciência e Tecnologia; e como suplente, das comissões de Assuntos Metropolitanos; Economia e Planejamento; e de Serviços e Obras Públicas.
Pelo PDS foi eleito em 15 de novembro de 1986, a uma cadeira na Câmara dos Deputados, com 90.850 votos. Tendo assumido sua cadeira em 1º fevereiro de 1987, para a Assembleia Nacional Constituinte, sendo integrante titular da Subcomissão da Ciência e Tecnologia e da Comunicação, e da Comissão de Família, da Educação, Cultura e Esportes. Foi suplente da Subcomissão do Poder Judiciário e Ministério Público, da Comissão de Poderes e Sistema de Governo. Filiado ao Partido da Frente Liberal, PFL, fez parte do denominado Centrão, e integrou o bloco parlamentar evangélico, que era constituído de 33 parlamentares. Nas principais votações pronunciou-se favoravelmente à concessão da licença paternidade e da licença gestante, à continuidade do presidencialismo, ao mandato de cinco anos ao presidente José Sarney, e à anistia aos pequenos e médios empresários.
Na Constituinte defendeu a criação de um conselho de ética para fiscalizar a programação de rádio e TV. O então ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, foi favorável a sua criação, entendendo ser útil, mas que esse conselho deveria funcionar junto ao Ministério da Justiça.
Após a promulgação da nova Carta Constitucional, em 5 de outubro de 1988, voltou a participar dos trabalhos legislativos ordinários na Câmara dos Deputados, como membro titular das Comissões de Finanças, Seguridade Social e Família.
Filiado ao Partido da Reconstrução Nacional - PRN, agremiação que elegeu em 1989 o presidente da República Fernando Collor de Mello, no pleito de 3 outubro de 1990, foi reeleito novamente deputado federal, obtendo 60.280 votos. Foi o candidato evangélico à Câmara dos Deputados mais votado no país.
Assumindo sua cadeira na Câmara dos Deputados, em 1º de fevereiro de 1991, tornou-se presidente do grupo parlamentar cristão do Congresso Nacional, e participou dos trabalhos legislativos integrando as comissões de Ciência e Tecnologia, e de Comunicação e Informática.
Na sessão de 29 de setembro de 1992, votou a favor do impeachment do presidente Collor, acusado de crime de responsabilidade por ligações com o esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial Paulo Cesar Farias. No ano de 1993, transferiu-se para o Partido Social Democrático - PSD.
Não de candidatou à reeleição no pleito de outubro de 1994, e ao término de seu mandato parlamentar em janeiro de 1995, passou a dedicar-se à iniciativa privada, como empresário, na área jornalística, como proprietário de uma emissora de televisão no interior de São Paulo, e no setor automobilístico, como dono de duas revendas em Campinas.
Exerceu também as atividades de jornalista, radialista, apresentador de programas populares, e noticiários no Sistema Brasileiro de Televisão - SBT. Foi ainda professor universitário.
Filho de evangélicos, foi líder da Igreja Batista, sendo diretor da Associação Evangélica Beneficente. Como pastor da Igreja do Nazareno Central, em Campinas, três vezes por semana ministrava os cultos. Era presidente emérito da Academia Paulista Evangélica de Letras. Foi casado com Juliana Teles Rocha, com quem teve três filhos.
O corpo do deputado Fausto Rocha, velado no Salão dos Espelhos, da Assembleia Legislativa São Paulo, tem sepultamento marcado para esta sexta-feira, 8 de abril, às 11h, no Cemitério do Araçá.
*Antônio Sérgio Ribeiro é advogado e pesquisador. Diretor do Departamento de Documentação e Informação da Alesp.
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