Museu de Arte - Marcos Garrot


Fantasia e rigor cromático provocam efeitos ópticos e ilusórios
A produção plástica de Marcos Garrot é resultado de uma pesquisa que se passa na solidão de seu ateliê, somente com uma folha de papel e um lápis. O seu verdadeiro trabalho é baseado no ordenamento de uma nova organização cultural. Curiosamente, a lógica das progressões impõe toda uma série de soluções. Uma vez que o artista foge da progressão monocromática para empregar duas séries de cores, a imagem também foge em todas as direções saindo de sua própria estrutura.
Não há dúvida de que um dos maiores mal-entendidos manifestos nas relações entre o mundo da arte e o da indústria provém do postulado em voga após os anos 60 segundo o qual a tecnologia permitiria aos artistas desenvolver automaticamente novas pesquisas, suscitando desse fato um novo tipo de criação. Nada de mais "naïf" e simplório que nos fazer crer que utilizando, por exemplo, uma máquina de desenho ligada a um computador o resultado seria necessariamente mais interessante e inovador que um simples desenho feito à mão com um lápis.
Otto Hahn costuma dizer que "o destino de uma obra ultrapassa seu criador, o qual nunca é mestre das conseqüências de sua ação". O desenvolvimento do artista não deve se justificar de outra maneira que não aprofundando-se nos problemas que se lhe apresentam.
Muitos críticos dizem que a arte cinética, nascida de uma corrente geométrica, é dirigida para aquele ser humano que não busca nas obras de arte um espelho para seus sentimentos. Entretanto, trata-se de um trabalho experimental muitas vezes aplicado à arquitetura e cujo efeito ótico deve permanecer sempre sob o domínio de seu criador.
A arte cinética é também a arte do movimento planejada sob as formas as mais diversas: o movimento produzido por forças naturais, o movimento provocado pela intervenção do espectador e finalmente o movimento ótico ou ilusório.
A partir de sua intuição, intervém na obra de Marcos Garrot um certo número de decisões: as dimensões, a série de cores e a estrutura. Quando esses elementos são determinados, o quadro se desenvolve de maneira matemática. Frente a suas obras, cada espectador é livre para projetar suas próprias fantasias: um espetáculo, um fenômeno visual, um quebra-cabeça chinês, um labirinto.
A função da arte cinética pode ser considerada social, pois se integra à arquitetura, ao "design" e à publicidade. A reflexão se dá sobre a pesquisa fundamental do projeto, a experimentação. Os resultados são obras de um extraordinário rigor cromático que, entretanto, se dirigem para o fantástico. Mesmo se essas obras permanecem indecifráveis para os não-iniciados, o resultado sobre o plano técnico é perfeito, escondendo uma poesia extremamente pura.
Arte geométrica, construtivismo, arte cinética ou "optical-art" " como definir a linha de Marcos Garrot? A obra "Relevo" da série Sobreforma, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, concretiza, visualiza e é acessível a todos os horizontes de um novo universo. Sua pintura, por definição, é a pintura lógica. Mas na era da lógica a criatividade desse artista esconde uma alma sensível, apesar de a timidez esmagar muitas vezes os verdadeiros sentimentos.
O artista
Marco Garrot nasceu em São Paulo, em 1965. A partir da década de 80, estudou desenho, pintura, gravura e escultura, tendo a figura humana como referência.
Participou de várias exposições coletivas e individuais, destacando-se entre elas: 1º Salão do Hobby e Lazer (1984) onde obteve o 1º prêmio em desenho; 2º Salão de Artes Plásticas Raimundo Fiorentino, Jacareí (1985), conquistando medalha de ouro em desenho; 129º aniversário de José Malhoa, São Paulo; 4ª Interart, Presidente Prudente (1986); Galeria de Arte da Casa de Portugal, São Paulo (1987), quando recebeu a medalha "Fernando Pessoa"; Templo da Boa Vontade, Brasília (1988), criação do painel "A Evolução da Humanidade"; concurso para escultura símbolo da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, Brasília (1996), 1º prêmio; criação do monumento para a Praça Vicente Matheus, São Paulo (1997); "Mostra Além do Visível", dentro do projeto Arte na Universidade (1999); 20ª e 21ª "Exposição de Artistas Contemporâneos", da Sociarte, São Paulo (2001 e 2002); 32ª e 33ª "Exposição de Arte Contemporânea Brasileira", na Chapel Art Show (2001 e 2002); Art Factory (2001); Empório Luz Design (2002); 1ª SP Arte; Galeria Arte Aplicada, na Oca do Ibirapuera (2002); Espaço Cultural da Universidade São Marcos, São Paulo; Arte Infinita Galeria, Espaço 48, São Paulo (2003).
Possui obras em diversas coleções particulares e no Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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