A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebe a exposição Transformando Vidas através da Arte, da Associação Fernanda Bianchini. A mostra reúne 70 fotos das principais apresentações da Companhia Ballet de Cegos - o único grupo do gênero no mundo. As obras seguem expostas de 27 de setembro até o dia 6 de outubro, das 8h às 20h, no Espaço V Centenário. A visitação é gratuita e aberta ao público.

As imagens da exposição foram produzidas pela Angel Produções, com direção de Angela Reze e curadoria de Sergio Motta.

A exposição também conta com figurinos e adereços do acervo da Companhia Ballet de Cegos. Além disso, há as edições em braille do livro Olhando para as Estrelas, publicação que aborda a história, os desafios e os personagens envolvidos na sua trajetória.

Companhia Ballet de Cegos

A Cia Ballet de Cegos é único grupo do gênero no mundo. A escola foi criada em 1995 pela bailarina e fisioterapeuta Fernanda Bianchini, que desenvolveu o primeiro método de ensino de ballet para pessoas com deficiência visual.

Com um repertório eclético, formado por coreografias próprias e clássicos mundiais do ballet, como Coppélia, Quebra-Nozes e Dom Quixote, entre outros, a Cia reforça a importância da dança como estímulo, fator de inclusão participativa e resgate das possibilidades para as pessoas com deficiência.

O ballet também estimula a autoestima, autoconfiança e sentimento de pertencimento a quem tem deficiência visual, além de trazer melhoria postural, sensorial e espacial.

O grupo já se apresentou em diversos estados brasileiros, com destaque para as participações em várias edições do Festival de Joinville, principal evento de dança brasileiro, e na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012. Além disso, também se apresentou em vários países, como Argentina, Inglaterra, Alemanha, Polônia, EUA, México e Chile, entre outros.

Em 2015, a Associação e o trabalho desenvolvido pela Companhia foram tema do documentário "Olhando para as Estrelas", do cineasta Alexandre Peralta, produção que recebeu diversos elogios da crítica especializada pela abordagem sincera, delicada e inclusiva sobre o trabalho dos dançarinos cegos.