Foi a partir da segunda metade do século XX que grande número de artistas mulheres trouxeram para o âmbito das artes visuais produções que decididamente pareciam frutos de experiências não masculinas do mundo. A data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher é, pois, uma excelente oportunidade para apresentar nesta página obras de algumas artistas contemporâneas brasileiras, cujos trabalhos são o resultado da visão artística feminina junto à realidade da arte. Vale relembrar que a idéia da existência de uma data internacional da mulher foi proposta inicialmente na virada do século XX. Embora o primeiro dia tenha se realizado a 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos, e a conferência internacional sobre a mulher realizada em Copenhague, na Dinamarca, tenha estabelecido que o dia fosse comemorado anualmente. As comemorações que tiveram larga aceitação no Ocidente durante as décadas de 1910 e 1920, esmoreceram a seguir. Entretanto os movimentos feministas da década de 1960 começaram a promover o Dia Internacional da Mulher no dia 8 de março. Neste dia do ano de 2008, a nossa homenagem através de uma interpretação fotográfica de André Rocha. "Concreto amoroso" - Cândida Botelho O sonho, o encantamento, o mistério, o drama, o anedótico aparecem equilibrados nas suas esculturas figurativas, onde proporção e forma evidenciam a qualidade. "Menina Moça" - Denise Barros Verifica-se que o humano não nasce na artista externando e ilustrando uma forma figurativa, nasce sim como processo interior que cava na própria forma uma presença humana. "Flama" - Guita Lerner Sua obra é a demonstração do que a tradição pode realizar com um só tema e um talento pessoal capaz de acrescentar a todo o charme da mulher moderna um ar pompeiano. "Mulher que carrega o mundo" - Odette Eid Trata-se de uma significativa homenagem da artista à mulher-mãe: camponesa, operária, empresária, artista, parlamentar e chefe de Estado, cuja atuante presença nos diversos campos socioculturais é demonstração de sua real importância no mundo de hoje. "Devaneio" - TCarneiro Constitui uma obra repleta de emoção, mas que deixa descobrir, sem dúvida, a unidade de seu pensamento através da fidelidade a algumas teses e ao prosseguimento de uma pesquisa que deve continuar obstinada, quase metódica. "Cumplicidade" - Temis de Paris A escultora comprova ser uma artista verdadeira, que, testemunha do seu tempo, sente e representa as profundas e contínuas transformações do tempo e da sociedade em que vivemos. "Bailarina" - Vera Homsi Como intérprete do íntimo nexo existente entre a natureza e o ser humano, a artista obtém uma feliz união dos ritmos orgânicos com o corpo humano. "Libertações" - Yole Travassos A escultora fez do côncavo um elemento importante em sua escultura. Seu emprego alcança êxito porque sua linha estilizada muito a ajuda e a simplificação que resulta é ao mesmo tempo elegante.