Assembleia aprova proibição do uso de animais em testes para cosméticos

Ativistas esperam que governador sancione lei que será pioneira no Brasil
12/12/2013 18:09 | Da Redação

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Cão da raça beagle<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2013/fg157385.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Projeto de lei 777/2013, do deputado Feliciano Filho (PEN), que proíbe a utilização de animais para desenvolvimento, experimentos e testes de produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes e seus componentes no Estado de São Paulo foi aprovado pelos deputados paulistas nesta quarta-feira, 11/12. A matéria depende agora da sanção do governador.

A utilização de animais em testes (vivissecção) é hoje tema bastante evidente após o episódio que culminou no fechamento do Instituto Royal, em São Roque, com o resgate de cães da raça beaglle de suas dependências. Feliciano Filho é presidente da comissão antivivisseccionista da Assembleia e integrou a comissão que obteve na Justiça a interdição do instituto.

A Assembleia discutiu o problema, no dia 29/10, em uma audiência pública com a participação de autoridades e especialistas no assunto. A conclusão foi que hoje é perfeitamente possível ser abolido o uso de animais em experimentos no ensino e em cosmetologia. Naquele dia, os participantes elencaram diversos métodos substitutivos para a vivissecção.

George Guimarães, membro da comissão antivivisseccionista da Assembleia e presidente da Ong Veddas, que há anos participa ativamente com campanhas pelo fim da vivissecção (desde antes da aprovação da Lei Arouca em 2008 até o caso do Instituto Royal) lembrou que "se sancionada a nova lei pelo governador no prazo de 15 dias, São Paulo será o primeiro estado, sem precedentes em todas as Américas, a proibir os testes em animais para fins cosméticos e de higiene. Isso impactará diretamente a vida de milhões de animais e será um passo importante a caminho da proibição no âmbito federal".

Guimarães afirmou, ainda, que a aprovação célere do projeto pela Assembleia atesta a tomada de consciência da população sobre o tema.

alesp