Secretário dos Transportes expõe plano de expansão da malha ferroviária
04/12/2013 20:00 | Da Redação Josué Rocha Fotos Marco Cardelino








O secretário estadual dos Transportes, Jurandir Fernandes, participou da reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, realizada nesta quarta-feira, 4/12. Na presença de vários prefeitos e vereadores da região de Campinas e Sorocaba, o secretário apresentou, em vídeo e mapas, os projetos de sua pasta para a expansão ferroviária em direção ao interior paulista.
Coordenador da frente, o deputado Mauro Bragato (PSDB), relatou aos presentes que a mobilização para a expansão do modal ferroviário no Estado e no Brasil tem sido contínua. "Estamos avançando em várias direções. Há um mês estivemos em Brasília para conversarmos sobre expansão da Ferrovia Norte-Sul, que terá trecho em território paulista", declarou Bragato, lamentando a dificuldade que é obter informações mais precisas do governo federal sobre a Ferrovia Norte-Sul. "Pretendemos envolver o governo estadual nessa questão", declarou. A intenção é que a ferrovia atenda a região do Oeste Paulista, indo de Estrela d"Oeste até Panorama e dali para Rosana, passando por Presidente Epitácio.
Revitalização de linhas
Em sua exposição, Fernandes explanou sobre a revitalização de mais de 200 quilômetros de vias férreas; do início de novas obras metroviárias e entrega de estações em 2014 e 2015; e sobre parcerias público-privadas para construção e operação de novos trechos. Ele confirmou o início da operação de trecho do monotrilho que interligará a Vila Sônia até o aeroporto de Congonhas para 2014.
Fernandes apontou também os quatro principais eixos que ligam o interior à capital, sendo que o Anhanguera/Bandeirantes é o mais importante do ponto de vista econômico, pois essa região comporta, segundo a exposição, mais de 15% do PIB (produto interno bruto) do Estado de São Paulo.
Outro integrante da frente, o deputado Welson Gasparini lamentou o estado de abandono que várias linhas férreas no Estado. Segundo o parlamentar, "grupos econômicos, no passado, difundiram que ferrovia era atraso, rodovia era progresso". Oriundo de Ribeirão Preto, ele disse que no trajeto daquela cidade até a capital, contou 33 carretas cheias de automóveis. Isso demonstra, explica Gasparini, que continua se dando muita atenção ao sistema rodoviário. Ele citou exemplos bem sucedidos de outros países, afirmando que "copiar o que deu certo não é atraso, é inteligência".
Durante a reunião, o secretário respondeu questões formuladas por prefeitos e vereadores dos municípios de Adamantina, São Roque, Narandiba, Quatá, Valinhos e Lucélia. Também estiveram presentes à audiência pública representantes do Sindicato Ferroviária de Campinas.
Entrevista coletiva
Antes de participar da reunião promovida pela Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, o secretário Jurandir Fernandes, acompanhado do presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, e do diretor de operações daquela companhia, Mário Fioratti. Ele atendeu questionamento da imprensa a respeito do pedido feito pelo Ministério Público paulista - divulgado em 3/12 - de suspensão dos contratos de reforma dos trens do Metrô assinados entre 2008 e 2010.
Sobre a suspeita de irregularidade levantada pelo promotor Marcelo Milani, de que o Metrô estaria pagando preço muito alto pela reforma dos trens, Fernandes afirmou que a reforma dos trens de seis vagões custa entre R$ 17 e 18 milhões, enquanto que a compra de um trem novo custaria mais de R$ 28 milhões. "Não ficou mais caro que a compra de um novo. Não se trata de simples reforma do trem, há também outros equipamentos envolvidos, novo cabeamento, melhoria na sonorização e iluminação, controle de fumaça e a própria via", declarou.
Segundo Fernandes, "jogar fora um trem que ainda vai durar uns 30 anos seria um ato de improbidade administrativa". Ele considera um absurdo classificar esses trens como sucata. "Quem entra num trem reformado e num trem novo, não percebe a diferença. Com exceção da estrutura da carcaça e do truck, restaura-se tudo. Há um "up grade" muito grande". Segundo ele, com a modernização, houve também uma redução significativa do consumo de energia, já que a atualização da tecnologia empregada substituiu corrente contínua para alternada.
O secretário disse que a CPTM, quando tirou seus trens mais velhos de circulação, colocou-os à venda. "Não apareceu ninguém interessado em comprá-los, apenas em recebê-los como doação, o que não podemos fazer. Tivemos que vender como sucata. Para tanto, tivemos de desmontá-los, o que gerou um custo enorme". Ao final, disse o secretário, cada trem gerou lucro de 50 mil reais.
Questionado se vai atender à recomendação de suspender os contratos, Fernandes disse que vai se reunir com a diretoria do Metrô e com o Ministério Público para detalhar melhor os contratos e analisar a viabilidade de suspensão.
Sobre acidentes envolvendo os trens reformados, o diretor Mário Fioratti disse que houve apenas um acidente, ocorrido dentro do pátio de manobras, que resultou numa colisão entre trens dentro da oficina. Questionado a respeito de um descarrilamento de trens ocorrido em agosto, disse que o problema foi de rolamento, que faz parte da estrutura do truck (que não foi reformado) e que é o primeiro defeito apresentado nesse tipo de peça em 40 anos. "Esse processo não está encerrado, estamos investigando", completou o diretor.
A formação de possível cartel na compra de trens foi respondida pelo presidente Antonio Carvalho Pacheco. "É uma questão que está sempre à disposição para ser analisado. Isso está sendo investigado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Caso se comprove algum cartel, o Estado irá pedir ressarcimento", respondeu.
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